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Fascículo de Eco. Política-Dr. Jorge

ECONOMIA

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Universidade Independente de Angola

Faculdade de Ciências Sociais

Fascículo da Disciplina de Economia Política.

1.- Fundamentos de Economia.

Noções Gerais da Ciência Econômica.

O termo “economia” vem do grego oikos (casa) e nomos (costume ou lei). Juntos, significam
“regras da casa”. Em resumo, é a ciência social que estuda a produção, a distribuição e o consumo
de bens e serviços. Logo, tudo o que um ser humano necessita para seu desenvolvimento e
comportamento.

Presente desde a Antiguidade, a economia é um elemento mutável que acompanha o florescer e o


desenvolvimento de diferentes sociedades, as afetando e sendo afetado por elas.

No mundo de hoje, entender os fundamentos básicos da economia é essencial para tomar


decisões informadas e ter sucesso pessoal e profissional. A economia afeta todos os aspectos de
nossas vidas, desde a maneira como gastamos nosso dinheiro até como as decisões são tomadas
no nível do governo.

Entretanto, o conceito de economia como uma ciência social, utilizado nos dias de hoje, é
fundamentado em teorias e pensamentos mais recentes, desenvolvidos a partir do século XVIII.
Entre os pensadores mais influentes para o estabelecimento da economia moderna, é possível
citar:

Adam Smith (1723-1790): criador da famosa teoria da “mão invisível do mercado”, Smith
defendeu o liberalismo e a competição como maneiras de promover o crescimento econômico.
Acreditava que a busca individual pelos interesses próprios resultaria em uma reação em cadeia
capaz de impulsionar a economia, favorecendo toda a sociedade por tabela;
David Ricardo (1772-1823): desenvolveu a teoria do “valor-trabalho”, a qual atrela o valor das
mercadorias ao esforço necessário para produzi-las;

John Stuart Mill (1806-1873): é conhecido, sobretudo, por promover discussões favoráveis às
intervenções governamentais na economia — incluindo a regulação de monopólios e a defesa dos
direitos do trabalhadores — como meio de promover o bem-estar social, incluindo a regulação de
monopólios e a defesa dos direitos do trabalhadores;

Karl Marx (1818-1883): é famoso principalmente por suas exposições sobre a “luta de classes”, a
qual enfatiza a exploração dos trabalhadores pelos capitalistas. Apesar das críticas e revisões, a
influência de seus pensamentos ainda se faz presente em discussões sobre a desigualdade e o
papel do Estado na economia.

Diferentes civilizações, como os gregos, egípcios, babilônios, romanos, chineses, mesopotâmicos e


os persas já desenvolviam pensamentos rudimentares sobre temas relacionados com a economia,
como o comércio, a agricultura, a tributação, entre outros. Porém, tratavam-se de noções
fragmentadas. Ou seja, não constituíam uma área de estudos específica.

Por mais que não seja consenso entre todos os teóricos, o surgimento do conceito atual de
economia é amplamente atribuído à publicação do livro “A Riqueza das Nações”, de Adam Smith,
em 1776 — o que lhe faz ser comumente chamado de o “pai da economia moderna”.

Qual é objetivo principal da economia?

Um dos maiores objetivos da economia é garantir o bem estar da população.

Para que essa finalidade seja alcançada, a economia desdobra-se em outras metas menores. Por
exemplo, o estudo dos processos econômicos e a distribuição da riqueza. Além disso, a economia
também visa avaliar os resultados do trabalho social e a utilização de recursos, especialmente
aqueles que são escassos. A partir de tudo isso, é possível avaliar, também, as necessidades da
sociedade e adaptar esses recursos de acordo com o que as pessoas do país precisam.

Conceptos sobre Economia:

- Estuda o comportamento de consumidores e produtores e o mercado no qual interagem.


Preocupa-se com a determinação dos preços e as quantidades em mercados específicos.
- Ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente
entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se
prestam a usos alternativos.
- A economia é uma ciência social que estuda como pessoas, empresas e instituições
tomam decisões e gerenciam recursos para atender às suas necessidades. Em outras
palavras, a economia se preocupa com a forma como a riqueza é produzida, distribuída e
consumida.
- A economia é dividida em dois ramos principais: economia microeconômica e economia
macroeconômica. A microeconomia se concentra no comportamento econômico de
indivíduos, empresas e mercados específicos, enquanto a macroeconomia analisa
fenômenos econômicos no nível agregado, como crescimento econômico, inflação e
desemprego.

Princípios Básicos da Economia

Escassez: Os recursos são limitados, enquanto as necessidades e desejos são ilimitados. Isso cria
uma situação de escassez, onde decisões precisam ser tomadas sobre como usar os recursos da
maneira mais eficiente.

Custo de oportunidade: Ao tomar uma decisão, há sempre um custo de oportunidade. Esse custo
refere-se ao que é sacrificado ao escolher uma opção em detrimento de outra. Por exemplo, se
você decidir usar seu dinheiro para comprar um carro, está abrindo mão da possibilidade de usar
esse dinheiro para investir em outros ativos.

Incentivos: Os incentivos desempenham um papel importante na economia. Indivíduos e


empresas respondem a incentivos, sejam eles econômicos ou não econômicos. Por exemplo, se o
governo oferece incentivos fiscais para incentivar o investimento em energia renovável, as
empresas são mais propensas a investir nessa área.

Interdependência: Na economia globalizada em que vivemos, estamos todos interconectados. As


decisões e ações de um país podem ter repercussões em outros países. Por exemplo, uma crise
econômica em um país pode afetar as exportações e importações de outros países.

Comércio: O comércio é vantajoso para todas as partes envolvidas. Permite que pessoas e nações
se especializem no que fazem de melhor e, em seguida, troquem esses bens e serviços. Isso leva a
um aumento da produção e do bem-estar econômico.

Oferta e Demanda: Um dos conceitos fundamentais da economia é a lei da oferta e da procura. A


oferta refere-se à quantidade de bens e serviços que os produtores estão dispostos a vender a um
determinado preço, enquanto a demanda refere-se à quantidade de bens e serviços que os
consumidores estão dispostos a comprar a um determinado preço.

Tipos de Sistemas Econômicos.

Existem diferentes tipos de sistemas econômicos no mundo, que variam de acordo com a forma
como a produção, distribuição e consumo de bens e serviços são organizados. Os três principais
sistemas econômicos são:
 Economia de mercado: Nesse sistema, os preços de bens e serviços são determinados
pela interação entre oferta e demanda no mercado. As decisões econômicas são tomadas
por indivíduos e empresas, e há muita liberdade econômica e propriedade privada.
 Economía planificada: Nesse sistema, o governo tem controle centralizado sobre a
produção e distribuição de bens e serviços. As decisões econômicas são tomadas pelo
governo, e a propriedade dos meios de produção é coletiva ou estatal.
 Economia mista: Este sistema é uma combinação de economia de mercado e economia
planificada. Há participação do setor público e privado na economia. O governo intervém
em determinados setores para garantir o bem-estar da sociedade.

Cada sistema econômico tem suas vantagens e desvantagens, e sua escolha pode ter um impacto
significativo no desenvolvimento econômico de um país.

Importância da Economia na Vida Diária.

A economia tem um papel fundamental no nosso dia a dia, mesmo que nem sempre nos demos
conta disso. Aqui estão algumas razões pelas quais a economia é importante:

Tomada de decisão pessoal: Entender os conceitos econômicos nos ajuda a tomar decisões
informadas sobre como gastar, economizar e investir nosso dinheiro. Também nos permite
entender como as decisões econômicas podem afetar nossa qualidade de vida.

Entender como a sociedade funciona: A economia nos ajuda a entender como funciona a
sociedade como um todo. Permite analisar como os recursos são alocados, como a riqueza é
criada e como ela é distribuída entre os diferentes membros da sociedade..

Influência na política: A economia tem um impacto significativo na política. As decisões


econômicas tomadas pelos governos podem afetar o emprego, o crescimento econômico, a
inflação e a distribuição da riqueza. Compreender a economia permite avaliar as políticas
econômicas propostas por diferentes partidos políticos.

Oportunidades de emprego: A economia influencia o mercado de trabalho e as oportunidades de


emprego disponíveis. Compreender os conceitos econômicos nos ajuda a tomar decisões
informadas sobre nossa educação e treinamento e a identificar áreas de crescimento e demanda
na economia.

Conceitos e origem da Economia Política.

Em sua discussão sobre as origens da economia política clássica, Coutinho (1989) sugere a
necessidade de ver o surgimento da Economia como ciência (efetivado com Adam Smith) sobre
três ângulos principais, distintos, mas interdependentes: (a) como um desenvolvimento das
principais questões suscitadas com o progresso econômico, que colocava a dimensão econômica
no ceme da vida humana em sociedade; (b) como um desdobramento da tradição filosófica do
jusnaturalísmo modemo, com o aprofundamento da noção de natureza humana, e (c) como uma
discussão sistemática que surge acoplada às causas do liberalismo (GUIMARÃES, 1995, p. 156).

Por “Economia Política” entende-se a disciplina, ou ciência, que, durante os séculos XVIII e XIX,
desenvolveu-se com o objetivo de compreender e explicar os processos de produção, circulação e
consumo de bens materiais, bem como das relações humanas que os permeiam. Isso implica a
análise de realidades, como a divisão social do trabalho, o direito à propriedade privada a
dinâmica do mercado, o advento da Revolução Industrial etc. Foi da Economia Política que veio a
se estruturar, no século XX, a moderna Ciência Econômica.

Como ressaltam os autores Marcelo Braz e José Paulo Netto, os clássicos da Economia Política:

*…+ não desejavam, com seus estudos, constituir simplesmente uma disciplina científica entre
outras: almejavam compreender o modo de funcionamento da sociedade que estava nascendo
das entranhas do mundo feudal; por isso, nas suas mãos, a Economia Política se erguia como
fundante de uma teoria social, um elemento articulado de ideias que buscava oferecer uma
visão do conjunto da vida social. E mais: os clássicos não se colocavam como “cientistas puros”,
mas tinham claros objetivos de intervenção política e social.

Adam Smith e David Ricardo foram os grandes sistematizadores da relação entre valor e trabalho.
Para esses autores, a divisão do trabalho no interior das manufaturas, depois em fábricas e
indústrias, foi fundamental para o aumento da produção de bens materiais e para a geração de
riqueza, de forma geral, já que o consumo dessas mercadorias produzidas era estimulado pelo
recebimento do salário por parte do trabalhador.

Os maiores representantes da Economia Política Clássica foram Adam Smith e David Ricardo. A
despeito das diferenças entre suas concepções teóricas, encontram-se nitidamente duas
características centrais da teoria que vinha se elaborando há quase duzentos anos.

A primeira característica refere-se à natureza dessa teoria: “não se tratava de uma disciplina
particular, especializada, que procurava “recortar” da realidade social um “objeto” específico (o
“econômico”) e analisá-lo de forma autônoma. À Economia Política interessava compreender o
conjunto das relações sociais que estava surgindo na crise do Antigo Regime”; por isso, em suas
mãos, a Economia Política se erguia como fundante de uma teoria social, um elemento articulado
de ideias que buscava oferecer uma visão do conjunto da vida social.

A segunda característica delas da Economia Política clássica relaciona-se ao modo como seus
autores mais significativos trataram as principais categorias e instituições econômicas (dinheiro,
capital, lucro, salário, mercado, propriedade privada etc.): eles se entenderam como categorias e
instituições naturais que, uma vez descobertas pela razão humana e instauradas na vida social,
permaneciam eternas e invariáveis na sua estrutura fundamental.

“A Economia Política Clássica expressou o ideário da burguesia no período em que esta classe
estava na vanguarda das lutas sociais, conduzindo o processo revolucionário que destruiu o Antigo
Definições acerca da Economia Política.

A economia política é uma disciplina que combina princípios econômicos e relações políticas para
analisar e compreender como as decisões econômicas são tomadas no contexto das instituições
políticas e sociais. Esta área de estudo examina a complexa interação entre poder, interesses
econômicos e políticas públicas, e seu impacto na distribuição de recursos e no funcionamento da
sociedade.

O objetivo central perseguido pela economia política é do que o estudo das relações estabelecidas
pelos indivíduos para organizar a produção coletiva, especificamente, aquelas que se evidenciam
entre os proprietários dos meios de produção e aqueles que deles carecem.

Oskar Lange define a Economia Política como “a ciência das leis sociais que regulam a produção e
a distribuição dos meios materiais aptos a satisfazer as necessidades humanas”.

Para o economista M.H. Dowidar, “a economia política é a ciência das leis que regem as relações
económicas, isto é, as relações sociais existentes entre os membros da sociedade por intermédio
dos bens materiais e dos serviços”.

Características da Economia Política:

- Abordagem interdisciplinar: A economia política se baseia em várias disciplinas, como


economia, ciência política, sociologia e história, para examinar aspectos econômicos e
políticos de forma holística.
- Análise das relações de poder: interessa-se também pelo estudo das relações de poder
entre diferentes atores, como governos, empresas, grupos de interesse e sociedade civil, e
como essas relações influenciam a tomada de decisões econômicas.
- Consideração de contextos históricos e sociais: reconhece que os sistemas econômicos e
políticos são influenciados por fatores históricos e sociais, e que esses contextos são
críticos para a compreensão da dinâmica atual.

A Economia Política abrange uma série de áreas, incluindo:

- Análise de Política Econômica: examina como as decisões políticas afetam a economia e as


políticas públicas implementadas para atingir os objetivos econômicos. Estudo dos
sistemas econômicos e políticos: analisa as diferentes formas de organização econômica e
política, como capitalismo, socialismo, liberalismo e corporativismo.
- Pesquisa de Distribuição de Poder Econômico: explora estruturas de poder e
desigualdades econômicas, incluindo a análise da concentração de riqueza e da influência
de grupos de interesse.
- Análise de Políticas de Desenvolvimento: estuda como as políticas econômicas e as
instituições políticas podem promover o desenvolvimento econômico e social de um país
ou região.

Através da análise das relações de poder, das instituições políticas e dos mecanismos econômicos,
essa disciplina nos ajuda a entender como as decisões econômicas são tomadas e como elas
afetam a sociedade em geral. Ao estudar essa disciplina, podemos obter uma visão mais
abrangente dos desafios e oportunidades que surgem da intersecção entre economia e política e,
assim, contribuir para a formulação de políticas mais eficazes e equitativas.

Objeto de Estudo da Economia Política.

A Economia Política tem por objecto o estudo dos efeitos nas relações económicas e sociais dos
factos ocorridos no processo económico e o estudo das leis gerais e específicas que regem o
aparecimento e desenvolvimento dos diferentes sistemas e modos de produção.

A base da vida da sociedade é a produção material. Para viver, os homens devem ter alimentos,
roupas e outros bens materiais. Para possuir esses bens, os homens devem produzi-los, devem
trabalhar.

Desde outra perspetiva podemos dizer que o Objeto de Estudo da Economia Política é o sistema
das relações sociais de produção e as leis que determinam seu desenvolvimento nos diferentes
estágios do progresso social, ou seja, nos diferentes modos de produçãoes.

Para F. Engels a economía política é a ciência que investiga as leis que governam a produção e a
troca do sustento material da vida na sociedade humana.

Os homens produzem os bens materiais, isto é, estabelecem contatos com a natureza (a vezes de
forma dañina), não isoladamente, mais em conjunto, em grupos, em sociedades.
Consequentemente, a produção sempre e em quaisquer condições é produção social, e o
trabalho, uma atividade do homem social.

O processo de produção dos bens materiais pressupõe os seguintes aspectos:

- o trabalho do homem,
- o objeto de trabalho e
- os meios de trabalho.

O trabalho é uma atividade racional do homem, no processo da qual ele modifica e adapta os
objetos da natureza para satisfação de suas necessidades. O trabalho é uma necessidade natural,
uma condição indispensável a existência dos homens. Sem o trabalho seria impossível a própria
vida humana.
Objeto de trabalho é tudo aquilo sobre o que atua o trabalho do homem. Os objetos de trabalho
podem ser fornecidos diretamente pela natureza, como, por exemplo, a madeira que se serra no
bosque, ou os minérios que se extraem das entranhas da Terra.

Meios de trabalho são todas as ferramentas com ajuda das quais o homem atua sobre o objeto do
seu trabalho e o modifica. Entre os meios de trabalho figuram antes de tudo os instrumentos de
produção, e também a terra, as edificações produtivas, as estradas, canais, depósitos, etc... Na
composição dos meios de trabalho, o papel determinante cabe aos instrumentos de produção,
que incluem toda a variedade de instrumentos empregados pelo homem em sua atividade
laboriosa, a começar pelos toscos instrumentos de pedra do homem primitivo, até as máquinas
inteligentes atuais.

Os meios de produção, com ajuda dos quais são criados os bens materiais, e os homens, que põem
em movimento esses meios e realizam a produção dos bens materiais, constituem as forças
produtivas da sociedade.

Entretanto, no processo da produção, os homens não se relacionam apenas com a natureza; ao


mesmo tempo, mantêm uns com os outros determinadas relações mútuas.

As relações sociais entre os homens no processo de produção dos bens materiais constituem as
relações de produção. As relações de produção incluem: as formas de propriedade sobre os meios
de produção, a situação das classes e grupos sociais na produção e suas relações mútuas e as
formas de distribuição dos produtos.

A forma de propriedade dos meios de produção determina a situação dos homens no sistema da
produção social, a estrutura de classes da sociedade. Por exemplo, quando a forma predominante
é a propriedade privada capitalista dos meios de produção, os operários são privados dos meios
de produção e por isto obrigados a trabalhar para os capitalistas, que se apropriam do produto do
seu trabalho.

As relações de produção determinam também as correspondentes relações de distribuição. A


distribuição é o elo entre a produção e o consumo. Os frutos da produção destinam-se ao
consumo produtivo ou ao individual. Denomina-se consumo produtivo a utilização dos meios de
produção para a criação de bens materiais.

A economia política estuda as relações de produção em sua interação com as forças produtivas. As
forças produtivas e as relações de produção em sua unidade formam o modo de produção.

As forças produtivas são o elemento mais dinâmico e revolucionário da produção. O


desenvolvimento da produção inicia-se com as modificações das forças produtivas, antes de tudo
com as modificações e o desenvolvimento dos instrumentos de produção, produzindo-se depois as
modificações correspondentes também no domínio das relações de produção. As relações de
produção entre os homens desenvolvem-se na dependência do desenvolvimento das forças
produtivas, mas, por seu turno, atuam da maneira mais ativa sobre as forças produtivas.
Assim também, a economia política estuda as relações de produção, a base da sociedade em sua
interação com a superestrutura, isto é, com a ideologia, com as concepções políticas e com as
instituições.

A economia política é uma ciência histórica. Trata da produção material em sua forma social
historicamente determinada, das leis econômicas inerentes aos correspondentes modos de
produção. A lei econômica é a essência necessária e estável dos fenômenos e processos
econômicos, isto é, a ligação e dependência causem que se repete interiormente inerente a esses
fenômenos e processos.

As leis do desenvolvimento econômico da sociedade são leis objetivas. São engendradas por
determinadas condições econômicas, independentemente da vontade dos homens, e perdem sua
força com o desaparecimento destas condições. As leis econômicas são as leis do desenvolvimento
das relações de produção. Regem as relações sociais de produção e de distribuição dos bens
materiais.

Os homens não podem suprimir ou criar arbitrariamente as leis econômicas. Podem apenas
conhecer estas leis e utilizá-las para modificar as relações econômicas no interesse da sociedade.
Entretanto, atuando sobre a economia de acordo com as leis conhecidas e com as necessidades
amadurecidas do seu desenvolvimento, os homens favorecem o aparecimento de novas relações
econômicas regidas por novas leis a elas inerentes.

