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ORGANIZAÇÃO GERAL DO SEMINÁRIO BEM-VIVER: CULTURA DE PROTEÇÃO
Ms. Carmem Lúcia Teixeira - Centro Cajueiro
Me. Luis Duarte Vieira – UEG e PPGECM/UPF
Ms. Rocheli Koralewski – PPGICH/UFFS e Rede Caminho de Esperança
Francisco Antônio Crisóstomo de Oliveira – Rede Caminho de Esperança
Ms. Vanildes Gonçalves dos Santos - UCB
Esp. Verônica Michelle Gonçalves – Rede Caminho de Esperança

ORGANIZAÇÃO GERAL DOS GRUPOS DE TRABALHO – APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS


Ms. Carmem Lúcia Teixeira - Centro Cajueiro
Dr. José Elias Domingos Costa Marques – IFG
Dra. Sandra Maria de Oliveira - UniAraguaia/SEDUC-GO

ORGANIZAÇÃO DOS ANAIS


Me. Luis Duarte Vieira – UEG e PPGECM/UPF

DIAGRAMAÇÃO
João Víctor de Jesus Carvalho

ILUSTRAÇÕES DE CAPA
Lannder Cunha de Freitas

COORDENADORES DOS GRUPOS DE TRABALHO - GT’S


GT 1 - Juventudes e os estudos sobre o patriarcado e as relações de gênero
Dr. Rezende Bruno de Avelar - UEG
Me. Luis Duarte Vieira - UEG

GT 2 - Juventudes Negras: antirracismos, colonialidade, contracolonialismos e insurgências no Sul Global


Janira Sodré Miranda – IFG
Lavínia de Sousa Almeida Mendes - UFG
Renan Gonçalves Rocha - IFG

GT 3 - Juventudes e os estudos sobre educação e o mundo do trabalho


Dra. Lila Cristina Xavier Luz - REDEJUBRA/NUPEC-PPGS/UFPI
Dra. Maria da Conceição da Silva Freitas - Fac. de Educação-TEF-UNB

GT 4 - Juventudes e os estudos sobre questões geracionais e o adultocentrismo


Dra. Rosane Castilho - UEG
Dra. Sandra Maria de Oliveira – UniAraguaia/SEDUC GO

GT 5 - Juventudes e os estudos sobre participação e realidade política


Dr. Aldimar Jacinto - PUC Goiás
Dr. Cláudia Valente - PUC Goiás

REALIZAÇÃO:
sumário
APRESENTAÇÃO 5

GT 1 - Juventudes e os estudos sobre o patriarcado e as relações de gênero 6

“SEXO É VIDA”: DIÁLOGOS SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA ESTADUAL DO 8
AGRESTE MERIDIONAL PERNAMBUCANO
Diogo Alexandre Silva
Juliana Guedes Pessoa
Jullyane Chagas Barboza Brasilino

“BRINQUEDO TEM GÊNERO?”: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA ESCOLA DO AGRESTE MERIDIONAL PERNAMBUCANO 10
Juliana Guedes Pessoa
Diogo Alexandre Silva
Jullyane Chagas Barboza Brasilino

IMPACTOS E EFEITOS DO PROJETO “GIRAR O MUNDO” PARA A CAMPANHA NACIONAL DE ENFRENTAMENTO AOS 12
CICLOS DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES DA PASTORAL DA JUVENTUDE (PJ).
Verônica Michelle Gonçalves
Robson Da Silva Oliveira

REFLEXÕES SOBRE O MOVIMENTO LGBT+ EM JATAÍ-GO: Juventude, patriarcado e o conservadorismo no interior 13


João Víctor De Jesus Carvalho

GÊNERO NO CURRÍCULO BASE DO ENSINO MÉDIO DO TERRITÓRIO CATARINENSE 14


Luis Duarte Vieira
Rezende Bruno De Avelar

GT 2 - Juventudes Negras: antirracismos, colonialidade, contracolonialismos e insurgências 15


no Sul Global

A INTERSECCIONALIDADE NAS REFLEXÕES SOBRE AS OPRESSÕES VIVENCIADAS POR JOVENS DO SERTÃO DO PAJEÚ 17
Maria Marcia Da Silva
Roseane Amorim Da Silva

SUJEITO, COLONIALIDADE E RACISMO SEGUNDO FRANTZ FANON 18


Ryan Rosa Castro Rocha
Guilherme Xavier Mota

JUVENTUDES NEGRAS E EDUCAÇÃO: PERCEPÇÕES SOBRE A CONSTRUÇÃO DO PROJETO DE VIDA NO ENSINO MÉDIO 20
Jamile Godoy Da Silva

A CONDIÇÃO PÓS-COLONIAL: ENTRE CRIOULIZAÇÃO E DESCONSTRUÇÃO 21


Renan Rocha

CULTURA POLÍTICA E DEMOCRACIA: plano de investigação para pesquisa sobre juventudes Brasil/Chile. 23
João Coelho

GT 3 - Juventudes e os estudos sobre educação e o mundo do trabalho 24

INFORMALIDADE E PRECARIZAÇÃO: A ROTINA DE JOVENS ENTREGADORES E ENTREGADORAS DE APLICATIVO NA 26


CIDADE DE MACEIÓ, AL
Angelo Mikael Nunes Dos Santos
João Batista De Menezes Bittencourt
sumário
PROJETO DE VIDA, IDENTIDADE E RECONHECIMENTO: UM DIÁLOGO COMPLEXO E NECESSÁRIO PARA OS INDIVÍDUOS 27
EM SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS INCLUSIVAS
Roque Luiz Sibioni

“QUERO TER MEU PRÓPRIO NEGÓCIO!”: DESAFIOS E EXPECTATIVAS DE JOVENS QUE BUSCAM EMPREENDER EM 28
CONTEXTO DE VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA
Érica Pontes Teodoro

OS JOVENS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL E O MUNDO DO TRABALHO: UMA VISÃO NA BUSCA DO 29


FUTURO
Pedro Araújo Bitencourt
Wanderson Pereira Araújo

PROJETO DE EDUCAÇÃO POPULAR – TRILHAUNI (NA TRILHA DA UNIVERSIDADE) CAJUEIRO 31


Edvaldo Gomes Fernandes
Carmem Lúcia Teixeira

GT 4 - Juventudes e os estudos sobre questões geracionais e o adultocentrismo 32

JUVENTUDES PLURAIS: REFLETINDO SOBRE QUESTÕES GERACIONAIS 34


Grazielle de Castilho

ENERGIA HIDRELÉTRICA COMO FONTE RENOVÁVEL? COM A PALAVRA, JOVENS DE MUNICÍPIOS GAÚCHOS ATINGIDOS 35
PELA USINA HIDRELÉTRICA DE ITÁ
Rocheli Koralewski

DESAFIOS INTERGERACIONAIS NO CONTEXTO DO ADULTOCENTRISMO 36


Edson José de Souza Júnior
Rosane Castilho

PASTORAL DA JUVENTUDE E JUVENTUDE DA ASSEMBLEIA DE DEUS: EXPRESSÕES GERACIONAIS (IN)VISIBILIZADAS DO 37


MODO DE VIDA E RELIGIOSIDADE JUVENIL NA AMAZÕNIA PARAENSE?
Denny Junior Cabral Ferreira

LÓGICA UTILITARISTA E A MARGINALIZAÇÃO DA INFÂNCIA E DA VELHICE 38


Yohanna Fernandes Moreira
Rosane Castilho

GT 5- Juventudes e os estudos sobre participação e realidade política 39

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DEMOCRÁTICO 41


Danielly Ripoll
Lucas Teixeira de Paula

RELIGIÃO E PARADIGMAS DE JUVENTUDES 42


Ronaldo Guimarães Santos
Ronan Marcelino de Souza

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A TENTATIVA DE GOLPE NO 8 DE JANEIRO DE 2023 NO X 43


Gardene Leão de Castro
Cláudia Valente Calvancante

RODA DE CONVERSA COM A JUVENTUDE: CONSTRUÇÃO DE PARTICIPAÇÃO E DEMOCRACIA COM AS JUVENTUDES 45


Rayner Florêncio Alves
Carmem Lúcia Teixeira
5

Apresentação
D ando sequência à uma longa tradição, o CAJUEIRO - Centro de
Formação, Assessoria e Pesquisa em Juventude, o Observatório
Juventudes na Contemporaneidade e a Rede Caminho de Esperança
realizaram o Seminário Nacional Bem-Viver 2024: tecer uma cultura de
proteção, reunindo pessoas de diversos cantos e recantos do Brasil.

