GRANDE ORIENTE DE MINAS GERAIS
GOMG
Av. Augusto de Lima, 2.094 - Bairro Barro Preto
Belo Horizonte (MG) - CEP 30.190-008
Membro da
CONFEDERAÇÃO MAÇÔNICA INTERAMERICANA
CONFEDERAÇÃO MAÇÔNICA DO BRASIL
REGULAMENTO GERAL DO
GRANDE ORIENTE DE MINAS GERAIS
VANDERLEI GERALDO DE ASSIS
GRÃO-MESTRE
RODRIGO PIASSI DO NASCIMENTO
GRÃO-MESTRE ADJUNTO
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GRANDE ORIENTE DE MINAS GERAIS
Membro da Confederação Maçônica do Brasil - COMAB
Membro da Confederação Maçônica Interamericana - CMI
Mensagem de Agradecimento e Apresentação do
Novo Regulamento Geral do Grande Oriente de Minas Gerais
Prezados Irmãos do Grande Oriente de Minas Gerais,
É com grande satisfação que anunciamos a edição e aprovação do novo
Regulamento Geral do Grande Oriente de Minas Gerais. Este marco só foi
possível graças à colaboração e dedicação de todos os que participaram desse
processo, especialmente aos ilustres Deputados que dedicaram seu tempo
para sua aprovação.
Expressamos nossa profunda gratidão a cada um de vocês, que contribuíram
com sugestões, reflexões e comprometimento, enriquecendo assim o
conteúdo deste importante documento que guiará nossas ações e condutas.
Este novo regulamento reflete não apenas nossos valores e princípios, mas
também nosso constante compromisso com a transparência, a fraternidade e
a excelência em nossa jornada maçônica.
Que possamos, juntos, continuar trilhando o caminho da sabedoria, da
harmonia e do progresso, honrando sempre os ideais que norteiam nossa
Ordem.
Fraternais abraços,
Vanderlei Geraldo de Assis
Grão-Mestre
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GRANDE ORIENTE DE MINAS GERAIS
Membro da Confederação Maçônica do Brasil - COMAB
Membro da Confederação Maçônica Interamericana - CMI
Decreto nº 4.912, de 20 de fevereiro de 2024
Adota o Novo Regulamento Geral do Grande
Oriente de Minas Gerais.
O Grão-Mestre do Grande Oriente de Minas Gerais, no uso das atribuições que
lhe confere o artigo 59, incisos I e II, da Constituição:
Considerando a aprovação do Novo Regulamento Geral pela Assembleia
Legislativa do Grande Oriente de Minas Gerais;
Considerando a publicação da Lei Nº 310, de 16 de fevereiro de 2024, que
sancionou e instituiu o Novo Regulamento Geral do Grande Oriente de Minas Gerais.
DECRETA:
Art. 1º. O Grande Oriente de Minas Gerais adota seu Novo Regulamento Geral,
determinando-lhe o uso por todas as Lojas, Triângulos, Maçons, Delegacias e demais
órgãos dos Três Poderes.
Art. 2º. Fica retirado de circulação e uso o Regulamento Geral de 2015 e edições
posteriores;
Art. 3º. Revogam-se as disposições em contrário, em especial o Decreto Nº 2.269,
de 1º de junho de 2015.
Art. 4º. Este Decreto passa a produzir efeitos a partir do seu conhecimento pelas
partes interessadas, independentemente de publicação no Boletim Oficial.
Dado, traçado e selado no Gabinete do Grão-Mestre, Oriente de Belo Horizonte,
(MG), ao vigésimo dia do mês de fevereiro do ano de dois mil e vinte e quatro da E
V, 80º ano de fundação do Grande Oriente de Minas Gerias.
Vanderlei Geraldo de Assis, CIM 4.775
Grão-Mestre
Enderson Couto Miranda, CIM 7.038 Cleber Menezes, CIM 9.924
Grande Secretário de Governo Grande Secretário da Guarda dos Selos
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LEI Nº 310, de 16 de fevereiro de 2024.
Sanciona a Lei que institui o Regulamento Geral do Grande Oriente de Minas
Gerais.
O Grão-Mestre do Grande Oriente de Minas Gerais, no uso das atribuições que
lhes conferem os Incisos I e II, do art. 59 da Constituição do GOMG, faz saber a todos os
Maçons, Lojas, Triângulos e Delegacias da jurisdição, para que cumpram e façamcumprir
o Regulamento Geral aprovado pela Assembleia Legislativa e que eu, sancionoa seguinte
Lei:
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TÍTULO I
Da Maçonaria e seus princípios
CAPÍTULO I
Dos princípios gerais da Instituição
Art. 1º Os princípios gerais da Instituição Maçônica, definição e fins, são os
contidos no Capítulo I da Constituição, promulgada em 17 de junho de 2006.
CAPÍTULO II
Dos princípios normativos do Grande Oriente de Minas Gerais
Art. 2º A definição, jurisdição, postulados e fins do Grande Oriente de Minas Gerais
são os contidos no Capítulo II da Constituição.
Art. 3º Para o desenvolvimento das Sessões Maçônicas realizadas em todas as
suas Lojas filiadas, o Grande Oriente de Minas Gerais adota os seguintes ritos: Rito
Escocês Antigo e Aceito, Rito Adonhiramita, Rito Brasileiro, Emulation Ritual, Rito
Moderno ou Francês, Rito Schroeder e Rito de York.
TÍTULO II
Dos Maçons
CAPÍTULO I
Dos requisitos para a admissão
SEÇÃO I
Dos pré-requisitos
Art. 4º Serão admitidas como Maçons as pessoas do sexo masculino, maiores de
21 anos, que não professem ideologias contrárias aos postulados universais da Ordem,
e cujo pedido, assinado de próprio punho pelo requerente e submetido à votação, por
escrutínio secreto, em uma Loja justa, perfeita e regular e, sendo aprovado, obtenha
licença para iniciação, segundo o rito por esta praticado.
§ 1º São pré-requisitos para a inscrição:
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I – Crença em um Princípio Criador, que é Deus, denominado Grande Arquiteto do
Universo;
II – O compromisso formal de observância e cumprimento dos princípios gerais da
Constituição do Grande Oriente de Minas Gerais;
III – Capacidade de guardar segredos;
IV – Ser discreto;
V – Ser livre, de bons costumes e de reputação ilibada, apurados em sindicância
rigorosa que abranja o seu passado e o seu presente;
VI – Não ser fanático;
VII – Ter nível de escolaridade que capacite o candidato a:
a) assimilar o simbolismo da Maçonaria;
b) compreender a divisão da Maçonaria em três graus;
c) assimilar a alegoria do terceiro grau.
VIII – Ter meio de vida lícito;
IX – Não professar ideologias incompatíveis com os princípios universais daOrdem
Maçônica;
X – Não ser portador de deficiência mental, ou qualquer moléstia e incapacidade
física que impossibilitem o cumprimento dos deveres maçônicos;
XI - Ter, pelo menos, um ano de residência no Oriente da Loja da jurisdição em que
pretenda iniciar-se, ou em Oriente próximo que não tenha Loja filiada a alguma potência
regular.
XII - ter condição econômico-financeira que lhe assegure subsistência própria e de
sua família, sem prejuízo dos encargos maçônicos.
§ 2º A falta ou insuficiência de qualquer dos requisitos previstos, no parágrafo 1°
deste artigo, impede a inscrição do candidato.
§ 3º Não se recomenda a admissão de pessoas cuja idade avançada impossibilite
a sua frequência regular à Loja.
SEÇÃO II
Da admissão de um novo membro
Art. 5º Todo cidadão para ter ingresso aos Quadros de Obreiros de Lojas
Maçônicas, filiadas ao Grande Oriente de Minas Gerais, terá que ser apresentado por um
Mestre-Maçom Regular e Ativo do quadro da Loja, em nível com a Chancelaria e a
Tesouraria.
§ 1º Nenhum candidato poderá, simultaneamente, ser proposto para admissão em
mais de uma Loja.
§ 2º O Mestre-Maçom, ao propor à Loja um candidato, torna-se fiador das
qualificações dele e abonador de sua conduta em Loja e de seu acompanhamento
evolutivo maçônico.
§ 3º Admite-se pedidos feitos diretamente pelos candidatos, enviados por meio
eletrônico ou por outro instrumento, os quais deverão ser encaminhados ao Delegado da
região, ou ao Venerável Mestre da Loja Maçônica mais próxima da residência do
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solicitante, para fins de diligenciar se o pretendente possui os pré-requisitos para
admissão.
§ 4º É obrigatória a anuência da mulher do candidato se casado ou em união
estável.
Art. 6º Os documentos exigidos para o ingresso na maçonaria são os indicados
abaixo e contidos no “Processo de Seleção para Admissão de Novos Membros”, que, após
sua conclusão, será transformado em Prontuário Maçônico e Civil:
I – Formulário de tramitação para processo de seleção para admissão de novos
irmãos;
II – Apresentação de candidato;
III – Solicitação de admissão;
IV – Dados cadastrais do candidato;
V – Formulário de sindicância;
VI – Prontuário (currículo) maçônico do candidato;
VII – Prontuário (currículo) civil do candidato.
VIII – Foto 3x4 de terno e gravata.
IX – Será obrigatória a apresentação das certidões negativas cíveis e criminais,
perante a Justiça Comum Estadual, Federal e Juizados Especiais, da comarca onde reside
e residiu nos últimos cinco anos e, especialmente da FAC-Ficha de Antecedentes
Criminais e CAC-Certidão de Antecedentes Criminais, bem como de consulta SERASA.
X - É obrigatória a apresentação de todos os documentos acima citados, na Grande
Secretaria da Guarda dos Selos para conclusão do processo.
SEÇÃO III
Do Processo de Admissão
Art. 7º Tendo um Mestre-Maçom Regular e Ativo conhecimento suficiente sobre
um cidadão, a ponto de torná-lo candidato e apresentá-lo à uma Loja, ficando responsável
por suas ações como Maçom, deve proceder da forma abaixo:
I - Sem que o candidato saiba, deve seu proponente comunicar à secretaria da Loja,
a intenção de convidá-lo. Esta lhe fornecerá o formulário do Processo de Seleção e
Admissão de Novos Membros, o qual deverá ser por ele preenchido, juntamente com a
Justificativa da Apresentação, apondo, após, sua assinatura;
II - Com o formulário devidamente preenchido, o proponente deve colocá-lo, em
envelope fechado, sem qualquer identificação, conforme o Rito, na Bolsa de Propostas e
Informações;
III - O Venerável Mestre, no momento pertinente e estando o formulário
adequadamente preenchido, fará sua leitura durante três sessões econômicas seguidas
ou alternadas, sempre omitindo o nome do proponente e determinando, após, que todos
os Irmãos do Quadro de Obreiros, se não conhecem o candidato, o façam;
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IV - Após três semanas em que o Venerável Mestre leu a proposta prévia do
candidato, e não havendo nenhuma objeção, convocará todos os Irmãos do Quadro de
Obreiros para uma sessão econômica/ordinária onde, na Ordem do Dia, abrirá discussão
sobre a aceitação ou não do candidato apresentado, recomendando que os Irmãos que
ainda não o conheçam, que o façam, observando-se:
a) Se, durante qualquer uma das três prévias, houver objeção ao ingresso do
candidato, oral, escrita ou sigilosa, feita ao Venerável Mestre, este, dependendo da
gravidade da denúncia, abortará o processo, informando ao proponente sobre a objeção,
sem, no entanto, declarar o nome do informante, dando, por último, contas à assembleia
da Loja sobre a denúncia e a consequente retirada do processo;
b) A depender da gravidade do impedimento, ou tratando-se de caso pessoal, o
Venerável Mestre poderá dar continuidade ao processo ou não, cabendo-lhe essa
decisão;
V - Na sessão econômica/ordinária, previamente agendada, conforme inciso IV
deste artigo, o Venerável Mestre perguntará a cada um dos membros do Quadro de
Obreiros presentes sobre sua concordância em formalizar o processo de admissão
quanto ao ingresso do candidato, podendo o Venerável Mestre, ante qualquer
manifestação negativa, paralisar o processo e nomear, sigilosamente, uma comissão
formada por três Mestres-Maçons para investigar a informação trazida, dando-lhes prazo
de catorze dias corridos para tal. Caso se confirme a denúncia, dependendo de sua
gravidade, o Venerável Mestre abordará o processo. Caso a informação não se confirme,
o Venerável Mestre dará sequência ao processo;
VI - Não havendo nenhuma opinião desabonadora, o Venerável Mestre autorizará
o proponente, em particular, a formular o convite oficial ao candidato;
VII - O proponente informará, então, ao candidato o seu desejo de apresentá-lo a
uma Loja Maçônica e, em caso de sua concordância, solicitará ao Venerável Mestre da
Loja uma versão da “Cartilha para Profanos” ou outro material correspondente, físico ou
virtual, para ser disponibilizado ao candidato para que o conheça, analise e decida,
juntamente com sua família;
VIII - Havendo interesse do candidato, este comunicará sua intenção ao
proponente, que o informará sobre a exigência de frequência, pagamento de
mensalidades, trajes, pagamento da taxa de iniciação e de seu consentimento para o início
do processo de sindicâncias;
IX - Persistindo o interesse do candidato, seu proponente voltará à secretaria da
Loja, pedindo a esta que lhe forneça os formulários “Solicitação de Admissão e
Autorização para Sindicância” e “Dados Cadastrais” para que o candidato os preencha
de próprio punho, sendo indispensável sua assinatura, devendo o formulário ser
preenchido pelo candidato e devolvido, dentro de trinta dias corridos, sob pena de o
processo ser cancelado após este prazo.
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X - Após o candidato devolver os formulários, devidamente preenchidos, a seu
proponente, este os apresentará à Loja, mediante depósito na Bolsa de Propostas e
Informações, onde o Rito assim o prever, cabendo ao Venerável Mestre determinar à
secretaria da Loja que promova a conferência dos documentos, especialmente sobre a
ausência de certidões que inviabilizem ou impeçam o trâmite do processo de admissão,
e estando tudo em conformidade, solicite à Grande Secretaria da Guarda dos Selos do
Grande Oriente de Minas Gerais a publicação de seu nome, estado civil, profissão,
nacionalidade, data de nascimento, naturalidade, filiação, endereço atual e foto, com terno
e gravata, no Boletim Oficial. O prazo de validade da publicação no Boletim Oficial é de
cento e oitenta dias corridos, findo o qual, deverá ser feita nova publicação;
XI - Após 30 dias corridos da data da publicação dos dados e foto do candidato no
Boletim Oficial, seu edital ter sido afixado por trinta dias corridos no quadro de avisos da
Loja e não tendo havido nenhuma contestação, o Venerável Mestre nomeará,
particularmente, três Mestres-Maçons para que procedam, separadamente, à sindicância
do candidato, dando-lhes vinte e um dias corridos para que a devolvam à Loja, sua
profunda investigação sobre a vida do candidato, e declarando, por fim, ser favorável ou
não sobre seu ingresso, utilizando-se do formulário próprio;
XII – Compete ao sindicante nomeado pelo Venerável Mestre:
a) Promover rigorosa investigação sobre o comportamento social, familiar e
profissional do candidato, de modo que se confirme se ele reúne todos os requisitos para
ser aceito Maçom;
b) Valer-se de todas as fontes informativas, contanto que pareçam insuspeitas;
c) Abster-se de consignar, ao fazer a avaliação do candidato, opinião motivada por
simpatia, antipatia, ou parentesco, podendo, nesses casos, declarar suspeição e recusar
a incumbência;
d) Ter em conta, no desempenho de sua missão, que é preferível a Loja perder
um candidato a admitir uma pessoa inadaptável à fraternidade maçônica, por maior que
seja a sua riqueza material ou a sua cultura;
e) Elaborar relatórios escritos do que for apurado, assinando-os e colocando-os
conforme o Rito, na Bolsa de Propostas e Informações, com a recomendação “Reservado
ao Venerável", dentro de vinte e um dias corridos do recebimento do encargo;
f) Decorridos vinte e um dias, sem que algum dos sindicantes tenha cumprido sua
missão, o Venerável Mestre poderá nomear outro sindicante, dilatando o prazo para mais
catorze dias corridos;
g) Os Mestres-Maçons, sindicantes, farão profunda investigação sobre a vida do
candidato, utilizando-se o Formulário de Sindicâncias, para relatar o que foi apurado,
conforme descrito na alínea a deste inciso, bem como outros aspectos que julgarem de
interesse para sua admissão;
h) as perguntas constantes do Formulário de Sindicância não devem ser
diretamente formuladas ao candidato. Estas são apenas de cunho orientativo, devendo
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os dados serem colhidos pelo sindicante, durante a entrevista, e incluídos, de forma
dissertativa, em seu relatório final;
XIII - Estando as sindicâncias corretamente cumpridas, o Venerável Mestre
marcará, com antecedência mínima de catorze dias corridos, a sessão
econômica/ordinária em que ocorrerá o Escrutínio Secreto do candidato;
XIV - A qualquer Mestre-Maçom do quadro da Loja é permitido fazer
representação ao membro do Ministério Público Maçônico contra o sindicante que tenha
sido parcial ou desidioso no cumprimento da sua missão, desde que nessarepresentação
constem fatos ou falhas não apurados na sindicância;
XV - No caso da suspeição a que se refere o inciso XII, alínea c, deste artigo, deverá
o sindicante nomeado manifestá-la verbalmente ao Venerável Mestre da Loja, ou, se
preferi-lo, por escrito;
XVI - Ao membro do Ministério Público Maçônico da Loja, incumbe denunciar
candidatos, em face do conteúdo de representações recebidas, bem como denunciar de
ofício os candidatos por fatos que tiver conhecimento, narrando-os com todas as
circunstâncias e indicando os dispositivos legais infringidos e ocorridos após a sindicância,
cabendo-lhe oferecer denúncia contra os sindicantes que, comprovadamente, tenham
realizado sindicâncias imperfeitas, favorecendo ou prejudicando candidatos;
XVII - A oposição à admissão de qualquer candidato será formulada durante as três
prévias nas quais, o candidato será apresentado ou na sessão agendada para discussão
sobre seu ingresso, ou ainda, a qualquer momento, particularmente, ao Venerável Mestre;
XVIII - O proponente pode pedir cancelamento do processo, retirando a proposta
de admissão, desde que o faça antes da leitura das sindicâncias, devendo o fato ser
comunicado à Grande Secretaria da Guarda dos Selos para publicação;
XIX - A nenhum membro do Quadro de Obreiros é permitido omitir a comunicação
de qualquer fato de que tenha conhecimento ou que tenha testemunhado, mesmo que ele
desabone a conduta de qualquer candidato à admissão. A comunicação de que trataesse
inciso será feita por escrito diretamente ao Venerável Mestre da Loja;
XX - A nenhum maçom é permitido valer-se do sigilo do voto, em Escrutínio
Secreto, para esquivar-se ao cumprimento do disposto no inciso XIX.
XXI - Feita a publicação por edital e no Boletim Oficial, Maçons e Lojas terão o
prazo de vinte e um dias, a contar da publicação, para apresentar impugnações ou
oposições, sempre fundamentadas, à admissão do candidato, considerando-se que:
a) Decorrido o prazo, sem que a Loja interessada tenha recebido qualquer
pronunciamento contrário, entender-se-á que todos os Maçons e Lojas da jurisdição nada
têm a opor;
b) A denúncia feita por Maçom ou Loja diferente daquela que realiza o processo de
admissão deve ser apreciada, mas a aceitação ou não de um candidato cabe unicamente
à assembleia de Maçons, do quadro da Loja ou não, presentes na reunião em que se
realizará o Escrutínio Secreto.
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SEÇÃO IV
Do Escrutínio Secreto
Art. 8° Decorridos trinta dias corridos da publicação no Boletim Oficial, e estando
concluído o processo de admissão, o Venerável Mestre marcará o dia e a hora da sessão
em que o candidato será escrutinado, tomando parte na votação os Maçons de qualquer
grau, pertencentes ao quadro de Obreiros da Loja ou não.