A economia política investiga como se processa o desenvolvimento dos estádios inferiores da


produção social aos seus estádios superiores, como surgem, desenvolvem-se e são suprimidos os
regimes sociais baseados na exploração do homem pelo homem. Mostra como todo o curso do
desenvolvimento histórico prepara a vitória do modo de produção mais justo e sustentável.

Principais Problemas Econômicos:

Quê e Quanto Produzir? Ou seja: quais bens e serviços devem ser produzidos e em que
quantidades? Dada a existência de necessidades e que elas são satisfeitas com bons resultados,
então é necessário determinar quais necessidades devem ser atendidas e quais bens satisfazem
essas necessidades. Trata-se de uma questão econômica que se refere aos tipos de bens que
serão produzidos, às quantidades em que serão gerados e se representa um recurso escasso ou
abundante na natureza. O dilema é ser capaz de determinar o que vamos produzir: Por exemplo,
se roupas e alimentos ou sapatos e relógios, e se o que produzimos é a primeira combinação,
então o problema recairá sobre um problema de escolha e decisão, quanto de roupa e quanto de
comida.

Nos tempos modernos, a busca por uma vida mais atraente e cómoda mpulsiona a criação de uma
ampla gama de bens e serviços, o que faz com que as necessidades aumentem e, com isso, a
questão do: Como Produzir os bens? Essa questão é de natureza técnica, e se refere a qual será a
tecnologia utilizada na produção, quais são os materiais necessários, o tipo de mão de obra, o
processo produtivo, etc. O problema está relacionado à seguinte questão: por quem e com quais
meios técnicos será produzido, se será feito com tecnologia de ponta ou se continuaremos
trabalhando de forma artesanal, se será feito em maquila, como montagem de equipamentos
eletrônicos, circuitos automotivos, automóveis, etc.

Ambiente Econômico.

As organizações que estão em constante evolução são aquelas que estão sempre melhorando, são
as que acabam sendo estáveis e as que são mantidas. Para isso, é fundamental ficar de olho em
um ponto importante que muitas empresas negligenciam ao começar: o ambiente econômico de
uma empresa.

O ambiente econômico da empresa é um dos fatores externos que podem influenciar a estratégia
e a tomada de decisões no contexto empresarial. Os fatores econômicos são importantes porque
estão diretamente relacionados a bens, serviços e consumidores. Eles também têm um enorme
impacto sobre como a empresa pode operar em seu país de origem e fazer parcerias com outras
empresas em diferentes países.

São os fatores que afetam o poder de compra e os padrões de gastos do consumidor. O ambiente
econômico consiste em fatores externos em um mercado de negócios e na economia mais ampla
que podem influenciar um negócio. Pode-se dividir o ambiente econômico em ambiente
microeconômico, que afeta a tomada de decisões empresariais - como ações individuais de
empresas e consumidores - e o ambiente macroeconômico, que afeta toda uma economia e todos
os seus participantes. Muitos fatores econômicos atuam como restrições externas ao seu negócio,
o que significa que tem pouco ou nenhum controle sobre eles.

Divisão da Economia Política.

Influências macroeconômicas são fatores econômicos amplos que afetam direta ou indiretamente
toda a economia e todos os seus participantes, incluindo seus negócios. Esses fatores incluem
coisas como:

Taxa de juros,

Impostos,

Inflação,

Taxas de câmbio,

Renda discricionária do consumidor,

Taxas de poupança,
Níveis de confiança do consumidor,

Taxa de desemprego,

Recessão,

Depressão.

Fatores microeconômicos influenciam como sua empresa tomará decisões. Ao contrário dos
fatores macroeconômicos, esses fatores são muito menos amplos em escopo e não afetam
necessariamente a economia como um todo. Os fatores microeconômicos que influenciam um
negócio incluem:

Quanto ao ambiente microeconômico, poderíamos defini-lo como aqueles fatores que afetam
diretamente a empresa e que estão em sua realidade mais próxima. Esses pontos-chave que se
relacionam com as empresas costumam ser quatro.

Fornecedores: realizam uma importante tarefa de entrega para a própria empresa. É fundamental
ter um bom relacionamento com eles, pois quanto melhor for, maior será a qualidade dos
insumos, ou mais precisos serão os prazos de entrega.

Intermediários: são elementos da empresa que ajudam a promover e distribuir produtos para o
consumidor ou cliente final. Também é importante ter um relacionamento positivo com eles, caso
contrário, eles podem não vender a imagem da empresa tão fielmente quanto você gostaria.

Cliente: Esse fator é definido como aquelas pessoas ou grupos que acabam comprando os bens ou
serviços produzidos. É fundamental responder com sucesso à demanda desse grupo, já que em
muitos casos acertar nesse aspecto acaba sendo o fator diferenciador de uma empresa em relação
aos demais.

Concorrentes: são aquelas empresas que lutam pelo lucro também. Para se adaptar a esse fator, é
necessário melhorar o resto, já que uma atitude diferenciada em relação aos clientes,
fornecedores ou intermediários, bem como uma boa interpretação dos fatores macroeconômicos,
pode significar que eles estão mais bem posicionados do que o restante das empresas.

O Entorno Socioeconômico.

É conveniente centrar-se também no ambiente socioeconómico. A priori, esse fator poderia ser
incluído dentro dos fatores macroeconômicos. Ele mistura os aspectos sociais e econômicos de
uma empresa. Basicamente, é realizada uma análise da área onde a empresa atua para descobrir
como todas as informações coletadas podem afetá-la.

Há muitas empresas que elaboram um relatório analisando o impacto socioeconômico da área e


suas repercussões para tomar decisões posteriores e se adaptar a possíveis mudanças. O ambiente
socioeconômico varia bastante dependendo da área ou país onde a empresa atua. Por exemplo,
não será do mesmo tipo se você operar em um país desenvolvido como em um país em
desenvolvimento. O ambiente socioeconômico é importante, pois é o que mais reflete a realidade
em que vivemos.

Porque o ambiente econômico é importante?

O ambiente econômico de uma empresa desempenhará um papel fundamental na determinação


do sucesso ou do fracasso de uma empresa.

Vamos primeiro considerar alguns fatores macroeconômicos. Se as taxas de juros forem muito
altas, o custo do empréstimo pode não permitir a expansão do negócio. Por outro lado, se a taxa
de desemprego for alta, as empresas podem obter mão de obra a custos mais baratos. No
entanto, se o desemprego for muito alto, isso pode resultar em uma recessão e menos gastos
discricionários do consumidor, resultando em vendas insuficientes para manter o negócio
funcionando. As taxas de impostos cobrem uma parte de sua receita e as taxas de câmbio podem
ajudar ou prejudicar a exportação de seus produtos para mercados estrangeiros específicos.

Agora voltemos a atenção para os fatores microeconômicos um pouco. O tamanho do mercado


pode determinar a viabilidade de entrar em um novo mercado. Se um mercado for muito
pequeno, pode não haver demanda suficiente e potencial de lucro. Isso nos leva ao conceito de
oferta e demanda. Se o seu produto estiver em alta demanda, mas houver pouca oferta, você terá
um lucro considerável, mas se o seu produto estiver com baixa demanda e o mercado estiver
inundado com produtos semelhantes, você pode estar à beira da falência. A qualidade e a
quantidade de seus concorrentes afetarão seu desempenho na conquista de clientes no mercado.

O ambiente económico é relevante devido à rápida integração dos mercados económicos


internacionais. Cada vez mais, empresas, consumidores e governos percebem que suas vidas são
afetadas não apenas pelo que acontece em sua própria cidade, estado ou país, mas também pelo
que acontece em todo o mundo. As empresas locais devem competir com esses produtos
estrangeiros. No entanto, muitas dessas mesmas empresas também têm novas oportunidades de
expandir seus mercados, vendendo para uma infinidade de consumidores em outros países. O
avanço das telecomunicações também está reduzindo rapidamente o custo da prestação de
serviços internacionalmente, enquanto a Internet certamente mudará a natureza de muitos
produtos e serviços à medida que expande ainda mais os mercados.

Quais são os tipos de economia?

A Economia pode ser compreendida como uma ideia em aberto e em eterna mutação. Os tipos
econômicos existentes se multiplicam e se ramificam de modo a acompanhar as mudanças sociais,
tornando a tarefa de enumerá-los bastante complexa.

Contudo, entre as variações mais clássicas dessa ciência social, posso citar:
Economia de Mercado: nesse modelo, como sugere o nome, os preços e as decisões sobre como,
de que forma e para quem produzir são tomadas, quase em totalidade, pelo mercado e
determinadas pela relação entre a demanda e a oferta. Os Estados Unidos são o maior exemplo
desse modelo econômico;

Economia de mercado livre: variante teórica da economia de mercado, esse conceito defende uma
economia com pouca ou mesmo nenhuma intervenção do Estado;

Economia planejada: também conhecida como economia socialista, esse sistema se baseia no
controle do governo sobre a produção e a distribuição dos bens e serviços, com o objetivo de
promover a igualdade social;

Economia mista: mescla conceitos da economia planejada e da economia de mercado, como o


direito à propriedade privada e o desenvolvimento de políticas sociais. É o tipo de economia
adotado pela maioria da Europa ocidental;

Fatos, Fenômenos e Leis Econômicas.

Os fatos econômicos são eventos ou situações que têm impacto direto na atividade econômica de
um país, região ou empresa. Eles podem ser mensurados quantitativamente e influenciar decisões
econômicas, políticas e sociais. Existem diversos tipos de fatos econômicos, tais como inflação,
desemprego, crescimento do PIB, taxas de juros, entre outros. Os fatos econômicos são
fundamentais para compreender o funcionamento da economia e para embasar decisões
estratégicas em diversos setores. É importante estar atento a esses fatos e compreender seu
impacto no cenário econômico global e local.

Os fenômenos, do ponto de vista econômico, envolvem, basicamente, a produção, circulação


repartição e consumo da riqueza por parte do homem enquanto esteja este desenvolvendo sua
atividade, considerada, sob esse ângulo ou perspectiva, econômica. Uma vez que estes fenômenos
estão dispostos na realidade social merecem ser apreciados por uma ciência que leve em conta
metodologias de caráter social.

As leis econômicas são um conjunto de regras científicas que expressam a maneira pela qual os
fenômenos econômicos ocorrem. Essas leis regem aspectos como oferta, demanda, taxa de
câmbio, entre outros.

As leis econômicas, portanto, expressam aquelas relações mais essenciais da economia, nas quais
se demonstrou que há causalidade e, como regra geral, tendem a ser cumpridas em quase todos
os casos. Por esta razão, devemos entender da mesma forma, que falamos de leis que foram
demonstradas, para que tenham um caráter objetivo. Ou seja, eles são cumpridos
independentemente da vontade dos indivíduos.
Da mesma forma, deve-se notar que as leis econômicas surgem depois de verificar que, dadas
certas condições, certos fenômenos ocorrem. Portanto, as leis econômicas sofrem modificações
quando essas condições são modificadas, da mesma forma que desaparecem quando essas
condições são definitivamente eliminadas.

Características das Leis Econômicas.

Entre as características mais significativas podemos destacar as seguintes:

 São regras científicas que mostram como ocorrem os fenômenos econômicos.


 São relações já demonstradas e que servem de base para pesquisas econômicas.
 Essas leis têm caráter objetivo, ou seja, são cumpridas independentemente da vontade do
indivíduo.
 Essas leis regem aspectos como produção, consumo, comércio, entre outros.
 As leis econômicas podem ser modificadas se as condições mudarem, inclusive podem ser
extintas.

Principais Leis Econômicas.

Aqui estão algumas das leis econômicas mais importantes:

- Lei da demanda: reflete a relação entre a demanda de um bem no mercado e a


quantidade dele. Essa relação estabelece que, como regra geral, quanto maior a demanda,
menor a oferta e maior o preço.
- Lei da oferta: Reflete a relação entre a quantidade ofertada de um bem e seu preço de
venda no mercado. Quanto maior a oferta e menor a demanda, menor o preço. Quanto
menor a oferta e quanto maior a demanda, maior o preço.
- Lei da oferta e demanda: Reflete a relação entre a demanda por um produto e a
quantidade ofertada desse produto. Para fazer isso, levando em consideração o preço
pelo qual o produto é vendido.
- Lei da escassez : Decorre da insuficiência de vários recursos considerados necessários e
fundamentais para o ser humano, dando a condição necessária de priorizar as
necessidades com base no orçamento disponível.
- Lei da utilidade marginal decrescente: É uma lei econômica que estabelece que o consumo
de um bem proporciona menos utilidade adicional quanto mais for consumido.
- Lei dos retornos decrescentes: Mostra a diminuição de um produto ou serviço enquanto
fatores produtivos são adicionados à sua criação.

Importância das Leis Económicas.

Essas leis lançam as bases do conhecimento econômico. Sob esses princípios, são iniciadas
investigações que, posteriormente, ampliam o conhecimento e aperfeiçoam as relações. De fato,
muitas teorias surgiram de alterações nas condições que fizeram uma determinada lei ser
cumprida, e que após essas alterações, a lei é cumprida de outra forma.

A inter-relação da Economia com outras Ciências.

A sociedade, no entanto, é objecto de estudo de outras ciências. Embora cada ramo das Ciências
Sociais analise a realidade sob ópticas diferentes, essas visões acabam por se inter-relacionar.
Além do aspecto económico, a realidade é observada sob os aspectos político, social, histórico,
demográfico, jurídico e geográfico. O conhecimento dos demais aspectos ajuda a entender a
evolução dos fatos económicos.

• Economia e Sociologia.

Embora a Economia tenha seu núcleo de análise e seu objeto bem definidos, ela tem
intercorrências com outras ciências. Afinal, todas estudam uma mesma realidade, e
evidentemente há muitos pontos de contato [VASCONCELLOS & GARCIA, 2002].

A Sociologia tem como objecto de estudo a dinâmica da mobilidade social. Quando a Economia
analisa determinado fato económico, precisa considerar as características sociais que fazem parte
desse fato. Ao propor soluções para os problemas na economia, também precisa considerar esses
aspectos.

Por exemplo: Se uma sociedade tem alto índice de alcoolismo, propor um programa para melhorar
a nutrição infantil por meio de dinheiro entregue às famílias pode não ser eficiente, uma vez que
os pais podem gastar o dinheiro extra em bebida alcoólica. Nesse caso, não há efectividade do
programa.

A Economia se relaciona com a Matemática e a Estatística em relação ao uso das variáveis e da


probabilidade. Estuda as variáveis (juros na matemática financeira) e constrói modelos (com
números e expressões algébricas); e mensura dados estatísticos para a definição de cenários (por
exemplo, o crescimento do PIB em determinado ano para saber se o país saiu de uma crise
econômica e quais setores foram mais afetados, para então poder traçar medidas de recuperação
para estes).

Administração: planeja a produção, o controle, delega, vê a produção e os Recursos Escassos (RE)


e depois, administra as pessoas à trabalhar para obter seus objetivos. Escolhe opções.

Política: é o jogo de pressões da sociedade, ou seja, os agentes sociais (também chamados atores
sociais ou agentes de pressão1), que são o governo, ao emitir suas medidas provisórias.

História: analisa fatos, datas e causas para se ter uma visão melhor das suas consequências. Por
exemplo, estuda a Revolução Industrial de 1750 na Inglaterra para entender o desenvolvimento do
Capitalismo e das teorias econômicas.
Geografia: analisa o espaço físico e os Recursos Escassos utilizados pelas pessoas. Por exemplo, o
estudo do clima, do solo e dos relevos ajuda no planejamento ao saber que o calor faz a soja secar,
o que faz o preço cair e com isso, o seu valor ficar menor. Conforme Vasconcellos e Garcia (2002),
“algumas áreas de estudo econômico estão relacionadas diretamente com a geografia, como a
Economia Regional, a Economia urbana, as Teorias de Localização Industrial e a Demografia
Econômica”.

A Relação entre a Economia e o Direito.

A relação entre direito e economia é tão antiga quanto a vida em comunidade. Para compreender
esta relação, suponha, temporariamente, que o Direito consiste em uma técnica social que visa
sistematizar um conjunto de regras que têm por objetivo regular o comportamento entre
indivíduos. Suponha, por outro lado, que a economia se refere à capacidade humana em
transformar seu meio ao se apropriar da natureza para produzir e distribuir os meios de vida
necessários à existência dos indivíduos em comunidade. Direito e economia se referem, portanto,
a duas dimensões distintas, porém complementares, da vida social: a dimensão da produção das
normas consideradas socialmente justas e da produção e gestão da riqueza.

O diálogo entre economia e direito é relevante porque nele se expressam nitidamente os limites
estruturais das sociedades modernas. Por exemplo, aqueles que prometem o reino da liberdade
através do aprofundamento da economia de mercado dependem do sistema jurídico para exercer
a dominação social, muitas vezes como contra-mercadoiv, gozando do privilégio do monopólio ou
extraindo vantagens das múltiplas formas de desigualdade inerentes à condição humana. Por
outro lado, aqueles que não se sentem à vontade com a modernidade da liberdade ou com a
modernidade tecnológica recorrem ao direito de inclusão para promover um horizonte de
expectativa pacífico, não autoritário, igualitário e integrado à natureza.

Caso essas duas posições sejam colocadas em perspectiva à luz da problemática da instituição e da
regulação social, a tensão entre meios e fins emerge como uma escolha histórica entre reformar o
modo de vida contemporâneo ou rejeitá-lo. No primeiro caso, elevar a eficiência da norma
corresponde a aprofundar e a aperfeiçoar a economia de mercado como mecanismos de
regulação social, expondo ainda mais os indivíduos à lei do valor. Ou, no segundo caso, propor
novas normas mais inclusivas que visam equacionar injustiças sociais e ambientais reabre as
discussões em torno dos fundamentos do pacto social contemporâneo, em especial sobre as
formas de organização do poder e sobre a capacidade dos Estados nacionais seguirem
internalizando os custos da modernização capitalista.

A Relação entre a Economia e Ciências da Comunicação.

No momento em que a economia se torna mundial, em que se desenvolve uma cultura e uma
sociedade de informação global, tudo parece apontar para o crescimento de uma verdadeira rede
interactiva e digital à escala mundial que estimula fortemente uma convergência de três
sectores tecnológicos (informática, telecomunicações e audiovisual) que convergem e se fundem
no multimédia e na Internet.

A sociedade actual conhece profundas mudanças tecnológicas e económicas, nomeadamente


ligadas à informação e à comunicação que hoje interagem na chamada revolução infomedia,
sendo fundamental uma reflexão sobre as políticas e economia da comunicação. Estas profundas
transformações exigem também uma reflexão sobre a economia da comunicação e da cultura,
assim como das estratégias de comunicação em políticas públicas para os media e para a
sociedade da informação e do conhecimento.

Se o papel e o lugar das tecnologias da informação e da comunicação no conjunto da paisagem


mediática já não precisam mais de ser demonstrados, os fluxos económicos que tem originado
estão longe de ter estabilizado e merecem hoje uma reflexão alargada na sociedade.

A Economia Política e os Modos de Produção.

Durante a história da humanidade, as pessoas desenvolveram diferentes formas de transformar a


natureza para sobreviver e suprir suas necessidades. Assim, cada uma delas é um modo de
produção particular na história.

O modo de produção diz respeito sobre como as sociedades humanas, em determinada época,
transformam a natureza e produzem seus bens – como comida, moradia, vestimenta, entre
outros. Ou seja, é a forma como a sociedade se organiza continuamente para se mantiver
materialmente.