Dentro da programação do Seminário, aconteceram os Grupos de


Trabalho que se desafiaram a refletir diversos aspectos da realidade
juvenil, mobilizando trabalhos de diversos acadêmicos e pesquisadores,
comprometidos com a vida da juventude.

Assim sendo, temos a alegria de apresentar os ANAIS do Seminário


Nacional Bem - Viver 2024, que reúne os resumos simples dos trabalhos
apresentados.

O desejo é que estas reflexões motivem outras, fortalecendo em nós e


em nossas instituições uma cultura de proteção e defesa da vida das
juventudes.

Luis Duarte Vieira & Carmem Lúcia Teixeira


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8

“SEXO É VIDA”: DIÁLOGOS SOBRE GÊNERO E


SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES DE UMA
ESCOLA ESTADUAL DO AGRESTE MERIDIONAL
PERNAMBUCANO
Diogo Alexandre Silva
Universidade de Pernambuco (UPE) - Campus Garanhuns
[email protected]

Juliana Guedes Pessoa


Universidade de Pernambuco (UPE) - Campus Garanhuns
[email protected]

Jullyane Chagas Barboza Brasilino


Universidade de Pernambuco (UPE) - Campus Garanhuns
[email protected]
RESUMO: Adotando a perspectiva de Bock (2007), pode-se compreender a adolescencência
enquanto fenômeno social, estando para além das mudanças advindas da puberdade,
sendo marcada pela significativa influência dos atravessamentos sociais, históricos e
políticos, que promovem afetações nos processos de subjetivação dessa juventude. Sendo
assim, indagações e reflexões acerca das temáticas relacionadas a Gênero e Sexualidades
se tornam parte da vivência adolescente no processo de autoconhecimento, assumindo
um papel transformador a nível individual e coletivo. Todavia, silenciada pela demonização,
a juventude contemporânea ainda enfrenta as violências geradas pelos tabus sociais, seja
na família, na escola ou em outros espaços, impedindo a partilha de diálogos e ações que
promovam saúde mental, acesso à informação e legitimidade de ser e existir enquanto
sujeito de direitos (Macedo et al., 2013). Aprofundando-se mais no âmbito escolar, a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), em se tratando do Ensino Médio, assume como dever
da Escola a promoção de vivências, diálogos, aulas e espaços que abordem o respeito para
com a diversidade, a fim de sensibilizar e integrar as plurais formas de ser adolescente
(Brasil, 2018). Contudo, o estudo de Bonfim e Mesquita (2020) retrata um contexto
divergente a essa proposta, uma vez que, a partir da fala dos próprios adolescentes, há uma
significativa defasagem por parte da Instituição que, ao assumirem uma postura intolerante
e/ou omissa, corroboram para exclusões sociais, discursos de ódio e culpabilização pela
fuga da cisheteronormatividade, agravando as diferentes forma de violência. Diante dessa
realidade, notou-se a pertinência de intervenções a serem desenvolvidas pelo Núcleo de
Estudos em Gênero e Sexualidades (NUEGES) da Universidade de Pernambuco — Campus
Garanhuns, o qual faz parte do Laboratório de Ações Coletivas e Saúde - LACS/CNPq, grupo
de pesquisas com foco em saúde, território, cotidiano, dentre outras questões sociais
contemporâneas. Destarte, em uma escola estadual, dialogou-se com adolescentes do 9o
ano acerca da importância de se discutir Gênero, Sexualidades e temas correlacionados,
objetivando oportunizar um espaço de escuta, acolhimento e protagonismo estudantil.
“SEXO É VIDA”: DIÁLOGOS SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADE COM ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA ESTADUAL DO AGRESTE MERIDIONAL PERNAMBUCANO 9
Para isso, foi-se pensado na criação de um “Mural da Diversidade” utilizando recortes de revistas
para fazer uma colagem coletiva, seguida de uma roda de debates. Com isso, foram pontuados
problemas nas relações familiares, religiosas, problemas de autoestima, homofobia, machismo,
dentre outros aspectos que impactaram negativamente a saúde mental, a relação consigo e
com o outro. Durante as partilhas, notou-se que a frase “Sexo é Vida” tinha sido recortada e foi
abordada com um tom pejorativo e causou grande estranhamento pela turma, fato diparador
que gerou reflexões e ressignificações do que seria sexo, sexualidade, gênero e como tudo
isso estava relacionado com as problemáticas pontuadas anteriormente. Ao final, evidenciou-
se ampliações no pensar sobre a diversidade, compreendendo suas vastas presenças e
reverberações no cotidiano, além de uma maior aproximação entre a turma, demonstrando um
cuidado efetivo e afetivo.

PALAVRAS-CHAVE: Adolescência; Gênero; Sexualidade; Psicologia Social; Saúde Mental.


10

“BRINQUEDO TEM GÊNERO ?”: REFLEXÕES


A PARTIR DE UMA ESCOLA DO AGRESTE
MERIDIONAL PERNAMBUCANO
Diogo Alexandre Silva
Universidade de Pernambuco (UPE) - Campus Garanhuns
[email protected]

Juliana Guedes Pessoa


Universidade de Pernambuco (UPE) - Campus Garanhuns
[email protected]

Jullyane Chagas Barboza Brasilino


Universidade de Pernambuco (UPE) - Campus Garanhuns
[email protected]

RESUMO: O presente trabalho foi desenvolvido por membros do Núcleo de Estudos em


Gênero e Sexualidades (NUEGES) da Universidade de Pernambuco — Campus Garanhuns.
Este núcleo faz parte do Laboratório de Ações Coletivas e Saúde - LACS/CNPq, grupo
de pesquisas com foco em saúde, território, cotidiano, dentre outras questões sociais
contemporâneas. Nesse sentido, nossas ações possuem o enfoque de desfamiliarizar
estigmas relacionados ao gênero que estão postos socialmente, a partir de práticas
discursivas geradas por rodas de conversa com adolescentes nas escolas. Sob este viés,
para tratar da temática de Gênero com turmas de 7 ano, pensamos em levar brinquedos
intrinsecamente associados a Gêneros, como por exemplo, carros a meninos e bonecas
a meninas, em plaquinhas. Assim, visando problematizar a atribuição de papéis de gênero
normativos naturalizados socialmente (Silva; Brabo, 2016). A partir disso, questionamos
sobre quais brinquedos brincavam e se tinha algum que foram impedidos de brincar. Dessa
forma, buscando entender como as questões de Gênero e Sexualidade atravessaram e
atravessam suas vivências, a partir do brincar na infância. Diante disso, foi pauta da
discussão se meninas poderiam brincar de futebol, os meninos da sala demonstraram uma
resistência e disseram que era “coisa de menino”. Sendo assim, evidencia-se a importância
da discussão de ações como essas nas escolas, já que é o primeiro espaço onde se tem
o contato com a diversidade (Bento, 2011; Bonfim, Mesquita, 2020). Desse modo, sendo um
espaço propício para construção de novos sentidos em relação a estereótipos sobre o
que seria ser mulher e homem. Convergentemente a isso, de acordo com os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN), as temáticas de Gênero e Sexualidade devem ser abordadas
tanto durante as aulas, quanto em outros momentos promovidos pela instituição escolar
(Brasil, 1997), entretanto essa não é a realidade que observamos. Evidenciado quando ainda
são levantados pontos como o da menina não poder jogar futebol no intervalo, demonstrando
uma defasagem na abordagem desses assuntos. Em razão disso, é justamente a partir de
“BRINQUEDO TEM GÊNERO ?”: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA ESCOLA DO AGRESTE MERIDIONAL PERNAMBUCANO 11
discussões como essas que tencionamos a heteronormatividade compulsória e se abrem espaços
para discussões que sensibilizam para as noções de Gênero. Contudo, ainda se faz um desafio
fazer com que isso chegue com facilidade para uma turma do fundamental, uma experiência
que reverbera na bagagem que levamos para a prática profissional, já que cabe a nós enquanto
profissionais nos adaptarmos a quem estamos trabalhando, não o contrário, atentando para as
especificidades de cada território que adentramos. Dito isso, sendo preferível com essa faixa
etária, ações mais lúdicas e que os estimulem, pensando estratégias de discutir nossa temática
de foco, gerando espaços de potenciais reflexões da maneira que perpassam suas vivências,
consoante a visão de Bonfim e Mesquita (2020).

PALAVRAS-CHAVE: Gênero. Brinquedo. Escola.


