Panorama Setorial
Panorama Setorial
Ano 8 – Número 2
Panorama
setorial da
Internet
Os provedores de acesso à Internet no Brasil:
Como atuam e qual sua importância para
o desenvolvimento da Internet brasileira
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/Panorama Setorial
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http://webfoundation.org/about/vision/history-of-the-web/
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Os provedores de acesso à Internet no Brasil
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ou menos 43% do valor dos serviços. O ganho de escala tem feito os custos
baixarem ano a ano para os usuários, entretanto uma política pública com
menos impostos poderia melhorar a penetração dos serviços de telecomu-
nicações e por consequência, da internet nas residências”.
É importante destacar que o desenvolvimento da Internet necessita de
infraestrutura robusta e de boa qualidade. Por isso, é fundamental que a
cadeia de provimento seja estabelecida com a presença integral de todos
os participantes, assim, constituindo-se em Sistemas Autônomos (AS – Au-
tonomous Systems). Nesta rede interconectada, eles são atores fundamen-
tais, como destaca Patara: “as redes mencionadas acima, que compõem a
Internet, são normalmente chamadas de Sistemas Autônomos, e, como o
próprio nome dá a entender, eles possuem autonomia nas suas decisões e
também nas formas de se interconectar com os demais sistemas. Algumas
redes menores podem não possuir essa autonomia e depender exclusiva-
mente de seu provedor de trânsito de Internet para decisões de como se
interconectar às demais redes”. Os AS são, portanto, elementos-chave, pois
representam as sub-redes que compõem a Internet e possuem estruturas
mais complexas, maior autonomia de gestão dos endereçamentos IP para
atender a seus clientes.
100 97 97 96
86
80 72
68 67
63
60 58 58 56
50
47
50 49 51 51
47
42 40 37 40 43 40
40 36 34
30 28 29 27 28 27 26
23
20 16 13
0
Serviço de Provimento Serviço de Provimento de Provimento Provimento de Serviços de Provimento Provimento
acesso à de e-mail infraestrutura hospedagem de telefonia homepages segurança de conteúdo de aplicações
Internet com hosting sobre IP (ASP)
ou co-location
Total De 1 a 49 pessoas ocupadas De 50 a 249 pessoas ocupadas De 250 ou mais pessoas ocupadas
Fonte: Pesquisa TIC Provedores 2014
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Entrevista
100
80
60
43 42
40
30
23 22 21
20 14
8 11
5
0
Sudeste Sul Nordeste Norte Centro Oeste
2011 2014
Fonte: Pesquisa TIC Provedores 2014
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62
60
43
40 37
36 35
31 32
27 26 28
25
20 20
17
15
12 12 13
10 10
7 8 7 6 5
4 4
2
0
SP MG RJ ES PR RS SC GO MT DF MS PA RO AM TO RR AC AM BA PE PB CE RN MA SE AL PI
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Entrevista
Entrevista
“Tão fundamental quanto a
necessidade de se ter boa estrutura dos
Pontos de Troca de Tráfego, em âmbito
nacional, para melhorar a qualidade
da Internet em um país, é disseminar a
cultura de Sistemas Autônomos”.
Milton Kashiwakura, do Núcleo de Informação do Ponto BR – NIC.
br, comenta o projeto IX.br (Ponto de Intercâmbio de Internet - IXP) e a
importância dos Pontos de Troca de Tráfego, projeto executado pelo NIC. Milton
br com apoio de várias instituições de governo e RNP, aprovado pelo Co- Kashiwakura
mitê Gestor da Internet (CGI.br), para o desenvolvimento e a melhoria da
qualidade da Internet no Brasil. é diretor de Projetos
Especiais e de
P.S_Os Pontos de Troca de Tráfego (PTT), que já estão presentes
em todas as regiões do país, consistem em uma infraestrutura Desenvolvimento
física que favorece o trânsito da informação trocada na Internet do NIC.br
entre provedores de acesso, redes acadêmicas, redes de governo,
de grandes empresas e de conteúdo e pode beneficiar a todos os
usuários. Você poderia nos dar uma visão geral sobre o que são e
como atuam os Pontos de Troca de Tráfego?
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/Panorama Setorial
nas para aquelas redes que a gente chama de Sistemas Autônomos. Essas
“Temos 26 redes são sistemas autônomos depois de passarem por todo um proce-
dimento e uma avaliação, feitos pelo Registro.br, que garantam que elas
localidades com tenham uma infraestrutura disponível e apta para servir aos seus clientes
infraestrutura e, também, aos demais integrantes do PTT, de forma que todos sejam de
fato beneficiados. Ao se enquadrar nessas regras, o provedor recebe uma
do IX.br em numeração que identifica a sua rede, tornando-o um Sistema Autônomo,
todo o Brasil. que, por sua vez, poderá conectar-se ao PTT.
tem pico de M.K_ Sim. E é importante lembrar que um Sistema Autônomo não são
1.4 Tbits/s. apenas redes de provedores de acesso. Podem ser, também, redes de
conteúdo, redes de banco, grandes empresas, universidades, governo, etc.