Esse é um conceito que se originou na teoria de Karl Marx e de Friedrich Engels. Para eles, a
humanidade passou por alguns estágios de modos de produção. Estes periodos se conformaram
da forma seguinte:

Modo de produção primitivo.

Nesta faze não havia ainda a realidade da propriedade privada entre grupos humanos. Desse
modo, as pessoas cooperavam de maneira equivalente no trabalho, distribuindo os produtos entre
toda a comunidade.

Modo de produção escravista.

Pelo menos na história ocidental, este foi o primeiro momento que surgiu a propriedade privada.
Consequentemente, a humanidade foi dividida em duas: os dominantes, aqueles que detinham os
meios de produção; e os dominados, que não eram proprietários. Nesse período, essa divisão se
expressava nas seguintes classes:
- Donos de escravos: aqueles que possuem escravos, as terras e até os instrumentos de
trabalho; ou seja, os trabalhadores dependem deles para trabalhar;
- Escravos: constituem a classe dominada e despossuída de meios para poder trabalhar e
garantir o seu sustento.

Um cenário ilustrativo dessa conformação social pode ser a Roma antiga. É importante notar que
essa é uma evidencia das sociedades da época. Entretanto, dois pontos são relevantes: primeiro,
surge a divisão de classes; e segundo, a classe dominante é minoritária.

Modo de produção feudal.

Se na etapa anterior os grupos humanos produziam seu sustento por meio do escravismo, no
modelo feudal essas relações se transformam. Nesse período, ocorre também o que é chamado
no Ocidente de época medieval. Dessa vez, a divisão de classes ocorre de outro modo:

Senhores feudais: são também detentores da terra e dos meios de produção. Logo, oferecem aos
servos uma parte dessa sua propriedade para sobreviverem, em troca de serviços e obediência;

Servos: diferentemente dos escravos, não são propriedade dos senhores. Contudo, continuam
dependendo deles para sobreviver, já que precisam de suas terras para trabalhar.

Nesse momento, os valores aristocráticos e religiosos são bastante marcados, e demostram a base
ideológica que sustentava esse modo de produção. Contudo, essa forma de produção começa a
colapsar e seus ideais passam a ser questionados. Como consequência, surgem as condições para
revoluções e a entrada em outro estágio: o capitalismo.

Modo de produção capitalista.

Como muitos conhecem, o capitalismo é o sistema que Marx e Engels dão maior atenção. Neste
modo de produção, as classes sociais também se transformam porque o modo de produção é
outro. Agora, não há servos, mais trabalhadores assalariados chamados de proletários:

Burguesia: são os donos dos meios de produção – ou seja, as novas fábricas, indústrias, terras,
entre outros. Assim, como precisam que alguém produza mercadoria, a partir desses meios,
pagam um salário aos trabalhadores que necessitam de uma forma de sustento;

Proletariado: é a classe majoritária na sociedade. Como não possuem os meios de produção,


precisam se sujeitar às regras de produtividade da burguesia, de modo que ela obtenha lucro. Ou
seja, a única coisa que o proletariado possui para vender é a sua própria força para trabalhar.
Nesse contexto, é importante notar que, em toda a história dos modos de produção, essas
relações entre classes se mantiveram por meio da violência e da exploração. Assim, essas relações
estão ligadas também com a desigualdade social.

Modo de produção socialista.

Conforme o pensamento marxista, a história da humanidade até o momento pode ser lida como a
história da luta de classes. Em todas as épocas, é possível notar a presença de um grupo
minoritário que guarda para si os meios de produção, de modo que a maioria fique dependente
dele para trabalhar e sobreviver.

Esse período, que ainda não existe, visaria a destruição da propriedade privada, da divisão de
classes e do capital. Consequentemente, os meios de produção estariam disponíveis para as
pessoas que poderiam produzir seu próprio sustento.

Produção e Sistema Econômico.

Termo bastante amplo, o sistema econômico é composto por pessoas e instituições, e abrange o
conjunto de atividades desenvolvidas pela sociedade para ordenar a produção, distribuição e o
consumo de bens e serviços com o objetivo de atender às necessidades humanas.

Ao longo da história, diferentes agrupamentos sociais, em decorrência de contextos específicos,


desenvolveram maneiras de definir quem será responsável pela produção de recursos, como essa
produção será organizada e, por fim, como serão destinados os bens resultantes desse processo.

As definições mais aceitas para explicar a economia atual dão conta de três sistemas econômicos
em atividade: capitalismo, socialismo e economias mistas.

Sistema econômico capitalista

O mais antigo e popularizado sistema econômico em vigência, o capitalismo é, em suma, o modelo


que se baseia na propriedade privada dos meios de produção, visando o lucro e o acúmulo pessoal
de riquezas. Ocorreu no século XVIII, na Europa, em um processo que mitigou o mercantilismo,
levando à Revolução Industrial inglesa.

Nesse método de organização social, as atividades são controladas pelo mercado e, em tese, com
pouca ou nenhuma intervenção por parte do Estado. Na teoria, a economia se autorregula pela lei
da oferta e da procura.

Sistema econômico socialista.

Surgido como um contraste e uma resposta ao capitalismo, o sistema econômico socialista


defende a criação de uma sociedade igualitária, focada no bem-estar social, em vez do lucro. Na
teoria, no socialismo, a presença do Estado é forte, a economia é planificada pelo Governo e a
sociedade controla os meios de produção.

Ao fim do século XIX, o socialismo científico, desenvolvido por Karl Marx e Friederich Engels,
aprofundou esse sistema econômico, transformando-o em um sistema oposto ao capitalismo,
onde os meios de produção seriam controlados pela e para a sociedade.

Sistema econômico misto.

Embora tanto o capitalismo quanto o socialismo possuam bases bem fundamentadas, na prática,
cada qual deu origem a diferentes vertentes político-econômicas, que divergem em certos pontos
de seus princípios principais. É por isso que teóricos defendem que boa parte das economias
existentes atualmente são, na verdade, sistemas econômicos mistos.

Muitos países, entre eles grandes economias europeias, combinam elementos teoricamente
divergentes, como mercado livre, intervenção estatal e planejamento econômico. Defendem, por
exemplo, tanto o direito à propriedade privada, bem como o desenvolvimento de políticas sociais
que visam reduzir a desigualdade e garantir acesso da população a direitos básicos como
educação, habitação, entre outros.

Quais os elementos fundamentais de um sistema econômico?

Como visto, o sistema econômico é definido com base em princípios econômicos, políticos e
sociais que direcionam uma determinada sociedade. O termo abrange, então, os tipos de
propriedade, os processos produtivos e de distribuição, o consumo e o acesso aos bens, entre
outros.

Dessa maneira, os três elementos básicos de um sistema econômico são:

 Estoque de recursos produtivos: a mão de obra e a capacidade empresarial, o capital, a


terra e as reservas naturais e a tecnologia;
 Complexos de unidade de produção: ou seja, as empresas;
 Organização social: instituições políticas, jurídicas e econômicas e sociais.

Problemas Econômicos Fundamentais.

Problemas econômicos são entendidos como o conjunto de fenômenos produzidos quando os


recursos não são suficientes para a satisfação das próprias necessidades. Isso pode acontecer
tanto com os recursos das nações, organizações e pessoas.

Justamente, a economia estuda como satisfazer as necessidades da população, por meio de um


conjunto finito de recursos e possibilidades. Países e organizações investem boa parte de seus
esforços na prevenção de problemas econômicos, buscando a maior estabilidade possível na
matéria.

Este tipo de inconveniente desencadeia outros problemas sociais, culturais e políticos. Deixados
de lado, os problemas econômicos podem crescer ou se tornar mais complexos, abrindo
finalmente a porta para situações mais catastróficas ou irreparáveis.

Em geral, entendem-se como problemas econômicos aqueles que se referem aos aspectos
financeiros, orçamentários, produtivos ou afins.

Tipos de Problemas Econômicos Fundamentais.

De acordo com a doutrina clássica, os três principais são:

- A orientação do processo de produção. Ou seja, a decisão de quais e quantos bens serão


produzidos, quando serão produzidos e quais os elementos que sua produção implica.
Sem esta decisão tomada de antemão, o processo de produção nem poderá começar.
- A organização da produção. Ou seja, como os bens serão produzidos? Por meio de quais
métodos e onde? Essas questões contêm o critério pelo qual a produção deve ocorrer e
que definirá grande parte do processo e dos resultados obtidos.
- A alocação da produção. Em outras palavras, para quem esses bens são produzidos? Como
eles serão distribuídos? Como o esforço produtivo será recompensado entre os
trabalhadores? Sem esses detalhes acertados, a produção corre o risco de ser inútil, não
ter produzido o que relamente se precisa, criando premissas para a aparição das crises.

Esses três dilemas básicos descrevem o que você precisa planejar para não incorrer nos problemas
financeiros mais comuns, como:

Inflação. A perda progressiva do valor da moeda em relação ao mercado, ou seja, com a mesma
quantidade de dinheiro que você compra cada vez menos.

Estagnação econômica. Falamos de crescimento econômico quando aumenta o número de


operações comerciais e financeiras de uma nação, e de estagnação ou recessão quando não há
crescimento ou ocorre o contrário, respectivamente.

Desemprego. Falta de trabalho e, portanto, de incorporação ao motor produtivo da sociedade de


um número variável de pessoas. Altos níveis de desemprego se traduzem em aumento da
pobreza.

Pobreza. Quando uma parcela da população não tem condições econômicas de atender às suas
próprias necessidades, dependendo, portanto, da ajuda de terceiros ou do Estado , ou mesmo
exercendo atividades irregulares como única fonte de renda .

Desvalorização. Queda do valor internacional de uma moeda em relação às de outros países,


devido a um saldo cambial desfavorável ou a uma disparidade crescente no tipo de operações
realizadas na moeda mais forte do que na mais fraca.
Necessidades Econômicas.

No campo da economia, o conceito de necessidades desempenha um papel fundamental.


Entender o que são necessidades, como elas são classificadas e como são atendidas é essencial
para entender como os mercados funcionam e as decisões econômicas que tomamos diariamente.

Em economia, necessidades referem-se aos desejos ou deficiências que as pessoas têm e que
devem ser satisfeitas por meio de bens e serviços. Essas necessidades são inerentes à condição
humana e são consideradas a base da atividade econômica.

As necessidades em economia podem ser físicas e psicológicas. As necessidades físicas são aquelas
relacionadas à sobrevivência e ao bem-estar básico, como alimentação, água, abrigo e vestuário.
Por outro lado, as necessidades psicológicas estão relacionadas a aspectos emocionais e sociais,
como amor, reconhecimento e pertencimento a um grupo.

É importante ressaltar que as necessidades são ilimitadas, o que significa que sempre haverá
novas necessidades que surgirão à medida que as existentes forem atendidas. Isso implica que não
há limite para a atividade econômica, pois sempre haverá demanda por bens e serviços para
atender a novas necessidades.

Características das Necessidades em Economia.

Subjetivo: As necessidades variam de pessoa para pessoa devido a fatores como cultura, ambiente
e circunstâncias individuais.

Hierárquico: As necessidades podem ser categorizadas em diferentes níveis de importância, desde


as necessidades básicas de sobrevivência até as necessidades de auto-realização.

Renováveis: As necessidades podem ser satisfeitas temporariamente, mas ressurgirão quando a


satisfação anterior tiver sido esgotada.

Interdependente: As necessidades estão relacionadas entre si, pois satisfazer uma necessidade
pode influenciar a satisfação de outras necesidades.

Essas características das necessidades em economia são fundamentais para entender como a
demanda por bens e serviços se desenvolve no mercado.

Tipos de Necessidades em Economia.

Em economia, as necessidades podem ser classificadas em diferentes categorias de acordo com


sua natureza e nível de importância. Alguns dos tipos mais comuns de necessidades são:

Necessidades primárias: São aquelas necessidades básicas para a sobrevivência humana, como
comida, água, abrigo e saúde.

Necessidades secundárias: São necessidades que surgem da sociedade e da cultura, como


educação, entretenimento e acesso a serviços públicos.
Necessidades individuais: São necessidades que variam de pessoa para pessoa, como gostos e
preferências pessoais.

Necessidades coletivas: São necessidades que afetam um grupo de pessoas, como segurança
pública ou proteção ambiental.

Esses tipos de necessidades em economia ajudam a entender como os recursos são distribuídos e
como as demandas por bens e serviços são geradas em um determinado mercado.

Os recursos econômicos e o Processo de Produção.

Recursos econômicos são os meios materiais ou imateriais que permitem satisfazer certas
necessidades no processo produtivo ou na atividade comercial de uma empresa.

Esses recursos são portanto necessários para o desenvolvimento das operações econômicas,
comerciais ou industriais. Aceder a um recurso econômico implica um investimento de dinheiro: o
que é importante para que a empresa possa ter lucros é que esse mesmo dinheiro investido seja
recuperado com a utilização o a exploração do recurso.

Por exemplo: um campo é um recurso econômico que permite desenvolver a agricultura. Esse
recurso pode tornar-se inviável do ponto de vista económico caso se encontre no meio da
montanha ou em alguma zona geográfica que requeira demasiado dinheiro para fins de
exploração.

Muitas das vezes, o conceito de recurso econômico é mencionado como sinónimo de fator de
produção. Os fatores produtivos são os recursos que se combinam no processo de produção como
mais-valia na elaboração de bens ou serviços.

O economista escocês Adam Smith (1723-1790) reconheceu três fatores de produção que
participam na atividade econômica e que são recompensados no mercado: a terra (recompensada
através, por exemplo, da renda da mesma ou daquilo que oferece), o/a trabalho/mão-de-obra
(cuja contraprestação é o salario) e o capital (de que se beneficia através da margem de lucro).

A ciência econômica atual inclui outros recursos econômicos como fatores produtivos,
considerando que se trata de elementos indispensáveis no seio da complexa atividade atual. A
tecnologia e a ciência são portanto considerados como um novo factor produtivo, da mesma
forma que o capital humano ou o capital social.

Tipos de recursos económicos.

Há quatro tipos principais de recursos econômicos que exercem papéis importantes na atividade
econômica, sendo eles: recursos naturais, recursos humanos, também os recursos de capital e os
recursos intangíveis.
Recursos naturais.

Os recursos naturais são a base de diversas atividades econômicas. E isso compreende matérias-
primas como petróleo, água, terra para cultivo, minerais e energia.

Sucede a exploração de tais recursos com o objetivo de produzir bens e serviços para sustento da
sociedade. Mas o uso excessivo e não sustentável dos recursos naturais tende a gerar problemas
como impactos ambientais negativos e elevação da inflação por conta da escassez de matérias-
primas.

Recursos humanos.

Recursos humanos compreendem a força de trabalho. Esses recursos nada mais é do que as
pessoas com experiências, habilidades e conhecimentos que ajudam na produção de bens e
serviços.

A qualidade e a educação da força de trabalho exercem um papel importante no crescimento


econômico. Países com forças de trabalho altamente qualificadas possuem mais produtividade e
renda per capita.

Recursos de capital.

Recursos de capital compreendem máquinas, fábricas, equipamentos e também infraestrutura


que ajudam na produção de bens e serviços.

Esses recursos são essenciais para o crescimento da economia, pois elevam a produtividade da
mão de obra e possibilitam a expansão da capacidade produtiva. O investimento neles é uma
parte fundamental das finanças e políticas econômicas, pois acomete o nível de atividade
econômica, Produto Interno Bruto (PIB), etc.

Recursos intangíveis.

Já os recursos intangíveis se tratam de ativos não físicos, a exemplo de: propriedade intelectual,
marcas registradas, patentes, reputação e conhecimento.

Esses recursos possuem uma função crescente na economia moderna, ainda mais em setores
como tecnologia e entretenimento. As empresas que contam com recursos intangíveis valiosos
teriam uma vantagem competitiva expressiva.

No mercado de ações, a avaliação de empresas por vezes compreende a consideração de seus


recursos intangíveis, além dos ativos tangíveis.
Os fluxos económicos.

A globalização estrutura-se por fluxos que promovem a integração da sociedade em nível global.

Entende-se por fluxos da sociedade global a cadeia interconectada entre as diferentes partes do
mundo que permite a circulação – nem sempre livre – de elementos econômicos, informações e
pessoas. Portanto, os fluxos podem ser considerados, em muitas abordagens, como a
materialização da globalização no espaço geográfico.

Fluxos económicos.

Os fluxos econômicos na sociedade global apresentam-se por meio do deslocamento de capitais,


empresas, mercadorias e investimentos. Com os avanços proporcionados no âmbito dos meios de
transporte e comunicação, a economia mundializou-se e passou a integrar todas as diferentes
partes do mundo, embora de maneira desigual e hierárquica.

No processo produtivo, ocorre a geração de dois fluxos: o fluxo de bens e mercadorias (produtos)
e o fluxo de rendimentos. O primeiro é denominado fluxo real, enquanto o segundo é conhecido
como fluxo nominal.

O fluxo real representa as rendas geradas no processo produtivo e destina-se ao consumo e à


poupança, enquanto o fluxo nominal engloba as transações monetárias.

Não obstante, os principais fluxos que acontecem no âmbito atual do Capitalismo Financeiro e
Informacional são os de capitais. Na verdade, estima-se que a maior parte de todo o capital
existente não se encontre mais na forma de dinheiro impresso.

Os chamados “capitais especulativos” encontram-se no centro desse processo. Muitas vezes, os


investidores preferem concentrar-se em títulos, juros de dívidas públicas e privadas, ações e
outros para valorização e posterior arrecadação. Com isso, o retorno é mais rápido, embora a
ausência de investimentos na produção proporcione uma série de prejuízos em termos
internacionais.

A globalização, sob vários aspectos (econômico, político, urbano, territorial etc.), atua por meio da
consolidação de um sistema informacional, que se estrutura a partir da formação de redes
geográficas, ou seja, por um sistema interconectado de pontos e ligações entre eles. A partir disso,
podemos entender a relação de nós interconectados entre si ou a composição de fixos e fluxos
que estruturam a economia mundial. De toda forma, o processo de globalização seria inimaginável
se não houvesse os fluxos internacionais que estruturam a sua existência.

Entende-se por fluxos da sociedade global a cadeia interconectada entre as diferentes partes do
mundo que permite a circulação – nem sempre livre – de elementos econômicos, informações e
pessoas. Portanto, os fluxos podem ser considerados, em muitas abordagens, como a
materialização da globalização no espaço geográfico.
Fluxos económicos.

Os fluxos econômicos na sociedade global apresentam-se por meio do deslocamento de capitais,


empresas, mercadorias e investimentos. Com os avanços proporcionados no âmbito dos meios de
transporte e comunicação, a economia mundializou-se e passou a integrar todas as diferentes
partes do mundo, embora de maneira desigual e hierárquica.

Não obstante, os principais fluxos que acontecem no âmbito atual do Capitalismo Financeiro e
Informacional são os de capitais. Todos os dias uma quantidade muito grande de dinheiro circula
em todo o mundo na forma de bits de computador, sem, na maioria dos casos, materializar-se
totalmente. Na verdade, estima-se que a maior parte de todo o capital existente não se encontre
mais na forma de dinheiro impresso.

Os chamados “capitais especulativos” encontram-se no centro desse processo. Muitas vezes, os


investidores preferem concentrarem-se em títulos, juros de dívidas públicas e privadas, ações e
outros para valorização e posterior arrecadação. Com isso, o retorno é mais rápido, embora a
ausência de investimentos na produção proporcione uma série de prejuízos em termos
internacionais.

