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Nietzsche 4

a biografia de Nietzsche

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Obras

O arquivo de
Nietzsche em Weimar, Alemanha, que guarda muitos de seus manuscritos
Obras de Friedrich Nietzsche, na ordem em que foram compostas:

 O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música (Die Geburt der


Tragödie aus dem Geiste der Musik, 1872); reeditado em 1886 com
o título O Nascimento da Tragédia, ou Helenismo e Pessimismo (Die
Geburt der Tragödie, Oder: Griechentum und Pessimismus) e com
um prefácio autocrítico. — Contra a concepção dos
séculos XVIII e XIX, que tomavam a cultura grega como epítome da
simplicidade, da calma e da serena racionalidade, Nietzsche, então
influenciado pelo romantismo, interpreta a cultura clássica grega
como um embate de impulsos contrários: o dionisíaco, ligado à
exacerbação dos sentidos, à embriaguez extática e mística e à
supremacia amoral dos instintos, cuja figura é Dionísio, deus
do vinho, da dança e da música, e o apolíneo, face ligada à
perfeição, à medida das formas e das ações, à palavra e ao
pensamento humanos (logos), representada pelo deus Apolo.
Segundo Nietzsche, a vitalidade da cultura e do homem grego,
atestadas pelo surgimento da tragédia, deveu-se ao
desenvolvimento de ambas as forças, e o adoecimento da mesma
sobreveio ao advento do homem racional, cuja marca é a figura
de Sócrates, que pôs fim à afirmação do homem trágico e
desencaminhou a cultura ocidental, que acabou vítima do
cristianismo durante séculos.
 A Filosofia na Idade Trágica dos Gregos (Philosophie im tragischen
Zeitalter der Griechen - provavelmente os textos que o compõem
remontam a 1873 - publicado postumamente). Trata-se de um livro
deixado incompleto, mas que se sabe ter sido intenção de Nietzsche
publicar. Trata-se, no fundo, de um escrito ainda filológico mas já de
matriz filosófica disfarçada por uma pretensa intenção histórica; mas
o grande diferencial desta obra, sua inovação, consiste em sua
interpretação psicológica dos pensadores originários. Considera os
casos gregos
de Tales, Anaximandro, Heráclito, Parménides e Anaxágoras sob
uma perspectiva inovadora e interpretativa, relevadora da filosofia
que é de Nietzsche.
 Sobre a Verdade e Mentiras em um Sentido Não-Moral[41] (Über
Wahrheit und Lüge im außermoralischen Sinn, 1873 - publicado
postumamente; edição brasileira, 2008). — Ensaio no qual afirma
que aquilo que consideramos verdade é mera "armadura
de metáforas, metonímias e antropomorfismos". Apesar de póstumo
é considerado por estudiosos como elemento-chave de seu
pensamento.
 Considerações Extemporâneas ou Considerações
Intempestivas (Unzeitgemässe Betrachtungen, 1873 a 1876). —
Série de quatro artigos (dos treze planejados) que criticam a cultura
europeia e alemã da época de um ponto de vista antimoderno, e
anti-histórico, de crítica à modernidade.
 David Strauss, o Confessor e o Escritor (David Strauss,
der Bekenner und der Schriftsteller, 1873) no qual, ao
