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Análise geotécnica para um pórtico metálico
Emilio Nóbrega1-
[email protected] MBA Projeto e Desempenho de Estruturas e Fundações
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Natal, RN, 08 de outubro 2023
Resumo
O presente trabalho pretende apresentar o desempenho estrutural para uma
proposta de ampliação em um condominio multifamiliar formado por três unidades
no municipio de Macaíba-RN, na qual foram analisados as vantagens para
construção de estruturas metálicas, a capacidade de carga nas fundações e os
critérios na tomada de decisão com uso de elementos diretos ou profundo. Quais
impactos a superestrutura oferece em face aos demais sistemas construtivos
envolvidos e, como se deu a distribuição gradual nos carregamentos na interação
geotécnica? A pesquisa tem carater exploratório, cujo objetivo é comparar os dados
analíticos entre estruturas tradicionais de concreto armado com o elemento pré-
fabricado de aço. Buscou-se levantar o acervo documental como, projetos técnicos,
memórias de cálculo e, registros fotográficos. Além disso a revisão bibliográfica
sobre o tema ‘análise estrutural’ e normatizações técnicas nacionais (Desempenho,
Estrutura metálica, Geotecnia, Instalações prediais, etc); os resultados puderam
servir de parametro para quantificar os indices viabilidade financeira e concluir sobre
a taxa de lucro do proponente investimento, bem como as estratégias para
otimização das fundações.
Palavras-chave: Estrutura metálica. Análise Estrutural. Interação geotécnica.
1. Introdução
A Engenharia Civil possui forte apelo técnico e disciplinar pela busca de soluções
que propiciam segurança, qualidade, economia de insumos, agilidade na execução e
eficiência no aproveitamento do potencial construtivo do terreno prospectado. Em
paralelo têm-se a busca por moradias acessiveis a necessidade da população, como
a proximidade com os locais de trabalho, saída do aluguel e facilitação das
condições de mobilidade na centralidade urbana. Tal fato cria cenários para
investimentos aos profissionais no setor da construção civil, na qual movimenta uma
grande quantidade de pessoas envolvidas, além da circulação do capital que por sua
vez estimula o desenvolvimento da economia ao Estado.
“Apesar de 20% do total de domicílios do país não estarem
ocupados, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), o Brasil tem hoje um déficit habitacional de 7,9
milhões de moradias no país. Ou seja, somente os imóveis
totalmente vagos dariam conta de resolver deste problema.”
ALHO [2023]
A procura por habitações é pautada em algumas tipologias que estão diretamente
relacionadas com a distância em relação ao centro, metragem e opções de lazer,
sendo as regiões periféricas com maior atração de investidores, uma parte com
metragem maior (acima de 2 dormitórios) quando posicionados em condomínios
1
Arquiteto Urbanista; Engenheiro de Segurança, especialista em Ergonomia.
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horizontais, enquanto que nos loteamentos urbanos a demanda tem sido por
edificações menores entre 62 a 79m², dois quartos sendo uma suíte. “[...] as
residências mais compactas são construídas com espaços pensados de forma
modular, flexível e inteligente, induzindo ao uso de estruturas modulares e pré-
fabricadas; o que também acaba barateando e agilizando as obras.” MOBUS
CONSTRUÇÃO [2023]
Por outro lado, no segmento de apartamentos as regiões centrais das cidades
ganham a preferência para lançamentos cada vez menores, também conhecido por
apartamentos ‘studio’ que indicam unidades de um dormitório, sala, cozinha e
banheiro. No Rio Grande do Norte essa tipologia era comum por volta dos anos
2000, porem eram chamadas ‘kitchenettes’ como padrão popular, já os padrões
médios recebiam denominação ‘flat’. Ambos eram comercializados para locação
entre o publico solteiro, executivos ou no máximo casais sem filhos, consequência
da vida ativa em que estavam subordinados nos respectivos empregos. Este
conceito de incorporação começou a ser discutido nas grandes cidades, onde os
terrenos foram sendo consumidos, ou por vezes remembrados com a demolição de
residências existente no entorno a fim de ampliar o potencial construtivo para
viabilização do empreendimento vertical. “O parâmetro de área da unidade por
número de quartos é elucidativo: no município de São Paulo, entre 1992 e 2007, a
área média do apartamento de dois quartos foi de 55m²; a de três quartos, 82m²; e a
de quatro quartos, 180m².” aponta PASSOS [2011] Para investidores o mais
importante é sair como planejado e sem alterações ao longo da execução, pois isso
impacta diretamente na divisão dos lucros.
A decisão de implantar novas moradias deve seguir algumas orientações básicas,
onde uma equipe técnica qualificada irá propor o direcionamento na elaboração dos
projetos de engenharia, arquitetura, ensaios hídricos, geológico-geotécnico,
topográfico, controle ambiental e outros aspectos da interação homem-natureza,
buscando a minimização de impactos na região. Assim, será apresentado uma
proposta de ampliação múltiplo-andares, utilizando a estrutura metálica como
protagonista para um condomínio existente em uma área com grande utilização do
concreto armado, será avaliado a influência entre os dois sistemas construtivos- Aço
e concreto para viabilizar a construção no contexto geotécnico e cronograma da
obra.
2. Referencial teórico
2.1. Estruturas metálicas
O uso do aço na construção civil trouxe maior comodidade sobre os processos de
montagem, exige capacitação dos operários envolvidos para garantir a precisão
milimétrica ofertada pela fábrica. “De acordo com PFEIL [2009] apud OLIVEIRA
[2019], os aços são divididos segundo a composição química em dois grupos: aços-
carbono e aços de baixa liga”.
A diferença está nas propriedades mecânica onde os limites de escoamento (fy),
resistência a ruptura (fu), teor de carbono e ligas adicionais mudam em função da
especificação. Neste tipo de estrutura podemos definir seus elementos por pré-
fabricados, pois a ligação entre eles ocorre de maneira semirrígida e apoios flexíveis
para equalizar os esforços solicitantes em face o uso pretendido.
No Brasil, antes da introdução das peças metálicas industriais, tinha-se aplicações
mais rudimentares pelas primeiras construções que faziam uso de madeira e taipa
no período colonial (séc. XV), seguido pela argila moldada (adobe) séc. XVII e época
3
imperial (séc.XVIII).
“Nesse período, o aço [...] era importado
e edifícios inteiros de 'ferro pré-
fabricado', produzidos na Europa, aqui
chegavam. Esses edifícios ficaram
conhecidos como 'arquitetura
metalúrgica'. As peças fundidas para
construção de teatros, mercados,
estações ferroviárias, elementos urbanos
e também para residências eram
importadas e vistas como símbolo de
Figura 1 Viaduto Santa Efigênia, São Paulo-SP progresso”. ARAUJO [2016]
FONTE: LAART [2019]
O Viaduto na Avenida Santa Efigênia (figura 1) teve sua construção “[...] entre 1910
a 1913, “[...] foi projetado pelo engenheiro italiano Giulio Micheli. Construído com
toneladas de ferro, essa obra contou com elementos importados da Bélgica e é um
dos exemplos mais importantes de Art Nouveau no Brasil.” LAART [2019]
“Com o término da [primeira] guerra, os materiais originariamente importados da
Europa passam a vir, preferencialmente, dos EUA e nossa produção de gusa não
passava de 10 mil toneladas. Foi na década de 20 que o Brasil começou realmente
a desenvolver sua incipiente indústria siderúrgica, com a criação da Companhia
Siderúrgica Belgo Mineira [...]. Em 1940, foi instituída no Brasil a Comissão
Executiva do Plano Siderúrgico Nacional, e em plena Segunda Guerra Mundial foi
fundada a Companhia Siderúrgica Nacional-CSN, que entrou em operação em 12 de
outubro de 1945, com a finalidade de produzir chapas, trilhos e perfis nas bitolas
americanas.” BELLEI, et al [2008]
Nessa época os primeiros edifícios foram surgindo na região Sudeste, conforme o
quadro a seguir.
