0% acharam este documento útil (0 voto)
37 visualizações29 páginas

Ebook Perca o Medo de Falar em Público

Para poder perder o medo de falar
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
37 visualizações29 páginas

Ebook Perca o Medo de Falar em Público

Para poder perder o medo de falar
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 29

SUMÁRIO

Quem sou eu...........................................................................3

Introdução................................................................................4

Capítulo 1: Desvendando o medo.............................5

Capítulo 2: Sintomas do medo....................................7

Capítulo3: Ansiedade e nervosismo........................9

Capítulo 4: Mudando para perder o medo.......13

Capítulo 5: Rumo à conquista...................................26

Agradecimento....................................................................27

Referencial bibliográfico...............................................28
03
QUEM SOU EU
Oi, sou o José Henrique de Souza, professor, jornalista e escritor.
Estou aqui para compartilhar a minha jornada que começou como um
sonho desafiador e se transformou numa missã o de vida. Nasci em
meio a desafios financeiros e muito amor dentro de casa, mas a força
de vontade sempre foi minha bú ssola nesta caminhada. Estudei em
escolas pú blicas, enfrentei as dificuldades de recursos, porém nunca
deixei de perseguir meus sonhos. Aliá s, hoje com 61 anos, nã o consigo
parar de sonhar.
O chamado para ser jornalista e professor sempre me perseguiu
desde pequeno. Superei obstá culos para frequentar uma faculdade
particular, e ao me formar em Jornalismo, uma nova porta se abriu: o
convite para ser professor em uma universidade. Entrar na sala de
aula trouxe alegria e a clara percepçã o das dificuldades que muitos
alunos enfrentavam ao falar em pú blico.
Foi assim, em 2000, que nasceu o curso "Perca o Medo de Falar
em Pú blico". Meu objetivo era claro: ajudar os alunos a defenderem
seus trabalhos com confiança e superarem o temido obstá culo da
orató ria. Vi centenas de alunos transformarem seus medos em
conquistas, fiz amigos e testemunhei o poder da comunicaçã o eficaz.
Agora, mais do que nunca, sinto a urgência de expandir esse impacto.
Cada pessoa tem uma voz ú nica e inestimá vel, e a habilidade de
expressá -la é a chave para realizar sonhos. Este nã o é apenas um livro
digital, é um convite para descobrir a importâ ncia de falar bem, nã o
apenas na conquista acadêmica, mas na busca de seus mais profundos
anseios.
Descubra como a orató ria pode ser a chave para desbloquear o
potencial que existe dentro de você. Estou aqui para guiá -lo, inspirá -lo
e capacitá -lo a alcançar seus sonhos através da arte de falar em
pú blico.
04
INTRODUÇÃO
Ao iniciar minha vida na faculdade de jornalismo, mergulhei em
um universo que me inspirava e desafiava. Apesar da paixã o pelo
poder das palavras, uma sombra persistente pairava sobre mim: o
medo de falar em pú blico. A timidez, o nervosismo e a ansiedade
eram meus companheiros quando me deparava com a necessidade de
compartilhar minhas ideias diante dos meus colegas e professores.
Talvez você se identifique com essa experiência. Era frustrante a
sensaçã o de ter tanto a dizer e sentir as palavras emperradas na
garganta quando os olhares se voltam em sua direçã o. A insegurança,
a preocupaçã o com a aceitaçã o e a busca incessante pelo equilíbrio
doía na alma.
Foi nesse cená rio que descobri que a superaçã o do medo de falar
em pú blico é, além do momento, uma revoluçã o interna. Acreditava
que se pudesse transformar a minha pró pria vida para me tornar
orador, também poderia ajudar outros a encontrar sua voz e sua
confiança.
Este e-book é o resultado dessa jornada de auto-transformaçã o.
Aqui, compartilho técnicas e estratégias para perder o medo,
proponho um processo de mutaçã o, com mudança de há bitos e
reconhecimento de valores que o conduzirá à arte da orató ria.
Ao longo das pá ginas que se desdobram, você encontrará
conselhos e a narrativa de alguém que já enfrentou o receio, o
nervosismo e a ansiedade diante do pú blico. Com dedicaçã o,
treinamento e persistência, aprendi que o palco é um espaço de
crescimento, aprendizado e, acima de tudo, de conquista pessoal.
Que estas palavras o incentivem e guiem você na busca pelo
equilíbrio e confiança para falar em pú blico sem medo. Pois, assim
como descobri a capacidade de comunicar e até me tornar professor
de orató ria, algo nunca sonhado por mim, você também consegue
com determinaçã o e segurança realizar este desejo de falar em
pú blico.
05
Capítulo 1: DESVENDANDO O MEDO
1.1 O meu medo
Desde a infâ ncia enfrentei o desafio de me expressar diante de
outros. Reuniõ es em grupos de jovens, apresentaçõ es na faculdade,
cada momento era marcado pela ansiedade e nervosismo. O medo de
falar em pú blico se tornou meu companheiro constante, uma sombra
que ameaçava limitar meu crescimento como pessoa e como
profissional.
Entretanto, a virada veio durante os primeiros anos na
universidade. Envolvido num curso que alimentava minha paixã o
pela leitura, descobri que o conteú do nã o era suficiente. A
eloquência, a habilidade de me comunicar oralmente se tornou uma
peça essencial do quebra-cabeça da minha pró pria evoluçã o. Foi um
ponto de virada ao perceber que, para crescer, precisava enfrentar
esse medo de frente. Tive que mudar. Descobri que a transformaçã o
nã o acontece apenas no palco, mas nos bastidores da nossa mente.
Com o tempo, nã o só equilibrei o medo, mas também descobri a
confiança que reside em mim. A faculdade encerrou e a vida me
conduziu a um novo papel: convite para ser professor na mesma
universidade onde trilhei minha jornada de superaçã o. O
treinamento se intensificou. Cada aula, cada apresentaçã o, virou uma
oportunidade de crescimento contínuo.
1.2 O medo de falar em público
Talvez a maior dificuldade para quem pretende falar em pú blico é
se deparar com alguns sentimentos e emoçõ es que afetam o corpo e
a mente no momento da exposiçã o oral. Entre eles está o medo.
Medo de errar, de esquecer, de ser avaliado, de ser incompreendido,
medo do desconhecido. Estas sensaçõ es bloqueiam o pensamento,
deixam a pessoa nervosa, ansiosa, insegura, inquieta. É o medo como
sentimento maior agindo dentro dela.
Faz-se necessá rio conhecer este medo, mudar a maneira de pensar
sobre ele, mudar há bitos e atitudes para a busca do equilíbrio
quando for se expor. Coloco o medo como grande causador da
dificuldade que muitas pessoas têm de falar em pú blico.
06
Qualquer definiçã o de medo indica uma perturbaçã o física ou mental
de que estamos diante de algum perigo, estresse ou situaçã o em que
nos sentimos pressionados e com as emoçõ es diferentes. Falar em
pú blico é uma delas. A exposiçã o oral para milhares de pessoas é
agonia, apreensã o, expectativa, nervosismo, ansiedade, parecendo que
algo de ruim vai acontecer.
Medo é um estado que coloca todo nosso organismo em alerta, com
sensaçã o estranha a dominar quase todos os nossos cinco sentidos. É
uma ameaça.
Mesmo sendo sentimento que parece ser negativo por tudo o que
gera, este estado de alerta é necessá rio e importante para a
sobrevivência humana pois, muitas vezes, nos protege. O medo também
é positivo. Entretanto, a pessoa sem medo de nada pode estar mais
propensa ao perigo ou a situaçõ es trá gicas para a pró pria vida, embora
na orató ria seja muito bom nã o ter medo.
1.3 Identificando o medo
Quando o hormô nio do medo, a adrenalina, é liberado todo o
organismo sofre alteraçõ es. O coraçã o acelera, a voz muda, o suor
aparece, acontece a sensaçã o de bloqueio, entre outros sintomas que
veremos abaixo, juntamente com outras emoçõ es, principalmente a
ansiedade e o nervosismo que chegam para antecipar esta dor física.
Quem tem medo de falar em pú blico vai ter algum ou quase todos estes
sentimentos a atrapalhar a fala.
No caso dele influenciar a sua orató ria, saiba que ele está
intrinsecamente ligado ao ser humano desde a concepçã o. Nã o existe
pessoa no Planeta que nã o sentiu medo em determinadas situaçõ es da
vida. Conviver com ele e tentar equilibrá -lo é a receita para a cura. É
necessá rio procurar entender profundamente este sentimento dentro
de você, buscar saber de onde surge e como vibra de intensidade,
definir o que provoca esta sensaçã o, praticar o autocontrole mental,
pensar positivo para que ele nã o assuma o controle da situaçã o, buscar
a autoaná lise, falar com outras pessoas, pedir ajuda sem receio e
trabalhar gradualmente o controle do medo sã o alternativas para
combatê-lo e até vencê-lo.
Estes sentimentos que nos atormentam, como equilibrá -los, como
enxergá -los dentro de nó s e o que temos que fazer para mudar,
veremos a seguir.
07
Capítulo 2: SINTOMAS DO MEDO

