FORMAÇÃO DE
INSTRUTORES
DIREÇÃO DEFENSIVA, PRATICA DE DIREÇÃO
VEÍCULAR E ESTÁGIO SUPERVISIONADO
LUCAS BAVARESCO
SOBRE O
PROFESSOR
Instrutor, examinador, diretor de ensino e
geral de CFC, professor, pedagogo, pós-
graduado em liderança coaching e gestão de
pessoas, empreendedor.
Escritor do Livro Serei Instrutor, e agora? é
cheio de ideias e apaixonado por ensinar e
aprender.
Criador do método Plano Ideal de Aula (PIA)
que é o resultado mais poderoso e eficiente
já testado nesses 24 anos de experiência
dentro do Centro de Formação de
Condutores.
Atuo como docente na formação dos novos
instrutores de trânsito do Rio Grande do Sul,
nas disciplinas de Direção Defensiva, Prática
de Direção Veicular e Prática de Ensino
Supervisionado.
site: lucasbavaresco
SOBRE O
PROFESSOR
Atuo como docente na formação de novos
diretores de ensino para CFC do Rio Grande
do Sul, na disciplina de Gestão de Pessoas.
Sou criativo e atento as necessidades dos
educandos para um despertar contínuo na
educação, ajudando a transformar cada
condutor em um multiplicador consciente de
um trânsito mais seguro e saudável através
da mudança de comportamento.
Aplico a metodologia ativa para envolver os
discentes dentro do ambiente de
aprendizagem, tornando um espaço
acolhedor e seguro para crescimento pessoal
e profissional.
site: lucasbavaresco
Instrutor que cansa nas 5 primeiras aulas,
descansa nas últimas 15 aulas.
Lucas Bavaresco
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05
INDICE
INTRODUÇÃO................................................. 06
CONDUÇÃO SEGURA (DD) ........................... 08
DD - Conceito de acidente e sinistro ......... 11
DD - Elementos da condução segura ......... 18
DD - Conduzindo em condições adversas . 22
DD - Conduzindo em situações de risco .... 35
DD - Como evitar acidentes (sinistros) ...... 57
PRÁTICA DE DIREÇÃO VEÍCULAR (PDV) ..... 88
PDV - Planejamento ..................................... 90
PDV - Comunicação ...................................... 97
PDV - Dinâmica da Comunicação no Ensino
de Trânsito ................................................... 101
PDV - Visão de Líder ................................... 112
PDV - Construção base da 1ª, 2ª e 3ª aula
prática categoria B ..................................... 119
PDV - Itens obrigatórios para o Plano de
Aula ............................................................... 142
ESTÁGIO SUPERVISIONADO (ES) ............... 144
ES - Composição do estágio supervisionado
obrigatório ................................................... 146
ES - Como construir o relatório ............... 147
ANEXOS ........................................................ 150
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06
INTRODUÇÃO
Com este Material Pedagógico, damos início
a uma jornada que visa enriquecer o
processo de formação dos instrutores de
trânsito, reconhecendo a importância vital
que esses profissionais têm na educação
para o trânsito em nossas comunidades. Este
material surge não apenas como um guia,
mas como um convite à reflexão sobre o
papel fundamental do instrutor no
desenvolvimento de condutores conscientes
e responsáveis.
Abordaremos as matérias de Direção
Defensiva, Prática de Direção Veicular e
Prática de Ensino Supervisionado,
entendendo que cada uma desempenha um
papel crucial nessa formação.
Entendemos que a educação para o trânsito
transcende o mero repasse de informações
técnicas; é um processo contínuo de
construção de conhecimento e valores
essenciais para a convivência harmoniosa na
sociedade. Assim, fundamentamos nossa
abordagem pedagógica em princípios como
empatia, respeito pela vida, equidade e coo-
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07
peração, reconhecendo que cada aula é uma
oportunidade de transformação e
crescimento mútuo.
Ao longo deste material, exploraremos
estratégias para uma prática pedagógica que
seja significativa e contextualizada, partindo
das experiências e conhecimentos prévios
dos alunos. Nosso objetivo é capacitar os
instrutores a serem agentes de mudança,
conscientes de seu papel na construção de
cidadãos responsáveis e comprometidos com
a segurança viária e o bem-estar coletivo.
Nossa visão vai além da transmissão de
habilidades técnicas; almejamos formar
condutores que compreendam seu papel
como corresponsáveis na construção de
cidades mais seguras e sustentáveis. Para
isso, é essencial que o processo de ensino e
aprendizagem seja contínuo, dinâmico e
conectado à realidade vivenciada pelos
alunos.
Convidamos cada instrutor a embarcar nessa
jornada de aprendizado e reflexão, cientes
de que seu trabalho desempenha um papel
crucial na transformação positiva de nossa
sociedade. Unidos pelo compromisso com a
vida e com a educação, estamos prontos para
o motorista do amanhã.
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08
CONDUÇÃO
SEGURA (DIREÇÃO DEFENSIVA)
Antes de avançarmos para o próximo tópico,
é importante esclarecer uma distinção que,
embora pareça uma simples mudança de
terminologia, traz consigo uma alteração
fundamental de princípios.
O termo "direção defensiva" pode sugerir a
ideia de que o condutor precisa se proteger
de riscos causados por terceiros. No entanto,
neste material, optamos por utilizar o termo
"condução segura", que enfatiza a
responsabilidade individual de cada condutor
em sua forma de conduzir.
CONDUÇÃO SEGURA
REFERE-SE À ANÁLISE E APLICAÇÃO, POR
PARTE DO CONDUTOR, DAS MELHORES
TÉCNICAS DE CONDUÇÃO DE VEÍCULOS
AUTOMOTORES, VISANDO EVITAR
ACIDENTES E PRESERVAR A VIDA, A SAÚDE E
O MEIO AMBIENTE.
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09
Na busca por uma nova dinâmica no trânsito,
a qualificação na formação do condutor
desempenha um papel crucial. Conduzir um
veículo não é apenas uma atividade
individual, mas uma responsabilidade que
afeta a segurança de todos os usuários das
vias.
O trânsito é um ambiente multifacetado,
onde o comportamento humano desempenha
um papel determinante para a segurança. É
essencial que o condutor reconheça os riscos
envolvidos na condução, adotando posturas
responsáveis e defensivas para prevenir
acidentes e promover um tráfego mais
seguro. Quanto mais condutores adotarem
comportamentos seguros, maiores serão as
chances de reduzir a sinistralidade nas vias.
De acordo com o DENATRAN (2005, p. 12),
"condução segura é a melhor abordagem no
trânsito, pois ajuda a preservar a vida, a
saúde e o meio ambiente". Conduzir de forma
segura implica em antecipar situações de
perigo, prevendo possíveis consequências
para os ocupantes do veículo e para outros
usuários da via, e adotando comportamentos
que minimizem esses riscos.
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10
O módulo de Direção Defensiva visa prevenir
comportamentos que possam resultar em
situações de risco no trânsito. Ao estudar
essa disciplina, busca-se promover a reflexão
sobre o controle emocional, a prevenção de
comportamentos de risco e o
desenvolvimento de valores como
solidariedade, respeito e empatia.
Temas como condução em condições
adversas são abordados neste módulo, com
uma ênfase na compreensão dos motivos por
trás das práticas seguras. O objetivo é ir além
das instruções básicas de direção,
contextualizando os conteúdos com situações
do cotidiano e da realidade local.
INSTRUTORES
AO CONDUZIR INTERVENÇÕES QUE
FOMENTEM A TROCA DE IDEIAS ENTRE OS
ALUNOS, É POSSÍVEL PROMOVER UMA
REFLEXÃO PROFUNDA SOBRE OS BENEFÍCIOS
ADVINDOS DA PRÁTICA DE UMA CONDUÇÃO
MAIS SEGURA. SUGERE-SE A PROPOSIÇÃO DE
QUESTÕES INSTIGANTES, TAIS COMO: QUAIS
OS GRUPOS MAIS AFETADOS PELOS
PROBLEMAS DO TRÂNSITO? QUAIS
SEGMENTOS DA POPULAÇÃO ESTÃO MAIS
SUSCETÍVEIS A ESSES PROBLEMAS?
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11
COMO AS PESSOAS SE SENTEM DIANTE
DESSAS SITUAÇÕES? DE QUE FORMA REAGEM
AOS CONFLITOS DE INTERESSE NO TRÁFEGO
URBANO? E, POR FIM, DE QUE MANEIRA
PODEMOS NOS PROTEGER ENQUANTO
CONDUTORES E CIDADÃOS CONSCIENTES?
ESSAS REFLEXÕES NÃO APENAS AMPLIAM O
ENTENDIMENTO DOS ALUNOS SOBRE A
IMPORTÂNCIA DA DIREÇÃO DEFENSIVA, MAS
TAMBÉM INCENTIVAM A INTERNALIZAÇÃO
DESSES PRINCÍPIOS NO SEU
COMPORTAMENTO COTIDIANO NO
TRÂNSITO.
Conceito de acidente e sinistro:
ACIDENTE
Vejamos seu significado de acordo com um
dicionário da língua portuguesa (Michaelis,
2021):
1. O que casual, fortuito, imprevisto.
2. Acontecimento infausto, que envolve dano,
estrago, sofrimento ou morte; desgraça,
desastre. [...]
Por acidente, Filos: que resulta ou depende
das circunstâncias, não de fatos ou
necessidades inerentes ao ser.
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Estudos nesta área levantam
questionamentos sobre o uso do termo
"acidente" pelos brasileiros. Se consultarmos
o dicionário Michaelis (2021) para entender o
significado da palavra "acidente",
encontramos uma relação com imprevistos.
Nesse contexto, a Companhia de Engenharia
de Tráfego de São Paulo - CET-SP (1994,
citada por CHAGAS, 2011) argumenta que os
acidentes de trânsito tendem a ser
imprevisíveis quanto ao momento e local em
que ocorrem. Além disso, cada acidente
acontece em uma sequência de eventos
encadeados.
SINISTRO
Com o objetivo de estabelecer uma
terminologia mais apropriada para descrever
eventos no tráfego, a Associação Brasileira
de Normas Técnicas - ABNT publicou a NBR
10697/2020, substituindo a palavra
"acidente" pela expressão "sinistro".
Essa terminologia deve ser utilizada na
preparação e condução de pesquisas
relacionadas a sinistros de trânsito, bem
como na elaboração de relatórios
estatísticos.
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A norma define sinistro de trânsito como
"todo evento que resulte em dano ao veículo
ou à sua carga e/ou em lesões a pessoas e/ou
animais, e que possa trazer dano material ou
prejuízos ao trânsito, à via ou ao meio
ambiente, em que pelo menos uma das partes
está em movimento nas vias terrestres ou
aéreas abertas ao público", cancelando a NBR
10697/2018, que referia acidentes de
trânsito como eventos não premeditados.
Nessa perspectiva, a NBR 10697/2020
requalifica a norma, substituindo a expressão
"acidente de trânsito" pelo termo "sinistro de
trânsito" e eliminando o entendimento de
sinistro não premeditado. Essa mudança é
vista pela Associação Brasileira de Medicina
do Tráfego - ABRAMET (2021) como uma
vitória importante para as ações e políticas
voltadas à preservação da vida no trânsito.
Refletindo sobre o que se entende por
sinistro de trânsito, passamos à discussão
sobre o que leva a sua ocorrência. Utilizando
como fonte a UFRGS - LASTRAN ([2015]),
observa-se que a ocorrência do sinistro está
relacionada ao momento em que duas
características essenciais se encontram
simultaneamente: o desempenho do
motorista e as exigências do sistema -
condições viárias, climáticas, veiculares, de
outros usuários e de tráfego.
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Se um sistema de trânsito apresenta alto
nível de exigência e o condutor tem baixo
desempenho, ocorrerá o sinistro, conforme
ilustrado no gráfico a seguir.
Por exemplo, um condutor dirigindo em
condições de baixa luminosidade e neblina,
em um trajeto com curvas, começa a ficar
sonolento. Ao iniciar uma curva acentuada,
não consegue realizar a manobra
adequadamente, ocasionando o sinistro.
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15
Em outra situação, o desempenho do
motorista está tão baixo que mesmo a
exigência do sistema não sendo alta, poderá
haver o encontro dessas variáveis e ocorrerá
o sinistro.
Por exemplo, uma pessoa ingeriu bebida
alcoólica e está dirigindo com boa
visibilidade, em uma via sem curvas, bem
sinalizada e pouco movimentada, porém,
como estava com sua capacidade física e
mental alterada, acaba perdendo o controle
do veículo e colide em um poste.
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Toda essa conceituação pode ser utilizada
pelo instrutor e pela instrutora para
introduzir o assunto da condução segura. É
fundamental auxiliar o aluno na construção,
desde a formação teórica, da dimensão da
responsabilidade que é conduzir um veículo e
dos riscos que essa escolha impõe, bem como
da necessidade de adotar atitudes seguras.
No trânsito, não há um momento em que o
condutor de veículo automotor possa
considerar-se completamente seguro, o que
exige constantemente o melhor desempenho
possível para responder adequadamente às
exigências do sistema, evitando a ocorrência
de um sinistro.
INSTRUTORES
DURANTE O PROCESSO DE HABILITAÇÃO,
ESTE TEMA PODE SER APRESENTADO AOS
ALUNOS POR MEIO DE UMA PROVOCAÇÃO.
POR EXEMPLO, QUESTIONANDO O
SIGNIFICADO DA PALAVRA "DEFENSIVO". O
QUE SIGNIFICA SER DEFENSIVO? EM NOSSA
LÍNGUA, "DEFENDER" ESTÁ ASSOCIADO À
PROTEÇÃO. PORTANTO,
PODEMOS RELACIONAR A DIREÇÃO
DEFENSIVA À CONDUÇÃO DO VEÍCULO DE
MODO A NOS PROTEGERMOS DE POSSÍVEIS
AMEAÇAS E RISCOS QUE O TRÂNSITO
OFERECE.
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Toda essa conceituação pode ser utilizada
pelo instrutor e pela instrutora para
introduzir o assunto da condução segura. É
fundamental auxiliar o aluno na construção,
desde a formação teórica, da dimensão da
responsabilidade que é conduzir um veículo e
dos riscos que essa escolha impõe, bem como
da necessidade de adotar atitudes seguras.
No trânsito, não há um momento em que o
condutor de veículo automotor possa
considerar-se completamente seguro, o que
exige constantemente o melhor desempenho
possível para responder adequadamente às
exigências do sistema, evitando a ocorrência
de um sinistro.
INSTRUTORES
DURANTE O PROCESSO DE HABILITAÇÃO,
ESTE TEMA PODE SER APRESENTADO AOS
ALUNOS POR MEIO DE UMA PROVOCAÇÃO.
POR EXEMPLO, QUESTIONANDO O
SIGNIFICADO DA PALAVRA "DEFENSIVO". O
QUE SIGNIFICA SER DEFENSIVO? EM NOSSA
LÍNGUA, "DEFENDER" ESTÁ ASSOCIADO À
PROTEÇÃO. PORTANTO, PODEMOS
RELACIONAR A DIREÇÃO DEFENSIVA À
CONDUÇÃO DO VEÍCULO DE MODO A NOS
PROTEGERMOS DE POSSÍVEIS AMEAÇAS E
RISCOS QUE O TRÂNSITO OFERECE.
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Elementos da condução segura:
Este tópico é fundamental para a formação
de condutores conscientes, pois aborda os
elementos essenciais para uma condução
segura. Para praticar a condução segura, é
necessário compreender e aplicar diferentes
elementos, que vão além do conhecimento
das leis de trânsito. Estes elementos incluem
conhecimento, atenção, previsão, ação
(decisão) e habilidade, cada um
desempenhando um papel crucial na direção
segura.
O conhecimento engloba as informações
necessárias para uma condução responsável,
adaptando-se conforme o tipo de veículo
conduzido. Por exemplo, motoristas de
veículos que transportam cargas perigosas
necessitam de um conhecimento mais
aprofundado em comparação com os
motoristas de veículos comuns. No entanto, é
importante ressaltar que motoristas recém-
habilitados, apesar da falta de experiência
prática, geralmente estão mais conscientes
no trânsito, pois retêm o conhecimento
adquirido durante o processo de habilitação.
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A atenção é outra capacidade vital,
envolvendo o processamento seletivo de
informações provenientes dos sentidos e da
memória. Os condutores devem ser capazes
de selecionar e focar em estímulos
relevantes do ambiente, evitando distrações
que possam comprometer a segurança. A
atenção concentrada é essencial para lidar
com estímulos específicos, enquanto a
atenção difusa permite uma percepção ampla
do ambiente ao redor.