§ 1º Somente ao membro do Ministério Público Maçônico cabe determinar o
adiamento da votação, se tal providência lhe parecer de interesse da Loja ou da Ordem
Maçônica, hipótese em que comunicará, reservadamente, ao Venerável Mestre, asrazões
do adiamento, e, dentro de sete dias corridos, será reaberta a discussão e votado o
processo.
§ 2º Na Ordem do Dia, lido o expediente, na íntegra, pelo Venerável Mestre,
omitidos os nomes do proponente e dos sindicantes, segue-se a discussão sobre a
admissão do candidato.
§ 3º Terminada a discussão e concluído na forma adotada pelo Rito, será realizado
o Escrutínio Secreto para aprovação ou rejeição da proposta.
§ 4º Efetuada a votação, o Venerável Mestre procederá à contagem dos votos. Se
não houver voto de desaprovação, o candidato será considerado aprovado. Apurando-se
um ou mais votos de desaprovação, a votação deve ser repetida, imediatamente, para
retificar ou corrigir possível engano ou ratificar os votos de desaprovação. Havendo mais
de dois votos de desaprovação, o candidato será rejeitado.
§ 5º Se, após a votação, persistirem até duas esferas negras, a votação será adiada
por catorze dias corridos para que os opositores apresentem, oralmente em Loja ou por
escrito, suas objeções, relatando, com clareza e precisão, as situações ou fatos
desabonadores que desqualificam o candidato.
§ 6º Se, no prazo de catorze dias corridos, os opositores não se manifestarem, o
candidato será considerado aceito limpo e puro, sem nova votação.
§ 7º Apresentando os opositores suas considerações, o Venerável Mestre
determinará votação para aceitação da oposição, sendo ela aceita caso a maioria dos
presentes vote a seu favor.
§ 8º Não sendo aceita a oposição, o candidato será declarado aceito pela Loja.
§ 9º. Sendo aceita a oposição, o Venerável Mestre determinará, imediatamente,
novo Escrutínio Secreto.
§ 10. Computados os votos, caso haja mais esferas negras do que as da primeira
votação, o candidato será rejeitado em definitivo, não cabendo mais recurso.
§ 11. A reprovação deverá ser comunicada, imediatamente, à Grande Secretaria da
Guarda dos Selos, para fins de registro e publicação.
§ 12. O candidato rejeitado em uma Loja do Grande Oriente de Minas Gerais,
somente poderá ser reapresentado na mesma Loja ou em outra da Potência, depois de
decorrido o prazo mínimo de 365 dias corridos da recusa, devendo o proponente do
candidato comprovar que o motivo da rejeição anterior já foi superado. Após a paralisação
do processo, o Venerável Mestre deverá comunicar-se com o proponente
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informando que o processo será retirado. Dependendo dos motivos e da gravidade do ato,
a questão deverá permanecer sob sigilo, até que o Venerável Mestre faça uma consulta
ao Procurador-Geral do Grande Oriente de Minas Gerais, para posterior comunicação com
o proponente e trato com o candidato.
SEÇÃO V
Das providências para a Iniciação
Art. 9º Aprovada a admissão de um candidato, o Venerável Mestre anunciará à
Loja os nomes do proponente e dos sindicantes para que constem da Ata e solicitará, no
prazo de sete dias corridos, o pedido do “Placet de Iniciação” à Grande Secretaria da
Guarda dos Selos.
§ 1º Em hipótese alguma, poderá ser realizada uma cerimônia de iniciação sem o
respectivo Placet.
§ 2º O Placet de Iniciação tem validade de seis meses, a contar da data da emissão.
§ 3º Os candidatos aprovados à admissão na Maçonaria, oriundos das Casas de
Lowtons, os Seniores DeMolays, os filhos de Maçons ativos e regulares e os filhos de
Filhas de Jó, com vinte e um anos de idade, no mínimo, e até completarem trinta anos de
idade, estarão isentos do pagamento dos Placet de Iniciação, taxas e emolumentos
devidos ao Grande Oriente de Minas Gerais, desde que cumpridos os seguintes
requisitos:
a) Apresentar comprovante de sua filiação à Ordem de origem, Casa de
Lowtons ou Ordem Demolay.
b) Apresentar documentos que comprovem ser filho de Maçom ativo e regular
ou filho de membro da Ordem “Filhas de Jó”.
Art. 10. O candidato aprovado numa Loja poderá ser iniciado em outra da jurisdição,
mediante aceitação desta, validado pelo Delegado do Grão-Mestre, comunicada a Grande
Secretaria da Guarda dos Selos, independentemente de novo Placet de Iniciação, desde
que isso ocorra dentro do seu prazo de validade e se tiver o candidato mudado de
residência após a aprovação do pedido.
Parágrafo único. A Loja que aprovou o candidato passará à coirmã todo o processo
e a responsabilidade de iniciação, comunicando o fato à Grande Secretaria da Guarda dos
Selos em até quinze dias corridos, antes da iniciação.
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SEÇÃO VI
Da Iniciação
Art. 11. De posse do Placet de Iniciação, a Loja fixará a data para a realização da
Sessão Magna de Iniciação.
§ 1º Para a Cerimônia de Iniciação, na forma do Rito adotado, serão observadas as
seguintes disposições:
I - Deverá estar presente número suficiente de Obreiros regulares, dos quais pelo
menos sete Mestres-Maçons;
II - É vedado insinuar ao candidato qualquer resposta aos questionários, mesmo as
constantes do Ritual;
III - Observando-se grande nervosismo por parte do candidato, deverá o Venerável
Mestre, gentilmente, envidar esforços para descontraí-lo e tranquilizá-lo;
IV - No desenvolvimento da Cerimônia Ritualística, o Venerável Mestre, além da
orientação ministrada pelo Ritual, poderá escolher outros Mestres-Maçons que o auxiliem,
desde que saibam dar à leitura, a clareza e a solenidade de que ela deve revestir-se;
V - São terminantemente vedadas práticas estranhas ao Ritual, que possam
molestar o iniciando, expô-lo ao ridículo e risco à saúde, cabendo ao Venerável Mestre
providenciar a retirada do Templo, o Obreiro que se portar de modo inconveniente,
perturbando o candidato, fazendo-o de maneira que o candidato não perceba o incidente;
VI - É vedada a Iniciação de mais de três candidatos em uma única sessão;
VII - Fica terminantemente proibido o uso de prancha pontiaguda durante o
procedimento da Cadeira de Reflexões, nos Ritos em que ela exista;
VIII - Durante o procedimento da Taça Sagrada, nos Ritos em que ela exista, deve-
se oferecer adoçante dietético ao invés de açúcar natural.
§ 2º A Loja comunicará à Grande Secretaria da Guarda dos Selos, em até sete dias
corridos, a iniciação efetuada para fins de registro no Cadastro.
§ 3º A cerimônia de entrega das luvas à mulher da estima do candidato deverá ser
feita após a Cerimônia de Iniciação.
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SEÇÃO VII
Da Elevação
Art. 12. Segundo os landmarks, a Maçonaria é dividida em três graus: Aprendiz,
Companheiro e Mestre. Assim sendo, ao cumprir o interstício exigido e tendo comprovado
seu aproveitamento no grau de Aprendiz, o Maçom será conduzido ao grau de
Companheiro, quando satisfizer as seguintes condições e requisitos essenciais:
§ 1º O interstício, ou seja, o prazo mínimo para que um Aprendiz possa solicitar sua
elevação ao grau para o subsequente, é de 12 sessões consecutivas ou intercaladas,
exigindo-se que, no mínimo, tenha recebido as instruções do Rito praticado pela loja.
§ 2º Entende-se, por interstício no grau, a quantidade de vezes que o Obreiro
frequentou sessões maçônicas de sua Loja.
§ 3º Em hipótese alguma, serão dispensadas as formalidades estabelecidas pelo
Rito adotado pela Loja.
§ 4º A mudança do grau de Aprendiz para Companheiro dependerá da observação
das seguintes condições e requisitos essenciais:
I - Assiduidade aos trabalhos da Loja, com uma frequência mínima de doze
sessões consecutivas ou intercaladas, na própria Loja;
II - A pontualidade com as suas contribuições e responsabilidades monetárias para
com a Loja e com o Grande Oriente de Minas Gerais;
III - Não ser feita a mudança de grau na mesma sessão em que foi realizada sua
aprovação;
IV - Demonstração de uma conduta digna e reta em Loja e fora dela;
V - Demonstrar, mediante exames feitos em Loja, assimilação dos ensinamentos
da Ritualística, História, Simbologia e Filosofia Maçônicas relativas ao grau. Se reprovado
o Aprendiz, o pedido só poderá ser renovado após três sessões de instruções, pelo
menos;
VI - Participação ativa e interessada nas atividades da Loja;
VII - Cumpridas essas exigências, a Loja solicitará à Grande Secretaria da Guarda
dos Selos o respectivo Placet, que terá validade de três meses, sem o qual não poderá
ser feita a mudança de grau.
§ 5º - O pedido de mudança de grau será feito por requerimento do próprio
interessado, dirigido à Loja e acompanhado de um trabalho escrito, segundo os critérios
do inciso V, que deverá ser colocado na Bolsa de Propostas e Informações ou entregues
ao Secretário, conforme o Rito adotado.
§ 6º Recebido o requerimento, o Venerável Mestre providenciará o pronunciamento
da Tesouraria e da Chancelaria ou do Secretário, conforme Rito adotado, para os efeitos
dos incisos I e II, e da Comissão de Educação, Cultura e Instrução, para os fins do inciso
V.
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§ 7º Cumpridas as exigências do parágrafo anterior, o Venerável Mestre
determinará que o solicitante e os demais aprendizes se retirem do Templo para que a
Loja possa deliberar sobre o pedido em pauta.
§ 8º Somente o Grão-Mestre, em casos excepcionais, poderá dispensar interstícios
ou autorizar a supressão de algum requisito para mudança de grau, o que deverá ser
motivo de expediente especial, considerando-se, principalmente, os interesses da Loja.
§ 9º O Venerável Mestre comunicará, obrigatoriamente, dentro de sete dias
corridos, à Grande Secretaria da Guarda dos Selos a mudança de grau realizada, para
fins de registro no Cadastro e publicação no Boletim Oficial.
§ 10. Qualquer Loja da jurisdição, em caráter excepcional, poderá efetuar a
cerimônia de mudança de grau de obreiro de outra coirmã, desde que esta o solicite
expressamente, com autorização da Grande Secretaria da Guarda dos Selos.
SEÇÃO VIII
Da Exaltação
Art. 13. Ao cumprir o interstício exigido e tendo comprovado seu aproveitamento no
grau de Companheiro, o Maçom será conduzido ao grau de Mestre, quando satisfizer as
seguintes condições e requisitos essenciais:
I - Assiduidade aos trabalhos da Loja, com frequência mínima de doze sessões
consecutivas ou alternadas, exigindo-se que tenha recebido as instruções do rito praticado
pela loja.
II - Pontualidade nas contribuições e compromissos monetários para com a Loja e
o Grande Oriente de Minas Gerais;
III - Conduta digna e reta, tanto em Loja como fora dela;
IV - Demonstrar, através de exames feitos em Loja, assimilação dos ensinamentos
da Ritualística, História, Simbologia e Filosofia Maçônicas relativas ao grau. Se reprovado,
o pedido só poderá ser renovado após mais três sessões de instruções, pelo menos;
V - Participação ativa e interessada nas atividades da Loja e em trabalhos
paramaçônicos por ela patrocinados;
VI - Cumpridas essas exigências, a Loja solicitará à Grande Secretaria da Guarda
dos Selos o respectivo Placet, que terá validade de três meses, sem o qual não poderá
ser realizada a cerimônia de mudança de grau.
§ 1º O pedido de mudança de grau será feito por requerimento do próprio
interessado, dirigido à Loja e acompanhado de um trabalho escrito, segundo o
estabelecido no inciso IV, que deverá ser colocado na Bolsa de Propostas e Informações
ou entregues ao Secretário, conforme o Rito adotado.
§ 2º Recebido o requerimento, o Venerável Mestre providenciará o pronunciamento
da Tesouraria e da Chancelaria ou do Secretário, conforme o Rito
19
adotado, para os efeitos dos incisos I e II deste artigo, e da Comissão de Educação,
Cultura e Instrução, para os fins do inciso IV.
§ 3º Cumpridas as exigências do parágrafo anterior, o Venerável Mestre
determinará que o solicitante e os demais companheiros se retirem do Templo para que
a Loja possa deliberar sobre o pedido em pauta.
§ 4º Somente o Grão-Mestre, em casos excepcionais, poderá dispensar interstícios
ou autorizar a supressão de algum requisito para mudança de grau, o que deverá ser
motivo de expediente especial, considerando-se, principalmente, os interesses da Loja.
§ 5º O Venerável Mestre comunicará, obrigatoriamente, dentro de 7 dias corridos,
à Grande Secretaria da Guarda dos Selos a mudança de Grau realizada, para fins de
registro no Cadastro e publicação no Boletim Oficial, e expedição da alteração na
respectiva "Cédula de Identidade Maçônica".
§ 6º Qualquer Loja da jurisdição em caráter excepcional poderá efetuar cerimônia
de mudança de grau de obreiro de outra coirmã, desde que esta o solicite expressamente,
com autorização da Grande Secretaria da Guarda dos Selos.
CAPÍTULO II
Dos direitos e deveres do Maçom
Art. 14. São direitos do Maçom os preconizados no art.14 da Constituição do
Grande Oriente de Minas Gerais.
Art. 15. São deveres do Maçom os preconizados no art.15 da Constituição do
Grande Oriente de Minas Gerais.
CAPÍTULO III
Das várias classes de Maçons
SEÇÃO I
Das classes de Maçons
Art. 16. O Grande Oriente de Minas Gerais tem as seguintes categorias demaçons:
a) Regulares;
b) Irregulares;
§ 1º Os Maçons regulares podem ser ativos ou inativos.
§ 2º São Maçons regulares ativos aqueles que pertencerem, efetivamente, ao
quadro de Obreiros de uma Loja da Jurisdição, nela exercendo todos os seus direitos e
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deveres garantidos pela Constituição, leis e regulamentos do Grande Oriente de Minas
Gerais.
§ 3º São Maçons regulares inativos aqueles que se desligarem do quadro de uma
Loja, munidos do “Quitte Placet”, dentro do prazo de validade deste.
§ 4º O Maçom regular inativo voltará à atividade retornando à sua Loja, filiando-se
a uma Loja da jurisdição ou pertencente à Potência ou Obediência reconhecida pelo
Grande Oriente de Minas Gerais. Para tanto, fará requerimento, por escrito, ao Venerável
Mestre da Loja requerida, solicitando seu retorno, durante a validade do seu Quitte Placet.
Vencido o prazo de validade do Quitte Placet, faz-se necessário proceder ao processo de
regularização.
§ 5º A aceitação do retorno ou filiação será apreciada pela Loja requerida e a sua
aprovação se dará por dois terços dos Obreiros presentes à sessão, por Escrutínio
Secreto.
Art. 17. O Mestre-Maçom regular pode pertencer, como membro efetivo, a mais de
uma Loja da Jurisdição, até o máximo de três contanto que recolha por uma delas,
conforme dispuser a Lei Orçamentária, a capitação devida ao Grande Oriente de Minas
Gerais, tornando-se irregular em todas elas, se faltar com os compromissos e obrigações
maçônicas em qualquer uma das Lojas.
SEÇÃO II
Dos Maçons Irregulares
Art. 18. São irregulares os Maçons que:
I - Sejam declarados por suas Lojas;
II - Mesmo de posse do “Quitte-Placet” não retornaram à sua Loja ou não se filiaram
a outra regular, dentro do prazo de sua validade.
III - Tiverem a Iniciação anulada;
IV - Tiverem sido excluídos do Grande Oriente de Minas Gerais;
V - Prestarem obediência à Potência ou Obediência Maçônica não reconhecida
pelo Grande Oriente de Minas Gerais ou com a qual este não mantenha reconhecimento;
VI - Forem detentores de "Placet ex ofício";
VII - Estiverem com seus direitos suspensos.
VIII - Que fizerem parte de Lojas consideradas irregulares.
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SEÇÃO III
Da Regularização
Art. 19. O Maçom irregular, pertencente a uma Loja Maçônica filiada ao Grande
Oriente de Minas Gerais, poderá voltar à regularidade, desde que solicite à Loja da qual
se acha desligado, sua regularização, voltando, assim, à sua condição de ativo. Nos
demais casos serão observados os seguintes pontos:
I – Juntar ao pedido de Regularização, duas fotografias 3x4, recentes e com terno
e gravata;
II – Juntar ao pedido o "Quitte Placet" original, se possuir, expedido pela Loja da
qual se desligou. Se não o possuir, terá de comprovar a sua origem, que será avaliada
pela Grande Secretaria da Guarda dos Selos, sua aceitação.
III – Juntar ao pedido os documentos que comprovem sua Iniciação ou os graus
simbólicos que possuir, se não possuir seu Quitte Placet;
IV – Submeter-se ao resultado da votação de relatórios de três Mestres
designados pelo Venerável Mestre, decidido em Escrutínio Secreto na forma do artigo 8º
deste Regulamento Geral.
§ 1º A Loja, ao receber o pedido de Regularização, solicitará sua publicação no
Boletim Oficial, fixará edital e submeterá o processo à votação, em Escrutínio Secreto, no
qual votarão os Maçons presentes, do quadro da Loja ou não, qualquer que seja o grau
do candidato.
§ 2º A regularização dependerá do respectivo "Placet", para que a solenidade se
efetue.
§ 3° O candidato uma vez rejeitado à regularização em uma Loja do Grande Oriente
de Minas Gerais, deverá aguardar o prazo de um ano para que possa requerê-la
novamente.
§ 4º O Placet de Regularização tem validade de três meses.
§ 5º A regularização se efetuará em sessão econômica/ordinária e deverá ser
comunicada, dentro de sete dias corridos, à Grande Secretaria da Guarda dos Selos, para
registro.
SEÇÃO IV
Da Filiação
Art. 20. Filiação é a inscrição de um Maçom regular e ativo, pertencente a uma Loja
Maçônica filiada ao Grande Oriente de Minas Gerais, ao quadro de Obreiros de outra Loja
Maçônica da Potência.
§ 1º Para que se efetue a filiação de um Maçom regular e ativo, a Loja interessada
deverá obrigatoriamente apresentar o "Placet de Filiação", cópia do comunicado emitido
à Loja ou às Lojas a que o candidato pertencer, para fins de ciência e registros.
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§ 2º O pedido de filiação do Mestre-Maçom, deve estar de acordo com o Regimento
Interno da Loja acolhedora.
§ 3º É direito do Mestre-Maçom solicitar seu desligamento de uma das Lojas à qual
esteja filiado, bastando para tanto que a Loja proceda à atualização do cadastro junto ao
sistema do Grande Oriente de Minas Gerais e comunicando à Diretoria da Loja da qual o
obreiro se desligou.
§ 4º O Mestre-Maçom filiado a mais de uma Loja Maçônica torna-se irregular se
faltar em qualquer delas com os compromissos assumidos referentes à frequência e às
contribuições financeiras devidas.
§ 5º A providência para inserção em uma loja filiada ao Grande Oriente de Minas
Gerais de um Maçom regular inativo, oriundo do GOMG ou de qualquer outra Potência
regular, se fará nos mesmos moldes e formalidades que a Regularização prevista no artigo
19, para todos os efeitos.
§ 6° O candidato, uma vez rejeitado à filiação em uma Loja do Grande Oriente de
Minas Gerais, deverá aguardar o prazo de um ano para que possa requerê-la novamente.
SEÇÃO V
Da Regularização e Filiação Simultâneas
Art. 21. Regularização e Filiação simultâneas são a inscrição de um Maçomirregular
em Loja Maçônica filiada ao Grande Oriente de Minas Gerais ou oriundo deLoja de
Potência reconhecida pelo Grande Oriente de Minas Gerais.
§ 1º O Maçom deve obedecer aos requisitos descritos nos artigos próprios de
Regularização e Filiação e ser submetido às mesmas regras neles descritos. A Loja
interessada deverá solicitar o Placet de Filiação e Regularização que, depois de
efetuadas, deverão ser comunicadas à Grande Secretaria da Guarda dos Selos, dentro
de sete dias corridos, para fins de registro, publicação no Boletim Oficial e expedição da
Cédula de Identidade Maçônica.