A circulação de “capitais produtivos” também é bastante relevante para a economia global. Ela
ocorre por meio de investimentos em determinados setores da atividade econômica, tais como
fábricas, comércios, lojas etc. Outra forma é o deslocamento das próprias empresas, que migram
para países onde os fatores locacionais são mais vantajosos. Em algumas indústrias de empresas
multinacionais, a produção é dividida em várias fábricas, cada localizada em uma parte do mundo,
com a montagem acontecendo em um local igualmente distinto.

Fluxos de Informações.

Não são poucos os autores que classificam a era atual como a era da sociedade informacional,
com destaque para Manuel Castells, Milton Santos e David Harvey. A expansão dos meios de
comunicação e as facilidades geradas fazem com que o mundo inteiro esteja interligado, o que
permite a difusão de conceitos, costumes e tradições.

Os principais meios que permitem a difusão dos fluxos de informações são o rádio, a TV, as
revistas, jornais e, principalmente, a internet. Em termos de comparação, um acontecimento
importante na Europa do século XVIII levava dias ou até meses para ser informado em outros
territórios. Atualmente, eventos com a mesma relevância ou até menos importantes são
informados em todo o mundo quase que em tempo real.

Com isso, gera-se um acúmulo muito grande de dados e informações sobre os mais diversos
elementos e acontecimentos existentes no mundo. Todavia, o acesso a esses sistemas ainda é
muito limitado e desigual, de forma que a maior parte desses fluxos obedece a um círculo
privilegiado de pessoas.
Fluxo de pessoas.

Por extensão aos avanços tecnológicos provocados ao longo do século XX e início do século XXI, o
fluxo internacional de pessoas também vem se intensificando na era da globalização atual. A
expansão desse fluxo acontece de duas formas: o turismo e a migração.

O turismo, não por acaso, é a atividade do setor terciário que mais vem crescendo no planeta, com
milhões de pessoas se deslocando todos os anos sob os mais diferentes interesses. Com isso, as
cidades receptoras e também os meios de transporte vão se adequando a essa realidade, o que
resulta na modernização de seus respectivos sistemas de recepção, deslocamento e hospedagem,
gerando cifras milionárias em termos de lucros e produção de riquezas.

As migrações internacionais também se intensificam no planeta e configuram-se sob muitos


aspectos. Muitas migram por razões humanitárias, sociais, econômicas e afetivas, muito embora
existam muitas barreiras estabelecidas pelos países para conter esse processo. É muito comum a
migração de pessoas de um país para outro (muitas vezes por meios ilegais) em busca de maior
geração de renda e oportunidades.

Os agentes econômicos.

Para a formação do mercado de capitais, assim como todos os demais mercados existentes, é
fundamental a existência de agentes econômicos.

Por isso, para uma boa compreensão da economia, é fundamental entender o que são e quais são
os agentes econômicos existentes.

O que são os agentes econômicos?

Os agentes econômicos são pessoas físicas ou jurídicas que através das suas ações fazem o sistema
econômico funcionar.

Os 3 principais agentes citados pela teoria econômica, são:

Famílias;

Firmas;

Governo.

Famílias: São todos indivíduos, ou unidades familiares, de uma economia que exercem o papel de
consumidores, já que adquirem os diversos serviços e bens ofertados na economia. Em
contrapartida, as famílias podem também ser as proprietárias de fatores de produção, como a
terra, o trabalho e o capital.
É interessante observar que, ao mesmo tempo que as famílias geram uma renda ao ofertar fatores
de produção para as firmas, elas demandam os bens e serviços produzidos pelas firmas.

As Firmas.

As firmas são os agentes econômicos responsáveis por produzir e viabilizar a comercialização dos
bens e serviços na economia. Também contribuem para o desenvolvimento econômico do país.

Para viabilizar a produção por parte das firmas, é necessário contratar fatores de trabalhos junto
às famílias. As empresas empregam os fatores de produção e realização sua atividade produtiva
com o fim de maximizar seus lucros.

Governo.

O governo pode ser definido como todas as instituições e entidades que, direta ou indiretamente,
atuam em conjunto ou são controladas pelo Estado.

Normalmente, as instituições ligadas ao governo tentam atuar sob a premissa de atenuar as


desigualdades econômicas através de políticas redistributiva, assim como garantir a manutenção e
eficiência do sistema econômico.

É claro que, muitas vezes, na realidade, o governo não atinge os objetivos supracitados. Mas,
dentro da teoria econômica, seria esse o papel desempenhado pelo terceiro agente econômico (o
governo). O governo não possui um objetivo de maximização de bem-estar ou de lucro como as
famílias e as firmas. No entanto, teoricamente o objetivo do governo seria a maximização de bem-
estar geral da população considerando as metas de redistribuição que devem ser atingidas pelo
governo.

A Divisão Moderna da Economia (2da. Parte do Fascículo).

Para estudar economia, foi dividido em três partes, a saber: economia descritiva, teoria econômica
e economia aplicada.

Economia descritiva. Como o nome indica, ele descreve sistematicamente um fato ou evento
econômico específico, por exemplo, a situação da agricultura no México, o sistema de transporte
ou qualquer outro aspecto de natureza econômica.

Teoria Econômica ou Análise Econômica. “Ele dá uma explicação simplificada do modo como o
sistema econômico funciona e das características mais importantes de tal sistema”, é claro, para
conseguir isso ele usa princípios, leis e modelos que formula de acordo com a descrição que a
economia descritiva faz de maneira ordenada. Uma regra ou princípio que permite compreender e
prever as escolhas econômicas feitas pelos agentes econômicos. Além disso, é um conjunto
ordenado de ideias que visa explicar fenômenos econômicos e prever as decisões dos agentes
econômicos.
Economia Aplicada. Também chamada de política econômica, ela usa a estrutura de análise,
fornecida pela teoria econômica, para explicar as causas e o significado dos fatos apresentados
por economistas descritivos, ou tenta testar a teoria econômica descobrindo se as diferentes
teorias são confirmadas pelos dados do mundo real tratados estatisticamente. Um dos objetivos
dessa parte da Economia é gerar as diretrizes ou ações a serem seguidas em matéria econômica

Compartimentos da Economia: Microeconomia, Macroeconomia e a Política Econômica.

No mundo da economia, existem dois ramos fundamentais que nos permitem compreender e
analisar os diferentes fenômenos econômicos: a macroeconomia e a microeconomia. Essas duas
disciplinas se complementam e nos dão uma visão abrangente de como a economia funciona em
diferentes níveis.

Macroeconomia e microeconomia são as principais divisões da ciência económica.

A microeconomia é o ramo que estuda o comportamento dos agentes econômicos (unidades


individuais) em relação ao mercado consumidor, empresas, donos de recursos produtivos,
também chamada de teoria dos preços, um exemplo de seu trabalho é o estudo de mudanças no
comportamento de empresas e pessoa em casos de flutuações de preços.

A microeconomia, por outro lado, concentra-se no estudo de agentes econômicos individuais,


como consumidores, empresas e mercados. Preocupam-se em analisar como esses agentes
tomam decisões com base em suas preferências e restrições, e como essas decisões afetam a
alocação de recursos e a formação de preços nos mercados.

Na microeconomia, são estudados conceitos como oferta e demanda elasticidade, teoria do


consumidor e teoria da produção. Além disso, são analisados os diferentes tipos de mercados e a
forma como o equilíbrio entre a oferta e a procura é determinado em cada um deles.

Esta área econômica se enfoca em:

Centra-se nos agentes económicos individuais.

Analisa as decisões dos agentes e seu impacto nos mercados.

Estuda conceitos como oferta e demanda elasticidade e teoria do consumidor.

Valoriza os diferentes tipos de mercado e o equilíbrio entre oferta e demanda.

A macroeconomia estuda o desempenho geral, ou seja, a economia como um todo. Produção de


bens e serviços, taxas de inflação, taxas de desemprego, poupança, consumo, investimentos e
governo.
A macroeconomia é o ramo da economia que lida com o estudo dos fenômenos econômicos no
nível agregado. Ou seja, analisa a economia como um todo, com foco em variáveis como Produto
Interno Bruto (PIB), desemprego, inflação e políticas fiscal e monetária. Seu principal objetivo é
compreender e explicar os determinantes do crescimento econômico e do bem-estar de uma
nação.

Na macroeconomia, são estudados os amplos setores da economia, como consumo, investimento,


comércio internacional e setor público. Além disso, as relações entre esses setores e como eles
interagem entre si são analisadas para determinar o comportamento geral de uma economia.

De tal maneira, a Macroeconomia abrange:

- Analisa a economia no nível agregado. Ele


- Se concentra em variáveis como PIB, desemprego e inflação.
- Estuda os principais setores da economia.
- Analisa as relações entre setores e seu impacto na economia global.

A política econômica é um ramo da economia que visa condicionar a atividade econômica para
evitar flutuações nos níveis de emprego e de preços, bem como para estabelecer e garantir as
condições necessárias para o desenvolvimento. A política econômica faz uso da teoria econômica
para que os resultados das ações práticas realizadas adquiram maior confiabilidade e certeza.

A importância da relação entre macroeconomia e microeconomía.

A relação entre macroeconomia e microeconomia é fundamental para entender como os


mercados funcionam e como as decisões econômicas são tomadas. Esses dois ramos da economia
se complementam e se alimentam, uma vez que os fenômenos econômicos no nível agregado são
o resultado das decisões e ações individuais dos agentes econômicos.

Por exemplo, as políticas fiscais e monetárias implementadas no nível macroeconômico têm


impacto direto nas decisões de consumo e investimento dos agentes econômicos no nível
microeconômico. Do mesmo modo, as alterações na oferta e procura do mercado a nível
microeconómico podem ter efeitos significativos em variáveis macroeconómicas, como o emprego
e a inflação.

Em tal sentido, debemos subliminar que:

 A relação entre macroeconomia e microeconomia é fundamental para a compreensão dos


mercados.
 Os fenômenos macroeconômicos são o resultado de decisões individuais.
 Políticas macroeconômicas afetam decisões no nível microeconómico.
 Mudanças nos mercados no nível microeconômico podem ter efeitos macroeconômicos.
Benefícios da compreensão da relação entre macroeconomia e microeconomía.

Entender a relação entre macroeconomia e microeconomia traz inúmeros benefícios tanto


acadêmica quanto profissionalmente. Esses benefícios incluem:

- Visão abrangente da economia: Ao entender como a macroeconomia e a microeconomia


estão relacionadas, obtém uma visão mais completa de como a economia funciona como
um todo. Isto permite uma abordagem mais holística e uma melhor compreensão dos
desafios e oportunidades económicas.
- Melhor tomada de decisão: Entender a relação entre macroeconomia e microeconomia
pode ajudá-lo a tomar decisões mais informadas em nível pessoal e empresarial. Os riscos
e benefícios de diferentes ações e políticas econômicas podem ser avaliados com mais
precisão.
- Análise mais aprofundada: Combinando o estudo da macroeconomia e da microeconomia,
uma análise mais aprofundada dos fenômenos econômicos pode ser feita. Isso possibilita
identificar relações causais e compreender melhor as implicações de diferentes variáveis
econômicas.
- Melhor compreensão das políticas econômicas: Compreender a relação entre
macroeconomia e microeconomia permite uma análise mais crítica das políticas
econômicas implementadas pelos governos e avaliar seu impacto sobre os agentes
econômicos e a economia como um todo.

Como a macroeconomia e a microeconomia estão relacionadas?

A macroeconomia e a microeconomia estão relacionadas de várias maneiras, pois os fenômenos


econômicos no nível macro são o resultado de decisões e ações individuais no nível micro.
Algumas das maneiras pelas quais eles estão relacionados são:

Decisões individuais e agregadas: Decisões econômicas individuais, como consumo e investimento,


somam e geram agregados macroeconômicos, como consumo total e investimento total em uma
economia.

Impacto das políticas macroeconômicas: As políticas fiscais e monetárias implementadas no nível


macroeconômico têm impacto direto nas decisões de consumo e investimento dos agentes
econômicos no nível microeconômico.

Efeito das mudanças nos mercados: As alterações na oferta e na procura do mercado a nível
microeconómico podem ter efeitos significativos em variáveis macroeconómicas, como o emprego
e a inflação.

Relação preço-salário: preços e salários determinados no nível microeconômico são fundamentais


para entender a inflação no nível macroeconómico.
A relação entre macroeconomia e microeconomia é essencial para entender como os mercados
funcionam e como as decisões econômicas são tomadas. Ambas as disciplinas se complementam e
se alimentam, permitindo uma visão mais completa e aprofundada da economia.

Qual a diferença fundamental entre macroeconomia e microeconomia?

A macroeconomia concentra-se no estudo dos fenômenos econômicos em nível agregado,


analisando variáveis como PIB, desemprego e inflação. Por outro lado, a microeconomia se enfoca
nos agentes econômicos individuais e em como eles tomam decisões com base em suas
preferências e restrições.

Cómo Afecta a Macroeconomia a Microeconomia?

A macroeconomia afeta a microeconomia por meio de políticas fiscais e monetárias


implementadas no nível macro, que têm impacto direto nas decisões de consumo e investimento
dos agentes econômicos no nível microeconômico. Além disso, as alterações nos mercados a nível
microeconómico podem ter efeitos macroeconómicos em variáveis como o emprego e a inflação.

Quais são os benefícios de aplicar conceitos macroeconômicos à tomada de decisão de uma


empresa?

A aplicação de conceitos macroeconômicos na tomada de decisão de uma empresa permite levar


em conta o contexto econômico em que a empresa atua, como crescimento econômico, taxas de
juros e inflação. Isso ajuda a avaliar riscos e oportunidades econômicas e a tomar decisões mais
informadas.Aplicar conceptos de macroeconomía en la toma de decisiones de una empresa
permite tener en cuenta el contexto económico en el que opera la empresa, como el crecimiento
económico, las tasas de interés y la inflación. Esto ayuda a evaluar los riesgos y oportunidades
económicas y tomar decisiones más informadas.

História do Pensamento Econômico.

Fragmentos de ideias econômicas são encontrados nos mais antigos textos ainda preservados.
Escritos como o Tao-te King, de Lao Zi, e os Analectos de Confúcio (ambos no século V a.C.)
contêm trechos em que aparecem proposições de natureza econômica. Do Antigo Testamento da
Bíblia cristã também se podem extrair passagens de significado econômico. No desenvolvimento
das civilizações que seguiu essa era mais remota, nunca deixou de existir, em cada época, um ou
outro escritor que ao menos tangenciasse questões dessa natureza. No apogeu das civilizações
grega e romana, e em certos períodos da Idade Média, noções e conceitos econômicos foram
propostos e discutidos. Então é difícil precisar uma data que teria marcado o nascimento do
pensamento econômico. No entanto, a organização desse saber como corpo teórico sistemático
de ideias somente se tornou perceptível em torno do ano de 1700 e no correspondente século
que se iniciava. William Petty, Richard Cantillon e os fisiocratas deram um tratamento analítico
mais consistente e avançado a questões de política econômica que, por vezes, apareciam nas
reflexões de autores escolásticos e alhures. Marco dos mais significativos nessa evolução foi o
aparecimento do monumental livro A riqueza das nações, do escocês Adam Smith, em 1776.

Esses precursores do período clássico da economia científica compartilham a visão do mundo


econômico como um sistema integrado de eventos que se reforçam e se sucedem mantendo certo
ordenamento.

A época de Smith é marcada por grandes transformações na vida econômica e social do


continente europeu. Na economia, destaca-se a revolução industrial; na esfera social, sublinham-
se o legado da Revolução Gloriosa de 1688, com a longa estabilidade da monarquia constitucional,
e a eclosão da Revolução Francesa, que promoveu valores republicanos em substituição à antiga
monarquia absoluta. O período assiste à consolidação das modernas instituições democráticas
bem como à edificação do capitalismo industrial nas nações mais desenvolvidas.

A história do pensamento econômico pode ser dividida, grosso modo, em três períodos: Pré-
moderno (chines, grego, romano, árabe), Moderno (mercantilismo, fisiocracia) e Contemporâneo
(a partir de Adam Smith no final do século XVIII). A análise econômica sistemática tem se
desenvolvido principalmente a partir do surgimento da Modernidade.

De todos os modos, é pertinente advertir que a História do Pensamento Econômico mostra as


batalhas, as dúvidas e a vasta gama de possibilidades de desenvolvimentos teóricos que podem
surgir em cada ponto do tempo histórico. É dizer, é conveniente conhecer as fontes históricas dos
enfoques econômicos, pelo este proceso não foi lineal, plano ou semple. Ha tido que enfrentar
significativos choques entre posições em seu decursar.

As discussões mais antigas sobre economia datam da época antiga (e.g. a Artaxastra de Cautília ou
o Oeconomicus de Xenofonte). Desde então, até a revolução industrial, a economia não era uma
disciplina separada mas uma parte da filosofia. Na Grécia Antiga, uma sociedade baseada na
escravidão mas também um modelo de democracia em desenvolvimento e embrionário,[1] o livro
A República de Platão continha referências à especialização do trabalho e da produção. Mas foi
seu pupilo Aristóteles que fez alguns dos argumentos mais familiares ainda nos discursos de hoje.

Do localismo da Idade Média, os senhores feudais em declínio, novas estruturas econômicas


nacionais começaram a se fortalecer. A partir de 1492 e das explorações, como as viagens de
Cristóvão Colombo, novas oportunidades para o comércio com o Novo Mundo e a Ásia se abriram.
Novas e poderosas monarquias queriam um estado poderoso para aumentar seu status. O
mercantilismo foi um movimento político e uma teoria econômica que defendia o uso do poder
militar para assegurar mercados locais e proteger as fontes de matérias-primas. Os teoristas
mercantis achavam que o comércio internacional poderia não beneficiar todos os países ao
mesmo tempo. Como o dinheiro e o ouro eram as únicas fontes de riqueza, havia uma quantidade
limitada de recursos a ser dividida entre os países. Desse modo, as tarifas poderiam ser usadas
para encorajar a exportação (o que significa mais dinheiro entrando no país) e desencorajar a
importação (enviando riqueza para o exterior). Em outras palavras, uma balança comercial
positiva deveria ser mantida, com um excedente de exportações. O termo mercantilismo na
verdade não havia sido cunhado até o final de 1763, por Victor Riqueti de Mirabeau e
popularizado por Adam Smith, que se opunha vigorosamente a suas ideias.

John Locke (1632–1704) nasceu perto de Bristol e estudou em Londres e Oxford. Ele é considerado
um dos mais importantes filósofos de sua era, em grande parte devido a sua crítica da defesa de
Thomas Hobbes ao absolutismo em Leviatã (1651) e o desenvolvimento da teoria do contrato
social. Locke acreditava que as pessoas contratavam com a sociedade, que deveria proteger seus
direitos de propriedade. [10] Ele definia abertamente que a propriedade deveria incluir as vidas e
liberdades das pessoas, bem como suas riquezas. Quando as pessoas combinam seu trabalho com
seu ambiente, os direitos de propriedade são criados.

David Hume (1711–1776) concordava com a filosofia de North e denunciou as suposições


mercantilistas. Suas contribuições foram estabelecidas em Discursos Políticos (Political Discourses,
1752), e mais tarde consolidadas em seu Essays, Moral, Political, Literary (1777). Ele afirmou que
qualquer excedente de exportações que poderia ser alcançado seria pago pelas importações em
ouro e prata. Isto aumentaria o dinheiro circulante, causando a elevação dos preços. Isso, por sua
vez, causaria um declínio nas exportações até que o balanço se restaurasse com as importações.

