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Projeto Regime Especial PARTE 1

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ESAMC

VANDERLEI EUFRASIO JUNIOR

Projeto de Regime Especial – Parte 1


Balanço de massa e energia

CAMPINAS – SP
2024
Módulo A: Conceitos de Processos na Indústria Química

O Módulo A proporciona uma introdução abrangente aos processos industriais na


indústria química, enfatizando as transformações físicas e químicas que ocorrem em
larga escala para converter matérias-primas em produtos com valor agregado. Esses
processos envolvem uma série de operações que vão desde a extração e preparação
de matérias-primas até a síntese de compostos mais complexos e a purificação de
produtos finais. As operações unitárias são os blocos fundamentais dessas
transformações e envolvem processos físicos, como transferência de massa (como
absorção e extração), transferência de calor (como evaporação e condensação), e
operações mecânicas (como trituração e filtração).

Por exemplo, a destilação fracionada é amplamente utilizada na indústria


petroquímica para separar componentes de uma mistura de hidrocarbonetos com
base em suas diferentes volatilidades. No refino de petróleo, essa operação unitária
permite a separação de gasolina, diesel, querosene e outros produtos, de acordo com
seus pontos de ebulição. Esse processo é governado pelas leis de equilíbrio
termodinâmico e requer o uso de colunas de destilação altamente sofisticadas, com
múltiplos pratos ou empacotamentos para aumentar a eficiência da separação.

Além disso, o uso de reatores químicos em grande escala é fundamental para a


realização de reações controladas, nas quais os reagentes são convertidos em
produtos. Os reatores são classificados de acordo com o seu modo de operação,
podendo ser reatores contínuos (como os reatores de tanque agitado contínuo, CSTR)
ou reatores em batelada, onde as reações ocorrem por um tempo determinado antes
de o produto ser retirado. Em reatores de leito fixo ou leito fluidizado, por exemplo,
gases ou líquidos passam através de um leito de partículas catalíticas para facilitar
reações químicas rápidas e eficientes, como ocorre na síntese de amônia no processo
Haber-Bosch. A cinética das reações químicas, bem como o comportamento
hidrodinâmico dos fluidos no interior dos reatores, são fatores críticos para o
desempenho e a eficiência dessas operações.

O conceito de fluxo de materiais também é essencial na operação da indústria química.


A massa e a energia fluem de maneira contínua ao longo de processos industriais, e
o balanceamento desses fluxos é crucial para otimizar o uso de recursos e minimizar
o desperdício. Um exemplo prático disso pode ser visto na produção de polietileno,
onde o etileno é polimerizado em grandes reatores, e o fluxo contínuo de gás e produto
acabado deve ser controlado de maneira precisa para garantir a qualidade do
polímero.

Além disso, a sustentabilidade e o impacto ambiental dos processos químicos são


hoje uma preocupação central. A indústria química está adotando novas tecnologias
para reduzir a pegada de carbono e minimizar a geração de resíduos perigosos.
Processos como a química verde, que visa o uso de solventes mais seguros, reações
menos tóxicas e energias renováveis, estão sendo incorporados. Por exemplo, a
substituição de solventes orgânicos por solventes à base de água ou supercríticos,
além da captura e sequestro de dióxido de carbono (CO₂ ) em processos industriais,
é uma estratégia usada para mitigar os efeitos ambientais.

Módulo B: Balanço de Massa sem Reações Químicas

No Módulo B, o estudo se concentra no balanço de massa em sistemas nos quais não


ocorrem reações químicas, sendo essencial para a modelagem e otimização de
processos físicos. O princípio básico que governa o balanço de massa é a lei da
conservação da massa, que afirma que a massa total de um sistema permanece
constante, a menos que haja entrada ou saída de matéria. Isso é expresso
matematicamente pela equação de balanço de massa, que relaciona a massa que
entra e sai de um sistema a qualquer acúmulo ou depleção que possa ocorrer.

Por exemplo, em um processo de filtração em uma fábrica de suco, a polpa e o líquido


são separados por uma membrana. A massa total do suco e da polpa antes da filtração
deve ser igual à soma da massa do suco filtrado e da massa de resíduos de polpa
após o processo. Neste caso, o sistema está em regime estacionário, o que significa
que as variáveis de processo, como as taxas de fluxo de entrada e saída, permanecem
constantes ao longo do tempo.

A distinção entre sistemas fechados e sistemas abertos também é explorada no


Módulo B. Em sistemas fechados, como um cilindro de gás lacrado, não há troca de
matéria com o ambiente, mas pode haver troca de energia. Já em sistemas abertos,
como um evaporador de múltiplos efeitos, ocorre tanto a entrada quanto a saída de
massa. Nesse caso, o balanço de massa deve levar em consideração não apenas a
quantidade de vapor gerada, mas também a condensação e a possível perda de
energia associada ao processo de evaporação.

