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1.

Evolução até á atual União Europeia / Construção


O estabelecimento das Comunidades Europeias foi motivado pela necessidade de
assegurar a paz em um continente devastado por duas Guerras Mundiais. A ideia
principal era criar uma interdependência econômica e política entre os Estados
europeus para tornar a guerra uma possibilidade cada vez mais remota. A criação da
Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) em 1951, pelo Tratado de Paris, foi
um passo inicial nesse sentido, pois integrou setores estratégicos (carvão e aço) das
economias da França e Alemanha, países historicamente em conflito. Esse modelo foi
ampliado com a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da
Energia Atómica (EURATOM), criadas pelo Tratado de Roma em 1957.
O projeto europeu não se limitava a resolver questões econômicas, mas visava
também criar uma união política baseada em valores comuns, como a paz, a
democracia, os direitos humanos e o Estado de Direito, promovendo estabilidade na
circunscrição geográfica da Europa.
O processo de integração europeia pode ser dividido em diferentes fases, que
refletem a crescente profundidade da cooperação entre os Estados-Membros.
A criação da CECA e da CEE estabeleceu uma base econômica para a integração,
priorizando a remoção de barreiras alfandegárias e a criação de um mercado comum.
O Ato Único Europeu (1986) iniciou o mercado único europeu, garantindo a livre
circulação de bens, pessoas, serviços e capitais. Já o Tratado de Maastricht (1992)
introduziu a União Europeia e deu início à União Económica e Monetária, com a criação
do euro, além de estabelecer os pilares da política externa e de segurança comum
(PESC). O Tratado de Amesterdão (1997) constituiu a terceira grande reforma dos
tratados constitutivos da Comunidade Europeia e o Tratado de Nice (2001) conferiu ao
Presidente da Comissão poderes para atribuir responsabilidades aos comissários e
redistribuí-las no decurso do mandato.
O projeto da Constituição Europeia de 2004, nunca foi prosseguido, mas o Tratado
de Lisboa baseou-se muito nesse projeto. O Tratado de Lisboa, em vigor desde 2009, é
um marco na evolução da União Europeia, promovendo maior uniformidade
institucional e sedimentando o conceito de "união de Direito". Isso ecoa o Acórdão "Os
Verdes" (1986), que já proclamava a União como uma comunidade baseada no Direito,
em oposição a meros acordos internacionais.
O Tratado de Lisboa teve um papel fundamental na sedimentação da União
Europeia como uma união de Direito, reforçando a proteção dos direitos fundamentais
e consolidando a democracia participativa e representativa.
Pela primeira vez, foi formalizada a possibilidade de saída de um Estado-Membro da
União, reconhecendo a soberania nacional e os limites da integração. Esse artigo definiu
o processo de retirada, que foi usado pelo Reino Unido no referendo do Brexit de 2016.
A tramitação prevê a notificação do Conselho Europeu e um período de negociação de
até dois anos, podendo ser prorrogado, art. 50º TUE.
O Tratado reforçou os valores fundamentais da União Europeia, como respeito pela
dignidade humana, liberdade, democracia, igualdade, Estado de Direito e direitos
humanos. Esses valores passaram a ser mais visíveis e aplicáveis, tanto na política
interna da UE quanto em sua relação com Estados-Membros e terceiros, art. 2º TUE.