§ 2º A filiação de um Maçom regular oriundo de outra Potência, em uma Loja do
Grande Oriente de Minas Gerais, terá que ser aprovada pela metade mais um dos Irmãos
presentes, em Escrutínio Secreto.
SEÇÃO VI
Do Mestre Instalado
Art. 22. O Mestre-Maçom que passar pela Cerimônia de Instalação de Venerável
Mestre, denominar-se-á Mestre Instalado.
§ 1º Para ser consagrado Mestre Instalado é necessário que o Mestre-Maçom tenha
sido regularmente eleito Venerável Mestre de uma Loja.
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§ 2º Só depois de consagrado Mestre Instalado, pode o Venerável Mestre eleito,
ser empossado no cargo.
§ 3º Para tanto, a Loja encaminhará ao Grão-Mestre a relação de Mestres
Instalados para expedição do respectivo Decreto nomeando a Comissão Instaladora a fim
de que possam proceder à Instalação do Venerável Mestre eleito, na forma do Ritual
adotado.
§ 4º O Presidente da Comissão Instaladora remeterá à Grande Secretaria da
Guarda dos Selos a segunda via da Ata ou Balaústre da Sessão Magna de Instalação
para o devido registro e expedição do respectivo Diploma, Ritual e Medalha ao novo
Mestre Instalado.
§ 5º Só um Mestre Instalado, membro da Loja ou de uma coirmã da Potência,
pode consagrar nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação, na ausência do
titular do Veneralato.
§ 6º O Mestre-Maçom que for chamado a exercer o cargo de Grão-Mestre, de
maneira extraordinária e na interinidade, o fará sem passar pela cerimônia de instalação.
§ 7º O Mestre-Maçom que assumir o Cargo de Venerável Mestre dos Triângulos
não serão instalados.
CAPÍTULO IV
Da perda e suspensão dos direitos maçônicos
Art. 23. Os direitos maçônicos suspendem-se nos termos da Constituição doGrande
Oriente de Minas Gerais.
§ 1º O Código Penal Maçônico tipificará os crimes e as punições cabíveis.
§ 2º Suspenso o Maçom, preventivamente por ato do Grão-Mestre, este terá quinze
dias corridos para enviar o processo ao Tribunal de Justiça Maçônico e ao Grande
Procurador, devidamente motivado. Cabe ao Grande Procurador, dentro de trinta dias
corridos, a partir da data do Ato, oferecer a denúncia.
I - Se o Grande Procurador não o fizer poderá o Maçom dirigir-se ao Presidente do
Tribunal de Justiça Maçônico, solicitando-lhe a declaração de que, contra ele, nada
consta.
II - De posse dessa declaração, que não lhe poderá ser negada, apresentar-se-á o
Maçom em sua Loja, reintegrando-se em todos os seus direitos.
III - O prazo máximo da suspensão é de 180 dias corridos.
24
CAPÍTULO V
Da reintegração dos direitos
Art. 24. O Maçom pode ser reintegrado em seus direitos, por decisãoadministrativa
ou judiciária.
Parágrafo único. A reintegração será proferida em pedido de reconsideração ou
recurso, ou ainda, revisão do processo.
CAPÍTULO VI
Da licença
Art. 25. É lícito a qualquer obreiro, em pleno gozo de seus direitos, solicitar licença
da Loja por até doze meses.
§ 1º Se deferido o pedido de licença, a Loja poderá isentar ou não o Obreiro das
contribuições a que estiver obrigado, exceto a capitação do Grande Oriente de Minas
Gerais.
§ 2º - O Maçom somente poderá solicitar outro período de licença, após decorridos
dois anos da concessão da última licença concedida pela Loja.
§ 3º - O Maçom ao solicitar a licença, caso esteja ocupando algum cargo eletivoou
nomeado, deverá pedir sua exoneração do cargo.
CAPÍTULO VII
Do Quitte Placet e Placet ex ofício
SEÇÃO I
Do Quitte Placet
Art. 26. Quitte Placet é um certificado expedido pela Loja ao Obreiro regular que
requerer seu desligamento do quadro, estando em nível com a tesouraria da Loja e com
o Grande Oriente de Minas Gerais.
§ 1º O pedido deverá ser feito pelo interessado por requerimento escrito e dirigido
à Loja.
§ 2º Deferido o pedido, ser-lhe-á expedido o Quitte Placet, depois de quitado, se
houver débito para com a Loja e o Grande Oriente de Minas Gerais.
§ 3º O Quitte-Placet, preenchido em três vias, assinadas pela diretoria da Loja, será
enviado à Grande Secretaria da Guarda dos Selos e publicado no Boletim Oficial,
devolvendo-se, duas vias à Loja, das quais uma para o interessado.
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§ 4º O Quitte Placet tem validade de seis meses, a contar da data de suaconcessão,
tornando-se irregular o Obreiro portador que, findo esse prazo, não tiver retornado à sua
Loja ou não tiver se filiado a outra Loja regular, justa e perfeita.
SEÇÃO II
Do “Placet ex officio”
Art. 27. Quando não mais convier a uma Loja a permanência de um Obreiro efetivo
no seu quadro por ser considerado prejudicial ou inconveniente a seus interesses, poderá
expedir-lhe um “Placet ex officio”.
§ 1º Para isso será apresentada, em sessão econômica/ordinária, proposta
fundamentada e assinada por três dos membros da Diretoria, ou pelo Orador, ou ainda
por cinco Mestres-Maçons do quadro.
§ 2º O Obreiro será notificado, com comprovação de recebimento, da proposta,
assegurado pleno direito de defesa.
§ 3º Em sessão especial, convocada com antecedência mínima de quatorze dias
corridos, em que se dará ciência ao acusado, será submetida a proposta à discussão e
votação, dela participando os Mestres-Maçons regulares, aptos a votar, nos termos deste
Regulamento Geral e do artigo 97 da Constituição do Grande Oriente de Minas Gerais.
§ 4º A aprovação do “Placet ex officio” se dará pela maioria simples dos votos dos
Mestres-Maçons presentes, em Escrutínio Secreto
§ 5º Da decisão da Loja cabe recurso para o Conselho Geral, dentro do prazo de
trinta dias corridos a contar da decisão final.
§ 6º Da decisão do Conselho Geral cabe recurso para o Grão-Mestre no prazo de
trinta dias corridos, a contar da publicação no Boletim Oficial.
§ 7º O Placet ex officio alcançará o Obreiro em todas as Lojas da Jurisdição,
observado o Código Disciplinar Maçônico.
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§ 8º O Placet ex officio, preenchido em três vias, assinadas pela Diretoria da Loja,
será enviado à Grande Secretaria da Guarda dos Selos para registro e publicação no
Boletim Oficial, devolvendo-se duas vias à Loja, das quais uma vai para o interessado.
TÍTULO III
Das Lojas e Triângulos
CAPÍTULO I
Da fundação de Lojas e Triângulos
Art. 28. Os Maçons agremiam-se em Oficinas de trabalho que, de acordo com o
número de Obreiros, se denominam:
I - Lojas, se constituídas por sete ou mais Irmãos detentores do grau de Mestre;
II - Triângulos, se constituídos de três a seis Mestres-Maçons.
Parágrafo único. Triângulos terão a duração máxima de doze meses e, se nesse
prazo, não se transformarem em Lojas, serão sumariamente dissolvidos nos termos deste
Regulamento Geral.
SEÇÃO I
Da fundação de Lojas
Art. 29. A fundação de uma Loja pode efetuar-se desde que se reúnam sete
Mestres-Maçons regulares e tomem as seguintes providências:
I - Constituam-se em Loja Provisória, sob a presidência de um deles;
II - Ocupem, interinamente, os cargos de direção da Loja, conforme o Rito
adotado, e outros cargos se o número o permitir, podendo haver acumulação de cargos;
III - Adotem um título distintivo ou denominação, vedado o nome de pessoa viva;
IV - Lavrem Ata da reunião, aprovada e assinada por todos os presentes;
V - Organizem processo de pedido de autorização para funcionamento provisório,
encaminhando-o à Grande Secretaria da Guarda dos Selos.
Parágrafo Único. O Grão-Mestre poderá recusar "ad nutum" sua fundação nos
termos do artigo 59 da Constituição do Grande Oriente de Minas Gerais.
27
Art. 30. O processo de pedido de funcionamento provisório deve conter:
I – Cópia do Balaústre de fundação, assinada por todos os Mestres-Maçons
presentes à Reunião;
II - Quadro provisório de Obreiros, em duas vias, digitadas, com nome completo,
grau, datas da recepção dos graus, número das Cédulas de Identidade Maçônica e
denominação das Lojas de que são oriundos;
III - Projeto do Estatuto a ser posteriormente encaminhado ao Cartório de Registro
de Pessoas Jurídicas, após aprovado pelo Conselho Geral;
IV - Projeto de Regimento Interno da Loja, o qual será submetido à apreciação do
Conselho Geral para aprovação;
V - Desenho do timbre da Loja e sua interpretação;
VI - Parecer do Delegado do Grão-Mestre sobre a conveniência da criação da
Loja;
VII - Petição, firmada pelo futuro Venerável Mestre e demais membros da
Diretoria, solicitando autorização para o funcionamento provisório da Loja;
VIII - Declaração de que a Loja dispõe de lugar adequado ao seu funcionamento
provisório;
IX - Declaração de opção de Rito, dentre os reconhecidos pelo Grande Oriente de
Minas Gerais.
Parágrafo Único. A Loja deve, obrigatoriamente, após aprovação de seu
funcionamento, atos e demais procedimentos pelo Conselho Geral, encaminhar ao
Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas seus documentos para regularização jurídica
e fiscal. A Loja que não atentar para esta regularização poderá ter seus direitos suspensos
e seus obreiros declarados IRREGULARES até que se regularize.
Art. 31 - O Grão-Mestre baixará Ato concedendo autorização de funcionamento
provisório, caso os documentos sejam satisfatórios, ou determinará diligências para que
sejam sanadas as falhas, porventura existentes.
§ 1º - Havendo impugnações de Obreiros, a Loja funcionará como Triângulo, até
que sejam sanadas as irregularidades, caso o número torne-se inferior a sete Mestres.
§ 2º - As Lojas autorizadas a funcionar provisoriamente são obrigadas a todos os
deveres e gozam de todos os direitos assegurados por Lei, menos os de iniciar candidatos,
elevar, exaltar, filiar ou regularizar e de participar de eleições para cargos alheios à sua
administração interna, salvo quando em seu quadro de Obreiros possuir pelo menos um
Mestre Instalado, ocupando o cargo de Venerável Mestre.
§ 3º - Uma Loja provisória poderá solicitar a uma coirmã mais próxima para que
realize iniciações, cerimônias de mudança de Grau, filiações e regularizações de Obreiros
para seu quadro, desde que comunique a Grande Secretaria da Guarda dos Selos através
do seu Delegado em até quinze dias corridos antecedentes.
§ 4º - Enquanto estiver sob regime provisório, poderá funcionar em local adequado,
mesmo que não seja um Templo, para reuniões administrativas.
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§ 5º - A Carta Constitutiva definitiva ser-lhe-á concedida, após registrado seu
Estatuto e funcionando em Templo Maçônico sagrado, passando a regime definitivo,
declarado em ato próprio pelo Grão-Mestre, assumindo, então, integralmente, as funções
maçônicas.
§ 6º - Realizados os Atos supramencionados, todos os Irmãos iniciados, elevados,
exaltados, filiados e regularizados em outra Loja, de acordo com o § 3º, passarão a
constituir-se Obreiros pertencentes a seu quadro, transferidos pela Loja que os acolheu,
mediante simples comunicação, dispensados os Quittes Placets e os Placets de Filiação.
§ 7º - As Lojas provisórias, mediante solicitação por escrito ao Grão-Mestre, terão
direito durante os primeiros seis meses de funcionamento à isenção de todas as taxas e
emolumentos incididos sobre a Loja. Essa isenção poderá ser prorrogada por mais três
meses, através de solicitação por escrito ao Grão-Mestre. Esse prazo nunca poderá
ultrapassar o período de nove meses, fazendo jus exclusivamente nos primeiros meses
de seu funcionamento. Esta isenção tem por finalidade apoiar os esforços para
desenvolvimento das atividades.
SEÇÃO II
Da fundação de Triângulos
Art. 32. A formação de Triângulos Maçônicos poderá ser efetuada, desde que dela
participem de três a seis Mestres Maçons, não havendo Loja da Jurisdição na localidade,
observando-se as seguintes providências:
I - Constituam-se em Triângulo, sob a presidência de um deles;
II - Adotem um título distintivo, que não poderá ser de pessoa viva;
III - Lavrem ata da fundação;
IV - Organizem processo de pedido de autorização e o encaminhem à Grande
Secretaria da Guarda dos Selos.
Art. 33. O processo de pedido de autorização para funcionamento do Triângulo
deve conter:
I - Cópia da ata de fundação, assinada por todos os Mestres que o compõem;
II - Quadro de obreiros, digitado com nome completo, grau, datas da recepção dos
graus, número das Cédulas de Identidade Maçônica e denominação das Lojas de que são
oriundos;
III - Parecer do Delegado do Grão-Mestre favorável à criação do Triângulo;
IV - Prancha da Loja mais próxima aceitando a responsabilidade de iniciar, elevar,
exaltar e regularizar obreiros para o Triângulo;
V - Declaração de que o Triângulo dispõe de local adequado para reuniões
administrativas a coberto;
VI - Petição, firmada pelo futuro Venerável Mestre, solicitando autorização de
funcionamento.
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§ 1º Deferida a petição, será instalado o Triângulo, que terá a seguinte organização,
conforme Rito adotado e número de membros:
§ 2º O Triângulo transformar-se-á em Loja, quando, no quadro, houver 7 ou mais
Mestres, devendo reformular o pedido para Loja Provisória, segundo os artigos 29 e 30.
§ 3º O Triângulo tem tempo de funcionamento limitado a 12 meses, findos os quais,
não havendo possibilidade de transformação em Loja, será determinada pelo Grão-Mestre
a sua incorporação à Loja que lhe serviu de base, e, se não transformado em Loja, será
dissolvido.
§ 4º Os Obreiros dos Triângulos pagarão os encargos devidos ao Grande Oriente
de Minas Gerais, ficando a Instituição Triângulo isenta dos encargos.
SEÇÃO III
Da regularização de Lojas
Art. 34. Para que a Carta Constitutiva seja outorgada a Loja deverá apresentar sua
regularidade jurídica e fiscal junto aos órgãos competentes do Estado e União para que o
Grande Oriente de Minas Gerais providencie a sua regularização, que seráefetivada por
uma comissão composta de três membros, no mínimo.
§ 1º Os membros da Comissão Regularizadora serão nomeados pelo Grão- Mestre.
§ 2º O presidente da Comissão Regularizadora deverá ser o Delegado do Grão-
Mestre ou um Mestre Instalado indicado pelo Grão-Mestre e deverá realizar a sessão
correspondente dentro de 30 dias corridos.
§ 3º Da cerimônia se lavrará o competente balaústre, assinado por todos os
membros presentes, enviando-se cópia à Grande Secretaria da Guarda dos Selos.
SEÇÃO IV
Das Lojas irregulares
Art. 35. As Lojas irregulares poderão solicitar sua regularização ao Grande Oriente
de Minas Gerais, mediante petição assinada pelo Venerável Mestre, Primeiro e Segundo
Vigilantes, Secretário e membro do Ministério Público Maçônico.
Parágrafo único. Na petição a que se refere o artigo, serão anexados os seguintes
documentos:
I - Carta Constitutiva;
II - Cópia do Balaústre que decidiu pela regularização ao Grande Oriente de Minas
Gerais, aprovado e assinado pelos membros presentes;
III - Um exemplar do quadro de Obreiros, com as respectivas qualificações;
30
IV - Regularidade jurídica e fiscal juntos aos órgãos competentes do Estado e da
União;
V - Outros documentos que vierem a ser exigidos.
CAPÍTULO II
Do Estatuto, Regimento Interno, Rituais e Patrimônio
SEÇÃO I
Do Estatuto
Art. 36. A personalidade jurídica de uma Loja se adquire pelo registro do seu
Estatuto no órgão competente, respeitada a legislação civil pertinente e demais
obrigações fiscais de registros nos órgãos municipais, estaduais e federais.
§ 1º A garantia da existência da Loja e dos seus bens patrimoniais depende da
legalização do seu Estatuto que, aprovado pelo Conselho Geral, será levado a registro
no órgão civil competente de sua comarca, no prazo de 60 dias corridos, caso ainda não
o tenha feito.
§ 2º O Estatuto de uma Loja conterá, obrigatoriamente, duas cláusulas irreformáveis
e irrevogáveis:
I - A Loja não poderá jamais perder o seu caráter essencialmente maçônico;
II - O seu patrimônio jamais passará a mãos profanas ou de Maçons
individualmente ou jamais será dividido entre os membros remanescentes do quadro.
SEÇÃO II
Do Regimento Interno
Art. 37. Todas as Lojas da jurisdição são obrigadas a elaborar o seu Regimento
Interno, estabelecendo as condições de seu funcionamento.
§ 1º A elaboração do Regimento Interno de uma Loja deverá observar as
disposições básicas estabelecidas neste Regulamento Geral e considerar, principalmente,
as reais condições do seu quadro de Obreiros e as características socioculturais e
econômicas da sua região.
§ 2º A validade do Regimento Interno da Loja está na dependência da sua
aprovação pelo Conselho Geral, ao qual deverá ser enviado dentro do prazo de 30 dias
corridos, a contar da data da aprovação pela Loja.
§ 3º O Conselho Geral terá até 90 dias corridos, contados da data de recebimento
do processo, para aprovar ou não o Regimento Interno de uma Loja, prorrogáveis por mais
90 dias corridos, se necessário. Caso não o faça será considerado aprovado.
31
§ 4º São itens importantes do Regimento Interno de uma Loja:
I – estipular a frequência mínima dos Obreiros, respeitado o disposto na
Constituição para determinados atos;
II – estipular a tolerância nos atrasos de pagamentos;
III – estabelecer os critérios para declarar irregular os membros faltosos;
IV – estabelecer a forma de pagamento das contribuições;
V – estabelecer critérios adicionais para as sindicâncias;
VI – estabelecer condições para a administração dos bens patrimoniais;
VII – elaborar o calendário das atividades;
VIII – estabelecer a sua especialização;
IX – estipular os objetivos pelos quais espera alcançar sua finalidade.
X - Determinar aos Obreiros tratamento harmonioso entre os membros de seu
quadro.
SEÇÃO III
Da posse e direito de uso dos Rituais
Art. 38. Os Rituais aprovados e editados pertencem por direito ao Grande Oriente
de Minas Gerais.
§ 1º - Ao adquirir um Ritual, aquele que o faz, adquire apenas o direito de seu uso,
ficando ciente de que, caso deixe de pertencer à Ordem, deverá devolvê-lo ao Grande
Oriente de Minas Gerais, o mesmo devendo fazer seus familiares em caso de seu
falecimento.
§ 2º - O Maçom que solicitar o Quitte Placet somente o receberá após ter devolvido,
à Secretaria da Loja, os Rituais que estiver de posse.
SEÇÃO IV
Do patrimônio das Lojas
Art. 39. As Lojas disporão de seu patrimônio, cuja aplicação é decidida por, no
mínimo, dois terços dos membros efetivos de seu quadro.
Art. 40. A Loja que deixar de funcionar regularmente deverá recolher ao Grande
Oriente de Minas Gerais seus documentos Maçônicos e de seus Obreiros, recebendo-o
de volta ao reiniciar suas atividades.
Parágrafo Único. A arrecadação será determinada pelo Grão-Mestre e a
administração ficará a cargo da Grande Secretaria de Patrimônio.
32
CAPÍTULO III
Dos direitos e deveres das Lojas
SEÇÃO I
Dos direitos de uma Loja
Art. 41. São direitos de uma Loja:
I - elaborar, organizar, modificar e interpretar o seu Regimento Interno;
II - admitir Obreiros em seus quadros, por iniciação, filiação e regularização;
III – eleger Deputados e Suplentes à Assembleia Legislativa;
IV - mudar de Rito;
V - propor emendas à Constituição por intermédio de seu representante na
Assembleia Legislativa;
VI - pedir reconsideração de decisões do Conselho Geral;
VII - fundir-se com outras Lojas, mediante parecer da Grande Secretaria daGuarda
dos Selos.