É importante destacar aos candidatos que
dirigir com distrações pode ser
extremamente perigoso. Por exemplo,
responder a mensagens enquanto dirige pode
desviar a atenção do condutor do ambiente
rodoviário, aumentando significativamente o
risco de acidentes. Portanto, é crucial
enfatizar a importância de manter a atenção
concentrada na condução do veículo,
minimizando distrações externas que possam
comprometer a segurança.
O trânsito é um ambiente dinâmico, no qual
as situações podem surgir e mudar
rapidamente, exigindo do condutor uma
constante atenção e capacidade de resposta.
Desde uma criança se aproximando da via até
um condutor mudando de pista sem sinalizar,
são inúmeras as variáveis que podem
representar riscos e exigem uma condução
segura.
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Ao apresentar os elementos da condução
segura, o instrutor pode destacar os
benefícios dessa abordagem para o trânsito,
especialmente no que diz respeito à
prevenção de acidentes. A prevenção pode
ser imediata, como reduzir a velocidade ao
avistar um pedestre se aproximando da via,
ou mediata, envolvendo ações planejadas,
como revisões e abastecimento do veículo.
A ação ou decisão do condutor é crucial e
envolve escolher a resposta mais adequada
diante de imprevistos, considerando seus
conhecimentos, atenção e previsão. Já a
habilidade está relacionada ao
reconhecimento das limitações pessoais,
influenciadas pelo conhecimento das normas
de trânsito, e requer evitar automatismos
incorretos, como não usar o cinto de
segurança.
É importante ressaltar que esses elementos
da condução segura não operam
isoladamente, mas são interdependentes. A
ausência de qualquer um deles pode
comprometer a segurança no trânsito. Além
disso, é essencial abordar as atitudes que
contribuem para a ocorrência de sinistros,
como imprudência, negligência e imperícia.
A imprudência envolve a exposição a riscos
desnecessários, como ultrapassar o sinal
vermelho.
site: lucasbavaresco
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A imprudência envolve a exposição a riscos
desnecessários, como ultrapassar o sinal
vermelho. Já a negligência refere-se ao
descaso em relação à segurança, como
transportar um bebê sem o dispositivo de
retenção adequado.
Por fim, a imperícia ocorre quando há falta
de habilidade para realizar determinada
tarefa, como dirigir em uma rodovia sem
prática.
Dessa forma, compreender esses elementos e
atitudes é fundamental para uma condução
segura e responsável, especialmente diante
das diversas condições adversas que o
trânsito pode apresentar.
INSTRUTORES
É INEGÁVEL QUE OS SERES HUMANOS
COMETEM ERROS, E NO TRÂNSITO, ESSES
ERROS PODEM TER CONSEQUÊNCIAS FATAIS.
POR ISSO, É FUNDAMENTAL PROMOVER UMA
CONDUÇÃO SEGURA, VISANDO REDUZIR AS
CHANCES DE EQUÍVOCOS CAUSADOS POR
IMPRUDÊNCIA, IMPERÍCIA OU NEGLIGÊNCIA.
DURANTE A CONDUÇÃO, É ESSENCIAL QUE
TODA A ATENÇÃO ESTEJA FOCADA NAS
AÇÕES E NOS CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA
GARANTIR A SEGURANÇA.
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INCENTIVE A REFLEXÃO E O DEBATE SOBRE
ESSE TEMA COM OS ALUNOS, DESTACANDO
A IMPORTÂNCIA DE RECONHECER OS
PRÓPRIOS LIMITES E A RESPONSABILIDADE
QUE CADA UM TEM AO ASSUMIR O VOLANTE.
Conduzindo em condições adversas:
As condições adversas no trânsito podem
surgir inesperadamente e exigir do condutor
uma resposta rápida e eficaz. Portanto, é
essencial que os condutores estejam
preparados para lidar com essas situações,
mantendo-se atentos e adotando uma postura
defensiva ao volante.
Ao enfrentar condições climáticas
desfavoráveis, como chuva intensa ou
neblina, por exemplo, os condutores devem
reduzir a velocidade, aumentar a distância de
segurança em relação ao veículo da frente e
manter os faróis acesos, garantindo uma
melhor visibilidade para si e para os outros
usuários da via.
Da mesma forma, ao se deparar com
condições adversas da via, como buracos ou
sinalização deficiente, os condutores devem
agir com cautela, evitando manobras bruscas
e mantendo uma condução mais suave e
controlada.
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23
Condições Ambientais:
Em situações de condições ambientais
adversas, os condutores precisam estar
especialmente atentos e adotar medidas para
garantir sua segurança e a dos demais
usuários da via. Condições como chuva
intensa, granizo, neblina, entre outras,
podem comprometer significativamente a
visibilidade e a estabilidade dos veículos.
Diante dessas adversidades, é fundamental
que os condutores reduzam a velocidade e
aumentem a distância de segurança em
relação aos demais veículos, garantindo
assim uma resposta mais eficaz em caso de
necessidade de frenagem ou manobra brusca.
Além disso, manter os faróis acesos, mesmo
durante o dia, pode ajudar a melhorar a
visibilidade e tornar o veículo mais visível
para os demais condutores.
Outro ponto importante é estar atento às
condições da via, evitando áreas alagadas ou
com acúmulo de água, que podem causar
aquaplanagem e comprometer a estabilidade
do veículo. Em caso de neblina, utilizar os
faróis baixos e os faróis de neblina, se
disponíveis, pode ajudar a melhorar a
visibilidade e evitar colisões.
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24
Além disso, é fundamental que os condutores
estejam preparados para lidar com situações
de emergência, como quedas de árvores,
deslizamentos de terra ou incêndios, que
podem ocorrer em condições climáticas
adversas. Ter um kit de emergência no
veículo, com itens como lanterna, cobertor,
água e alimentos não perecíveis, pode ser
útil em caso de necessidade de espera por
socorro.
Em resumo, estar preparado e adotar uma
postura cautelosa e defensiva diante de
condições ambientais adversas é essencial
para garantir a segurança no trânsito e evitar
acidentes. A atenção constante, o respeito às
normas de trânsito e a prudência ao volante
são fundamentais para preservar vidas e
evitar danos materiais.
A seguir, apresentamos atitudes necessárias
para uma condução segura a serem
abordadas com os alunos:
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26
Condições da via de trânsito:
Condições adversas na via pública podem
surgir quando elementos da infraestrutura ou
características específicas das vias dificultam
a condução segura do veículo. Esses fatores
incluem curvas acentuadas, desvios,
inclinações íngremes para cima ou para
baixo, pavimentação danificada (buracos,
irregularidades, lombadas, fissuras),
sinalização deficiente ou inadequada, má
concepção ou construção da infraestrutura
viária, vegetação obstruindo a visibilidade ou
as placas de sinalização, falta de
acostamento, trechos escorregadios e
pistas/faixas estreitas.
Essas condições apresentam uma série de
riscos que precisam ser minimizados por
meio de ações preventivas por parte do
condutor. O planejamento da rota é uma
estratégia que pode ajudar o motorista a se
preparar com antecedência para o percurso
que irá percorrer, permitindo-lhe estar ciente
das medidas que precisará tomar diante das
condições encontradas. Quando o
planejamento prévio não é viável ou o
condutor não está familiarizado com o
trajeto, é crucial aumentar a atenção durante
a condução para poder reagir rapidamente a
qualquer imprevisto.
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Seguem, no quadro a seguir, algumas
orientações que podem ser sinalizadas junto
aos alunos quanto às situações que
apresentam condições adversas de via:
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site: lucasbavaresco
29
Condições do veículo:
No que se refere ao veículo, as condições
adversas surgem quando há elementos que
comprometem a capacidade do veículo de
circular de forma segura no trânsito, como
defeitos ou a ausência de equipamentos
obrigatórios, além da falta de manutenção
preventiva. Quando esses aspectos são
negligenciados, várias consequências podem
ocorrer devido à falta de manutenção
veicular e ao uso inadequado dos
equipamentos. Por exemplo, a perda de
estabilidade do veículo pode ocorrer devido à
calibragem inadequada dos pneus, enquanto
a frenagem pode se tornar ineficaz devido ao
desgaste das pastilhas de freio. Da mesma
forma, a visão pode ser prejudicada em
situações de chuva devido ao desgaste das
palhetas do limpador de para-brisa.
A atitude preventiva do condutor e/ou
proprietário do veículo é fundamental para
evitar esse tipo de adversidade. Assim, é
essencial que eles realizem a verificação dos
equipamentos obrigatórios e a manutenção
preventiva, de acordo com as necessidades
específicas de cada situação. Algumas ações
devem ser executadas diariamente, enquanto
outras podem ser programadas para períodos
mais espaçados, conforme abordado na
disciplina de Noções sobre o Funcionamento
do Veículo.
site: lucasbavaresco
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Algumas ações devem ser executadas
diariamente, enquanto outras podem ser
programadas para períodos mais espaçados,
conforme abordado na disciplina de Noções
sobre o Funcionamento do Veículo.
site: lucasbavaresco
31
Condições de trânsito:
As circunstâncias desafiadoras do trânsito
abrangem os elementos que surgem devido à
natureza dinâmica do ambiente viário, os
quais podem comprometer a segurança
durante a condução do veículo.
Essas condições estão ligadas aos cenários
de circulação e às características locais que,
em determinados momentos, dificultam a
fluidez segura e requerem maior atenção por
parte do condutor. Por exemplo, incluem-se
aqui a interação com outros participantes e
as condições da via.
Abaixo, são destacadas algumas posturas
esperadas diante dessas condições
desafiadoras de trânsito que os instrutores
podem discutir com os alunos:
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Condições do Condutor:
No que diz respeito ao condutor, diversas
variáveis influenciam sua capacidade de
dirigir, como fadiga, uso de substâncias
psicoativas, distrações como o celular, entre
outros. Diante disso, é fundamental que o
condutor reconheça os perigos associados a
tais comportamentos e condições durante a
condução.
A manutenção de um estado físico e mental
adequado é crucial para a segurança viária,
pois a dinâmica complexa do tráfego requer
que os motoristas estejam prontos para
responder rapidamente a uma variedade de
situações.
Abaixo, apresentamos algumas diretrizes
relacionadas às condições adversas que
podem ser exploradas em sala de aula para
estimular a reflexão dos alunos sobre o
impacto dessas condições:
site: lucasbavaresco
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site: lucasbavaresco
34
INSTRUTORES
QUANDO ABORDARMOS COM OS ALUNOS
SOBRE CONDIÇÕES ADVERSAS, É CRUCIAL
GARANTIR QUE COMPREENDAM REALMENTE
OS RISCOS ENVOLVIDOS EM CADA
SITUAÇÃO, INCENTIVANDO-OS A ADOTAR
COMPORTAMENTOS QUE PROMOVAM A
SEGURANÇA DE TODOS NO TRÂNSITO. UMA
SUGESTÃO É APRESENTAR FATOS REAIS,
COMO REPORTAGENS DE JORNAL, E DISCUTI-
LOS EM SALA DE AULA, PERMITINDO QUE OS
ALUNOS ANALISEM AS SITUAÇÕES E AS
ASSOCIEM A ALGUMA CONDIÇÃO ADVERSA
ESPECÍFICA.
ESTE É UM TEMA TÃO SIGNIFICATIVO QUE
SERÁ MAIS DETALHADO NA SEÇÃO SOBRE O
ESTADO FÍSICO E MENTAL DO CONDUTOR.
INCENTIVE A REFLEXÃO E O DEBATE SOBRE
ESSE ASSUNTO ENTRE OS ALUNOS.
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Conduzindo em situações de risco:
Este segmento aborda conceitos
fundamentais para a compreensão dos
fatores que influenciam a gravidade ou
mitigação das situações de risco. A condução
de veículos automotores está intimamente
ligada às leis da física, as quais explicam a
dinâmica de muitas situações no trânsito.
Assim, os instrutores terão acesso a
informações técnicas que podem
fundamentar o planejamento das aulas.
Elementos da física que estão relacionados
com a dinâmica do trânsito:
Em algum momento, podemos deparar-nos
com a seguinte expressão: "Você pode tentar
driblar as leis de trânsito, mas não as leis da
natureza". No entanto, será que estamos
inteiramente à mercê dessas leis, sem
margem para defesa?
A realidade é que, uma vez que essas leis são
invariáveis, cabe a nós não desafiá-las, mas
sim compreender seu funcionamento. Ao
entendermos como essas leis operam,
podemos fazer escolhas mais conscientes,
adotando comportamentos que minimizem os
riscos. Mas afinal, quais são essas leis
naturais às quais estamos sujeitos? Podemos
afirmar com certeza que são as leis da física.
Agora, vamos explorar como elas influenciam
nosso comportamento no trânsito.
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36
Inércia:
Vamos começar entendendo o conceito de
inércia. Inércia é a tendência que um objeto
tem de permanecer no estado em que se
encontra. Se estiver parado, permanece
parado; se estiver em movimento, continua
em movimento. Esse princípio é conhecido
como a 1ª Lei de Newton ou Lei da Inércia,
que afirma que "um corpo em repouso ou em
movimento retilíneo uniforme permanecerá
nesse estado, a menos que uma força externa
atue sobre ele" (FERREIRA, 2017).
E como isso se relaciona com o trânsito? Um
exemplo simples pode ilustrar a inércia:
imagine-se dentro de um ônibus. Quando o
ônibus começa a se mover, nosso corpo tende
a "ficar para trás". Por quê? Isso ocorre
porque, mesmo que o ônibus comece a se
movimentar para frente, a parte do nosso
corpo que está em contato com o ônibus
(nossos pés, por exemplo) acompanha esse
movimento, mas o restante do corpo, que
está solto, tende a permanecer em repouso,
causando um desequilíbrio que pode nos
fazer perder o equilíbrio e cair.
Se nos seguramos em algum lugar, como a
barra de apoio, nossos pés e mãos
acompanham o movimento do ônibus, mas o
resto do corpo permanece em uma posição de
arco, tentando manter-se como estava.
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37
Por outro lado, se estamos em pé em um
ônibus em movimento, nosso corpo, por estar
em contato com o ônibus através dos pés e
mãos, acompanha esse movimento. Se o
ônibus parar bruscamente, a tendência do
nosso corpo é continuar se movendo na
direção em que estava indo, o que pode nos
fazer desequilibrar e ser arremessados para
frente.
A compreensão desses princípios da física é
fundamental para entendermos como o
comportamento dos veículos e dos corpos se
relaciona durante situações no trânsito. Um
dos conceitos mais importantes é o da
inércia, que explica a tendência dos corpos
de permanecer em seu estado atual de
movimento ou repouso, a menos que uma
força externa atue sobre eles.
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38
Quando aplicamos esse princípio ao trânsito,
percebemos como a inércia influencia a
maneira como os veículos se movem e
reagem em diferentes situações. Por
exemplo, durante uma frenagem brusca, a
inércia faz com que os ocupantes do veículo
continuem se movendo para frente, mesmo
que o veículo pare subitamente. Isso pode
resultar em lesões mais graves,
especialmente se os ocupantes não estiverem
usando cintos de segurança.
Outro conceito importante é o da energia
cinética, que está relacionado à velocidade e
à massa de um objeto em movimento. Quanto
maior a velocidade de um veículo, maior será
sua energia cinética e, consequentemente,
mais difícil será pará-lo. Isso significa que
colisões a altas velocidades tendem a ser
mais graves, pois a energia envolvida na
colisão é maior, resultando em danos mais
sérios aos veículos e aos ocupantes.
Portanto, compreender esses princípios da
física nos ajuda a entender melhor os riscos
envolvidos no trânsito e a adotar
comportamentos mais seguros ao dirigir. É
importante respeitar os limites de
velocidade, manter uma distância segura dos
outros veículos e sempre usar os dispositivos
de segurança disponíveis, como cintos de
segurança e airbags, para minimizar os danos
em caso de acidente.
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INSTRUTORES
AO ABORDAR O PRINCÍPIO DA INÉRCIA
DURANTE AS AULAS, É FUNDAMENTAL
ESTIMULAR O DEBATE E A REFLEXÃO SOBRE
COMO PODEMOS AGIR DIANTE DESSA LEI DA
FÍSICA. DURANTE ESSA DISCUSSÃO,
DESTAQUE DUAS MEDIDAS CRUCIAIS QUE OS
CONDUTORES PODEM ADOTAR PARA
MITIGAR OS RISCOS ASSOCIADOS À INÉRCIA.