12

IMPACTOS E EFEITOS DO PROJETO “GIRAR O


MUNDO” PARA A CAMPANHA NACIONAL DE
ENFRENTAMENTO AOS CICLOS DE VIOLÊNCIA
CONTRA AS MULHERES DA PASTORAL DA
JUVENTUDE (PJ).
Verônica Michelle Gonçalves
Rede Caminho de Esperança
[email protected]

Robson Da Silva Oliveira


Rede Caminho de Esperança
[email protected]

RESUMO: No ano de 2021 foram realizadas Rodas de Conversas em 18 estados brasileiros


para dialogar com jovens dos grupos da Pastoral da Juventude, na sua maioria, jovens
mulheres, negros e negras e de periferia. O projeto “Girar o Mundo”, teve como objetivo ouvir
as dores que tocam seus territórios, sejam elas causadas pelos abusos e violências em todos
os ambientes, pelos racismos, pelo machismo, pelo patriarcado, o fundamentalismo e todas
essas mazelas que estruturam a sociedade, marcando a vida das juventudes e impedindo
as pessoas de viverem em liberdade, podendo construir com autonomia, projetos de vida
e de sociedade mais justos. O projeto, iniciado em 2020, incluiu a Campanha Nacional da
Pastoral da Juventude do Brasil, que tratava sobre o enfrentamento aos ciclos de violências
contra mulheres. Foram convidados jovens de 18 estados para se juntarem na tarefa de
aplicar e sistematizar Rodas de Conversas com a temática da campanha. Estas pessoas
tinham três tarefas: participar do curso de Metodologia das Rodas de Conversas, oferecido
pelo Centro de Juventude Cajueiro, elaborar um projeto de intervenção na realidade local
e organizar a sistematização das rodas realizadas. Este trabalho visa refletir o impacto
e os efeitos da Metodologia das Rodas de Conversa na escuta ativa das juventudes e no
fortalecimento da Campanha Nacional de Enfrentamento aos Ciclos de Violência contra
as mulheres. A primeira parte do artigo quer conceituar de forma breve a importância da
metodologia das Rodas de Conversa dentro da educação popular inspirada por Paulo Freire,
com atenção aos recortes de gênero e raça discutidos por bell hooks. No segundo momento
este trabalho quer mostrar os impactos do Projeto Girar o Mundo para o fortalecimento da
referida Campanha e, por fim, refletir os efeitos desta metodologia para o trabalho com as
juventudes.

PALAVRAS-CHAVE: Rodas de Conversa; Metodologia; Juventudes; Violência; Mulheres.


13

REFLEXÕES SOBRE O MOVIMENTO LGBT+


EM JATAÍ-GO: Juventude, patriarcado e o
conservadorismo no interior
João Víctor de Jesus Carvalho
Universidade Federal de Goiás/Centro Cajueiro
[email protected]

RESUMO: O relatório apresenta os processos de criação do curta-metragem ‘Antes de


Falar de Amor’, que teve como objetivo contar a história do movimento LGBT+ em Jataí -
Goiás, tendo em consideração as divergências de lutas e dificuldades desta comunidade
no cenário interiorano com as grandes metrópoles. A construção do documentário parte
do conceito de filme-ensaio, e dialoga com autores que trabalham essa temática, tais
como Arlindo Machado (2003) e Bill Nichols (2005). Metodologicamente, a pesquisa que
gerou o produto teve uma abordagem qualitativa, empregando o etnojornalismo como
método de procedimentos e o levantamento bibliográfico, a pesquisa documental, a
observação participante e as entrevistas semi-estruturadas como instrumentos de coleta,
sistematização e análise dos dados. O documentário revela uma identidade da população
jataiense sob a ótica das personagens e apresenta não só os registros de um movimento
LGBT+ passado, mas uma tentativa de unir a comunidade de volta.

PALAVRAS-CHAVE: História Jataí-GO; Movimento LGBT+; AJDH-NovaMente; Parada Orgulho LGBT+;


Filme Ensaio.
14

GÊNERO NO CURRÍCULO BASE DO ENSINO


MÉDIO DO TERRITÓRIO CATARINENSE
Luis Duarte Vieira
Universidade Estadual de Goiás (UEG)/PPGECM-Universidade de Passo
Fundo (UPF)/Centro Cajueiro
[email protected]

Rezende Bruno De Avelar


Universidade Estadual de Goiás (UEG)/Centro Cajueiro
[email protected]

RESUMO: A publicação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), ao final de 2018, exigiu
que as Secretarias de Estado da Educação revisassem seus currículos para adequação à
BNCC. Nesse movimento, a Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina mobilizou
professores da Rede Estadual de Ensino para a escrita do Currículo Base do Ensino Médio
do Território Catarinense, que foi organizado em seis cadernos. Considerando que toda
construção curricular é desafiadora e nem sempre garante os pressupostos da formação
integral, o presente estudo, mediante pesquisa bibliográfica, tem como objetivo analisar o
Caderno 2 do Currículo Base do Ensino Médio do Território Catarinense – Formação Geral
Básica para identificar a abordagem deste documento para as temáticas de relacionadas
a gênero. Justifica-se a temática desta pesquisa dada a relevância das discussões de
gênero para formação das pessoas, inclusive no processo da educação básica. A pesquisa
efetivada identificou que gênero é citado dezenove (19) vezes no referido documento. A
área de Ciências Humanas e Sociais aplicadas faz a maior abordagem deste importante
tema, como será apresentado. Destaca-se pelo exposto que as temáticas relacionadas à
gênero, precisam ser abordadas na Educação Básica e o Currículo abre espaço, de modo
formal, para essa abordagem nas Escolas de Educação Básica.

PALAVRAS-CHAVE: Currículo; Gênero; Abordagem.


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17

A INTERSECCIONALIDADE NAS REFLEXÕES


SOBRE AS OPRESSÕES VIVENCIADAS POR
JOVENS DO SERTÃO DO PAJEÚ
Maria Marcia Da Silva
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
[email protected]

Roseane Amorim Da Silva


UAST-Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
[email protected]

RESUMO: O presente trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da interseccionalidade


de raça, etnia, classe e gênero nas experiências dos/as jovens no contexto escolar. Para alcançar
esse objetivo foi realizada uma pesquisa qualitativa com estudantes do terceiro ano do ensino
médio, na faixa etária entre 16 e 19 anos, em uma escola estadual de Serra Talhada. O estudo foi
desenvolvido em duas etapas: Na primeira, foram realizadas cinco oficinas, em que participaram
os/as estudantes e os/as docentes e, na segunda, houve a transcrição e análise de conteúdo
das informações construídas. Nas oficinas foram realizadas atividades diversas com foco nas
questões raciais, considerando a intersecção dos marcadores sociais: gênero, classe e raça. Por
meio dos relatos obtidos foi possível perceber que as opressões têm sido vivenciadas pelos/as
jovens através do racismo institucional; questões relacionadas ao fenótipo, visto que algumas
estudantes falaram sobre o cabelo e em como o preconceito tem sido vinculada a aparência;
ausência de representatividade e adoecimento devido às opressões estabelecidas pela intersecção
dos marcadores de gênero e raça. Em síntese, a interseccionalidade entre raça, etnia, gênero e
classe neste trabalho emerge como uma ferramenta essencial para refletirmos e vibilizarmos as
situações de opressão vivenciadas por jovens negros/as e também as estratégias de resistência
construídas por eles/as.

PALAVRAS-CHAVE: Juventudes. Interseccionalidade. Racismo. Escola.