Princípio da União do Direito, sua origem e significado


O Estado de Direito é um valor essencial da União Europeia, consagrado no
artigo 2º do TUE que estabelece o respeito pela dignidade humana, liberdade,
democracia, igualdade, Estado de Direito e direitos humanos. Esses valores passaram a
ser mais visíveis e aplicáveis, tanto na política interna da UE quanto em sua relação com
Estados-Membros e terceiros.
O princípio democrático é um pilar essencial da arquitetura da União Europeia,
sendo mencionado no artigo 10.º do TUE, que reconhece que o funcionamento da UE
deve ser baseado na democracia representativa. O Parlamento Europeu, diretamente
eleito pelos cidadãos, é o maior exemplo dessa aplicação prática.
O princípio da independência dos juízes é uma das condições fundamentais para
garantir a tutela jurisdicional efetiva, consagrada no artigo 19.º do TUE e no artigo 47.º
CDFUE.
A independência dos juízes é intrinsecamente ligada ao Estado de Direito, pois
garante que as decisões judiciais sejam tomadas sem interferências externas,
promovendo a igualdade perante a lei e protegendo os direitos fundamentais. A
independência judicial é uma salvaguarda contra abusos de poder, essencial tanto para
os sistemas jurídicos dos Estados-Membros quanto para o sistema da União.
O Acórdão da Associação Sindical de Juízes Portugueses representa um marco
na sedimentação da União Europeia como uma união de Direito. Teve grande relevância
por afirmar que o princípio do Estado de Direito não é apenas um valor abstrato, mas
sim uma obrigação concreta que todos os Estados-Membros devem cumprir, reforçando
a proteção dos direitos fundamentais e a eficácia do Direito da União.
O Estado de Direito e a tutela jurisdicional efetiva são reconhecidos como princípios
gerais do Direito da União Europeia, que derivam das tradições constitucionais comuns
aos Estados-Membros. Esses princípios também são reforçados pelo artigo 6.º do TUE.
A tutela jurisdicional efetiva garante que qualquer indivíduo, físico ou jurídico, possa
recorrer a um tribunal independente para proteger os seus direitos. Este princípio
reflete um núcleo essencial das tradições jurídicas dos Estados-Membros, que se
articulam em torno do respeito pelo Estado de Direito e pelos direitos fundamentais.
2. Objetivos das comunidades europeias
Os primeiros tratados institutivos tinham em vista inicialmente a expansão
económica como aumento de vida dos cidadãos e uma união pacífica entre os povos
europeus.
Hoje, os objetivos da União Europeia estão previstos no art. 2º do TUE, e depois vem
concretizar expressamente o art. 3º, nº1 e 5º do TUE para a ordem externa e resultam
também do seu Preâmbulo.
Desde o início, as Comunidades Europeias procuraram estabelecer um mercado
comum, embora este não fosse o objetivo inicial no contexto europeu do pós-guerra.
Antes mesmo da sua constituição, a ideia de um mercado comum já tinha sido proposta
através de integração convencional.
Em 1952, foi criada, no Tratado de Paris, uma precoce CED (Comunidade Europeia
de Defesa), onde previa um exército integrado, que necessitaria que as forças nacionais
se reunissem sob autoridade comum, a qual seriam as instituições políticas de uma
Europa Unida e uma CPE (Comunidade Política Europeia), pretendia criar e conduzir a
uma verdadeira política externa comum para os Estados-Membros, mas fracassam, a
primeira a não ser aprovada a ser aprovada por Parlamento Francês e a segunda por
maioria da razão em 1954.
Outro exemplo claro, da construção faseada da União Europeia, é adesão de novos
membros ao longo das décadas. A cada fase de expansão, a UE passou por processos de
adaptação para integrar novos países, o que exigiu ajustes nas suas instituições e na
forma como as políticas europeias eram implementadas.
A modificação de tratados institutivos da UE também ilustra a ideia de construção
faseada. Cada modificação visou adaptação da estrutura política e económica da EU às
necessidades de desafios de um continente em constante mudança.
No entanto em 1957, com a criação das Comunidades Económicas Europeias (CEE),
os objetivos incidiam sobre matérias económicas, políticas e sociais, como objetivos
imediatos (ou de curto prazo), traduzidos na criação de uma União Económica e
Monetária (UEM). E subjacente, aos objetivos imediatos, estava presente o desejo de
criação de uma União Europeia, como objetivos mediatos (ou de longo prazo), de
carácter eventualmente federal (Preâmbulo e art. 1º do TUE).
A atual UE estabelece um mercado interno, nos termos do art. 3º, nº3 do TUE, e uma
UEM, nos termos do art. 3º, nº4 do TUE e 119º, nº1 do TFUE.
A fase da UEM, caracteriza-se como sendo a fase de grau superior de integração e
em pleno funcionamento com os países cuja moeda é o Euro, art. 119º ess.
Portanto, a criação da UEM, foi iniciada com o Tratado de Maastricht, e foi
consolidada ao longo do tempo com a revisão e adaptação dos tratados institutivos.
Contudo, a definição dos objetivos e missões da Comunidade Europeia tem um papel
fundamental, na medida que permite:
- Delimitar a sua esfera de competência com o necessário rigor;
- Apurar com mais segurança o sentido e alcance dos textos que a regem;
- Avaliar a adequação de meios ou instrumentos de ação de que a organização
dispõe para o cumprimento desses objetivos e eventualmente lhe facultar o
recurso a competências não expressamente previstas.

3. FASES DE INTEGRAÇÃO
A Comunidade Europeia (CE) atravessou diversos momentos de evolução através
das chamadas fases de integração, enquanto estados dinâmicos de complexidade
crescente, momentos evolutivos de integração económica. Todos eles através do
chamado “método de pequenos passos” conforme enunciado pelos pais fundares e que
cada passo justifica o seguinte, principalmente aqueles que envolvem a evolução
monetária.
Em regra, distinguimos cinco fases de integração económica:
- Zona de Comércio Livre
- União Aduaneira
- Mercado interno ou mercado único
- União Económica e Monetária
- União Política

Zona de Comércio Livre:


O Tratado de Roma pretendia contruir uma zona franca, sem direitos aduaneiros,
beneficiando os exportadores, mas existia a relutância dos outros Estados, o limitava a
Comunidade a iniciar-se numa zona de comercio livre.
Encontramos uma livre circulação de mercadorias, sem restrições quantitativas e
sem direitos aduaneiros entre Estados que dela fazem parte, embora que cada Estado
prosseguisse com a sua política aduaneira e comercial.
Apresentava-se como desvantagem o facto de os países com pauta aduaneira mais
baixa serem entrepostos preferenciais de entrada de mercadorias na zona de comércio
livre.
União Aduaneira:
Uma união aduaneira (art.3º, nº1, a), e 28º do TFUE) comporta a livre circulação de
mercadorias em geral desde que colocados em livre prática nos Estados-Membros
(artigo 29º TFUE).
Há uma política comercial comum, traduzida na aplicação de uma pauta única face
ao exterior e na negociação conjunta de qualquer acordo com países terceiros.
O Tratado de Roma nasce para acabar com as barreiras alfandegárias e pressupõe
uma pauta aduaneira comum (artigos 30º a 32º TFUE), que acresce à livre circulação de
mercadorias dos Estados-Membros.
As políticas aduaneira e comercial (artigos 206º a 207º TFUE) são comuns pelo que
deixam de ser necessárias as regras para determinar a origem dos produtos, tornando
menos relevante as fronteiras internas (artigos 34º a 35º TFUE).
Pauta aduaneira comum (PAC) ou taxa aduaneira comum (TAC) é aplicável em todas
as fronteiras da união e as receitas são próprias da EU.

Mercado Comum:
Existe livre circulação de produtos, pessoas, serviços e de capitais, o que implica a
adoção de políticas comuns, e ainda a harmonização de legislações.
Implica a realização de políticas comuns sob a égide de autoridades comunitárias:
- Política Agrícola Comum (PAC – artigos 38º a 44º TFUE);
- Política Comercial Comum (artigos 206º e 207º TFUE);
- Política da Concorrência (artigos 101º a 109º TFUE);
- Política de Transportes (artigos 90º a 100º TFUE);
A correção de assimetrias e desequilíbrios regionais é feita pela Comunidade através
de medidas de coesão económica e social.
A noção de mercado comum comporta a eliminação de todos os entraves as trocas
intercomunitárias tendo em vista a fusão dos mercados nacionais num mercado único
que funcione em condições tão próximas quando possível das de um verdadeiro
mercado interno.

Mercado interno ou Mercado Único:


Implica a circulação dos bens e a livre circulação de diversos fatores produtivos.
Restrição de barreiras técnicas: só pode ser prosseguido no interior de um território
cujas fronteiras externas sejam aplicadas comuns com base estável para uma integração
mais desenvolvida.
Alargam-se as políticas comuns (artigo 3º, nº3 do TUE).
Compartilha competências com os Estados-Membros (artigo 4º, nº2 alínea a) do
TFUE).

União Económica e Monetária (UEM):


Caracteriza-se por uma política económica e monetária comum e um sistema de
câmbios fixos sob uma autoridade monetária comum (BCE), com convertibilidade
obrigatória e ilimitada entre as diferentes moedas nacionais e uma moeda emitida por
um banco central.
Elementos: moeda única, política monetária unificada, controlo comunitário das
taxas de cambio e reservas monetárias.
Etapas para a a construção da União Europeia Monetária: coordenação e
liberalização financeira; criação de novas estruturas e transferências de
responsabilidades.
As condições de passagem á 3º fases encontram-se fixadas num protocolo que
enumera os critérios de convergência: estabilidade de preços (art. 140º, nº1 do TFUE);
taxas de juro; défice orçamental público nacional; dívida pública (art. 126º, nº2, b) do
TFUE) e estabilidade monetária (art. 140º do TFUE).

4. INSTITUIÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA


As Comunidades originárias são CECA, EC e a EURATOM, que inauguram um novo
conceito de organizações de integração. São associações de Estados e de organizações
intergovernamentais que através de órgãos próprios habilitados exprimem uma
vontade própria juridicamente distinta da dos Estados que as compões. Cabe aos órgãos
representativos da União Europeia exprimir a vontade destas organizações.
É a existência de uma estrutura orgânica, permanente e independente que adquire
estabilidade de continuidade para alcançar os seus objetivos, e que permite distinguir a
estrutura de outros instrumentos de cooperação interestadual. Estes órgãos próprios da
organização internacional não atuam diretamente sobre os cidadãos dos Estados
Membros.
Em 1957, deliberou-se proceder a uma fusão institucional, organicamente falando.
O Tratado de Merger, instituiu a fusão dos órgãos executivos de três comunidades: o
Conselho e a Comissão.
A União Europeia possui um carácter único. Os países que lhe pertencem congregam
em suas soberanias de algumas áreas para ganhar força e influência no mundo. As
instituições comunitárias foram estabelecidas pelos tratados e neles estão consagradas
as suas competências.
Surge o princípio do equilíbrio institucional que a UE dispõe apenas das
competências atribuídas pelos tratados (art. 13º, nº2 TUE e 7º TFUE). Cada instituição
está obrigada a agir dentro da sua esfera de competência. Trata-se de assegurar o mútuo
respeito interinstitucional dos poderes conferidos pelos tratados, prevendo-se um
sistema de recursos para que a instituição afetada possa defender-se da violação do seu
âmbito de competências. Ora o respeito de equilíbrio de poderes entre instituições é
um valor constitucional essencial.

Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu encontra a sua legitimidade nos cidadãos (art. 14º, nº2 TUE).
É uma das instituições originárias das Comunidades Europeias (hoje art. 13º, nº1 e
14º do TUE) – primeiramente designado, pelos Tratados, como Assembleia, passou a
autodesignar-se Parlamento Europeu através da Resolução de 1968.
Inicialmente, os seus membros eram designados por sufrágio universal indireto,
sendo os Eurodeputados designados pelos seus parlamentos nacionais.
Em 1976, passa a vigorar o sufrágio universal direto, livre e secreto ainda hoje
contemplado no art. 14º, nº3 do TUE.
Em 1998 é adotada uma Resolução do Parlamento Europeu sobre um sistema de
tipo proporcional, a adotar por todos os Estados-Membros nas eleições para o
Parlamento Europeu. Apesar de se manter uma intenção de uniformidade ainda não
alcançada.
A cidadania europeia delimita a legitimidade eleitoral ativa e passiva (art. 22º, nº2).
É composto por 750 membros mais o Presidente (14º, nº2, parágrafo 2 TUE) e o seu
mandato é de 5 anos (14º, nº3 TUE). O Presidente e a sua mesa são eleitas pelos seus
pares (14º, nº4 TUE) e os deputados organizam-se por grupos políticos e são
independentes. Os deputados são organizados em função das suas ideologias ou
afinidades políticas (10º, nº4 TUE e 224º TFUE).
O Parlamento Europeu goza de um poder de auto-organização. O art. 232º TFUE
prevê que este órgão estabelecerá o seu regulamento interno.
Apesar de não ter poderes legislativos autónomos, participa no procedimento
legislativo ordinário, e tem poderes orçamentais e consultivos (art. 14º TUE). Entre
outros poderes, nomeia o Provedor de Justiça Europeu (art. 228º TFUE), pode solicitar
propostas á Comissão (225º TFUE). E ao longo da evolução da UE pelos tratados
modificativos houve um ganho de competências.
Conselho Europeu
Foi criado e institucionalizado pelo Ato Único Europeu e depois pelo TUE. Não se
encontrava previsto nos tratados institutivos das comunidades europeias e não era uma
instituição comunitária. Atualmente, é uma instituição da UE pelos artigos 13º, º1 e 15º
do TUE, e 235º e 236º do TFUE.
Nos primeiros tempos das Comunidades, realizavam-se reuniões/conferencias com
os chefes de estado com o mero objetivo de cooperação intergovernamental, quer em
matéria que não cabia na alçada dos tratados, quer em matérias do foro comunitário.
Em 1974, ficou decidido que o chefe de estado francês ou os chefes de governo dos
8 então Estados-Membros se iriam reunir regularmente 3 vezes por ano, para avaliar e
impulsionar a integração europeia e a cooperação política entre os 9 Estados-Membros
em estreita relação com as instituições das Comunidades. Estas reuniões passam a ter
nome de Conselho Europeu.
O Conselho Europeu é composto por: Chefes de Estado ou Chefes de Governo; o seu
presidente; Presidente da Comissão; participação do Alto Representante da União para
os negócios estrangeiros e a política de segurança e o Presidente do Parlamento
Europeu pode ser convidado.
As reuniões realizam-se semestralmente, das vezes e reúnem-se em Bruxelas.
O presidente é eleito para um mandato de dois anos e meio (artigo 15º, nº5 e 6 TUE)
e pode ser demitido pelo Conselho Europeu. A eleição recai sobre uma alta
personalidade europeia portador de atributos pessoais que a qualifiquem para o
exercício do mais alto cargo do quadro da União.
Instituição sem poderes legislativos (artigo 15º, nº1 TUE), que toma decisões de
natureza essencialmente política, que resulta do consenso dos Chefes de Estado ou do
Governo (artigo 15º, nº4 TUE).
Atribuições: Estados-Membros; política externa e de segurança comum; revisão dos
tratados e adesão ou saída de estados-membros.