PRIMEIRAMENTE, ENFATIZE A IMPORTÂNCIA
DE RESPEITAR SEMPRE OS LIMITES DE
VELOCIDADE.
É ESSENCIAL QUE OS CONDUTORES
COMPREENDAM QUE A VELOCIDADE MÁXIMA
PERMITIDA NAS VIAS É CALCULADA
LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO NÃO APENAS A
FLUIDEZ DO TRÁFEGO, MAS TAMBÉM A
CAPACIDADE DE FRENAGEM EM CASO DE
EMERGÊNCIA. DESSA FORMA, RESPEITAR OS
LIMITES DE VELOCIDADE ADEQUADOS
CONTRIBUI SIGNIFICATIVAMENTE PARA A
SEGURANÇA DE TODOS OS USUÁRIOS DA VIA.
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40
ALÉM DISSO, SALIENTE A NECESSIDADE DO
USO DO CINTO DE SEGURANÇA. ESTE
DISPOSITIVO DESEMPENHA UM PAPEL
FUNDAMENTAL EM RESTRINGIR O
MOVIMENTO DOS OCUPANTES DO VEÍCULO
EM CASO DE COLISÃO, IMPEDINDO QUE
SEJAM ARREMESSADOS PARA FORA DO
VEÍCULO OU CONTRA OS OUTROS
OCUPANTES. O CINTO DE SEGURANÇA É UM
COMPONENTE ESSENCIAL PARA REDUZIR OS
DANOS CAUSADOS PELA INÉRCIA EM
SITUAÇÕES DE ACIDENTE.
AO PROMOVER O DEBATE SOBRE ESSAS
MEDIDAS DE SEGURANÇA, OS INSTRUTORES
PODEM REFORÇAR A IMPORTÂNCIA DE
ADOTAR COMPORTAMENTOS RESPONSÁVEIS
E CONSCIENTES AO VOLANTE, VISANDO A
PROTEÇÃO NÃO APENAS DE SI MESMOS, MAS
DE TODOS OS USUÁRIOS DAS VIAS.
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41
É importante ressaltar que o aumento da
força de impacto está diretamente
relacionado ao aumento das lesões e do risco
de fatalidades. Conforme destacado por
Biavati (2007), cada acidente automobilístico
pode ser compreendido como uma sequência
de três colisões distintas, conforme ilustrado
a seguir:
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42
Velocidade:
Em Física, a velocidade é definida como a
relação entre a distância percorrida e o
tempo gasto nesse percurso, representando a
variação da posição de um objeto ao longo
do tempo. Portanto, quanto menor o tempo
necessário para percorrer uma distância
específica, maior será a velocidade. Este é
um fator crucial a ser considerado para uma
condução segura. Por exemplo, mesmo
pequenos excessos de velocidade, como
dirigir apenas 5km/h acima do limite
permitido em áreas urbanas de 60km/h ou
10km/h acima do limite em áreas rurais,
podem dobrar o risco de um acidente.
Portanto, uma diferença mínima de
velocidade pode ter um impacto significativo.
O controle da velocidade está diretamente
ligado à capacidade de frenagem diante de
uma emergência. É importante notar que
tanto a ação quanto o resultado da frenagem
não ocorrem instantaneamente. Para que o
veículo pare completamente, várias etapas
são necessárias durante a continuação do
movimento.
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43
A distância ou tempo de reação abrange o
período desde a percepção do perigo pelo
condutor até a ação de acionar o freio.
A distância ou tempo de frenagem representa
o intervalo entre o momento em que o pedal
do freio é pressionado até a parada total do
veículo. Essas distâncias são influenciadas
pela carga e pela velocidade do veículo,
sendo que maiores cargas e velocidades
resultam em maiores distâncias de frenagem.
A distância ou tempo de parada compreende
o trajeto total percorrido desde o instante em
que o perigo é observado até que o veículo
pare completamente.
O tempo de reação inclui tanto o período
para análise e tomada de decisão quanto o
tempo efetivo de resposta, como o ato de
pressionar o pedal do freio. Durante esse
intervalo até a parada total do veículo, o
veículo continua em movimento, percorrendo
uma distância significativa, cujo tamanho
depende principalmente da velocidade.
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Outros fatores, como distrações ou o uso de
álcool/drogas, podem aumentar o tempo de
reação do condutor e, consequentemente, o
risco de colisão. Além disso, condições
climáticas adversas também podem prolongar
a distância de frenagem e, portanto, a
distância de parada.
A seguir, veremos um exemplo das distâncias
de frenagem em pistas secas e molhadas em
diferentes velocidades. Conforme a
velocidade aumenta, o tempo de frenagem
também aumenta, reduzindo o campo visual
do condutor e sua capacidade de previsão.
Isso pode aumentar a probabilidade de perda
de controle do veículo.
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45
No entanto, talvez o aspecto mais crítico seja
o fato de que, proporcionalmente, quanto
maior a velocidade, maior o potencial para
acidentes, gravidade das lesões e fatalidades.
Estudos mostram que pelo menos um terço
das colisões fatais estão relacionadas ao
excesso de velocidade.
Para ilustrar isso, considere a probabilidade
de sobrevivência em um atropelamento em
diferentes velocidades. A imagem revela que
um pedestre atingido a 50km/h tem apenas
50% de chance de sobrevivência, enquanto a
70km/h (uma diferença de 20km/h), o risco
de óbito aumenta para 85%
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46
De acordo com esses estudos, a
probabilidade de o segundo contato do
pedestre com o veículo ser com a cabeça
aumenta na medida em que a velocidade do
impacto aumenta e diminui conforme a altura
do veículo. A partir de 50km/h, é provável
que todo pedestre sofra o choque da cabeça
contra o veículo.
Fica evidente o quanto a velocidade
representa um risco no trânsito para todos os
envolvidos. Além dos perigos relacionados a
essa força, ela está intrinsecamente ligada a
outras leis da física, como o atrito dos pneus
com o solo. Com o aumento da velocidade,
ocorre uma redução na aderência dos pneus à
superfície: quanto maior a velocidade, menor
a aderência.
A qualidade e a calibragem dos pneus, as
condições climáticas e a capacidade de atrito
da via (mais ou menos escorregadia), entre
outros fatores, também influenciam na
capacidade de frenagem.
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Além do aumento da velocidade, outro fator
que demanda mais força no motor é o peso
do veículo e sua carga. Por essa razão, ônibus
e caminhões enfrentam maiores desafios de
frenagem, percorrendo distâncias maiores.
Quando um veículo está em alta velocidade,
o deslocamento do ar é significativo. Parte
desse ar é direcionada para baixo do veículo,
gerando uma sustentação que reduz o atrito
dos pneus com o solo, dificultando a
capacidade de direção e frenagem. Assim, o
aumento da velocidade diminui a aderência
do veículo ao solo, afetando diretamente a
distância de frenagem e suas consequências.
Em colisões frontais, que ocorrem quando um
veículo se choca com outro que está se
deslocando na mesma direção, porém em
sentido contrário, a força do impacto que
afeta os ocupantes é a resultante da soma
das velocidades dos dois veículos. Portanto,
em situações de ultrapassagem indevida ou
mal executada, é comum ocorrerem acidentes
com graves lesões e até mesmo fatalidades.
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Desaceleração:
Desaceleração é a redução ou cessação da
velocidade de um veículo, comumente
referida como frenagem. A distância de
frenagem, como mencionado anteriormente,
é o espaço percorrido pelo veículo desde o
momento em que o condutor aciona o freio
até sua completa imobilização.
Diversos fatores influenciam a distância de
frenagem, como a condição dos freios, a
qualidade e estado dos pneus, a calibragem
dos mesmos, o tipo de pavimento e as
condições climáticas, além da velocidade e
da carga do veículo. Esses elementos são
essenciais para determinar a capacidade de
frenagem eficaz.
Um desafio comum no trânsito é a
dificuldade de perceber essa distância de
frenagem. É frequente ouvir relatos de que
um veículo "freou em cima", quando na
realidade o processo de frenagem foi iniciado
muito antes, resultando na parada apenas no
último momento. Essa percepção equivocada
pode influenciar a atitude dos condutores,
levando-os a acreditar que podem parar o
veículo instantaneamente.
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49
Da mesma forma, pedestres podem
subestimar a distância de frenagem ao ver
um veículo se aproximando, presumindo que
o condutor será capaz de interromper o
veículo imediatamente. Esse equívoco na
percepção é ainda mais comum entre
crianças e idosos, devido às características
específicas de cada faixa etária.
Movimento curvilíneo:
Quando um veículo percorre uma curva, as
forças do motor combinadas com o atrito dos
pneus geram a chamada força centrípeta, que
direciona o veículo para o centro da
trajetória, possibilitando a realização da
curva. No entanto, devido à inércia,
passageiros e objetos dentro do veículo
tendem a manter sua direção original,
seguindo uma trajetória reta e sendo
"empurrados para fora da curva", gerando a
chamada força centrífuga, que os afasta do
centro.
Quando um veículo entra em uma curva com
alta velocidade, essas forças opostas entram
em conflito, resultando na perda de
aderência dos pneus externos à curva, devido
ao deslocamento de ar provocado pelo
movimento.
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50
Quando um veículo entra em uma curva com
alta velocidade, essas forças opostas entram
em conflito, resultando na perda de
aderência dos pneus externos à curva, devido
ao deslocamento de ar provocado pelo
movimento.
Como resultado da inércia, a traseira do
veículo tende a continuar em linha reta,
levando à derrapagem. Condições como piso
escorregadio ou má configuração da via
podem agravar essa situação.
Um fator crucial para determinar a
velocidade adequada nessas situações é o
raio da curva. Quanto menor o raio, ou seja,
quanto mais fechada a curva, menor deve ser
a velocidade do veículo. Para realizar a curva
de forma segura, é essencial reduzir a
velocidade antes de entrar nela.
A redução brusca da velocidade durante a
curva, dependendo do sistema de freios do
veículo, pode resultar no travamento das
rodas, fazendo com que o veículo siga em
linha reta e corra o risco de sair da pista,
com consequências graves.
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51
Quando se trata do conteúdo "Conduzindo em
Situações de Risco", a Resolução n.º
789/2020 do CONTRAN lista diversas
situações perigosas, como ultrapassagens,
derrapagens, frenagens normais e de
emergência, cruzamentos e curvas, bem como
buracos e ondulações, mesmo quando a
condução está sendo realizada de forma
prudente. É crucial que os instrutores
destaquem o quanto de risco está presente
nessas situações cotidianas dos condutores.
A ultrapassagem, por exemplo, é uma
exceção permitida para trafegar na
contramão, conforme estabelecido no CTB.
No entanto, é uma manobra de alto risco,
sendo necessário considerar diversos fatores
antes de realizá-la. A sinalização do local
pode indicar a permissão para a
ultrapassagem, mas é essencial avaliar o
tráfego, a visibilidade, as condições
climáticas, o traçado da via, entre outros
aspectos, para garantir a segurança da
manobra.
No caso da derrapagem, que ocorre quando
os pneus perdem aderência ao solo, diversos
fatores podem contribuir para esse problema,
como as condições dos pneus, a velocidade
do veículo e a presença de óleo, cascalho ou
água na pista.
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52
É fundamental que os condutores estejam
atentos a esses elementos e adotem medidas
preventivas para evitar derrapagens, como a
manutenção regular dos pneus e a redução
da velocidade em curvas e condições
adversas.
Quando se trata de frenagem, tanto normal
quanto de emergência, é necessário
compreender os princípios básicos envolvidos
nesse processo. A frenagem normal ocorre
em situações previsíveis, enquanto a
frenagem de emergência é necessária em
situações inesperadas.
Em ambos os casos, é crucial manter a
velocidade compatível com as condições da
via, garantir a manutenção adequada dos
freios e dos pneus, e manter uma distância
de segurança em relação aos demais
veículos.
Entender a função dos freios e os diferentes
tipos de sistemas de frenagem também é
essencial para uma condução segura. Cada
veículo pode ter um sistema de frenagem
específico, e os condutores devem estar
familiarizados com o funcionamento do
sistema de freios do veículo que estão
conduzindo para tomar decisões adequadas
em situações de emergência.
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53
O freio a tambor é um tipo mecânico
utilizado nas rodas traseiras de alguns
modelos de veículos mais antigos e de maior
porte. Quando acionado, um cilindro ativa as
sapatas de freio para que gerem atrito com o
tambor, proporcionando a parada do veículo.
No entanto, sua principal desvantagem é a
possibilidade de "fading", que ocorre devido
ao enfraquecimento do material de atrito
pelo aquecimento do sistema de freio. Esse
fenômeno pode comprometer
momentaneamente a eficácia da frenagem,
mas geralmente se resolve após a dissipação
do calor, exceto em situações extremas,
danificando o sistema.
Por outro lado, os sistemas de freio a disco e
ABS são os mais comuns em veículos
modernos e operam com pastilhas de freio. O
sistema de freio a disco tende a travar
completamente as rodas, permitindo que o
veículo derrape até parar totalmente,
enquanto o sistema ABS (Sistema de Freios
Antitravamento) evita o travamento total das
rodas, liberando e recapturando a tração
automaticamente.
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54
Em termos de uso, há uma diferença crucial
entre os dois sistemas. No caso do ABS, o
pedal do freio deve ser pressionado até o fim
e mantido assim durante toda a frenagem,
mesmo que haja vibração no pedal. Por outro
lado, no freio a disco, é necessário pisar e
soltar o pedal várias vezes para evitar o
travamento das rodas, o que poderia resultar
em derrapagem e perda de controle do
veículo.
Portanto, o sistema ABS é considerado mais
seguro, tanto que, desde 2014, os veículos
novos fabricados no Brasil devem
obrigatoriamente ser equipados com esse
sistema.
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55
INSTRUTORES
É IMPORTANTE DESTACAR PARA SEUS
ALUNOS A COMPLEXIDADE ENVOLVIDA NA
FRENAGEM DE UM VEÍCULO E COMO
DIVERSOS FATORES PODEM INFLUENCIAR
NESSE PROCESSO. DESMISTIFIQUE A IDEIA
DE QUE TUDO DEPENDE APENAS DA
HABILIDADE DO CONDUTOR.
SÃO MUITOS OS ELEMENTOS QUE ENTRAM
EM JOGO EM UMA SITUAÇÃO DE
EMERGÊNCIA, E CONTAR APENAS COM
PERÍCIA NÃO É O BASTANTE. PRUDÊNCIA É
FUNDAMENTAL. AJUDE SEUS ALUNOS A
COMPREENDEREM A IMPORTÂNCIA DE
CONSIDERAR TODOS ESSES ASPECTOS PARA
UMA CONDUÇÃO SEGURA.
Cruzamentos e curvas:
De acordo com o Código de Trânsito
Brasileiro (CTB), os cruzamentos são pontos
de interseção entre duas vias em nível,
permitindo que os condutores mudem de
direção. Devido à presença de múltiplos
veículos disputando espaço no cruzamento
simultaneamente, há um potencial conflito
de interesses, tornando essa situação
propensa a riscos que requerem atenção e
cautela.
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56
Ao abordar esse tema, é essencial que o
instrutor leve em consideração todos os
aspectos apresentados no CTB relacionados
aos cruzamentos, como preferência de
passagem, sinalização viária e do veículo,
além de precauções e orientações
preventivas. Recursos visuais, como vídeos,
ilustrações e imagens, podem ser úteis para
demonstrar os comportamentos adequados
diante das diversas situações encontradas em
cruzamentos e interseções.
Quanto às curvas, levando em conta fatores
como falta de visibilidade e as forças
centrífuga e centrípeta, conforme explicados
nos princípios da física, é fundamental
alertar os alunos sobre os riscos associados a
esse tipo de manobra. Além disso, é
importante enfatizar a importância do
respeito à sinalização, especialmente no que
diz respeito à velocidade adequada para o
traçado e às condições específicas da via.
Ondulações e buracos:
Essas irregularidades na pista podem
desestabilizar o veículo e causar danos
mecânicos, além de resultar na perda de
controle da direção. Por serem imprevisíveis,
representam um risco potencial, exigindo que
o condutor esteja alerta e mantenha uma
velocidade adequada para detectar e reagir a
essas condições o mais rapidamente possível.
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57
É fundamental enfatizar aos alunos que,
embora a reação instintiva seja desviar
imediatamente, a primeira medida a ser
tomada deve ser reduzir a velocidade, pois
desvios abruptos podem desequilibrar o
veículo e surpreender outros usuários da via.
Além disso, o condutor deve sempre sinalizar
sua intenção caso seja necessário invadir a
faixa contrária.
