PROFISSIONAL ESCOLA TÉCNICA EM ENFERMAGEM- PETE
REBECA MACHADO SANTOS
ESTÁGIO DE SAÚDE MENTAL: ANSIEDADE E SINDROME DE BURNOUT
FEIRA DE SANTANA-BA
2024
PROFISSIONAL ESCOLA TÉCNICA EM ENFERMAGEM- PETE
PROF. ª KEZIA LEAL
REBECA MACHADO SANTOS
ESTÁGIO DE SAÚDE MENTAL: ANSIEDADE E SINDROME DE BURNOUT
FEIRA DE SANTANA-BA
2024
O QUE É ANSIEDADE?
É considerada uma reação normal a uma ameaça ou a um estresse psicológico. É umas misturas
de sensação como: Nervosismo, preocupação ou desconfortos. A mesma está presente e ligada
a uma série de problemas de saúde mental, incluindo o transtorno de ansiedade generalizada,
fobias e síndrome do pânico. Embora essas doenças sejam distintas entre si, todas compartilham
a característica de provocar angústia e disfunção diretamente associadas à ansiedade e ao medo.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE TRANSTORNOS DE ANSIEDADE?
Síndrome do Pânico: Caracterizada com crises intensas de medo e mal-estar generalizado.
Essas crises podem ocorrer de forma inesperada e sem causa aparente, ou sendo desencadeada
por causas especificas.
Transtorno de ansiedade generalizada (Tag): É um transtorno mental caracterizado por
uma preocupação excessiva e análise minuciosa de cada ponto ou situação, tal preocupação
difícil de controlar sobre diversos aspectos da vida cotidiana.
Fobia social (ou transtorno de ansiedade social): Caracterizado por preocupação e medo de
situações sociais comuns. Os indivíduos temem a ser julgada, humilhada ou rejeitada pelos
outros. Esse medo pode interferir significativamente na vida cotidiana, afetando
relacionamentos, trabalho e etc.
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): Pensamentos obsessivos e medos irracionais que
levam a atitudes compulsivas.
Agorafobia: É um transtorno de ansiedade caracterizado por um medo intenso e persistente de
situações ou lugares onde a pessoa acredita que seria difícil escapar, ou onde não haveria ajuda
disponível caso algo ruim acontecesse, como um ataque de pânico ou outro desconforto físico.
Esse medo pode levar ao evitamento de diversas situações, impactando significativamente a
vida da pessoa.
SINTOMAS
As causas podem variar de pessoa para pessoa e podem incluir, por exemplo:
Desequilíbrios químicos cerebrais;
Falta de suporte familiar;
Traumas, especialmente na infância;
Uma combinação de fatores.
Os principais sintomas são:
Físicos: tensão muscular, taquicardia ou palpitação, dor no peito, transpiração em
excesso, dor de cabeça, tontura.
Psíquicos: sensação de desrealização (quando o ambiente parece diferente) ou sensação
de despersonalização (quando a pessoa sente que não se reconhece mais).
PREVENÇÃO
Para prevenir a ansiedade envolve adotar hábitos e uma rotina saudável e estratégias para
fortalecer a saúde mental. Para isso é necessário praticar exercícios físicos regularmente, como
caminhada, sendo essencial, pois ajuda a liberar endorfina e promover bem-estar. Outro ponto
muito importante é manter uma alimentação equilibrada, rica em vitaminas do complexo B,
magnésio e ômega-3, que por si auxilia na saúde mental, priorizando um sono de qualidade e
manter uma rotina regular de horários para dormir e acordar.
MEDICAMENTOS
Antidepressivos: Como a sertralina, escitalopram, paroxetina ou venlafaxina, esses
medicamentos são eficazes para controlar os sintomas da ansiedade.
Benzodiazepínicos: Como o diazepam, lorazepam, bromazepam e alprazolam, esses
fármacos são os mais utilizados no tratamento da ansiedade e da insônia.
Betabloqueadores: Indicados para amenizar os sintomas físicos da ansiedade, como
taquicardia.
