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Teste de avaliação por domínios – 10.

o Ano

Nome _______________________________________ Ano ________Turma_________ N.o ________

Educação Literária

Apresenta as tuas respostas de forma bem estruturada.

PARTE A

Lê o texto e as notas.

Amad’1e meu amigo,


valha Deus!
vede’la frol do pinho2
e guisade d’andar3.

5 Amig'e meu amado,


valha Deus!
vede’la frol do ramo
e guisade d’andar.

Vede la frol do pinho,


10 valha Deus!
selad’o baiozinho4
e guisade d’andar.

Vede la frol do ramo,


valha Deus!
15 selad’o bel cavalo
e guisade d’andar.

Selad’o baiozinho,
valha Deus! NOTAS
treide-vos5, ai amigo, 1
Amad’: amado.
2
20 e guisade d’andar. la frol do pino: a flor do pinheiro que
já tinha florescido.
3
e guisade d'andar: tratai de andar;
Selad’o bel cavalo, apressai-vos.
valha Deus! 4
selad'o baiozinho: selai, preparai o
treide-vos, ai amado, cavalinho.
5
treíde-vos: vinde.
e guisade d’andar.
D. Dinis
Cantigas medievais galego-portuguesas
[base de dados online], Lisboa, Instituto de
Estudos Medievais, FCSH/NOVA, 2011
(disponível em: http://cantigas.fcsh.unl.pt).

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano 1


1. Refere o pedido feito pelo sujeito poético no refrão «e guisade d’andar», relacionando-o com o
verso «valha Deus!» repetido ao longo da cantiga.

2. Explicita dois sentimentos manifestados pela donzela e ilustra cada um deles com uma transcrição
pertinente.

3. Seleciona a opção que completa corretamente a frase seguinte.

Nesta cantiga, a referência à Natureza concretiza-se através da flor do pinheiro, que

representa simbolicamente o momento adequado para o amigo se encontrar


A.
com a donzela, na medida em que já floresceu.
constitui o cenário natural do encontro entre a donzela e o amigo, embora não
B.
seja um elemento crucial desse espaço.
desempenha o papel de confidente, ouvindo os sentimentos da donzela e
C.
respondendo aos seus pedidos.
espelha metaforicamente o estado de espírito de inquietação da donzela,
D.
evidenciando agitação e movimentação inesperadas.

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano


PARTE B

Lê o texto e as notas.

A melhor dona que eu nunca vi,


per bõa fé1, nem que oí2 dizer,
e a que Deus fez melhor parecer,
mia senhor est, e senhor das que vi,
5 de mui bom preço3 e de mui bom sem4,
per boá fé, e de tod'outro bem
de quant’eu nunca doutra dona oí.

E bem creede, de pram5, que é ‘ssi,


e será já, enquant'ela viver,
10 e quen’a vir e a bem conhocer,
sei eu, de pram, que dirá que é ‘ssi.
Ainda vos de seu bem mais direi:
é muit’amada, pero que nom sei
quen’a tam muito6 ame come mim.

15 E por tod’esto7 mal dia naci,


porque lhe sei tamanho bem querer,
como lh’eu quer’e vejo-me morrer,
e non’a vej’, e mal dia naci!
Mais rog’a Deus, que lhe tanto bem fez,
20 que El me guise8 com’algũa vez
a veja ced’9, u10 m’eu dela parti,

com melhor coraçom escontra mim11.

Fernão Garcia Esgaravunha


Cantigas medievais galego-portuguesas
[base de dados online], Lisboa, Instituto de Estudos Medievais,
FCSH/NOVA, 2011 (disponível em: http://cantigas.fcsh.unl.pt).

NOTAS
1
per bõa fé: (fórmula de juramento) por Deus; realmente.
2
oí: ouvi.
3
preço: fama; reputação.
4
bom sem: bom senso; bom entendimento.
5
de pram: certamente; realmente.
6
tam muito: tanto.
7
tod’esto: tudo isto.
8
guise: proporcione; dê a oportunidade de.
9
ced: em breve; rapidamente.
10
u: quando.
11
com melhor coraçom escontra mim: com mais boa vontade em relação a mim.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano 3


4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano
4. Refere duas qualidades da «senhor», presentes na primeira cobla, e fundamenta a resposta com
elementos textuais pertinentes.

5. Relaciona o sentido dos versos 13 e 14 com o estado de espírito do sujeito poético apresentado
nos versos 15 a 18.

6. Considera as afirmações seguintes sobre o poema e identifica as duas afirmações falsas.

A. A nível formal, verifica-se a inexistência de refrão.


Quanto às características temáticas, é notório o elogio cortês, na primeira
B.
estrofe, e a «coita de amor», presente, por exemplo, no verso 17.
Na terceira estrofe, o sujeito poético deseja que Deus lhe dê a oportunidade de
C.
ver, em breve, a sua amada.
D. Nos versos 20 a 21, o eu lírico hiperboliza a elevação moral da mulher.
Em termos estilísticos, nos versos 6 e 7 – «de tod'outro bem / de quant'eu nunca
E.
doutra dona oí.» – é evidente a presença da metáfora.