Como evitar acidentes (sinistros):
Ao abordar a prevenção de acidentes, é
crucial considerar um aspecto fundamental,
independentemente do tipo de veículo: o
locus de controle, conforme mencionado por
Olandoski (2012). Essa é a crença sobre o
grau de controle que uma pessoa acredita ter
sobre sua própria participação em um
acidente de trânsito.
Quanto mais uma pessoa percebe que suas
ações podem influenciar a ocorrência de um
acidente, maior será seu controle sobre suas
próprias atitudes. Condutores que atribuem
os eventos a forças externas, como destino
ou acaso, tendem a ser menos propensos a
mudar seu comportamento (OLANDOSKI,
2012).
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58
Portanto, é essencial ajudar os candidatos a
condutores a internalizar a noção de que
suas ações podem determinar a ocorrência de
um acidente, promovendo assim um maior
compromisso com a segurança viária. No
processo de formação de condutores, é
possível desmistificar a ideia de que os
acidentes são inevitáveis ou determinados
pelo destino, reforçando a importância das
escolhas individuais na prevenção de
sinistros. Isso envolve reconhecer a diferença
entre acidente e sinistro, bem como
fortalecer a crença de que o comportamento
individual afeta o coletivo, tanto por meio de
ações quanto de omissões.
Evitar acidentes também requer estar atento
às ações dos outros condutores, antecipando
possíveis falhas. Para isso, é fundamental
manter uma postura de visibilidade e estar
em condições ideais para perceber o
ambiente ao redor e agir a tempo. Se um
condutor sentir que não foi visto, é
importante comunicar-se com os outros
usuários da via por meio da buzina, dos faróis
ou até mesmo parando o veículo, se
necessário, para evitar um acidente.
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59
Além disso, é essencial mencionar que, em
muitas situações, nem todos os veículos
envolvidos em um acidente contribuem
igualmente para sua ocorrência. No entanto,
atitudes mais conscientes podem reduzir a
participação involuntária dos condutores em
tais eventos, adotando procedimentos de
condução segura diante das situações
apresentadas.
Para evitar acidentes nas seguintes
situações:
Colisão com os veículos da frente: Manter
distância e velocidade seguras é fundamental
para evitar esse tipo de colisão. É importante
lembrar que a distância segura deve ser
maior que a distância de parada, que é a
soma das distâncias de reação e de frenagem.
Colisão com o veículo de trás: Para evitar
esse tipo de colisão, é essencial usar os
retrovisores frequentemente, facilitar a
ultrapassagem, aumentar a distância do
veículo da frente e sinalizar com
antecedência as intenções de parada ou
mudança de direção.
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Colisão frontal: Colisões frontais são as mais
graves em termos de consequências. Evitar
ultrapassagens em locais não permitidos,
manter a velocidade adequada, prestar
atenção nas condições da pista e permanecer
na própria faixa são medidas importantes
para evitar esse tipo de acidente.
Sinistros em cruzamentos: Reduzir a
velocidade, observar a sinalização e obedecer
às regras de circulação são medidas
fundamentais para evitar acidentes em
cruzamentos, onde ocorrem frequentemente
movimentos de veículos em diferentes
direções.
Colisão nas ultrapassagens: Avaliar a
necessidade e a segurança da ultrapassagem,
ultrapassar sempre pela esquerda, manter
distância de segurança, sinalizar as intenções
e ter atenção às condições adversas são
medidas essenciais para evitar acidentes
durante essa manobra.
Ao orientar motociclistas sobre
ultrapassagens, é crucial destacar a
importância da cautela ao ultrapassar
veículos de grande porte, como caminhões e
ônibus, especialmente em rodovias e vias de
alta velocidade.
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61
Manter uma distância segura e estar ciente
do efeito do vácuo e do deslocamento de ar
causado por esses veículos é fundamental
para evitar acidentes durante a
ultrapassagem.
Em pistas simples, é importante também
estar ciente do efeito do deslocamento de ar
causado por veículos que vêm em sentido
contrário e manter uma distância segura
desses veículos para evitar incidentes.
INSTRUTORES
É ESSENCIAL PROMOVER UMA DISCUSSÃO
COM OS ESTUDANTES SOBRE A
IMPORTÂNCIA DO COMPARTILHAMENTO
PACÍFICO DO ESPAÇO PÚBLICO E O PAPEL DE
CADA USUÁRIO NESSE CONTEXTO. MESMO
QUE ALGUNS ALUNOS NÃO ESTEJAM
BUSCANDO A OBTENÇÃO DA CNH DE
CATEGORIA A, É CRUCIAL DESTACAR A
RELEVÂNCIA DE TODOS ESTAREM CIENTES
DE COMO AGIR AO DIVIDIR A VIA COM
MOTOCICLISTAS.
ALÉM DISSO, É FUNDAMENTAL ABORDAR AS
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS
MOTOCICLISTAS E AS CARACTERÍSTICAS
ESPECÍFICAS DESSE TIPO DE CONDUÇÃO.
ESSA COMPREENSÃO CONTRIBUI PARA UMA
CONVIVÊNCIA MAIS SEGURA E HARMONIOSA
NO TRÂNSITO.
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62
Cuidados com veículos de grande porte: A
condução de veículos de grande porte, como
caminhões e ônibus, requer atenção especial
devido às suas características diferenciadas.
Muitos acidentes ocorrem devido à
imprudência ao ultrapassar esses veículos.
Trafegar próximo a eles ou realizar
ultrapassagens exige uma avaliação
criteriosa das condições da via, dos veículos
envolvidos e do ambiente.
É fundamental considerar o tamanho e as
dimensões do veículo de grande porte, a
distância de frenagem e a visibilidade do
condutor. Recomenda-se evitar
ultrapassagens em declives e manter uma
distância segura desses veículos,
especialmente em dias de chuva ou neblina.
Ao transitar por rodovias ou estradas, onde
os riscos são ampliados, é necessário possuir
habilidades mais consolidadas e experiência
na condução.
site: lucasbavaresco
63
Cuidados com pedestres e ciclistas: Devido à
sua fragilidade e vulnerabilidade, é
necessário redobrar os cuidados ao
compartilhar a via com pedestres e ciclistas.
Esse tema está detalhado no conteúdo
"Cuidado com os demais usuários da via".
Uso da marcha à ré: A utilização da marcha à
ré é permitida apenas para pequenas
manobras, sem comprometer a segurança.
Antes de iniciar a manobra, o condutor deve
avaliar cuidadosamente a situação ao redor
do veículo, especialmente nos lados e na
parte traseira. A manobra deve ser realizada
em velocidade reduzida, respeitando o fluxo
de pedestres e tendo cuidado especial com
crianças e animais.
Precaução com animais: Em locais onde há
placas indicando a presença de animais na
via, é crucial redobrar a atenção, pois
animais soltos representam um perigo. Ao
avistar animais próximos à pista, mesmo sem
sinalização específica, o condutor deve
reduzir a velocidade de maneira segura para
todos os envolvidos e, se necessário, parar o
veículo. Evite buzinar ou ligar o farol alto
para não assustar os animais. É importante
alertar os demais condutores sobre a
presença de animais e informar às
autoridades locais para providenciar o
resgate.
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64
Equipamentos de segurança do condutor
motociclista: É essencial conduzir uma
motocicleta de forma segura e utilizar
equipamentos de proteção adequados,
principalmente o capacete.
O capacete é obrigatório para condutor e
passageiro de motocicleta, motoneta,
ciclomotor, triciclo e quadriciclo
motorizados. Sua principal função é proteger
a cabeça em caso de acidentes ou quedas,
absorvendo impactos. Deve estar em bom
estado, sem danos visíveis, e ser substituído
imediatamente após um impacto, mesmo que
não apresente danos aparentes.
O capacete deve ser certificado pelo
INMETRO e possuir viseira para proteger os
olhos e parte do rosto contra chuva, insetos e
objetos. A viseira não deve ter película, e é
permitido o uso de óculos de proteção
quando não houver viseira, desde que
estejam em boas condições.
É importante que o capacete seja
devidamente ajustado à cabeça, com a cinta
jugular firme para evitar que saia em caso de
impacto. Além disso, o uso de adesivos
retrorrefletivos contribui para aumentar a
visibilidade do motociclista no trânsito,
reduzindo o risco de acidentes.
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65
O vestuário do motociclista também é crucial
para sua segurança. Recomenda-se o uso de
roupas de tecidos resistentes, calças de couro
ou jeans, jaquetas ou casacos de tecido
grosso, botas de cano alto ou calçados
resistentes, luvas de couro ou emborrachadas
e protetores para cotovelos e joelhos.
Evite roupas folgadas, calçados soltos,
chinelos ou sandálias sem fixação nos pés,
bem como shorts ou bermudas ao pilotar uma
motocicleta, pois esses itens podem
representar riscos adicionais em caso de
acidente. O uso adequado desses
equipamentos aumenta significativamente a
segurança do condutor e do passageiro.
Abordagem teórica da condução de
motocicletas com passageiro e/ou cargas:
É fundamental que o piloto de motocicletas
assuma a responsabilidade pela segurança de
seus passageiros. Antes de iniciar a viagem, é
importante que o motociclista forneça
informações sobre possíveis dificuldades,
pontos de risco, comportamentos adequados
na moto, entre outros aspectos relevantes.
Da mesma forma, o passageiro desempenha
um papel crucial ao seguir as orientações do
condutor para evitar acidentes.
site: lucasbavaresco
66
Existem recomendações específicas para a
condução com passageiros, incluindo a
postura adequada para maior conforto, o
ângulo de visão para acompanhar o percurso,
e a utilização de alças específicas ou segurar
na cintura do piloto. É essencial que o
passageiro utilize os mesmos equipamentos
de proteção obrigatórios que o piloto e vista
roupas adequadas, evitando itens que possam
atrapalhar ou comprometer a segurança.
Além disso, o passageiro deve acompanhar os
movimentos do condutor para manter o
equilíbrio da motocicleta, especialmente
durante curvas. É importante aguardar que o
piloto suba primeiro e ligue a moto, apoiar-
se adequadamente durante a arrancada e
segurar firmemente no motociclista, evitando
distraí-lo durante a condução.
Quanto ao transporte de cargas, o condutor
deve utilizar acessórios específicos e garantir
que os itens estejam devidamente fixados
para evitar solturas durante o trajeto. A
distribuição de peso deve ser equilibrada e
respeitar a capacidade máxima de carga
definida no Manual do Proprietário da moto.
Além disso, as dimensões da carga não
devem ultrapassar a largura da motocicleta e
devem ser acondicionadas adequadamente
em compartimentos próprios.
site: lucasbavaresco
67
Em resumo, o condutor de motocicleta deve
estar atento ao seu entorno, ser prudente em
relação ao comportamento do passageiro e às
condições da carga. É importante considerar
as diferenças na calibragem dos pneus e na
regulagem dos espelhos devido ao volume e
peso adicionais, bem como as mudanças no
desempenho do veículo durante diversas
manobras.
Cuidados com os demais usuários da via:
Trânsito seguro é um direito de todos os que
compartilham as vias, sejam eles condutores
de veículos automotores, ciclistas, pedestres
ou outros participantes. É essencial que os
cursos de formação de condutores abordem a
relação entre esses grupos, destacando os
direitos e deveres de cada um, especialmente
enfatizando as obrigações dos condutores
motorizados em relação aos demais usuários.
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
estabelece que os veículos de maior porte
são sempre responsáveis pela segurança dos
menores, os motorizados pelos não
motorizados e, juntos, pela incolumidade dos
pedestres. Isso reflete a maior
responsabilidade dos condutores de veículos
motorizados devido ao risco que representam
para os outros usuários da via.
site: lucasbavaresco
68
Os condutores devem ter consciência de que,
mesmo diante de comportamentos
equivocados de pedestres e ciclistas, eles
têm a responsabilidade de proteger esses
usuários. É comum que condutores ajam
impulsivamente para corrigir o
comportamento inadequado de pedestres ou
ciclistas, mas é crucial refletir sobre os
perigos dessa atitude.
A seguir, serão abordados aspectos
relacionados aos pedestres e ciclistas,
oferecendo embasamento para o
desenvolvimento do conteúdo sobre o
cuidado com os demais usuários.
Pedestres:
Pedestres:
A fragilidade e vulnerabilidade dos pedestres
no trânsito exigem uma maior
responsabilidade dos condutores. Enquanto
os ocupantes de veículos automotores estão
protegidos por uma cápsula de metal, os
pedestres não possuem nenhum dispositivo
de proteção.
É importante considerar que os pedestres não
recebem orientações formais sobre segurança
no trânsito, e muitas vezes subestimam os
perigos devido à familiaridade com o papel
de pedestre.
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69
A falta de percepção da vulnerabilidade e o
despreparo dos pedestres podem levá-los a
comportamentos arriscados, enquanto os
condutores, que também são pedestres, têm
mais facilidade em compreender esses
desafios.
Crianças apresentam desafios específicos
devido ao seu desenvolvimento físico,
cognitivo e psicológico em relação ao
trânsito. Suas percepções muitas vezes são
influenciadas por crenças infantis sobre a
capacidade dos motoristas de prever suas
ações e a capacidade dos veículos de parar
instantaneamente.
Os condutores devem respeitar a prioridade
dos pedestres, reduzir a velocidade em locais
de maior circulação, dar atenção especial a
crianças e idosos, e evitar condutas que
possam colocar os pedestres em risco, como
ultrapassagens perigosas ou não respeitar a
mudança do sinal luminoso.
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70
Ciclistas:
O aumento da presença de bicicletas nas vias
públicas exige uma integração segura com os
veículos motorizados.
O CTB estabelece normas específicas para o
trânsito de ciclistas, mas nem sempre essas
leis são conhecidas e praticadas.
Os condutores têm uma responsabilidade
maior em relação aos ciclistas, devendo
ceder passagem, respeitar a distância lateral
ao ultrapassar, reduzir a velocidade e evitar
comportamentos que possam colocá-los em
risco.
É fundamental que os condutores estejam
atentos às ciclovias e ciclofaixas, respeitando
sua exclusividade para o tráfego de
bicicletas, e evitem estacionar ou transitar
nessas áreas.
Os ciclistas devem ser tratados com respeito
e consideração pelos condutores, garantindo
sua segurança e prioridade em determinadas
situações de trânsito.
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71
Em resumo, o respeito mútuo entre
condutores, pedestres e ciclistas é essencial
para a segurança viária. Os condutores devem
estar conscientes de sua maior
responsabilidade devido ao potencial de risco
de seus veículos e agir com cuidado e
atenção em relação aos demais usuários da
via.
Ciclorrotas:
As Ciclorrotas são uma importante
ferramenta para promover o
compartilhamento seguro do espaço viário
entre ciclistas e veículos automotores.
Previstas na Resolução n.º 550/2015 do
CONTRAN, são trechos de vias de tráfego
organizados e identificados de forma a
reforçar a prioridade da bicicleta sobre os
demais veículos, através de sinalização
específica. Além disso, indicam aos ciclistas
os trajetos mais seguros em meio ao tráfego
urbano.
A implementação de uma ciclorrota muitas
vezes surge da necessidade de tornar mais
seguros os trechos compartilhados com
veículos automotores, especialmente em vias
já utilizadas maciçamente pelos ciclistas.
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72
Seu custo de implantação é
consideravelmente menor do que o das
ciclovias e ciclofaixas, tornando-a uma
alternativa viável mesmo em cidades com
recursos financeiros limitados para investir
em infraestrutura exclusiva para bicicletas.
Um dos principais benefícios das ciclorrotas
é incentivar o compartilhamento harmonioso
do espaço público, enfatizando a importância
da cooperação e do respeito aos direitos de
todos para um trânsito seguro, sem a
necessidade de segregação física. Porém, é
importante ressaltar que as ciclorrotas não
são vias de circulação exclusiva de ciclistas,
e os condutores de veículos automotores
devem estar atentos à sinalização específica.
Nos trechos compartilhados com veículos
automotores, é comum que a velocidade
máxima permitida seja reduzida, como nas
chamadas "zonas 30", onde a velocidade
máxima é limitada a 30 km/h. Isso contribui
para aumentar a segurança dos ciclistas e
demais usuários da via, reduzindo os riscos
de acidentes e incentivando uma convivência
mais pacífica e segura entre os diferentes
modos de transporte.
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73
Respeito mútuo entre condutores:
O respeito mútuo é um elemento essencial
para promover relações harmoniosas entre os
diversos usuários do espaço público,
especialmente no contexto do trânsito.