Esse princípio também se aplica a processos industriais de larga escala, como o


tratamento de água. Em uma planta de tratamento, a quantidade de água que entra
no sistema para ser purificada deve, idealmente, ser igual à quantidade de água limpa
que sai após o tratamento, ajustando-se para pequenas perdas ou variações. Para
garantir a eficiência do processo, engenheiros químicos utilizam modelos matemáticos
e balanços de massa para otimizar a operação e garantir que todos os componentes,
como sólidos suspensos, são removidos de forma eficiente.

Módulo C: Balanço de Massa com Reações Químicas

O Módulo C expande o conceito de balanço de massa ao incluir processos em que


ocorrem reações químicas. Nesse contexto, além de contabilizar a quantidade de
matéria que entra e sai de um sistema, é necessário considerar as mudanças que
ocorrem devido à conversão de reagentes em produtos. A estequiometria de uma
reação química fornece as proporções em que os reagentes se combinam para formar
os produtos, sendo crucial para a determinação dos balanços de massa.

Por exemplo, em uma reação de combustão completa do metano (CH₄ ) com oxigênio
(O₂ ), o metano reage estequiometricamente com o oxigênio para formar dióxido de
carbono (CO₂ ) e água (H₂ O). Se essa reação for realizada em um sistema fechado,
a quantidade de metano que entra no reator deve ser igual à quantidade de produtos
gerados, levando em conta a proporção estequiométrica e as condições do processo,
como a pressão e a temperatura. A equação química balanceada (CH₄ + 2 O₂ →
CO₂ + 2 H₂ O) permite prever quanto de cada produto será formado.

O conceito de rendimento de reação também é introduzido no Módulo C. Em muitos


processos industriais, as reações químicas não atingem 100% de conversão,
resultando em uma mistura de reagentes não reagidos e produtos. Por exemplo, na
produção de ácido sulfúrico (H₂ SO₄ ) pelo processo de contato, o dióxido de enxofre
(SO₂ ) reage com oxigênio para formar trióxido de enxofre (SO₃ ), que é então
convertido em ácido sulfúrico. No entanto, a conversão não é completa, e parte do
SO₂ permanece inalterado, exigindo reciclagem dentro do processo. O rendimento
da reação deve ser levado em consideração para calcular com precisão os fluxos de
entrada e saída de materiais no sistema.

Além disso, o módulo discute reações consecutivas e paralelas, que são comuns em
processos químicos complexos. Na produção de produtos petroquímicos, como o
etileno a partir do craqueamento de nafta, ocorrem várias reações paralelas que
resultam em uma mistura de hidrocarbonetos leves, incluindo etileno, propileno e
subprodutos indesejados como metano e etano. Os engenheiros químicos precisam
controlar cuidadosamente as condições de reação para maximizar a produção do
produto desejado e minimizar a formação de subprodutos.

Módulo D e E: Balanço de Energia em Sistemas Fechados E Abertos

O Módulo D inicia falando dos balanços de energia em sistemas fechados, onde a


troca de massa com o ambiente é inexistente, mas há troca de energia na forma de
calor e trabalho. A primeira lei da termodinâmica, ou lei da conservação da energia,
afirma que a energia interna de um sistema fechado pode variar apenas se houver
trocas de calor ou trabalho com o ambiente. Isso é descrito pela equação ΔU = Q - W,
onde ΔU é a variação de energia interna, Q é o calor transferido para o sistema, e W
é o trabalho realizado pelo sistema.

Um exemplo típico de um sistema fechado é o aquecimento de um gás em um cilindro


fechado com um êmbolo móvel. Se o cilindro for aquecido, o gás se expande e exerce
uma pressão sobre o êmbolo, realizando trabalho. A quantidade de energia interna
que o gás ganha depende da quantidade de calor fornecido ao sistema e do trabalho
realizado pelo gás durante a expansão. Em processos isotérmicos, o sistema mantém
a temperatura constante, enquanto em processos adiabáticos, não há troca de calor
com o ambiente. Um exemplo prático disso é um compressor de ar, onde o ar é
comprimido.
Posteriormente foi falado sobre o balanço de energia para sistemas abertos, ou seja,
aqueles onde há fluxo de massa e energia entrando e saindo do sistema. Nesse tipo
de sistema, além do calor e do trabalho, é preciso considerar a energia associada ao
fluxo de massa. A entalpia é uma das grandezas mais importantes nesse contexto,
pois combina a energia interna de uma substância com o efeito da pressão e do
volume.

Um exemplo clássico de balanço de energia em sistemas abertos é o trocador de calor.


Imagine uma usina de energia onde água quente passa por um trocador de calor,
cedendo sua energia para o ar frio. Nesse processo, a água sai mais fria, enquanto o
ar sai mais quente. O balanço de energia permite calcular quanto de energia foi
transferido do fluido quente para o frio e quais serão as temperaturas de saída.

Outro exemplo pode ser observado em uma turbina a gás. O ar comprimido entra na
turbina, onde é misturado com combustível e queimado, liberando uma grande
quantidade de energia. Essa energia é utilizada para girar a turbina, e parte dela é
convertida em trabalho útil, como na geração de eletricidade. O balanço de energia
nesse sistema deve levar em conta tanto o trabalho mecânico quanto a variação de
energia das massas de ar e gás que entram e saem da turbina.

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