Da mesma forma desencantado com a regulação sobre o comércio inspirado pelo mercantilismo,
um francês chamado Vincent de Gournay (1712-1759) é considerado o homem que perguntou por
que é tão difícil exercer a política do laissez-faire, laissez passer (livre empreendedorismo, livre
comércio). Ele foi um dos primeiros fisiocratas, uma palavra vinda do grego e que significa
"governo da natureza", que defendiam que a agricultura era a fonte da riqueza.

Adam Smith (1723–1790) é popularmente conhecido como o pai da moderna economia política.
Sua publicação de A Riqueza das Nações em 1776 coincidiu não apenas com a Revolução
Americana, logo antes de a Europa presenciar levantes da Revolução Francesa, mas também com
o início de uma nova Revolução Industrial que permitiu a criação de mais riqueza em grande escala
do que nunca antes. Smith era um filósofo moral escocês, cuja primeira obra foi Teoria dos
sentimentos morais (1759). Ele defendia neste livro que os sistemas éticos das pessoas se
desenvolvem através das relações pessoais com outros indivíduos, que o certo e o errado são
sentidos através das reações dos outros ao comportamento de alguém. Ele deu a Smith mais
popularidade que seu livro seguinte, A Riqueza das Nações, que o público geral, inicialmente,
ignorou [14] No entanto, o magnum opus econômico político de Smith obteve sucessos nos
círculos em que importava.

Os economistas clássicos foram considerados como um grupo pela primeira vez por Karl Marx.[23]
Uma parte unificada de suas teorias era a teoria do valor-trabalho, contrastando com a derivação
do valor a partir de um equilíbrio geral de oferta e demanda. Esses economistas viram as primeiras
transformações econômicas e sociais trazidas pela Revolução Industrial: êxodo rural, precariedade,
pobreza, aparição da classe operária. Eles se perguntavam sobre o crescimento populacional, pois
a transição demográfica havia começado na Grã-Bretanha naquela época. Eles também fizeram
muitas questões fundamentais, sobre a origem do valor, as causas do crescimento econômico e o
papel do dinheiro na economia. Eles apoiavam uma economia de livre mercado, argumentando
que ele era um sistema natural baseado na liberdade e propriedade. No entanto, esses
economistas estavam divididos e não formaram uma corrente unificada de pensamento.

Thomas Malthus (1766–1834) foi um ministro conservador do Parlamento do Reino Unido. Ele
argumentava que a intervenção era impossível devido a dois fatores. "O alimento é necessário
para a existência do homem," escreveu Malthus. "A paixão entre os sexos é necessária e
permanecerá aproximadamente em seu estado atual," ele afirmou, dizendo que o "poder da
população é infinitamente maior que o poder da Terra de produzir subsistência para o
homem."[34] Não obstante, o crescimento populacional é marcado pela "miséria e pelo vício".
Qualquer aumento nos salários das massas causaria apenas um crescimento temporário na
população, que, dadas as restrições na oferta da produção da Terra, levaria à miséria, vícios e
reajustes em direção à população original. [35] Entretanto, mais trabalho poderia significar mais
crescimento econômico, sendo que um dos quais seria capaz de ser produzido por uma
acumulação de capital.

David Ricardo (1772–1823) nasceu em Londres. Com 26 anos, ele havia se tornado um rico
operador do mercado de ações e obteve um assento eleitoral na Irlanda para obter uma
plataforma na Câmara dos Comuns do Parlamento do Reino Unido.[36] A obra mais conhecida de
Ricardo é Principles of Political Economy and Taxation, que contém sua crítica contra as barreiras
ao comércio internacional e uma descrição da maneira como a renda é distribuída na população.
Ricardo fez uma distinção entre os trabalhadores, que recebiam um salário fixo em um nível no
qual eles conseguiam sobreviver, os proprietários de terras, que recebiam uma renda da terra, e
os capitalistas, que possuíam capital e recebiam lucro, uma parte residual da receita.[37] Se a
população cresce, torna-se necessário cultivar terras adicionais, cuja fertilidade é menor que a dos
campos já cultivados, devido à lei da produtividade decrescente. Portanto, o custo da produção do
trigo aumenta, bem como o preço do trigo: As rendas da terra aumentam também os salários,
indexados à inflação (pois eles precisam possibilitar a subsistência dos trabalhadores).

John Stuart Mill (1806–1873) era a figura dominante do pensamento econômico político de sua
época. Mill tentou achar um meio termo entre a posição de Adam Smith das oportunidades cada
vez maiores para o comércio e inovação tecnológica e a visão de Thomas Malthus dos limites
inerentes da população. Em seu quarto livro, Mill definiu inúmeros possíveis futuros resultados, ao
invés de prever um em particular. A primeira seguia a linha maltusiana de que a população crescia
mais rápido que a oferta, levando a salários decrescentes e lucros crescentes [42).

Mill também é creditado por ser a primeira pessoa a falar sobre oferta e demanda como uma
relação ao invés de meras quantidades de bens no mercado, [46] o conceito de custo de
oportunidade e a rejeição da doutrina do fundo salarial [47].

Karl Marx (1818–1883) era, e de muitas formas ainda permanece como, um economista socialista
proeminente. Sua combinação de teoria política representada no Manifesto Comunista e a teoria
dialética da história, inspirado por Hegel, forneceram uma crítica revolucionária ao capitalismo
como ele o via no século XIX. O movimento socialista ao qual ele se juntou emergiu em resposta às
condições do povo na nova era industrial e à economia clássica que as acompanhava. Ele escreveu
sua principal obra, O Capital, na biblioteca do Museu Britânico.

Karl Marx começa O Capital com o conceito de mercadorias. Antes das sociedades capitalistas, diz
Marx, o modo de produção era baseado na escravidão (e.g. na Roma Antiga) antes de se mover
para a servidão feudal (e.g. na Idade Média). À medida que a sociedade avançava, a servidão
econômica tornou-se mais frouxa, mas o nexo atual da troca de trabalho produziu uma situação
igualmente errática e instável permitindo as condições para a revolução. As pessoas compram e
vendem seu trabalho da mesma forma que elas compram e vendem bens e serviços. Elas próprias
são mercadorias descartáveis. Como ele escreveu no Manifesto Comunista,

Esboza uma ideia genial: "Toda a história da sociedade existente é a história das lutas de classes.
Liberdade e escravidão, patrícias e plebeias, senhor feudal e servo, mestre da guilda e aprendiz,
em uma palavra, opressor e oprimido, em constante oposição um com o outro... A moderna
sociedade burguesa que floresceu das ruínas da sociedade feudal não acabou com os
antagonismos de classes. Limitou-se a estabelecer novas classes, novas condições de opressão,
novas formas de luta no lugar das antigas".

Na década de 1860, uma revolução ocorreu na economia. As novas ideias vieram com a escola
marginalista. Escrevendo simultânea e independentemente, um francês (Léon Walras), um
austríaco (Carl Menger) e um inglês (William Stanley Jevons) foram desenvolvendo a teoria, que
possuía alguns antecedentes. Ao invés do preço de um bem ou serviço refletir o trabalho que o
produziu, ele reflete a utilidade marginal da última compra. Isto significava que no equilíbrio as
preferências das pessoas determinavam os preços, incluindo indiretamente o preço do trabalho.

Esta corrente de pensamento não era unida, e havia três escolas principais trabalhando
independentemente. A escola de Lausanne, cujos dois principais representantes eram Walras e
Vilfredo Pareto, desenvolveu as teorias do equilíbrio de mercado e de eficiência de Pareto. A
principal obra escrita desta escola foi Elements of Pure Economics, de Walras. A escola de
Cambridge apareceu com Theory of Political Economy, de Jevons, em 1871. Esta escola inglesa
desenvolveu as teorias de equilíbrio parcial e insistiu nas falhas de mercado.

Vilfredo Pareto (1848–1923) foi um economista italiano, mais conhecido por desenvolver o
conceito de uma economia que permitiria a maximização do nível de utilidade de cada indivíduo,
dado o nível de utilidade possível dos outros em relação à produção e troca. Tal resultado veio a
ser chamado de "eficiente de Pareto". Pareto desenvolveu representações matemáticas para essa
alocação de recursos, em particular abstraindo os arranjos institucionais e medidas monetárias de
riqueza ou distribuição de renda [62].

Joseph Alois Schumpeter (1883–1950) foi um economista austríaco e cientista político mais
conhecido por suas obras sobre ciclos econômicos e inovação. Ele insistia no papel dos
empreendedores em uma economia.
John Maynard Keynes (1883–1946) nasceu em Cambridge, foi educado no Eton College e
supervisionado por Arthur Cecil Pigou e Alfred Marshall na Universidade de Cambridge. Ele
começou sua carreira como um professor, antes de trabalhar no governo britânico durante a
Grande Guerra, e passar a ser o representante financeiro do governo britânico na conferência de
Versalhes. Suas observações foram expostas no livro The Economic Consequences of the Peace
(1919) onde ele documentou sua indignação contra o colapso da adesão dos norte-americanos aos
Quatorze Pontos e o clima de vingança que prevaleu na Alemanha [72]. Durante a Grande
Depressão, Keynes havia publicado sua mais importante obra, A Teoria Geral do Emprego, do Juro
e da Moeda (The General Theory of Employment, Interest, and Money, 1936). A depressão foi
desencadeada na Terça-Feira Negra, levando ao aumento do desemprego nos Estados Unidos,
cobrança de dívidas dos tomadores de empréstimos europeus e um efeito dominó econômico
pelo mundo. A economia ortodoxa recomendou a contenção de despesas, até que a confiança das
empresas e o nível dos lucros se recuperassem.

As políticas monetária e fiscal intervencionista que a economia ortodoxa pós-guerra recomendava


passaram a ser atacadas, em particular, por um grupo de teóricos da Universidade de Chicago, que
veio a ser conhecida como a Escola de Chicago. Essa corrente de pensamento mais conservadora
reafirmou uma visão "libertarista" da atividade de mercado, que as pessoas ficam melhores se
deixadas à sua vontade, livre para escolherem como conduzir suas próprias vidas.

Milton Friedman (1912–2006) se destaca como um dos economistas mais influentes do final do
século XX. Ele ganhou o Prêmio Nobel de Economia de 1976, entre outras coisas, por A Monetary
History of the United States (1963). Friedman defendia que a Grande Depressão foi causada pelas
políticas do Federal Reserve durante a década de 1920, e pioradas na década de 1930. Friedman
defende que a política do laissez-faire é mais desejável do que a intervenção do governo na
economia.

Escolas Econômicas.

As principais escolas de pensamento económicas.

A economia possui diversas escolas de pensamento, uma escola de pensamento econômico é um


grupo de pensadores da área que compartilham ou compartilharam uma perspectiva e ideias em
comum sobre o modo como a economia funciona. Embora os economistas nem sempre se
enquadrem em uma escola em particular, ainda é comum classificá-los em escolas de
pensamento.

Adam Smith - filósofo e economista británico.

Surge com o pensador Adam Smith durante a década de 1770, quando Smith publicou seu livro “A
riqueza das nações”. Adam Smith afirma que não é a prata ou o ouro que determinam a
prosperidade de uma nação, mas, sim, o trabalho humano. Na visão de Adam Smith a riqueza das
nações vem do aumento da produtividade da mão de obra, na medida em que ocorre a divisão do
trabalho a produção da mão de obra aumenta. Portanto, esta escola era baseada no livre
mercado, onde o autor criou o conhecido e difundido conceito de “mão invisível”, simbolizava que
próprio mercado pode se auto-regular, sem precisar do Estado para isto, e a intervenção do
governo deverá ser mínima, atuando apenas em Defesa, Lei, Ordem e Educação.

Karl Marx - filósofo, economista, historiador, sociólogo, teórico político, jornalista, e


revolucionário socialista alemão.

Karl Marx defendeu uma visão oposta à visão da Escola Clássica em sua obra com o título “O
Capital”, publicada em alemão em 1870, onde apontava o capitalismo como explorador e
enfatizava as desigualdades sociais e sua instabilidade. Desse modo, defendia a intervenção
estatal, de forma que o estado deveria deter todos os meios de produção. No âmbito da
economia, as principais características do marxismo são a proibição da propriedade privada, e,
consequentemente, a extinção da burguesia e a distinção de classes sociais.

Peter Ferdinand Drucker foi um escritor, professor e consultor administrativo de origem


austríaca, considerado pai da administração ou gestão moderna.

A teoria neoclássica retoma as ideias e conclusões dos pensadores clássicos, questionando e


reformulando as hipóteses básicas da análise econômica em um novo contexto. Traz uma nova
teoria do valor baseada na utilidade. As principais características da Teoria Neoclássica são a
ênfase na prática da administração, a reafirmação dos postulados clássicos, a ênfase nos princípios
gerais de administração, a ênfase nos objetivos e nos resultados e o ecletismo nos conceitos.

John Maynard Keynes foi um economista britânico cujas ideias mudaram fundamentalmente a
teoria e prática da macroeconomia, bem como as políticas económicas instituídas pelos
governos.

Keynes trouxe suas ideias sobre a economia com seu livro “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e
da Moeda” em 1936, uma resposta direta para o período da grande depressão e crise que foi
vivido naquele período, com queda acentuada da produção e emprego. Keynes trazia críticas ao
capitalismo, defendendo a intervenção do governo com o aumento do gasto público em
momentos de crise, postura adotada nos dias atuais.

Escola Austríaca.

Austríaca de Economia é uma das mais importantes correntes da ciência econômica que se
estruturou a partir do século XIX. É caracterizada por defender o livre comércio e a liberdade
econômica do cidadão, ação individual na economia associada ao tempo, individualismo
metodológico e o mercado como processo. De acordo com a Escola Austríaca, a liberdade
econômica verdadeira permite o equilíbrio de mercado.
Escola Nacional Americana.

A Escola norte-americana deve sua origem aos escritos e políticas econômicas de Alexander
Hamilton, o primeiro secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Enfatizou altas tarifas sobre
importações para ajudar a desenvolver a base manufatureira americana em desenvolvimento e
para financiar projetos de infraestrutura, bem como Bancos Nacionais, Crédito Público e
investimentos governamentais em pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico avançados.
Friedrich List, um dos proponentes mais famosos do sistema econômico, nomeou-o Sistema
Nacional, e foi o principal impulso por trás do desenvolvimento da Zollverein alemã e das políticas
econômicas da Alemanha sob o chanceler Otto Von Bismarck, a partir de 1879.

A Economia neoclássica.

Economia neoclássica é a forma dominante de economia usada hoje e tem a maior quantidade de
adeptos entre os economistas. É frequentemente referido pelos seus críticos como a economia
ortodoxa. A definição mais específica que essa abordagem implica foi capturada por Lionel
Robbins em um ensaio de 1932: "a ciência que estuda o comportamento humano como uma
relação entre escassos significa ter usos alternativos". A definição de escassez é que os recursos
disponíveis são insuficientes para satisfazer todos os desejos e necessidades; se não houver
escassez e nenhum uso alternativo dos recursos disponíveis, então não há problema econômico.

Escola de Chicago.

A Escola de Chicago é uma escola neoclássica de pensamento econômico associado ao trabalho do


corpo docente da Universidade de Chicago, particularmente notável na macroeconomia para o
desenvolvimento do monetarismo como alternativa ao keynesianismo e sua influência no uso de
expectativas racionais na modelagem macroeconômica.

Mistura de diversas Posições Econômicas Contemporáneas.

No final do século XX, as áreas de estudo que produziram mudanças no pensamento econômico
foram: modelos baseados em risco (em vez de baseados em preços), atores econômicos
imperfeitos e tratar a economia como uma ciência biológica (baseada em normas evolucionárias e
não em troca abstrata).

O estudo do risco foi influente, ao considerar as variações no preço ao longo do tempo mais
importantes do que o preço real. Isso se aplica particularmente à economia financeira, onde as
compensações de risco / retorno eram as decisões cruciais a serem tomadas.

Uma importante área de crescimento foi o estudo da informação e decisão. Exemplos dessa escola
incluíam o trabalho de Joseph Stiglitz. Os problemas de informação assimétrica e de risco moral,
ambos baseados na economia da informação, afetaram profundamente os dilemas econômicos
modernos, como as opções de ações executivas, os mercados de seguros e o alívio da dívida do
Terceiro Mundo.
Mercantilismo.

Perguntas necessárias: O que era e como funcionava? Origem e Características Mais


Significativas.

O mercantilismo é um sistema político e econômico baseado na ideia de que os países são mais
ricos e prósperos quanto mais metais preciosos podem acumular.

Puntos chave:

 Mercantilismo não é só história. É a ideia de que acumular ouro e prata era a principal
chave para as nações serem poderosas e prósperas. Surgiu no século XVI, na França,
quando o feudalismo perdia força. Durou até que o capitalismo e o liberalismo econômico
surgissem.
 Os mercantilistas tinham seus truques: não deixar o ouro sair do país, brincar com a
moeda, dar a mão aos produtores locais e colocar barreiras aos produtos estrangeiros.
Tudo para manter a riqueza em casa.
 Esse sistema não era unidimensional: deu origem a diferentes escolas de pensamento,
como o bullionismo, o colbertismo e o comercialismo.
 Essa ideia diz respeito à colonização: os países europeus buscavam colônias em busca de
recursos, mercados e produtos para fortalecer suas economias nacionais.

Suas ideias se desenvolveram na Europa entre os séculos XVI e XVII e a primeira metade do século
XVIII. Um de seus pilares fundamentais era a crença de que os países que quisessem manter uma
posição relevante no contexto internacional e desenvolver seu poder deveriam acumular riqueza
(principalmente na forma de ouro e outros metais preciosos).

Sua origem. Como comenceu tudo?

O mercantilismo como corrente de pensamento econômico teve sua origem no início da era
moderna (século 16). Na Europa, e especificamente em países como França e Inglaterra, após
substituir o feudalismo.

Além disso, teve sua expressão máxima na França no século XVI sob o mandato de Jean Baptiste
Colbert, ministro das Finanças de Luís XIV. Durante seu mandato, Colbert protegeu e encorajou as
empresas agrícolas e industriais da França por meio de subsídios, créditos e outras facilidades, ao
mesmo tempo em que impôs pesadas restrições às importações. Embora seja verdade que o
mercantilismo na Inglaterra foi muito importante durante a Idade Moderna.

O mercantilismo começou a desaparecer no final do século XVIII com o surgimento de novas


teorias econômicas que tinham um caráter mais liberal e voltado para o aproveitamento do
comércio, como o capitalismo e o liberalismo econômico.
Um dos mais proeminentes críticos das ideias mercantilistas foi Adam Smith, que propôs a ideia de
que o livre mercado e o livre comércio são elementos fundamentais para o desenvolvimento
econômico e o uso eficiente dos recursos.

Como funcionava o mercantilismo?

- Algumas das medidas mais importantes que foram implementadas para atingir o objetivo
do mercantilismo foram:
- Proibição da exportação de metais preciosos.
- Controle de moeda local. Impostos e restrições à importação.
- Controle de recursos naturais.
- Subsídios, benefícios e facilidades para os produtores locais (principalmente nos setores
agrícola e industrial).
- Incentivar o crescimento da população trabalhadora.
- Atender a uma mão de obra barata que ajudaria o país a ser mais competitivo
internacionalmente.
- Privilégios fiscais para exportações e produção local.