Edifício Garagem Edifício Av. Central (1961) Edifício do Escritório
(1957) em São Paulo- no Rio de janeiro-RJ central da CSN (1966)
SP em Volta redonda-RJ
16 andares 37 andares 17 andares
Quadro 1 Primeiros edificios verticais com uso metálico no Brasil
FONTE: BELLEI et al [2008] adaptado AUTOR [2023]
“[...] na década de 1970 já produzia cerca de 500 mil toneladas de estruturas
metálicas por ano, mas totalmente voltada para o setor industrial.” BELLEI et al
[2008] Na região Nordeste os exemplares com múltiplo-andares concentram-se nas
capitais mais antigas como Salvador (Bahia) e Recife (Pernambuco), em Natal (Rio
Grande do Norte) a ponte férrea de Igapó "[...] foi construída pela inglesa
ClevelandBridge & Engineering Company e inaugurada em abril de 1916." IBGE [s.a]
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Figura 3 Ponte férrea de Igapó em Natal-RN
Figura 2 Edifício Casa do Comércio de Salvador-BA
(1988) FONTE: IBGE [s.a]
FONTE: SENAC [2018]
Alguns edifícios comerciais ganham destaque em Natal-RN na contemporaneidade,
utilizando sistema hibrido na construção das galerias, como ‘Seaway shopping’,
‘Praia Shopping’ e ‘Orlasul’; Lojas de automóveis, Estádio ‘Arena das dunas’ e redes
varejistas, também chamam atenção pelo partido estético adotado.
Figura 4 Edíficio comercial de autos Figura 5 Obra da loja 'Havan-Natal'
FONTE: AUTOR [2023] FONTE: AUTOR [2022]
As vantagens conferidas pelo uso das estruturas metálicas “[...]substituindo os
elementos de concreto armado e mantendo todo o restante do acabamento da obra
nos processos e padrões usuais, já altera radicalmente o planejamento da obra e
traz consigo um novo 'Processo Construtivo', como demonstrado abaixo:” BELLEI et
al [2008]
1-Menor custo de administração 2- Economia nas fundações
Devido ao menor número de operários, Devido ao menor peso do edifício em aço (o
menor prazo de obra e uma redução esqueleto metálico pesa em média dez
substancial dos gastos com limpeza da obra vezes menos que o de concreto),
(retirada de entulhos) possibilitando uma redução do número de
estacas por base e/ou do número de bases
com o emprego de vãos maiores
3- Menor consumo de revestimento 4- Rapidez de execução
Devido à maior precisão de fabricação das Pela possibilidade de superposição de
estruturas metálicas (milímetros e não diversas atividades na obra, bem como um
centímetros), haverá uma redução número maior de frentes para a mesma
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significativa nas espessuras dos atividade.
revestimentos (emboço e reboco).
5- Maior lucratividade de investimento
Devido à maior velocidade dc giro do capital investido c à maior área útil com elementos
estruturais de menores dimensões.
Quadro 2 Processo construtivo das estruturas metálicas
FONTE: BELLEI et al [2008] adaptado AUTOR ]2023]
Os fechamentos laterais e horizontais devem seguir preferencialmente o uso de
elementos metálicos, dessa maneira a superestrutura terá melhor solidarização com
os estados limites de serviço. Para as placas horizontais temos o sistema superior
(cobertura) das telhas, treliças, terças e barras de contravento. Já entre pavimentos
existem os sistemas ‘steel deck’, com lançamento de concreto sobre a propria
estrutura local, apoiada em sub-vãos de viga; “[...] Um sistema no qual chapas de
aço perfiladas têm dupla função: atuam como fôrma no momento da execução da
laje e como armadura positiva após a cura do concreto. Assim é o steel deck,
solução também conhecida como laje mista ou colaborante. Independente da
denominação, a tecnologia é considerada uma alternativa para racionalizar etapas
da obra e reduzir prazos de execução.” AECWEB [2014] Já no caso de estruturas
hibridas, cada elemento age independente onde as placas de laje pré-fabricados em
concreto armado são apoiadas sobre vigas mistas, não terão mesma eficácia pelas
condições de ligação e travamento entre dois materiais.
Esta aderência é resolvida quando ocorre
solidarização entre os elementos mistos, a laje
steel deck, armadura negativa e os conectores
de cisalhamento. O que diferencia uma telha
metálica da laje steel deck são as rugosidades
no perfil trapezoidal, ligações no transpasse,
inclinação e os subvãos para cada fabricante.
Segundo METFORM [2019] existem duas linhas
no mercado para esse tipo de laje: MF-50 e MF-
75; o primeiro utilizado em edificações urbanas,
Figura 6 Montagem de laje steel deck e hotéis, hospitais; O segundo para cargas
conectores stud-Bolts elevadas ou necessidades especiais.
FONTE: METFORM [2019]
adaptado AUTOR [2023]
O sufixo ‘50mm’ indica altura (d’) acrescido do cobrimento de concreto, largura útil
de 915mm; Para MF-75 a largura útil é reduzida em 820mm para buscar melhor
rigidez da peça em vibrações excessivas. A entrada de dados no catalogo será em
função do somatório de cargas conforme NBR 6120 [ABNT; 2019], largura máxima
dos subvãos entre vigas mistas e altura total (h).
2.2 Proteção em situações de incêndio
A instrução militar n° 08 especifica que, edificações pertencentes ao grupo ‘A’/
residencial, com altura útil menor que 12 metros deverão atender ao tempo de
redução ao fogo-TRRF de 30min. CBMRN [2022; tabela A] Este tempo indica as
condições estáveis a qual os materiais devem suportar, sem acarretar perda na sua
integridade e os ocupantes possam ser conduzidos pelas rotas de fuga com
segurança.
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De acordo com o portal G1RN [2022] “O Corpo
de Bombeiros foi acionado para combater as
chamas por volta das 15h e até a última
atualização [16h55] desta matéria trabalhava
para conter o fogo” O incêndio ocorreu no dia 28
de dezembro 2022 a partir de uma explosão de
fogos pirotécnicos. Pelo menos 75min pode ser
capaz de gerar pânico pela fumaça em
suspensão, dificultar o plano de evacuação,
bem como o combate pelos brigadistas
militares. A figura 7 mostra as consequências do
Figura 7 Cobertura metálica danificada comportamento de fogo no interior de uma
após incêndio edificação comercial, hibrida entre alvenaria,
FONTE: AUTOR [2023] reboco cimentício e cobertura metálica.