Outros medicamentos usados para tratar a ansiedade são: Pregabalina, Quetiapina, Tiagabina,
Vilazodona, Vortioxetina.
Além dos medicamentos, existem também opções naturais para tratar a ansiedade,
como: Magnésio, L-teanina, Ashwagandha.
TRATAMENTO
Para cuidar da saúde de forma integral, é essencial priorizar aspectos como alimentação
equilibrada, exercícios físicos regulares, higiene adequada, consultas médicas periódicas, boas
noites de sono, uma vida social ativa e práticas de autocuidado e bem-estar. Esses cuidados são
fundamentais para o corpo e a mente, e ajudam na prevenção ou alívio dos transtornos de
ansiedade.
O tratamento para transtornos de ansiedade leves (que causam pouco impacto na vida cotidiana)
geralmente inclui:
Terapias cognitivo-comportamentais, como técnicas de resolução de conflitos,
mindfulness, meditação, psicologia positiva e terapia psicodinâmica.
Psicoterapia e psicanálise.
Prática de atividades físicas, que liberam substâncias benéficas como a serotonina,
contribuindo para a regulação do corpo e proporcionando prazer e relaxamento.
Alimentação balanceada, que auxilia na redução do estresse e no processo de
recuperação de doenças.
Nos casos em que a ansiedade se agrava, como no transtorno de pânico, o uso de medicamentos
antidepressivos pode ser necessário, com efeitos positivos no controle da ansiedade. Contudo,
a psicoterapia e a psicanálise continuam sendo importantes partes do tratamento.
Independentemente do diagnóstico de ansiedade, a psicoterapia é recomendada a todos, pois
ajuda as pessoas a se conhecerem melhor e a lidarem de forma mais eficaz com suas emoções.
O QUE É SINDROME DE BURNOUT?
A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico caracterizado por exaustão extrema,
geralmente relacionada ao ambiente de trabalho. O termo “burnout”, de origem inglesa,
significa literalmente “queimado” ou “em chamas”, e descreve o estado de esgotamento
completo da energia de uma pessoa, geralmente devido a um acúmulo excessivo de estresse.
Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, ela afeta diversos aspectos da
vida de um indivíduo, comprometendo não apenas seu desempenho no trabalho, mas também
suas relações pessoais e bem-estar geral.
A principal causa da síndrome de burnout é o estresse crônico relacionado ao trabalho. Fatores
como exigências excessivas, falta de controle sobre as tarefas, falta de reconhecimento e
ambientes de trabalho hostis podem desencadear o desenvolvimento da síndrome. Profissionais
que têm grande carga de responsabilidades, trabalham por longas horas e enfrentam pressões
constantes, como médicos, professores, enfermeiros, executivos e outros, estão mais suscetíveis
ao burnout. Além disso, a falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, a sobrecarga de
tarefas e a ausência de apoio emocional também são fatores que contribuem para o
desenvolvimento dessa condição.
QUAIS SÃO OS TIPOS DE TRANSTORNOS DE ANSIEDADE?
SINTOMAS
Os efeitos da síndrome de burnout interferem em todas as esferas da vida do indivíduo, com
prejuízos pessoais e profissionais. Os sintomas podem ser físicos, psíquicos, ou emocionais, e
a pessoa pode apresentar:
Cansaço mental e físico excessivo;
Dores musculares ou osteomusculares;
Distúrbios respiratórios;
Imunodeficiência;
Transtornos cardiovasculares;
Disfunção sexual;
Alterações menstruais;
Pensamentos suicidas;
Insônia;
Dificuldade de concentração;
Perda de apetite;
Irritabilidade e agressividade;
Lapsos de memória;
Baixa autoestima;
Desânimo e apatia;
Dores de cabeça e no corpo;
Isolamento social;
Pressão alta;
Tristeza excessiva
PREVENÇÃO
A melhor forma de prevenir a doença é cuida de si, principalmente do seu equilíbrio mental,
pois a maior causa, é o esgotamento físico e mental. Para isso é necessário seguir algumas
recomendações:
Sempre fazer momentos de pausa no seu dia a dia e lembre-se de reservar espaço para o lazer
e o descanso;
Incluir atividades físicas no dia a dia, como forma de manter o equilíbrio mental;
Evite o consumo de álcool, drogas e estimulantes para aliviar os sintomas de burnout ou para
aguentar as pressões do dia a dia;
Ouça os conselhos de seus colegas e familiares. Muitas vezes, pessoas com síndrome de
burnout sequer percebem que estão indo além da conta;
Procure ajuda profissional mesmo se achar que seus sintomas não são tão graves.