O medo de falar em pú blico, conhecido como glossophobia, pode


apresentar diversos sintomas que variam de pessoa para pessoa.
Alguns mais comuns dos podem incluir:
Aumento da frequência cardíaca.
Respiraçã o acelerada.
Transpiraçã o excessiva.
Mã os frias ou suadas.
Tremores nas mã os.
Voz trêmula.
Sensaçã o de ná usea ou desconforto no estô mago.
Boca seca ou dificuldade em engolir.
Tensã o muscular, como rigidez nos ombros ou nas pernas.
Sensaçã o de pâ nico, ansiedade intensa ou nervosismo excessivo.
Dificuldade em se concentrar ou em lembrar do que desejava falar.
Baixa autoestima ou insegurança.

É importante ressaltar que cada indivíduo pode experimentar um ou


vá rios desses sintomas. Além disso, esses sintomas podem variar em
intensidade dependendo do grau de medo e ansiedade da pessoa em
relaçã o a falar em pú blico.

2.1 Superando o medo


Pode ser um desafio o equilíbrio e a superaçã o, mas existem algumas
estratégias que você pode tentar:
2.1.1. Identifique e entenda o medo: É importante compreender a
raiz do medo. Pergunte a si mesmo o que o está fazendo sentir medo e
por quê. Entender a origem do medo pode ajudar a diminuí-lo.
2.1.2 Exponha-se: Se o seu medo for de algo específico, tente se
expor a ele gradualmente. Por exemplo, se você tem medo de falar em
pú blico, comece praticando em pequenos grupos e depois aumente o
nú mero de pessoas.
2.1.3 Desafie seus pensamentos negativos: Muitas vezes, o medo é
alimentado pelo negativismo. Procure questionar esses pensamentos e
substituí-los por pensamentos mais realistas e positivos.
08
2.1.4 Pratique técnicas de relaxamento: Técnicas como a respiraçã o
profunda, meditaçã o e ioga podem ajudar a acalmar a mente e o corpo,
reduzindo o medo.
2.1.5 Apoio: Conversar com amigos, familiares ou profissionais de
saú de mental pode ser muito ú til. Eles podem oferecer suporte,
perspectivas diferentes e dicas sobre como lidar com o medo.
2.1.6 Aprenda com o medo: O medo é uma emoçã o natural e pode, à s
vezes, servir como um indicador de perigo. Em vez de tentar eliminar
completamente o medo, tente aprender com ele e ver se existem
medidas de precauçã o que você pode tomar para se proteger.
2.1.7 Pratique a autocompaixã o: Seja gentil consigo mesmo enquanto
enfrenta seus medos. Lembre-se de que é normal sentir medo e que
você está fazendo o seu melhor para equilibrá -lo.
2.1.8 Busque a superaçã o: Mentalize todo dia como a habilidade de
falar bem em pú blico pode impulsionar a sua carreira e fortalecer
relaçõ es interpessoais.
2.1.9 Encare consequências: Explore as repercussõ es negativas e
limitaçõ es que o medo pode impor.
2.1.10 Defina objetivos realistas: Estabeleça metas pequenas e
realistas para enfrentar o medo. À medida que alcança cada meta, você
aumenta sua confiança.

NÃO ESQUEÇA! Que lidar com o medo é um processo pessoal e


diferente para cada pessoa. Experimente diferentes estratégias e
descubra o que funciona melhor para você. Se o medo persistir e
interferir em sua vida diária, é recomendado procurar a
orientação de um profissional de saúde mental.
09
Capítulo 3: ANSIEDADE E NERVOSISMO
Certamente, o medo de falar em pú blico está intrinsecamente
relacionado a sentimentos como ansiedade e nervosismo. Aqui estã o
algumas reflexõ es sobre esses sentimentos e como equilibrá -los.