Conselho da UE
Representa os Estados da EU. É uma instituição intergovernamental (artigos 13º, nº1
e 4, e 16º TUE; 237º a 243º TFUE).
É composto por um representante de cada Estado, designado por cada Governo
(artigo 16º, nº2 TUE) e não tem uma composição fixa e única. É formado por regra de
Ministros dos Negócios Estrangeiros de cada Estado-Membro para as reuniões com
assuntos de caráter geral. A presidência sempre foi assegurada por cada um dos
Estados-Membros por um período de 6 meses (artigo 16º, nº9 TUE) e tem como funções
essenciais dar impulso ao desenvolvimento comunitário.
A marcação das suas reuniões passou a contar com a interferência dos Estados-
Membros e reúne-se em Bruxelas. O artigo 240º, nº3 do TFUE determina o regulamento
interno. O conselho conta com um órgão auxiliar (COREPER – artigo 16º, nº7 TUE e 240º,
nº1 TFUE) e as suas reuniões são pontuais. E o Secretariado-Geral auxilia o Conselho em
permanência (artigo 240º, nº2 TFUE).
Tem funções legislativas (artigo 16º, nº1 TUE) e muitas das suas deliberações são
adotadas por maioria simples (14 membros – artigo 238º TFUE), no entanto, o regime
regra é maioria qualificada (artigo 16º, nº3 TUE).

Comissão Europeia
É um dos elementos principais da estrutura orgânica da UE (artigo 13º, nº1 TUE) e
representa os interesses próprios desta como um verdadeiro órgão supranacional e um
verdadeiro “motor” que impulsiona a atividade da união. Os seus membros são cidadãos
dos países que integram a união (17º, nº1 TUE e 244º a 250º TFUE)
Foi criada aquando da CECA, e atualmente tem competências no quadro da UE
(artigo 13º, nº1 TUE).
É constituída por comissários, é um órgão de pessoas escolhidas segundo critérios
de independência (artigo 17º, nº3, parágrafo 2 TUE). Essas qualidades devem manter-
se intactas durante o exercício das suas funções (artigo 245º TFUE) e mesmo depois da
sua cessação (artigo 247º TFUE).
Nomeação dos membros processa-se por fases (artigo 17º TUE):

• O Conselho propõe ao Parlamento um candidato para o cargo de presidente


(nº7, parágrafo 1, 1ª parte);
• O presidente do Parlamento convida esse candidato a fazer uma declaração
perante o Parlamento e apresentar as suas orientações políticas
• O Parlamento vota, transmitindo o resultado ao Presidente do Conselho
(nº2, parágrafo 1, 2ª parte);
• Designação de 27 comissários (competência exclusivamente nacional);
• Escolha da lista dos futuros comissários, por convite do Parlamento ao
Conselho, que a aprova por maioria qualificada e de comum acordo com o
Presidente designado (nº2, parágrafo 2);
• Audições públicas previas efetuadas pelo Parlamento a cada candidato
indigitado;
• A lista do presidente com o respetivo programa, seguem para a aprovação
de conjunto pelo Parlamento, por voto colegial (nº7, parágrafo 3, 1ª parte);
• Nomeação final pelo Conselho Europeu, por maioria qualificada (nº7,
parágrafo 3, 2ª parte);
• Juramento solene ao assumir as funções perante o TJUE.
O presidente da comissão tem as funções próprias de liderança (artigo 248º TFUE)
de caráter político, jurídico e funcional. Também é membro do Conselho Europeu, mas
sem direito a voto (artigo 15º, nº2 e 6 TUE). Cabe-lhe convocar as reuniões, apreciar a
justificação das suas faltas, adotar a ordem de trabalhos e propor outros assuntos e
registar o resultado das deliberações.
É um órgão de indivíduos, de funcionamento colegial em que as deliberações são
adotadas com independência e por maioria dos seus membros (artigo 250º TFUE). É
responsável perante o Parlamento (artigo 17º, nº8 TUE) que lhe pode votar uma moção
de censura (artigo 234º TFUE), que sendo aceite provoca a demissão em bloco da
Comissão. É o princípio da responsabilização política da comissão perante o Parlamento.
Consagra-se o princípio da iniciativa da Comissão nos atos legislativos (artigo 17º,
nº2 TUE) com a auscultação na fase de preparação das propostas.