Características principais:

O mercantilismo, em suma, baseia-se em três características ou ideias fundamentais:

A acumulação de riqueza (principalmente metais preciosos) é essencial para o desenvolvimento


econômico de um país. Quanto maior a acumulação de riqueza, maior a prosperidade e o poder
político

O papel do Estado é utilizar e impor todos os mecanismos necessários para atingir o objetivo da
acumulação de riqueza (controles, restrições, subsídios, etc.). A sua intervenção terá um carácter
proteccionista, incentivando a produção local e protegendo-a da concorrência de produtores
estrangeiros.

O comércio global é inalterável. Para que o comércio contribua para a acumulação de riqueza, as
entradas e saídas devem ser controladas, a fim de manter uma balança de pagamentos positiva (as
exportações superam as importações).

Entre as vantagens do mercantilismo podemos destacar:

- Permitiu que o comércio exterior do país fosse controlado.


- Em tese, tornou a produção nacional mais forte e protegida do mundo exterior.
- Favoreceu a acumulação de metais preciosos, como o ouro.
- A balança comercial do país foi superavitária.
- Por outro lado, as desvantagens mais importantes do mercantilismo são: A pressão por
monopólios e controles estatais sobre os produtos levou a aumentos de preços.
Por su parte, las desventajas más importantes del mercantilismo son:

- A pressão por monopólios e controles estatais sobre os produtos levou a aumentos de


preços.
- Além disso, isso deu origem a situações de contrabando.
- Ele propôs que a acumulação de riqueza dependia da quantidade de metais preciosos.
Evidências científicas mostraram que essa ideia está errada.
- Nesse sentido, proliferaram piratas, saqueando navios e colônias para guardar os
pertences mais valiosos.
- As colônias foram superexploradas para extrair metais preciosos

Principais representantes do Mercantilismo.

Dentre os principais autores mercantilistas, destacam-se:

Thomas Mun.

Jean Baptiste Colbert (Colbertismo).

Antonio Serra.

Jean Bodin.

A Fisiocracia.

A Fisiocracia foi uma escola de pensamento econômico que se desenvolveu na França do século
XVIII. Surgiu como uma resposta às ideias mercantilistas predominantes da época e lançou as
bases da economia moderna. Os fisiocratas consideravam que a riqueza de uma nação era
encontrada na agricultura e afirmavam que o comércio e a indústria só poderiam ser produtivos se
fossem apoiados por uma base agrícola sólida.

A fisiocracia baseava-se na ideia de que a terra era a única fonte de riqueza e que o governo
deveria limitar-se a garantir a propriedade privada e a livre circulação de mercadorias. Essa escola
de pensamento defendia a ideia de que os impostos deveriam incidir exclusivamente sobre a terra
e que o comércio exterior deveria ser irrestrito. Os fisiocratas também argumentavam que os
preços deveriam ser determinados pela oferta e pela demanda, e que o mercado era capaz de se
autorregular. No entanto, apesar de sua influência na economia política, a fisiocracia perdeu
relevância à medida que novas teorias econômicas surgiram ao longo do século XIX.

Essa linha de pensamento desenvolveu-se especificamente durante o Iluminismo. Foi fundada por
François Quesnay, um médico e economista francês, que procurou estabelecer as bases de uma
ciência econômica baseada em leis naturais.
Nesse contexto histórico, a Europa passava por grandes mudanças sociais, políticas e econômicas.
A Revolução Industrial começava a transformar a estrutura produtiva e as relações de trabalho,
enquanto as ideias iluministas influenciavam o pensamento da época. Considerava a agricultura a
única atividade produtiva capaz de gerar excedente econômico, enquanto outras atividades eram
consideradas estéreis.

Essa escola económica teve uma influência significativa na teoria econômica posterior, lançando
as bases para o desenvolvimento do liberalismo econômico e da teoria do valor-trabalho. Embora
a fisiocracia não tenha tido um impacto político duradouro, suas ideias contribuíram para o debate
econômico e lançaram as bases para o surgimento da economia como disciplina científica.

Principais exponentes e teorias

A fisiocracia é uma escola de pensamento econômico que surgiu na França do século XVIII. Foi
desenvolvido por um grupo de economistas conhecidos como fisiocratas, que postularam uma
série de ideias revolucionárias em seu tempo.

Definição.

A fisiocracia é definida como uma teoria econômica que sustenta que a riqueza de uma nação é
baseada principalmente na agricultura. Segundo os fisiocratas, a agricultura é a única atividade
produtiva capaz de gerar excedentes que podem ser utilizados para o desenvolvimento de outros
setores econômicos.

História.

A fisiocracia teve suas origens no século XVIII, como resposta à crise econômica que afetava a
França da época. Seus principais expoentes foram François Quesnay e Anne Robert Jacques
Turgot, que desenvolveram as ideias fundamentais dessa escola de pensamento.

Principais Características:

 Foco na agricultura: De acordo com os fisiocratas, a agricultura é a base da economia e a


principal fonte de riqueza para uma nação.
 Laissez-faire: Os fisiocratas defendiam a ideia de deixar a economia funcionar
naturalmente, sem intervenção estatal ou regulação excessiva.
 Imposto único: Os fisiocratas propuseram a implementação de um imposto único sobre a
terra, conhecido como imposto sobre a terra, como forma de financiar o Estado.
 Circulação da riqueza: Os fisiocratas sustentavam que a riqueza circula pela economia
naturalmente, seguindo as leis da oferta e da procura.
 Primazia da agricultura: Segundo os fisiocratas, a agricultura é a única atividade
produtiva, pois gera um excedente de produção que pode ser utilizado para sustentar
outras atividades econômicas.
 Ordem natural: Os fisiocratas acreditavam na existência de uma ordem natural na
economia, onde cada setor cumpre uma função específica. Eles consideravam a
agricultura a base dessa ordem e que todos os outros setores econômicos dependiam
dela.
 Rendas: Os fisiocratas defendiam que as rendas eram a única forma legítima de
rendimento, uma vez que vinham da produção agrícola. Eles não consideravam legítima a
renda gerada pelo comércio ou pela indústria.
 Valor intrínseco: Para os fisiocratas, o valor dos bens era determinado pela sua utilidade e
pela quantidade de trabalho necessária para produzi-los. Não consideraram válido o valor
subjetivo que lhe é dado pelo mercado por meio da oferta e da demanda.

Os fisiocratas consideravam a agricultura a base da economia e que todos os outros setores


econômicos dependiam dela. Por isso, defendiam a importância de proteger e promover a
agricultura como motora do desenvolvimento econômico.

O Liberalismo.

O liberalismo é uma filosofia política que defende a liberdade individual, a igualdade perante a lei,
a separação de poderes e a tolerância no âmbito do Estado de Direito. Propõe também a limitação
do papel do Estado na vida civil e nas relações econômicas e a proteção da propriedade privada.

É um sistema político essencialmente compatível com a democracia republicana do tipo


representativo. Tem expressões concretas na política, na economia e nas esferas sociais. O
liberalismo surgiu em direção ao século XVII em oposição ao absolutismo. Buscava alcançar a
liberdade humana, garantir a igualdade jurídica e promover o bem-estar econômico das nações.
Foi fundada sobre as ideias de John Locke, considerado o pai do liberalismo, e de pensadores
como Montesquieu, Voltaire, Rousseau, Adam Smith e John Stuart Mill, entre outros.

A palavra liberalismo é formada a partir do termo latino liberālis, e "-ismo", um sufixo relacionado
à doutrina, sistema, escola.

Origem do liberalismo.

O liberalismo nasceu na Inglaterra por volta do século XVII em oposição à monarquia absolutista
europeia, que se caracterizava por concentrar todos os poderes do Estado nas mãos de um único
autocrata.

Ganhou força durante o período iluminista, também conhecido como iluminista, e surgiu no final
do século XVIII e início do século XIX, penetrando especialmente nos setores burgueses da
sociedade europeia.
Características mais significativas do Liberalismo.

As características do liberalismo derivam de suas ideias mais importantes. Portanto, o liberalismo


caracteriza-se por defender ou propor os seguintes aspectos:

Princípio da igualdade perante a lei. O liberalismo entende que todas as pessoas devem ser iguais
perante a lei, tanto em direitos quanto em obrigações.

Separação de poderes. Também propõe a separação do poder político em diferentes divisões:


executivo, legislativo e judiciário, para que haja um equilíbrio político.

Estado laico. O liberalismo se opõe ao Estado confessional e propõe o Estado laico. Ou seja, acabar
com a interferência direta da religião na administração do Estado.

Parlamentarismo. O liberalismo incentiva o debate público sobre questões que afetam a nação,
por meio de parlamentos e assembleias.

Defesa da liberdade individual. O liberalismo defende a liberdade de pensamento, assim como a


liberdade de expressão, de imprensa, de culto, de associação, etc.

A liberdade de crença e o respeito por ela é um aspecto muito importante do liberalismo, pois
garante a paz social.

Propriedade privada. O liberalismo propõe a propriedade privada como direito e estímulo à


iniciativa individual.

Tipos de liberalismo.

Liberalismo político.

O liberalismo político é um sistema baseado na liberdade do indivíduo e na proteção de suas


liberdades civis. Entre elas, a liberdade de pensamento, de expressão, de associação e de
imprensa. Essas liberdades são protegidas pelo Estado de Direito, no qual os indivíduos podem
exercer soberania por meio de representantes políticos democraticamente eleitos.

O liberalismo se expressa, portanto, em sistemas geralmente republicanos, com um regime de


separação de poderes e uma clara distinção entre Igreja e Estado. Além disso, propõe uma
limitação da intervenção do Estado nos assuntos dos cidadãos, sejam eles económicos, sociais ou
culturais.

Liberalismo econômico.

O liberalismo econômico é a doutrina que se propõe a limitar a intervenção estatal em questões


econômicas. Foi originalmente formulado por Adam Smith em seu livro A Riqueza das Nações
(1776). O liberalismo econômico considera que as relações comerciais devem ser realizadas dentro
de um quadro de liberdade e igualdade de condições, sob os princípios da iniciativa individual e
privada.
Também pressupõe que as forças do mercado e o empreendedorismo individual impulsionam a
produtividade de uma nação, o que, em teoria, levaria à riqueza e ao bem comum. Ele é
especificado em aspectos como:

- Defesa do comércio livre,


- Promoção das privatizações,
- Redução dos gastos públicos,
- Redução de impostos sobre os produtores para promover o abastecimento.

Liberalismo social.

O liberalismo social também é conhecido como liberalismo social, liberalismo social, liberalismo
democrático ou liberalismo progressista, entre outros.

Surgiu no século XIX como resposta às condições de vida injustas trazidas pelo liberalismo
econômico e pela Revolução Industrial na classe trabalhadora.

Abre caminho para a social-democracia de hoje. Dessa forma, o liberalismo social propõe a
mediação do Estado para oferecer condições sociais mais justas e igualitárias aos menos
favorecidos. Por exemplo, o acesso à educação e aos serviços de saúde.

Etapas do liberalismo

- Protoliberalismo (1688-1799). Na fase do protoliberalismo, houve vários marcos históricos


que influenciaram as ideias de filósofos e políticos. A saber: Revolução Gloriosa na
Inglaterra (1688-1689): O parlamento inglês derruba o absolutista rei Jaime III Stuart.
Afirmou a monarquia parlamentar, sob a regência de Maria II e Guilherme III de Orange;
- Revolução Americana (1776): reconheceu a liberdade individual e a consagrou na
Constituição, criada em 1787 e em vigor desde 1789.

Revolução Francesa (1789): significou a queda do absolutismo na Europa e a primeira declaração


dos Direitos do Homem, ao grito de "liberdade, igualdade e fraternidade".

Liberalismo clássico (1780-1860). É o período em que se formam as bases do pensamento liberal.


Os pensadores elaboram teorias que redefinem a relação entre o Estado e o povo,
particularmente o contratualismo e o constitucionalismo. Particularmente influentes foram John
Locke (Inglaterra) e Jean-Jacques Rousseau (França), bem como Adam Ferguson e Adam Smith
(ambos da Escócia).

Asimismo, aparecen pensadores liberales que reflexionan sobre el individualismo y el colectivismo,


y la posible armonización de ambos aspectos para la cohesión y desarrollo social, es decir, para
armonizar el orden de lo privado con lo público. Se reflexiona sobre la ética del capitalismo y se
promueve la idea de la democracia ampliada.
En esta etapa, que conduce a una mayor preocupación por lo social, ejerce mucha influencia el
pensamiento de John Stuart Mill, cuya doctrina se conoce como utilitarismo.

Principais autores do liberalismo.

John Locke (Reino Unido, 1632-1704). Pai e fundador dos princípios do liberalismo. Defendeu a
monarquia constitucional. Ele entendia o Estado como fruto da livre convenção entre os homens,
desde que se reconhecesse o direito à propriedade e a igualdade dos homens perante a lei. Ele
propôs a separação dos poderes legislativo e judiciário e a separação da Igreja nos assuntos do
Estado.

Montesquieu (França, 1689-1755): lançou as bases do conceito de Nação (clima, geografia, cultura
e economia). "Ser nacional." Ele entendia que o monarca deveria ser concebido apenas como uma
expressão do poder executivo, não legislativo. Propôs a independência do Judiciário.

Voltaire (França, 1694-1778) foi um defensor radical da liberdade de pensamento. Nesse sentido,
promoveu a tolerância e, consequentemente, combateu o fanatismo religioso.

Rousseau (França, 1712-1778): dedicou-se ao estudo da sociedade civil: "o homem é bom, a
sociedade o corrompe". Em 1762 publicou o Contrato Social: Da Liberdade (Individual) à Opressão
(Sociedade).

Adam Smith (Escócia, 1723-1790): economista e filósofo escocês. Ele acreditava que o bem-estar
social estava intimamente relacionado ao crescimento econômico dos indivíduos. É considerado o
precursor da economia clássica graças à sua obra “A Riqueza das Nações”.

John Stuart Mill (Reino Unido, 1806-1873): político, filósofo e economista, representante da
escola clássica de economia. Defendia a liberdade individual sobre o controle estatal e a opressão
social. Promotor do utilitarismo, foi crítico do liberalismo econômico e aproximou-se do
liberalismo social, também conhecido como socialismo liberal. Para Mill, quanto maior o bem-
estar social maior for o número de indivíduos com bem-estar.

O Socialismo.

Socialismo é uma doutrina política, econômica e filosófica surgida no final do século XVIII.
Caracteriza-se pela ideia de transformação da sociedade através da tomada dos meios de
produção e do controle dos recursos econômicos pela classe trabalhadora, bem como a gestão
pública orientada pelo princípio da igualdade social.

O socialismo surgiu durante a Revolução Industrial como programa político das classes
trabalhadoras. Ele nasce como uma reação às condições de vida dos operários nos grandes centros
industriais da Europa, contrapondo-se ao liberalismo e ao individualismo e defendendo uma total
reformulação da sociedade.

A nova sociedade projetada pelos socialistas deveria ser erguida sobre bases comunitárias e
centradas no valor do trabalho.

Enquanto doutrina econômica, o socialismo é o oposto do liberalismo, que se baseia na


propriedade privada dos meios de produção e na economia de mercado. Para o socialismo, de
modo geral, a economia é baseada na necessidade coletiva, não no lucro.

Origem do socialismo.

O jornalista e agitador francês Noël Babeuf (1760 – 1797) é considerado um dos precursores do
socialismo. Já no final do século XVIII, ele defendeu propostas de caráter socialista, como as
reformas agrária e tributária.

Karl Marx (1818 – 1883) e Friedrich Engels (1820 – 1895) são dois dos principais nomes do
socialismo no século XIX. Fundaram o chamado "socialismo científico", que, baseado num método
científico, faz a crítica do regime capitalista e proporciona um programa político de libertação da
classe trabalhadora.

O objetivo último desse programa é a superação das classes sociais - o comunismo, forma de
organização social onde seriam abolidos o Estado e a propriedade privada dos meios de produção.

Na teoria marxista, o socialismo representaria a fase intermediária entre o fim do capitalismo e a


implantação do comunismo. No socialismo, o povo assumiria os negócios do Estado e os
administrariam a partir de seus próprios interesses, com organização racional das forças
produtivas.

Tipos de Socialismo.

O socialismo admite uma série de correntes de pensamento, escolas e tendências. Todas elas
possuem em comum as características fundamentais que configuram o socialismo.

No entanto, cada uma compreende modos distintos de realizar a mudança social, ainda que o
objetivo final possa ser comum: a realização do princípio da igualdade.

Socialismo Utópico

O socialismo utópico foi uma corrente de pensamento criada por Robert Owen (1771 – 1858),
Saint-Simon (1760 – 1825) e Charles Fourier (1772 – 1837). Nascido no início do século XIX, o
socialismo utópico surgiu da crítica ao capitalismo e tentou encontrar soluções para os problemas
da sociedade industrial.
O nome socialismo utópico surgiu graças à obra Utopia de Thomas More, sendo que a utopia,
usada de forma pejorativa, é referente a algo que não existe ou não pode ser alcançado.

Esses primeiros socialistas tinham em mente a construção de uma sociedade mais harmônica,
justa e de abundância pautada pelo comunitarismo e distribuição igualitária dos recursos.

Marx e Engels, embora reconhecessem a importância desses pensadores, distanciaram-se deles,


acusando-os de "fantasiar" sobre o futuro da sociedade. Marx e Engels criticavam nos socialistas
utópicos o fato deles ignorarem as contradições existentes na sociedade e a importância da luta
de classes, não apresentando, concretamente, um caminho viável para o socialismo.

Socialismo científico.

O socialismo científico, criado por Karl Marx e Friedrich Engels, propõe a análise científica do
capitalismo, visando a sua superação.

O socialismo científico, também conhecido como marxismo, afasta-se do socialismo utópico por
propor uma "ciência" da revolução. Seu propósito é o de determinar as leis que regem as
organizações sociais do capital, seu surgimento e manutenção para, a partir daí, buscar meios para
sua superação.

O socialismo científico foi determinante para o desenvolvimento da sociologia e das demais


ciências sociais ao longo do século XX.

A partir dessa teoria, o comunismo aparece como uma fase cientificamente previsível da história.
Do mesmo modo que o socialismo se estabeleceria a partir da superação da fase capitalista.

O socialismo marxista tem como fundamento teórico o materialismo histórico, que propõe um
conhecimento racional do mundo e o desvelamento dos antagonismos existentes na sociedade.

Seu objetivo é entender como ocorrem os processos históricos, as leis que regem a morte e o
surgimento de novas organizações sociais. O socialismo e o comunismo surgem como
consequência necessária do movimento dialético (contraditório) da história.

Socialismo real.

Socialismo real é uma expressão que designa os países que tentaram pôr em prática os ideais
socialistas. Importante destacar que o socialismo, tal como foi pensado pelos teóricos do século
XIX, jamais foi plenamente implantado, muito menos o comunismo.

No século XX, as ideias socialistas serviram de base para a construção de sistemas políticos,
econômicos e sociais em diversos países.
O Keynesianismo.

Nas primeiras décadas do século XX, principalmente, em 1929, com a grande crise financeira que
ficou conhecida como “A grande Depressão”, surgiu uma nova teoria econômica, desenvolvida
pelo economista John Maynard Keynes, que ficou conhecida como Keynesianismo.

No século XIX, o cenário econômico estava divido em duas teorias econômicas: Teoria Liberal e
Teoria Marxista. A última, tendo como maestro o ideólogo Karl Marx, defendia a ideia de que o
Estado deveria ser forte e predominante, ou seja, controlando os meios de produções e toda a
economia de um país. Contrapondo essas ideias, a teoria liberal, tendo como fundador o
economista e filósofo Adam Smith, defendia o funcionamento do livre mercado. Nessa teoria, o
estado deverá garantir apenas direito à propriedade privada.