3.1 Relação entre medo, ansiedade e nervosismo


Medo
Origem: Pode surgir do receio de julgamentos, da exposiçã o ou do
temor de cometer erros em pú blico.
Impacto: Gera resistência à exposiçã o e pode impedir o
desenvolvimento pleno das habilidades de comunicaçã o.
Ansiedade
Origem: Vem da antecipaçã o de situaçõ es futuras, como
apresentaçõ es, e da preocupaçã o com o desconhecido.
Impacto: A ansiedade pode levar à insegurança, pensamentos
negativos e a sintomas físicos como tremores ou suor excessivo.
Nervosismo
Origem: Resulta da excitaçã o do sistema nervoso diante de uma
situaçã o desafiadora.
Impacto: Pode se manifestar em agitaçã o, inquietaçã o e até mesmo
atrapalhar a clareza mental.
3.2 Equilibrando os sentimentos na oratória
3.2.1 Preparaçã o adequada
Dica: Invista tempo na preparaçã o do conteú do da apresentaçã o.
Benefício: Quanto mais familiarizado estiver com o assunto, mais
confiança terá para enfrentar a plateia.
3.2.2 Técnicas de respiraçã o
Dica: Pratique técnicas de respiraçã o profunda e consciente.
Benefício: A respiraçã o profunda ajuda a acalmar o sistema
nervoso, reduzindo a ansiedade.
3.2.3 Visualizaçã o positiva
Dica: Pense no sucesso e imagine uma resposta positiva da plateia.
Benefício: A visualizaçã o positiva ajuda a reprogramar a mente
para ver a apresentaçã o como uma experiência bem-sucedida.
3.2.4 Foco no conteú do
Dica: Concentre-se no que está comunicando em vez de focar nas
reaçõ es da plateia.
Benefício: Manter o foco no conteú do ajuda a diminuir a ansiedade
relacionada à aprovaçã o externa.
10
3.2.5 Prá tica regular
Dica: Realize simulaçõ es e pratique em ambientes amigá veis.
Benefício: A prá tica é fundamental para se sentir mais confiante.
3.2.6 Aceitaçã o do desconforto
Dica: Aceite que um certo grau de nervosismo é normal.
Benefício: Reconhecer que o nervosismo faz parte da experiência pode
reduzir a resistência e a ansiedade associadas a ele.
3.2.7 Feedback construtivo
Dica: Solicite feedback regular e veja cada comentá rio como uma
oportunidade de aprendizado.
Benefício: O feedback ajuda a identificar melhorias, contribuindo para
o desenvolvimento contínuo.
Lembre que a jornada para superar o medo de falar em pú blico é ú nica
para cada pessoa. O equilíbrio entre nervosismo e ansiedade é alcançado
gradualmente, à medida que você ganha confiança e experiência.
3.3 Desenvolvendo habilidades essenciais
Medo de falar em pú blico é algo comum afeta muitas pessoas.
Felizmente, existem técnicas ajudam a superar esse medo e melhorar suas
habilidades de fala em pú blico. Aqui estã o algumas sugestõ es:
3.3.1. Conheça o seu pú blico: Tire um tempo para pesquisar sobre o
seu pú blico. Quanto mais você souber sobre as pessoas que estará
falando, mais fá cil será se conectar com eles durante a apresentaçã o.
3.3.2 Relaxe: Antes de começar a falar, tire alguns instantes para
relaxar. Isso diminui a ansiedade e ajudar a acalmar seus nervos.
3.3.3. Comece pequeno: Se você está muito ansioso para falar em
pú blico, comece com algo menor, como apresentar para amigos ou
familiares. À medida que você ganha confiança, pode gradualmente
aumentar o tamanho do pú blico.
3.3.4. Assista outros: Assistir a outras pessoas falando pode ajudar a
aprender técnicas de comunicaçã o eficazes e inspirar confiança. Procure
palestras, discursos ou apresentaçõ es online.
3.3.5 Visualize o sucesso: Antes da apresentaçã o, se imagine falando
de forma confiante e transmitindo a mensagem de forma clara. Visualizar
o sucesso ajuda a fortalecer sua confiança e acreditar em suas
habilidades.
11
3.4 Exercícios e técnicas para perder o medo

Respiração
Descriçã o: Inspire profundamente pelo nariz, segure a respiraçã o
por alguns segundos e expire lentamente pela boca.
Benefícios: Reduz a frequência cardíaca, promove relaxamento e
ajuda a controlar a ansiedade.
Visualização guiada
Descriçã o: Mentalize a situaçã o de apresentaçã o bem-sucedida,
imaginando reaçõ es positivas da plateia.
Benefícios: Cria uma imagem mental positiva, reduzindo o nervosismo.
Sensibilização sistemática
Descriçã o: Aos poucos se exponha a situaçõ es de fala em pú blico
começando com desafios menos intimidadores.
Benefícios: Ajuda a superar o medo ao enfrentar situaçõ es mais
desafiadoras.
Técnica do Espelho
Descriçã o: Pratique discursos ou apresentaçõ es diante de um espelho.
Benefícios: Aprimora a postura, gestos e expressõ es faciais,
aumentando a confiança.

3.4.1 Testando terapias e abordagens profundas


Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
Descriçã o: Aborda posiçõ es e padrõ es de pensamento negativos e
comportamentos associados ao medo de falar em pú blico.
Benefícios: Ajuda a reestruturar pensamentos e promove
comportamentos mais adaptativos.
Mindfulness e meditação
Descriçã o: Prá ticas que envolvem atençã o plena e técnicas de
meditaçã o para reduzir o estresse.
Benefícios: Cultiva a consciência do momento, diminuindo a
ansiedade.
12
Treinamento em biofeedback
Descriçã o: Monitora sinais fisioló gicos (como frequência cardíaca)
e ensina a controlá -los conscientemente.
Benefícios: Ajuda a regular respostas físicas ao nervosismo.
Hipnoterapia
Descriçã o: Usa técnicas hipnó ticas para ajudar a reprogramar
padrõ es de pensamento associados ao medo de falar em pú blico.
Benefícios: Pode ser eficaz para acessar e modificar crenças
subconscientes.
Coaching em oratória
Descriçã o: Orientaçã o personalizada para desenvolver habilidades
de fala em pú blico.
Benefícios: Fornecimento de feedback específico e apoio
individualizado.
Grupos de apoio
Descriçã o: Participaçã o em grupos que compartilham experiências
semelhantes e fornecem suporte mú tuo.
Benefícios: Oferece um espaço para compartilhar desafios e
estratégias de superaçã o.

Explore diferentes exercícios e técnicas e escolha aquelas


que melhor se adequa às suas necessidades. O processo de
superar o medo de falar em público muitas vezes envolve uma
abordagem multifacetada.
13
Capítulo 4: MUDANDO PARA PERDER O MEDO