Enquanto no
agregado total P.S_ E que requisitos essas redes precisam ter para
se tornar um Sistema Autônomo?
chegamos
a 1.8 Tbits/s. M.K_ Elas precisam ter uma rede de um determinado tamanho, que é me-
dido pela quantidade de endereços IP, e estes são direcionados aos siste-
Em termos de mas finais que podem ser computadores, tablets, celulares, servidores etc.
número de Esse é o primeiro requisito. O próximo requisito é com relação à compra de
trânsito. O provedor precisa ter opções de rotas, ou seja, ser possível enca-
participantes, só minhar seu tráfego Internet por mais de um caminho. Para poder atender
em São Paulo, a esse requisito, precisa ser um sistema autônomo. Ao mesmo tempo, o
PTT, também, ajuda nesse quesito à medida que oferece vários caminhos
temos mais de distintos às redes de provedores que nele estão conectadas. Esses são os
950, mas cresce dois grandes requisitos, tamanho da rede e essa diversidade de caminhos
com a Internet.
toda semana.”
Milton Kashiwakura P.S_ O IX.br é o maior ponto de troca de tráfego no mundo em
termos de número de participantes. Como ele se coloca frente a
outras iniciativas nacionais e internacionais?
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Relatório de Domínios
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Relatório de Domínios
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Relatório de Domínios
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Relatório de Domínios
3.900.000
3.800.000
3.700.000
3.600.000
3.500.000
3.400.000
3.300.000
3.200.000
3.100.000
3.000.000
2012 2013 2014 2015 2016*
*Dado referente ao mês de agosto de 2016.
Fonte: Registro.br
1º .com 127.676.338
2º .net 15.744.540
3º .org 10.857.521
4º .info 5.534.376
5º .biz 2.266.741
Fonte: http://research.domaintools.com/statistics/tld-counts/
Acesso em: 23/08/2016
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/Tire suas dúvidas
Como funciona a
INTERNET?
Para o usuário, a Internet pode ser entendida telecomunicações. Ela é composta por diversos
como uma “teia” repleta dos mais diversos con- recursos computacionais, incluindo o IP, que é o
teúdos, que chega até o seu dispositivo por meio endereço numérico único atribuído a cada dispo-
de uma infraestrutura física. Há também uma sitivo, como computador, tablet, notebook, celular.
camada lógica que a distingue de outros meios O endereço IP permite que cada dispositivo único
de comunicação, separando-a do universo das se conecte à Internet.
Endereço IP público
A Internet é de fato uma rede das
redes, sem ela seria impossível Provedor de Transito/AS
que determinada rede se conec-
tasse às demais que compõem
a Internet. Seria preciso dezenas
de milhares de meios de conexão. Provedor de acesso/AS
Ainda assim, há caminhos entre
quaisquer duas redes que com-
põem a Internet e isso é possível
devido à forma como as redes se
interconectam. Todas as aplica-
ções e os serviços que a Internet Dessa forma, são estabelecidos os
oferece, como e-mail, redes so- caminhos possíveis entre quais-
ciais, websites, vídeos, estão em quer desses objetos na rede, ou,
uma dessas redes. Podemos, en- no nosso caso, na Internet. As re-
tão, imaginar a Internet como uma des podem desempenhar serviços
rede de objetos interconectados. específicos, como, por exemplo,
prover acesso a usuários externos.
São milhares de empresas inde- Com isso, instalam meios de co-
pendentes, provedores, servido- municação entre a residência ou
res, roteadores... Esse meio de escritório até seus centros de ope-
acesso físico é o que permite a ração, criando um “caminho” entre
conexão dos equipamentos dos os dispositivos e serviços disponí-
usuários aos demais serviços dis- veis na Internet.
poníveis na Internet.
Algumas redes que compõem a
Internet podem se tornar um sis-
tema autônomo, ou “Autonomous
Systems (AS)”, por possuírem
autonomia nas suas decisões de
alocação de endereços IP e nas
formas de se interconectar com
Camada Física os demais sistemas.
Camada Lógica
Créditos
REDAÇÃO AGRADECIMENTOS CREATIVE COMMONS
ARTIGO PRINCIPAL Milton Kashikawura (NIC.br) Atribuição
Luiza Affonso Ferreira Mesquita (Cetic.br) Ricardo Patara (Registro.br)
Uso Não Comercial
RELATÓRIO DE DOMÍNIOS Eduardo Parajo (Abranet)
Não a Obras Derivadas
José Márcio Martins Júnior (Cetic.br) (by-nc-nd)
COORDENAÇÃO EDITORIAL PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Alexandre Barbosa (Cetic.br) Comunicação NIC.br
Tatiana Jereissati (Cetic.br)
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POR UMA
INTERNET CADA
VEZ MELHOR
NO BRASIL
CGI.BR, MODELO DE GOVERNANÇA MULTISSETORIAL
www.cgi.br
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