Tribunal de Justiça da UE
Artigos 19º TUE e 251º TFUE. A sua base é formada pelas jurisdições de cada Estado,
embora não corresponda a uma hierarquia. Desempenha uma função decisiva no
desenvolvimento do processo de integração.
Com a criação das CE surgiu um direito novo, autónomo, com algumas
especificidades.
Uma dessas especificidades será a existência de um tribunal criado pelos tratados
originários e competente para dirimir quaisquer conflitos de aplicação do direito
comunitário.
O TJUE foi criando a obrigação de as administrações e aos juízes nacionais aplicarem
plenamente o direito da UE no interior das respetivas esperas de competência e de
protegerem os direitos conferidos por este aos cidadãos.
Tem sede no Luxemburgo e é um órgão independente, com jurisdição própria e uma
competência exclusiva determinada pelos Tratados. É composto por 28 juízes e 11
advogados gerais. Estes juízes e advogados gerais são designados de comum acordo
pelos governos dos Estados-Membros, após consulta de um comité encarregado de dar
parecer (artigo 255º TFUE) e os seus mandatos são de 6 anos renováveis (artigo 253º
TFUE). São escolhidos de entre pessoas que ofereçam todas as garantias de
independência e possuam a capacidade requerida para o exercício.
Os juízes do TJUE elegem entre si o presidente por um período de 3 anos, renovável.
O presidente dirige os trabalhos do TJUE e preside às audiências e deliberações das
maiores formações de julgamento. Cada juiz dispõe de 3 assessores que são juristas
qualificados. Os advogados gerais assistem o Tribunal, e cabe-lhes apresentar
publicamente pareceres jurídicos nos processos para os quais tenham sido nomeados.
Não existe nenhuma hierarquia. Os tribunais internos funcionam como tribunais
comuns de aplicação do direito comunitário e os juízes nacionais são verdadeiros juízes
ordinários de direito comunitário.

BANCO CENTRAL EUROPEU (BCE)


Elemento que é necessário à construção da UEM (artigos 282º a 284º TFUE). Hoje, é
uma instituição (artigo 13º, nº1 e 3 TUE) e uma entidade com personalidade jurídica
(artigo 282º, nº3 TFUE).
É organizado por dois órgãos:

• O Conselho do BCE (é composto pelos governadores dos bancos centrais


nacionais dos Estados-Membros cuja moeda seja o euro);
• A Comissão Exclusiva (composta por um presidente, um vice-presidente e 4
vogais, que por sua vez fazem parte integrante do Conselho – artigo 283º,
nº1 e 2 TFUE).
Cada reunião tem um intervalo de 6 semanas e com sede em Frankfurt.

Tribunal de Contas
O Tribunal de Contas da União Europeia (TCE) é uma das instituições fundamentais
da UE, responsável por assegurar a gestão adequada dos recursos financeiros da União.
Foi criado pelo Tratado de Bruxelas (1975) e começou a funcionar em 1977. Com o
Tratado de Maastricht (1992), tornou-se uma instituição formal da União, conforme
disposto no artigo 13.º do Tratado da União Europeia (TUE).
O TCE é composto por um membro de cada Estado-Membro, nomeado por seis anos,
renováveis, de comum acordo pelos Estados-Membros após consulta ao Parlamento
Europeu, de acordo com o artigo 286.º do Tratado sobre o Funcionamento da União
Europeia (TFUE). Os membros devem possuir competência comprovada e são
independentes no exercício das suas funções.
As competências do TCE estão delineadas nos artigos 285.º a 287.º do TFUE.
5. FONTES DO DIREITO DA UNIÃO EUROPEIA
A) Direito originário da UE
O direito originário da UE ou primário é o direito criado pelos Estados – Membros
através de tratados internacionais, constituídos pelas normas que criaram as CE e a UE.
Trata-se do direito que criou e moldou a atual UE.
Este direito tende a seguir um critério formal constituído pelas normas que criaram
a UE, conferindo-lhes as suas atribuições e regulando a sua organização e
funcionamento interno.
Aqui inclui-se: os tratados que instituíram as CE e a UE; os tratados de revisão; os
tratados de adesão; outros tratados que alteraram disposições originárias; atos de valor
idêntico.
Tratados originários (os tratados que instituíram as três comunidades):
- COMUNIDADE EUROPEIA DO CARVÃO E DO AÇO (CECA) – Tratados de Paris,
1951 a 2002
- COMUNIDADE (ECONÓMICA) EUROPEIA (CE) – Tratado de Roma, desde 1957
- COMUNIDADE EUROPEIA DA ENERGIA ATÓMICA (EURATOM OU CEEA) –
Tratado de Roma, desde 1957

Tratados modificativos (alteração/vieram rever globalmente os tratados


originários):
- Ato Único Europeu (1986)
- Tratado da União Europeia/Maastricht (1992)
- Tratado de Amesterdão (1997)
- Tratado de Nice (2001)
- Tratado de Lisboa (2007)
Seguem um processo comum previsto no art. 48º do TUE.