18

SUJEITO, COLONIALIDADE E RACISMO SEGUNDO


FRANTZ FANON
Ryan Rosa Castro Rocha
Instituto Federal de Goiás (IFG)
[email protected]

Guilherme Xavier Mota


Instituto Federal de Goiás (IFG)
[email protected]

RESUMO: O objetivo desta comunicação é expor como em uma ordem colonial, segundo Frantz
Fanon, o sujeito colonizado, não se integra voluntariamente como um participante ativo, mas é
inserido como um objeto desumanizado, destinado a ser negociado ou exterminado por essa
ordem. É nesta relação de dominação e objetificação que o pensador martinicano concentra
seus esforços para entender os processos de subjetivação dos colonizados. Para ele trata-se
de perceber que esta ordem é estruturada a partir da violenta dissolução dos laços sociais e
étnicos pré existentes do sujeito colonizado e então é colocado dentro da lógica de subjugação.
Confrontado com a desumanização imposta pelo colonizador, o sujeito colonizado é impelido a
uma reconfiguração sociocultural “não proposta, mas imposta, sob o peso de canhões e sabres”
(Fanon, 2021, p. 72), cuja política, estética e ética dominantes não lhe dizem respeito. Assim,
empregando várias estratégias esse processo de desumanização, dominação e escravidão utiliza
também o poder militar como meio de controle, o ódio direcionado aos colonizados e as táticas
de designá-los como selvagens, sem intelecto, uma raça primitiva que não atingiu o estágio de
desenvolver uma “comunidade cultural”, visando a construção social e subjetiva da hierarquia
cultural, religiosa e biológica. Os colonizadores assim retratam o povo colonizado como menos
humanos, seres inferiores em diversos aspectos sociais, quase animais ou monstros, justificando
assim sua dominação. Os recursos do país colonizado são explorados para beneficiar a metrópole,
alimentando todo o sistema de dominação construído pelo país colonizador, utilizando os povos
nativos, em processo colonizatório, como a força de trabalho que sustenta essa dominação. A
metrópole estabelece um controle político direto sobre o país colonizado, impondo suas leis e
instituições, desestruturando de forma política os povos colonizados. A cultura da metrópole é
frequentemente imposta ao povo colonizado, inferiorizando e precarizando a cultura local, com o
passar do tempo levando ao esquecimento, à perda de identidade e valores locais. A resistência do
povo colonizado é muitas vezes reprimida com brutal violência e opressão, para assim, manter o
controle sobre a população. Os colonizadores muitas vezes usam táticas para dividir a população
SUJEITO, COLONIALIDADE E RACISMO SEGUNDO FRANTZ FANON 19
local, enfraquecendo assim a resistência. Ao longo do tempo, as estruturas de dominação se
tornam internalizadas pela população colonizada, levando a uma perpetuação do sistema mesmo
após a independência formal.

PALAVRAS-CHAVE: Colonialidade. Racismo. Sujeito.


20

JUVENTUDES NEGRAS E EDUCAÇÃO:


PERCEPÇÕES SOBRE A CONSTRUÇÃO DO
PROJETO DE VIDA NO ENSINO MÉDIO
Jamile Godoy Da Silva
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
[email protected]

RESUMO: O contexto das juventudes no ensino médio é marcado por um complexo


processo de autoconhecimento e pelo reconhecimento como sujeitos de direitos. Isso
dar-se-á na construção do projeto de vida. O Ensino Médio é um dos momentos mais
desafiadores e intensos na trajetória de vida das juventudes, considerando os marcadores
sociais que ditam de forma diversa o modo de ser e vivenciar a juventude, caso sejam
negros, LGBTQI+, religiosos, imigrantes, dentre outros recortes. Devemos levar em
consideração outras características do ser jovem, como um sujeito em conexão uns com
os outros, idade, espaço físico da escola. Sendo assim as trajetórias de vida são diferentes
e fragmentadas conforme as realidades individuais. É nessa etapa da vida que podemos
observar o início dos processos de transformações, de construção ou ausência de
expectativas, da busca dos valores e propósitos, da representação pessoal e social sobre
si e sobre o mundo. Portanto, analisar e refletir como tem sido o processo de construção
e de oferta da disciplina projeto de vida no ensino médio, é indagar como o jovem tem sido
compreendido, na escola na etapa do ensino médio. Pensando nisso este trabalho visa
traçar uma reflexão acerca da oferta e do acompanhamento dos projetos de vida para
jovens negros em idade escolar, pautando os desafios, limitações e suas potencialidades.
Queremos refletir também elementos importantes como o racismo estrutural, machismo,
LGBTfobia e tantos outros fatores de violência para com os jovens pobres e negros, e
como essas questões influenciam neste itinerário curricular tão importante e sucateado
nas escolas. Pretendemos finalizar este trabalho dando pistas e caminhos que ajudem no
trabalho com as juventudes negras e periféricas, no acompanhamento e na mediação da
construção de projetos de vida que os ajudem a reconhecer-se como sujeitos de direitos.

PALAVRAS-CHAVE: Juventudes. Educação. Projeto de vida. Sujeito. Direito.


21

A CONDIÇÃO PÓS-COLONIAL: ENTRE


CRIOULIZAÇÃO E DESCONSTRUÇÃO
Renan Rocha
Instituto Federal de Goiás (IFG)

RESUMO: Os debates entre Jacques Derrida e Édouard Glissant, Estados Unidos (1992),
França (1993) e Itália (2004) marcaram intercessões decisivas entre a desconstrução
derridiana a crioulização glissantiana. Apesar de caminhos, linguagens e perspectivas
diferentes, isso não impediu os encontros e compartilhamentos de problemas entre os
autores. Neste trabalho queremos além de escrever sobre a influência que o pensamento
de Derrida e Glissant exercem um sobre o outro, como podemos localizar de forma
explícita nos debates realizados entre eles, pretende-se também explorar como os dois
filósofos, mesmo com caminhos diferentes, tem intersecções, quiasmas e oferecem
um vasto instrumental para pensarmos alguns dos problemas da identidade, da raça e
da diáspora em condições pós-coloniais. Um dos caminhos para discorrermos sobre
essa mútua influência entre eles são as reflexões de Stuart Hall, sobretudo quando este
autor explicita e implicitamente trabalha com as noções de Derrida e Glissant. No texto
Da Diáspora (2003), por exemplo, Stuart Hall desenvolve um percurso de análises sobre a
noção de diáspora, mestiçagem e raça, pelo prisma da differance e a desconstrução. Em
Creolité and the Process of Creolization ( 2015) Hall leva a fundo a noção de crioulização de
Glissant para refletir o problema da relação entre identidade e colonialidade. A hipótese de
Stuart Hall é que tanto Derrida quanto Glissant querem sair do essencialismo da raça, da
identidade fixa, da determinação colonial da identidade do outro, sua violência intrínseca
para a construção da narrativa política da identidade presente na ideia de Nação, e os
sérios problemas que essas perspectivas podem produzir. Para Stuart Hall quando essas
determinações aparecem nas narrativas jurídico-políticas, institucionais, sociais, históricas,
e, também estatais, isto é, como colonialidade que ratifica identidades inventadas como
forma de reforço sistemático da Nação, do território e da identidade, está posto aí uma
reafirmação e reconstrução permanente de categorias e injunções sociopolíticas
coloniais. Assim, para o autor, retomar as intercessões entre desconstrução e crioulização,
A CONDIÇÃO PÓS-COLONIAL: ENTRE CRIOULIZAÇÃO E DESCONSTRUÇÃO 22
levando as mais profundas consequências dos aportes teóricos e quiasmas entre essas teorias,
nos permitiria reelaborar conceitos, vivencias e perspectivas em contextos que são atravessados
pela condição pós-colonial.

PALAVRAS-CHAVE: Édouard Glissant. Jacques Derrida. Stuart Hall. Diaspora. Raça. Identidade.
23

CULTURA POLÍTICA E DEMOCRACIA: plano de


investigação para pesquisa sobre juventudes
Brasil/Chile.
João Coelho

RESUMO: A cultura política democrática de jovens da periferia de Santiago no Chile e na


cidade de Senador Canedo no Brasil. Como objeto de pesquisa, procurarei compreender
como os jovens se reconhecem e compreendem os conceitos de democracia, direitos
e participação política. Buscamos compreender as dimensões sociais, a relação com
as diversas instituições na formação dos valores democráticos. Entre as questões
fundamentais, quais as suas concepções de mundo sobre direitos do cidadão? Quais são
as formas de participação política e democracia presentes no seu contexto social? Quais
são os tipos de agrupamentos sociais que esses jovens pertencem? O projeto parte da
hipótese de que nas últimas décadas (1990-2020), diversos segmentos da juventude se
articularam a partir de perspectiva conservadora. Como metodologia, utilizaremos diversos
métodos e técnicas de coleta de materiais, seja utilizando métodos qualitativos quanto
quantitativos com análise dos dados, compreendemos que a sociologia reflexiva de Pierre
Bourdieu (2001) contribui para interpretar os dados coletados. Esse estudo compõe a linha
de pesquisa Educação, Sociedade e Cultura, tendo como orientador o prof. Dr. Aldimar Jacinto
Duarte, coordenador do grupo de pesquisa: Juventude e Educação (registrado no CNPQ) e
do Projeto de pesquisa coordenador por seu orientador Diversidade Cultural e Educação
Juventude e cultura política: sentidos atribuídos por jovens aos valores democráticos e
processos formativos.
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26