Keynesianismo é a teoria econômica que incentiva a intervenção estatal por meio de política
econômica, para estimular a demanda e incentivar o consumo.

O keynesianismo surgiu no Ocidente no final do século 19, com o objetivo de estimular a demanda
para sair da crise. Essa teoria postula que, para superar uma crise econômica, é necessário
enfrentar os problemas de demanda por meio da intervenção estatal.

A teoria foi proposta por John Maynard Keynes em sua obra Teoria Geral do Emprego, Juros e
Dinheiro, publicada em 1936, na esteira da Grande Depressão, e na qual estudou todos os fatores
de produção que compõem a economia de um país, como investimento, consumo, demanda,
poupança e gasto público.

Teoria de Keynes.

A teoria de Keynes baseia-se principalmente no excesso de recursos, e não na falta deles para
buscar uma solução para a crise econômica.

Esta teoria explica que a disminução de Salários estagnam a economia pela queda da demanda.
O desemprego é o principal causante da crise, e este não se presenta por falta de recursos
financieros sino por a falta de demanda global. Ao não consumir o suficiente, não se produzem
bens e serviços suficientes para criar empregos para todos.

A teoria de Keynes propõe que, para elevar a demanda global, as seguintes variantes devem ser
aplicadas:

 Baixar os impostos: impulsando assim o consumo dos indivíduos.

 Baixar os tipos de interesse: fomentando os préstamos.

 Aumentar o gasto público: criação de empregos pelo Estado, aumentando a despesa


pública, mas ao mesmo tempo reduzindo os níveis de desemprego.
Segundo Keynes, o governo deveria intervir para aumentar os gastos públicos, e esse investimento
estatal seria então recuperado, uma vez que o aumento do consumo aumentaria a demanda,
beneficiando as empresas que, por sua vez, pagam impostos mais altos ao governo.

Características do keynesianismo

As principais características do keynesianismo são as seguintes:

 Defende que a política econômica é a principal ferramenta para tirar o país de uma crise.
Propõe que os governos sejam responsáveis por estimular a demanda e que o Estado se
encarregue de investir recursos nas empresas.
 Propõe que os governos se encarreguem de estimular a demanda e que o Estado se
encarregue de investir recursos nas empresas.
 uso da política fiscal como regulador da economia.
 Acredita que o principal perigo para a economia é o desemprego.
 Opõe-se à economia liberal e baseia-se na intervenção do Estado como agente econômico.

Financiamento do Desenvolvimento Econômico.

O que é desenvolvimento econômico?

Desenvolvimento econômico é definido como a melhora do bem-estar geral da população,


indicado pela elevação dos indicadores quantitativos da economia, tais como o PIB, é também
esperado um avanço de indicadores qualitativos a respeito da qualidade de vida da população.

Diferença entre crescimento e desenvolvimento econômico

Existe uma diferença entre crescimento e desenvolvimento econômico.

O primeiro deles é mais fácil de ser atingido. Ele pode ser definido como a melhora dos
indicadores quantitativos da economia.

O crescimento econômico ocorre em momentos de aumento do consumo e produção de bens e


serviços. Tal aumento pode ser mensurado através de indicadores financeiros, como o Produto
Nacional Bruto (PNB) e Produto Interno Bruto (PIB).

Como, por exemplo, o aumento da renda, a redução do desemprego ou o aumento do consumo.

Por outro lado, o desenvolvimento econômico se trata de um conceito mais abrangente. Pode-se
dizer, portanto, que o desenvolvimento abrange o crescimento econômico. Ou seja, não há
desenvolvimento sem o crescimento. Porém, nem sempre que há crescimento pode ser
considerado que existiu o desenvolvimento.

Como visto anteriormente, o desenvolvimento deve ser acompanhado também de melhorias nos
indicadores de bem-estar geral da população. Alguns desses indicadores são:
Para investir, um país tanto pode utilizar a sua poupança interna como ter acesso à poupança
estrangeira por meio de empréstimos ou ajuda financeira.

Se a poupança doméstica é o pré-requisito para a acumulação de capital, então a atenção deve


ficar voltada para as políticas que incentivem as pessoas a se abster de parte do consumo
presente.

Um mercado financeiro de capitais razoavelmente desenvolvidos é um fator importante na


mobilização de recursos para a formação de capital e na canalização desses recursos das famílias,
via intermediários financeiros para o investimento das empresas.

Países emergentes e em desenvolvimento comumente recorrem a instituições financeiras de


financiamento ao desenvolvimento, como bancos de desenvolvimento nacionais, multilaterais e
agências de garantia de créditos à exportação, para reunir os fundos necessários à realização de
projetos de longo prazo vistos como essenciais ao desenvolvimento.

Apesar de sua natureza predominantemente pública, os agentes financeiros de fomento ao


desenvolvimento ainda não possuem políticas e mecanismos operacionais compatíveis com os
mais altos padrões de proteção dos direitos humanos, uma lacuna na governança das estratégias
de desenvolvimento da atualidade.

As atividades e projetos empreendidos em nome do desenvolvimento econômico podem impactar


severamente nos direitos humanos, especialmente de comunidades e grupos vulneráveis, como
povos indígenas, tradicionais e minorias étnicas. Além disso, o apoio financeiro das instituições de
fomento pode impactar positiva ou negativamente nas mudanças climáticas, a depender da
alocação de recursos realizada em setores mais ou menos poluentes.

Neste perspetiva do docente se acredita que o objetivo primordial das instituições financeiras de
desenvolvimento deve ser a busca por um desenvolvimento sustentável, inclusivo e pautado pela
proteção dos direitos humanos. Tais instituições devem se comprometer publicamente a proteger
os direitos humanos assegurados por normas internacionais e nacionais e requerer que seus
tomadores não infrinjam nos direitos humanos de terceiros nem imponham, à sociedade, os
efeitos negativos de suas atividades.

Um país em desenvolvimento pode atrair poupança estrangeira de três maneiras. Uma


possibilidade é a de que empresas estrangeiras invistam diretamente no país.

Por exemplo, no Século XIX, companhias europeias construíram caminhos-de-ferro na América


Latina; hoje, empresas japonesas constroem fábricas na Indonésia (Vasconcellos, 2001).

A segunda possibilidade é a de tomar emprestado nos mercados mundiais de capitais ou de


instituições como o Banco Internacional de Reconstrução, do grupo Banco Mundial.

Uma terceira resume-se na possibilidade de um país poder receber ajuda estrangeira de países
industrializados.
A importância dessas três fontes de poupança externa tem variado ao longo do tempo e entre os
países, mas existem poucas dúvidas de que a poupança externa tenha sido fundamental na
suplementação da poupança doméstica.

Perguntas Necessárias sobre este tópico.

Qual a importância e o papel que o crédito tem no desenvolvimento e progresso econômico?

O crédito tem importante papel no processo de acumulação de capital, isto é, transformador


financeiro de diversas modalidades, prazos e níveis de risco, sendo essencial no funcionamento
dos setores produtivos e também às famílias, portanto os dados financeiros funcionam como um
indicador da trajetória futura de…

Como o sistema financeiro contribui para o crescimento da economia?

O sistema financeiro influencia o crescimento econômico devido às funções que este desempenha,
tais como: a) mobilização de recursos; b) alocação dos recursos no espaço e no tempo; c)
administração do risco; d) seleção e monitoração de empresas; e e) produção e divulgação de
informação.

Quais os impactos sociais que os bancos causam?

CRÉDITO. O acesso a crédito permite que famílias adquiram bens, inclusive de necessidade básica.
No entanto, estudos mostram que a má gestão do crédito tem impacto negativo na capacidade de
poupança das famílias. Muitas passam a usar os limites e parcelas sem juros como um falso
“complemento de renda”.

Qual a importância que o crédito tem para a sociedade?

Assim, o crédito aquece a troca de bens e serviçosuma vez que facilita o consumo de pessoas bem
como a produção das empresas. De fato, sem crédito o consumo das pessoas reduz. Nesse
sentido, a importância do crédito é, pois, fundamental para a sociedade do consumo. Os fatos e a
histórica econômica nos atestam isso.

O que é crédito para a economia?

Para a economia, o crédito é uma operação do mercado financeiro. De forma geral, é definido
como o ato de conceder um bem, esperando a restituição igual ou superior ao investimento inicial.

Como o sistema financeiro se relaciona com nossas decisões de consumo?

Entre elas, a mais utilizada é a alteração na taxa de juros. Quando o Banco Central deseja conter a
inflação, ele eleva os juros. Dessa forma, ele estará desestimulando o consumo e os investimentos,
o que faz espairecer as pressões inflacionárias. O contrário ocorre quando o Banco Central deseja
elevar a inflação.
Qual é o crescimento econômico de um país?

Crescimento Econômico O crescimento econômico de um país é calculado a partir da expansão do


seu produto interno bruto (PIB), ou seja, do valor de todos os produtos e serviços finais produzidos
dentro das fronteiras geográficas do país, em um ano, incluindo depreciação. Equivale, portanto, à
sua capacidade de produção.

Quais os elementos que impulsionam o crescimento econômico?

De qualquer forma, existe um consenso acerca dos benefícios que o crescimento económico
proporciona a um país. Dentre os elementos que impulsionam o crescimento econômico
encontram-se: o capital físico, humano e a tecnologia.

4.- O Mercado: Concepto, Estruturas e Mecanismos Básicos.

A estrutura de mercado é o conjunto de diferentes características que tornam um tipo de mercado


único, variando em tipo dependendo da classe de elementos que o compõem, como o número de
compradores, vendedores e até mesmo a forma organizacional característica que ele possui. A
estrutura de mercado agrupa as características dos compradores e vendedores de um produto,
serviço ou indústria. Assim, considera-se principalmente o número de licitantes e demandantes,
bem como seu poder de negociação.

O mercado é uma entidade que relaciona o indivíduo que está procurando um bem, produto ou
serviço com o indivíduo que o oferece. Da mesma forma, um mercado é o lugar físico ou virtual
onde vendedores e compradores vão para fazer transações, seguindo os princípios de oferta e
demanda.

Para uma melhor compreensão do mercado, dois conceitos importantes devem ser entendidos:
oferta é a quantidade de bens e serviços que os vendedores estão dispostos a oferecer a um
determinado preço. Já a demanda é a formulação expressa de um desejo que é condicionado
pelos recursos disponíveis do indivíduo ou entidade que busca um bem ou serviço.

Componentes da Estrutura do Mercado.

Os principais componentes da estrutura do mercado são:

O número de compradores ou consumidores.

O número de fornecedores concorrentes.

O poder de negociação das partes. Isso será menor para o produtor, por exemplo, se houver
muitos licitantes. Além disso, se houver um grande número de requerentes, será difícil para eles
se organizarem para exigir condições do vendedor.
A facilidade de entrar e sair do mercado. Nesse ponto, devemos lembrar, por exemplo, que no
caso de um monopólio estabelecido pelo governo, os concorrentes são proibidos.

Uniformidade da mercadoria, ou seja, a semelhança do produto oferecido. Quanto maior a


semelhança, menor o poder de negociação de cada empresa.

Tipos de estructuras do mercado.

Em geral, existem dois tipos de estruturas de mercado: as de concorrência perfeita e as de


concorrência imperfeita. Estes últimos também têm vários casos.

Concorrência perfeita: É uma situação irrealista, onde as seguintes condições são atendidas. Há
um grande número de licitantes e demandantes que são aceitadores de preços, ou seja, nenhum
deles em particular tem o poder de influenciar o preço. O produto é homogêneo, então não dá
para diferenciar a mercadoria de um concorrente de outro.

Informação perfeita, o que significa que os consumidores têm dados precisos sobre o produto e os
fornecedores, podendo escolher qualquer um deles. Os custos de transação, que são aqueles
incorridos para realizar a troca, são muito baixos. Não existem barreiras à entrada ou saída de
concorrentes do mercado.

A grande importância da estrutura de mercado baseia-se na sua capacidade de analisar as


diferentes características de um determinado mercado, permitindo que os diferentes agentes
económicos conheçam as hipóteses de sucesso que podem ter ao entrar para participar num
determinado mercado.

Monopólio: Caracteriza-se pelo fato de que existem vários compradores, mas apenas um único
vendedor que tem maior poder de barganha. Assim, ocorrem os seguintes fatos:

- O monopolista estabelece um preço mais alto e uma quantidade menor fornecida em


comparação com a concorrência perfeita.
- Gera-se uma perda de bem-estar. Isso porque há consumidores dispostos a pagar um
preço acima do custo de produção, mas abaixo da tarifa imposta pelo monopolista.
- Portanto, eles não compram o produto.
- Não há bens substitutos, ou seja, o requerente só pode comprar do único licitante.

Oligopólio: Poucos produtores competem no mercado, mais há muitos compradores, com as


seguintes características:

- Os vendedores têm mais poder de barganha do que os demandantes, mais a situação não
é tão desigual como em um monopólio.
- Um dos concorrentes pode ser mais experiente ou maior em tamanho. Ele será chamado
de líder e suas decisões determinarão os movimentos feitos pelos demais licitantes.
- O que um vendedor decide afetará outros e vice-versa, ou seja, há interdependência
Tipos de mercado em Economia.

Existem três classificações clássicas de tipos de mercado de acordo com o setor da economia em
que estão localizados:

Mercado de valores – financeiro.

É um tipo de mercado de capitais que é utilizado para estabelecer negociações tanto de renda fixa
quanto variável, por meio de operações de compra e venda focadas em qualquer tipo de título
que possa ser negociado.

No mercado financeiro, são negociados ativos, produtos e instrumentos financeiros e o preço


público dos ativos é definido pela interação entre oferta e demanda.

Mercado laboral ou de trabalho.

São as relações que se estabelecem entre um grupo de candidatos a emprego e um grupo de


empregadores que demandam determinados perfis profissionais para suas empresas ou projetos.

Dependendo do país, o mercado de trabalho é delimitado por leis que estabelecem alguns
aspectos relevantes como salário mínimo, acordos e benefícios para os trabalhadores, número de
horas de trabalho permitidas, etc.

Mercado de serviços e bens.

Refere-se a todas as transações entre pessoas físicas e jurídicas que tenham por objeto a compra e
venda de produtos ou serviços tangíveis ou intangíveis. É classificado nas seguintes categorias:

Mercado mayorista (atacadista): consiste na venda de grandes quantidades de produtos para


empresas e consumidores. Geralmente, as transações no mercado atacadista ocorrem entre
empresas produtoras de produtos e distribuidores.

Mercado minorista (de varejo): é o mercado que vende diretamente ao consumidor e em


pequenas quantidades.

Mercado intermediário: visa a compra de produtos para posterior revenda.

Mercado Negro.

Não esqueçer que existe um Mercado Negro. O mercado negro ou ilícito consiste no tráfico de
mercadorias proibidas a preços diferentes do mercado legal.

O mercado negro surge em momentos de crise ou períodos de restrições econômicas, dificultando


o acesso a determinados produtos ou serviços. Isso gera o surgimento de um mercado ilegal em
que os fornecedores vendem mercadorias a preços bem acima do seu valor real, mas que acabam
sendo adquiridas porque a demanda assim o exige.

Mecanismos do Mercado.

No mundo da economia, o mecanismo de mercado desempenha um papel fundamental. É o


sistema que permite a interação entre compradores e vendedores, determinando os preços e
quantidades de bens e serviços que são trocados no mercado.

A economia é um conjunto de decisões individuais, políticas governamentais e mudanças globais.


Tudo isso está relacionado ao mecanismo de mercado. Este sistema fascinante e complexo é o
coração vital das nossas sociedades, determinando não só a disponibilidade dos bens e serviços
que tanto valorizamos, mais também o seu preço e, em última análise, quem tem acesso a eles.

O que é um mecanismo de mercado?

Um mecanismo de mercado é o conjunto de forças e variáveis que interagem em um mercado


para determinar os preços e as quantidades de bens e serviços que são comprados e vendidos.
Baseia-se na oferta e na procura, dois conceitos fundamentais da economia.

O mecanismo de mercado é responsável por equilibrar oferta e demanda, determinando assim o


preço de mercado e a quantidade de bens ou serviços trocados. Isso é conseguido através da
interação de compradores e vendedores em um mercado competitivo.

Suas principais características:

Um mecanismo de mercado é o conjunto de forças e variáveis que determinam os preços e as


quantidades de bens e serviços em um mercado.

Baseia-se na oferta e na procura, que representam a quantidade de bens ou serviços que os


produtores estão dispostos a vender e os consumidores estão dispostos a comprar,
respetivamente.

O mecanismo de mercado equilibra oferta e demanda, determinando assim o preço de mercado e


a quantidade trocada.

Os mecanismos de mercado, embora pareçam simples em sua teoria da oferta e da demanda,


contêm complexidade significativa em sua aplicação prática. Esse sistema, que determina como e
a que preço os bens e serviços são trocados, reflete a interação dinâmica entre múltiplos atores
econômicos.

A eficiência desses mecanismos é crucial para o desenvolvimento sustentável das economias, mas
não está isenta de desafios e exige vigilância constante para garantir seu bom funcionamento.
A Procura: Concepto, Lei Econômica de Oferta-Demanda, Curva e Elasticidade – Preço.

A análise da Procura e da Oferta ajuda-nos a compreender a direcção do preço e da quantidade


em resposta a alterações das Procura e da Oferta.

Não basta saber que estamos perante uma alteração da quantidade procurada em resposta a
uma alteração no preço: é importante conhecer a amplitude daquela alteração.

A Elasticidade é um conceito que nos ajuda a compreender aquela medida. A elasticidade da


oferta ou da demanda pode variar de acordo com a duração de tempo com a qual você lida.

A Elasticidade Procura Preço (também designada apenas por Elasticidade da Procura) é definida
como a variação percentual na quantidade procurada provocada por uma variação percentual
unitária no preço.

Pontos Principais.

No mercado de bens e serviços, a quantidade ofertada e a quantidade demandada muitas vezes


são relativamente lentas para reagir às mudanças de preço no curto prazo, mais elas reagem mais
substancialmente no longo prazo.

Como resultado, a demanda e a oferta frequentemente—mas não sempre—tendem a ser


relativamente inelásticas no curto prazo e relativamente elásticas no longo prazo.

Impacto de longo prazo vs. curto prazo.

Muitas vezes as elasticidades são mais baixas no curto prazo do que no longo prazo.

Mudanças que simplesmente não são possíveis de serem realizadas em um curto espaço de tempo
são realizáveis em um período de tempo maior. Do lado da demanda, isso pode significar que os
consumidores eventualmente fazem escolhas de estilo de vida—como comprar um carro mais
econômico para reduzir seu consumo de combustível. E do lado da oferta, isso significa que os
produtores têm tempo para fazer coisas como construir novas fábricas e contratar novos
trabalhadores.

Elasticidade da procura a longo prazo e curto prazo.

Às vezes pode ser difícil mudar a demanda no curto prazo, mas é muito mais fácil no longo prazo.

Elasticidade da oferta e da procura é uma medida que representa o grau de resposta ou de


sensibilidade de cada uma das funções às variações de vários factores económicos, como o preço,
o rendimento, as expectativas e outros.

Por exemplo, vejamos o consumo de energia. No curto prazo, não é fácil fazer mudanças
substanciais no consumo de energia. Talvez você possa ocasionalmente ir de carona ao trabalho
ou ajustar o termostato de sua casa em alguns graus caso o custo da energia aumente, mais isso é
tudo o que você pode fazer. No longo prazo, no entanto, você pode adquirir um carro que faça
mais quilômetros por litro, escolher um trabalho que seja mais perto de onde você mora, comprar
eletrodomésticos de uso mais eficiente de energia ou instalar mais isolamento em sua casa. Como
resultado, a elasticidade da demanda por energia é de alguma forma inelástica no curto prazo,
mas muito mais elástica no longo prazo.