Os perfis metálicos que formam este último (treliça em arco e terças) mantiveram
estabilidade, contudo as condições de tensão-deformação, índice de esbeltez
reduzido e capacidade cortante foram alteradas, mesmo se visualmente aparentam
bom estado. Por outro lado, boa parte das telhas metálicas sofreram deformação em
face ao calor irradiado. O mesmo se aplica ao desprendimento de reboco cimentício
(instrução 10-Controle de materiais) nas partes inferiores das vedações horizontais,
tornando vulnerável a ligação entre os blocos cerâmicos, tombamento lateral na
vizinhança próxima em virtude do descumprimento dos afastamentos para
separação entre edificações (instrução 7). A compartimentação de materiais é válida
para retardar este tempo de redução ao fogo, conforme instrução 09 aplicáveis nas
situações: 1) Viga-Pilar; 2) Envoltória de pilares com alvenaria ou concreto armado;
3) Entreforros e 4) Transpasse vertical entre pavimentos pelas aberturas, são alguns
aspectos que devem ser analisados pelos principais projetistas de estrutura e
arquitetura. A adoção de envoltórias permite retardar o tempo de aderência do fogo,
além de promover resistência suplementar.
SOARES [2023] reforça duas verificações, sobre a importãncia para avaliar o
comportamento do pórtico metálico em temperaturas elevadas. Além das diretrizes
elencadas anteriormente para proteção ativa e passiva sugerida pelo Corpo de
bombeiros, entretanto a análise numérica proposta pelo quadro 03 traz novas
interpretações para aplicação das medidas preventivas.
Verificação em situação de incêndio
Dimensionamento de
NBR 14323 [2013]
perfis NBR 8800 [2008]
Sem material de proteção Com proteção
1° Esforço solicitante 1° Esforço solicitante 1° Esforço solicitante
2° Esforço resistente 2° Esforço resistente 2° Temperatura crítica
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3° Verificação de perfil 3° Verificação de perfil 3° Fator de massividade
4° Cartas de cobertura
5° Espessura de material
Quadro 3 Fundamentação de cálculo para estruturas metálicas
FONTE: SOARES [2023] adaptado AUTOR [2023]
2.3 Logística da obra
O planejamento da obra inicia ainda na fase de projeto, logo após a definição do tipo
de estrutura ser viabilizada ao empreendimento. O canteiro de obra deve ser dividido
em zonas de acordo com as operações exercidas (Administração, Depósito de
insumos, Banheiros, Refeitório, Concretagem, Pátio de manobras, Estocagem de
perfis, Elevador de carga, Local de autogrua, Resíduos sólidos, etc.), Sinalização do
canteiro e advertência ao entorno da vizinhança (queda de materiais, cones de
isolamento, contenedores com luminosos, bandeja aérea, tela suspensa no pórtico,
tapumes externos, placa da equipe técnica, placa ocupacional), Rota de caminhões
(raio de giro, geometria dos materiais embarcados, licenças rodoviárias) e Rota de
emergência (distancia a unidade básica de saúde aos colaboradores); A elaboração
dos programas de ação também são fundamentais para mitigação de riscos de
segurança, saúde e meio ambiente, a citar alguns: Plano de Gerenciamento dos
Riscos ocupacionais-PGR, Plano de gerenciamento dos resíduos sólidos-PGRS e
Plano de Rigging. Este segundo definição por RIGGINGBRASIL [s.a] "[...] planejar e
simular a operação de movimentação de carga por meio do estudo da carga a ser
içada, dos equipamentos e acessórios utilizados, condições do solo e influência do
vento na operação, entre outros fatores que podem ser incorporados na operação”.
Figura 8 Obra vertical com exemplos de segurança e isolamento coletivos
FONTE: AUTOR [2023]
YAZIGI [2007, p.280] “Os métodos de montagem de estruturas metálicas podem
variar. Mas é comum, no içamento e montagem das peças, a utilização de gruas-
torre e de guindastes, para aproximar o material. Como a montagem é mais rápida
do que o restante da construção, é muito comum encontrar edifícios ainda em
esqueleto metálico e os operários trabalhando em condições muito perigosas. Por
isso, é fundamental programar o trabalho de tal modo que, terminada a colocação
das vigas metálicas, se proceda à execução do piso permanente, para que a
colocação dos pilares seguintes seja feita em base firme e segura. Antes de sua
utilização, as peças metálicas devem ter sua resistência verificada. Também, têm de
ser examinadas quanto a defeitos, como empeno ou corrosão”.
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3. Estudo de caso
3.1 Projeto Arquitetônico
O conjunto edificado para estudo é um Condomínio multifamiliar formado
inicialmente por duas unidades, sendo uma residencial para quatro habitações
duplex, dois pavimentos e outra comercial, galpão em único pavimento, altura livre
de 5,50m e apoio nos fundos com copa, banheiro e escritório. O terreno de
implantação possui 38,00 x 18,75m (figura 10) e perfaz uma superfície total de
712,5m²; Sendo 25,66 x 18,75m o trecho indicado pelo ‘ponto A’ na figura 9
necessário para futuras ampliações. As partes existentes denominada ‘Bloco A e B’
equivale a 20,00 x 18,75m.
Figura 9 Blocos A e B executados Figura 10 Terreno de implantação do
FONTE: AUTOR [2023] condominio
FONTE: GOOGLE MAPAS [2023]
adaptado AUTOR [2023]
O Bloco ‘A’ foi executado primeiro entre o período 2016 a 2017, mais tarde em 2018
veio a necessidade de executar o bloco ‘B’, não como um galpão comercial da figura
9, mas como um edifício vertical de três pavimentos, cujo sistema construtivo seria
em alvenaria e concreto armado moldado no local. Para viabilidade do bloco ‘B’
original, optou-se pelo pavimento térreo como pilotis de garagem e três habitações
por pavimento tipo conforme figura 11 a seguir.
Figura 12 Bloco ‘A’ executado
Figura 11 Simulação 01 dos blocos 'A' e 'B' FONTE: AUTOR [2019]
FONTE: AUTODESK [2023] adaptado
AUTOR [2023]
Diante da construção efêmera verificada na figura 9 pela não continuidade do projeto
original do bloco ‘b’, e sabendo que a atual taxa de ocupação resultou em 61,89%; A
proposta para incorporação do novo bloco ‘C’ com novas habitações autônomas,
nasceu com primeiro desafio de proporcionar o melhor aproveitamento no potencial
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construtivo. A figura 13 apresenta o conceito projetado, tendo sido aproveitado parte
do galpão comercial e acomodação do acesso vertical e controle de entrada para
ventilação natural pela testada frontal (face dominante).
Figura 13 Ampliação para bloco ‘C’
FONTE: AUTODESK [2023] adaptado AUTOR [2023]
Bloco A Bloco B Bloco C
246,91m² 88,95m² 438,93m²
34,65% 12,48% (108,35/712,5)= 15,20%
Tabela 1 Área construida e ocupação por blocos
FONTE: AUTOR [2023]
O somatório das taxas de ocupação por blocos é de 62,33% < 80, conforme
especifica o código de obras municipal. A parte remanescente equivale a
pavimentação externa e áreas permeáveis (177,17m²) no perímetro do lote, cuja
taxa permeável é de 24,86% < 20. A distribuição do bloco ‘C’ (figura 14) observou
área comum no pavimento térreo, formado por 10 vagas de garagem (438,93/50) >
8,7 sendo uma vaga especial, lobby, abrigo de resíduos sólidos, escada aberta em
dois lances, e rampa.