VIII - dispensar das joias, até o total da quota que lhe cabe, dos seus membros,
exceto a que corresponde ao Grande Oriente de Minas Gerais;
lX - conceder distinções honoríficas aos seus Obreiros, a Maçons e a profanos,
vedado a denominação de pessoas vivas;
X - processar e julgar os membros de seu quadro, nos termos da legislação
específica;
XI - propor aos Poderes competentes a concessão de recompensas maçônicas a
seus Obreiros, aos de outras Lojas Maçônicas, Potências e Obediências e a profanos,
desde que justificados os motivos;
SEÇÃO II
Dos deveres de uma Loja
Art. 42. São deveres de uma Loja:
I – observar, cuidadosamente, tudo quanto diz respeito ao espírito e à formação
da Ordem Maçônica, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição, as leis e decisões dos
Poderes do Grande Oriente de Minas Gerais;
II - realizar sessões de instrução maçônica nos três graus sobre história,
legislação, simbologia, filosofia da Ordem e assuntos de interesse maçônico;
III - esmerar-se, com a finalidade ordinária, na concretização de objetivos
maçônicos, na forma e pelos meios que o Regulamento Geral dispuser, destacando-se a
defesa da liberdade de pensamento, o fomento da instrução popular e tudo o mais que
possa colocar a Maçonaria na posição de líder da sociedade;
IV - nada imprimir ou publicar na imprensa profana sobre assunto que envolva o
nome do Grande Oriente de Minas Gerais, sem a expressa permissão do Grão-Mestre;
33
V - somente se dirigir às autoridades profanas por intermédio do Grão-Mestre,
ressalvados os casos de natureza administrativa ou fiscal, ou ainda de caráter social ou
cívico, tudo na forma do que dispuser este Regulamento.
VI – Recolher suas taxas e demais emolumentos ao Grande Oriente de Minas
Gerais, bem como repassar as capitações e demais taxas de seus Obreiros.
§ 1º A Loja Maçônica com mais de vinte e cinco membros elegerá, obrigatoriamente,
um Deputado e seu Suplente, sendo-lhe facultado eleger mais um representante, até o
máximo de três, para cada grupo excedente de vinte e cincomembros. A Loja
Maçônica com até vinte e cinco membros poderá, facultativamente, eleger seu Deputado
e Suplente.
§ 2º As Lojas não poderão realizar sessões no período de vinte e um de dezembro
a trinta e um de janeiro, considerado férias maçônicas para elas, nem nos feriados
nacionais, a não ser para comemorações cívico-culturais ou sociais.
§ 3º A Loja que deixar de se reunir por qualquer motivo, durante seis meses
consecutivos, será considerada irregular, de colunas abatidas, e necessitará da
autorização do Grão-Mestre para reerguer-se e a ela se aplicará o disposto no artigo 31
da Constituição e art. 40 deste Regulamento Geral.
§ 4º A Loja Maçônica que não realizar a eleição de Diretoria, bem como aquelas
que não estiverem em dia com suas obrigações financeiras, junto ao Grande Oriente de
Minas Gerais, por período acima de cento e oitenta dias, será declarada irregular,
perdendo seus direitos junto a Potência até que se regularize.
§ 5º A Loja Maçônica que deixar de repassar suas taxas, anuidades e demais
emolumentos, bem como, os valores das capitações e demais taxas de seus Obreiros por
um período maior de cento e oitenta dias corridos, será declarada irregular, perdendo
seus direitos junto a Potência até que se regularize.
SEÇÃO III
Do desligamento de Lojas
Art. 43. É lícito a uma Loja desligar-se do Grande Oriente de Minas Gerais, desde
que tal deliberação seja tomada por dois terços dos membros efetivos e regulares do seu
quadro, em sessão extraordinária, convocada para essa finalidade.
§ 1º Tomada a deliberação na sessão extraordinária, fica a Loja obrigada a
comunicar, imediatamente, ao Grão-Mestre o seu intuito de desligamento, enviando-lhe
cópia da Ata em que foi gravada a decisão.
§ 2º O Grão-Mestre, não podendo fazê-lo pessoalmente, designará um seu
representante para verificar as razões do desligamento e procurar sanar as causas
determinantes.
§ 3º Decorridos 30 dias corridos da remessa da Ata, a Loja convocará uma sessão
extraordinária, quando ratificará ou não a decisão tomada.
§ 4º É facultado aos Obreiros do quadro que não concordarem com o desligamento
reorganizarem a Loja com o mesmo título distintivo e prosseguir em suas atividades.
34
SEÇÃO IV
Da mudança de Rito
Art. 44. A Loja, interessada em mudar de Rito, deverá:
I - convocar uma sessão especial, devendo a decisão ser tomada por dois terços
dos Obreiros do quadro;
II – Comunicar à Grande Secretaria da Guarda dos Selos sua decisão juntando:
a) cópia do balaústre da sessão a que se refere o inciso I;
b) dois exemplares do quadro de Obreiros;
c) a designação do novo título distintivo, se for o caso;
d) o pagamento da taxa de expedição de Carta Constitutiva;
III - adquirir o direito de uso dos novos Rituais, joias e paramentos exigidos pelo
Rito adotado.
IV - a nova Carta Constitutiva terá o mesmo número e data de instalação da Carta
anterior.
SEÇÃO V
Da fusão de Lojas
Art. 45. As Lojas interessadas em fundirem-se realizarão sessões extraordinárias
convocadas, com prazo mínimo de 15 dias corridos, e decidirão por dois terços dos
membros dos respectivos quadros, após o que:
I - dirigirão petição à Grande Secretaria da Guarda dos Selos, juntando;
a) cópias dos Balaústres das sessões em que se deram as decisões;
b) dois exemplares do novo quadro de Obreiros;
c) a designação do título distintivo;
d) o novo timbre da Loja e sua interpretação;
e) o pagamento da taxa de expedição da Carta Constitutiva.
II - A Grande Secretaria da Guarda dos Selos, depois de atendidas as exigências
deste Regulamento, concederá a autorização.
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SEÇÃO VI
Da intervenção e suspensão de direitos
Art. 46. Os direitos de uma Loja serão suspensos, quando:
I - forem suspensos os direitos de todos os membros de seu quadro;
II - for constatado desentendimento grave entre os membros da sua
administração;
III - for ameaçado o objetivo maçônico da Loja;
IV - deixar de cumprir as decisões dos Tribunais Maçônicos. Nesse caso, o
Tribunal comunicará o fato ao Grão-Mestre e este determinará a suspensão;
V - deixar de obedecer à decisão do Conselho Geral, depois de vencido o recurso;
VI - afastar-se, de maneira evidente, da Liturgia do Rito adotado;
VII - desobedecer aos preceitos da Constituição, deste Regulamento Geral e das
Leis vigentes.
VIII - deixar de cumprir, sistematicamente, suas obrigações para com o Grande
Oriente de Minas Gerais.
Parágrafo único. O Grão-Mestre baixará Ato suspensivo, imediatamente expedido,
nele esclarecendo os motivos determinantes da suspensão, comunicando o fato ao
Tribunal de Justiça Maçônico, dentro de 15 dias corridos, sob pena de caducidade.
Art. 47. O Grão-Mestre poderá intervir em qualquer Loja da jurisdição, quando julgar
necessário aos interesses do Grande Oriente de Minas Gerais, ou quando lhe for
requerido pela administração da Loja, ou por um terço de seus Obreiros, para assegurar
a execução da Constituição, do Regulamento Geral, das Leis e do Regimento Interno da
Loja, podendo, para esse fim, nomear interventor de sua confiança com poderes de
administração.
Parágrafo único. O prazo máximo de intervenção será de 60 dias corridos,
excepcionalmente prorrogável por mais 30 dias corridos.
Art. 48 - Os direitos de uma Loja cessam:
I - por falta de funcionamento durante seis meses consecutivos;
II - por ato do Grão-Mestre, em virtude de sentença transitada em julgado.
III - por falta de recolhimento dos emolumentos relativos ao Grande Oriente de
Minas Gerais por mais de 180 dias corridos, da Loja e de seus Obreiros.
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CAPÍTULO IV
Do cadastramento dos Maçons, da Palavra Semestral e Cadeia de União
SEÇÃO I
Do cadastramento dos Maçons
Art. 49. O Aprendiz receberá a Cédula de Identificação Maçônica (CIM), contendo a
assinatura ou rubrica do Grão-Mestre.
§ 1º Ao ser elevado e exaltado, será emitida nova Cédula de Identidade Maçônica
com as alterações da data da Elevação ou Exaltação e validade.
§ 2º A Cédula de Identidade Maçônica comprova a condição do portador.
§ 3º A regularidade do Maçom é comprovada pela apresentação da Cédula de
Identidade Maçônica, do comprovante de nível com a tesouraria da Loja e posse da Palavra
Semestral atualizada.
§ 4º O Grande Oriente de Minas Gerais disponibilizará a Cédula de Identificação
Maçônica eletrônica para todos os efeitos legais.
SEÇÃO II
Da Palavra Semestral
Art. 50. Semestralmente, em janeiro e julho de cada ano, o Grão-Mestre remeterá às
Lojas a Palavra Semestral, em circular, que será transmitida na forma do Ritual em Cadeia
de União, exclusivamente, aos membros do quadro, na forma tradicional, na Ordem do Dia,
devendo constar da respectiva Ata.
§ 1º O Obreiro ausente à sessão em que foi transmitida receberá, individualmente,
do Venerável Mestre a referida palavra, na Sessão em que estiver presente.
§ 2º O desconhecimento da Palavra Semestral prova a infrequência do Obreiro,
podendo ser-lhe recusado o ingresso em Loja.
§ 3º É tolerável o desconhecimento da Palavra Semestral até o transcurso do mês
posterior à sua transmissão.
SEÇÃO III
Da Cadeia de União
Art. 51. A Cadeia de União, formação maçônica realizada para se transmitir a
Palavra Semestral, será efetuada para este fim, no início de cada semestre, durante a
Ordem do Dia, para que conste do Balaústre da sessão em que for transmitida.
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CAPÍTULO V
Da administração das Lojas e dos mandatos
SEÇÃO I
Da administração das Lojas
Art. 52. A administração de uma Loja compete à sua Diretoria com denominação e
número, conforme dispuser o Rito adotado, cujos membros serão eleitos ou nomeados,
nos termos da Legislação Eleitoral.
SEÇÃO II
Dos mandatos
Art. 53. Os mandatos dos membros da Diretoria, compreendendo os cargos eletivos
e de nomeação, são de dois anos, admitida uma reeleição.
§ 1º São cargos eletivos em Loja: Venerável Mestre, Primeiro Vigilante, Segundo
Vigilante, Secretário, Tesoureiro, Orador, Hospitaleiro, Deputado e seu Suplente.
§ 2º Os demais cargos em Loja, segundo o Rito adotado, serão preenchidos por
nomeação do Venerável Mestre, até a primeira sessão após a sua posse.
§ 3º Só poderão ser eleitos ou nomeados os membros efetivos do quadro da Loja
que estiverem na plenitude dos direitos maçônicos.
CAPÍTULO VI
Dos cargos em Loja
SEÇÃO I
Do Venerável Mestre
Art. 54. Compete ao Venerável, como primeira Dignidade da Loja e seu
representante nato junto aos Poderes maçônicos ou autoridades civis:
I - presidir os trabalhos da Loja, dando direção ao expediente e mantendo a
ordem, não influindo nas discussões;
II - representar a Loja ativa e passivamente, em juízo ou fora dele, podendo, para
tanto, contratar procuradores;
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III - nomear os membros dos cargos de livre escolha e das Comissões
Permanentes ou Especiais;
IV - velar pela guarda e fiel cumprimento das leis;
V – convocar, extraordinariamente, a Loja, por iniciativa própria, ou a requerimento
de um terço dos membros do quadro;
VI - providenciar a agilidade dos assuntos, cujas soluções estejam sendo
retardadas nas Comissões;
VII - substituir os titulares de cargos não eletivos que estejam faltosos, nomeando
outros;
VIII - promover eleição para cargos eletivos vagos;
IX - fiscalizar a escrituração da Loja, podendo avocar a si livros e documentos;
X - avisar previamente o seu substituto legal para o substituir em seus
impedimentos e ausências;
XI - conferir os Graus Simbólicos, com as formalidades legais;
XII - proclamar os resultados das deliberações da Loja;
XIII - fazer a leitura das peças recolhidas pela "Bolsa de Propostas e Informações",
dando-lhes o devido destino;
XIV – proceder à apuração de qualquer eleição ou escrutínio;
XV – deixar sob malhete, quando julgar conveniente, por 14 dias corridos no
máximo, alguma coluna gravada ou expediente recebido, cujo teor seja considerado por
ele inconveniente à divulgação, no momento, exceto os originários do Grande Oriente de
Minas Gerais;
XVI – conceder ou cassar a palavra dos Obreiros;
XVII - impedir diálogos, apartes repetidos, referências pessoais que possam
ofender a qualquer Obreiro, presente ou não;
XVIII - proibir discussão sobre assuntos que possam acirrar os ânimos, alterando
a harmonia e a fraternidade que devem reinar entre todos os Maçons;
XIX - decidir as questões de ordem que forem suscitadas;
XX - suspender os trabalhos sem as formalidades do Ritual e até suspender a
sessão, somente quando não for possível manter a ordem. Os trabalhos, assim
suspensos, não poderão ser continuados, na mesma sessão, sob a presidência de
qualquer outro Maçom;
XXI - submeter à votação a matéria em debate, após as conclusões do Orador;
XXII - distribuir secretamente as sindicâncias, evitando as relações existentes
entre sindicantes e sindicados;
XXIII - encerrar o livro de presença dos Irmãos da Loja e dos visitantes, salvo com
a presença do Grão-Mestre ou de seu Adjunto, que o fará;
XXIV - apresentar, na primeira quinzena de junho, o relatório geral de sua
administração do ano interior;
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XXV - autorizar o Tesoureiro a efetuar despesas ordinárias e extraordinárias, estas
“ad referendum” da Loja;
XXVI - determinar a remessa do quadro de Obreiros à Grande Secretaria da
Guarda dos Selos, sempre que necessário atualizá-lo;
XXVII - submeter à aprovação da Loja o balanço de sua administração e contas
da tesouraria e da hospitalaria, ao término do seu mandato;
XXVIII - assinar, juntamente com o Tesoureiro, todos e quaisquer documentos e
papéis relacionados com a administração financeira, contábil, econômica e patrimonial
da Loja;
XXIX - exercer outras atividades que lhe forem legalmente atribuídas.
§ 1º O Venerável Mestre de uma Loja, quando quiser discutir qualquer assunto,
passará o malhete a seu substituto legal, voltando à direção dos trabalhos depois de
encerrada a discussão, antes da votação.
§ 2º O Venerável Mestre somente vota nos Escrutínios Secretos, sendo-lhe
reservado o voto de qualidade, no caso de empate nas votações simbólicas ou nominais.
XXX - Será responsabilizado, juntamente com o Tesoureiro, por todas as
operações financeiras da Loja.
SEÇÃO II
Dos Vigilantes
Art. 55. Compete ao Primeiro Vigilante, segunda autoridade da Loja:
I - substituir o Venerável Mestre em suas faltas ou impedimentos, na área
administrativa e de responsabilidade civil da Loja Maçônica.
II - anunciar as ordens do Venerável Mestre e comunicar-lhe o que for anunciado
pelo Segundo Vigilante e pelo Cobridor ou conforme determinar o Ritual adotado;
III - manter a ordem e o silêncio em sua Coluna;
IV - pedir a palavra para os membros de sua Coluna;
V - impedir que os Obreiros passem de sua Coluna para outra, sem permissão;
VI - lembrar, discretamente, ao Venerável Mestre qualquer omissão do Ritual;
VII - instruir os obreiros de sua Coluna;
VIII - desempenhar as funções que lhe determinar o Ritual.
Art. 56. Compete ao Segundo Vigilante, terceira autoridade da Loja:
I - substituir o Venerável Mestre ou o Primeiro Vigilante em suas faltas ou
impedimentos, na área administrativa e de responsabilidade civil da Loja Maçônica.
40
II – anunciar, em sua Coluna, as ordens do Venerável Mestre e exercer as
atribuições constantes dos incisos III, IV, V e VII do artigo anterior;
lll - desempenhar as funções que lhe determinar o ritual.
SEÇÃO III
Do Ministério Público Maçônico (Orador)
Art. 57. O Orador, como Guarda da Lei, é a quarta autoridade da Loja e representa
o Ministério Público Maçônico, competindo-lhe:
I - observar e fazer cumprir os deveres a que se obrigam todos os membros da
Loja, à qual comunicará qualquer infração, promovendo a acusação do infrator, quando
for o caso, sob pena de responsabilidade em caso de sua omissão.
II - exercer a fiscalização das Leis e dos Rituais, conforme o Rito adotado pela Loja
e, assinar, com o Venerável Mestre e o Secretário, os Balaústres;
III - verificar a assinatura ou rubrica dos documentos que lhe forem apresentados;
IV - propor, verbalmente, o adiamento de qualquer matéria que entender não estar
suficientemente esclarecida, ficando, por esse motivo, adiada para a sessão subsequente.
Essa atribuição deve ser exercida com todo o critério, sob pena de responsabilidade;
V - opor-se, de ofício, à toda deliberação contrária à Lei e, no caso de insistência
na matéria, protestar, apresentando ao Venerável Mestre, na mesma sessão ou dentro de
sete dias corridos, petição escrita e fundamentada, que será remetida ao Conselho Geral,
acompanhada de cópia do Balaústre e do contraprotesto, apresentado pelo Venerável
Mestre ou por outro Obreiro, dentro de sete dias corridos, do recebimento do protesto.
SEÇÃO IV
Do Secretário
Art. 58. O Secretário, quinta Dignidade da Loja, tem as seguintes atribuições:
I – secretariar todas as sessões da Loja;
II – traçar ou gravar todas as Atas ou Balaústres da Loja, nos respectivos livros, e
assiná-las com o Venerável Mestre e o Orador, após aprovação;
III – receber, distribuir e expedir toda a correspondência da Loja, comunicar ao
interessado o que for resolvido por ela e manter, em dia, a escrituração a seu cargo;
IV – expedir os convites para as sessões ordinárias, magnas, especiais e
extraordinárias;
V – enviar, quando pedido, ao Venerável Mestre o "Livro de Balaústres" e todos os
papéis que devam ser lidos e tratados na sessão;
VI – desempenhar as funções que lhe determinar o Ritual;
41
VII – passar os certificados e certidões de serviços e de Balaústre na parte que se
referir a Obreiros que os pedirem, a bem do seu direito, tendo o cuidado de nada entregar,
sujeito a pagamento, sem que o Tesoureiro esteja satisfeito ou que a Loja tenha autorizado
a dispensa;
VIII – comunicar ao Tesoureiro as Elevações de Grau;
IX – requisitar, com visto do Venerável Mestre, tudo o que for necessário para o
expediente da Secretaria, dando recibo para fins contábeis;
X – inventariar tudo o que pertencer à Secretaria e que lhe tiver sido entregue,
respondendo por qualquer extravio e não permitindo a saída de objeto algum dosarquivos,
senão mediante ordem assinada pelo Venerável Mestre;
XI – fazer as comunicações sobre as eleições gerais ou parciais e enviá-las à
Grande Secretaria de Administração;
XII – organizar os cadastros dos Obreiros da Loja, mantendo-os atualizados com
todos os dados maçônicos referentes a cada um;
XIII – organizar os processos de Iniciação, Elevação, Exaltação, Filiação ou
Regularização;
XIV – comunicar à Grande Secretaria da Guarda dos Selos as Iniciações,
Elevações, Exaltações, Filiações e Regularizações, no prazo de 7 (sete) dias corridos,
para fins de registro e publicação no Boletim Oficial;
XV – comunicar à Secretaria da Guarda dos Selos, no prazo de 7 dias corridos, a
rejeição de profanos, regularizandos e filiandos;
XVI – preencher o "Quitte Placet" ou "Placet ex officio”, expedidos pela Loja, e
enviá-los, no prazo de 7 dias corridos, à Grande Secretaria da Guarda dos Selos para
registro e publicação no Boletim Oficial;
XVII – comunicar e enviar no prazo de 7 dias corridos, à Grande Secretaria da
Guarda dos Selos os pedidos de Admissão, Regularização e Filiação, acompanhados de
cópia do respectivo edital para publicação no Boletim Oficial;
XVIII – divulgar, no expediente, cópia da correspondência expedida e da
correspondência recebida;
XIX – É de competência do Secretário da Loja baixar os Boletins Oficiais do Grande
Oriente de Minas Gerais e proceder à leitura em Loja de todos os artigos de interesse da
Potência em geral, da Loja e de Obreiros para conhecimento de todos.