Piaget distingue duas formas de respeito: o
unilateral, associado à obediência a uma
autoridade, e o mútuo, baseado no
reconhecimento da igualdade entre os
sujeitos.
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74
No trânsito, o respeito mútuo ocorre entre
usuários que compartilham o direito de ir e
vir, reconhecendo a importância de limites e
regras para uma convivência segura. Isso
requer a capacidade de se colocar no lugar
do outro, buscando compreender sua situação
e perspectiva.
Ao contrário do respeito unilateral, que
muitas vezes é motivado pela obrigação de
obedecer às leis ou às autoridades, o respeito
mútuo surge do comprometimento pessoal
com o bem-estar do outro. Esse sentimento
de obrigatoriedade, como aponta Yves de La
Taille, é gerado pelo reconhecimento da
igualdade de direitos e deveres de todos os
cidadãos, independentemente de sua
condição.
No trânsito, as relações entre os usuários
devem ser guiadas por esse sentimento de
obrigatoriedade, respeitando a dignidade e a
vida de cada indivíduo. Isso implica em
considerar o impacto de nossas ações não
apenas em nós mesmos, mas também nos
outros, priorizando o bem comum.
Do ponto de vista da educação e da
psicologia, o respeito mútuo representa um
avanço em relação ao respeito unilateral,
pois está fundamentado na compreensão do
princípio por trás das leis e regras, visando o
benefício coletivo.
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75
Quando uma pessoa age orientada pelo
sentimento de obrigatoriedade, ela toma
decisões considerando não apenas seus
interesses individuais, mas também o bem-
estar de todos. Isso contribui para promover
um ambiente de respeito, cooperação e
segurança no trânsito, mesmo em situações
onde não há fiscalização ou regulação legal
direta.
Alguns exemplos de atitudes que
demonstram respeito mútuo entre os
condutores incluem:
Um condutor que está com pressa não
ultrapassa o sinal vermelho ou excede o
limite de velocidade, reconhecendo que sua
urgência pessoal não deve comprometer a
segurança de outros usuários da via.
Mesmo em locais sem semáforos ou faixas de
pedestres, um motorista considera os riscos
aos quais os pedestres estão expostos e dá
prioridade a eles.
Ao perceber outro condutor aguardando para
entrar na pista, um motorista cede espaço,
entendendo que o trânsito é um espaço
compartilhado e que a cortesia contribui para
a convivência harmoniosa.
Em dias chuvosos, os condutores evitam
jogar água nos pedestres ao passar por poças
d'água.
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76
Essas atitudes, embora não sejam sempre
reguladas por leis específicas, refletem o
respeito pelos outros usuários da via,
seguindo o princípio de tratar os outros como
gostariam de ser tratados.
Para promover uma reflexão sobre a
importância desse respeito mútuo, os
instrutores podem propor atividades que
incentivem os alunos a considerar o ponto de
vista e as necessidades dos outros. Por
exemplo:
Imaginar como seria estar do lado de uma
pessoa que é molhada por um carro em alta
velocidade, refletindo sobre as
consequências disso em seu dia.
Analisar situações em que um condutor
sinaliza a intenção de entrar em uma via
movimentada e é ignorado pelos outros
condutores, levando em conta as possíveis
razões e necessidades do condutor.
Estado físico e mental do condutor
Dirigir requer que o condutor esteja
fisicamente e mentalmente preparado para
avaliar o ambiente, os outros veículos e as
condições do próprio veículo. Portanto, é
fundamental conscientizar os condutores
sobre a importância de estarem em boas
condições físicas e mentais para minimizar os
riscos no trânsito.
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77
Alguns fatores que podem afetar o
desempenho na condução de veículos
automotores incluem aspectos emocionais. A
atividade de dirigir envolve uma série de
funções psicológicas e cognitivas, como
memória, atenção e habilidades motoras,
além de exigir a capacidade de tomar
decisões e resolver problemas.
Além da complexidade técnica da condução,
é crucial reconhecer a subjetividade
envolvida, já que cada pessoa tem sua
própria escala de valores e experiências que
influenciam suas escolhas e comportamentos
no trânsito. Compreender essas diferenças
pode levar a uma maior tolerância e
compreensão entre os condutores.
Aspectos socioafetivos, como traços de
personalidade, motivações e estresse,
também desempenham um papel importante
na segurança no trânsito. É essencial
reconhecer que as emoções podem afetar o
comportamento do condutor e praticar a
tolerância em situações de estresse.
Autoconhecimento e reflexão sobre nossas
próprias emoções e comportamentos podem
ajudar a evitar reações impulsivas no
trânsito, contribuindo para uma convivência
mais segura e harmoniosa nas vias públicas.
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78
Sono e fadiga:
Para abordar o tema do sono e da fadiga
durante o processo de formação de
condutores, é fundamental destacar como
esses fatores podem comprometer a
segurança no trânsito. Conduzir um veículo
requer capacidades físicas e mentais plenas
para reagir rapidamente a situações
imprevistas, e o cansaço pode prejudicar
significativamente essas habilidades.
Estudos indicam que uma proporção
significativa de acidentes de trânsito está
relacionada ao sono do motorista.
Transtornos do sono, como apneia, insônia,
hipersonia e narcolepsia, podem
comprometer a capacidade de dirigir com
segurança. Além disso, fatores externos,
como tráfego intenso, condições climáticas
adversas e características da via, também
podem contribuir para a fadiga do condutor.
Durante o processo de aprendizagem, os
instrutores devem destacar a importância de
reconhecer os sinais de sono e fadiga e
adotar medidas preventivas. Isso inclui fazer
paradas regulares em viagens longas,
alimentar-se adequadamente, evitar
alimentos pesados e gordurosos, e descansar
por pelo menos 15 minutos a cada hora e
meia ou duas horas de viagem.
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79
É crucial que os condutores compreendam
que dirigir sob condições de sono ou fadiga
representa um risco significativo para sua
segurança e a dos outros usuários da via.
Mesmo que se sintam capazes de conduzir
após uma noite mal dormida ou atividades
cansativas, é fundamental que estejam
completamente descansados antes de
assumir o volante. Portanto, cabe aos
instrutores enfatizar a importância de avaliar
sua condição física e mental antes de iniciar
a condução de um veículo.
Drogas e Medicamentos:
É crucial abordar o impacto das drogas e
medicamentos no estado físico e mental dos
condutores, já que podem comprometer
significativamente sua capacidade de dirigir
com segurança. Estudos indicam que tanto as
drogas lícitas quanto as ilícitas têm um papel
expressivo na ocorrência de acidentes de
trânsito, muitas vezes resultando em
fatalidades.
As drogas podem ser classificadas em três
categorias principais com base em seus
efeitos no sistema nervoso central (SNC):
depressoras, estimulantes e perturbadoras.
site: lucasbavaresco
80
As drogas depressoras diminuem a atividade
do SNC, resultando em sintomas como
sonolência, lentidão motora e cognitiva,
redução da ansiedade e dos reflexos, além de
aumento no tempo de reação. Exemplos
dessas drogas incluem benzodiazepínicos,
opiáceos, indutores de sono, anestésicos e
substâncias como álcool e inalantes.
As drogas estimulantes, por outro lado,
aumentam a atividade do SNC, levando a
sintomas como agitação, excitabilidade e
insônia. Exemplos incluem cocaína, crack,
anfetaminas, nicotina e cafeína.
Por fim, as drogas perturbadoras alteram a
percepção da realidade e podem causar
delírios, alucinações e dificuldades na
percepção de tempo e espaço. Exemplos
incluem maconha, psilocibina, LSD e ecstasy.
É importante ressaltar que essas substâncias
podem afetar a capacidade de dirigir não
apenas durante o uso, mas também devido a
efeitos residuais, como ressaca do álcool ou
efeitos rebote de medicamentos, que podem
incluir depressão, sonolência e fadiga.
Ao utilizar medicamentos, é fundamental
considerar as informações contidas na bula,
pois estas podem indicar restrições quanto à
condução de veículos. É responsabilidade do
condutor compreender os possíveis efeitos
das drogas e medicamentos que consome e
abster-se de dirigir se estiver sob sua
site: lucasbavaresco
influência.
81
Álcool e direção – por que se fala tanto
disso?
Ao discutir o tema do álcool e direção na
formação de condutores, é essencial evitar
preconceitos pessoais e adotar uma
abordagem informativa que transmita
conhecimentos importantes, sem recorrer a
discursos moralistas que podem desinteressar
os alunos.
Ao analisarmos os dados sobre acidentes,
percebemos que um condutor alcoolizado
perde a capacidade de controlar
adequadamente seu veículo e reagir aos
elementos do trânsito, aumentando
significativamente o risco de causar um
acidente.
Uma pesquisa internacional, divulgada pela
Global Road Safety Partnership em conjunto
com a OMS, revelou que em países de baixa e
média renda, como o Brasil, uma parcela
considerável de condutores envolvidos em
acidentes fatais ou que resultam em
ferimentos está sob o efeito do álcool.
site: lucasbavaresco
82
Para ilustrar a relação entre alcoolemia e
acidentes, podemos apresentar um gráfico
que demonstra como a probabilidade de
acidentes fatais aumenta conforme a
concentração de álcool no organismo, medida
pelo teste do ar expelido dos pulmões. Este
gráfico evidencia de forma clara a
importância de evitar dirigir sob o efeito do
álcool para garantir a segurança no trânsito.
site: lucasbavaresco
83
Após apresentarmos o gráfico que evidencia
a relação entre alcoolemia e acidentes, é
importante refletir sobre a necessidade de
discutir o tema do álcool e direção nos
ambientes de formação de condutores. Isso
envolve considerar o nível de consciência dos
condutores sobre os riscos associados à
condução sob efeito de álcool, bem como
desmistificar crenças falsas propagadas sobre
o assunto.
É fundamental esclarecer aos alunos que o
álcool é uma droga que pode alterar a função
dos organismos, resultando em mudanças
fisiológicas e comportamentais. Nesse
contexto, é relevante fornecer algumas
explicações técnicas sobre os efeitos do
álcool no organismo e suas consequências
para o trânsito.
Quando ingerido, o álcool não é digerido,
mas absorvido pela mucosa dos órgãos e
passa para o sangue em estado puro. Cerca
de 20% é absorvido na mucosa oral, esôfago
e estômago, enquanto os 80% restantes são
absorvidos no intestino delgado. Essa
absorção rápida contribui para os efeitos
imediatos do álcool no organismo.
site: lucasbavaresco
84
Após ser absorvido, o álcool é transportado
para os tecidos com alta concentração de
água, como o sistema circulatório, fígado,
sistema nervoso central e sistema digestivo.
A metabolização ocorre principalmente no
fígado, onde cerca de 90% do álcool é
processado e o restante é excretado pela
urina, suor e respiração.
A taxa e o tempo de alcoolemia dependem de
diversos fatores, como a velocidade de
ingestão, características do álcool
consumido, alimentação, idade, sexo, massa
corporal, hora do dia e circunstâncias
pessoais. O fígado tem a capacidade de
metabolizar aproximadamente uma dose de
álcool por hora, e não há maneira de acelerar
esse processo.
É importante destacar que muitas pessoas
não monitoram a quantidade de álcool
consumida dentro de um determinado
período de tempo, o que pode resultar em
uma taxa de alcoolemia que excede a
capacidade de metabolização do fígado. Isso
pode levar a efeitos prejudiciais à saúde e à
capacidade de dirigir com segurança.
site: lucasbavaresco
85
Após ser absorvido, o álcool é transportado
para os tecidos com alta concentração de
água, como o sistema circulatório, fígado,
sistema nervoso central e sistema digestivo.
A metabolização ocorre principalmente no
fígado, onde cerca de 90% do álcool é
processado e o restante é excretado pela
urina, suor e respiração.
A taxa e o tempo de alcoolemia dependem de
diversos fatores, como a velocidade de
ingestão, características do álcool
consumido, alimentação, idade, sexo, massa
corporal, hora do dia e circunstâncias
pessoais. O fígado tem a capacidade de
metabolizar aproximadamente uma dose de
álcool por hora, e não há maneira de acelerar
esse processo.
É importante destacar que muitas pessoas
não monitoram a quantidade de álcool
consumida dentro de um determinado
período de tempo, o que pode resultar em
uma taxa de alcoolemia que excede a
capacidade de metabolização do fígado. Isso
pode levar a efeitos prejudiciais à saúde e à
capacidade de dirigir com segurança.
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86
Para ilustrar os efeitos do álcool na
capacidade de dirigir, podem ser
apresentadas ilustrações que demonstram a
diminuição da habilidade de condução de
veículos automotores em homens e mulheres,
considerando a massa corporal
correspondente.
Essas representações visuais ajudam a
reforçar a importância de evitar dirigir sob o
efeito do álcool para garantir a segurança no
trânsito.
É essencial destacar os efeitos do álcool no
organismo quando medidos pelo etilômetro,
o que pode fornecer uma perspectiva mais
concreta aos alunos sobre os impactos do
consumo de álcool na capacidade de dirigir
com segurança:
0,05 – 0,27 mg/L de ar expelido: Nesse
intervalo, os efeitos incluem percepção de
distância prejudicada, reflexos mais lentos,
diminuição da atenção, julgamento e
controle, entre outros.
0,3 – 0,55 mg/L de ar expelido: Nesse
estágio, os sintomas podem evoluir para
dificuldade de coordenação, diminuição do
discernimento e minimização dos riscos,
entre outros.
0,55 – 0,82 mg/L de ar expelido: Nesse
nível, podem surgir problemas de equilíbrio,
fala arrastada, prejuízo da visão, entre
outros.
site: lucasbavaresco
87
É comum os alunos questionarem sobre a
quantidade de bebida que podem consumir e
ainda obedecer às leis de trânsito. A resposta
deve ser direta e clara: NÃO SE DEVE
INGERIR BEBIDA ALCOÓLICA ANTES DE
DIRIGIR! Essa abordagem enfatiza a
importância de evitar qualquer quantidade de
álcool antes de assumir a direção de um
veículo, priorizando a segurança própria e a
dos outros usuários da via.
site: lucasbavaresco
88
PRÁTICA DE
DIREÇÃO
VEICULAR
A disciplina de Prática de Direção Veicular
desempenha um papel fundamental na
formação de novos instrutores de trânsito.
Neste curso, os alunos terão a oportunidade
de aplicar na prática os conhecimentos
teóricos adquiridos ao longo do curso,
desenvolvendo habilidades essenciais para
uma condução segura e responsável.
Ao aprender a montar e executar um plano de
aula prática, os futuros instrutores estarão
capacitados a transmitir de forma eficaz as
técnicas e os princípios fundamentais da
direção veicular aos seus alunos.
Além disso, a prática de direção proporciona
uma experiência realista que permite aos
alunos desenvolverem confiança, controle e
tomada de decisões sob diversas condições
de tráfego.
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89
Esta disciplina oferece uma oportunidade
valiosa para os alunos se familiarizarem com
os procedimentos operacionais padrão, as
técnicas de ensino, a comunicação eficaz com
os alunos e a avaliação do desempenho do
condutor. O objetivo final é formar
instrutores competentes e comprometidos
com a segurança viária, capazes de preparar
os novos condutores para enfrentarem os
desafios do trânsito de forma consciente e
responsável.
Portanto, a Prática de Direção Veicular é uma
etapa crucial no processo de formação dos
futuros instrutores, proporcionando-lhes as
habilidades e o conhecimento necessário
para promover uma cultura de segurança no
trânsito e contribuir para a redução de
acidentes e mortes nas vias públicas.
site: lucasbavaresco
90
ENSINAR A DIRIGIR É FÁCIL, DIFÍCIL MESMO
É MUDAR A NOSSA FORMA DE CONDUZIR.
QUANTO MAIS PRÓXIMO VOCÊ ENSINAR O
QUE FAZ NO TRÂNSITO, MELHOR SERÁ O
ENTENDIMENTO DOS SEUS ALUNOS.
POR ISSO COMECEI DIZENDO QUE O DIFÍCIL
ERA MUDAR NOSSA FORMA DE CONDUZIR!
Planejamento:
Planejar uma aula, seja ela teórica ou prática,
é essencial para garantir a eficácia do ensino
e o aprendizado significativo dos alunos. O
ato de planejar permite ao instrutor
organizar o conteúdo de forma clara e
sequencial, estabelecer objetivos de
aprendizagem claros, selecionar as melhores
estratégias de ensino e avaliação, além de
adaptar o ensino às necessidades específicas
dos alunos.
Assim, o planejamento contribui para
maximizar o tempo de aula, promover a
participação ativa dos alunos e alcançar os
resultados desejados.