Figura 14 Planta baixa do pavimento térreo, Bloco 'A', 'B' e 'C'
FONTE: AUTODESK [2023] adaptado AUTOR [2023]
Para adaptação do pavimento térreo com o novo bloco ‘c’ será necessário a
mobilização de 23,59m² do antigo bloco ‘b’ na qual foi subtraido (A=112,54 – 23,59=
10
88,95m²) nos trechos da escada, lobby e previsão para elevador, conforme figura 13
acima.
O pavimento tipo do novo bloco ‘c’
(figura 15) foi projetado para compor
tambem três habitações do tipo
‘studio’, sendo sala, cozinha,
lavanderia e suite. Ao contrário do
projeto original com seis unidades,
nesta proposta foi ampliada para
nove unidades, ou seja, a adoção de
mais um pavimento no pórtico
vertical. Este possui três pavimentos
tipo, mais cobertura, mais pavimento
de descarga (térreo) e totaliza 05
níveis, altura de gabarito igual a
14,30m. Segundo CBMRN [2022; it
n° 01] a altura util equivale a 9,30m
Figura 15 Planta baixa do pavimento tipo x3 (Bloco B) compreendido entre o piso do
FONTE: AUTODESK [2023] adaptado AUTOR pavimento 01 ao teto do ultimo
[2023] pavimento util.
3.2 Projeto Estrutural
A concepção foi idealizada com base na matriz principal induzida pela arquitetura,
na qual sua projeção em formato ‘T’ adotou o núcleo rígido em modo assimétrico e
esta posicionado mais para esquerda. A estrutura obedece ao sistema reticulado
para equilíbrio geral de forças e momentos, tendo 05 pórticos principais e pilares
orientados no sentido Leste-Oeste, favorável ao contraventamento.
Figura 16 Planta de fundações do pórtico em concreto armado
Fonte: ALTOQI [2023] adaptado AUTOR [2023]
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A figura 16 anterior mostra a distribuição de fundações em concreto armado com
posicionamento dos pilares, vigas e laje. Independente da geometria adotada pelo
projetista estrutural, o modelo espacial deve garantir condições de estabilidade sob
duas abordagens; 1) Avaliação dos estados limites e 2) Deslocamentos de base e
topo do edifício. A tabela abaixo traz os carregamentos gerados por aplicativo de
cálculo, cujo valor ‘qu’ para carga de ruptura inicial com lados da sapata (B x L)
padrões sem a verificação semiempírica usando a equação entre coesão,
sobrecarga, atrito do solo e proposições de Vesic. O valor qu’ da carga mostra as
sapatas em dimensões otimizadas (B’ x L’).
Sapata qu B L Sapata Qsd qu' B´ L' Aprov. N° estacas
s1 52 1,7 2 s1 36 50 1,5 1,9 72% 1
s2 60 2,4 2,6 s2 78 55 2,0 2,4 71% 3
s3 58 2,3 2,55 s3 72 55 1,9 2,3 76% 4
s4 52 1,7 1,9 s4 36 50 1,5 1,9 72% 3
s5 50 1,5 1,7 s5 23 48 1,3 1,7 48% 1
s6 58 2,3 2,55 s6 70 54 1,9 2,3 77% 3
s7 63 2,7 3 s7 91 57 2,1 2,5 63% 2
s8 57 2,2 2,4 s8 64 54 1,8 2,2 84% 1
s9 52 1,7 1,9 s9 34 49 1,4 1,5 69% 1
s10 57 2,2 2,45 s10 61 53 1,8 2,2 87% 1
s11 57 2,2 2,45 s11 58 53 1,8 2,2 91% 1
s12 50 1,5 1,7 s12 23 49 1,4 1,5 47% 3
s13 48 1,3 1,5 s13 20 49 1,4 1,5 41% 4
s14 48 1,3 1,5 s14 19 49 1,4 1,5 39% 3
Tabela 2 Carga sobre sapatas em concreto armado do ‘bloco c’
FONTE: AUTOR [2023]
O comparativo entre estes dois modelos de sapata em concreto armado (antes e
depois do laudo de sondagem) mostrou que 07 sapatas não atenderam a solicitação
de carga ‘qu’ para neutralização das tensões de solo nesta profundidade rasa. Em
razão disso a solução mais rentável seria a conversão por fundações profundas,
conforme número de estacas acima. O carregamento total do pórtico em concreto foi
de 603,86 Tf e será comparado mais adiante.
Para compor a estrutura (figura 17), o
lançamento de pilares deve observar a
inércia de maior rotação, sua ligação com
vigas externas ocorrendo pela mesa
lateral do pilar, na qual irá minimizar o uso
das chapas de reforço na alma da viga; A
delimitação de grandes vãos terá menor
uso de vigas, traz equalização das forças
aos subvãos de lajes; Uso de
contraventamentos locais por pavimento,
situado em trechos centrais com transição
entre dois segmentos e extremidades.
Estes podem ser configurados como Figura 17 Superestrutura metálica
diagonal, tipo ‘V’, ‘A-Delta’ ou ‘X’, e busca do bloco 'c'
inibir os deslocamentos no pórtico. FONTE: AUTOR [2023]
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3.3 Avaliação no impacto de vizinhança
O reconhecimento do entorno urbano para obra em destaque, deve conter os efeitos
positivos e negativos do empreendimento no relatório, na qual a qualidade dos
usuários fixos e/ou visitantes daquele espaço e análise de sua proximidade. NATAL
[2022, p.28] aponta ainda que, os aspectos a serem avaliados no § 1º são: I-
adensamento populacional; II- equipamentos urbanos; III-uso e ocupação do solo;
IV-valorização imobiliária; V-geração de trafego e demanda por transporte publico;
VI- ventilação e iluminação naturais; VII-paisagem urbana e patrimônio histórico;
VIII-drenagem urbana; IX-esgotamento sanitário; X-limpeza urbana e manejo dos
resíduos sólidos; XI-acessibilidade".
Sobre o item ‘esgotamento sanitário’, vale lembrar em caso da rede geral inexistente
no logradouro, o empreendimento irá realizar o tratamento em sistema autônomo
dentro do terreno para controle da contaminação do subsolo e recursos hídricos.