4.1 Primeira atitude


Você vai conhecer neste capitulo um método prá tico e eficaz para
iniciar sua jornada de transformaçã o pessoal e que foi vivenciado pela
autoria para conseguir superar seus obstá culos para falar em pú blico.
O medo incomoda muito a vida do futuro orador, como já vimos.
Três reflexõ es ou processos de mudança serã o fundamentados para lidar
com este e outros sentimentos que interferem na orató ria. Todos com a
intençã o de servir como um caminho direcionador, caso você escolha
sofrer a transformaçã o para se tornar um ser falante.
Mas nã o é só isso! Você deve estar atento. Se nã o tomar atitudes
radicais no dia a dia com relaçã o ao querer se comunicar melhor, pode
nã o chegar a lugar algum. A ideia base desta visã o mais humana é a
transformaçã o pessoal, a mudança de há bitos e mudança de valores para
se tornar um “Parlêtre”, um ser falante, como dizia o psicanalista francês
Jacques Lacan. Mudar para equilibrar o medo é difícil, quase impossível
para muita gente. É o maior desafio. A proposta de mutaçã o é
direcionada para que você tente ou comece a se preocupar com esta á rea
tã o importante na sua trajetó ria de vida que é o domínio da linguagem
oral.
Esta visã o nada mais é do que você vivenciar a sua pró pria
transformaçã o. Nã o deixar dentro de si somente a vontade de querer
falar bem e com segurança, sem medo, mas começar a agir para mudar.
4.2 O processo de mutação
É incontestá vel que o destino da pessoa está intrinsecamente
relacionado ao sentimento pró prio de transformaçã o interior, ainda mais
quando o assunto é falar em pú blico. Este processo requer grande
esforço, mas é humano, individual. Nã o há como escapar disso.
Dentro da linguagem do Professor Henrique José de Souza, fundador
da Sociedade Brasileira de Eubiose-SBE, a transformaçã o se dá de dentro
para fora, trabalhando toda a essência do ser. Platã o, antes de Cristo, já
dizia que “o saber consiste precisamente em dar saída à luz que vem de
dentro e nã o abrir portas à luz que vem de fora.” É dentro de você que
reside a iniciativa de começar.
Para entrar neste tema imprescindível e ao mesmo tempo sutil na
orató ria, que é a mudança do aluno para se tornar um ser falante, faz-se
necessá rio justificar o porquê disso.
14
Durante o meu longo período de experiência nos cursos de orató ria
dentro e fora de universidades, nas orientaçõ es de projetos de final de
curso de graduaçã o e pó s-graduaçã o, no acompanhamento das
apresentaçõ es de trabalhos em sala de aula, nas palestras
motivacionais ou em vá rios outros experimentos, verifiquei que, na
maioria das vezes, o que mais incomoda, atrapalha e nã o permite a boa
exposiçã o para a plateia sã o alguns sentimentos existentes dentro do
ser humano que fazem com que isso nã o aconteça como o esperado.
A proposta a seguir está alicerçada nesta experiência e o quanto é
perceptível a dificuldade encontrada pelas pessoas ou a sua falta de
atitude quando querem atingir algum objetivo.
Todavia, algo também chamou a atençã o neste contexto. O medo,
este sentimento que envolve a insegurança, a timidez, a ansiedade e o
nervosismo, e que nã o permite ao aluno falar em pú blico, nã o possui
idade. Pré-adolescentes, jovens e adultos que nã o conseguem
equilibrar estes sentimentos ou nã o possuem conhecimento suficiente
para dar mais segurança no momento da apresentaçã o em pú blico.
Entã o, discutir a visã o humana com o sentido de trabalhar a
individualidade do ser, o que é dele e de mais ninguém, e as possíveis
razõ es que o levam a nã o agir ou mudar para buscar o equilíbrio
destes sentimentos, é fundamental. Na verdade, o primeiro passo na
comunicaçã o oral é encarar seus pró prios medos.
Para isso, as três reflexõ es que serã o abordadas agora terã o o
sentido de proposta de mudança, com o ú nico intuito de ajudar você
leitor a conhecer as etapas de sua transformaçã o. Por que fazer? O que
fazer? Como fazer? Sã o reflexõ es que devem ser seguidas para quem
pretende enxergar novos horizontes na comunicaçã o oral. Sã o
conselho.
15
4.3 POR QUE FAZER? Para atingir os sonhos
É o capítulo da mudança. A primeira reflexã o é: Por que fazer? Qual
o motivo que tenho para mudar a minha vida? Quero falar em pú blico.
Quero me comunicar melhor. Quero me relacionar melhor com as
pessoas. Quero mudar a minha vida.
Nã o importam quais sã o os motivos, os sonhos, os objetivos e as
necessidades existentes dentro de cada ser humano, é ele quem vai
sentir, pensar e agir. Mudança é sentir, pensar e agir. Sentir, pensar e
agir. É sonhar, é ter vontade de querer buscar a felicidade que está
alicerçada num motivo de realizaçã o, o desejo. O querer falar em
pú blico, ser orador, deve ser transformado em meta, em conquista, em
sonho. Você necessita sentir isso muito forte para conseguir mudar.
Vamos pegar outro motivo que se pode acreditar ser necessá rio
para a sua transformaçã o. Como vou me tornar um ser falante se nã o
tenho nada para dizer? Minha mente está vazia, com raríssimos
vocá bulos dentro dela. Leio ou estou lendo muito pouco? Será que
buscar o conhecimento para poder um dia falar com naturalidade e
com sabedoria deve virar sonho, ser motivo para mudar?
Outro motivo? Será que a insegurança, a timidez, a ansiedade, o
nervosismo e a preguiça, já considerada doença no mundo atual, vã o
continuar permitindo que o medo cresça dentro de mim e nã o consiga
nem apresentar um simples trabalho em sala de aula?
Será que estes sentimentos, se unidos, farã o com que você
enlouqueça ou fique sozinho, entocado com suas doenças da alma, da
mente? Ninguém consegue mudar sem motivo, que é igual a sonho,
meta, boa ambiçã o.
Estes três exemplos sã o suficientes para que você se inicie na
comunicaçã o oral. Descobrir onde mudar é o primeiro passo, mas é
preciso dar o primeiro passo. Deve-se definir o objetivo de conquista o
quanto antes. O que o leitor necessita mesmo entender é que esta
transformaçã o exige que ele volte a sonhar caso tenha esquecido a
importâ ncia disso na sua evoluçã o. Sentir, sentir como sonho
realizá vel e possível de trazer felicidade. A vontade querendo sair.
16
É hora da tomada de decisã o, de desatar as amarras, de dar a face
para ser batida. Se nã o está mais pensando na sua felicidade, entã o
volte a pensar o futuro, volte a acreditar em você mesmo, que pode
conseguir falar bem e convencer qualquer tipo de pú blico.
Só existe uma saída. Sentir com o coraçã o, pensar e agir para se
tornar uma pessoa que fala com desenvoltura e com conhecimento
passa a ser agora o seu maior motivo, seu grande sonho. Por que fazer?
Porque decidiu e descobriu quais os motivos que tem para mudar a
sua vida a partir de agora. Motivos sã o vontades do coraçã o que devem