atacar a ideia proposta por David Friedrich Strauss de uma
"nova fé" baseada no desvendamento científico do mundo,
afirma que o princípio da vida é mais importante que o
do conhecimento, que a busca de conhecimento
(posteriormente discutida no conceito de "vontade de
verdade") deve servir aos interesses da vida;
 Dos Usos e Desvantagens da História Para a Vida (Vom
Nutzen und Nachteil der Historie für das Leben, 1874);
 Schopenhauer como Educador (Schopenhauer als
Erzieher, 1874);
 Richard Wagner em Bayreuth (Richard Wagner in
Bayreuth, 1876).
 Humano, Demasiado Humano, um Livro para Espíritos
Livres (Menschliches, Allzumenschliches, Ein Buch für freie Geister,
versão final publicada em 1886); primeira parte originalmente
publicada em 1878, complementada com Opiniões e
Máximas (Vermischte Meinungen und Sprüche, 1879) e com O
Andarilho e sua Sombra ou O Viajante e sua Sombra (Der Wanderer
und sein Schatten, 1880). — Primeiro de estilo aforismático do autor.
 Aurora, Reflexões sobre Preconceitos Morais (Morgenröte.
Gedanken über die moralischen Vorurteile, 1881). — A
compreensão hedonística das razões da ação humana e da moral
são aqui substituídas, pela primeira vez, pela ideia
de poder, sensação de poder, início das reflexões sobre a vontade
de poder, que só seriam explicitadas em Assim Falou Zaratustra.
 A Gaia Ciência, traduzida também com Alegre Sabedoria, ou Ciência
Gaiata (Die fröhliche Wissenschaft, 1882). — No terceiro capítulo
deste livro é lançada o famoso diagnóstico nietzschiano: "Deus está
morto. Deus continua morto. E fomos nós que o matamos", proferido
pelo Homem Louco em meio aos mercadores ímpios (§125). No
penúltimo parágrafo surge a ideia de eterno retorno. E no último,
aparece Zaratustra, o criador da moral corporificada do Bem e
do Mal que, como personagem na obra posterior, finalmente
superará sua própria criação e anunciará o advento de um novo
homem, um Além-Homem.
 Assim Falou Zaratustra, um Livro para Todos e para Ninguém (Also
Sprach Zarathustra, Ein Buch für Alle und Keinen, 1883-85). Nessa
trama centrada na figura do sábio solitário Zaratustra, o conceito
do super-Homem surge necessário quando o homem já não mais se
identifica com os seus semelhantes, com os demais homens. A
necessidade da superação, reafirmando os valores imutáveis da
natureza (como a força vital, o amor e o devir) tornam-se
indispensáveis para que não se perca a própria identidade em meio
ao caos do mundo, mesmo que isso não seja aceito ou bem
interpretado pela sociedade.
 Além do Bem e do Mal, Prelúdio a uma Filosofia do Futuro (Jenseits
von Gut und Böse. Vorspiel einer Philosophie der Zukunft, 1886).
Neste livro denso são expostos os conceitos de vontade de poder, a
natureza da realidade considerada de dentro dela mesma, sem
apelar a ilusórias instâncias transcendentes, perspectivismo e outras
noções importantes do pensador. Critica demolidoramente as
filosofias metafísicas em todas as suas formas, e fala da criação de
valores como prerrogativa nobre que deve ser posta em prática por
uma nova espécie de filósofos.