Requisito ambiental Quantidade Observações
População fixa 20 Até 06 pessoas x 03 pvtos, + 02
Brigada de incêndio População < 100 dispensado
Abrigo de resíduos sólidos 1,31m² 03 contenedores com tampa
Central GLP 2,20m² 02 tanques p190
Climatização de unidades 33.500 btus 01 Condensadora VRF Eco
Sistema elétrico 51,87 kva Quadro para 12 medidores
Sistema sanitário 180 uhc Tratamento autonomo
Sistema hidráulico 20 x 150 x 2= 6000L 5m³ inferior e (3 x 2m³) superior
Sistema de incêndio Residencial A-2 Equipamentos para baixo risco
Drenagem pluvial Q=618,17L/min 06 coletores verticais
Vagas de estacionamento 10 > 8,97 04 cobertas e 06 abertas
Vaga de idosos 5% de 10= 1 Coberta sob pilotis
Vaga de cadeirante 2% de 10= 1 Coberta sob pilotis
Acessibilidade 01 Elevador Cabine individual até 200kg
Quadro 4 Requisitos ambientais e instalações prediais do ‘bloco c’
FONTE: AUTOR [2023]
O tratamento autônomo é realizado pelos equipamentos sanitários2 de tanque
séptico, filtro anaeróbio e sumidouro. O fator dominante é adotado o número de
contribuintes com simultaneidade de 2 por pavimento; De acordo com JUNIOR
[2007] as equações para dimensionamento seguem a normativa brasileira, onde o
sumidouro: V= 20 x 130= 2600 litros; Taxa de solo (percolação)= 60 L/m²; V= 2600/
60= 43,33m². Já o tanque séptico, V=1000+N(CT+105Lf) V=1000+20(119,6 + 105);
onde: N=20; C=130 litros; Lf=2,00; T=1,00; V=5492 litros= 5,49m³. A condução dos
efluentes líquidos e gasosos segue por cavidades verticais (shaft) para visitação
periódica em atendimento as manutenções preventivas que devem ser realizadas.
2
NBR 13969- Tanques sépticos unidades de tratamento [ABNT; 1997] e NBR 7229- Operações de tanque
séptico [ABNT; 1993]
13
Figura 18 Planta baixa de condutos hidrossanitários e pluviais
FONTE: AUTOR [2023]
4. Interação geotécnica
O conhecimento das propriedades do solo será requisitado como parte do fluxo de
cálculo estrutural para interagir na inferência da capacidade de carga do
carregamento solicitado pela superestrutura, e como esta irá exercer a distribuição
das tensões sobre o tipo de fundações adotado.
"Sempre que as características da obra e/ou do terreno
exigirem, será estabelecido um programa de
investigação direta do subsolo, que inclua, conforme o
caso, ensaios in loco do tipo SPT-T [...]: possibilita
informar o momento torsor entre amostrador e solo;
CPT (cone penetration test): consiste na cravação
estática lenta de um cone, mecânica ou elétrica, que
armazena em um computador os dados a cada 20cm;
sondagem rotativa [...]; pressiômetro (para estabelecer
estimativas de recalque ou para previsão de
capacidade de carga-limite); cisalhamento de palheta
Figura 19 Execução de ensaio SPT (vane test) [...]" YAZIGI [2007]
FONTE: AUTOR [2023]
De acordo com uma pesquisa realizada por meio do GOOGLE FORM [2023] durante
o período de Junho a Agosto em grupos específicos da engenharia civil e geotecnia,
foram apresentados questões objetivas sobre alguns aspectos dos estudos de
sondagem direta, métodos alternativos e sobre novas tecnologias para modelagem
digital (BIM3) em crescente demanda no mercado. No público entrevistado, 75% são
profissionais da engenharia civil, seguido por 9,1% Arquitetos e Estudantes de
engenharia; 2,3% entre engenheiros ambientais e construtores; 40% dos
profissionais possuem formação de 1 a 5 anos e 18% formado pelo publico 'sênior'.
A atuação no mercado está concentrada em 'Projetos e consultoria' com 68,2%;
'Construção de casas' com 31,8%; 'Construção de edifícios' com 18,2% e 'Perícias'
com 7%.
3
Sigla em inglês ‘Building modeling information’
14
O primeiro questionamento diz sobre a
frequência de contratação dos ensaios
geotécnicos, onde 59,1% afirmaram
que praticam este fluxo em todas as
obras; Enquanto que 18,2%
raramente contratam os serviços,
confiam em outros métodos
estatísticos ou modelos analíticos
gerado por aplicativos de cálculo. Figura 20 Frequência de contratação do ensaio geotécnico
FONTE: GOOGLE FORM [2023]
A partir dos dados coletados pela figura acima, foram questionados sobre a
dificuldade para interpretação deste laudo entregue pela empresa terceirizada,
sendo 86,4% responderam que não sentem problemas para entendimento, contra
11,4% já tiveram algum tipo de dificuldade; 2,3% apontaram 'as vezes' em virtude da
ausência de detalhamentos no produto.
Figura 21 Métodos de sondagem mais populares
FONTE: GOOGLE FORM [2023]
De acordo com figura 21, a pesquisa apontou o que já era esperado quanto o uso da
sondagem percussão (SPT) com 95,5% da solicitação do método; seguido de 25%
do trado rotativo; 18% a sondagem percussão (CPT) e os demais entre 2 a 9%
referem-se a ensaios de complementação, trazendo aspectos de deformidade,
cisalhamento, camadas e tempo de adensamento. Foi questionado sobre o método
semi-direto 'Panda 2', 81,8% afirmaram que 'conhecem' enquanto 11,4% já ouviram
falar.
15
Figura 22 Laudo de sondagem Pressiométrico 1- PMT
FONTE: AUTOR [2023]
Este método traz similaridades com a 'penetrometria' sugerida nas respostas, assim
como 'haste manual tensionada' a partir da cravação de um martelo com 2kg,
contagem dos golpes e correlação estatística na equação física 'T= F/A'. A
profundidade é limitada até 3,0m para aplicação restrita em fundações rasas
conforme ilustra a figura anterior e classificação obtida por camadas.
No método tradicional ‘spt’, a cravação da haste permite penetração mais profunda
até uma camada de solo rígido, a verificação de resistência será determinada metro
a metro para interpretação futura da camada adotada.
Figura 23 Laudo de sondagem Spt
FONTE: AUTOR [2023]
A execução do ensaio ‘spt’ atingiu uma profundidade de 10,0m conforme figura
acima. O nível d´água iniciou afloramento a partir da cota 4,93 aproximadamente e
pode indicar algumas hipóteses a cerca da existência de umidade por cursos d´agua
ou lençol freático elevado proporcionado pelo período de chuvas.
16
Solo N Pmt N Spt (kg/cm²)
3 2,60 4,47
Tabela 3 Níveis de resistência ensaiados
FONTE: AUTOR [2023]
O comparativo entre os dois métodos ensaiados para sondagem mostram
profundidades de 1,50m para o pressiométrico (N pmt) e percussão (N spt), cuja
equação é dado por N= [(15+20+32)/3)*20]=447 kpa= 4,47 kg/cm².
Após a etapa de reconhecimento do solo local pela análise visual das características
de topografia, composição tátil do solo e a execução dos furos de sondagem por
percussão, algumas amostras deformadas serão coletadas para procedimentos
internos no laboratório.
Figura 24 Amostras de solo coletados em Figura 25 Verificação de massas em balança
recipientes específicos. comercial
FONTE: AUTOR [2023] FONTE: AUTOR [2023]
A análise dos indices físicos é uma tarefa fundamental para compor uma das
metodologias de cálculo durante verificação da capacidade de carga, por exemplo.