XX - Organizar, com a necessária antecedência e de acordo com o Venerável
Mestre, a matéria para a Ordem do Dia.
§ 1º As Lojas poderão manter funcionário remunerado, Mestre-Maçom membro do
quadro, para execução de serviços de Secretaria, não fazendo ele parte daadministração
da Loja.
§ 2º A Secretaria de uma Loja terá, obrigatoriamente, os seguintes livros:
I – Livro de Balaústres das sessões de Aprendiz;
II – Livro de Balaústres das sessões de Companheiro;
III – Livro de Balaústres das sessões de Mestre;
IV – Livro de Balaústres das sessões de Eleições;
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V – Livro Negro para registro de candidatos rejeitados por quaisquer motivos,
contendo nome completo, data e local de nascimento, filiação e foto, comunicando no
prazo máximo de 7 dias à Grande Secretaria da Guarda dos Selos;
VI – Livro de Balaústres das sessões especiais, para registro de palestras,
conferências, adoção de "Lowtons", reconhecimento matrimonial, pompas fúnebres e
outras cerimônias;
§ 3º Além dos livros acima relacionados, as Lojas poderão adotar outros ou criar
sistemas de fichas, de acordo com as suas necessidades.
§ 4º Caso a Loja adote Balaústres digitados, deve anualmente encaderná-los,
identificando o ano, o grau e o tipo de sessão.
SEÇÃO V
Do Tesoureiro
Art. 59. O Tesoureiro é o depositário dos metais da Loja e guarda dos seus bens
patrimoniais, competindo-lhe:
I – arrecadar a receita da Loja, mantendo em separado o registro contábil do
produto do Tronco de Beneficência;
II – pagar as despesas da Loja;
III – recolher à Grande Secretaria de Orçamento e Finanças todas as obrigações
monetárias da Loja para com o Grande Oriente de Minas Gerais;
IV – ter a escrituração sempre em dia e na melhor ordem;
V – prestar as informações de natureza financeira;
VI – apresentar à Loja, trimestralmente, o movimento geral da Tesouraria;
VII – submeter à apreciação da Comissão de Finanças e Planejamento, até 30 de
maio, o balanço geral da receita e da despesa no ano financeiro anterior;
VIII – apresentar, até 30 de novembro, o projeto de orçamento da receita e da
despesa da Loja para o exercício financeiro seguinte;
IX – assinar todos os documentos expedidos pela Loja que envolvam dívidas ou
contribuições;
X – propor medidas que julgar convenientes para facilitar a arrecadação e melhoria
do sistema financeiro da Loja;
XI – recolher em estabelecimento bancário, conforme determinar a Loja, os metais
a seu cargo e assinar a emissão de cheque juntamente com o Venerável Mestre;
XII – apresentar relação, nas sessões de eleição, dos Obreiros aptos a votar e nas
sessões de finanças a relação dos Obreiros inadimplentes;
XIII – enviar prancha aos Obreiros em atraso, convidando-os a realizarem o
pagamento, conforme o Regimento Interno da Loja;
XIV – escolher seu adjunto para nomeação pelo Venerável Mestre.
XV - Recolher e repassar ao Grande Oriente de Minas Gerais, a capitação, as taxas
e emolumentos devidos pelo Obreiro ao GOMG. Comunicar ao secretário a inadimplência
do Obreiro com referência aos valores devidos ao GOMG para as
43
providências da Potência. É função do Tesoureiro da Loja o repasse das obrigações
financeiras para com o Grande Oriente de Minas Gerais, sob pena de responsabilidade
pessoal.
XVI - As taxas, capitações, emolumentos dos Obreiros, anuidades de Lojas e
demais valores que devem ser repassados ao Grande Oriente de Minas Gerais não são
considerados RECEITA da loja. O uso indevido e o não repasse destes valores recebidos,
de acordo com os vencimentos determinados em legislação própria do GOMG,
caracterizam ilícito de apropriação indébita, incorrendo o Tesoureiro em responsabilidade
pessoal, civil e criminal.
§ 1º As Lojas manterão a sua contabilidade dentro das normas exigidas pela
legislação brasileira, considerando-se que elas possuem personalidade jurídica.
§ 2º A investidura no cargo do Tesoureiro torna o Obreiro depositário dos haveres
que receber pertencentes à Loja e o obriga a responder civilmente por eles, de acordo
com as leis vigentes.
SEÇÃO VI
Demais Cargos em Loja
Art. 60. Serão preenchidos de acordo com o Rito praticado pela Loja, e suas
respectivas atribuições definidas em seu Ritual.
SEÇÃO VII
Do Deputado e seu Suplente
Art. 61. O Deputado e seu suplente são eleitos juntamente com a Diretoria da
Loja, e a sua posse se dará na reunião da Assembleia Legislativa do Grande Oriente de
Minas Gerais, no mês de junho do ano de início do período legislativo.
§ 1º - O mandato do Deputado é de dois anos, permitida a reeleição.
§ 2º - Perderá o mandato o Deputado cuja incompatibilidade for declarada pela Loja,
nos termos do Art. 48, inciso VIII, letra f, da Constituição do Grande Oriente de Minas
Gerais.
CAPÍTULO VII
Das Comissões Permanentes e sua competência
Art. 62. A Loja terá as seguintes Comissões Permanentes, nomeadas pelo
Venerável Mestre, na primeira sessão econômica após sua posse:
I – Comissão de Justiça;
II – Comissão de Finanças e Planejamento;
III – Comissão de Beneficência ou Solidariedade;
IV – Comissão de Relações Públicas;
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V – Comissão de Educação, Cultura e Instrução;
VI – Comissão de Segurança Maçônica.
§ 1º Os membros das Comissões são demissíveis a critério exclusivamente do
Venerável Mestre, ou mediante voto da maioria absoluta dos membros da Loja.
§ 2º A nomeação dos membros das respectivas Comissões deverá seguir o Rito
adotado.
§ 3º À Comissão de Justiça compete:
I - esclarecer e orientar os membros da Loja quanto ao relacionamento com outros
Maçons, com profanos, no mundo maçônico e no mundo profano;
II - examinar propostas, indicações, requerimentos e outros assuntos que lhe
forem submetidos;
III - exercer outras atribuições que lhe forem determinadas legalmente.
§ 4º À Comissão de Finanças e Planejamento compete:
I - planejar, anualmente, as atividades da Loja, visando alcançar seus objetivos;
II - propor e coordenar as campanhas e atividades financeiras;
III - elaborar e propor o orçamento financeiro anual.
IV – examinar os livros, contas, a contabilidade e papéis pertencentes à
Tesouraria e à Hospitalaria;
V – verificar os balancetes e balanços da Tesouraria e da Hospitalaria, conferindo-
os e aprovando-os ou não;
VI – examinar se as rendas foram arrecadadas devidamente; propor medidas para
reprimir abusos e glosar as despesas não autorizadas;
VII – dar parecer sobre todas as propostas e assuntos que interessem às finanças
e aos objetivos específicos da Loja;
VIII – conferir a prestação de contas da Tesouraria e da Hospitalaria ao término
dos seus mandatos, transferindo as responsabilidades aos novos responsáveis;
IX – propor as medidas legais necessárias para punir o Tesoureiro por crimes
relacionados com possível infidelidade no exercício de seu cargo.
§ 5º À Comissão de Beneficência ou Solidariedade compete:
I – conhecer as condições dos Obreiros do quadro e reclamar o auxílio da Loja
aos necessitados, independentemente de pedidos da parte desses Irmãos;
II – servir de intermediário entre a Loja e as sociedades beneficentes locais;
III – efetuar visitas de solidariedade ou de apoio moral aos Irmãos do quadro que
delas necessitarem;
IV – dar parecer sobre as atividades do Hospitaleiro e recomendar a participação
deste onde for necessária.
§ 6º À Comissão de Relações Públicas, presidida pelo Chanceler, compete:
I – representar a Loja nas suas relações internas e externas;
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II – recepcionar os visitantes, Maçons ou profanos e os convidados da Loja;
III – organizar as atividades sociais, principalmente quanto ao relacionamento
entre a Loja e os familiares dos Irmãos do quadro.
§ 7º À Comissão de Educação, de Cultura e Instrução compete:
I – programar as atividades culturais, tais como palestras, cursos e incentivos
artísticos;
II – apreciar pedidos de auxílios educacionais, dando pareceres sobre eles;
III – encarregar-se da supervisão dos estabelecimentos de educação e formação
cultural patrocinados pela Loja;
IV – projetar e supervisionar os programas de aperfeiçoamento de profissionais ou
atividades correlatas mantidas pela Loja;
V – instituir, organizar e coordenar bibliotecas ou seção de livros instrutivos
necessários à aprendizagem e estudos maçônicos;
VI – supervisionar os trabalhos de instrução maçônica, nos graus simbólicos.
§ 8º À Comissão de Segurança Maçônica compete:
I – certificar-se da condição e qualidade maçônica de Irmãos que se
apresentarem, em Loja, sem os documentos de identificação, mediante interrogatório e
telhamento, se for o caso;
II – interferir, coibitivamente, na ação de falsos Maçons ou de perjúrios da parte de
Maçons, tendo sempre em vista o bom nome da Maçonaria e a garantia dos segredos
maçônicos;
III – zelar pela conservação, asseio e segurança do edifício onde funcionar a Loja
e pela cobertura do Templo;
IV – velar pela manutenção da ordem dentro do edifício, fora das sessões, fazendo
guardar o sossego e a decência, advertindo os Obreiros que praticarem atos
inconvenientes, denunciando-os à Loja em caso de persistência.
§ 9º Para atender às necessidades da Loja, esta poderá criar outras Comissões,
bem como reunir duas Comissões, cujas atividades estejam correlacionadas,
considerando principalmente o elemento humano que possuir.
§ 10. Para o cumprimento de suas atribuições, as Comissões poderão requisitar e
examinar livros, papéis e documentos, relativos às suas atribuições, realizando
sindicâncias e diligências que entenderem necessárias.
46
CAPÍTULO VIII
Das eleições em Loja
Art. 63. As eleições da Diretoria da Loja, dos Deputados e seus Suplentes e do
Grão-Mestrado serão realizadas, conforme prescrevem a Constituição, o Código Eleitoral
Maçônico e demais normas pertinentes ou correlatas do Grande Oriente de Minas Gerais.
Parágrafo único. São eletivos os cargos de Venerável Mestre, Primeiro Vigilante,
Segundo Vigilante, Secretário, Tesoureiro, Orador, Hospitaleiro, Deputado e seu
Suplente. Os demais cargos da administração, segundo o Rito adotado, são de livre
nomeação do Venerável Mestre. Observado o disposto no artigo 97 da Constituição e
artigo 54 deste Regulamento Geral.
CAPÍTULO IX
Das Sessões Maçônicas e da ordem dos trabalhos
Art. 64. As sessões maçônicas executadas rigorosamente dentro dos Templos das
Lojas são: Ordinárias, Magnas, Especiais e Extraordinárias.
§ 1º São Sessões Ordinárias, também denominadas Econômicas:
a) as comuns semanais;
b) as de instrução nos graus;
c) as administrativas;
d) as de finanças;
e) aquelas que tratem das questões da Ordem em geral;
f) as de palestras sobre assuntos maçônicos.
§ 2º São Sessões Magnas, privativas de Maçons:
a) as de Iniciação, e/ou mudança de Grau, conforme prescreve o Rito.
b) as de Posse e Instalação;
c) as de Regularização de Lojas;
d) as de Consagração de Templos.
§ 3º São Sessões Magnas Públicas, admitida a presença de não maçons:
a) as de Adoção de "Lowtons";
b) as de Consagração Matrimonial;
c) as de Pompas Fúnebres;
d) as comemorativas do Dia das Mães, Dia dos Pais e Dia das Crianças;
e) as de palestras sobre assuntos não maçônicos ou festivas;
f) as de caráter cívico-cultural.
g) as de banquete ou ágape.
h) as de ágape.
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§ 4º São Sessões Especiais:
a) as de Eleições;
b) as de Conselho de Família;
c) as de Julgamento ou Tribunal do Júri;
d) as de expedição de Placet ex officio;
e) as demais assim denominadas neste Regulamento Geral.
§ 5º São Sessões Extraordinárias as convocadas pelos Veneráveis Mestres, com
antecedência mínima de 7 dias corridos, para deliberar sobre assuntos urgentes e de
comprovado interesse das Lojas e de seus membros.
Art. 65. Em Sessão Ordinária ou Econômica da Loja de Aprendiz, tratar-se-á apenas
de Processo para Admissão de novos membros, das Instruções do Grau, de assuntos
previamente agendados, de outros pertinentes à Ordem do Dia e de questõesa bem da
Ordem em geral e do quadro em particular.
§ 1º Em Sessão Ordinária ou Econômica da Loja de Companheiro, tratar-se-á
apenas da mudança de Grau, das Instruções do Grau e das questões a bem da Ordem
em geral e do quadro em particular.
§ 2º As Sessões de Eleições, Finanças, Conselho de Família e Tribunal do Júri
serão realizadas, obrigatoriamente, em Loja de Mestre, única na qual é possível a
discussão dos problemas magnos da Ordem ou em que esteja envolvido um Mestre-
Maçom.
§ 3º As Sessões das Lojas obedecerão, rigorosamente, ao conteúdo dos
respectivos Rituais, a ordem dos assuntos seguirá os passos determinados pelo Ritual em
uso.
§ 4º Nenhum Obreiro poderá cobrir o Templo sem permissão do Venerável Mestre,
sujeitando-se à penalidade aplicável.
§ 5º Constituem a Ordem do Dia os assuntos considerados prioritários, devendo o
Obreiro inscrever-se junto à secretaria da Loja, antes do início da sessão, informando o
assunto, com a decisão a critério do Venerável Mestre.
§ 6º Os assuntos não incluídos na Ordem do Dia serão considerados a bem da
Ordem em geral ou do quadro em particular.
§ 7º Cada Loja reservará, mensalmente, uma sessão, no mínimo, exclusivamente
para estudo da História, Ritualismo, Simbolismo e Filosofia Maçônicos, incluindo o
treinamento dos Aprendizes, Companheiros e Mestres, nos respectivos graus;
§ 8º Caso a Loja tenha assuntos prioritários para resolver, a sessão mensal de
que trata o §7º poderá ser fixada para data posterior.
§ 9. Caso as condições da Loja e a atuação dos Obreiros o permitam, Sessões
Extraordinárias poderão ser realizadas para fins de estudo e instrução.
§ 10. A admissão de Irmãos de outras Lojas nas Sessões Econômicas/Ordinárias
ou Magnas, a critério do Venerável Mestre, poderá ser concedida desde o início dos
trabalhos, mas não após a Ordem do Dia.
§ 11. A verificação da condição maçônica de visitantes deverá ser feita com rigor
pelos integrantes da Comissão de Segurança Maçônica, ou, na ausência destes, por
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quem o Venerável Mestre determinar. A critério do Venerável Mestre, o Irmão visitante
conhecido de algum Mestre do quadro poderá ser dispensado da verificação.
Art. 66. Para a execução de Sessões Magnas, de Sessões Magnas Públicas, de
Adoção de "Lowtons", Consagração Matrimonial, Dia das Mães, Pompas Fúnebres e
outras públicas, a Loja deverá, obrigatoriamente, pautar-se, rigorosamente, de acordo
com Ritual adotado pela loja.
Art. 67. Nas Sessões Econômicas/Ordinárias e Magnas de Iniciação, e/ou mudança
de Grau, proceder-se-á, observando-se rigorosamente os respectivos Rituais.
Art. 68. As Sessões de Finanças, sempre realizadas no Grau 3, serão convocadas
por edital fixado na Sala dos Passos Perdidos com antecedência mínima de 7 dias corridos.
Parágrafo único. Na Sessão de Finanças é indispensável o prévio e expresso
parecer da Comissão de Finanças.
Art. 69. Nenhuma Loja poderá deliberar sobre assuntos extraordinários, sem fixação
do edital, com antecedência de, no mínimo, 7 dias corridos.
Art. 70. Os Maçons presentes em Sessões Magnas, quer públicas ou privativas,
usarão o traje a rigor maçônico, vedado o uso de balandrau.
§ 1º Entende-se, na falta de determinação exclusiva da oficina, independentemente,
do Rito que a loja adote, por traje a rigor, o uso de terno, sapatos, meias pretas, camisa
branca. Gravatas e luvas de acordo com o Rito praticado.
§ 2º Entende-se por Balandrau a veste talar, de cor preta, de mangas compridas,
abotoada até o pescoço e estendendo-se até os calcanhares, sem nenhuma inscrição,
bordado ou logomarca em sua parte externa, com uso restrito às Sessões
Econômicas/Ordinárias, exigindo calça e sapatos fechados.
§ 3º Nos Ritos que não preveem o uso de Balandrau em suas Sessões
Econômicas/Ordinárias as vestimentas devem ser: calça comprida, calçados fechados e
camisa lisa com mangas.
§ 4º Em sessões dos Graus Simbólicos é vedado o uso de Paramentos de Graus
superiores.
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CAPÍTULO X
Das votações
Art. 71. As votações são simbólicas, nominais ou Escrutínio Secreto.
§ 1º A aprovação será tomada por maioria dos membros presentes, salvo expressa
disposição em contrário na Constituição do Grande Oriente de Minas Gerais e neste
Regulamento Geral.
§ 2º Nas votações simbólicas, o Venerável Mestre terá apenas o voto de qualidade
para seu desempate.
§ 3º Depois de qualquer votação simbólica, qualquer dos membros presentespoderá
requerer verificação de votação e que se declare no Balaústre o seu voto.
§ 4º Nas votações secretas, não se admitirá reclamação depois de encerrada a
discussão e proclamado o resultado, a não ser o previsto no art. 8.º, § 12, deste
Regulamento Geral.
§ 5º A votação simbólica poderá ser nominal, se um dos Irmãos o requerer e a Loja
o aprovar, não se admitindo reclamação após proclamado o resultado.
§ 6º A matéria rejeitada na votação somente poderá ser reapresentada, decorridos
30 dias corridos da data da rejeição.
§ 7º Não se dará ingresso ao Templo durante o desenvolvimento de um assunto,
mas somente no intervalo deles.
CAPÍTULO XI
Do culto ao Pavilhão Nacional e da presença das Bandeiras
Art. 72. O culto ao Pavilhão Nacional obedecerá, rigorosamente, às disposiçõesda
Lei Federal n° 5.700/71, e legislação vigente.
Art. 73. A presença da Bandeira Nacional e da Bandeira do Estado de Minas
Gerais é obrigatória em todas as Sessões Magnas realizadas na jurisdição, devendo, à
entrada daquela, ser entoado o Hino à Bandeira Nacional.
§ 1º Considera-se o lugar próprio para a colocação das Bandeiras o setor, no Oriente,
à direita do Altar do Venerável Mestre, onde um pedestal, em linha de mastros receberá a
Bandeira Nacional ao centro; a Bandeira de Minas Gerais à direita; a Bandeira da cidade-
sede da Loja à esquerda; a Bandeira do Grande Oriente de Minas Gerais mais à esquerda,
e a Bandeira da Loja mais à direita. O Estandarte da Loja deve ficar à esquerda do Altar
do Venerável Mestre.