Determinantes da Elasticidade da Procura.

 Principal determinante da elasticidade da procura é a existência de substitutos para o bem


em causa. Um bem que tenha substitutos próximos, tende a ter uma procura elástica
(carne de frango/ carne de porco), enquanto os que não têm substitutos próximos tendem
a ter uma procura inelástica (ovos).
 A resposta da quantidade procurada a uma determinada alteração no preço de um bem,
tende a ser tanto maior quanto maior for a elasticidade desse bem (em valor absoluto).

A Lei da Oferta e da Procura.

A lei da oferta e da procura é o princípio básico em que assenta uma economia de mercado. Este
princípio explica a relação entre a procura de um produto e a quantidade fornecida desse produto,
tendo em conta o preço a que o produto é vendida.

Pontos chave:

- A lei da oferta e da procura é o princípio principal da economia de mercado, ela descreve


como o preço de um bem determina a quantidade desse bem que os produtores estão
dispostos a vender e os consumidores estão dispostos a comprar.
- A lei da oferta estabelece que, mantendo todo o resto constante, a quantidade fornecida
de um bem aumenta com o seu preço, pois preços mais altos incentivam os produtores a
oferecer mais.
- O ponto de equilíbrio no mercado é atingido quando a quantidade fornecida de um bem é
igual à quantidade demandada a um determinado preço.
- É o princípio básico das Economias de Mercado.
- Mostra a relação entre a demanda por um produto, a quantidade fornecida dele e seu
preço de venda.

Teoria da Lei da Oferta e da Procura.

Para falar sobre a teoria da lei da oferta e da procura, é necessário primeiro conhecer as leis da
oferta e da procura. Por quê? Porque essa teoria é o resultado da ligação que existe entre as duas
leis.

A lei da demanda estabelece que, sendo tudo o mais constante (ceteris paribus), a quantidade
exigida de um bem diminui quando o preço desse bem aumenta. Isso porque quanto mais caro for
um bem, menor será o número de consumidores interessados em comprá-lo.
Por outro lado, a lei da oferta estabelece que, sendo tudo o mais constante (ceteris paribus), a
quantidade fornecida de um bem aumenta quando seu preço aumenta. Nesse caso, quanto maior
o preço de um bem, mais rentabilidade ele oferecerá aos produtores e mais interessante será para
eles vendê-lo.

Oferta-demanda e ponto de equilibrio.

Oferta e demanda são duas variáveis básicas para o funcionamento do mercado. Se não houver
oferta, ninguém poderá comprar um bem que não tenha sido produzido. Caso não haja demanda,
ninguém produzirá um bem que sabe que não será vendido.

Relação entre oferta e demanda.

Essas duas variáveis estão relacionadas através do preço. Um preço mais alto reduzirá a demanda
e um preço mais baixo a aumentará, assim como acontece com a oferta, mas ao contrário. Como
resultado, diz-se que os mercados são regulados de forma independente.

Quando um mercado iguala a quantidade demandada à quantidade fornecida a um determinado


preço, ele atinge o que é conhecido como equilíbrio de mercado ou ponto de equilibrio.

Como o ponto de equilíbrio é atingido?

Para entender como o ponto de equilíbrio pode ser alcançado, precisamos falar de duas situações
de excesso:

Excesso de oferta: Quando há excesso de oferta, o preço pelo qual os produtos estão sendo
oferecidos é maior do que o preço de equilíbrio. Portanto, a quantidade fornecida é maior do que
a quantidade demandada. Consequentemente, os licitantes baixarão os preços para aumentar as
vendas.

Excesso de demanda: Por outro lado, quando há escassez de produtos, significa que o preço do
bem ofertado é inferior ao preço de equilíbrio. A quantidade demandada é maior que a
quantidade fornecida. Nesse caso, como os licitantes não conseguirão cobrir toda a demanda pelo
bem, eles aumentarão seu preço a fim de reduzir o número de demandantes e encontrar o novo
ponto de equilibrio.

O Preço.

O preço de mercado é um conceito fundamental na economia, que reflete a interação entre a


oferta e a demanda de um determinado bem ou serviço em um determinado momento. Ele é
estabelecido de acordo com diversos fatores, como custos de produção, concorrência,
preferências dos consumidores e condições econômicas gerais. O preço de mercado de um
produto é o valor pelo qual ele é negociado entre compradores e vendedores em um determinado
momento e local.
É importante ressaltar que o preço de mercado não é fixo e pode variar ao longo do tempo. Por
isso, as empresas precisam estar atentas às mudanças no mercado e ajustar seus preços de acordo
com a demanda e a concorrência. Além disso, é fundamental entender o comportamento dos
consumidores e oferecer um preço competitivo para se destacar no mercado.

Para estabelecer um preço competitivo, as empresas precisam analisar o cenário econômico e


ajustar suas estratégias de precificação de acordo com as tendências do mercado.

Em Economia, a lei da oferta e procura é quem determina a formação de preços no mercado,


entre o preço oferecido e o preço procurado. Neste modelo, os consumidores procuram no
mercado os produtos e serviços que desejam, enquanto as empresas existentes ofertam estes
mesmas produtos.

Os choques, do lado da demanda ou da oferta, podem forjar o preço de mercado de um produto


ou serviço a ser reavaliado. Por exemplo, a escassez de petróleo em um país durante uma
temporada pode fazer com que os preços subam, caindo novamente quando são encontradas
reservas altas em outro país.

Um preço de mercado não é necessariamente um preço justo, é simplesmente um resultado. Não


garante total satisfação por parte do comprador e do vendedor.

Qualquer alteração na oferta ou na demanda afeta o preço de mercado de um item. Se a demanda


permanecer constante, uma diminuição na oferta resultará em um aumento no preço de mercado
e vice-versa.

A Oferta: conceito, lei económica de oferta, curva e elasticidade – preço.

A elasticidade da oferta é um conceito fundamental na economia que mede a sensibilidade da


quantidade ofertada de um bem ou serviço em relação às mudanças no preço. Existem diferentes
tipos de elasticidade da oferta, como a elasticidade preço da oferta, a elasticidade renda da oferta
e a elasticidade cruzada da oferta.

Vários fatores influenciam a elasticidade da oferta, como a disponibilidade de recursos, tecnologia,


custos de produção e tempo. O cálculo da elasticidade da oferta é feito através da fórmula:
variação percentual na quantidade ofertada dividida pela variação percentual do preço.

4 tipos de elasticidade e suas características principais para entender melhor.

A elasticidade da oferta é um conceito de relevância na economia que mede a sensibilidade da


quantidade oferecida de um produto em relação às mudanças nos preços. Existem quatro tipos
principais de elasticidade da oferta, cada um com suas próprias características distintas.

 primeiro tipo é a elasticidade perfeitamente elástica, que ocorre quando a quantidade


oferecida responde infinitamente a qualquer alteração de preço. Isso significa que os
produtores estão dispostos a fornecer qualquer quantidade de produto a um determinado
preço. Este tipo de elasticidade é representado por uma curva horizontal.
 segundo tipo é a elasticidade elástica, onde a quantidade oferecida responde de forma
proporcional às mudanças nos preços. Os produtores estão dispostos a aumentar ou
diminuir a quantidade oferecida, mas não infinitamente. Este tipo de elasticidade é
representado por uma curva mais íngreme do que a perfeitamente elástica.
 terceiro tipo é a elasticidade unitária, onde a quantidade oferecida responde na mesma
proporção às mudanças nos preços. Os produtores estão dispostos a fornecer uma
quantidade específica de produto, independentemente das variações de preço. Este tipo
de elasticidade é representado por uma curva com inclinação de 45 graus.
 quarto tipo é a elasticidade inelástica, onde a quantidade oferecida responde de forma
menos do que proporcional às mudanças nos preços. Os produtores não estão dispostos a
ajustar a quantidade oferecida em resposta às variações de preço. Este tipo de
elasticidade é representado por uma curva quase vertical.

É importante entender os diferentes tipos de elasticidade da oferta para tomar decisões


estratégicas no campo da economia. Ao analisar a elasticidade da oferta de um produto, os
produtores podem ajustar suas estratégias de precificação e produção para maximizar seus lucros.

Para calcular a elasticidade de oferta de um produto ou serviço, é importante entender o conceito


por trás desse indicador. A elasticidade de oferta mede a variação percentual na quantidade
ofertada de um bem em relação à variação percentual no preço desse bem. Em outras palavras, a
elasticidade de oferta indica o quão sensível os produtores são às mudanças de preço no mercado.

Portanto, ao calcular a elasticidade de oferta de um produto ou serviço, é possível avaliar como os


produtores reagem a mudanças de preço no mercado. Isso é fundamental para entender o
comportamento dos agentes econômicos e prever possíveis impactos no equilíbrio de oferta e
demanda.

Quais são os principais fatores que determinam a elasticidade de um produto?

A elasticidade da oferta de um produto é determinada por vários fatores que influenciam a


capacidade dos produtores de responderem às mudanças na demanda. Alguns dos principais
fatores que determinam a elasticidade de um produto são:

1. Substitutibilidade: A disponibilidade de substitutos para um produto afeta diretamente sua


elasticidade. Quanto mais substitutos estiverem disponíveis no mercado, mais elástica será a
oferta do produto.

2. Tempo: O tempo necessário para os produtores ajustarem a quantidade produzida de um


produto em resposta a mudanças na demanda também influencia a elasticidade. Em curto prazo, a
oferta pode ser menos elástica, pois os produtores podem não ter tempo suficiente para alterar a
produção.
3. Custos de produção: Os custos de produção também desempenham um papel importante na
determinação da elasticidade da oferta. Se os custos de produção forem baixos e os produtores
conseguirem ajustar rapidamente a produção, a oferta será mais elástica.

4. Capacidade de produção: A capacidade de produção disponível para os produtores é outro fator


que influencia a elasticidade da oferta. Se os produtores tiverem capacidade ociosa, poderão
aumentar a produção rapidamente em resposta a um aumento na demanda, tornando a oferta
mais elástica.

Em resumo, a elasticidade da oferta de um produto é determinada pela substitutibilidade, tempo


de ajuste, custos de produção e capacidade de produção dos produtores. É importante considerar
esses fatores ao analisar como a oferta de um produto pode responder a mudanças na demanda.

Fatores que afetam a elasticidade-preço da demanda em diversas situações econômicas.

A elasticidade-preço da demanda é um conceito fundamental em economia que mede a


sensibilidade da quantidade demandada de um bem ou serviço em relação às mudanças no preço.
Existem diversos fatores que podem afetar a elasticidade-preço da demanda em diferentes
situações econômicas.

Um dos fatores que influenciam a elasticidade-preço da demanda é a disponibilidade de


substitutos. Quando há mais opções de substituição para um produto, os consumidores tendem a
ser mais sensíveis às variações de preço, tornando a demanda mais elástica. Por outro lado, se um
bem não tiver muitos substitutos, a demanda tende a ser menos sensível às mudanças de preço,
resultando em uma elasticidade-preço da demanda menor.

Outro fator importante é o tempo. Em curto prazo, os consumidores podem ter menos tempo
para se ajustar a mudanças de preço, o que torna a demanda menos elástica. Já em longo prazo,
os consumidores têm mais tempo para encontrar alternativas, o que aumenta a elasticidade-preço
da demanda.

A natureza do bem também influencia a elasticidade-preço da demanda. Bens de primeira


necessidade tendem a ter uma demanda menos elástica, pois os consumidores precisam deles
independentemente do preço. Por outro lado, bens de luxo costumam ter uma demanda mais
elástica, já que os consumidores podem facilmente substituí-los por opções mais baratas.

Além disso, a proporção da renda gasta no bem também afeta a elasticidade-preço da demanda.
Se um bem representa uma grande parte do orçamento do consumidor, ele será mais sensível às
variações de preço, resultando em uma demanda mais elástica.

Elasticidade da Oferta: Tipos, Fatores e Cálculo.

A elasticidade da oferta é um indicador usado na economia para expressar a capacidade de


resposta ou flexibilidade da quantidade oferecida de um produto ou serviço em face de uma
mudança no preço. É necessário que uma empresa saiba com que rapidez e eficácia ela pode
responder às mudanças nas condições do mercado, especialmente às mudanças de preço.

Uma alta elasticidade de oferta torna a empresa mais competitiva do que seus rivais e permite
gerar mais receita e lucros.

No curto prazo, a quantidade de produtos oferecidos pode ser diferente da quantidade fabricada,
porque as empresas possuem estoques que podem acumular ou consumir.

Tipos.

A oferta do produto pode ser descrita como inelástica quando o coeficiente é menor que um; É
difícil para as empresas alterar a produção em um determinado período de tempo. Por exemplo, a
oferta de quartos de hotel é inelástica.

Por outro lado, a oferta pode ser descrita como elástica quando o coeficiente for maior que um; As
empresas podem aumentar facilmente a produção sem aumentar os atrasos nos custos ou nos
prazos. A oferta de livros é elástica.

Fatores que influenciam.

Complexidade de produção.

A elasticidade da oferta depende muito da complexidade do processo de produção. Por exemplo,


a produção têxtil é relativamente simples.

A força de trabalho é altamente qualificada e nenhuma estrutura especial é necessária como


instalações de produção. Portanto, a elasticidade da oferta para os têxteis é alta.

Por outro lado, a elasticidade da oferta para certos tipos de veículos a motor é relativamente
baixa. Sua fabricação é um processo de várias etapas que requer equipamentos especializados,
mão de obra qualificada, uma grande rede de fornecedores e grandes custos de pesquisa e
desenvolvimento.

Se os componentes associados à produção (mão-de-obra, máquinas, capital, etc.) de uma empresa


que fabrica um produto estiverem prontamente disponíveis e a empresa puder alterar seus
recursos para fazê-los fabricar outro produto necessário, pode-se dizer que sua elasticidade da
oferta é alta.

Se o oposto for aplicado, sua elasticidade é baixa. Por exemplo, uma gráfica que pode facilmente
mudar de impressão de revistas para cartões comemorativos tem uma oferta elástica.

Tempo de resposta.

A oferta é geralmente mais elástica a longo prazo do que a curto prazo para os bens produzidos.
Supõe-se que, em longo prazo, todos os componentes da produção possam ser utilizados para
aumentar a oferta. No curto prazo, apenas o trabalho pode ser aumentado e, mesmo assim, as
mudanças podem ser proibitivamente caras.

Por exemplo, um produtor de algodão não pode responder a curto prazo a um aumento no preço
da soja, devido ao tempo que levaria para obter a terra necessária.

Por outro lado, o suprimento de leite é elástico devido ao curto período de tempo desde o
momento em que as vacas produzem o leite até que os produtos cheguem ao mercado.

Disponibilidade de inventário.

Se os estoques de matérias-primas e produtos acabados estiverem em um nível alto, a empresa


poderá responder a uma mudança de preço: sua oferta será elástica.

Pelo contrário, quando os estoques estão baixos, a queda nos estoques força os preços a
aumentar devido à escassez.

Capacidade de produção adicional.

Um produtor com capacidade não utilizada pode responder rapidamente às mudanças de preço
no mercado, assumindo que os componentes de produção estejam prontamente disponíveis.

O excesso de capacidade dentro de uma empresa é indicativo de uma resposta mais proporcional
na quantidade oferecida às mudanças no preço, o que sugere uma elasticidade da oferta. Indica
que o produtor pode responder adequadamente às mudanças no preço para corresponder à
oferta.

Quanto maior a capacidade de produção adicional, as empresas podem responder mais


rapidamente às mudanças de preços. Portanto, quanto mais elástica a oferta, melhor o produto
ou serviço.

O Equilíbrio da Procura e da Oferta.

Definição de Equilíbrio de Mercado.

Equilíbrio de mercado é um estado de mercado em que a oferta do mercado é igual à demanda do


mercado. O preço de equilíbrio é o preço de um bem ou serviço quando a oferta é igual à
demanda no mercado. Se um mercado está em equilíbrio, o preço não mudará, a menos que um
fator externo mude a oferta ou demanda, o que resulta em uma ruptura do equilíbrio.

Quando um mercado está em equilíbrio, o preço de um bem ou serviço tende a permanecer o


mesmo. Equilíbrio é o preço pelo qual a quantidade demandada pelos consumidores é igual à
quantidade fornecida pelos fornecedores. Quando a demanda ou a oferta mudam, entretanto, o
preço e a quantidade de equilíbrio também mudam. É disso que estamos falando nesta lição -
mudanças no equilíbrio do mercado.
Vejamos alguns exemplos de mudanças na demanda e na oferta, incluindo uma ilustração do que
acontece quando a demanda e a oferta aumentam ou diminuem simultaneamente. Antes de
começar, aqui está uma lista útil de todas as mudanças possíveis no equilíbrio que você
encontrará na macroeconomia:

Definição da oferta e da procura no mercado de trabalho.

O mercado de trabalho é determinado pelos princípios da oferta e da procura. Oferta é a


quantidade de mão-de-obra disponível no mercado, e procura é a quantidade de mão-de-obra
exigida pelos empregadores. Quando a oferta de trabalho é maior do que a procura, os salários
diminuem, pois os empregadores podem encontrar mais trabalhadores com salários mais baixos.
Inversamente, quando a procura de trabalho é maior do que a oferta, os salários aumentam à
medida que os empregadores têm de pagar mais para atrair trabalhadores qualificados.

Factores que afectam a oferta de trabalho.

A oferta de trabalho é afectada por vários factores, tais como a saúde da economia, a
disponibilidade de empregos, e as competências e qualificações dos trabalhadores disponíveis.
Numa economia forte, há normalmente uma maior procura de mão-de-obra e mais pessoas à
procura de trabalho, o que pode fazer subir os salários. Em contrapartida, numa economia fraca,
os empregadores têm mais opções e podem pagar salários mais baixos.

Factores que afectam a procura de trabalho.

A procura de trabalho é afectada por factores como a dimensão e a taxa de crescimento da


economia, os avanços tecnológicos, e a disponibilidade de capital. Quando a economia está a
crescer, as empresas tendem a expandir-se e a exigir mais trabalhadores. Além disso, os avanços
na tecnologia podem reduzir a procura de certos tipos de mão-de-obra, enquanto a
disponibilidade de capital pode ajudar as empresas a investir em tecnologias que poupam mais
mão-de-obra.

Como a oferta e a procura afectam os níveis salariais.

A interacção entre a oferta e a procura afecta os níveis salariais no mercado de trabalho. Quando a
oferta de trabalho é maior do que a procura, os salários tendem a diminuir, uma vez que os
empregadores podem encontrar mais trabalhadores dispostos a trabalhar com salários mais
baixos. Pelo contrário, quando a procura de trabalho é maior do que a oferta, os salários tendem a
aumentar, uma vez que os empregadores têm de pagar mais para atrair trabalhadores
qualificados.

Como a oferta e a procura afectam a segurança do emprego.

O equilíbrio entre a oferta e a procura também afecta a segurança do emprego no mercado de


trabalho. Quando a oferta de trabalho é maior do que a procura, os empregadores podem ser
mais selectivos na contratação e podem optar por dispensar os trabalhadores que não estão a
corresponder às suas expectativas. Pelo contrário, quando a procura de trabalho é maior do que a
oferta, os empregadores têm menos escolha e têm de manter os seus empregados de modo a
satisfazer as suas necessidades de trabalho.

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