Além de outros como aponta SILVA [2019, p. 36-38] “Um solo é formado por, além e
suas partículas sólidas (grãos), água e ar, presentes em seus vazios, formando
então um sistema trifásico. [...] As fases de um solo se relacionam através dos
índices físicos, agrupados [...] a seguir: Massa especifica total; Massa especifica da
água; Massa especifica seca; Massa especifica dos sólidos; Peso especifico; Peso
especifico da água; Peso especifico submerso; Densidade relativa dos grãos;
Umidade; Grau de saturação; Indice de vazios e Porosidade”
5. Resultados
De acordo com BRANDÃO E SILVA [2023] o fluxograma de cálculo inicia pela
definição da geometria no pavimento tipo do pórtico elevado. O projetista deve
realizar a leitura das matrizes no eixo ‘x’ e ‘y’ a partir do pavimento tipo na
arquitetura (figura 15) e avaliar algumas possibilidades para sub divisão dos vãos de
laje, aplicar o somatório de carregamentos em vista das premissas: 1) ocupação; 2)
vão máximo da viga intermediária; 3) verificar a viga mista (tipo de interação, n° de
conectores ‘stud bolt’, escoramento parcial ou total, posição da linha neutra);
Verificação do perfil primário; Definição dos contraventamentos, análise dos
momentos solicitantes (antes e depois da cura), Verificação de flambagem passiva e
ativa, Verificação dos estados limites combinados, Verificação da deformação linear
local e global (pórtico), Posição do centro de massa e núcleo rígido (força nacional
por pavimento), Análise de recalque total e Dimensionamento das ligações e placas
de base (fundação).
17
Figura 26 Definição da malha e subdivisão de vãos
FONTE: AUTODESK [2023] adaptado AUTOR [2023]
O estudo para ordenamento da malha ortogonal visa garantir a redução de grandes
vãos, minimizar as contraflechas incidente, além do equilíbrio das tensões em
serviço gerado pelas ligações, consoante as ações combinadas. A adoção de vãos
pode ser pré-dimensionada pela equação ‘L/25’. Nos casos até 7,0m obtém-se vigas
leves (7000/25=380mm) com baixa estatura de alma, menor velocidade de
montagem durante a obra; Já os vãos acima de 10m irão desencadear vigas com
alma robusta, (10000/25=400mm), contudo a montagem será mais ágil.
Sub-vão Matriz ‘x’ Matriz ‘y’ H total (mm) Tipo
A 2,18 5,04 120 MF 50
B 2,79 1,31 120 MF 50
C 5,37 3,10 150 MF 50
D 5,37 2,55 150 MF 50
Tabela 4 Dimensão dos vãos obtidos para lajes mistas
FONTE: METFORM [2019] adaptado AUTOR [2023]
OLIVEIRA [2019] aponta sobre os efeitos de fadiga atuante sobre as barras,
ligações e ações estáticas em geral, “[...] a fadiga é a ruptura por esforço repetitivo.”
Por exemplo, a incidência dos ventos na fachada de maior pressão dinamica e que
culminam vórtices podem iniciar deformações milimétricas, inicio de processos
corrosivos e perda de desempenho no longo prazo.
Sub-vão Revestimento Forro Sobrecarga Guarda-corpo Total
A 1,5 0,5 2,5 1,5 7,03
B 1,5 0,5 2,5 1,5 11,8
C 1,5 0,5 2,5 1,5 6,37
D 1,5 0,5 2,5 1,5 8,19
Tabela 5 Cargas atuantes (kn) no pavimento tipo
FONTE: NBR 6120 [2019] adaptado AUTOR [2023]
18
“O desenvolvimento racional de projetos consiste na busca por soluções que
atendam aos critérios arquitetônicos e construtivos da maneira mais econômica e
segura possível. [...] A etapa de análise estrutural de projetos consiste na
idealização e na avaliação matemática desses modelos. Para idealização de
modelos deve-se considerar os seguintes fatores, [quadro abaixo].” FONSECA
[2019]
Condições de apoio ou vínculos Propriedades geométricas da seção
transversal
Propriedades físicas dos materiais Carregamentos atuantes
Quadro 5 Fatores para análise estrutural no modelo.
FONTE: FONSECA [2019] adaptado por AUTOR [2023]
Atualmente com o advento da industria 4.0,
novos métodos de cálculo foram introduzidos
para dimensionamento do pórtico em estrutura
metálica, na qual as verificações mecânicas
com auxilio das normatizações brasileiras são
compartilhadas para entrada de dados no
aplicativo especialista. STABILE [2023]
sintetiza o cálculo do modelo virtual em seis
passos, sendo: 1) Definir tipologia (treliça,
pórtico espacial, etc.); 2) Geometria (dados do
edíficio, ventos); 3) Ações; 4) Análise e Figura 27 Combinação de força nacional (fn)
do pavimento tipo
combinações; 5) Dimensionamento dos perfis
FONTE: STABILE [2023] adaptado
e 6) Resultados.
AUTOR [2023]
5.1 Pressão dinâmica do vento
De acordo com NBR 6123 [1988] a consideração
dos ventos é calculada em função de duas
variaveis, o primeiro pela velocidade dinâmica ‘vk’; A
equação é dada por: Vk= vo.s1.s2.s3 onde ‘S’ são
os fatores topográfico (1,0), morfologia do terreno
(0,7385 e 0,8955) e estatístico (1,0); O coeficiente
de arrasto -ca, com vento a 0°=1,00 e vento
90°=1,10. A segunda variavel é dado pela pressão
dinâmica ‘q’ onde incide na cota ‘z’ dos pavimentos
do pórtico, largura e quantidade de nós. Logo, q=
Figura 28 Velocidade do vento no
topo e base (vk²/1,63).
FONTE: STABILE [2023]
A simulação está configurada com [vo= 30m/s] para curva isopleta no Estado do Rio
Grande do Norte. Os dados da tabela 6 mostram a pressão dinâmica em cada cota
do pórtico metálico, cujo indice gama z apresentou 3% de rigidez.
z (m) S2 Vk (m/s) pdin (kgf/m²)
2,80 0,7385 22,15 30,06
5,60 0,80 24,07 35,50
8,40 0,84 25,27 39,13
11,20 0,87 26,15 41,93
14,00 0,8955 26,86 44,24
Tabela 6 Pressão dinâmica do vento por pavimento
FONTE: STABILE [2023]
19
O indice gama z é uma referencia para edificios acima de 05 pavimentos, entretanto
serve de referencia para classificação de sua deslocabilidade diante da resultante de
forças e momentos, conforme equação: γz=(1/(1-M2/M1*γf/γf3)). Logo: γz= (1/(1-
17223,73/790793,73))= 1,022 * 0,95 * 790793,73= 1/0,9776= 1,03. De acordo com
OLIVEIRA [2019] “[...] uma estrutura é classificada como de pequena
deslocabilidade quando, em todos os seus andares, a relação entre o deslocamento
lateral do andar relativo à base obtido na análise de segunda ordem e aquele obtido
na análise de primeira ordem, em todas as combinações ultimas de ações, for igual
ou inferior a 1,1.”