INFORMALIDADE E PRECARIZAÇÃO: A ROTINA


DE JOVENS ENTREGADORES E ENTREGADORAS
DE APLICATIVO NA CIDADE DE MACEIÓ, AL
Angelo Mikael Nunes Dos Santos
Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
[email protected]

João Batista De Menezes Bittencourt


Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
[email protected]

RESUMO: OO presente trabalho aborda a crescente precarização do trabalho entre a juventude


brasileira, especialmente a partir da ascensão do trabalho informal e do fenômeno da uberização.
Segundo dados do IBGE, a juventude é a mais afetada pelo desemprego e pelos baixos salários no
Brasil, com disparidades ainda maiores quando se considera classe, raça e gênero. Em resposta
à falta de oportunidades formais, muitos jovens, majoritariamente pretos e pardos, recorrem a
trabalhos informais como entregadores de aplicativos, uma atividade marcada pela ausência de
garantias trabalhistas e alto risco. Nossa análise destaca que essa precarização não é acidental,
mas fruto de uma política neoliberal que promove a flexibilização das leis trabalhistas, favorecendo
o setor privado. A metodologia de pesquisa compreendeu uma revisão bibliográfica e análise de
dados secundários para a produção de análises. O texto mostra que a informalidade é vista como
uma alternativa rápida para obter renda, mas perpetua a vulnerabilidade social e econômica.
A uberização é apresentada como um modelo de trabalho onde o trabalhador, sem vínculo
empregatício, é subordinado a um algoritmo que gere suas atividades, resultando em jornadas
extensas. O trabalho destaca a necessidade de compreender essa dinâmica para analisar o
impacto da precarização no bem-estar dos jovens e propõe uma reflexão sobre as implicações a
longo prazo dessas atividades laborais para essa parcela da população.

PALAVRAS-CHAVE: Juventudes. Precarização do trabalho. Uberização.


27

PROJETO DE VIDA, IDENTIDADE E


RECONHECIMENTO: UM DIÁLOGO COMPLEXO
E NECESSÁRIO PARA OS INDIVÍDUOS EM
SOCIEDADES CONTEMPORÂNEAS INCLUSIVAS.
Roque Luiz Sibioni
Doutor em Ciências Sociais menção em
estudos de juventude pela Universidade
Católica Silva Henríquez, Santiago/Chile.

RESUMO: O presente ensaio visa refletir sobre o conceito projeto de vida relacionando-o com
os de juventudes, identidade e reconhecimento em Charles Taylor e Nancy Fraser em vista de
poder adentrar em aspectos relevantes que tocam a identidade dos sujeitos em sociedades
contemporâneas complexas e multiculturais, caracterizadas, de forma acentuadas por intolerâncias
e preconceitos. Esses, por sua vez, podendo desencadear cada vez mais expressões de violências,
desrespeitos e negação de direitos humanos e sociais para os indivíduos. Cada sujeito é singular
e situado no tempo, no espaço, na cultura e no território, acompanhado de biografia, trajetórias,
condições e perspectivas de vida. Um projeto de vida abarca componentes tanto existenciais e
subjetivos quanto sociais, políticos, geográficos e culturais a partir dos quais a vida e os direitos
dos sujeitos são tecidos, desenvolvidos e reconhecidos. Nessa perspectiva, a identidade pessoal
e social dos sujeitos, em particular, corroboram para a sua autoafirmação, e o reconhecimento, é
uma prerrogativa indispensável para salvaguardar direitos e a boa convivência social, cultural e
democrática para acolher as diversidades inerentes a ela e fomentar a luta por direitos em meio
às desigualdades e exclusões que possam estar presentes nas sociedades e/ou contextos sociais
nos quais os sujeitos estão inseridos, no que concerne o território, a cultural e a geográfica, em
particular. Frente ao complexo desafiador do componente da convivência respeitosa à diversidade
dos indivíduos em sociedades complexos, plurais e multiculturais hodiernos, cada indivíduo é
desafiado à construir a sua autoafirmação e lutar pelo reconhecimento, para os quais o projeto
de vida poderá ser uma valiosa ferramenta, particularmente, por abarcar diversas dimensões
que possam integrar a totalidade da vida dos sujeitos acompanhada de suas demandas, direitos,
perspectivas futuras e contribuir para uma sociedade e convivências sociais mais democráticas,
empáticas, fomentadoras e defensoras dos direitos dos indivíduos

PALAVRAS-CHAVE: Projeto de vida. Juventudes. Identidade. Reconhecimento.


28

“QUERO TER MEU PRÓPRIO NEGÓCIO!”:


DESAFIOS E EXPECTATIVAS DE JOVENS QUE
BUSCAM EMPREENDER EM CONTEXTO DE
VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA
Érica Pontes Teodoro
Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
[email protected]

RESUMO: A presente pesquisa visa analisar como o discurso empreendedor atua na


juventude em vulnerabilidade socioeconômica do município de Maceió no atual cenário
de desmonte das leis trabalhistas e altas taxas de desemprego neste grupo, considerando
também as medidas tomadas pelo governo estadual e prefeitura da capital Maceió. Nesse
sentido, é feito um levantamento das ações do estado e município na construção de uma
“cultura jovem empreendedora” na região. A pesquisa é qualitativa e está dividida em duas
etapas: na primeira foi realizada uma revisão bibliográfica, partindo do marco teórico da
Sociologia da Juventude e Sociologia do Trabalho, e a análise de dados secundários (IBGE,
DataSEBRAE); e, na segunda etapa, a pesquisa de campo se apresenta enquanto um passo
essencial, permitindo a interlocução direta com os jovens empreendedores. Conclui-se
que a necessidade socioeconômica em conjunto com as altas taxas de desemprego na
juventude a tornam um grupo suscetível a recorrer ao empreendedorismo por necessidade.
Apesar da cultura empreendedora ter um discurso que coloca essa atividade enquanto
um “caminho para o sucesso”, o empreendedorismo se torna cada vez mais uma forma
precarizada de trabalho para os jovens em vulnerabilidade socioeconômica e de periferia.
Em relação à esfera local, as políticas públicas do estado se mostram insuficientes: no
município de Maceió, se limita a uma abordagem discursiva que recai no discurso de “faça
você mesmo”, sem considerar o compromisso do Estado de oferecer apoio real; na esfera
estadual, são dadas possibilidades aos empreendedores, mas há uma carência de políticas
que sejam voltadas especificamente aos jovens.

PALAVRAS-CHAVE: Desemprego. Juventude. Precarização. Empreendedorismo. Ideologia


29

OS JOVENS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO


PROFISSIONAL E O MUNDO DO TRABALHO: UMA
VISÃO NA BUSCA DO FUTURO
Pedro Araújo Bitencourt
Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) - Campus Januária
Bacharelado em Administração
[email protected]

Wanderson Pereira Araújo


Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) - Campus Januária
Professor Dr. EBTT
[email protected]