Agora, vamos entender as diferenças entre
um plano de curso, um plano de ensino e um
plano de aula:
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91
Plano de Curso:
O plano de curso é um documento que
descreve de forma geral o conteúdo
programático de uma disciplina ou curso
completo. Ele apresenta os objetivos gerais
da disciplina, a sequência de temas a serem
abordados, os recursos necessários, os
métodos de avaliação e outras informações
importantes. O plano de curso fornece uma
visão panorâmica do que será ensinado ao
longo do período letivo e serve como guia
para o desenvolvimento do plano de ensino e
dos planos de aula.
Plano de Ensino:
O plano de ensino é um documento mais
detalhado que se baseia no plano de curso e
especifica como os objetivos gerais serão
alcançados ao longo do curso. Ele detalha os
objetivos específicos de cada unidade ou
módulo, as estratégias de ensino a serem
utilizadas, os recursos didáticos, os critérios
de avaliação e o cronograma de atividades. O
plano de ensino é elaborado pelo instrutor
com base nas diretrizes do plano de curso e
nas características dos alunos.
site: lucasbavaresco
92
Plano de Aula:
O plano de aula é um documento ainda mais
detalhado que se concentra em uma única
sessão de ensino. Ele descreve os objetivos
específicos da aula, os conteúdos a serem
abordados, as atividades planejadas, os
recursos necessários, os métodos de
avaliação e o tempo estimado para cada
etapa. O plano de aula é elaborado com base
no plano de ensino e visa orientar o instrutor
durante a condução da aula, garantindo que
todos os aspectos do ensino sejam
considerados e que os objetivos de
aprendizagem sejam alcançados.
Em resumo, o plano de curso define os
objetivos gerais do curso, o plano de ensino
detalha como esses objetivos serão
alcançados ao longo do curso, e o plano de
aula detalha como os objetivos específicos
de cada aula serão alcançados. Todos esses
planos são importantes ferramentas de
organização e orientação para o instrutor,
contribuindo para o sucesso do processo de
ensino e aprendizagem.
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93
Passo a Passo para Elaboração do Plano de
Aula:
Tema da Aula:
Escolha um tema específico que será
abordado durante a aula. Este tema deve ser
relevante para os alunos e estar alinhado
com os objetivos do curso.
Geralmente, esse tema é definido pelo Centro
de Formação de Condutores, bastando então
ser copiado. Nessa formação, trabalharemos
com três possibilidades de nomes, no qual é
“primeira aula”, “segunda aula” e “terceira
aula”.
Conteúdos:
Liste os principais conteúdos que serão
ensinados durante a aula. Esses conteúdos
devem ser selecionados com base no tema
escolhido e nas necessidades dos alunos.
Geralmente, o conteúdo já esta definido pelo
Centro de Formação de Condutores, pois um
curso prático é composto de vinte aulas
práticas, sendo que cada aula será estipulado
pelo setor de ensino para cumprimento de
todos conteúdos pragmáticos estabelecidos
em resolução.
Objetivo Geral:
Defina o objetivo geral da aula, ou seja, o
que se espera que os alunos sejam capazes
de fazer ou entender após a conclusão da
aula. Este objetivo deve ser claro, específico
e mensurável.
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94
Desenvolvimento/Procedimentos/Estratégias:
Divida a aula em diferentes etapas ou
atividades que serão realizadas para alcançar
o objetivo geral. Essas etapas podem incluir
apresentação do conteúdo, atividades
práticas, discussões em grupo, entre outras.
Certifique-se de utilizar uma variedade de
estratégias de ensino para engajar os alunos
e atender às diferentes necessidades de
aprendizagem. Aqui, é o tempero do instrutor
e por mais que haja conteúdos já definidos
pelo Centro de Formação de Condutores esse
é o momento que o instrutor usará sua
técnica, usará seu feeling (intuição). O
instrutor deve respeitar o desenvolvimento
do aluno, podendo assim, adiantar ou
retardar os conteúdos pré-estabelecidos.
Importante, isso não significa tirar os
conteúdos pragmáticos da ordem pré-
estabelecida. Ex.: se o planejamento do CFC é
ensinar na 7ª aula ré, na 8ª lomba e na 9ª
baliza, se um aluno apresentar bom
rendimento, querendo o instrutor antecipar
conteúdos, que seja na mesma sequencia,
ensinando na 5ª ré, na 6ª lomba e na 7ª a
baliza. Retardar os conteúdos, segue-se a
mesma sequencia. Para melhor
entendimento, vamos pensar na seguinte
analogia, imagine um bebe, no qual gatinhar
é a ré, caminhar é a lomba e correr é a baliza.
Você ensinaria um bebe a correr antes
mesmo dele dominar a caminhada? Aqui
também não!
site: lucasbavaresco
95
Recursos e Materiais:
Liste todos os recursos e materiais
necessários para a realização da aula, como
apresentações em slides, vídeos, materiais
impressos, entre outros. Em especial as aulas
práticas considere a necessidade de uma
prancheta, uma lousa mágica, carrinhos para
melhor explicação. É muito importante que a
utilização desses recursos seja para facilitar
o entendimento do seu aluno, e claro com o
cuidado de usar com o carro em segurança.
Dê preferencia para usar esses materiais de
explicação com o veículo estacionado.
Certifique-se de que todos os materiais
estejam disponíveis e acessíveis antes do
início da aula com uma boa aparência. Ex.:
Usar uma folha de papel para explicar as
conversões pode ser uma boa alternativa,
mas cuidado com os papeis que já foram
riscados, principalmente se for usado em
outras aulas.
Avaliação e Feedback:
Determine como você irá avaliar o progresso
dos alunos durante a aula. Isso pode incluir
perguntas durante a aula, atividades práticas,
entre outros. O feedback pode e deve ser
ministrado em todos os momentos da aula,
conforme o aluno vai executando a tarefa,
assim deixando mais claro o acerto e o erro.
Importante ter o cuidado de como conversar
e corrigir o aluno, pois a forma pode passar
uma impressão de cobrança, o que não é
adequado.
site: lucasbavaresco
96
Certifique-se de elogiar na mesma
intensidade da correção, isso passa a
impressão que você esta junto nesse
processo de ensino aprendizagem,
aproximando instrutor e aluno. Certifique-se
de que as atividades de avaliação sejam
alinhadas com os objetivos de aprendizagem
da aula.
Adaptações e Flexibilidade:
Esteja preparado para fazer adaptações
durante a aula, conforme necessário. Nem
sempre tudo sairá conforme o planejado, e é
importante ser flexível e capaz de ajustar o
plano conforme as necessidades dos alunos e
as circunstâncias da aula.
A DEDICAÇÃO E O EMPENHO SERÃO
DETERMINANTES PARA O RESULTADO DA
SUA PRIMEIRA AULA PRÁTICA.
LUCAS BAVARESCO
site: lucasbavaresco
97
Comunicação:
A comunicação é uma ferramenta
fundamental no processo de ensino e
aprendizagem, desempenhando um papel
crucial na transmissão eficaz de
conhecimento e na criação de um ambiente
de aprendizado colaborativo e inclusivo.
Como instrutor, sua capacidade de se
comunicar de forma clara, precisa e acessível
é essencial para o sucesso das aulas e para o
engajamento dos alunos.
É importante ressaltar que a comunicação vai
além das palavras que são ditas. Envolve
também a linguagem corporal, tom de voz e
expressões faciais. Portanto, é essencial que
os instrutores estejam atentos a todos esses
aspectos ao se comunicarem com os alunos.
Além disso, é crucial que os instrutores
evitem o uso excessivo de gírias e jargões
técnicos, especialmente quando lidam com
alunos que podem não estar familiarizados
com esses termos. Utilizar uma linguagem
mais simples e acessível ajuda a garantir que
todos os alunos possam compreender o
conteúdo de forma clara e sem confusão.
site: lucasbavaresco
98
Ao mesmo tempo, é importante reconhecer a
diversidade linguística dos alunos,
considerando que nem todos podem ser da
mesma região ou ter o mesmo contexto
cultural. Nesse sentido, os instrutores devem
estar abertos a adaptar sua forma de
comunicação para se adequar às
necessidades e características específicas de
cada grupo de alunos, aproveitando, quando
possível, elementos da forma de comunicação
local para facilitar a compreensão e o
engajamento dos alunos.
Portanto, ao abordar o tema da comunicação,
os instrutores devem estar cientes da
importância de uma comunicação eficaz,
utilizando uma linguagem acessível e
adaptada ao público-alvo, a fim de promover
um ambiente de aprendizado inclusivo e
produtivo.
É muito importante o instrutor planejar a sua
comunicação como se o aluno fosse leigo,
pois pensando dessa forma, a aula esta
preparada para aqueles com mais dificuldade,
e consequentemente uma aula mais fácil de
assimilar.
Diferentemente que muitos pensam, aprender
a conduzir um veículo não é decorado e
mesmo que regras precisem ser executadas
na sua integralidade. As manobras precisam
ser entendidas.
site: lucasbavaresco
99
Para um melhor entendimento, uma analogia
que podemos fazer é com nosso ensino
fundamental. Qual o conteúdo que até hoje,
muitos anos depois não esquecemos? Aqueles
que o professor contextualizava ou aqueles
que ele dizia que tinha que decorar?
A educação precisa ser envolvente, e isso
exige uma contextualização do dia a dia mais
objetiva, mais clara, pois no Centro de
Formação de Condutores, os alunos são
adultos, e se tratando de adultos, precisamos
falar em andragogia.
Andragogia é a prática de educação e ensino
voltada para adultos, levando em
consideração suas experiências, necessidades
e motivações específicas, com ênfase na
participação ativa, autodireção e aprendizado
colaborativo.
A criança faz porque é mandada, o adulto
não. Nós, adultos aprendemos melhor quando
o ensino faz sentido, podendo ser por
necessidade. Muitos só aprendem a trocar
uma resistência do chuveiro, porque o banho
será frio e não terá ninguém para trocar,
visto disso, ele se dedicará a aprender. Isso é
um exemplo de necessidade.
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100
Momentos de Turbulência:
Um aluno que nunca conduzi-o, seja um
carro, uma moto, tende no início a ter medo.
Medo é normal, é positivo, mas o excesso
dele prejudica o desempenho. O precisamos
entender é, quais as atitudes do instrutor
reforçam esse medo que prejudica? Quais são
as atitudes do instrutor que diminuir esse
medo?
O tom de voz do instrutor durante as aulas de
direção desempenha um papel crucial na
eficácia da comunicação. É fundamental que
o instrutor mantenha um tom de voz médio,
garantindo que o aluno o escute com clareza
enquanto dirige, pois este estará concentrado
na estrada e não poderá olhar para o
instrutor.
A importância de manter um tom médio na
comunicação da aula oferece vantagens
significativas. Por exemplo, quando o aluno
está sonolento ou lento, o instrutor pode
aumentar um pouco o tom de voz para
estimulá-lo a executar as manobras de forma
mais ágil. Da mesma forma, em situações de
estresse, o instrutor pode baixar o tom de
voz para acalmar o aluno, proporcionando um
ambiente de aprendizado mais tranquilo e
receptivo. Assim, o tom de voz adequado do
instrutor contribui para uma experiência de
aprendizado mais eficaz e segura ao volante
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101
Dinâmica da Comunicação no Ensino de
Trânsito:
Na dinâmica da comunicação, é comum
pensarmos apenas no instrutor como o
emissor da mensagem, aquele que transmite
informações e conhecimentos aos alunos. No
entanto, é essencial compreender que a
comunicação é uma via de mão dupla, na
qual tanto o instrutor quanto o aluno
desempenham papéis importantes como
emissor e receptor.
O Emissor:
O instrutor muitas vezes assume o papel de
emissor ao explicar as regras de trânsito, os
procedimentos de direção segura e outros
conceitos teóricos. Ele compartilha seu
conhecimento e experiência, transmitindo
informações de forma clara e objetiva para os
alunos.
O Receptor:
Por outro lado, os alunos são os receptores
da mensagem. Eles absorvem as informações
fornecidas pelo instrutor, fazem perguntas
para esclarecer dúvidas e tentam aplicar o
conhecimento adquirido em suas práticas de
direção.
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102
A Importância de Escutar:
É crucial para o instrutor entender que a
comunicação eficaz não se resume apenas a
transmitir informações, mas também envolve
ouvir atentamente os alunos. Ao escutar as
perguntas, preocupações e feedback dos
alunos, o instrutor pode adaptar sua
abordagem de ensino, identificar áreas de
dificuldade e oferecer suporte personalizado
para garantir que todos os alunos
compreendam completamente o conteúdo.
Exemplo na Teoria:
Imagine um instrutor teórico explicando as
regras de prioridade em um cruzamento.
Enquanto ele explica, os alunos levantam
perguntas sobre situações específicas que
encontraram ou sobre as quais têm dúvidas.
O instrutor precisa ouvir atentamente cada
pergunta e fornecer respostas claras e
abrangentes para garantir que todos
compreendam corretamente as regras.
Exemplo na Prática:
Durante uma aula prática de direção, o
instrutor pode estar focado em ensinar uma
técnica específica, como fazer uma curva em
uma rua estreita. Enquanto os alunos
praticam, eles podem enfrentar desafios
diferentes, como lidar com o tráfego ou fazer
a curva corretamente.
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103
Nesses momentos, o instrutor precisa estar
atento às dificuldades dos alunos, oferecer
orientação individualizada e garantir que
eles se sintam ouvidos e apoiados.
Em resumo, tanto o instrutor quanto o aluno
desempenham papéis cruciais na
comunicação eficaz durante o ensino de
trânsito. Ao reconhecer a importância de
ouvir atentamente e responder às
necessidades dos alunos, o instrutor pode
criar um ambiente de aprendizado
colaborativo e produtivo, no qual todos
tenham a oportunidade de se desenvolver e
se tornar motoristas responsáveis e seguros.
Entendendo a Mensagem na Comunicação
Instrutor x Aluno:
Na dinâmica da comunicação entre instrutor
e aluno, a mensagem desempenha um papel
fundamental. Ela é o veículo pelo qual as
informações são transmitidas, mas sua
compreensão vai além das palavras ditas. A
mensagem é influenciada pelo contexto do
aluno, sua bagagem de conhecimento prévio,
suas experiências anteriores e até mesmo seu
estado emocional no momento da
comunicação.
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104
A Mensagem do Aluno:
Quando um aluno envia uma mensagem para
o instrutor, ele está compartilhando suas
dúvidas, preocupações, experiências e
percepções sobre o processo de aprendizado.
Essa mensagem pode ser verbal, por meio de
perguntas ou comentários, ou não verbal,
refletida em sua postura corporal, expressões
faciais e tom de voz. É importante que o
instrutor esteja atento a esses sinais para
compreender verdadeiramente as
necessidades e expectativas do aluno.
A Mensagem Recebida pelo Aluno:
Por outro lado, o aluno recebe a mensagem
do instrutor, absorvendo as informações
fornecidas durante as aulas teóricas e
práticas. No entanto, a compreensão dessa
mensagem pode ser afetada pelo contexto do
aluno. Se ele estiver sobrecarregado com um
excesso de informações, pode ter dificuldade
em assimilar o conteúdo. Da mesma forma, se
o conteúdo não for apresentado no momento
certo, pode não ser relevante ou significativo
para o aluno naquele momento específico de
seu aprendizado.
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105
A Importância do Timing e da Relevância:
É fundamental para o instrutor entender que
o timing e a relevância são essenciais na
transmissão da mensagem. Isso significa
apresentar o conteúdo no momento certo, de
acordo com o progresso e as necessidades
individuais de cada aluno, evitando
sobrecarregá-los com informações
desnecessárias ou fora de contexto. Além
disso, o instrutor deve adaptar sua
abordagem de ensino para tornar o conteúdo
mais acessível e significativo, utilizando
exemplos práticos, analogias e recursos
visuais sempre que possível.
Em suma, a mensagem na comunicação entre
instrutor e aluno é uma troca dinâmica de
informações que ocorre em ambos os
sentidos. É essencial que o instrutor esteja
atento não apenas ao que está sendo dito,
mas também ao que está sendo recebido pelo
aluno. Ao considerar o contexto do aluno,
ajustar o timing e a relevância do conteúdo e
criar um ambiente de aprendizado
estimulante e participativo, o instrutor pode
facilitar a compreensão da mensagem e
promover um aprendizado eficaz e
significativo para todos os alunos.