Tratados de adesão (alargamentos):


1º. Tratado de Bruxelas (1972): Reino Unido, Dinamarca, Irlanda
2º. Tratado de Atenas (1979): Grécia
3º. Tratado de Lisboa e Madrid (1985): Portugal e Espanha
4º. Tratado de Corfu (1994): Áustria, Suécia, Finlândia
5º. Tratado de Atenas (2003): Estónia, Polónia, República Checa, Eslovénia,
Hungria, Lituânia, Letónia, Eslováquia, Malta, Chipre
6º. Tratado de Luxemburgo (2005): Roménia, Bulgária
7º. Tratado de Bruxelas: Croácia (2011)
O conjunto de todo o direito comunitário forma o acervo comunitário a que
qualquer candidato a Estado-Membro tem de aderir como um todo. O art. 49º TUE
menciona as condições e os princípios (art. 6º, nº1) para que qualquer país pretenda
aderir á UE. Estas condições, conhecidas como #critéros de Copenhaga”, implicam a
existência de uma economia de mercado livre, de uma democracia estável e de um
Estado de Direito, bem como a aceitação de toda a legislação e regulamentação
europeias, nomeadamente o euro. Este artigo remete para o art. 2º do TUE que
consagra os valores da UE, entre os quais se encontra o Estado de direito.
Por outro lado, a possibilidade de retirada nos termos do art. 50º do TUE, como
exemplo único da saída do Reino Unido por Acordo em 2020, sem alteração dos
Tratados, visto que as revisões compreendem outros procedimentos previstos no art.
48º do TUE.

B) Direito derivado da UE
É o direito que resulta dos tratados institutivos, baseia-se nos tratados e implica uma
serie de procedimentos aí previstos. Constituído pelos atos adotados pelos órgãos da
UE, no desempenho das competências que os tratados lhes conferem. Pode assumir as
formas típicas previstas no artigo 288º TFUE.

Fontes obrigatórias: regulamentos (são atos diretamente aplicáveis e obrigatórios


em todos os Estados-Membros sem que seja necessária qualquer legislação de
aplicação. Pode resultar da Comissão, do Conselho ou do Conselho e do Parlamento);
diretivas (vinculam os Estados-Membros quanto aos objetivos a alcançar num
determinado prazo, deixando às instâncias nacionais a competência quanto à forma e
aos meios a utilizar. Têm de ser transpostas para o direito interno de cada país. Pode
resultar do Conselho, da Comissão ou ainda do Conselho e do Parlamento) e decisões
(são vinculativas na sua integralidade para os seus destinatários, não requerem
legislação de transposição nacional).

Fontes não obrigatórias: recomendações, pareceres, processos de decisão.

Atos sui generis ou atos atípicos


São aqueles que são elaborados ou recebidos no âmbito de procedimentos tendo
em vista a aprovação de atos juridicamente vinculativos. O tratado tenta limitar o
recurso a atos atípicos num apelo à contenção através do 296º, último, TFUE, num
sentido de salvaguardar a segurança jurídica.
Mas surgem-nos numerosos atos adotados pelas instituições comunitárias, uns
estão previstos por artigos dos tratados e outros ainda não estão previstos
expressamente.
Podem ser: regulamentos internos ou financeiros; atos preparatórios; decisões de
variada origem e característica; comunicações; conclusões; programas de ação; códigos
de conduta; livros verdes, brancos, azuis; relatórios; instruções; acordos.

Direito Complementar dos tratados


Fontes externas
A) Acordos concluídos pela União Europeia com terceiros Estados ou organizações
internacionais
B) Tratados concluídos pelos Estados-Membros com terceiros Estados ou
organizações internacionais
C) Tratados concluídos pelos Estados-Membros entre si

Fontes não escritas


A) Jurisprudência do tribunal de Justiça da União Europeia
B) Costume

Regime de competências da União Europeia


O princípio da atribuição de competências e da subsidiariedade, previstos nos
artigos 4.º e 5.º do Tratado da União Europeia (TUE), são fundamentais para delimitar
as relações entre a União Europeia (UE) e os Estados-Membros.
No princípio da atribuição de competências, a União só pode atuar nas áreas onde
os Estados-Membros lhe tenham atribuído competências por meio dos Tratados. As
competências que não sejam atribuídas à União permanecem sob a responsabilidade
dos Estados-Membros. Este princípio visa respeitar as soberanias nacionais e evitar a
expansão indevida das competências da União.
O princípio da subsidiariedade aplica-se às competências não exclusivas da União e
determina que a União só deve intervir quando os objetivos da ação não possam ser
suficientemente realizados pelos Estados-Membros, mas possam ser melhor alcançados
a nível da União. É um mecanismo que visa garantir que as decisões sejam tomadas o
mais próximo possível dos cidadãos, preservando a autonomia dos Estados-Membros.
Existem diferentes categorias de competências da UE: competências exclusivas (só
ela pode legislar e adotar atos juridicamente vinculativos, art. 2º e 3º TFUE);
competências partilhadas (tanto a União como os Estados-Membros podem legislar,
mas os Estados-Membros só podem exercer a sua competência na medida em que a
União não tenha exercido a sua própria competência, art. 2º e 4º TFUE) e competências
complementares e de coordenação (a União pode apenas intervir para apoiar,
coordenar ou complementar a ação dos Estados-Membros, mas não pode harmonizar
as legislações nacionais nem substituir a ação dos Estados, art. 2º, 5º e 6º TFUE).