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§ 2º Nas Sessões Maçônicas, a recepção à Bandeira Nacional, obedecerá ao
prescrito na Lei Federal nº 5.700/71.
§ 3º Nas Sessões em que não houver a entrada da Bandeira Nacional, a mesma
deverá permanecer hasteada em seu pedestal, à direita do Altar do Venerável Mestre.
CAPÍTULO XII
Do Hino Nacional
Art. 74. A execução do Hino Nacional, em reuniões maçônicas, obedecerá aos
dispositivos contidos nos artigos 24 e 25 e respectivos parágrafos da Lei Federal nº.
5.700/71,
Parágrafo único. Para a execução do Hino Nacional Brasileiro, os Irmãos devem ficar
em pé, perfilados.
CAPÍTULO XIII
Do Estandarte
Art. 75 – O Estandarte é a insígnia da Loja e nele devem constar nome distintivo da
Loja, data de fundação, Rito adotado, Oriente e o nome do Grande Oriente de Minas
Gerais.
§ 1º Recomenda-se que sejam escritos com letras góticas e na cor que a Loja
determinar, sempre de acordo com o Rito adotado.
§ 2º O Estandarte pode conter uma alegoria alusiva à cidade-sede ou região, como
também uma alegoria maçônica que simbolize a Loja.
§ 3º Será colocado sempre à esquerda, no lado sul do altar do Venerável Mestre.
§ 4º O Estandarte deve acompanhar a caravana de Irmãos em visita a outras Lojas,
tendo entrada no Templo, junto a eles, e tomando lugar junto ao estandarte da Loja visitada,
tendo assento a seu lado o Porta-Estandarte da Loja visitante.
TÍTULO IV
Dos Poderes da Ordem
Art. 76. O Grande Oriente de Minas Gerais, formado pelas Lojas simbólicas sob sua
jurisdição, tem foro na cidade de Belo Horizonte, Capital do Estado. Sua autoridade e
soberania emanam dos seus jurisdicionados e são exercidas em seu nome pelos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, independentes e harmônicos entre si.
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CAPÍTULO I
Do Poder Executivo
Art. 77. O Poder Executivo é exercido pelo Grão-Mestre, auxiliado pelo Grão- Mestre
Adjunto, pelo Conselho Geral, Grandes Secretários e Delegados do Grão Mestre.
Parágrafo único. O Poder Executivo nas Lojas é exercido pelo Venerável Mestre e
demais membros da Diretoria, exceto o Orador, que é membro nato do Ministério Público
Maçônico.
CAPÍTULO II
Do Poder Legislativo
Art. 78. O Poder Legislativo tem suas atribuições fixadas na Constituição, e seu
funcionamento se rege por seu Regimento Interno.
CAPÍTULO III
Do Poder Judiciário
Art. 79. O Poder Judiciário tem suas atribuições fixadas pela Constituição, e seu
funcionamento se rege por seu Regimento Interno.
CAPÍTULO IV
Do Grão-Mestrado, Conselho Geral
SEÇÃO I
Do Grão-Mestrado
Art. 80 - O Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto constituem as duas Grandes
Dignidades da Ordem na Potência, formando, com os Grandes Secretários, o Conselho
Geral e os Delegados do Grão-Mestre.
52
SEÇÃO II
Do Conselho Geral
Art. 81. O Conselho Geral, órgão deliberativo, compõe-se de 21 membros, Mestres
Instalados regulares e ativos, nomeados pelo Grão-Mestre, com comprovada experiência
e vivência maçônicas.
§ 1º A Diretoria do Conselho Geral será constituída por um Presidente, um Vice-
Presidente, um Orador e um Secretário.
§ 2º O Presidente do Conselho Geral será o Grão-Mestre Adjunto, com direito ao
voto de qualidade. Os titulares dos demais cargos e os membros da Comissão de
Constituição e Justiça serão eleitos por seus pares na primeira reunião anual;
§ 3º Podendo o Presidente do Conselho Geral formar Comissões Especiais
temporárias de acordo com as necessidades do Conselho.
§ 4º Às reuniões do Conselho Geral poderão assistir todos os Mestres-Maçons,
sendo necessária a presença de pelo menos cinco membros ativos para o seu
funcionamento.
§ 5º Ocorrendo a falta de “quorum”, por licenciamento ou vaga de membros efetivos
do Conselho Geral, este se reunirá com a maioria absoluta de seus membros em exercício.
§ 6º Em nenhuma hipótese, poderá haver o licenciamento simultâneo de mais de
dois membros efetivos do Conselho Geral.
§ 7º Das decisões do Conselho Geral caberá recurso para o Grão-Mestre.
SEÇÃO III
Da Competência do Conselho Geral
Art. 82. Compete ao Conselho Geral:
I - eleger sua Administração;
II - elaborar e propor alterações em seu Regimento Interno;
III - conhecer da proposta do orçamento anual do Grande Oriente de Minas Gerais;
IV - decidir, em grau de recurso, todas as questões administrativas que se
suscitarem nas Lojas em um prazo máximo de 60 dias corridos;
V - julgar os recursos interpostos em um prazo máximo de 60 dias corridos;
VI - Aprovar, modificar ou rejeitar os Estatutos e Regimentos Internos das Lojas,
verificando-se se foram cumpridas as exigências constitucionais;
VII - determinar o recolhimento ao arquivo da Grande Secretaria da Guarda de
Selos, ou da Grande Secretaria de Orçamento e Finanças, conforme o caso, de todos os
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livros, documentos, objetos, valores e bens da Loja que abater colunas, mantidos os bens
imóveis sob a guarda da Grande Secretaria de Administração;
CAPÍTULO V
Das Grandes Secretarias
Art. 83. As Grandes Secretarias, ligadas diretamente ao Grão-Mestre, têm
competências específicas, abaixo enumeradas, que deverão ser exercidas por titulares
de livre nomeação do Grão-Mestre, demissíveis pela sua vontade. São elas:
a) Grande Secretaria do Governo;
b) Grande Secretaria de Orçamento e Finanças;
c) Grande Secretaria da Guarda dos Selos;
d) Grande Secretaria de Administração;
e) Grande Secretaria de Educação e Cultura;
f) Grande Secretaria de Ação Social;
g) Grande Secretaria de Relações Públicas;
h) Grande Secretaria de Relações Exteriores.
i) Grande Secretaria de Patrimônio;
j) Grande Secretaria de Liturgia e Ritualística;
k) Grande Secretaria de Assuntos Paramaçônicos.
SEÇÃO I
Da Grande Secretaria do Governo
Art. 84. A Grande Secretaria de Governo, compreendendo também a Chefia de
Gabinete e a Chefia de Comunicação e Tecnologia, concentra suas atribuições
diretamente nas ações do Grão-Mestre e do Grão-Mestre Adjunto.
§ 1.º - Ao Grande Secretário do Governo compete:
I — a coordenação das atividades do Poder Executivo e de relações com os
demais Poderes da Potência;
II — o assessoramento técnico, jurídico e consultivo ao Grão-Mestre e ao Grão-
Mestre Adjunto;
III — a preparação do expediente do Grão-Mestre e do Grão-Mestre Adjunto, bem
como as demandas de suas agendas;
IV — cumprir políticas e diretrizes definidas pelo Programa de Governo do Grão-
Mestrado, contribuindo para sua realização;
V — organizar as ações do Conselho Geral e Delegados;
VI — elaborar proposições de Leis, proceder a estudos e pesquisas concernentes
a sua pasta, preparar relatórios para o Grão-Mestre e dar pareceres solicitados por este;
VII — manter o Grão-Mestre informado sobre matérias de interesse da Potência
no âmbito da iniciativa pública e privada;
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VIII — exercer as atividades de representação oficial do Grão-Mestre, sempre que
solicitado;
IX — transmitir aos demais Grandes Secretários as ordens e determinações do
Grão-Mestre;
X — zelar pelo cumprimento das normas do cerimonial e protocolo de recepção;
XI — exercer rígido controle de sua verba orçamentária específica.
XII — comunicar às Lojas e às Delegacias o teor das Leis, Decretos e Atos, bem
como de circulares, avisos e quaisquer outras publicações pertinentes;
XIII — manter sob sua guarda e supervisão todos os Atos, Decretos e Projetos de
Lei emanados do Gabinete do Grão-Mestre;
XIV — elaborar e administrar a agenda do Grão-Mestre e do Grão-Mestre Adjunto;
XV — receber todas as correspondências enviadas, responsabilizando-se por sua
distribuição e destino;
XVI — manter relações diretas com o Conselho Geral, provendo-o de suas
necessidades;
XVII — responsabilizar-se pela reprodução, recepção e distribuição de todas as
correspondências emanadas do Gabinete do Grão-Mestre;
XVIII — reprodução de todos os Atos, Decretos e Projetos de Lei emanados do
Gabinete do Grão-Mestre.
SEÇÃO II
Da Grande Secretaria de Orçamento e Finanças
Art. 85. Ao Grande Secretário de Orçamento e Finanças compete:
I — promover a liquidação de todas as despesas operacionais e compromissos
legais;
II — receber todas as receitas, tendo-as sob sua guarda, devidamente
escrituradas, respondendo civil e criminalmente como fiel depositário;
III — elaborar e executar o Fluxo de Caixa; IV
— elaborar e executar o Plano de Contas;
V — elaborar, executar e fazer publicar Balancetes Trimestrais e Balanço Anual
do movimento financeiro;
VI — preparar a Proposta Orçamentária Anual, de acordo com as propostas
recebidas de cada Grande Secretaria, para envio à Assembleia Legislativa;
VII — acompanhar o Plano Orçamentário mês a mês de todas as Grandes
Secretarias;
VIII — representar a Potência junto às Lojas filiadas no que concerne às relações
financeiras entre ambas;
IX — elaborar Política Salarial juntamente com a Grande Secretaria de
Administração.
X — controlar a expedição de documentos, juntamente com a Grande Secretaria
da Guarda dos Selos, negando-os a Lojas filiadas que estejam em débito, salvo
concessão especial do Grão-Mestre;
55
XI — fiscalizar os serviços de contabilidade;
SEÇÃO III
Da Grande Secretaria da Guarda dos Selos
Art. 86. Ao Grande Secretário da Guarda dos Selos compete:
I — manter cadastro de Lojas e Irmãos filiados;
II — responsabilizar-se pela edição, redação, publicação e distribuição do Boletim
Oficial;
III — responsabilizar-se pelos pedidos de publicação no Boletim Oficial;
IV— responsabilizar-se pelo atendimento a pedidos de Placet de Iniciação,
Elevação, Exaltação, Elaboração de Quitte placet e Placet ex officio;
V — responsabilizar-se pela expedição de Passaporte Maçônico;
VI — responsabilizar-se pela manutenção e atualização de cadastro de Lojas
Maçônicas e Irmãos filiados;
VII — responsabilizar-se pelos pedidos de Filiação e Regularização de Lojas
Maçônicas e Irmãos filiados;
VIII — elaborar os Títulos, Diplomas, Medalhas e Comendas às Lojas Maçônicas e
Irmãos filiados, outorgados pelo Grão-Mestre;
IX — comunicar às Lojas e às Delegacias o teor das Leis, Decretos e Atos, bem
como de circulares, avisos e quaisquer outras publicações pertinentes;
X - elaborar parecer sobre a fusão de Lojas Maçônicas nos termos do Art. 46 deste
Regulamento Geral;
SEÇÃO IV
Da Grande Secretaria de Administração
Art. 87. Ao Grande Secretário de Administração compete:
I — responsabilizar-se pelo Centro de Recursos Humanos, com ação direta em
programas funcionais, Política Salarial em conjunto com a Grande Secretaria de
Orçamento e Finanças, Política de Cargos e Salários;
II — promover a manutenção, conservação e limpeza dos imóveis;
III — responsabilizar-se por todas as formas de comunicações da Potência, como
telefonia, fax, correspondências eletrônicas e recados.
IV — manutenção do sítio eletrônico (site) da Potência;
V — manter sob sua responsabilidade os serviços de manutenção do CPD, sítio
eletrônico e Programa para Computador (software) do Grande Oriente de Minas Gerais;
56
SEÇÃO V
Da Grande Secretaria de Educação e Cultura
Art. 88. Ao Grande Secretário de Educação e Cultura compete:
I — zelar pelo aprimoramento cultural dos Maçons pertencentes a Lojas filiadas e
suas famílias;
II — zelar pela tradição maçônica, em geral, e pelo conceito público do Grande
Oriente de Minas Gerais, em particular;
III — preparar todo o material de divulgação concernente à área educacional e
cultural;
IV — preparar a logística do material de instrução, educação e cultura e orientar os
trabalhos das Comissões de Educação e Cultura das Lojas Maçônicas filiadas;
V — promover e /ou apoiar os eventos culturais, educacionais e de instrução;
VI — promover Seminários, Simpósios, Jornadas, Conclaves, Convenções e
Congressos de cunho cultural e educativo, de acordo com a verba orçamentária;
VII — manter relações com outras Potências ou Obediências Maçônicas, no sentido
cultural, educacional, juntamente com a Grande Secretaria de Relações Exteriores;
VIII— promover as comemorações condignas das grandes datas nacionais e o
culto de vultos eminentes da Ordem, da Pátria e da Humanidade;
IX — responsabilizar-se pela biblioteca, promovendo ações para seu crescimento e
enriquecimento cultural;
X — propor ao Grão-Mestre a formação de comissões especiais, na medida de suas
necessidades, para auxiliarem no cumprimento de suas atribuições;
XI — exercer rígido controle de sua verba orçamentária específica.
SEÇÃO VI
Da Grande Secretaria de Ação Social
Art. 89. Ao Grande Secretário de Ação Social compete:
I — promover o acolhimento e manutenção de política de ajuda às Lojas Maçônicas
filiadas;
II — ser a responsável pela recepção, acolhimento e atendimento, na medida que
lhe for possível e dentro de suas atribuições, de Maçons do interior, pertencentes a Lojas
Maçônicas filiadas e seus familiares, que necessitarem de auxílio;
III — manter política de ajuda filantrópica e beneficente às Lojas Maçônicas filiadas;
IV — manter política de ajuda às Lojas Maçônicas filiadas para construção e reforma
de seus templos;
V — manter política de ajuda às instituições mantidas por Lojas Maçônicas filiadas;
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VI — manter relações com órgãos governamentais, pessoas físicas e jurídicas,
entidades, para a promoção de ajuda às Lojas Maçônicas filiadas;
VIl — orientar as Lojas Maçônicas filiadas para a criação de Caixas de Pecúlios e
de Auxílios a Maçons a suas famílias;
Vlll — orientar e auxiliar as Lojas filiadas, na medida que lhe for possível e dentro
de suas atribuições, em seus projetos de ação social.
SEÇÃO VII
Da Grande Secretaria de Relações Públicas
Art. 90. Ao Grande Secretário de Relações Públicas compete:
I — organizar e fiscalizar o cerimonial das solenidades a que comparecer o Grão-
Mestre, Grão-Mestre Adjunto ou ambos;
II — organizar comissões de recepção das reuniões do Conselho Geral e do
Conselho de Veneráveis Mestres ou de Assembleias Gerais convocadas pelo Grão-
Mestre, ou ainda outras patrocinadas pelo Grão-Mestrado;
III — esclarecer os profanos em Templos Maçônicos ou fora deles, por
determinação do Grão-Mestre, sobre os objetivos da Ordem;
IV — registrar as sessões promovidas pelas Lojas, de sentido público ou
comemorativo, em que tenham sido recebidos profanos;
V — promover a articulação da Potência com órgãos e entidades de suas relações,
no que tange à iniciativa privada.
VI — promover e incrementar o entrelaçamento das famílias dos Maçons;
VII — exercer rígido controle de sua verba orçamentária específica com ajuda da
Grande Secretaria de Orçamento e Finanças.
VIII — organizar, supervisionar e fiscalizar as solenidades, litúrgicas ou não, às
quais compareça o Grão-Mestre e, em geral, todas as que tenham a presença de
profanos;
IX — assessorar o Grão-Mestrado em assuntos de Comunicação Social;
X — planejar, agendar, organizar, elaborar e promover todos os eventos doGOMG;
XI — manter política de comunicação e marketing, como divulgações, jornal
interno, publicações, panfletos, boletins etc.
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SEÇÃO VIII
Da Grande Secretaria de Relações Exteriores
Art. 91. Ao Grande Secretário de Relações Exteriores compete:
I — Manter relações de cortesia, auxílio mútuo e fraternidade com Potências
Maçônicas reconhecidas pelo Grande Oriente de Minas Gerais;
II — Expandir as relações com Potências regulares;
III – Comparecer às reuniões da COMAB e CMI (Confederação Maçônica
Interamericana), sempre que convidado;
IV - Exercer rígido controle de sua verba orçamentária específica.
Parágrafo único. Entende-se por relações exteriores o relacionamento do Grande
Oriente de Minas Gerais com as demais Potências Regulares.
SEÇÃO IX
Da Grande Secretaria do Patrimônio
Art. 92. A Grande Secretaria do Patrimônio terá um Grande Secretário,
preferencialmente, engenheiro ou arquiteto, que tem por incumbência manter o registro,
controle e preservação do patrimônio do Grande Oriente de Minas Gerais.
Art. 93. Ao Grande Secretário do Patrimônio compete:
I — proceder ao Registro Público dos bens imóveis e manter registro interno dos
títulos de propriedade;
II — o controle do pagamento das taxas e impostos devidos;
III — manter atualizado o tombamento (se for o caso) dos bens, móveis,
utensílios e obras de arte, inclusive do Museu Histórico e da biblioteca, sendo
responsável pela sua conservação;
IV — solicitar às Lojas e aos Triângulos, quando necessário, informações sobre
títulos ou documentos de propriedade dos imóveis ou dados informativos sobre bens
móveis, objetos e utensílios de relevância;
V — encaminhar ao Grande Secretário de Finanças, para que as processe e
classifique, as suas contas a serem pagas, submetendo-as posteriormente ao despacho
do Grão-Mestrado;
VI — providenciar o registro dos bens móveis e imóveis das Lojas e Triângulos
adormecidos, discriminando o local de guarda dos mesmos, bem como o respectivo
responsável;
VII — fornecer, quando solicitado, plantas para construção e projetos para
decoração de Templos;
VIII — a manutenção e conservação do Palácio Maçônico bem como todos os
imóveis;
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IX — aplicar, observadas as normas regulamentares, os recursos orçamentários
destinados à construção, aquisição, conservação e recuperação dos bens imóveis e
móveis.
X — manter sob sua guarda todo o ativo patrimonial, como escrituras, reformas,
construções, compra e venda de imóveis, contratos de locações;
XI — manter sob sua guarda todo o ativo fixo imobilizado;
XII — zelar pelo patrimônio de Lojas Maçônicas filiadas e adormecidas, remetendo
o que se refere a arquivo, manuscritos, quadros de Obreiros, Livros de Atas, de Presença
e demais documentos à Grande Secretaria da Guarda dos Selos;
XIII — manter política de manutenção, aquisição, comercialização e venda de frota
de veículos;
XIV — proceder ao registro dos bens imóveis do Grande Oriente de Minas Gerais;
XV — manter atualizado o tombamento dos bens móveis, utensílios e alfaias do
Grande Oriente de Minas Gerais e zelar por sua conservação;
XVI — solicitar das Lojas, quando julgar necessário, informações sobre títulos e
documentos comprobatórios das propriedades imóveis, móveis de relevância, utensílios,
objetos e alfaias;
XVII — designar, para nomeação do Grão-Mestre, Comissões de Zeladores para
cuidar do patrimônio imóvel de Lojas que adormecerem e substituí-las total ou
parcialmente, quando julgar necessário.
XVIII — zelar pelo patrimônio do Grande Oriente de Minas Gerais, mantendo
rigoroso controle sobre os contratos de locações, com a fiel observância das leis do
inquilinato, não lhe sendo permitido fazer quaisquer concessões que possam prejudicar
os bens patrimoniais da Instituição;
§ 1° O Grande Secretário é membro nato das Comissões ou Grupos de Trabalho
que tratarem da aquisição, construção, reforma e alienação ou gravame dos bens
imóveis do Grande Oriente de Minas Gerais.