aflorar, vontades verdadeiras, criadoras de um novo ser.
4.3 O QUE FAZER? Mudar a maneira de pensar
O que fazer, entã o, se você tem definido o que realmente quer?
Uma coisa é ter determinado quais os planos para o futuro e até sentir
isso fortemente na sua individualidade, a outra é mudar efetivamente
e fazer com que eles realmente se tornem reais e comecem a fazer
parte da vida e do dia a dia.
Mudar é difícil. Em se tratando de comunicaçã o oral mais ainda. O
aluno deve refletir com calma como está vivendo, por exemplo, com os
três de motivos citados no “por que fazer?” e escolher iniciar a
mudança em apenas um deles ou em todos, se preferir.
Vai ser fá cil mudar? É fá cil deixar a mente mais inteligente para
poder falar bem? É fá cil equilibrar o medo e nã o deixar sentimentos
atrapalharem a fala ou a sua vida? Certa vez, uma aluna do meu curso
“Perca o medo de falar em pú blico” me disse que havia resolvido um
problema na sua vida: “Voltei a conviver melhor dentro de casa depois
de ouvir o senhor. Estou mais perto do meu pai. Estamos conversando
mais. Serei eternamente grata. Ana Clá udia”.
Ela fez o que sempre pedi em sala de aula aos alunos: “Façam o
que digo, nã o apenas ouçam o que querem ouvir.” O que fazer entã o?
Mude. No ritmo em que vivemos, sofrer qualquer processo de
iniciaçã o, vai exigir muito e você pode nã o estar preparado para
enfrentar a si mesmo, enfrentar seus medos. Comunicaçã o oral requer
mudança interior.
17
Onde, entã o, acontece a mudança no ser humano? No pé? Nos
braços? É ó bvio que qualquer mutaçã o acontece na mente, no cérebro,
ou na segunda veste, na alma, segundo pensadores, contemporâ neos
ou nã o. Muitos deles escreveram ou disseram que a residência da alma
é a mente humana. Entã o, nã o adianta só sentir com o coraçã o, é
preciso pensar na transformaçã o que o levará à tomada de atitude no
momento em que os sonhos aflorarem.
“O ser humano nã o está mais acostumado a pensar”, ouvi certa vez.
Lembro que anotei a frase. Ela comprova que milhares de pessoas nã o
mudam porque nã o refletem sobre o assunto, esquecem dos motivos,
vontades, ou acabam adiando a conquista da felicidade. O ser humano
nã o está mais acostumado a pensar.
A pessoa também vive na correria alucinada do cotidiano. Estudo e
trabalho. Muitos vivem apenas por viver. Repito: nã o basta apenas
sentir, é preciso pensar sobre o que está gerando o sentimento de
mudança, as suas verdadeiras vontades.
Deponho o que aconteceu comigo e permitiu a minha mudança aos
33 anos de idade, em 1996. Lembro que terminava a faculdade de
Jornalismo na Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul naquele
ano. Foi um ano marcante, formatura, futuro profissional, docência,
filhos, literatura, tantos sonhos se realizando. Confesso que já me
sentia atrasado. Era preciso mudar. Nã o havia mais tempo, pensava.
Participei de um evento que mudou a minha vida, na Serra do
Roncador, Mato Grosso do Sul, cidade de Nova Xavantina. Terra de
uma das mais antigas tribos indígenas do Brasil: Os Xavantes. O
evento, organizado pela Sociedade Brasileira de Eubiose, teve como
tema central “A construçã o do futuro através da linguagem”. Ouvi no
encontro a frase que fez com que as transformaçõ es que estavam
acontecendo na minha vida ganhassem uma nova perspectiva: “O ser
humano precisa, urgentemente, mudar seus há bitos e seus valores se
quiser construir a sua felicidade”. Na volta, refleti sobre a frase e
procurei colocá -la em prá tica: “O ser humano precisa, urgentemente,
mudar seus há bitos e seus valores se quiser construir a sua felicidade.
18
Mudar há bitos e valores? Que valores? O que significa a palavra
valor para o ser humano? Quais sã o? Vou começar pelos valores,
mudar há bitos vem depois de o ser humano redescobrir alguns valores
essenciais para a sua iniciaçã o.
Os valores estã o intrinsecamente ligados ao ser humano desde a
sua concepçã o. Carregamos-os por toda vida. Eles se transformam em
virtudes, açõ es e atitudes, que, muitas vezes, mexem com a nossa
evoluçã o. Todo o ser humano possui seus valores. Por exemplo, o valor
social, o valor intelectual e o valor moral. Estes três, principalmente,
devem ser analisados e redescobertos pelo ser humano para que
descubra se a mudança pode começar de imediato por algum deles.
Todos os três tem relaçã o muito pró xima com a orató ria.
O que fazer sabendo que a mudança está na mente? Comece a
pensar em como está vivenciando com cada um dos três. A retidã o, o
perdã o, a verdade, o amor, a sabedoria, a perseverança, o altruísmo,
sã o valores que acabam advindos dos três. Selecionei o valor social, o
valor intelectual e o valor moral que vibravam em 1996 dentro de mim
e que nunca havia pelo menos pensado neles ou se algum deles
pudesse alterar o rumo da minha vida.
Fazer com que eles renasçam dentro de você é o maior desafio da
mudança. O seu futuro depende de como vai trabalhá -los efetivamente,
inclusive o de falar em pú blico.
4.3.1 O valor social
Significa estar envolvido com pessoas. Falar com o semelhante.
Qualquer ser humano sente a necessidade de conviver em grupo, de
ser reconhecido como amigo, sincero, querido pelos outros. De fá cil
relacionamento. Quem nã o quer ser líder? Quem nã o quer ser visto e
admirado? O relacionamento depende de como você se envolve com o
outro ser, se comunica com ele. Se nã o conseguir redescobri-lo, poderá
ficar isolado, envolto com a preguiça, a timidez, a insegurança, a
ansiedade, sentimentos que já vimos serem perigosos ao ponto de
atrapalhar o seu crescimento, gerando medo. Pode se acomodar,
causando depressã o.
19
Paralelamente, inicie o desenvolvimento deste valor social dentro da
sua pró pria família. Como será que está se relacionando dentro de casa?
Será que existe falta de diá logo dentro do seu lar? Falta de diá logo por
acaso nã o é falta de comunicaçã o, de conversa, de fala? Tenho
depoimentos de alunos que começaram por aí.
O exemplo claro aconteceu comigo num curso de orató ria para alunos
do curso Ciências Contá beis da Universidade do Oeste de Santa Catarina
em Joaçaba. Passados alguns dias, recebi correspondência de um aluno
que queria agradecer o aprendizado e que começava a mudar dentro da
casa dele, onde o diá logo quase nã o existia entre a família. “Cada um na
sua, professor, no seu canto. Meu pai na rua, minha mã e na tv e eu na
internet. Depois do curso que fiz percebi que poderia mudar isso”.
Conversamos bastante. Aconselhei-o a tomar atitude e mudar a vida se
aproximando mais dos pais, conversando, buscando o diá logo quase
inexistente. E foi o que fez.
Depois de alguns meses voltei para Joaçaba para ministrar outro curso