PARTE C

7. Na poesia trovadoresca, a sociedade medieval também surge espelhada nos seus vícios e
costumes.
Escreve uma breve exposição sobre a denúncia dos vícios e costumes medievais presentes nas
cantigas de escárnio e maldizer.
A tua exposição deve incluir:
 uma introdução ao tema;
 um desenvolvimento no qual explicites dois aspetos que são alvo de crítica nas cantigas de
escárnio e maldizer, fundamentando cada um desses aspetos em, pelo menos, um exemplo
pertinente;
 uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano 5


Leitura
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção correta.

Lê o texto e as notas.

O mercado dos segredos

Há um provérbio português antigo que reza assim: «A quem confiaste um segredo, fizeste-o
senhor de ti.». Quando se confia um segredo, entra-se inevitavelmente num mercado clandestino cuja
moeda de troca é a palavra proibida. Tanto o confessor como o confidente ficam unidos por uma linha
indelével1, que será quebrada caso o silêncio seja desrespeitado.
5 Há uma carga que se impõe de forma natural, quando pensamos num segredo, porque acarreta
algo que, supostamente, não deveria ser dito. Quando pedimos segredo, estão muitas vezes implícitas
outras pessoas ou algo que não pode de todo saber-se, por ser condenável, causar escândalo, ou
defraudar de alguma forma a imagem do próprio ou de outro(s).
Recordo que, em 2006, um manual de autoajuda intitulado O Segredo, escrito pela australiana
10 Rhonda Byrne, foi um sucesso em todo o mundo. Não o li e, por isso, não posso falar sobre o mesmo.
Contudo, o que interessa é focarmo-nos no fenómeno que a palavra «segredo» operou nos milhares
de compradores dos exemplares. Não deixa de ser curioso que nas palavras de marketing do dito livro
seja logo levantado o véu do seu segredo: «O pensamento positivo pode criar resultados de mudança
de vida, tais como o aumento da felicidade, da saúde e da riqueza.». Mas não contam tudo, claro; é
15 preciso pagar, comprar o livro, para saber como se põe a máquina do pensamento positivo a
funcionar.
Segundo se consegue apreender, O Segredo é uma espécie de manual de regras para atingir o
êxito pessoal. Confesso que sempre desprezei esta categoria de livros, e costumo perguntar por graça:
se são livros de autoajuda, porque não ficam apenas na prateleira do autor, para que se ajude a si
20 próprio?
Falo desta categoria de livros e deste título em particular, para ilustrar que os segredos têm um
preço. Valem sempre algo. Este tipo de livros vale-se disso, do poder de contar segredos em forma de
receitas e de tentar criar um elo íntimo com o leitor. Como se o livro fosse um amigo que o vai ajudar,
mostrando-lhe que não está só no mundo. Porque também é essa a lógica de contar um segredo —
25 não nos sentirmos tão sós (com aquilo).
Os segredos, sem qualquer dúvida, valem algo. E o valor não é fixo, muda consoante a importância
do mesmo. Confessar uma parvoíce que só envergonha alguém medianamente não tem o mesmo
valor do que segredar um ato hediondo2. No entanto, a moeda de troca é sempre a mesma – a
confiança.
30 Entre amigos, familiares ou amantes (penso que uma troca de segredos a sério dá-se entre estes
laços afetivos e é raro alguém trocar segredos com desconhecidos), os papéis não são estanques.
Quem conta um segredo pode sempre receber outro em troca. Aliás, é normalmente o que se espera.
Quantos não ficaram defraudados por se terem apercebido de que aquele amigo a quem contaram os
seus segredos escolheu outra pessoa, para contar em primeira mão algo que até à data se
desconhecia? Ou quantos não romperam já uma amizade ou perderam um amor por terem sido
contados a outrem os seus segredos? Quantas relações faliram por ter havido uma crise no mercado
dos valores? Agora pensem.

Cláudia Lucas Chéu, in www.publico.pt, edição online 12 de abril de 2022


(consultado em outubro de 2023, adaptado e com supressões).

NOTAS
1
indelével: que não pode ser apagada ou esquecida.
6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano
2
hediondo: moralmente condenável; que suscita repulsa.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano 7


1. De acordo com o primeiro parágrafo, a relação entre o confessor e o confidente é garantida pela
A. quebra do silêncio.
B. desunião de ambos.
C. revelação da palavra proibida.
D. manutenção da confiança.