RESUMO: As transformações no mundo do trabalho na contemporaneidade decorrente


das alterações no processo de reestruturação do capital vêm apresentando novas
formas de trabalho, acentuando tendências como a informatização da força de trabalho
e ao mesmo tempo a crescente precarização do trabalho. Articulando-se diretamente
a este objetivo, pretendeu-se também analisar o cenário das condições do trabalho em
relação a inserção dos jovens brasileiros no mercado. Nesse contexto é fundamental
discutir a inserção dos jovens no mundo do trabalho, bem como a formação profissional
e tecnológica desses futuros trabalhadores. Tendo em vista a centralidade do trabalho,
a presente pesquisa buscou analisar a expectativa dos estudantes do ensino superior,
no Instituto Federal do Norte de Minas - IFNMG Campus Januária, em relação ao futuro
profissional no atual mundo do trabalho. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizou-se
como metodologia à abordagem qualitativa, com a utilização dos procedimentos de coleta
de dados, a pesquisa bibliográfica com base nos seguintes autores: Brasil (2008); Frigotto
(2018); Pacheco (2015); Antunes (2018, 2020); Tonet (2012); Marx (2011, 2004) e outros. Contou-
se ainda com a pesquisa empírica, com a aplicação de questionário aos estudantes do
ensino superior do IFNMG Campus Januária por meio de formulário eletrônico no google
forms com questões abertas e fechadas. O público-alvo da pesquisa foram 40 (quarenta)
estudantes de 8 (oito) cursos superiores de graduação da referida instituição, quais sejam:
Bacharelado em Administração; Bacharelado em Agronomia; Bacharelado em Engenharia
Agrícola e Ambiental; Bacharelado em Engenharia Civil; Bacharelado em Sistema de
Informações; Licenciatura em Ciências Biológicas; Licenciatura em Física e Licenciatura em
Matemática. Ao verificar as expectativas dos estudantes sobre a formação acadêmica e
o futuro profissional, nota-se que levantaram quatro pontos fundamentais, quais sejam: a)
a relação da qualificação profissional no ensino superior como um veículo para vencer a
concorrência de trabalho no mercado; b) a compreensão da formação profissional como
OS JOVENS NO PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL E O MUNDO DO TRABALHO: UMA VISÃO NA BUSCA DO FUTURO 30
passaporte para um bom empreendimento; c) a incerteza e medo em relação ao mundo do trabalho
devido ao desenvolvimento tecnológico e as consequentes reduções dos postos de trabalho, e d)
a crença nas possibilidades do trabalho avançado, sofisticado, horários flexíveis, avanço no home
Office. Percebeu-se ainda, que um número considerável dos participantes da pesquisa trabalha e
estuda ao mesmo tempo, um quadro de 32,5% afirmaram trabalhar formalmente ao mesmo tempo
em que estudam, somando a 5% dos que manifestaram como trabalhadores autônomos. Isso
de fato mostra a necessidade pela qual buscam algum tipo de trabalho ou de auxílio oferecido
pela instituição para garantir de tal maneira a sua permanecia no curso. Os dados revelam que
a motivação pelo trabalho antes da formação acadêmica relaciona-se as condições econômicas
dos estudantes, cerca de 67,5% apontaram como centralidade a necessidade econômica. Isto é, o
trabalho ocupa o primeiro lugar na visão dos jovens pesquisados. A busca pela educação superior
é compreendida como meio de alcançar e suprir uma necessidade econômica e social, como
realização humana. Esta pesquisa foi desenvolvida pelo Programa de Iniciação Científica - PIBIC
do IFNMG, com apoio financeiro do CNPq.

PALAVRAS-CHAVE: Formação profissional. Trabalho. Educação Superior. Mundo do trabalho.


Estudantes.
31

PROJETO DE EDUCAÇÃO POPULAR – TRILHAUNI


(NA TRILHA DA UNIVERSIDADE) CAJUEIRO
Edvaldo Gomes Fernandes
Centro Cajueiro
[email protected]

Carmem Lúcia Teixeira


Centro Cajueiro
[email protected]

RESUMO: O TrilhaUni e um projeto de educação popular desenvolvido pelo Cajueiro, com


o objetivo de capacitar jovens (entre 16 e 30 anos) para o ingresso e a permanência na
universidade. É um projeto de formação voltado à juventude empobrecida, com atenção
às mulheres, aos/às jovens negros/as e os LGBTQIA+ oriundos/as de escolas públicas. O
projeto acredita na educação popular como uma possibilidade de transformação na vida
das juventudes empobrecidas. Em seu movimento dialético e constante, sonha-se na (re)
construção de um mundo, onde a prioridade é o olhar para o outro, considerando as múltiplas
possibilidades de aprender e ensinar. Com as sementes de esperança compartilhadas
a cada encontro, busca se mesmo que lentamente, mudanças em realidade de vida, tão
difíceis. O processo de “mudanças” acontece em meio às ressignificações, oriundas das
partilhas de vidas. O “novo” surge, mesmo em meio às diferenças.

PALAVRAS-CHAVE: Educação popular, jovens, formação, sementes, partilhas.


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34

JUVENTUDES PLURAIS: REFLETINDO SOBRE


QUESTÕES GERACIONAIS
Grazielle de Castilho
PPGAS/Universidade Federal de Goiás (UFG)
[email protected]

RESUMO: Esse trabalho tem como intuito nos levar a refletir como a juventude não é um fenômeno
universal, mas sim culturalmente construído (Mead,1969), estudos em antropologia nos mostram
como a juventude é vivida de maneiras diferentes em diferentes culturas sendo uma fase crucial
na vida das pessoas, onde ocorrem experiências importantes que formam os indivíduos. Assim
como as noções e categorias de juventude são construídas por representações que cada cultura
estabelece. A sociedade cria divisões arbitrárias entre as idades (Bourdieu,1983) onde se criam
estereótipos que determinam o que jovens devem ou não fazer, tratando-se de uma divisão poderes
imposta pela sociedade para produzir um impor limites de onde cada um deve se manter. Entender
que essa relação complexa onde a juventude é construída socialmente nessa disputa de poderes.
Sendo assim, não podemos pensar os jovens como uma unidade social, um grupo construído
com interesses comuns definidos biologicamente, mas precisamos repensar e considerar as
diferenças entre as juventudes, considerando seu curso de vida e as “sensibilidades geracionais”
(Henning,2014) que estão atreladas as temporalidades experienciadas pelos indivíduos em
seus contextos político, social, histórico, identitário, afetivo e erótico. Jovens operam diferentes
“sensibilidades geracionais” no seu contexto entendendo que existem conexões complexas e
indissociáveis relacionadas as questões de gênero, sexualidade, raça, classe social, ideologia e
religião. Desse modo, meu trabalho será realizado com jovens do ensino fundamental II do Colégio
Estadual Jardim América em Goiânia, onde levaremos em conta as experiências individuais dos
jovens pesquisados. Com o apoio da observação participante e das narrativas pretendo realizar
“etnografias particulares”(Abu- Lughod,2018) considerando as múltiplas juventudes no ambiente
escolar. Busco assim, analisar as transições que ocorrem ao longo do curso de vida, como estudos,
maternidade, sexualidade, mercado de trabalho e o saber sobre a própria vida alinhados com as
categorias ligadas aos interesses da nossa sociedade do seu tempo e espaço nos preocupando
com as complexidades que envolvem o ser humano e as mudanças ao longo de suas trajetórias,
que são plurais.

PALAVRAS-CHAVE: Juuventude. Geração. Cultura.


35

ENERGIA HIDRELÉTRICA COMO FONTE


RENOVÁVEL? COM A PALAVRA, JOVENS DE
MUNICÍPIOS GAÚCHOS ATINGIDOS PELA USINA
HIDRELÉTRICA DE ITÁ
Rocheli Koralewski
PPGICH/Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS)/Rede Caminho de Esperança
[email protected]

RESUMO: Com a progressiva ampliação dos efeitos da crise climática, a transição energética é
apontada como uma necessidade emergente, estabelecendo um debate amplo sobre fontes limpas
em detrimento dos combustíveis fósseis. Apesar de a energia hidrelétrica ser popularmente tida
como uma fonte renovável, os megaprojetos hidrelétricos geram danos socioambientais a curto,
médio e longo prazo que contribuem às mudanças climáticas, especialmente pela decomposição
da matéria orgânica submersa para a criação do lago artificial que origina gases poluentes
como metano, gás carbônico e óxido nitroso. Ao compreender a crise climática como uma das
consequências da lógica adultocêntrica que se alia ao sistema capitalista, este trabalho tem o
objetivo de compreender as representações sociais da produção de energia hidrelétrica para
jovens de municípios gaúchos atingidos pela Usina Hidrelétrica de Itá (UHE). Trata-se de uma
pesquisa qualitativa que, por meio de trabalho de campo realizado nas cidades de Aratiba/RS,
Mariano Moro/RS, Severiano de Almeida/RS e Marcelino Ramos/RS, utilizou-se do grupo focal
como instrumento de levantamento de dados. Depois de organizados, os dados foram submetidos
à análise temática. Na convivência com a barragem e com a memória social existente nos
territórios, as/os jovens questionam os impactos da Usina Hidrelétrica de Itá que foi desenvolvida
e fundamentada no discurso da energia limpa, inundando amplas extensões de terra, afetando
ecossistemas e gerando consequências sociais de larga escala que são percebidas pelas novas
gerações. As hidrelétricas, juntamente com os danos socioambientais, formam o legado construído
às novas gerações pelas gerações antigas e, como resultado da investigação, contatou-se que os/
as participantes apresentam uma postura crítica sobre a questão, compreendendo que a energia
produzida a partir das barragens não é limpa e apontam à necessidade de encontrar novas formas
de produção de energia elétrica que ofereçam menos danos aos seres humanos e seres mais que
humanos. Portanto, escutar as ideias das populações jovens que vivem em territórios atingidos
por megaprojetos hidrelétricos é fundamental para compreender os impactos intergeracionais
dos empreendimentos e construir efetivas possibilidades de enfrentamento à crise climática
(Aspectos Éticos: 75715223.7.0000.5564 (CAAE) / Parecer nº 6.578.472).