para os alunos de Administraçã o e combinei conversar com ele na frente
do hotel Farol, situado ao lado da universidade. Assim que se aproximou,
simplesmente me abraçou e começou a chorar copiosamente. Entendi a
reaçã o. Era de agradecimento pela ajuda. O problema do aluno nã o era a
orató ria, o que queria era voltar a dialogar e conviver melhor dentro de
casa. Quando se acalmou, comentou que o curso havia ajudado muito,
principalmente no seu relacionamento com família. Ele voltou a procurar
os pais, voltou a dialogar mais, mudou a rotina e, como mesmo disse, “a
felicidade voltou dentro da minha casa, professor”.
Inicie este valor social na família, depois vá para a escola, para a
universidade, para o grupo de amigos. Faça voluntariado, doe-se para os
outros sem pedir nada em troca. Valor social é retirar de dentro de si
algo de bom, de belo ou de bem e que possa ser visto e sentido por
outras pessoas. Isso é valor social, pense nisso. Com certeza, a linguagem
oral vai se desenvolver naturalmente quando resolvemos situaçõ es que
causam bloqueio, pense nisso.
20
4.3.2 Valor intelectual
Outro valor imprescindível na comunicaçã o oral é o intelectual. Se
o aluno nã o tem nada para falar, se a mente está vazia, sem
conhecimento, como vai se tornar orador? Falar em pú blico depende
da inteligência, da velocidade de raciocínio. Valor intelectual nada mais
é do que deixar a mente rá pida, com centenas de vocá bulos
armazenados nela.
É preciso ter conhecimento para falar em pú blico. Este valor
também está intrinsecamente ligado ao ser humano desde a
concepçã o. Todos nascem com este valor latente, uns mais, outros
menos e outros sem desenvolvê-lo. Todo o saber necessita ser
repassado a quem possa interessar.
Mente retardada é o que mais encontrei na vida de professor.
Retardada no sentido de nã o estar em expansã o, de estar parada,
bloqueada, à mercê das falsas ilusõ es de sentidos e de falsos
conhecimentos. Na hora de falar para a plateia, se o estudante nã o
souber o que dizer será surpreendido pelo medo e talvez nem tenha
coragem de expor algum pensamento. Como a pessoa vai deixar a
mente mais inteligente, rá pida, com bastante sabedoria para poder se
expressar com mais tranquilidade? Como o ser humano pode fazer
este valor aflorar para se comunicar melhor? O valor intelectual é
facilitado pela leitura. Quem nã o lê, pouco fala, pouco ouve, pouco vê.
Nã o tenho dú vida desta afirmaçã o pelo fato de saber que a prá tica
da leitura alimenta a mente. Esta energia advinda do livro permanece
dentro de nó s. Mente com conhecimento é alma em expansã o. Nunca vi
alguém inteligente e sem vontade de falar, de querer retirar o que sabe
para ajudar os outros. Só falando ou escrevendo conseguirá .
Por que a leitura entra neste contexto? Qual a sua real importâ ncia
na transformaçã o do indivíduo? O domínio da linguagem oral vem
através da leitura. Tudo o que se lê fica guardado na memó ria. Nã o é
como a informaçã o repassada pela mídia que apenas passa pela mente.
21
A leitura facilita a construçã o de si mesmo, da mente, que poderá
estar estruturada muito em funçã o do mundo externo. A dimensã o da
importâ ncia da leitura em todo este contexto é indiscutível e obriga a
uma mudança radical dos há bitos. Será que é fá cil para você iniciar o
há bito da leitura, conseguir tempo para isso? Nã o está na hora de
refletir sobre como está e se está vivendo com o seu valor intelectual?
É preciso se perguntar: Se nã o buscar o há bito da leitura, nã o amar
os livros, como poderá se tornar um ser falante? Se nã o tiver nada na
mente como poderá persuadir a plateia? Mente vazia é mente
retardada, sem expansã o, sem evoluçã o, sem conhecimento para poder
argumentar bem. O valor intelectual tem que ser trabalhado.
4.3.3 Valor moral
O terceiro valor discutido é o moral. É o mais sutil dos três e essa
sutileza precisa ser sentida e pensada por você. O moral está na mente,
mas é diferente do valor social e do intelectual. O que adianta querer
desenvolver o seu valor social, de relacionamento com o outro, ter
sonho ou motivo para mudar a vida? O que adianta ter conhecimento,
ter na mente centenas de vocá bulos prontos para saírem pela boca se
os deixa dentro de si? Valor moral é mesmo que as seguintes frases:
Chega de me enganar. Chega de mentir para mim mesmo!
Chega de sentir, pensar e nã o agir. O estudante diz para si mesmo
que vai fazer, que vai mudar a partir de agora, mas lá no fundo nã o faz
aquilo que sabe ser importante para a sua felicidade. Este valor moral
tem a ver com a tomada de atitude.
Sempre nos cursos, discutimos a seguinte pergunta que lanço para a
plateia quando falo sobre este valor moral: “Mentir para si mesmo
dó i?” A maioria nã o responde de imediato. Ficam pensando na
pergunta ou com medo de respondê-la. Uns arriscam o sim, outros o
nã o, quase juntos, à s vezes.
Se minto para mim mesmo sinto alguma dor física? Enganar-me dó i?
Nã o, ninguém sente dor física. Trair a si mesmo nã o dó i. Aí reside a
sutileza deste valor e a sua maneira quase imperceptível de ser
percebida.
22
Entã o, nã o adianta ficar com o sonho dentro de si, adiando a
mudança ou aguardando passivamente a atitude que só ele poderá
fazer. Corra atrá s daquilo que almeja. Nã o fique imó vel à espera de o
tempo passar e de nã o fazer nada daquilo que havia definido, acima,
como motivo, sonho, para mudar. Pare de adiar o sonho de ser orador.
Quando mencionei que o valor moral é muito sutil e que necessita
ser exercitado foi com a intençã o de fazer o futuro orador enxergar a
importâ ncia no processo de mudança. Nada adianta a ele reconhecer
qualquer valor, seja o social ou o intelectual, se nã o agir, fazer
acontecer. Nã o deve ficar na ilusã o ou protelar suas vontades. Este
valor moral é o mais perigoso de todos no processo de mudança
porque nã o causa dor.
O que fazer? Nã o ficar só no querer mudar. Nã o apenas saber aonde
vai sofrer esta transformaçã o. Só sentir e pensar nã o adiantam nada, é
preciso açã o. Aliá s, agir é a ú ltima chance. O que fazer? Mudar.
4.4 COMO FAZER? Praticar a transformação
Você lembra da frase que mencionei anteriormente e que havia
mudou a minha vida? “O ser humano precisa, urgentemente, mudar
seus há bitos e seus valores se quiser construir a sua felicidade”?
Valores foram repassados. A outra palavra importante na frase é
há bito. Mudar há bito é difícil? Praticar a mudança é difícil? Posso ir
mais longe e perguntar: É quase impossível para muitas pessoas
mudar um há bito? A maioria responderá que sim.
Praticar a mudança é complexo porque mexe com o há bito. Mexe
com o dia a dia, com a vontade de querer e ter que fazer. Tem que