Placa com uma dedicatória para Nietzsche na casa em


que ele residiu na cidade de Turim

 Genealogia da Moral, uma Polêmica (Zur Genealogie der Moral,


Eine Streitschrift, 1887). Complementar ao anterior — como que sua
parte prática, aplicada — este livro desvenda o surgimento e o real
significado de nossos corriqueiros juízos de valor.
 O Crepúsculo dos Ídolos, ou como Filosofar com o Martelo (Götzen-
Dämmerung, oder Wie man mit dem Hammer philosophiert, agosto-
setembro 1888). Obra onde dilacera as crenças, os ídolos (ideais ou
autores do cânone filosófico), e analisa toda a gênese da culpa no
ser humano.
 O Caso Wagner, um Problema para Músicos (Der Fall Wagner, Ein
Musikanten-Problem, maio-agosto 1888).
 O Anticristo - Praga contra o Cristianismo (Der Antichrist. Fluch auf
das Christentum, setembro 1888) - Apesar de apontar Cristo, mesmo
em sua concepção "própria", como sintoma de uma decadência
análoga à que possibilitou o surgimento do Budismo, nesta obra
Nietzsche dirige suas críticas mais agudas a Paulo de Tarso, o
codificador do cristianismo e fundador da Igreja. Acusa-o de deturpar
o ensinamento de seu mestre — pregador da salvação no agora
deste mundo, realizada nele mesmo e não em promessas de um
Além — forjando o mundo de Deus como acima e além deste
mundo. "O único cristão morreu na cruz", como diz no livro que seria
o início de uma obra maior a que deu sucessivamente os títulos
de Vontade de Poder e Transmutação de Todos os Valores: uma
grande composição sinótica (ver Magnum in parvo: Uma filosofia em
compêndio)[42] da qual restam apenas meras peças (O
Anticristo, Crepúsculo dos Ídolos e o Nietzsche contra Wagner) não
menos brilhantes que a restante obra.
 Ecce Homo, de como a gente se torna o que a gente é (Ecce Homo,
Wie man wird, was man ist, outubro-novembro 1888) — Uma
autobi(bli)ografia, onde Nietzsche, ciente de sua importância e
acometido por delírios de grandeza, acha necessário, antes de expor
ao mundo a sua obra definitiva (jamais concluída), dizer quem ele é,
por que escreve o que escreve e por que "é um destino". Comenta
as suas obras então publicadas. Oferece uma consideração sobre o
significado de Zaratustra. E por fim, dizendo saber o que o espera,
anuncia o apocalipse: "Conheço minha sina. Um dia, meu nome será
ligado à lembrança de algo tremendo — de uma crise como jamais
houve sobre a Terra, da mais profunda colisão de consciências, de
uma decisão conjurada contra tudo o que até então foi acreditado,
santificado, requerido. (… ) Tenho um medo pavoroso de que um dia
me declarem santo: perceberão que público este livro antes, ele
deve evitar que se cometam abusos comigo. (… ) Pois quando a
verdade sair em luta contra a mentira de milênios, teremos
comoções, um espasmo de terremoto, um deslocamento de montes
e vales como jamais foi sonhado. A noção de política estará então
completamente dissolvida em uma guerra de espíritos, todas as
formações de poder da velha sociedade terão explodido pelos ares
— todas se baseiam inteiramente na mentira: haverá guerras como
ainda não houve sobre a Terra."[43]
 Nietzsche contra Wagner (Nietzsche contra Wagner, Aktenstücke
eines Psychologen, dezembro 1888).
Manuscritos publicados postumamente
Nietzsche escreveu uma coletânea de poemas, publicados postumamente sob
o título Ditirambos de Dionísio.

O filósofo deixou um vasto acervo de cadernos manuscritos e


correspondências. Esses textos, em volume, superam suas obras publicadas.
Os manuscritos da década de 1870 abordam, em grande parte, temas
relacionados a uma teoria do conhecimento. Já os escritos da década de 1880,
produzidos antes de seu colapso mentaç, foram selecionados por sua
irmã, Elisabeth Förster-Nietzsche, que organizou e publicou sob o título A
Vontade de Poder. Esses textos exploram questões ontológicas, incluindo as
doutrinas da vontade de poder e do eterno retorno, como princípios
interpretativos da realidade. Uma das afirmações recorrentes nesses
fragmentos é que "não há fatos, apenas interpretações".[44]

A obra Fragmentos Finais compila parte desses manuscritos reestruturados


no Arquivo Nietzsche, preservando a autenticidade dos escritos originais.[45]

Composições Musicais
As composições de Friedrich Nietzsche não são tão conhecidas como seus
escritos filosóficos ou seus poemas, mas o próprio Nietzsche, como um artista,
pensou a música como seu principal meio de expressão.

Antes de se estabelecer plenamente como um filósofo, ele já havia criado uma


miscelânea significativa de produções como poeta e compositor.[8] A poesia
permaneceu essencial para seus escritos filosóficos, e a composição musical
tornou-se menos importante para ele na medida em que seu envolvimento com
a palavra escrita foi adquirindo "nome próprio". Como consequência, as suas
obras musicais são geralmente consideradas de pouca importância para a
compreensão do seu pensamento filosófico.

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