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PSICANÁLISE - 1° e 2° BIM. (Estudar)

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PSICANÁLISE – SIGMUND FREUD; PROVA 04/06

Teoria científica da psicanálise; INCONSCIENTE; alterou o modo de pensar da vida psíquica;


teoria, método de investigação e prática profissional.

Psicanálise:

- Enquanto teoria caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o


funcionamento da vida psíquica. Freud formulou leis gerais sobre o funcionamento da psique
humana, a partir de suas experiências.

- Enquanto método de investigação caracteriza-se pelo método interpretativo, que busca o


significado oculto daquilo que é manifesto por meio de ações e palavras ou produções
imaginárias (sonhos, delírios, associações livres, atos falhos).

- A prática profissional refere-se a forma de tratamento - a análise - que busca o


autoconhecimento ou a cura que ocorre através desse autoconhecimento; Utilizada também
como instrumento importante para análise e compreensão de fenômenos sociais relevantes.

PACIENTE ANA O.

”Nesse sentido, o caso de uma paciente de Breuer foi significativo. Ana O. apresentava um
conjunto de sintomas que a fazia sofrer: paralisia com contratura muscular, inibições e
dificuldades de pensamento. Esses sintomas tiveram origem na época em que ela cuidara do
pai enfermo. No período em que cumprira essa tarefa, ela havia tido pensamentos e afetos
que se referiam a um desejo de que o pai morresse. Estas ideias e sentimentos foram
reprimidos e substituídos pelos sintomas. #Os pensamentos foram para o inconsciente, e
estes afloraram, apareceram, foram externalizados em forma de sintomas

Em seu estado de vigília, Ana O. não era capaz de indicar a origem de seus sintomas, mas, sob
o efeito da hipnose, relatava a origem de cada um deles, que estavam ligados a vivências
anteriores da paciente, relacionadas com o episódio da doença do pai. Com a rememoração
destas cenas e vivências, os sintomas desapareciam. Este desaparecimento não ocorria de
forma ‘mágica’, mas devido à liberação das reações emotivas associadas ao evento traumático
— a doença do pai, o desejo inconsciente da morte do pai enfermo.”

#Breuer denominou método catártico o tratamento que possibilita a liberação de afetos e


emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião da
vivência desagradável ou dolorosa. Esta liberação de afetos leva à eliminação dos sintomas.

DESCOBERTA DO INCONSCIENTE:

O esquecido era sempre algo penoso para o indivíduo, é exatamente por isso que é esquecido.
O penoso pode ser algo bom que se perdera ou intensamente desejado.

Repressão: processo psíquico que visa encobrir, fazer desaparecer da consciência algo
insuportável e doloroso de ser lembrado que está na origem do sintoma.

Resistência: Forças que impediam que esse conteúdo se tornasse consciente, por vergonha,
por exemplo.

1° TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO; DA PSICANÁLISE:


INCONSCIENTE: Sistema com leis próprias de funcionamento, conteúdos reprimidos não
acessíveis pela consciência ou pré-consciente. Podem ter sido conscientes e reprimidos ao
inconsciente ou genuinamente inconscientes.

PRÉ-CONSCIENTE: Conteúdos acessíveis a consciência. Não estão lá mas podem voltar.

CONSCIENTE: Sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo informações do


mundo exterior e mundo interior; fenômenos da percepção, atenção, raciocínio.

SEXUALIDADE INFANTIL:

- A maioria de pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual,


localizados nos primeiros anos de vida dos indivíduos, isto é, que na vida infantil estavam as
experiências de caráter traumático, reprimidas, que se configuravam como origem dos
sintomas atuais, e confirmava-se, desta forma, que as ocorrências deste período da vida
deixam marcas profundas na estruturação da pessoa.

- As descobertas colocam a sexualidade no centro da vida psíquica, e é postulada a existência


da sexualidade infantil.

- No processo de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo, nos primeiros tempos de vida,


tem a função sexual ligada à sobrevivência, e, portanto, o prazer é encontrado no próprio
corpo.

- Há um desenvolvimento progressivo que levou Freud a postular as fases do desenvolvimento


sexual em:

fase oral (a zona de erotização é a boca); pulsão pela boca, amamentação, por exemplo;

fase anal (a zona de erotização é o ânus); liberar e reter fezes; esfíncteres e bexiga;

fase fálica (a zona de erotização é o órgão sexual); ereção, tensão, ciúmes com os pais;

Em seguida vem um período de latência, que se prolonga até a puberdade e se caracteriza por
uma diminuição das atividades sexuais, isto é, há um “intervalo” na evolução da sexualidade
(vergonha e repulsa, meninas dizendo que não querem namorar nunca, por exemplo);

E, finalmente, na puberdade é atingida a última fase, isto é, a fase genital, quando o objeto de
erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas era um objeto externo ao
indivíduo — o outro.