mudar há bitos se quiser chegar a algum lugar. Comece.
Como sugestã o, comento que para exercer a mutaçã o é necessá rio
passar por três situaçõ es. Mas, antes, você nã o deve esquecer que
mudar o há bito leva tempo e pode nem conseguir. Sabe por quê? Inicia
a transformaçã o, mas estaciona no meio do caminho. Nã o continua!
Sente que os motivos, os sonhos, estã o bem definidos, também pensa
em equilibrar o medo e escolhe qual o valor necessita desenvolver
primeiro. Mas nã o consegue mudar a rotina da sua vida.
23
Entretanto, muitos nã o conseguem porque só passam pelos dois
primeiros está gios: Por que fazer? e O que fazer?. Nã o fazem o ú ltimo:
“Como fazer?”. Com isso, a iniciaçã o acaba prejudicada, nã o acontece.
É como se a palavra dita ou escrita nã o valessem nada, fossem em
vã o. O orador fica triste e o escritor também, pois os ensinamentos nã o
foram colocados em prá tica. Novamente: é preciso fazer acontecer,
praticar a mudança para ter segurança na hora de falar em pú blico,
agir na mudança de há bitos.
Entã o o aluno pergunta: Quando posso começar? Amanhã ? Qual a
hora? Como faço entã o? Repasso a receita para nã o precisar tomar
antidepressivo ou calmante antes ou na hora de se apresentar em
pú blico, por exemplo. Ou quando nã o conseguem se soltar, se libertar
dos seus medos. Esta dor tem remédio e nã o necessita ir à farmá cia. A
sugestã o para mudar o há bito, o conselho, segue abaixo.
4.4.1Primeiro: administração do tempo
Definir dentro das 24 horas, pelo menos durante os primeiros 90
dias, um tempo para fazer algo diferente, pensar em você, no
fortalecimento mental para buscar confiança em si, nos seus sonhos
caso nã o tenha definido nada de importante até agora. Administrar o
pró prio tempo e dentro dele praticar para mudar o há bito.
Neste período já sentirá a diferença na transformaçã o dos há bitos caso
decida fazer mesmo. Aí vai o conselho: Reserve uma hora por dia e faça
isso pela manhã quando a mente está livre, vazia, serena, à espera. O
aluno pode se perguntar: “Terei que levantar uma hora mais cedo?”
Sim. Outra coisa, nã o vai morrer por causa disso e vai ser ú til para a
sua vida. Será difícil? Claro que sim, pois nã o está acostumado. Seu
corpo estará ainda cansado do dia anterior. Por isso, nã o será fá cil.
Exige que o querer seja mais forte do que tudo, inclusive a preguiça
de levantar mais cedo. Nã o pare por uma hora à noite. Nã o faça isso!
orpo e a mente estã o cansados da correria do dia a dia. A melhor
produçã o é pela manhã . Esse pedido nã o é utó pico, porque é possível
fazer, ninguém está impossibilitado, a menos que nã o sinta e nã o
queira de verdade mudar. A vontade é o exercício da superaçã o.
24
Acordar pela manhã pode ser terrível, ainda mais uma hora mais
cedo. Talvez nem consiga na primeira semana. Talvez até a primeira
semana resolva e nem precise mudar o seu há bito. Vai depender dele.
Sei que conselho, se fosse bom, se vendia. Acorde mais cedo e vá
caminhar, de preferência ouvindo uma boa mú sica. Faça isso nos
primeiros dias. Caminhe para refletir sobre como está vivendo, seus
valores. Combata o medo com positividade mental. Ah! Nã o se esqueça
de levar um caderno de bolso para anotar as ideias. Pela manhã , com a
mente tranquila, os pensamentos vã o aparecer com frequência. Na
minha vida aprendi que sempre que o pensamento, a ideia abstrata, se
materializa no papel, cria vida. Quantas ó timas reflexõ es já tivemos e
agora nem lembramos mais? Depois de colocar seus pensamentos em
ordem e definir o que realmente quer, aja, faça. Administre o tempo a
partir de agora e saiba usá -lo para a sua felicidade.
4.4.2 Segundo: Treinamento efetivo
Uma coisa é administrar o tempo, a outra é ter que acordar durante
90 dias para mudar o há bito e depois usar este tempo em outro
benefício. O treinamento efetivo é que vai mudar o há bito. Treinar todo
o dia e nã o desanimar. Sã o 90 dias, nã o oitenta e nove, oitenta, setenta.
Só se muda o há bito quando praticamos diariamente o proposto. O
aluno pode acordar na segunda-feira, na terça, na quarta e na quinta e
nã o acordar na sexta-feira. Talvez nem volte acordar mais cedo no final
de semana. Para qualquer pessoa, falar em pú blico exige muito
treinamento para mudar o há bito.
4.4.3 Terceiro: vontade, amor-sabedoria, ação
É o resumo de tudo até agora na visã o humana do futuro orador.
Esta tríade, vontade, amor-sabedoria e açã o completa a proposta de
mudança sugerida. Nada do que foi escrito até agora poderá ser
efetivado se você nã o tiver vontade. O sentimento vontade é forte e
também necessita ser estudado pelo ser humano. Basta pesquisar num
dicioná rio sâ nscrito, teosó fico ou filosó fico e estudar como ele se
desenvolve dentro da pessoa. Qualquer um possui muita vontade
dentro de si, dentro do seu coraçã o e da sua mente (amor-sabedoria).
25
O conceito da palavra vontade, que deveria funcionar como mola
propulsora para atingir os sonhos, controlar o medo e impulsionar o
indivíduo, também se expressa na alma e no espírito, nã o apenas no
físico, que sã o as nossas vontades se sobrevivência. Desenvolver as
verdadeiras vontades é o segredo. Sentir isso é o segredo. Vontade de
ser feliz, vontade de fazer amigos, vontade de falar sem medo.
O ser humano deve se tornar, no decorrer da vida, um ser amor-
sabedoria, coraçã o e mente, sentir e pensar, corpo e alma. O orador que
fala com a mente e com o coraçã o terá mais aplausos. Nã o adianta ter
conhecimento e nã o repassar amor.
O leitor pode responder à pergunta: Quantos e quantos professores
passam ou passaram pela sala de aula com muito conhecimento, mas
na hora de repassá -lo nã o conseguem ou nã o se soltam como
deveriam? Os alunos percebem quando o professor retira o
conhecimento de dentro de si com amor, atençã o, sem medo, com o
objetivo de ajudar. Podem ser raros, mas existem. Nã o só o professor,
mas qualquer profissional no uso da comunicaçã o oral deve falar
também com o coraçã o.
Entã o, vontade e amor-sabedoria, nã o bastam. É preciso açã o, agir,
querer, atitude. Colocar em prá tica a mudança. Como fazer? Aja, nã o
deixe para depois tudo aquilo que julga importante, tanto para se
tornar ser falante como pessoa diferente e que corre atrá s da
felicidade. Que nada mais é do que o sentir, o pensar e o querer.
Lembre-se da frase: “O ser humano precisa, urgentemente, mudar
seus há bitos e seus valores se quiser construir a sua felicidade”.
A proposta da visã o humana é impulsionar você para a possível
mudança, com a intençã o de fazer com se sinta um ser humano melhor,
autoconfiante, e que consiga, através da palavra, construir a sua
felicidade, e o que mais importante, sem medo.
26
Capítulo 5: RUMO À CONQUISTA