§ 2° As reformas dos Templos e demais imóveis, quando necessárias, serão
realizadas no mês de janeiro de cada ano.
Art. 94. O Grande Secretário do Patrimônio terá um adjunto nomeado pelo Grão-
Mestre e assessores necessários ao atendimento de sua pasta.
SEÇÃO X
Da Grande Secretaria de Liturgia e Ritualística
Art. 95. A Grande Secretaria de Liturgia e Ritualística tem por finalidade assessorar
o Grão-Mestre nos assuntos pertinentes aos 3 primeiros Graus dos Ritos praticados pelas
Lojas e Triângulos do Grande Oriente de Minas Gerais.
Art. 96. A Grande Secretaria de Liturgia e Ritualística terá um Titular que será
auxiliado por Maçons que sejam praticantes e conhecedores de cada um dos Ritos
praticados pelo Grande Oriente de Minas Gerais, denominados “Coordenadores”, sendo
60
que a quantidade de Coordenadores será proporcional à quantidade de Lojas de cada
Rito e à distribuição dessas Lojas nas diversas regiões do Estado. A definição de locais
e quantidades e a indicação desses Coordenadores será feita pelo titular da Secretaria ao
Grão-Mestre, a quem compete nomear e demitir pela sua vontade.
Parágrafo único. Os coordenadores do Rito deverão estar filiados a uma Loja do
respectivo Rito.
Art. 97. Compete à Grande Secretaria de Liturgia e Ritualística:
I – Coordenar as relações com os Órgãos que administram os Graus Superiores
dos Ritos praticados;
II – Propor ao Grão-Mestre modificações e alterações nos Rituais sempre com as
devidas justificativas;
III – Assessorar as Lojas e Triângulos nos respectivos Ritos;
IV – Sugerir ao Grão-Mestre medidas que visem corrigir falhas constatadas nas
Lojas e Triângulos quanto à execução da Liturgia e Ritualística
V – Ministrar, por solicitação das Lojas e Triângulos, instruções litúrgicas de
acordo com cada Rito.
VI – manter atualizados os Rituais em todos os Ritos adotados pela Potência,
informando ao Grão-Mestre sobre a necessidade de seus aperfeiçoamentos;
VII – elaborar respostas encaminhadas pelo Grão-Mestre sobre questionamentos
de Lojas Maçônicas e Irmãos da jurisdição a respeito de ritualística.
SEÇÃO Xl
Da Grande Secretaria de Assuntos Paramaçônicos
Art. 98. Compete ao Grande Secretário de Assuntos Paramaçônicos:
I – Apoiar as Entidades Paramaçônicas reconhecidas pelo Grande Oriente de
Minas Gerais:
a) Fraternidade Feminina.
b) Casa de Lowtons.
c) Ordem DeMolay.
d) Ordem Internacional das Filhas de Jó e suas subdivisões Abelhinhas.
e) Arco Íris.
f) Ordem Estrela do Oriente.
g) Shriners.
h) Outras que porventura venham a existir e devidamente reconhecidas pelas
potências regulares
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II – A Grande Secretaria de Assuntos Paramaçônicos será inicialmente composta
pelo Grande Secretário e Grande Secretário Adjunto.
III – Principais funções: incentivar as Lojas Jurisdicionadas à criação de novos
Capítulos da Ordem DeMolay, Casa de Lowtons, Betheis da Ordem Internacional das
Filhas de Jó, Fraternidades Femininas.
IV – Fornecer orientações necessárias às Lojas Jurisdicionadas, porventura
solicitadas, em integral consonância com as diretrizes estabelecidas pelas respectivas
direções das Entidades Paramaçônicas.
V – Apoio às Lojas que já fundaram, patrocinam ou copatrocinam Entidades
Paramaçônicas. Além de reconhecimento por seus incessantes trabalhos em prol da
melhoria do gênero humano.
VI – Permanente contato direto e irrestrito com as direções das respectivas
Entidades Paramaçônicas.
VII – Participar ativamente das atividades realizadas pelas Entidades
Paramaçônicas, Congressos e Seminários, prestando apoio logístico e aporte financeiro,
conforme dotação orçamentária.
VIII – Representar o Grão-Mestrado, quando solicitado pelo Grão-Mestre, nos
eventos realizados pelas Entidades Paramaçônicas.
IX – Estar em constante consonância com as demais Grandes Secretarias do
Grande Oriente de Minas Gerais para implantar e/ou implementar políticas comuns à
criação/manutenção de Entidades Paramaçônicas
X – Fazer constar no orçamento anual previsão orçamentária suficiente para
aplicação de incentivo a manutenção das atividades Paramaçônicas
XI – Prestar contas, semestralmente, ou quando solicitadas pelo Grão-Mestrado e
demais órgãos de fiscalização das atividades inerentes à Grande Secretaria.
XII – Estar em constante contato com representantes das demais Grandes
Secretarias de incentivo a Paramaçônicas, das Potências reconhecidas e regulares, para
implantação de políticas que venham solidificar o crescimento das Entidades
Paramaçônicas.
CAPÍTULO VI
Das Delegacias
Art. 99. Além dos órgãos que constituem o Grão-Mestrado, consideram-se auxiliares
da sua administração as Delegacias do Grão-Mestrado.
§ 1º O representante pessoal do Grão-Mestre denomina-se Delegado do Grão-
Mestrado.
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§ 2º Os Delegados e Delegados Adjuntos do Grão-Mestrado serão nomeados e
exonerados pela vontade do Grão-Mestre.
§ 3º O Delegado do Grão-Mestrado deverá ser Mestre Instalado e não terápoderes
para interferir administrativamente e ritualisticamente durante as sessões, nem poderá
nomear interventores, devendo informar ao Grão-Mestre as irregularidades verificadas e
sugerir providências, sob pena de responsabilidade do Delegado.
§ 4º - O Grão-Mestre nomeará, dentre os Delegados um Delegado-Geral que será
o Coordenador dos Delegados, ao qual compete:
a) Representar o Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto junto às Lojas do Grande
Oriente de Minas Gerais, junto às demais Potências e junto à sociedade;
b) Organizar e elaborar a agenda do Grão Mestre para visitas às Lojas;
c) Coordenar os Delegados do Grão-Mestrado, apoiando-os no desempenho da
função;
d) Ser portador dos reclames das Lojas ao Grão-Mestrado;
e) Solicitar os títulos a que Lojas e Irmãos fazem jus;
f) Participar das reuniões convocadas pelo Grão-Mestre;
g) Dar parecer sobre as necessidades ou não de fundação de Triângulo ou Loja;
h) Dar parecer sobre a necessidade de extinção ou fusão de Loja ou Triângulo;
i) Cumprir determinações especiais de caráter administrativo oriundas do Grão-
Mestre.
SEÇÃO I
Das Delegacias, atribuições e área de atuação
Art. 100. Dada a grande extensão territorial do Estado de Minas Gerais e para melhor
atender às suas necessidades, ficam criadas as Delegacias do Grão-Mestrado, distribuídas
em regiões estratégicas de todo o Estado, em número suficiente e de acordo com as
características de cada região, com a função específica de conexão e entrosamento entre
o Grão-Mestrado e as Lojas Maçônicas Filiadas.
§ 1º O cargo de Delegado pertence ao Primeiro Escalão de Governo do Grande
Oriente de Minas Gerais;
§ 2º Aos Delegados compete:
I – apresentar, durante as Reuniões Gerais Administrativas, o Relatório de
Atividades de sua Delegacia;
II – participar assiduamente das Reuniões Gerais Administrativas normais ou
extraordinárias a convite do Grão-Mestre;
III – prestar obediência ao Grão-Mestre e, em sua falta, ao Grão-Mestre Adjunto;
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IV – prestar assistência, sob todos os aspectos, as Lojas de sua Região.
V – Dar parecer sobre a conveniência de Fundação de Loja Maçônica e/ou
Triângulo.
VI – Frequentar periodicamente as Lojas sob sua responsabilidade de sua
Delegacia.
VII – Prover as Lojas de informações sobre o Grande Oriente de Minas Gerais;
VIII – Ser o portador dos reclames das Lojas ao Grão-Mestre;
IX – Prospectar Orientes que carecem de novas Lojas Maçônicas;
X – Apresentar relatório de todas as visitas ao Delegado-Geral.
SEÇÃO II
Das Regiões Administrativas
Art. 101. As Regiões Administrativas das Delegacias do Grão-Mestrado têm por
finalidade promover a descentralização da administração do Grande Oriente de Minas
Gerais.
§ 1º À cada Região Administrativa corresponderá uma Delegacia do Grão-
Mestrado, dirigida por seu Delegado Titular.
CAPÍTULO VII
Do Grão-Mestre e do Grão-Mestre Adjunto
Art. 102. O Grão-Mestre, como chefe do Poder Executivo, constitui-se na autoridade
máxima de supervisão e coordenação dos órgãos situados no plano da Administração, e
sua competência está estabelecida no artigo 59 da Constituição do Grande Oriente de
Minas Gerais.
§ 1º O Grão-Mestre Adjunto, substituto imediato do Grão-Mestre em suas faltas ou
impedimentos, auxilia o Grão-Mestre em suas atribuições, ficando a parte administrativa
como principal, preside o Conselho Geral.
§ 2º O Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto, durante o período de seus mandatos,
ficam desobrigados de frequência regular às suas Lojas-Mãe, por força de seus
compromissos maçônicos na jurisdição, a serviço do Grão-Mestrado, sem prejuízo dos
seus direitos maçônicos.
CAPÍTULO VIII
Do Ministério Público Maçônico
Art. 103. O Ministério Público Maçônico é constituído e exercido nos termos dos
artigos 72 a 75 da Constituição do Grande Oriente de Minas Gerais.
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CAPÍTULO IX
Das recompensas maçônicas
Art. 104. O Grande Oriente de Minas Gerais expressará reconhecimento material por
relevantes serviços prestados à Ordem Maçônica, à Pátria e à Humanidade,
simbolicamente por meio de títulos honoríficos, acompanhados dos respectivos diplomas
ou medalhas, a Maçons, Lojas, Obediências e Potências Maçônicas e a profanos, mediante
Decreto do Grão-Mestre.
§ 1º São títulos para as Lojas filiadas ao Grande Oriente de Minas Gerais:
a) Loja Benemérita;
b) Loja Grande Benemérita;
c) Loja Extraordinária;
d) Loja Perfeita;
e) Loja Centenária;
f) Loja Sesquicentenária;
g) Loja Bicentenária;
§ 2º São títulos para os Maçons do Grande Oriente de Minas Gerais:
a) Grande Obreiro;
b) Maçom Benemérito;
c) Maçom Grande Benemérito;
d) Maçom Extraordinário;
e) Maçom Perfeito;
f) Maçom Completo.
§ 3º São títulos para as Obediências e Potências Maçônicas:
a) Grande Oriente Amigo;
b) Grande Loja Amiga.
§ 4º São títulos para profanos:
a) Reconhecimento Maçônico;
b) Grande Reconhecimento Maçônico;
c) Amigo ou Amiga da Maçonaria.
§ 5º Para Maçons com trinta e três anos ou mais de atividade maçônica ininterrupta:
a Medalha José Baesso (Lei nº 50, de 30 de março de 1982).
§ 6º Comenda Athos Vieira de Andrade, sendo a mais alta honraria do Grande
Oriente de Minas Gerais, concedida por Ato do Grão-Mestre nos termos da Lei nº 307, de
7 de junho de 2022.
§ 7º Medalha Tiradentes para Maçons com 50 anos ou mais de atividades
ininterruptas no Grande Oriente de Minas Gerais concedida nos termos do Decreto nº
2.469, de 9 de dezembro de 2015.
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§ 8º A concessão de títulos honoríficos pode ser proposta ao Grão-Mestre por
Grandes Secretários de governo, Lojas e Delegacias do Grão-Mestrado, acompanhada das
justificativas e da fundamentação legal.
§ 9º A Loja agraciada com títulos honoríficos poderá acrescentá-los ao seu título
distintivo, na ordem crescente de importância.
§ 10º Reconhecem-se os títulos honoríficos e condecorações obtidos antes deste
Regulamento Geral.
§ 11º As Lojas poderão atribuir incentivos, prêmios e reconhecimentos, por meio de
títulos e medalhas a seus Obreiros que se distinguirem nos trabalhos maçônicos ou
profanos, com comunicação à Grande Secretaria da Guarda dos Selos para registro e
publicação no Boletim Oficial.
§ 12º - A concessão dos Títulos constantes do § 2º deverá respeitar o intervalo de
um ano entre uma concessão e outra.
SEÇÃO I
Loja Benemérita
Art. 105. Fará jus ao título de Benemérita a Loja que satisfizer a uma ou mais das
seguintes condições:
I – ter 25 anos de atividade maçônica ininterrupta no Grande Oriente de Minas
Gerais;
II – manter gratuitamente escola de ensino fundamental;
III – manter orfanato ou creche;
IV – manter assistência hospitalar, hospital ou asilo para idosos;
V – distinguir-se por serviços prestados à Ordem ou à Pátria;
VI – manter instituições de utilidade social, paramaçônicas ou profanas;
VII– manter órgãos de difusão dos princípios morais e culturais maçônicos,
concorrendo assim para o engrandecimento da Ordem.
SEÇÃO II
Loja Grande Benemérita
Art. 106. Fará jus ao título de Grande Benemérita a Loja que possuir o título de
Benemérita e satisfizer a uma ou mais das seguintes condições:
I – ter trinta e cinco anos de atividade maçônica ininterrupta;
II – manter cursos de formação profissional ou aperfeiçoamento de mão de obra;
III – manter qualquer dos itens do artigo anterior, incisos II a VII, desde que tais
serviços não tenham sido base para a obtenção do título de Benemérita.
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SEÇÃO III
Loja Extraordinária
Art. 107. Fará jus ao título de Extraordinária a Loja que, portadora do título de Grande
Benemérita, tenha alcançado cinquenta anos de atividades maçônicas ininterruptas.
SEÇÃO IV
Loja Perfeita
Art. 108. Fará jus ao título de Perfeita a Loja que, portadora do título de
extraordinária, tenha alcançado setenta e cinco anos de atividades maçônicas
ininterruptas.
SEÇÃO V
Loja Centenária
Art. 109. Fará jus ao Título de Loja Centenária aquela que tiver mais cem anos de
atividades maçônicas ininterruptas.
SEÇÃO VI
Loja Sesquicentenária
Art. 110. Fará jus ao Título de Loja Sesquicentenária aquela que tiver mais de cento
e cinquenta anos de atividades maçônicas ininterruptas.
SEÇÃO VII
Loja Bicentenária
Art. 111. Fará jus ao Título de Loja Bicentenária aquela que tiver mais de duzentos
anos de atividades maçônicas ininterruptas.
SEÇÃO VIII
Grande Obreiro
Art. 112. Ao Maçom que desempenhe com extraordinário fervor e zelo suas
atribuições, dedicando-se à Loja como abnegado servidor, por mais de quinze anos
ininterruptos de atividade Maçônica, será conferido o título de Grande Obreiro.
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SEÇÃO IX
Maçom Benemérito
Art. 113. Será concedido o título de Benemérito ao Maçom da Potência que além
de possuir o título de grande obreiro satisfizer a uma ou mais das seguintes condições:
I – tenha vinte e cinco anos de atividade maçônica ininterrupta.
II – tenha exercido o cargo de Venerável por dois períodos completos, ou exercidos
cargos administrativos de Lojas por cinco períodos completos.
III – tenha prestado relevantes e excepcionais serviços à Ordem, ou à Pátria, ou à
Humanidade;
SEÇÃO X
Maçom Grande Benemérito
Art. 114. Será concedido o título de Grande Benemérito ao Maçom que, além de
ser portador do título de Benemérito, satisfaça a uma ou mais das seguintes condições:
I – ter trinta anos de atividade maçônica ininterruptas;
II – ter exercido os cargos de Grande Secretario, Delegado, membro do Conselho
Geral e Juízes por dois períodos completos;
III – ter prestado relevantes serviços à Ordem, à Pátria ou à Humanidade, e que
estes não tenham sido base para a concessão do título de Benemérito.
SEÇÃO XI
Maçom Extraordinário
Art. 115. Faz jus ao título de Extraordinário o Maçom que, portador do título de
Grande Benemérito, tenha completado trinta e cinco anos de atividade maçônica
ininterruptas.
SEÇÃO XII
Maçom Perfeito
Art. 116. Faz jus ao título de Perfeito o Maçom que, portador do título de
Extraordinário, satisfaça a uma ou mais das seguintes condições:
I – ter quarenta e cinco anos de atividade maçônica ininterruptas.
II – ter exercido os cargos de Grão-Mestre, o de Presidente da Assembleia
Legislativa e de Presidente dos Tribunais Maçônicos, por um período completo;
68
SEÇÃO XIII
Maçom Completo
Art. 117. Faz jus ao título de Completo o maçom que, portador do título de Perfeito,
tenha completado cinquenta anos de atividade maçônica ininterruptas.
SEÇÃO XIX
Grande Oriente Amigo e Grande Loja Amiga
Art. 118. O título de Grande Oriente Amigo ou Grande Loja Amiga será atribuído à
Potência ou à Obediência Maçônica nacional ou estrangeira que mantiver Tratado de
Amizade e Mútuo Reconhecimento com o Grande Oriente de Minas Gerais.
SEÇÃO XX
Reconhecimento Maçônico
Art. 119. Será concedido o título de Reconhecimento Maçônico a cidadão que
satisfizer a uma ou mais das seguintes condições:
I – promover ou possibilitar a difusão dos postulados filosóficos, da história e do
trabalho maçônico de maneira positiva;
II – prestar relevantes serviços à Ordem Maçônica, à Pátria ou à Humanidade.
SEÇÃO XXI
Grande Reconhecimento Maçônico
Art. 120. Será concedido o título de Grande Reconhecimento Maçônico ao cidadão
que satisfizer a uma ou mais das seguintes condições:
I – ser reconhecidamente Grande Benfeitor da Humanidade;
II – prestar excepcionais serviços à Ordem Maçônica, à Pátria ou à Humanidade.
SEÇÃO XXII
Amigo ou Amiga da Maçonaria
Art. 121. Será concedido título de Amigo ou Amiga da Maçonaria ao cidadão ou à
cidadã não Maçom que satisfizer à somatória das seguintes condições:
I – possuir, reconhecidamente, integridade de condutas, escopo moral e espírito
público;
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II - ser, reconhecidamente, amigo ou amiga da Ordem Maçônica, tendo-a em alto
conceito;
III – empenhar-se, voluntariamente, na construção ou reforma de Templos
maçônicos;
IV – empenhar-se com êxito na defesa dos ideais maçônicos
SEÇÃO XXIII
Da entrega das recompensas
Art. 122. As recompensas serão entregues em Sessão Magna pública, em casos
especiais, em data escolhida pela Loja.
Parágrafo único. Ao Grão-Mestre será sempre formulado convite para que esteja
presente à solenidade a fim de que faça a entrega das referidas recompensas.
SEÇÃO XXIV
Da postura durante homenagens
Art. 123. Não se exigirá postura maçônica dos presentes, em pé e à Ordem, durante
homenagens prestadas a Irmãos dentro de um Templo maçônico. Homenagens não
constituem um fundamento maçônico por suas origens e, sim, uma maneira de reconhecer
o trabalho de um Irmão pelos relevantes serviços prestados à Ordem, à Pátria ou à
Humanidade.
CAPÍTULO X
Das incompatibilidades e inelegibilidades
Art. 124. As incompatibilidades e as inelegibilidades são as prescritas
respectivamente nos artigos 91 e 92 da Constituição Grande Oriente de Minas Gerais.