2. No contexto em que ocorre, a palavra «carga» (l. 5) é sinónima de


A. responsabilidade. C. quantidade.
B. intensidade. D. desvalorização.

3. Ao referir o livro O Segredo (l. 16), a autora pretende mostrar que


A. esta categoria de livros tem conselhos destinados apenas ao seu escritor.
B. este tipo de livros é sempre importante para o seu leitor.
C. os leitores se sentem desorientados ao ler estes livros.
D. as receitas dadas nesta categoria de livros não são seguidas pelo escritor.

4. Ao confiar um segredo a alguém, evita-se


A. a solidão. C. a partilha.
B. a certeza. D. a entreajuda.

5. Através da metáfora da confiança enquanto «moeda de troca» (ll. 2-3 e 26) entre o confessor e o
confidente, a autora
A. associa a ação de confiar os segredos às trocas comerciais.
B. compara o ato de revelar os segredos com interesses financeiros.
C. contradiz o verdadeiro objetivo de confiar segredos a outrem.
D. relaciona a ação de segredar com a desconfiança que deve existir.

6. O valor dos segredos depende


A. do confidente. C. do confessor.
B. do conteúdo. D. do seu impacto.

7. As interrogações presentes no último parágrafo realçam


A. as diversas dúvidas da autora e do leitor.
B. as consequências da quebra de confiança nos relacionamentos.
C. a importância do fim das relações interpessoais.
D. a quantidade de pessoas que mantiveram um segredo.

8. O vocábulo «Aliás» (l. 29) contém um valor de


A. oposição. C. exemplificação.
B. ênfase. D. condição.

8 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano


Gramática
Os itens que se seguem têm por base o texto do domínio da Leitura.

1. Na frase «Como se o livro fosse um amigo que o vai ajudar, mostrando-lhe que não está só no
mundo.» (ll. 21-22), as palavras sublinhadas são
A. um pronome, no primeiro caso, e uma conjunção, no segundo caso.
B. uma conjunção, no primeiro caso, e um pronome, no segundo caso.
C. pronomes em ambos os casos.
D. conjunções em ambos os casos

2. A oração introduzia por «que», na linha 25, é subordinada


A. substantiva completiva.
B. adjetiva relativa explicativa.
C. adjetiva relativa restritiva.
D. substantiva relativa.

3. Identifica a função sintática desempenhada por:


a) «a palavra proibida» (l. 3);
b) «Quem conta um segredo» (ll. 28-29).

4. Na evolução de SENIORE- para senhor, ocorreram os processos fonológicos:


A. paragoge e metátese.
B. apócope e sonorização.
C. palatalização e crase.
D. apócope e palatalização

5. Na expressão «Quantas relações faliram por ter havido uma crise no mercado dos valores? (l. 33), a
palavra sublinhada é
A. um pronome. C. um determinante.
B. um quantificador. D. um advérbio.

6. Em «que o vai ajudar» (l. 21), o pronome pessoal desempenha a função sintática de
A. complemento direto. C. complemento oblíquo.
B. complemento indireto. D. sujeito.

7. Todas as formas verbais destacadas encontram-se conjugadas no pretérito perfeito do indicativo,


exceto em
A. «Não o li» (l. 10). C. «escolheu outra pessoa» (l. 31).
B. «Quantos não ficaram» (ll. 29-30). D. «Agora pensem.» (ll. 33-34).

8. Reescreve a frase, substituindo a expressão sublinhada pelo pronome pessoal adequado.


«defraudar de alguma forma a imagem do próprio ou de outro(s)» (ll. 7-8).

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano 9


Escrita

«A nossa sociedade olha para o livro como um dado adquirido, mas o ato de ler – outrora
considerado útil e importante, assim como potencialmente perigoso e subversivo – é agora
condescendentemente aceite como passatempo, um passatempo vagaroso desprovido de eficiência e
que não contribui para o bem comum.»

Alberto Manguel, A biblioteca à noite, Lisboa, Tinta-da-China, 2020, pp. 193-194.

Num texto expositivo, bem estruturado, com um mínimo de 200 e um máximo de 350 palavras,
compara o modo de acesso à cultura no presente e no passado.

No teu texto:
− formula uma introdução ao tema;
− explicita, de forma clara e pertinente, dois aspetos, cada um deles ilustrado com um exemplo
significativo;
− formula uma conclusão adequada à exposição desenvolvida.

Observações:

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco,
mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (ex.: /dir-se-ia/). Qualquer número conta como uma
única palavra, independentemente do número de algarismos que o constituam (ex.: /2023/).

2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – entre duzentas e trezentas e cinquenta palavras –,
há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão indicados implica uma desvalorização parcial (até 5 pontos) do texto
produzido;
– um texto com extensão inferior a oitenta palavras é classificado com zero pontos.

FIM

COTAÇÕES

Item
Grupo
Cotação (em pontos)

Educação 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Literária 30 30 20 30 30 30 30 200

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Leitura
25 25 25 25 25 25 25 25 200

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Gramática
25 25 25 25 25 25 30 20 200

Escrita Item único 200

10 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 10.o ano

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