Figura 29 Simulação vetorial dos ventos no pavimento tipo
FONTE: FLUXOVENTO [2005] adaptado AUTOR [2023]
A região de implantação da estrutura possui alta
turbulência de ventos, tendo em vista a baixa estatura das
edificações vizinhas, a corrente de ar natural na
centralidade possui dominancia sudeste do Norte
geográfico. Pela figura 29, observou-se três locais com
vórtice, localizado nas marcações ‘v’ e refletem acumulo
de pressão aos pilares 9,10,11 e 16 (figura 27, p.18). Por
outro lado, as condições de conforto ambiental garantem
controle de ar aos ocupantes das unidades 1, 2 e 3 por
pavimento tipo e galpão comercial (piso térreo). A figura
30 mostra parte do lobby de entrada do bloco ‘c’, na qual o
vórtice eleva a ventilação para as aberturas fixas por
placas ‘cobogó’ ou circulação comum das varandas
durante o dia. Em período noturno esta ventilação ocorre
de maneira inversa, pela direita e andares superiores. O ar
é induzido pela varanda e desce no vazio da escada, Figura 30 Detalhe de
lobby e mezanino. aberturas ventiladas no bloco
'c'
FONTE: AUTOR [2023]
20
5.2 Imperfeições na estrutura
A análise de deformações do pórtico metálico, em face aos momentos e forças
resultantes. A altura de topo do edificio possui 14,30m; Assim o limite sobre
deslocamento de topo em relação a base não deve ultrapassar o indice
‘14300/400=35,75mm’ de acordo com NBR 8800 [2008].
O somatório das forças gravitacionais permite verificar as imperfeições pela não
linearidade gerada pelas flambagens locais dos elementos e determinar a força
nacional por pavimento tipo identificada pelo ponto ‘fn’ (figura 27).
Area de projeção= 109,65m²
637kgf x109,65= 69.848,0 kgf
Alvenaria x perímetro= 3,10 x 0,15x1350 x (62,11)=38.989,55kgf
Taxa de aço para edifícios até 4 pvtos= 30kg/m²
30 x 109,65= 3.290,0 kg
Somatorio de forças= 112127,05 x 30%= 336,38 kgf= 3,37 kn (diagragma rígido do
pavimento)
5.3 Perfis de aço
YAZIGI [2007, p.276] Os produtos de aço para uso estrutural mais utilizados são os
seguintes: Chapa fina (laminado a frio e quente); Chapa grossa; Tubo de aço
estrutural (retangular, circular e quadrada) e Perfil laminado estrutural. Este ultimo
pode-se citar o “Ferro perfilado [...] fundido, laminado, apresentado na forma de
barras redondas, quadradas ou retangulares, e de perfis ‘I’, ‘L’, ‘T’, ‘H’, ‘U’ e outros.
[...] Os perfis ‘I’, por exemplo, podem ser de mesas estreitas ou de mesas largas. Os
perfis estruturais são normalmente fabricados com resistência à tração entre 38,67
kg/mm² e 56,25 kg/mm², que são os da chamada qualidade comercial; ou entre
42,19kg/mm² e 52,73kg/mm², para edificios e grandes estruturas”.
Figura 31 Pórtico multifilar da superestrutura metálica
FONTE: STABILE [2019] adaptado AUTOR [2023]
As caracteristicas gerais do pórtico (figura 31) fornecidas pelo relatório estático do
aplicativo STABILE [2023] foram 169 nós, 428 barras e 17 vinculações de nós (vigas
secundárias). Ao contrário do material concreto, nas estruturas metálicas a
21
resistencia é determinada pelo seu limite de escoamento para garantir as condições
de estabilidade e rigidez, além da proteção adicional contra ataques externos.
PFEIL [2009] apud OLIVEIRA [2019] “Os aços são divididos segundo a composição
quimica em dois grupos: aço carbono e aços de baixa liga”. A tabela abaixo aponta
as principais especificações utilizadas na construção civil e suas propriedades de
cálculo.
Especificação Teor de carbono Limite de Resistência à
(%) escoamento ‘fy’ ruptura ‘fu’ (Mpa)
(Mpa)
ABNT MR250 Baixo 250 400
ASTM A36 0,25-0,29 250 400-500
ASTM A307 (parafuso) Baixo - 415
ASTM A325 (parafuso) Médio 635 825
Tabela 7 Propriedades mecânicas dos aços-carbono
FONTE: OLIVEIRA [2019] adaptado AUTOR [2023
Figura 32 Janela de edição dos perfis
FONTE: STABILE [2023] adaptado AUTOR [2023]
A escolha dos perfis metálicos fabricados a quente, para pilares e vigas terá como
premissa Nsd < Nrd; Em seguida o peso próprio da peça será determinante no custo
global para obra. “O peso de estruturas metálicas de edifícios pode variar de 30
kg/m2 a 80 kg/m2, contra 250 kg/m2 a 350 kg/m2 no caso das estruturas de
concreto armado.” AECWEB [2021]
22
5.4 Placa de chapa base
“A ligação pilar com fundação também deve merecer atenção especial do projetista
calculista, pois o comportamento da estrutura está intimamente ligado nesse sistema
de fixação. Em geral, os pilares são fixados aos blocos de fundação através de
placas de base e chumbadores. As placas de base têm por finalidade distribuir a
carga concentrada do pilar em uma determinada área do bloco de fundação e os
chumbadores têm por objetivo fixar essa base ao bloco, de tal maneira que o
esquema estrutural adotado seja respeitado” BELLEI et al [2008, p.138]. Durante a
montagem entre base rígida de pilares e chumbadores, é necessário o
preenchimento gerado, visando garantir a movimentação por flambagem local do
trecho.
A figura 33 exemplifica parte de uma
superestrutura apoiado sobre chapa base
metálica e fundação direta em concreto armado
para fixação dos 8 chumbadores proposto pelo
cálculo da figura 34. Os principais dados
geométricos são: Hen= 76,2mm;
Espessura=31,8mm; Espaçamento entre
chumbadores= 208,6mm; Altura ancoragem do
chumbador= 493,4mm; Df= 2 x 0,7=1,40m;
Fck= 25 Mpa; Classe 2 ambiental.
Figura 33 Chapa base com 08 ligações
parafusadas
FONTE: AUTOR [2023]
Figura 34 Janela de dados para base rígida de pilares com chapa parafusada
FONTE: STABILE [2023] adaptado AUTOR [2023]
“Dada a leveza da estrutura, podem chegar às fundações cargas de menor
grandeza, reduzindo-se dimensões e/ou custos. O uso menos intenso de fôrmas e
23
escoramentos torna o canteiro de obras mais enxuto do que nas construções em
concreto armado.” AECWEB [2021] A tabela abaixo apresenta os valores dos nós e
seu pilar correspondente em relação a figura 16 anterior, capacidade de carga do
solo silte-arenoso e profundidade (Df=2 x 0,70=1,40m).
Nó Pilar equivalente Ac Fz (Tf) LxL qu' (Tf) Aprov.