PALAVRAS-CHAVE: Jovens. Energia hidrelétrica. Barragens.


36

DESAFIOS INTERGERACIONAIS NO CONTEXTO


DO ADULTOCENTRISMO
Edson José de Souza Júnior
Universidade Estadual de Goiás (UEG)
[email protected]

Rosane Castilho
Universidade Estadual de Goiás (UEG)
[email protected]

RESUMO: O presente estudo, ainda embrionário, aborda o etarismo e a forma como a


sociedade contemporânea demonstra preconceito em relação aos indivíduos mais velhos,
especialmente a partir da percepção da juventude como “tempo áureo da vida humana”.
Também o adultocentrismo, ao priorizar a perspectiva adulta em detrimento das vozes e
experiências dos mais velhos, contribui para a marginalização dessa faixa etária, dificultando
seu acesso harmonioso a espaços de participação e aprendizado coletivo. Com o objetivo
de analisar as contribuições da psicologia, em particular as teorias de Rogers (2009, 2022)
e Erikson (1997), buscou-se compreender aspectos centrais que envolvem os conflitos
intergeracionais no ambiente acadêmico a partir da busca de indivíduos mais velhos por
uma segunda ou terceira formação nas universidades. A metodologia utilizada inclui uma
revisão bibliográfica das teorias mencionadas, bem como uma análise crítica das práticas
sociais que perpetuam o etarismo. Os resultados esperados indicam que, apesar das
barreiras sociais, muitos indivíduos mais velhos buscam se requalificar e se reintegrar ao
ambiente acadêmico, desafiando estereótipos e preconceitos. A teoria de Carl Rogers, com
seu enfoque na autoatualização e no potencial humano, e a teoria do desenvolvimento
psicossocial de Eric Erikson, que enfatiza a importância da integridade e do legado na
velhice, oferecem uma base teórica sólida para compreender e valorizar as experiências
dos mais velhos. Este trabalho propõe uma reflexão sobre a necessidade de uma mudança
de paradigma que reconheça e valorize a contribuição dos indivíduos mais velhos na
sociedade, promovendo um ambiente mais inclusivo e respeitoso.

PALAVRAS-CHAVE: Desemprego. Juventude. Precarização. Empreendedorismo. Ideologia


37

PASTORAL DA JUVENTUDE E JUVENTUDE


DA ASSEMBLEIA DE DEUS: EXPRESSÕES
GERACIONAIS (IN)VISIBILIZADAS DO MODO DE
VIDA E RELIGIOSIDADE JUVENIL NA AMAZÔNIA
PARAENSE?
Denny Junior Cabral Ferreira
Universidade Federal do Pará (UFPA)
[email protected]

RESUMO: A comunicação apresentada é um recorte preliminar da pesquisa de doutorado


em andamento, cujo objetivo é analisar a gênese a gênese da invenção da Amazônia, sua
inferência, direta ou indiretamente, nos processos de (in)visibilização das subjetividades
juvenis no território paraense. O objetivo é investigar como esses discursos influenciam,
de maneira direta ou indireta, os processos de (in)visibilização das subjetividades juvenis
na Amazônia Paraense. A Amazônia abriga uma complexa sociobiodiversidade, expressa
em suas exuberantes florestas, caudalosos rios e rica fauna e flora. Esse ambiente acolhe
uma diversidade de populações, culturas e tradições, incluindo ribeirinhos, extrativistas,
seringueiros, indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária, pescadores e
agricultores familiares, além de habitantes de grandes centros urbanos. Esses grupos
afirmam sua identidade ao reproduzir historicamente seus modos de vida e suas práticas
socioculturais e ambientais. É nesse mosaico de paisagens contrastantes, que abrange
aspectos ambientais, econômicos, sociais e culturais, que as juventudes amazônicas
constroem seu cotidiano, sua identidade e seus projetos de vida. A metodologia é qualitativa,
de teor bibliográfico e revisão de literatura. Tal estudo é preliminar, em pesquisa de campo
para validar a hipótese ou rejeitá-la. Levanta-se a hipótese de que essas juventudes
expressam, em suas vivências e projetos, traços identitários que as singularizam no contexto
sociocultural juvenil brasileiro, sem desconsiderar sua inserção nas dinâmicas das culturas
hegemônicas, interpelada por processos de (in)visibilização que marcam sua geração
e de um adultocentrismo que resiste em suas instituições formadoras. O objetivo deste
recorte é analisar de forma breve o discurso religioso de jovens militantes de dois coletivos
religiosos, identificando tanto as semelhanças quanto as diferenças em suas perspectivas
sobre a Amazônia Paraense e como tais processos os definem em suas subjetividades.

PALAVRAS-CHAVE: Adultocentrismo. Amazônia. Geração. Religiosidade. Subjetividades


Juvenis.
38

LÓGICA UTILITARISTA E A MARGINALIZAÇÃO DA


INFÂNCIA E DA VELHICE
Yohanna Fernandes Moreira
Universidade Estadual de Goiás (UEG)
[email protected]

Rosane Castilho
Universidade Estadual de Goiás (UEG)
[email protected]

RESUMO: Este estudo visa contribuir para o debate sobre o conceito de adultocentrismo
em suas diversas dimensões, fundamentando-se no materialismo histórico. A pesquisa
propõe uma hipótese que explica o paradigma predominante segundo o qual a sociedade
se organiza em torno da figura do adulto. Compreende se que, no contexto do sistema
capitalista contemporâneo, a descartabilidade de indivíduos que não se enquadram na lógica
produtivista (Bauman, 2005) resulta de uma visão utilitária que marginaliza as necessidades
dos vulneráveis (Nussbaum, 2001). Esse cenário é ainda agravado por uma ética mercantil
que desumaniza e nega a dignidade de determinados grupos, especialmente crianças e
idosos (Sandel, 2012). Na lógica utilitarista, os idosos são frequentemente considerados
obsoletos e prescindíveis, vistos como uma carga para a sociedade devido à sua suposta
incapacidade de contribuir economicamente. Da mesma forma, as crianças muitas vezes
têm sua dignidade ignorada, sendo percebidas apenas como um custo a ser gerido, em vez
de seres humanos com valor intrínseco. Nos espaços públicos, elas são frequentemente
tratadas como acessórios na vida dos pais, em vez de serem reconhecidas como indivíduos
completos. Nessa perspectiva, os direitos das crianças não são reconhecidos em sua própria
essência, mas sim como extensões dos direitos dos adultos, resultando em uma posição
secundária e sem autonomia. Essa abordagem não apenas desconsidera as necessidades,
individualidade e dignidade das crianças, mas também perpetua sua marginalização. Nesse
contexto, a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi fundamental para a
afirmação dos direitos das crianças, reconhecendo-as como sujeitos plenos de direitos,
em vez de meros objetos de tutela ou propriedade dos pais. Em relação à metodologia,
a pesquisa se baseou em revisão bibliográfica e em análise documental. Os resultados
esperados incluem a promoção da conscientização e a mobilização da sociedade civil em
prol da aplicação da lei, além da inclusão da juventude em diversos espaços e contextos
sociais.

PALAVRAS-CHAVE: Adultocentrismo. Ética mercantil. Lógica utilitarista. Direitos da criança.


Dignidade.
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41

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DEMOCRÁTICO


Danielly Ripoll
Secretaria de Educação do Estado do Tocantins
[email protected]

Lucas Teixeira de Paula


Secretaria de Educação do Estado do Tocantins
[email protected]

RESUMO: Este projeto tem como objetivo promover a compreensão da importância do sistema
democrático entre os alunos da Escola Estadual Alcides Rufo, através de uma simulação de eleições
municipais para prefeito e vice-prefeito. Em um contexto de eleições municipais, muitas vezes
marcado por conflitos e polarizações, o projeto visa estimular uma reflexão sobre a importância
da participação consciente e pacífica nas decisões políticas promovendo a cultura da paz no
contexto escolar. Neste cenário, a simulação de uma eleição dentro do ambiente escolar, aliada
ao estudo do papel dos governantes e à discussão de princípios de ética política, visa preparar
os alunos para exercerem sua cidadania de maneira crítica e consciente. Pois a escola, como
um espaço formativo, tem o papel de ensinar não apenas conteúdos acadêmicos, mas também
valores e práticas que ajudem a construir uma sociedade mais justa e democrática. Os alunos
foram desafiados a criar propostas para uma gestão escolar fictícia, aplicando o que aprenderam
sobre ética política e democracia.