CAPÍTULO XI
Dos símbolos privativos do Grande Oriente de Minas Gerais
Art. 125. O Grande Oriente de Minas Gerais adota como seu símbolo, expresso em
todos os impressos da Potência, a figura composta por dois círculos, um de menor tamanho
que o outro, sendo que, dentro deles, em sua parte superior, se encontra a expressão
GRANDE ORIENTE DE MINAS GERAIS e, em sua parte inferior, a sua datade fundação,
ou seja, 12-09-1944. Dentro do círculo menor, o contorno do mapa do Estado de Minas
Gerais e, sobre ele, um triângulo equilátero em cujo centro se acha um esquadro e um
compasso, justapostos com o grau iniciático. Na parede esquerda deste
70
triângulo, internamente, acha-se a palavra MONTANI. Na sua parede direita, internamente,
acha-se a palavra SEMPER e, na parede inferior, também internamente, acha-se a palavra
LIBERI. O círculo deve ser de cor azul com letras e números em cor branca. O mapa tem
seu lado esquerdo, que se limita com a parede esquerda dotriângulo, de cor verde. O lado
inferior, que se limita com a base do triângulo, é de cor verde. O lado direito, que se limita
com a parede direita do triângulo em degradê de verde e amarelo. O triângulo deve ter a
cor vermelha e as letras em seu interior, de cor branca. O esquadro e o compasso devem
ter também a cor branca. O espaço vazio entre as extremidades do triângulo e do mapa,
até alcançarem o círculo, será de cor branca.
Parágrafo único. As Lojas filiadas à Potência deverão colocar, encimando o portal
da entrada do Templo, ou de entrada do edifício-sede da Loja, o delta "Montani Semper
Liberi" (os Montanheses são sempre Livres), conforme modelo destacado da Bandeira
do Grande Oriente de Minas Gerais, identificando-se dessa forma as Lojas da jurisdição
no Oriente.
TÍTULO V
Da Emenda Constitucional e do Regulamento Geral
Art. 126. A Constituição do Grande Oriente de Minas Gerais poderá ser
emendada ou reformada, nos termos do artigo 94 da Constituição e seus parágrafos.
Art. 127. As propostas de alteração ou reforma deste Regulamento Geral são da
competência do Grão-Mestre e da Assembleia Legislativa.
TÍTULO VI
Do luto maçônico
Art. 128. Pela passagem ao Oriente Eterno das Autoridades e Titulares abaixo
designados, é o seguinte o luto maçônico a ser observado:
I – Grão-Mestre: luto por vinte e um dias e suspensão dos trabalhos por sete dias na
Jurisdição;
II – Grão-Mestre Adjunto: luto por treze dias e suspensão dos trabalhos por cinco
dias, na Jurisdição;
III – Presidente da Assembleia Legislativa, Presidente do Tribunal de Justiça, do
Tribunal Eleitoral: luto por nove dias e suspensão dos trabalhos por três dias, na Jurisdição;
IV – Grão-Mestre “ad vitam” e Grão Mestre Honorário, luto por nove dias e
suspensão dos trabalhos no dia do sepultamento, na Loja do irmão;
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V – Grande Procurador, Grandes Secretários, Delegados do Grão-Mestrado,
membros do Conselho Geral, Deputados da Assembleia, Juízes dos Tribunais: luto por
sete dias e suspensão dos trabalhos, no dia do sepultamento, na Loja do Irmão;
VI – Venerável Mestre: luto por cinco dias e na Loja que presidia, suspensão dos
trabalhos da sessão seguinte;
VII – portador do título de Maçom Extraordinário, Maçom Perfeito e Maçom
Completo: luto por cinco dias na Loja do irmão;
VIII - a outros Obreiros detentores ou não de cargos ou títulos, quando do
falecimento, segundo seu mérito e a critério da Loja, poderá, esta, determinar o luto que
julgar adequado à situação.
Parágrafo único. No período do luto, das autoridades constantes nos incisos I, II e
III, não se poderá realizar nenhuma solenidade festiva.
TÍTULO VII
Dos Visitantes
Art. 129. Todo Maçom regular tem direito de ser admitido como visitante emqualquer
sessão de nossas Lojas, compatível com seu grau.
§ 1º Todo visitante está sujeito à disciplina interna da Loja que o admite em seus
trabalhos e é recebido na ocasião que o Venerável Mestre achar oportuna, ou quando
determinar o ritual respectivo.
§ 2º Um Maçom com o Quitte-Placet válido poderá assistir à sessão maçônica.
§ 3º Um Maçom desconhecido na Loja que visita, ao chegar, deverá entregar ao
Cobridor Externo sua Cédula de Identidade Maçônica da Potência Maçônica a que
pertença, se reconhecida pelo Grande Oriente de Minas Gerais, dentro de sua validade,
para a devida verificação.
§ 4º A critério do Venerável Mestre, poderá ser-lhe exigido o interrogatório e o
telhamento.
§ 5º Aprovada a condição de maçom regular, o Venerável Mestre permitirá o
ingresso do visitante.
§ 6º O Visitante receberá da Loja visitada um Certificado de Presença ou prancha
contendo seu nome, nome da Loja de onde é oriundo, nome da cidade-sede da Loja e
qualificação da sessão em que a Loja recebeu sua visita.
§ 7º Não se emite Certificado de Presença para o Grão-Mestre e para o Grão-
Mestre Adjunto por serem membros natos de todas as Lojas da jurisdição.
§ 8º O Maçom pertencente a Loja Maçônica jurisdicionada ao Grande Oriente de
Minas Gerais, poderá comprovar sua regularidade através de sua Cédula de Identidade
Maçônica ou outro meio que comprove sua regularização junto ao GOMG.
72
TÍTULO VIII
Do Protocolo Maçônico
Art. 130. Para cada grau de Autoridade Maçônica, existe uma maneira adequada
de recebê-la, para o que existem as Faixas Protocolares próprias para recepcioná-la;
§ 1º Existem quatro Faixas Protocolares, a saber:
Faixa 1:
Venerável Mestre;
Mestres Instalados.
Faixa 2:
Grandes Secretários;
Grande Procurador-Geral;
Subprocurador;
Membros do Conselho Geral;
Delegados do Grão-Mestre;
Juízes do Tribunais;
Deputados da Assembleia Legislativa.
Faixa 3:
Grão-Mestre Adjunto;
Grão-Mestre Ad Vitam;
Grão-Mestre Honorário;
Grão-Mestres de Potências Reconhecidas;
Presidente da Assembleia Legislativa;
Presidente do Tribunal de Justiça Maçônico - TJM;
Presidente do Tribunal Eleitoral Maçônico - TEM.
Faixa 4
Grão-Mestre do GOMG;
Presidente da COMAB.
§ 2º É oferecido o malhete da Loja apenas ao Grão-Mestre e, em sua falta, ao Grão-
Mestre Adjunto, exceto na Sessão de Instalação e Posse de Veneráveis Mestres e sua
Diretoria, na qual o Presidente da Comissão recebe o malhete na forma do Ritual adotado.
73
§ 3º Os Ritos que não tiverem protocolo definido, adotar o quadro Institucional:
Faixa Hierarquia Comissão Tratamento Recepção Abóbada Bateria
1 Venerável 3 Mestres Venerável Mestre de 2 ao Norte 1 salva
Mestre Cerimônias e 1 ao Sul nos altares
Mestre
Instalado
2 Gr∴ Procurador 7 Mestres Poderoso Mestre de 4 ao Norte 2 salvas
Subprocurador Cerimônias e 3 nos altares
Deputados ao Sul
Gr∴ Secretários
Delegados
Conselho Geral
Juízes dos
Tribunais
3 G∴M∴ Adj∴ 9 Mestres Eminente Mestre de 5 ao Norte 3 salvas
Gr∴M∴ Cerimônias e 4 nos altares
Honorário ao Sul
G∴M∴ ad vitam
G∴M∴ de
Potências
Reconhecidas
Presidente da
SAL
Presidente do
TJM
Presidente do
TEM
4 GM do GOMG 11 Mestres Sereníssimo V∴M∴ 6 ao Norte Incessante
e Orador e e 5
Presidente da Secretário ao Sul
COMAB na porta do
Templo
§ 4º O tratamento das Autoridades, de que trata o artigo anterior, é o seguinte:
74
I – Primeira faixa: Venerável;
II – Segunda faixa: Poderoso;
III – Terceira faixa: Eminente;
IV – Quarta faixa: Sereníssimo.
§ 5º O Mestre-Maçom tem o tratamento de Respeitável Irmão.
§ 6º Na recepção das autoridades, acima referidas, serão observadas as seguintes
recomendações:
a) No cortejo, à entrada, a autoridade de faixa mais elevada é a última a entrar e a
primeira a sair;
b) Uma Loja incorporada, em visita a uma coirmã, observa a seguinte regra:
A Loja visitante entra com o Venerável Mestre à frente, depois os demais membros
da Diretoria, depois os Oficiais, seguidos pelos Mestres, Companheiros e Aprendizes,
formados em fila, dois a dois. É recebida, em pé, pela Loja visitada e sob aplausos. O
Venerável Mestre visitante saúda as três Luzes e é levado ao Oriente; os demais Irmãos
entram seguidamente. Somente o Venerável faz a saudação, os demais entram e tomam
assento onde lhes for determinado pelo Mestre de Cerimônias da Loja visitada.
c) Quando duas ou mais Lojas forem em visita a uma coirmã, entra em último lugar
a de maior Título ou Condecoração. Se não houver, ou forem iguais, entra em último
lugar a mais antiga na Ordem Maçônica.
CAPÍTULO I
Da Recepção ao Grão-Mestre
Art. 131. Estando o Grão-Mestre ou o Grão-Mestre Adjunto em visita a uma Loja
Maçônica de sua jurisdição, não terá ingresso, normalmente, junto ao Cortejo de Entrada
no Templo. Deverá ser adotado o protocolo de acordo com o Rito praticado pela Loja.
Aguardará, devidamente paramentado, até que a Loja seja aberta.
§ 1º Os Ritos que não tiverem protocolo definido adotar as seguintes instruções:
a) Após a abertura dos trabalhos, o Venerável Mestre determinará que o Mestre
de Cerimônias constitua uma comissão para formação da Abóbada de Aço a fim de
receber o Grão-Mestre ou Grão Mestre Adjunto.
b) O Mestre de Cerimônias, com a ajuda de seu Adjunto, convoca uma Comissão
composta por onze Mestres Maçons, ficando seis na Coluna do Norte e cinco na Coluna
do Sul, postando-se o primeiro membro da Comissão, a partir das Colunas J e B, ou a
partir da porta do Templo, em Lojas onde as Colunas se encontram do lado de fora.
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c) O Mestre de Cerimônias e o Mestre de Cerimônias Adjunto providenciam
espadas que serão utilizadas pelos membros da comissão para a execução da Abóbada
de Aço. As estrelas poderão ser usadas.
d) Os Membros da Comissão, com espadas na mão direita e os pés em esquadria,
postam-se da seguinte forma: braço direito rente ao corpo; antebraço direito formando
uma esquadria com o braço; mão direita segurando a espada com a ponta voltada para
cima; braço esquerdo junto ao corpo.
e) O Venerável Mestre convida o Orador e o Secretário a descerem com ele do
Oriente e irem até a porta do Templo, onde o Grão-Mestre já os aguarda, momento em
que determina a todos que fiquem em pé e à Ordem;
f) O Cobridor abre totalmente a porta do Templo. Se o Grão-Mestre estiver
acompanhado de comitiva, as autoridades se enfileiram em ordem decrescente de sua
Faixa Protocolar, ficando por penúltimo o Grão-Mestre Adjunto e por último o Grão-
Mestre, que encerrará o cortejo.
g) As autoridades que integram a Comitiva do Grão-Mestre terão ingresso antes
deste, em ordem decrescente de sua Faixa Protocolar, sendo citados nominalmente pelo
Mestre de Cerimônias, que irá à frente de cada um deles, indicando seus lugares no
Oriente.
h) Se estiverem presentes o Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto, depois da
entrada de todas as autoridades, a comissão fará Abóbada de Aço composta por nove
Mestres Maçons, sendo cinco colocados ao Norte e quatro ao Sul, dando entrada ao Grão-
Mestre Adjunto, que tomará lugar no altar, na cadeira à esquerda do Venerável Mestre,
caso o Grão-Mestre não queira também dirigir a sessão e devolva o malhete ao Venerável
Mestre. Se o Grão-Mestre desejar dirigir a sessão e não devolver o malhete ao Venerável
Mestre, o Grão-Mestre Adjunto tomará assento no altar, na cadeira àdireita do Grão
Mestre e, neste caso, o Venerável Mestre ocupará a cadeira à esquerda do Grão-Mestre.
i) Durante a entrada das autoridades os Irmãos da Comissão de Recepção fazem
abóbada de aço, de acordo com sua Faixa Protocolar, com espadas cruzadas ao alto, até
que todos os membros da comitiva passem por ela.
j) Depois do ingresso de todas as autoridades, com exceção do Grão-Mestre, o
Venerável Mestre convida o Orador e o Secretário para acompanhá-lo, descendo com eles
do Oriente, sempre pelo lado esquerdo e dirigindo-se até a porta do Templo.
k) O Grão-Mestre aguarda, à porta do Templo, tendo à sua frente o Mestre de
Cerimônias.
l) O Venerável Mestre, de frente para o Grão-Mestre, lhe entrega o malhete da Loja,
dizendo: - Sereníssimo Grão-Mestre ou Sereníssimo Grão-Mestre Adjunto, com muita
honra entrego-lhe o malhete da Augusta e Respeitável Loja Maçônica
, para que presida e dirija seus trabalhos.
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m) O Grão-Mestre agradece, recebe o malhete com a mão direita, empunhando-o
à frente do corpo, sempre fazendo uma esquadria com o braço e o antebraço e dirige-se
ao Altar.
n) Os Vigilantes fazem Bateria Incessante, seguidos de todos os presentes. O
Mestre de Cerimônias vai à frente de todo o cortejo. O Venerável Mestre, o Orador e o
Secretário vêm a seguir. Todos se dirigem para o Oriente, onde permanecem em pé.
o) Em toda sessão das Lojas, onde esteja presente, o Grão-Mestre a preside.
Porém, pode abrir mão de dirigi-la e, nesse caso, o Grão-Mestre ou o Grão-Mestre
Adjunto, ao chegar ao Altar, devolve o malhete ao Venerável Mestre, agradecendo a
deferência e dizendo a este que conduza os trabalhos dali para frente. Nesse caso, ocupa
a cadeira à direita do Venerável Mestre. Caso queira, além de presidir os trabalhos da
Loja, também dirigi-los, poderá fazê-lo e, nesse caso, tomará assento, na cadeira de
Salomão, não devolvendo o malhete ao Venerável Mestre, enquanto este tomará assento,
na cadeira à direita do Grão-Mestre. Se estiver presente também o Grão-Mestre Adjunto,
este tomará assento à direita da cadeira central, onde está o Grão-Mestre, e, nesse caso,
o Venerável Mestre tomará assento na cadeira à esquerda da cadeira central, de acordo
com explicação mencionada.
p) Após a entrada do Grão-Mestre ou do Grão-Mestre Adjunto, aquele que dirige os
trabalhos ordena ao Mestre de Cerimônias que desfaça a Comissão de Recepção,
voltando todos a seus lugares.
CAPÍTULO II
Da retirada do Grão-Mestre
Art. 132. O Grão-Mestre, maior autoridade da Potência, é sempre o último a entrar
no Templo e o primeiro a sair.
§ 1º Assim, antes do encerramento dos trabalhos, o Venerável Mestre, se estiver
dirigindo os trabalhos, determina ao Mestre de Cerimônias que reconstitua a comissão
de onze Mestres-Maçons para a execução da Abóbada de Aço, determinando sua
retirada.
§ 2º Caso o Grão-Mestre ou o Grão-Mestre Adjunto, além de presidir, esteja também
dirigindo os trabalhos, para sua saída devolverá o malhete ao Venerável Mestre,
agradecendo-lhe.
§ 3º Para a saída do Grão-Mestre, o Venerável Mestre solicitará a todos os
presentes que fiquem em pé e à Ordem.
§ 4º Se não estiver dirigindo os trabalhos, o Grão-Mestre levanta-se de suacadeira,
despede-se do Venerável Mestre e retira-se do Templo, sob Bateria de Reconhecimento
de todos os presentes.
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§ 5º Após a saída do Grão-Mestre, sairão todas as autoridades componentes de
sua comitiva, se estiverem presentes.
§ 6º Depois de todos deixarem o Templo, o Venerável ordena ao Mestre de
Cerimônias que desfaça a comissão e determina que todos se sentem.
CAPÍTULO III
Das saudações em Loja
Art. 133. As saudações em Loja devem processar-se de acordo com o Ritoadotado.
Parágrafo único. Em caso de omissão dos Ritos devem ser adotados os seguintes
procedimentos, de acordo com as Faixas Protocolares de quem as recebe. Deve-se, pois,
saudar, primeiramente, o Grão-Mestre, ou a quem cabe presidir qualquer sessão
maçônica a que esteja presente. A seguir as saudações se darão na seguinte ordem:
Venerável Mestre se estiver dirigindo os trabalhos, o Grão-Mestre Adjunto, Presidente da
Assembleia Legislativa Maçônica, o Presidente do Tribunal de Justiça Maçônica, o
Presidente do Tribunal Eleitoral Maçônico, os Grandes Secretários, os membros do
Conselho Geral, os Delegados, o Grande Procurador Geral e os Subprocuradores, os
Deputados e os Juízes, os Mestres Instalados, o Primeiro Vigilante, o Segundo Vigilante,
os Mestres Maçons, os Companheiros e os Aprendizes.
TÍTULO IX
Das disposições gerais
Art. 134. Todos os Rituais Simbólicos dos Ritos adotados pelo Grande Oriente de
Minas Gerais, numerados e expedidos às Lojas e Maçons da Jurisdição, levarão a
assinatura do Grande Secretário da Guarda dos Selos.
Art. 135. Para o exercício de qualquer cargo ou comissão é indispensável que o
eleito ou nomeado pertença a uma Loja do Grande Oriente de Minas Gerais e nela se
mantenha em atividade.
Parágrafo único. Os cargos maçônicos são privativos de Mestre-Maçom,
ressalvadas as demais exigências.
Art. 136. Duas ou mais Lojas podem reunir-se para celebrar em conjunto datas
magnas comemorativas.
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Art. 137. O Grão-Mestre legalmente eleito e empossado, após ter cumprido seu
mandato, ou não o tendo cumprido por deficiência de saúde, merecerá o título de Grão-
Mestre “ad vitam”.
§1°- Fará jus ao mesmo título de Grão-Mestre “ad vitam”, independentemente, do
período exercido no cargo, o Grão-Mestre que tenha sido legalmente empossado pela
Assembleia Legislativa do Grande Oriente de Minas Gerais, em caso de impedimento
simultâneo do Grão-Mestre e do Grão-Mestre Adjunto, ou na vacância de ambos os
cargos, de conformidade com a previsão constitucional.
§ 2°- O Grão-Mestre Adjunto e aqueles integrantes da linha sucessória do Grande
Oriente de Minas Gerais que tenham exercido eventualmente as funções do Grão- Mestre,
nas ausências deste, farão jus ao título de Grão-Mestre Honorário.
Art. 138. As Lojas regulares funcionarão, semanal ou quinzenalmente, nos dias úteis
e, extraordinariamente, aos sábados, facultado às Lojas de Estudos e Pesquisas reunir-se
apenas uma vez a cada mês.
Parágrafo único. Em nenhuma hipótese, permanecerão filiadas ao Grande Oriente
de Minas Gerais, as Lojas que não funcionarem regularmente, observado o parágrafo 3º
do art. 33 da Constituição do Grande Oriente de Minas Gerais.
Art. 139. Os Maçons oriundos de outras Potências regulares, que se filiarem às
Lojas do GOMG, contarão, para todos os efeitos, o tempo de atividade exercido
anteriormente.
Art. 140. Para fins de contagem de tempo os prazos deste Regulamento serão
contados em dias corridos.
Art. 141. Os casos omissos neste Regulamento deverão ser levados a apreciação
do Conselho Geral.
Art. 142. Este Regulamento passa a vigorar, a partir da data de sua publicação.
Art. 143. Revogam-se as disposições em contrário.
Dada, traçada e selada no Gabinete do Grão-Mestre, Oriente de Belo Horizonte,
(MG), aos dezesseis dias do mês de fevereiro do ano de dois mil e vinte e quatro da
EV, 80º ano da fundação do Grande Oriente de Minas Gerais.
Vanderlei Geraldo de Assis
Grão-Mestre
Enderson Couto Miranda, CIM 7.038
Grande Secretário de Governo
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