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106
Compreendendo o Código na Comunicação
Instrutor x Aluno:
Quando falamos sobre o código na
comunicação entre instrutor e aluno, estamos
nos referindo ao conjunto de símbolos,
palavras e linguagem utilizados para
transmitir uma mensagem. É como se fosse
um idioma específico, com suas próprias
regras e convenções, que ambos devem
entender para se comunicarem eficazmente
durante as aulas teóricas e práticas.
Simplicidade e Clareza:
É essencial que o instrutor utilize uma
linguagem simples e clara ao se comunicar
com os alunos, especialmente quando estão
aprendendo os conceitos básicos. Isso
significa evitar jargões técnicos ou termos
complicados que possam causar confusão.
Por exemplo, ao explicar o funcionamento de
um veículo, o instrutor pode usar termos
como "acelerar", "frear" e "virar o volante" em
vez de expressões mais técnicas como
"modulação de pedal" ou "transferência de
carga".
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107
Adaptação ao Nível de Conhecimento:
O instrutor deve estar ciente do nível de
conhecimento e experiência de cada aluno e
adaptar sua linguagem de acordo. Se um
aluno está apenas começando a aprender a
dirigir, o instrutor pode precisar explicar os
conceitos de forma mais detalhada e usar
exemplos simples para facilitar a
compreensão. Por outro lado, se um aluno já
possui algum conhecimento prévio, o
instrutor pode usar uma linguagem mais
avançada e introduzir conceitos mais
complexos gradualmente.
Em resumo, o código na comunicação
instrutor x aluno refere-se à linguagem
utilizada para transmitir uma mensagem
durante as aulas. Ao adotar uma linguagem
simples, clara e adaptada ao nível de
conhecimento dos alunos, o instrutor pode
garantir uma comunicação eficaz e facilitar o
processo de aprendizado. Conforme os alunos
adquirem mais conhecimento e experiência, o
instrutor pode ajustar sua linguagem e
introduzir termos mais técnicos e avançados,
preparando-os para uma comunicação mais
especializada no futuro.
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108
Explorando os Canais de Comunicação na
Instrução Veicular:
Na instrução veicular, a comunicação entre
instrutor e aluno pode ocorrer por meio de
diferentes canais, sendo os principais o
formal e o informal. Cada um desses canais
tem suas características específicas,
influenciando a eficácia da mensagem
transmitida e recebida.
Canal Formal:
O canal formal de comunicação refere-se a
interações estruturadas e planejadas, como
as aulas teóricas e práticas programadas. Um
exemplo disso é quando o instrutor grava
uma aula utilizando o sistema de
monitoramento do veículo, permitindo que o
aluno acesse e revise o conteúdo
posteriormente. Essa forma de comunicação é
organizada, direcionada e geralmente ocorre
durante os momentos designados para o
ensino.
Canal Informal:
Por outro lado, o canal informal de
comunicação é mais casual e espontâneo,
ocorrendo em situações não planejadas ou
fora do contexto formal de ensino.
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109
Um exemplo disso é quando o instrutor e o
aluno estão a caminho do veículo,
conversando sobre assuntos diversos antes
de iniciar a aula. Essa comunicação pode ser
mais relaxada e aberta, permitindo que os
participantes se sintam mais à vontade para
expressar suas ideias e dúvidas.
Diferenças e Impacto na Comunicação:
A principal diferença entre os dois canais
está na sua formalidade e intencionalidade.
Enquanto o canal formal é estruturado e
planejado, o canal informal é mais flexível e
ocorre naturalmente. Isso pode afetar a
forma como a mensagem é recebida e
interpretada pelo aluno. Por exemplo,
durante uma aula formal, o instrutor pode se
concentrar em transmitir informações
específicas sobre as regras de trânsito,
enquanto em uma conversa informal, pode
surgir a oportunidade de saber mais das
experiências desse aluno ao volante.
Em suma, tanto o canal formal quanto o
informal desempenham papéis importantes
na comunicação instruto x -aluno na
instrução veicular. Compreender as
características de cada canal e saber quando
e como utilizá-los pode contribuir
significativamente para o sucesso do
processo de aprendizado.
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110
A Importância do Contexto na Comunicação e
no Processo de Ensino Aprendizagem:
O contexto desempenha um papel
fundamental na comunicação e no processo
de ensino aprendizagem, pois influencia
significativamente na compreensão e
interpretação da mensagem transmitida. O
contexto inclui o ambiente físico, social,
cultural e emocional em que a comunicação
ocorre, bem como as experiências e
conhecimentos prévios dos participantes.
Compreensão da Mensagem:
O contexto pode afetar como a mensagem é
interpretada pelo aluno. Por exemplo, se um
conceito é apresentado dentro de um
contexto relevante e familiar para o aluno, é
mais provável que ele compreenda e retenha
a informação. O excesso de informações
prejudica diretamente a aprendizagem.
Relevância e Engajamento:
Um contexto significativo torna o conteúdo
mais relevante e interessante para o aluno,
aumentando seu engajamento no processo de
aprendizado. Por exemplo, ao relacionar os
conceitos teóricos das aulas com situações
reais de trânsito, o aluno consegue visualizar
a aplicação prática do que está aprendendo.
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111
Adaptação do Ensino:
O instrutor pode ajustar sua abordagem de
ensino com base no contexto em que os
alunos estão inseridos. Por exemplo, ao
perceber que os alunos têm experiências
culturais ou sociais diferentes, o instrutor
pode adaptar os exemplos e analogias
utilizados para garantir que todos
compreendam o conteúdo.
Feedback Relevante:
O contexto também influencia a forma como
os alunos fornecem feedback e tiram dúvidas.
Um ambiente seguro e acolhedor pode
encorajar os alunos a se expressarem
livremente, facilitando a identificação de
áreas que precisam de mais atenção ou
explicação por parte do instrutor.
Em resumo, considerar o contexto na
comunicação e no processo de ensino
aprendizagem é essencial para promover uma
troca eficaz de informações e garantir que os
alunos assimilem o conteúdo de maneira
significativa. Ao reconhecer e adaptar-se ao
contexto dos alunos, os instrutores podem
criar um ambiente propício ao aprendizado,
onde a comunicação flui de forma clara,
relevante e estimulante.
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112
NÃO É O QUE VOCÊ FALA, E SIM COMO VOCÊ
FALA.
EMBASAR A SUA IDÉIA, É DIZER QUE VOCÊ
NÃO É IGUAL AOS OUTROS.
LUCAS BAVARESCO
Visão de líder:
No lançamento do primeiro iPhone, Steve
Jobs reuniu uma plateia ansiosa para revelar
a mais recente criação da Apple. Em meio a
murmúrios de expectativa, ele começou a
contar uma história. Jobs relembrou os dias
em que os telefones celulares reinavam, cada
um com um teclado físico robusto e
confiável. Mas havia um problema: escrever
mensagens era uma tarefa árdua e propensa
a erros nos teclados minúsculos,
especialmente nos dispositivos BlackBerry,
líderes do mercado na época.
Jobs sabia que precisava de uma solução
inovadora. Ele enxergou além do que os
concorrentes ofereciam. Não queria apenas
um telefone mais tecnológico, queria algo
revolucionário. Foi então que a inspiração o
atingiu como um raio. E se, em vez de
melhorar o teclado físico, eles o eliminassem
completamente?
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113
Essa ideia, aparentemente maluca para
alguns, foi o ponto de partida para o
desenvolvimento do iPhone. Jobs acreditava
que a resposta estava na simplicidade, na
elegância e na inovação. Ele viu a
oportunidade de transformar a maneira como
interagimos com nossos dispositivos móveis.
Ao substituir o teclado físico por uma tela
sensível ao toque, ele estava abrindo um
novo mundo de possibilidades.
Quando o primeiro iPhone foi revelado ao
mundo, muitos ficaram surpresos. Os críticos
questionavam a ausência do teclado físico,
enquanto os entusiastas da tecnologia viam
isso como uma mudança revolucionária. Eles
logo descobririam que Jobs estava à frente de
seu tempo. O iPhone não apenas redefiniu a
telefonia móvel, mas também pavimentou o
caminho para uma nova era de dispositivos
inteligentes e interativos.
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114
Estilos de comunicador:
A comunicação é uma via de duas mãos, e
entender os diferentes estilos de
comunicação pode ser fundamental para um
instrutor de trânsito. Cada pessoa tem uma
forma única de se comunicar, e reconhecer
esses estilos pode ajudar o instrutor a
adaptar sua abordagem para melhor atender
às necessidades do aluno.
Existem diversos estilos de comunicação, e
cada um tem suas características distintas.
Alguns alunos podem ser mais diretos e
objetivos, enquanto outros podem preferir
uma abordagem mais amigável e
descontraída. Aqui estão alguns estilos de
comunicação comuns e como o instrutor pode
identificá-los:
Comunicador Direto:
Este tipo de aluno é conhecido por ser
assertivo e focado em resultados. Eles
preferem uma comunicação clara e direta,
sem rodeios. Para identificar esse estilo,
observe se o aluno faz perguntas específicas
e se expressa de forma objetiva. Para esse
tipo de aluno, a comunicação ideal é ser
igualmente direto e fornecer informações de
forma concisa e precisa.
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115
Comunicador Amigável:
Esses alunos tendem a ser calorosos e
sociáveis, buscando estabelecer conexões
pessoais durante as aulas. Eles valorizam um
ambiente descontraído e amigável. Você pode
identificar esse estilo observando se o aluno
procura interagir e compartilhar experiências
pessoais durante as aulas. Para esse tipo de
aluno, é importante criar um ambiente
acolhedor e demonstrar empatia durante as
interações.
Comunicador Analítico:
Os alunos com esse estilo de comunicação
são detalhistas e metódicos. Eles preferem
analisar cuidadosamente as informações
antes de tomar decisões e podem fazer
muitas perguntas para entender
completamente um conceito. Você pode
reconhecer esse estilo se o aluno demonstrar
interesse em entender os detalhes e se
aprofundar nos tópicos discutidos. Para esses
alunos, é importante fornecer explicações
detalhadas e estar preparado para responder
a perguntas específicas.
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116
Comunicador Expressivo:
Esse tipo de aluno é criativo e expressivo,
muitas vezes preferindo uma abordagem mais
visual e interativa. Eles podem se destacar
em atividades práticas e valorizar a
criatividade e a inovação. Você pode
identificar esse estilo se o aluno demonstrar
entusiasmo e interesse em explorar
diferentes maneiras de aprender. Para esses
alunos, é útil incluir atividades práticas e
usar recursos visuais durante as aulas.
É importante lembrar que os estilos de
comunicação podem variar de pessoa para
pessoa e que um aluno pode exibir
características de mais de um estilo. O
instrutor pode adaptar sua comunicação de
acordo com as necessidades e preferências
individuais de cada aluno, criando assim uma
experiência de aprendizado mais eficaz e
satisfatória.
Ao mesmo tempo que existe essa adaptação,
é importante respeitar o estilo de
comunicação do instrutor. O mais importante
é não ter atrito com esse aluno, para não
gerar um descontentamento.
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117
Estilo assertivo do instrutor:
Ter um estilo assertivo como instrutor é
essencial para estabelecer uma relação de
confiança e eficácia durante as aulas. A
assertividade envolve a capacidade de
expressar suas opiniões, necessidades e
limites de forma clara e respeitosa, ao
mesmo tempo em que se mantém aberto ao
diálogo e à colaboração.
Ao adotar um estilo assertivo, o instrutor
demonstra confiança em suas habilidades e
conhecimentos, o que pode inspirar confiança
em seus alunos. Essa confiança mútua é
fundamental para o sucesso do processo de
ensino-aprendizagem, pois cria um ambiente
seguro e estimulante onde os alunos se
sentem encorajados a assumir riscos, fazer
perguntas e participar ativamente das aulas.
Além disso, um instrutor assertivo é capaz de
estabelecer limites claros e manter o foco
nos objetivos da aula, garantindo que o
tempo seja utilizado de forma produtiva e
que os alunos recebam as informações e
orientações necessárias para seu
aprendizado. Isso ajuda a evitar distrações e
desvios desnecessários durante as aulas,
maximizando o tempo de aprendizado.
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118
É importante ressaltar que a assertividade
não significa ser autoritário ou inflexível.
Pelo contrário, um instrutor assertivo
reconhece a importância da colaboração e do
respeito mútuo na relação com seus alunos.
Ele está aberto a ouvir as preocupações e
opiniões dos alunos, oferecendo feedback
construtivo e orientação sempre que
necessário.
Ao se incluir no processo de ensino
aprendizagem e reconhecer sua própria
responsabilidade no sucesso ou fracasso dos
alunos, o instrutor cria uma atmosfera de
parceria e comprometimento, onde todos
estão trabalhando juntos em direção a um
objetivo comum. Isso ajuda a promover um
senso de comunidade e colaboração na sala
de aula, o que pode levar a resultados mais
significativos e duradouros para os alunos.
Em resumo, ter um estilo assertivo como
instrutor é fundamental para estabelecer uma
relação de confiança e eficácia durante as
aulas. Ao demonstrar confiança em suas
habilidades, estabelecer limites claros e se
incluir ativamente no processo de ensino
aprendizagem, o instrutor pode criar um
ambiente de aprendizado seguro, estimulante
e colaborativo, onde os alunos se sentem
motivados a aprender e crescer.
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119
A CONGRUÊNCIA É ESSENCIAL PARA
ALCANÇAR A EXCELÊNCIA PESSOAL.
LUCAS BAVARESCO
Construção base da 1ª, 2ª e 3ª aula prática
categoria B:
Combinações importantes, deixando claro:
Que a primeira preocupação é a segurança
como futuro condutor e que
consequentemente aprendendo vai passar na
prova.
Que não pode sair com dúvidas da aula, pois
isso é fundamental para saber o
desenvolvimento.
Que será a primeira pessoa a dizer quando
estará pronta para a prova, mas também será
a primeira a dizer quando não estiver pronta.
Que ensinaremos da mesma forma que
dirigimos (com calma e tranquilidade).
Sempre deixar claro o que será ensinado no
início da aula , bem como ao final, reforçar o
que foi ensinado.
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120
PRIMEIRA AULA
Pedais:
Embreagem (3 funções):
Dar o movimento ao veículo.
Auxilia a troca de marchas.
Auxilia a parada.
Pé esquerdo:
Ponta no pedal.
Calcanhar no assoalho/chão.
Freio (2 funções):
Diminuir a velocidade.
Parar totalmente.
Pé direito:
Ponta no pedal.
Calcanhar no assoalho/chão.
Acelerador (1 função):
Aumentar a velocidade.
Pé direito: o Ponta no pedal.
Calcanhar no assoalho/chão.
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121
Marchas:
Ponto morto/neutro:
Lugar mais folgado da caixa de câmbio.
Usada para ligar e desligar o carro.
Mão direita:
Concha para dentro.
Concha para fora.
1ª Marcha:
Força.
Usada para colocar o carro em movimento.
Mão direita:
Concha para dentro.
Lado da perna.
Engata para frente.
2ª Marcha:
Menos Força que a 1ª marcha.
Usada para realizar conversões de baixa
velocidade.
Usada para passar por quebra-molas.
Mão direita:
Concha para dentro.
Lado da perna.
Engata para trás.
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122
3ª Marcha:
Intermediária.
Usada para desenvolver mais o carro, em ruas
mais livres.
Mão direita:
Palma da mão.
Solta a marcha no centro.
Engata para frente.
4ª Marcha:
Velocidade;
Usada para desenvolver mais o carro, em ruas
mais livres com maior velocidade;
Mão direita:
Palma da mão.
Solta a marcha no centro.
Engata para trás.
5ª Marcha:
Velocidade + economia.
Usada para desenvolver mais o carro, em ruas
mais livres com maior velocidade.
Rodovias.
Mão direita:
Concha por dentro.
Solta a marcha no centro.
Lado da perna do carona.
Engata para frente.
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123
Direção:
Segurar para maior segurança e agilidade:
Mão esquerda entre 10 e 9.
Mão direita entre o 2 e 3.
Pequenos desvios:
Inclinar para um lado e para o outro.
Virar bastante a direção:
Mãos sobre mãos.
Mãos por fora da direção.
Desvirar a direção:
Deixar levemente a direção vir desvirando,
sem tirar a mão.
Seta/pisca:
Com os dedos esquerdo, sem retirar a mão da
direção;
Baixo - esquerda.
Cima - Direita.
Ao desvirar o volante o pisca desliga sozinho.
Limpador de para-brisa:
Com os dedos direito, sem retirar a mão da
direção, exceto quando for botão de girar.
Velocidades (chuvinha, chuva e chuvão).
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124
Demonstração:
Chave:
Não tem lado.
Ignição: o Parte elétrica.
Luzes do painel:
Freio de mão.