PALAVRAS-CHAVE: Democracia. Educação. Cultura da Paz.


42

RELIGIÃO E PARADIGMAS DE JUVENTUDES


Ronaldo Guimarães Santos
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)
[email protected]

Ronan Marcelino de Souza


Universidade Federal de Goiás (UFG)
[email protected]

RESUMO: Este artigo mostra como a religião enxerga e compreende as juventudes atuais, como
a religião refere-se geralmente a sistemas organizados de crenças, práticas, rituais e estruturas
institucionais. Ela frequentemente possui uma série de dogmas específicos, uma hierarquia
estabelecida, normas e tradições que seus seguidores devem seguir. As religiões tradicionais
têm textos sagrados, líderes religiosos e lugares de adoração. Elas fornecem respostas para
questões fundamentais da existência e muitas vezes criam uma comunidade em torno dessas
crenças compartilhadas. O objetivo geral deste estudo é compreender como a religião influencia
os paradigmas de ver e compreender as juventudes no contexto contemporâneo, analisando as
interações entre espiritualidade, práticas religiosas e a construção das identidades juvenis. A
pergunta básica será respondida: o quanto a religião influencia as juventudes em seu modo de
ver e interpretar o sagrado dentro de quatro paradigmas de juventudes? Essa pesquisa explora
como diferentes as religiões moldam as concepções de juventudes na sociedade, suas práticas
culturais e a maneira como as juventudes se relacionam entre elas, e com o mundo adulto. Essa
relação é com base nas transformações sociais, tecnológicas e culturais. A metodologia utilizada
é de caráter bibliográfico, uma revisão de literatura que inclui autores contemporâneos que
discutem as interseções entre as juventudes atuais, a religião e a sociedade. São analisados
textos acadêmicos, livros e artigos científicos que tratam das juventudes em diferentes contextos,
principalmente o religioso, além de estudos que abordam a relação da espiritualidade com as
políticas públicas voltadas para essa categoria ou grupo social. A pesquisa ainda tenta visibilizar
e oferecer uma compreensão ampla e crítica sobre os modos como a religião influencia os
paradigmas e narrativas sociais relacionados às juventudes. A delimitação do tema é religião e
juventudes. Resultados: Trará conhecimento de um tema e fenômeno atualmente bem visualizado
e seguido por muitas juventudes, que saberão mensurar sobre a relação das juventudes o seu
significado, através da religião, e tornará visível a reflexão sobre religião e as juventudes atuais.

PALAVRAS-CHAVE: Religião. Juventudes. Paradigmas de Juventudes. Sagrado.


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REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A TENTATIVA


DE GOLPE NO 8 DE JANEIRO DE 2023 NO X
Gardene Leão de Castro
Universidade Federal de Goiás (UFG)
[email protected]

Cláudia Valente Calvancante


Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)
[email protected]

RESUMO: Este projeto de pesquisa de pós-doutorado faz parte de uma pesquisa guarda-
chuva maior, vinculada ao CNPq, intitulada “Juventude e Cultura Política: sentidos atribuídos
por jovens aos valores democráticos e processos formativos”. Como parte de uma das
etapas do projeto, o objetivo desta pesquisa é analisar quais as representações sociais
de jovens sobre democracia presentes no X (Twitter) nos três primeiros meses de
2023. A escolha desta data se dá pela ocorrência de uma das maiores manifestações
antidemocráticas no Brasil, realizadas no Congresso Nacional, em Brasília/DF, no dia 08 de
janeiro de 2023. Segundo matéria publicada pela Folha de São Paulo, no dia 13 de janeiro
de 2023, o episódio político que mais movimentou as redes sociais em 12 meses foi o ato
golpista que tomou a Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. A maior parte
das discussões aconteceu no X (Twitter), representando 95% das menções ao episódio
nas redes. Para realizar esta pesquisa, utilizamos três conceitos principais: democracia
– Chauí (2005), representações sociais – Moscovici (2012) e redes sociais Lévy (1994) e
Castells (2004). Após a análise das interações ocorridas nos três meses seguintes ao 8 de
janeiro de 2023 no X (Twitter), foram percebidas três categorias de movimentos na internet:
um movimento da esquerda que condenou a tentativa de golpe, como pode ser observada
no seguinte twitter: “Gravíssimos os ataques golpistas ocorridos hoje no Distrito Federal,
com a invasão e depredação do Congresso, Planalto e STF. Um inaceitável atentado à
nossa democracia, que merece resposta dura e imediata contra todos os envolvidos. 08 de
janeiro. 17h04; um movimento da direita que vinculou os ataques como um suposto ataque
da esquerda, como se fosse um movimento dos “infiltrados da esquerda”, como pode ser
observado no seguinte twitter: “Bom dia, amigos. Muita atenção e cuidado. O modus operandi
da esquerda sórdida inclui: quebra-quebra, infiltrações, falsidades e calúnias, invasão de
contas, semeadura de caos, confusão e desordem. Verifiquem suas contas em duas etapas
e cuidado com os infiltrados. 09 de janeiro. 05h22; e outro movimento que condenou a
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE A TENTATIVA DE GOLPE NO 8 DE JANEIRO DE 2023 NO X 44
negligência policial diante da invasão no dia 8 de janeiro de 2023, como pode ser observado no
seguinte twitter: “A polícia de Brasília é uma das que mais bate. Bate em estudante, porque nos
bolsonaristas invadindo o prédio do Congresso Nacional, estão literalmente deixando passar.
É igual touro, só não pode ver vermelho. 08 de janeiro. 15h55. De maneira geral, o houve uma
repercussão negativa ao atentado do dia 8 de janeiro de 2023. Mesmo os perfis de direita no
X (twitter) perceberam que o atentado teve uma cobertura negativa da imprensa e tentaram
desvencilhar sua imagem do fato, tentando vincular o atentado à um suposto ataque dos
“infiltrados” da esquerda.

PALAVRAS-CHAVE: Juventude; democracia; representações sociais, internet.


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RODA DE CONVERSA COM A JUVENTUDE:


CONSTRUÇÃO DE PARTICIPAÇÃO E
DEMOCRACIA COM AS JUVENTUDES
Rayner Florêncio Alves
Centro Cajueiro
[email protected]

Carmem Lúcia Teixeira


Centro Cajueiro
[email protected]

RESUMO: A Roda de Conversa gira, tecendo laços entre a juventude, num entrelaçar de
vozes e sonhos. Como um instrumento de diálogo, ela se abre em leque, acolhendo as
histórias e as esperanças que cada um, cada uma traz no olhar. É aprendizado em movimento,
uma troca de experiências que flui como um rio, onde cada gota é um saber, cada onda
é uma nova descoberta. Nesse círculo de partilha, o conhecimento se faz coletivo, e o
crescimento, um caminho compartilhado. A Roda de Conversa é mais do que um método;
é um encontro de almas jovens, ansiosas por construir um mundo onde as palavras têm
o poder de transformar e a participação juvenil e sinal de resistência e vida. Este estudo
qualitativo investiga as percepções e experiências dos jovens sobre “A CONSTRUÇÃO
DE PARTICIPAÇÃO E DEMOCRACIA COM AS JUVENTUDES”, utilizando a metodologia
de roda de conversa. O projeto foi conduzido com 46 jovens, com idades entre 17 e 30
anos, selecionados com base nos critérios de público atendido pelos projetos TrilhaUni e
TrilhaTec do CAJUEIRO. A Roda de Conversa foi realizada em Goiânia/GO, no CAJUEIRO, no
dia 19/09/2024, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para a discussão com a
juventude. Utilizando-se de recursos das expressões artísticas da POESIA, CHARGE, VÍDEO
e MÚSICA, em rodas menores e na grande roda, as/os jovens foram chamados a pensar nas
seguintes questões: A partir da música, charge, poesia e vídeo, que desafios levantamos
sobre ser jovem? Por que os jovens devem participar da política? O embasamento teórico
para a metodologia e discussão das Rodas de Conversa vem da Coleção JUVENTUDES
EM DIÁLOGOS, com 05 temas para a realização de Rodas de Conversa. Esta coleção foi
produzida pelo Cajueiro, sendo o último volume com o tema: POR DIREITOS, DEMOCRACIA
E PARTICIPAÇÃO SOCIAL (CAJUEIRO, 2024).

PALAVRAS-CHAVE: Juventude. Rodas de Conversa. Democracia. Participação Popular. Direitos da


Juventude.

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