COMPLEXO DE ÉDIPO:

Desses eventos, destaca-se o Complexo de Édipo, pois é em torno dele que ocorre a
estruturação da personalidade do indivíduo. Acontece entre 3 e 5 anos, durante a fase fálica.
No complexo de Édipo, a mãe é o objeto de desejo do menino, e o pai é o rival que impede seu
acesso ao objeto desejado. Ele procura então ser o pai para “ter” a mãe, escolhendo-o como
modelo de comportamento, passando a internalizar as regras e as normas sociais
representadas e impostas pela autoridade paterna. Posteriormente, por medo da perda do
amor do pai, “desiste” da mãe, isto é, a mãe é “trocada” [pg. 75] pela riqueza do mundo social
e cultural, e o garoto pode, então, participar do mundo social, pois tem suas regras básicas
internalizadas através da identificação com o pai. Este processo também ocorre com as
meninas, sendo invertidas as figuras de desejo e de identificação.
Exemplos dessa fase: meninas usando os sapatos e as roupas da mãe, mesmo com “raiva”
dela, meninos desenhando barba no rosto para parecer o pai, usando as roupas também, as
crianças dizendo que querem casar com o adulto que é objeto de investimento dele, etc.

PULSÃO: estado de tensão que busca através de um objeto suprimir este estado, aliviar essa
tensão. Temos a Pulsão de Vida, Eros, que são as pulsões sexuais (também na sexualidade
infantil) e de autopreservação; e a Pulsão de morte, Tanatos, pode ser externalizada a outros
indivíduos, sendo agressiva e perigosa socialmente ou pode ser voltada a si mesmo e ser
autodestrutiva.

2° TEORIA DA PSOCANÁLISE: EGO, SUPEREGO E ID:

ID: constitui o reservatório da energia psíquica, é onde se “localizam” as pulsões: a de vida e a


de morte. As características atribuídas ao sistema inconsciente, na primeira teoria, são, nesta
teoria, atribuídas ao id. É regido pelo princípio do prazer.

EGO: é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da


realidade e as “ordens” do superego. Procura “dar conta” dos interesses da pessoa. É regido
pelo princípio da realidade, que, com o princípio do prazer, rege o funcionamento psíquico.

SUPEREGO: origina-se com o complexo de Édipo, a partir da internalização das proibições, dos
limites e da autoridade. O conteúdo do superego refere-se a exigências sociais e culturais.
#sentimento de culpa e consciência, origina-se do medo da “perda do amor” do complexo de
Édipo e de punição; moral e ideais são funções do superego; consciência do que é certo e
errado

O indivíduo sente-se culpado por alguma coisa errada que fez ou que não fez e desejou ter
feito, alguma coisa considerada má pelo ego mas não, necessariamente, perigosa ou
prejudicial; pode, pelo contrário, ter sido muito desejada

MECANISMOS DE DEFESA: Operação pelo qual o ego exclui da consciência os conteúdos


indesejados, protegendo o aparelho psíquico; medida que ele decide utilizar para apaga-los.

- Formação reativa: o ego procura afastar o desejo que vai em determinada direção, e, para
isto, o indivíduo adota uma atitude oposta a este desejo; Aquilo que aparece (a atitude) visa
esconder do próprio indivíduo suas verdadeiras motivações (o desejo), para preservá-lo de
uma descoberta acerca de si mesmo que poderia ser bastante dolorosa.

- Regressão: O indivíduo retorna a etapas anteriores de seu desenvolvimento, passagem de


modos de expressão mais primitivos

Ex: comer compulsivamente -> fase oral do desenvolvimento sexual afetada

- Projeção: O indivíduo localiza (projeta) algo de si no mundo externo e não percebe aquilo que
foi projetado como algo seu que considera indesejável; Por exemplo, um indivíduo que julga
seus colegas de classe por serem competitivos e não percebe que ele mesmo é competitivo, as
vezes até mais que os colegas.

- Racionalização: o indivíduo constrói uma argumentação intelectualmente convincente e


aceitável que justifica os estados “deformados” da consciência; Uma defesa para justificar as
outras; ex: o pudor excessivo (formação reativa), justificado com argumentos morais.

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