Cores e sua gravidade.
Ignição:
Arranque/motor de partida.
Vira solta a chave.
Freio de mão/estacionamento:
Pé direito no freio.
Puxa um pouco, aperta e segura a bolinha,
baixa até apagar a luz.
Puxar sem apertar a bolinha, escutando o
barulho das engrenagens.
Arrancada:
Acelerar constante.
Vir soltando a embreagem.
Quando o carro entrar em movimento, não
soltar mais o pé da embreagem.
Permanecer com o pé na embreagem na 1ª
marcha.
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125
Parada em 1ª marcha:
Pisar no fundo da embreagem.
Pisar no freio suavemente.
Repetição:
Repetir procedimento, ao menos mais 2x.
Verificar se o aluno compreendeu.
Repetir a arrancada para avançar no
conteúdo.
Troca de marcha:
Levantar a velocidade.
Escutar o motor do carro.
Pisar na embreagem até o fundo.
Soltar o acelerador;
Fazer a marcha com a mão em forma de
concha.
Soltar suavemente a embreagem.
Retomar o acelerador.
Parada em 2ª marcha:
Soltar o acelerador.
Pisar suavemente no freio até diminuir a
velocidade.
Pisar no fundo da embreagem (não precisa
esperar o carro tremer).
Continuar com o pé no freio, dosando
suavemente até a parada total.
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126
Trocar de lugar com o aluno:
Ajuste do banco:
Assento (pé na embreagem).
Encosto (pulso no volante).
Espelhos retrovisores:
Esquerdo (ver a pontinha do carro).
Interno (vidro traseiro).
Interno (corta reflexo).
Direito (ver a pontinha do carro).
Cinto de segurança:
Após todos os ajustes.
Execução pelo aluno:
Arrancada e parada em 1ª marcha:
Narração (1x, 2x, 3x, na 4x deixa fazer
sozinho).
Elogiar o acerto do aluno.
Troca de marcha e parada em 2ª marcha:
Narração (1x, 2x 3x, na 4x deixa fazer
sozinho).
Elogiar o acerto do aluno.
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127
Tempo de execução:
Parte da teoria e demonstração pelo
instrutor:
Em torno de 10 minutos.
Fazer devagar para que o aluno possa além
de observar, escutar sua explicação.
Corrigir e exercitar os erros específicos do
aluno.
Nem todo aluno comete o mesmo erro ou tem
a mesma dificuldade.
Aluno com prática de direção:
Levar o veículo até local mais tranquilo.
Deixar claro, que, como ele disse que tem
conhecimento, você vai observá-lo para após
começar os ajustes necessários.
Usem a experiência de vocês, pois muitos
dizem que sabem e na verdade não sabem
nada.
Mostre exatamente o que ele precisa corrigir,
principalmente se apresentar vícios de
direção.
site: lucasbavaresco
128
SEGUNDA AULA
Demonstração:
O instrutor deve explicar e demonstrar a
forma correta de fazer a circulação e as
conversões.
Sinalização do veículo e o uso correto das
setas:
Seta para colocar em movimento.
Seta para parar/estacionar interrompendo o
movimento.
Seta para todo e qualquer movimento lateral.
Obs.: é importante o aluno entender a
importância da comunicação com os demais
usuários da via.
Uso correto dos espelhos retrovisores
auxiliares:
Retrovisor externo esquerda:
Mostrar o lado esquerdo do veículo para trás.
Olhar em todo e qualquer movimento lateral
para esquerda, como por exemplo trocar de
faixa, desvios, conversão a esquerda.
Ponto Cego:
Olhar brevemente para o lado virando o
pescoço e/ou inclinando o corpo para frente
visualizando o espelho retrovisor em uma
outra posição.
site: lucasbavaresco
129
Retrovisor externo direito:
mostrar o lado direito do veículo para trás.
Olhar em todo e qualquer movimento lateral
para direita, como por exemplo trocar de
faixa, desvios, conversão a direita.
Ponto Cego:
Olhar brevemente para o lado virando o
pescoço e/ou inclinando o corpo para frente
visualizando o espelho retrovisor em uma
outra posição.
Retrovisor interno:
Mostrar do veículo para trás.
Olhar eventualmente para manter a visão do
entorno do veículo, mantendo assim um
campo de visão ampliado, e com mais
previsibilidade.
Corta reflexo:
Deixar o espelho ajustado com o botão para
trás do espelho, fazendo o seu uso colocando
para baixo. O uso minimizará o reflexo do
farol do veículo que vem atrás, reduzindo a
possibilidade de ofuscamento.
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130
Importante:
Explicar os espelhos é ensinando a noção de
distância e velocidade.
Veículo menor – mais longe.
Veículo grande – mais perto.
Veículo aumentando de tamanho – mais
rápido.
Veículo diminuindo – mais devagar.
Veículo no mesmo tamanho – na mesma
velocidade.
Regras de circulação, quando não há
sinalização (se houver sinalização, seguir o
indicado):
Circulação nas ruas:
Lado direito da via.
Conversões Direita:
Rua de Mão dupla fechada.
Rua de Mão única fechada.
Rua de Pista dupla (canteiro) fechada.
Posicionamento para conversão a direita:
Ficar mais à direita possível.
Conversões Esquerda:
Rua de Mão dupla aberta
Rua de Mão Única aberta.
Rua de Pista dupla aberta.
site: lucasbavaresco
131
Posicionamento para conversão a esquerda:
Ficar mais à esquerda possível.
Identificação das vias:
Importante explicar ao aluno que a maioria
das ruas são de mão dupla. Isso se dá ao
direito de ir e vir do cidadão que determina
uma largura mínima da via.
Só existira ruas de mão única se houver
sinalização, visto que a troca do sentido é
ação da engenharia para melhorar o tráfego
da região.
Importante:
Qualquer sinalização do lado esquerdo virada
para o veículo é um indicativo de mão única,
além das sinalizações padrões.
Uso do volante:
Mão sobre mãos para virar em uma esquina.
Não tirar as mãos do volante para realizar
pequenos desvios.
Retorno em pista dupla (entre canteiros):
Ficar mais à esquerda possível.
Passar da metade do espaço disponível entre
canteiros.
Fazer o retorno em 2ª marcha e sem acelerar.
Parar o veículo se vier veículo no sentido
contrário.
site: lucasbavaresco
132
Parar o veículo se não houver visibilidade.
Parar o veículo por motivo de força maior.
Já havendo um veículo parado no cruzamento
do retorno, parar antes do cruzamento ao
lado do canteiro central.
Exercícios:
Conversões a direita com placa de pare e sem
placa de pare.
Conversões a esquerda com placa de pare,
sem placa de pare e com canteiro central.
Mostrar que o carro, após estar em
movimento não apaga se soltar o acelerador.
Mostrar ao aluno que é possível usar o freio
para diminuir a velocidade sem apagar o
veículo.
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Retorno em pista dupla:
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Conversão a esquerda em pista dupla:
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Conversão a direita:
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Conversão a esquerda mão dupla:
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Conversão a esquerda mão única:
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TERCEIRA AULA
Demonstração:
O instrutor deve explicar e demonstrar a
forma correta de fazer a terceira marcha e a
redução.
Troca para Terceira Marcha:
Aumentar a velocidade, escutando o motor do
veículo antes da troca.
Importante:
Carros mais modernos, populares, são
projetados para ter melhor desempenho nos
centros urbanos, com isso a engrenagem das
suas marchas é mais curta, permitindo a
troca de marcha em velocidades menores, e
com mais frequência. Isso gera mais
economia e menor desgaste do veículo.
Redução para Segunda Marcha:
Diminuir a velocidade no freio e com o
veículo devagar, em uma velocidade
compatível engrenar a segunda marcha. O pé
permanece no freio enquanto não é realizado
a troca.
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Importante:
Ao reduzir a marcha o veículo permanece em
uma velocidade reduzida e estável para a
realização das conversões, lombadas.
Se o veículo estiver em quarta marcha, não
há a necessidade de vir reduzindo na
sequência das marchas, desde que a
velocidade seja compatível com a marcha a
ser colocada, não deixando o veículo dar
solavancos.
Retomada de força:
Ao subir um aclive, no qual o aluno começa a
subir em terceira marcha e a medida que o
carro vai perdendo força, ele retoma a força
do veículo engrenando a segunda marcha
voltando a acelerar. A retomada de força
deve se dar sempre com uma marcha menor,
até que encontre a marcha ideal para a
subida.
Importante:
Veja que nesse caso ao colocar a segunda
marcha, o aluno acelerou, pois a intenção era
a continuidade da lomba, da subida.
Enquanto na redução o aluno diminui a
velocidade no freio para diminuir a
velocidade, e após isso ele engrena a
segunda marcha. A diferença se dá no pé
direito, se o aluno precisar acelerar, é
retomada de força, se o aluno precisar
diminuir a velocidade é redução de marcha.
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Retorno em mão dupla:
Voltar na mesma rua, em sentido contrário.
Posicionamento para retorno (antigo retorno
de 3 pontos):
Ficar mais à esquerda possível.
Identificação das vias:
Importante explicar ao aluno que a maioria
das ruas são de mão dupla. Isso se dá ao
direito de ir e vir do cidadão que determina
uma largura mínima da via.
Só existira ruas de mão única se houver
sinalização, visto que a troca do sentido é
ação da engenharia para melhorar o tráfego
da região.
Obs.: qualquer sinalização do lado esquerdo
virada para o veículo é um indicativo de mão
única, além das sinalizações padrões.
Manobra:
Sinalizar a esquerda a intenção.
Parar o veículo.
Virar todo o volante a esquerda.
Aproximar da calçada, sem encostar o pneu
no meio fio.
Virar todo o volante para a direita.
Dar marcha ré, olhando para trás, indo
apenas o suficiente para próxima manobra.
Virar todo o volante para a esquerda e
completar a manobra.
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Exercícios:
Terceira marcha em linha.
Redução em linha reta.
Redução antes das conversões.
Retorno em mão dupla (3 pontas)
Revisão das aulas anteriores.
Retorno em mão dupla (3 pontas)
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Itens obrigatórios para o Plano de Aula:
Tema da Aula:
1ª aula ou 2ª aula ou 3ª aula.
Conteúdos:
Escrever com suas palavras, aquilo que você
vai ensinar, lembrando de seguir o estudado.
Objetivo geral:
Descreva com suas palavras, como você
gostaria que seu aluno estivesse dirigindo
após a sua aula, após você ter ensinado o que
disse que ensinaria nos conteúdos.
Desenvolvimento / procedimentos /
estratégias:
Momento de escrever como esta pensando
em executar a aula, lembrando que é uma
aula narrativa e dialogada, reforçando o que
será ensinado no início e o que foi ensinado
ao final para que o aluno não tenha dúvidas
dos conteúdos. Essa parte do plano, é a parte
mais longa, a parte mais detalhada, pois você
deve imaginar que seu aluno nunca sentou
no lugar do motorista e terá sua primeira
experiência como motorista. Importante
lembrar que não basta dizer, “faz”, precisa
descrever como “ele faz” narrando as etapas
até que ele consiga executar o ensinado. E:
essa parte do plano, serve para que o diretor
do CFC, leia a saiba com clareza o que você
esta ensinando.
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Característica do trajeto/percurso:
Essa parte do plano é fundamental para que
você consiga executar o seu planejamento,
pois saber o tipo de características que o
bairro deve ter é o mínimo para ter sucesso
na aula planejada. Não estou aqui falando de
saber o nome da rua ou do bairro, estou
dizendo das “coisas” que o bairro deve ter
para ensinar, o que tu disse que ensinaria.
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ESTÁGIO
SUPERVISIONADO
(ES)
O estágio supervisionado é uma etapa
fundamental no processo de formação de
instrutores de trânsito. Apesar de suas
modestas 10 horas de duração, representa
uma valiosa oportunidade para os futuros
profissionais adquirirem experiência prática e
consolidarem os conhecimentos teóricos
adquiridos ao longo do curso.
No Centro de Formação de Condutores (CFC),
onde se desenvolve o estágio, os alunos têm
a chance de vivenciar o ambiente real de
trabalho, participando de atividades teóricas
e práticas que os preparam para a futura
atuação como instrutores. As 4 horas/aula
teóricas proporcionam uma revisão dos
conceitos aprendidos em sala de aula,
enquanto as 4 horas/aula práticas de
categoria B e 2 horas/aula práticas de
categoria A permitem que os alunos
experimentem na prática o que foi ensinado.
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Embora o estágio seja obrigatório para a
conclusão do curso, seu valor vai além do
cumprimento de uma exigência acadêmica. É
também uma oportunidade de ouro para os
alunos demonstrarem suas habilidades e
comprometimento, pois tem sido uma espécie
de entrevista disfarçada para aqueles que
almejam uma oportunidade de trabalho no
próprio CFC.
Durante essas horas, os futuros instrutores
têm a chance de interagir e se relacionar com
os diretores e demais profissionais da
instituição, mostrando seu potencial e
demonstrando interesse em fazer parte da
equipe. Essa proximidade proporciona uma
avaliação mútua, na qual tanto os colegas
quanto os diretores podem verificar se há
uma boa adequação entre as expectativas e
necessidades de ambas as partes.
Assim, o estágio supervisionado não apenas
complementa o processo de formação do
instrutor de trânsito, mas também serve
como uma importante etapa de transição
entre a teoria e a prática, preparando os
alunos para os desafios e responsabilidades
da profissão.
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Composição do estágio supervisionado
obrigatório:
Aulas teóricas:
4 horas / aula de 50 minutos.
Modalidade Presencial ou Online.
Aulas práticas:
4 horas / aula de 50 minutos na categoria B.
2 horas / aula de 50 minutos na categoria A.
Modalidade Presencial.
Relatórios finais de comprovação do estágio:
1 relatório para aula teórica.
1 relatório para aula prática categoria B.
1 relatório para aula prática categoria A.
Todos os relatórios deverão estar assinados
pelo diretor geral ou de diretor de ensino do
Centro de Formação de Condutores.
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Como construir o relatório:
Orientação para construção de um relatório
de estágio bem estruturado!
Passo 1: Introdução (1 parágrafo)
Comece o relatório com uma introdução que
descreva brevemente a instituição onde as
observações foram realizadas, a turma e/ou a
disciplina em que você estava focando, e o
objetivo geral das observações.
Passo 2: Descrição do Ambiente (1 parágrafo)
Descreva o ambiente da sala de aula,
incluindo o layout da sala, as instalações, o
número de alunos, a interação instrutor x
aluno e quaisquer recursos tecnológicos
utilizados.
Passo 3: Objetivos e Expectativas (1
parágrafo)
Expresse seus objetivos e expectativas para o
estágio e o que você esperava aprender
durante as observações.
Passo 4: Descrição das Atividades de
Observação (2-3 parágrafos)
Detalhe as atividades de observação que
você realizou. Descreva quais aulas ou
momentos específicos você observou, como
foi o envolvimento dos alunos, o método de
ensino do instrutor, e quaisquer aspectos
notáveis que você tenha observado.
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Passo 5: Aprendizados (2-3 parágrafos)
Compartilhe os principais aprendizados
obtidos com as observações. Isso pode incluir
insights sobre métodos de ensino, estratégias
de gerenciamento de sala de aula, desafios
enfrentados, ou qualquer outra descoberta
relevante.
Passo 6: Reflexão (2-3 parágrafos)
Reflita sobre como as observações
contribuíram para o seu desenvolvimento
profissional e pessoal. Discuta as mudanças
em sua perspectiva, habilidades e
conhecimento como resultado das
observações.
Passo 7: Desafios e Soluções (1-2 parágrafos)
Identifique quaisquer desafios que você
enfrentou durante o estágio e como os
superou. Isso demonstra resiliência e
habilidades de resolução de problemas.
Passo 8: Conclusão (1-2 parágrafos)
Conclua a redação resumindo seus principais
insights e aprendizados e destacando a
importância da experiência de observação de
aulas.
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Passo 9: Revisão e Formatação
Revise seu relatório quanto à gramática,
ortografia e coesão. Certifique-se de que o
relatório esteja apresentável e sem rasuras.
Se possível encaderne e leve para o diretor
ler e assinar. Se for do seu interesse
pergunte se pode deixar um currículo.
Importante: o relatório deve conter no
mínimo 20 linhas para as aulas teóricas, 20
linhas para as aulas práticas de categoria B e
20 linhas para as aulas práticas de categoria
A.
Não pode conter rasuras.
Todos os espaços deverão ser devidamente
preenchidos, ou então se não for necessário
inutiliza-lo.
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ANEXOS
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