Estamos no final desta jornada de superaçã o do medo de falar em


pú blico, e é vital lembrar que a verdadeira transformaçã o nã o ocorre
somente no auditó rio na hora de se expor para a plateia, mas no
caminho interior que trilhamos. Cada desafio enfrentado, obstá culo
superado, contribuiu para a sua evoluçã o como comunicador.
Nã o se deixe desanimar por momentos desafiadores ou por
eventuais contratempos. O caminho rumo à orató ria é uma estrada que
exige paciência e prá tica. Entenda que a mutaçã o leva tempo.
Cada aula ministrada, cada apresentaçã o bem-sucedida, mesmo
que pequena, merece ser celebrada. Reconheça o progresso, pois é nele
que reside o verdadeiro poder de transformaçã o. Cada vez que
enfrentar o medo, você está trilhando o caminho para a sua confiança.
Comunicaçã o oral é um aprendizado contínuo. Mesmo os oradores
mais experientes continuam a aprender e aprimorar suas habilidades.
Abra-se para o aprendizado e mantenha o treinamento vivo dentro de
você. Reconheça e celebre o conhecimento adquirido como uma
vitó ria, os primeiros passos para conhecer e combater o medo de falar.
Sua jornada é ú nica e as conquistas sã o evidências do seu
crescimento, pois a verdadeira vitó ria está no caminho trilhado, nã o
apenas no destino. Agora é só o começo, ou seja, entender e reconhecer
o medo é o primeiro passo, o segundo é mudar.
O aprendizado nã o termina aqui. Continue aplicando as técnicas e
estratégias aprendidas em situaçõ es do dia a dia. Cada oportunidade
de falar em pú blico é uma chance de fortalecer suas habilidades.
Desafie-se a buscar oportunidades se expor, sem medo.
Que a sua jornada de superaçã o do medo de falar em pú blico seja
o catalisador para uma transformaçã o extraordiná ria em todas as
á reas da sua vida. O palco está pronto para você brilhar, e o mundo
aguarda para ouvir a sua voz.
27
AGRADECIMENTO

Querido leitor,

Ao chegar ao final deste e-book, é com imensa gratidã o que


expresso meu sincero agradecimento a você. Juntos, embarcamos em
uma jornada fascinante, onde exploramos os caminhos intrincados do
medo, da ansiedade e do nervosismo, e trilhamos a estrada rumo à
confiança e sucesso pessoal.
Compartilhamos a busca pelo equilíbrio do medo, enfrentando
os desafios que a comunicaçã o pú blica pode trazer. Seja a primeira
apresentaçã o corajosa ou o instante em que a ansiedade se
transformou em força positiva, celebremos juntos essas conquistas.
Minha jornada como professor de orató ria, marcada por muitos
anos de experiência e aprendizado, serviu como alicerce para este livro
digital. Cada liçã o compartilhada foi moldada pela paixã o, vontade de
ensinar e pela dedicaçã o em ver meus alunos superarem o medo e
transformarem suas vidas por meio da comunicaçã o eficaz.
Espero que este conteú do tenha sido uma fonte de inspiraçã o,
um direcionador para a mudança interior que todos nó s buscamos.
Cada palavra foi escolhida com a intençã o de transmitir conhecimento,
de motivar, de capacitar e de desencadear a transformaçã o que está ao
alcance de cada um.
Acredito profundamente no método oferecido para perder o
medo e conquistar sonhos. O conteú do é um instrumento para
desbloquear o potencial que reside dentro de você. Agradeço por
permitirem que eu faça parte desta caminhada, por confiarem no
processo e por ousarem sonhar grande.
Muito obrigado por permitir que eu faça parte desta incrível
jornada de auto descoberta e superaçã o.

Com gratidã o,
Professor Henrique
28
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. Sã o Paulo: Hucitec, 1978.


BITTI, P. ZANI, B. A comunicaçã o como processo social. Lisboa: Estampa, 1997.
CARNEGIE, Dale. Como falar em pú blico e influenciar pessoas no mundo dos
negó cios. Sã o Paulo: Editora Record
CITELLI, A. Linguagem e Persuasã o. 6ª ed. Sã o Paulo: Á tica, 1991.
CORRÊ A, N. A palavra: uma introduçã o ao estudo da orató ria. Rio de Janeiro. Ed.
Laudes, 1972.
FLETCHER, Leon. Como Falar como um Profissional. Rio de Janeiro: Record, 1998.
FROLDI, Idemar A. Guia de normas parlamentares e iniciaçã o à orató ria. Câ mara
Jú nior do Brasil, 1994.
HINDLE, T. Como fazer apresentaçõ es. Sã o Paulo: Publifolha, 1999.
KONDRATOV, A. Sons e Sinais na Linguagem Universal. Brasília: Coordenada, 1972.
OSBORNE, Jonh W. Aprenda a falar bem e impulsione sua carreira. Sã o Paulo. Nobel,
1996.
PENTEADO, J. R. W. A técnica da comunicaçã o humana. Sã o Paulo: Pioneira, 1986.
PERELMAN, C. Retó ricas. Sã o Paulo: Martins Fontes, 1999.
POLITO, Reinaldo. Como Falar Corretamente e Sem Inibiçõ es. Sã o Paulo: Saraiva,
1998/2003.
POLITO, Reinaldo. Gesto e Postura. Sã o Paulo: Saraiva, 1998.
POLITO, Reinaldo. Assim é que se fala. 15ª ed. Sã o Paulo: Saraiva, 2000.
POSSAMAI, Débora Sousa dos Santos. O medo de falar em pú blico: um problema de
muitos profissionais de Secretariado Executivo, do Curso de Letras da UNISUL -
Campus Tubarã o. 2004. 63f Monografia (Graduaçã o em Letras – Secretariado
Executivo) – Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarã o, 2004.
REBOUL, Olivier. Introduçã o à orató ria. Sã o Paulo: Martins Fontes, 1998.
REYZBAL, Maria Victoria. A comunicaçã o oral e sua didá tica. Sã o Paulo: Edusc, 1999.
ROLT, Maria Luiza da. A importâ ncia do domínio da linguagem oral para o futuro
jornalista, do Curso de Comunicaçã o Social - Jornalismo da UNISUL - Campus
Tubarã o. 2004. 92f Monografia ( Graduaçã o em Comunicaçã o Social – Jornalismo) -
Universidade do Sul de Santa Catarina, Tubarã o, 2004.
SBE - Sociedade Brasileira de Eubiose. Série Yama, Sã o Lourenço, n. 1, 1994.
SILVEIRA, Mauro, Revista Você S.A., p. 65-66, maio/2003.
SOMOGGI, L. Você tem horror de falar em pú blico? Você S.A. Sã o Paulo, mai. 1999.
SOUZA, H. J. de. O Caminho da Iniciaçã o. Sã o Paulo: Editorial Aquarius, 1940..
SOUZA, J. H. de. Eubiose e a comunicaçã o da nova era, Episteme – Revista Científica
da Universidade do Sul de Santa Catarina, Editora Universitá ria, 2000.
SOUZA, J. H de. Curso Orató ria Perca o Medo de Falar em Pú blico. Joaçaba,
2003.VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. Sã o Paulo: Martins Fontes, 1993

Você também pode gostar