Escola de Referência em Ensino Fundamental Clóvis Salgado – Timbaúba - PE
Professor: Inalda Juvino de Queiroz. Série: 6º Ano: ____. Data: / /2024
Aluno (a):
_____________________________________________________________.
Leia.
O pequeno príncipe
E foi então que apareceu a raposa:
— Bom dia, disse a raposa.
— Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou,
mas não viu nada.
Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
— Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
— Sou uma raposa, disse a raposa.
— Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
— Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram
ainda.
— Ah! desculpa, disse o principezinho. Após uma reflexão,
acrescentou:
— Que quer dizer "cativar"?
— Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
— Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
— Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo!
Criam galinhas também.
É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
— Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer
"cativar"?
— É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar
laços...".
— Criar laços?
— Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um
garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho
necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a
teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu
me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim
único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
— Começo a compreender, disse o principezinho... Existe uma flor...
Eu creio que ela me cativou...
— É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
— Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
— Num outro planeta?
— Sim.
— Há caçadores nesse planeta?
— Não.
— Que bom. E galinhas?
— Também não.
— Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua ideia:
— Minha vida é monótona. Eu caço galinhas e os homens me caçam.
Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem
também. E por isso me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas,
minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de
passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem
entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como
se fosse música. E depois, olha! Vês lá longe, os campos de trigo? Eu
não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me
lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de
ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo,
que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento
no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
— Por favor... cativa-me! disse ela.
— Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito
tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas
a conhecer.
— A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os
homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram
tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os
homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
— Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
— É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro
um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei para o canto
do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal
entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
— Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu
vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a
ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz.
Às quatro horas então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço
da felicidade!
Antoine de Saint-Exupéry
1. Quais São as personagens da História?
2. O Narrador da história também e uma personagem? Como você chegou a
essa conclusão?
3. Releia o trecho da fala da raposa.
“-Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a
cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens
também necessidade de mim. Não passo, a teus olhos, de uma raposa
igual a cem mil outras raposas.”
a) Por que nesse momento da narrativa, tanto o menino quanto a raposa
ainda não se diferenciavam um para o outro?
Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para
mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
b) Esse trecho confirma que eles não se diferenciavam um para o outro? De
que maneira?
4. Em outro momento, o mesmo personagem afirma: “descobrirei o preço da
felicidade”. Indique a alternativa que apresenta o significado da palavra preço
no contexto em que ocorre a fala da raposa.
a) Custo em sacrifício, esforço.
b) Quantidade monetária que se atribui à troca por um bem ou serviço.
c) Relação de troca de um bem por outro.
5. Releia o seguinte trecho.
– Quem és tu? - perguntou o principezinho.
– Tu és bem bonita... – Sou uma raposa, disse a raposa.
– Vem brincar comigo – propôs o principezinho.
– Estou tão triste...
a) Identifique no texto os verbos de elocução que indicam a fala dos
personagens.
b) Que sinal de pontuação antecede esses verbos?
c) Reescreva afala do principezinho fazendo uso do discurso indireto.
d) Que efeito é produzido no texto ao se optar pelo uso do discurso direto?
Leia o haicai de Mário Quintana.
No meio da ossaria
Uma caveira piscava-me...
Havia um vaga-lume dentro dela.
6. O que poderia significar uma caveira piscando?
7. Copie a alternativa que indica o processo como a palavra ossaria foi
formada.
a) por composição de duas palavras.
b) por derivação com acréscimo de prefixo.
c) por derivação com acréscimo de sufixo.
d) por derivação pelo acréscimo de prefixo e sufixo ao mesmo tempo.
8. Copie a alternativa que indica como a palavra vaga-lume foi formada.
a) por composição de duas palavras.
b) por derivação com acréscimo de prefixo.
c) por derivação com acréscimo de sufixo.
d) por derivação pelo acréscimo de prefixo e sufixo ao mesmo tempo.
9. Leia.
As aeromoças
Aeromoças ... Não! Devem ser aeroanjos...
Pois nos atendem no céu?!
a) Como foram formadas as palavras aeromoças e aeroanjos?