1,00 P7 1,02 10,27 0,7 42 24,7%
2,00 P2 1,02 7,39 0,7 42 17,8%
3,00 P6 1,02 6,92 0,7 42 16,7%
4,00 P1 1,02 8,21 0,7 42 19,8%
5,00 P8 1,02 7,49 0,7 42 18,0%
6,00 P3 1,02 7,94 0,7 42 19,1%
7,00 P10 1,02 8,15 0,7 42 19,6%
8,00 P4 1,02 8,28 0,7 42 19,9%
9,00 P11 1,02 7,81 0,7 42 18,8%
10,00 P5 1,02 16,21 0,7 42 39,0%
11,00 P13 1,02 7,07 0,7 42 17,0%
12,00 P11 1,02 10,73 0,7 42 25,8%
13,00 P12 1,02 7,49 0,7 42 18,0%
14,00 P12 1,02 9,85 0,7 42 23,7%
15,00 P8 1,02 11,00 0,7 42 26,5%
16,00 P14 1,02 0,56 0,7 42 1,3%
17,00 P12 1,02 9,30 0,7 42 22,4%
Total: 17,34 144,65 19,6%
Tabela 8 Reações nodais do pórtico metálico e capacidade do solo
FONTE: STABILE [2023] adaptado AUTOR [2023]
O indice de aproveitamento inicial na tabela 2 (p.11) apresentou maior taxa
compressiva (71,6%) sobre as fundações rasas, tendo em vista o peso total de
603,86 Tf (concreto armado) contra 144,65 Tf o peso total da superestrutura
metálica e apenas 19,6% de aproveitamento da carga reagente do solo disponivel
pela investigação geotécnica local.
5.5 Resumo de aço estrutural
Após o dimensionamento dos elementos estruturais (pilares, vigas, contravento e
chapa base) obtém-se o quadro resumo da superestrutura da figura 17 anterior
(p.11). A taxa de aço equivale a 40,18 kg/m² > 80.
Grupo Perfil Aço L total Peso (kgf)
1 W 250 73 ASTM A36 49.25 3595.39
2 W 250 101 ASTM A36 56.18 5674.25
3 W 230 50 ASTM A36 54.7 452.44
4 W 200 31.3 ASTM A36 28.07 878.66
5 W 250 131 ASTM A36 86.58 11341.99
6 W 250 80 ASTM A36 206.63 16530.08
7 HP 250 62 ASTM A36 21.5 1333
8 W 310 202 (pilares) ASTM A36 193.8 39147.6
9 W 200 71 (contravento) ASTM A36 130.24 9247.28
24
Peso Total: 88.200,68 kgf
Peso por pavimento: 13.640,136 kgf
Tabela 9 Resumo de quantitativos do modelo estrutural
FONTE: STABILE [2023] adaptado AUTOR [2023]
5.6 Orçamento 5D
Para o levantamento de preços o projetista de estrutura irá fornecer o resumo de
materiais anterior através da interoperabilidade portátil, ou seja, seu arquivo
exportado do aplicativo estrutural em extensão ‘.ifc’ para compor o Estudo Preliminar
Analitico-EAP.
Superestrutura un unitário Preço 70,5%
Perfil W 310 202 kg 23,44 229.401,42 31,3%
Viga W 250 73 kg 24,23 21.776,71 3,0%
Viga W 250 101 kg 24,23 34.370,26 4,7%
Viga W 230 50 kg 24,23 2.744,05 0,4%
Viga W 200 31 kg 24,23 5.324,54 0,7%
Viga W 250 131 kg 24,23 68.698,11 9,4%
Viga W 250 80 kg 24,23 100.130,48 13,7%
Viga HP 250 62 kg 22,96 7.651,42 1,0%
Contravento W 200 71 kg 20,18 46.651,12 6,4%
Média estrutura un unitário Preço 21,2%
Laje steel deck m² 179,9 46.414,20 6,3%
Painel wall m² 168,15 109.099,08 14,9%
Infraestrutura un unitário Preço 8,3%
Chapa de base kg 20,15 10.643,23 1,5%
Chumbadores 20mm kg 18,2 7.037,39 1,0%
Escavação rasa m³ 267,05 392,5635 0,1%
Concreto 25 mpa m³ 1016 34777,68 4,7%
Lançamento manual m³ 240,08 8217,9384 1,1%
Mão-de-obra % R$ 131.999,43 27%
Bdi % R$ 197.999,15 18%
Total de materiais R$ 733.330,18 100%
Taxa por kg de aço/ R$ 80,75
Valor Global R$1.063.328,76
Tabela 10 Orçamento Analítico da estrutura metálica
FONTE: ALTOQI [2023] adaptado AUTOR [2023]
Preliminares + Fundação direta 109.817,08
Superestrutura 212.590,16
Instalações prediais + Acabamentos 284.328,08
Bdi (27%) 161.818,54
Mão de obra (18%) 109.212,36
Total de materiais 606.735,32
Valor Global R$ 879.766,21
Tabela 11 Resumo de orçamento da estrutura tradicional
FONTE: ALTOQI [2023] adaptado AUTOR [2023]
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A figura 35 traz os custos de
material entre superestrutura,
mobilização de canteiro, fundações
diretas, instalações e acabamentos
(elementos dry-wall, steel deck) o
pórtico metálico teve aumento de
36,69% em relação ao sistema
construtivo tradicional concreto
armado. Contudo, ao analisar os
dados somente das fundações
diretas, o peso total no pórtico
metálico possibilitou redução de
Figura 35 Comparativo entre sistemas construtivos
17%, resultando R$ 61.068,81 e
FONTE: AUTOR [2023]
74.020,33 (tradicional)
respectivamente.
6. Conclusão
Com base no exposto sobre as vantagens no uso da estrutura metálica, os
resultados obtidos foram favoráveis sob alguns aspectos, 1) a investigação
geotécnica proporcionou melhor otimização para escolha de fundações diretas,
tendo em vista a diminuição no peso da estrutura para dissipar suas tensões na
base adotada sem ocorrência de ruptura, na qual influenciou na redução no tempo
pela não opção do estaqueamento profundo; 2) a viabilidade econômica obteve 19%
de lucro; 3) A estrutura metálica permite boa agilidade de execução pelas suas
peças pré-fabricadas e ligações parafusadas; Entretanto, a modelagem sugerida
para superestrutura obteve elevada taxa de aço, cujo valor global de 80,75 kg/r$. Tal
fato pode ser explicado pelas condições externas do vento (figura 29, p.19) e
momento resultante enfrentado pelo partido arquitetônico. Sua distribuição é
assimétrica, em formato ‘t’ e não garante 100% de eficácia com núcleo rígido
deslocado do centro, mas ainda assim o edifício se mostrou com classificação baixa
na sua estabilidade global medido 3% pelo índice ‘gama z’. Diante disso pode-se
concluir a cerca da taxa de retorno desta proposta de ampliação no terreno, supondo
que um dos cenários seja locação das 09 unidades, os investidores irão anular o
investimento em 8,8 anos, conforme equação: [(R$ 770 x 9)*12]= R$ 83.160,00/ ano;
Por outro lado o segundo cenário reflete a venda total das unidades no valor de R$
2.489.349,00 (Dois milhões Quatrocentos e oitenta nove reais), cuja área real
(privativa + comum) e taxa de taxa mercadológica média na região de Macaíba-RN.
A equação preliminar de venda que definiu o valor foi: Vv=[(58,51m² x R$
4727,30/m²) x 9] em 1 ano e lucro global de 58%.
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