TRATAMENTO E MEDICAMENTOS
O tratamento da Síndrome de Burnout envolve uma abordagem multifacetada, que inclui tanto
o uso de medicamentos quanto a terapia, e exige acompanhamento médico constante. O
principal objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e ajudar o paciente a se recuperar
emocional e fisicamente do esgotamento.
Em termos de medicação, o tratamento pode incluir o uso de antidepressivos e ansiolíticos,
especialmente se o paciente estiver sofrendo de sintomas de depressão ou ansiedade, que são
comuns no burnout. Esses medicamentos ajudam a controlar o estresse emocional, mas, para
que a recuperação seja duradoura, é essencial combiná-los com terapias psicológicas.
A psicoterapia, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), é amplamente
recomendada, pois auxilia o paciente a identificar e modificar padrões de pensamento e
comportamentos que contribuem para o estresse crônico. Além disso, a psicoterapia pode ajudar
o indivíduo a aprender novas estratégias para lidar com a pressão no trabalho e a desenvolver
formas mais saudáveis de enfrentar desafios.
Além do tratamento médico, um aspecto fundamental na recuperação da síndrome de burnout
é o apoio da rede de apoio, composta por familiares, amigos e colegas de trabalho. Este suporte
social é crucial, pois contribui para a recuperação emocional e pode ajudar a aliviar a pressão
externa que o indivíduo sente. A presença de uma rede de apoio torna o processo de cura mais
eficaz e acelera a adaptação do paciente a novos hábitos e estilos de vida.
Outro aspecto essencial no tratamento de burnout é a mudança de hábitos e atitudes. Para
prevenir que a síndrome continue a afetar a vida do paciente, é necessário refazer algumas
práticas diárias. A atividade física regular é altamente recomendada, pois ajuda a reduzir o
estresse, melhora o humor e aumenta os níveis de energia. Além disso, a adoção de hábitos
saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática de meditação, exercícios de respiração e
outras técnicas de relaxamento, podem reduzir a tensão e melhorar a saúde mental e física do
indivíduo.
É importante que o paciente estabeleça um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, aprenda a
delegar tarefas, defina limites e, sempre que possível, evite a sobrecarga. Em casos mais graves,
pode ser necessário um afastamento temporário do trabalho para que a pessoa se recupere
completamente e evite recaídas.
A recuperação completa da síndrome de burnout exige tempo e paciência, mas com o
tratamento adequado, é possível retomar uma vida equilibrada e saudável.
REFERÊNCIA
VIDA SAUDÁVEL. Ansiedade. Hospital Israelita Albert Einstein, 2024. Disponível em:
https://vidasaudavel.einstein.br/ansiedade/. Acesso em: 6 dez. 2024.
MSD MANUAL. Considerações gerais sobre transtornos de ansiedade. 2024. Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/distúrbios-de-saúde-mental/transtornos-de-ansiedade-e-
relacionados-a-fatores-estressantes/considerações-gerais-sobre-transtornos-de-ansiedade.
Acesso em: 6 dez. 2024.
REDE DOR SÃO LUIZ. Síndrome de burnout. 2024. Disponível em:
https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/sindrome-de-burnout. Acesso em: 8 dez. 2024.
BRASIL. Ministério da Saúde. Síndrome de burnout. 2024. Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sindrome-de-burnout. Acesso em: 9
dez. 2024.