Princípio do efeito direto, com caracterização das diretivas


Atendendo ao facto de as diretivas não serem diretamente aplicáveis, ficando na
dependência da adoção, pelos Estados – Membros, de medidas de transposição,
despontaram a necessidade de acautelar os seus efeitos quando tais densificações não
eram levadas a efeito pelos Estados-Membros – art. 288º TFUE.
Neste sentido, o TJUE (Tribunal de Justiça da União Europeia) desenvolveu o
princípio do efeito direto (corolário da cooperação leal – art. 4º, nº3 do TUE), através da
qual uma disposição de uma diretiva poderá ser diretamente invocada, desde que
preenchidos os seguintes pressupostos: a disposição conferir direitos a particulares; de
forma clara/precisa e condicionada; já ter decorrido o prazo de transposição; e tratar-
se de efeito direto vertical (Particular vs Estado-Membro). O efeito direto vertical
invertido foi proibido pelo TJUE (Estado contra Particular, por exemplo: acórdão
Berlusconi). O efeito direto horizontal nunca foi declarado enquanto tal pelo TJUE,
embora este tenha encontrado meios para a mesma produção de efeitos
(nomeadamente, pela proclamação de princípios gerais de direto e da proteção de
direitos fundamentais – por exemplo: acórdão Coleman).

Em que consiste o princípio do primado


O princípio do primado é corolário do princípio da cooperação leal ou da lealdade
europeia, art. 4º, nº3 do TUE; Declaração nº17 da Conferência Intergovernamental que
aprovou o Tratado de Lisboa, e ainda, artigo 8º, nº4 da CRP.
O princípio do primado não pressupõe uma relação de hierarquia entre a ordem
jurídica europeia e as ordens jurídicas nacionais na medida em que diferentes ordens
jurídicas não se relacionam com base em relações de hierarquia. Assim, o primado
pressupõe uma preferência aplicativa do direito da União Europeia relativamente ao
direito interno que lhe seja desconforme, podendo justificar o afastamento (pelos
órgãos competentes nacionais) do direito interno ou a sua interpretação em
conformidade com o direito da União.

Importância do princípio da cooperação leal ou da lealdade no DUE


Os princípios do Direito da União Europeia (UE) são fundamentais para a estrutura e
funcionamento da ordem jurídica da União. Estes princípios não apenas orientam a
interpretação e aplicação das normas da União, mas também complementam as fontes
primárias e secundárias de Direito, promovendo a eficácia do sistema jurídico europeu.
O princípio da cooperação leal ou da lealdade é consagrado no artigo 4.º, n.º 3 do
TUE, estabelece que a União e os Estados-Membros respeitam mutuamente os seus
deveres e ajudam-se reciprocamente no cumprimento das obrigações decorrentes dos
Tratados. Tem também um papel crucial na prevenção de incumprimentos das
obrigações europeias por parte dos Estados-Membros, funcionando como uma base
para garantir o respeito pelos compromissos assumidos.
A prevenção do incumprimento é uma consequência prática do princípio da
cooperação leal. Este princípio exige que os Estados-Membros: assegurem a
implementação do Direito da União no seu ordenamento jurídico interno, incluindo a
correta transposição de diretivas e a aplicação direta de regulamentos; evitem conflitos
normativos ou práticas administrativas que prejudiquem a eficácia do Direito da União;
colaborem com as instituições da União, como a Comissão Europeia, que desempenha
um papel fiscalizador no cumprimento das obrigações dos Estados-Membros.
Caso ocorra um incumprimento, a Comissão pode iniciar um procedimento por
infração ao abrigo do artigo 258.º do TFUE, podendo o caso ser levado ao TJUE. Assim,
o princípio da cooperação leal atua como uma medida preventiva, promovendo o
alinhamento das ações nacionais com os objetivos da União.
O princípio da cooperação leal, por estar expressamente previsto nos Tratados,
serve de base para outros princípios fundamentais do Direito da União que foram
desenvolvidos pela jurisprudência do TJUE. Entre os principais corolários estão: princípio
do primado, efeito direto, interpretação conforme, efetividade e responsabilidade do
Estado por violação do DUE.

Princípios caracterizadores da União Europeia, explicar e fundamentar


Princípio do Estado de direito, primado do Direito da União, Cooperação leal,
efeito direto, subsidiariedade.
O princípio da igualdade é um valor central da União, previsto no artigo 2.º do
TUE e no artigo 21.º da CDFUE. Proíbe qualquer discriminação com base em
nacionalidade, sexo, raça, religião ou outros fatores.

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