Coccidiose em aves
Etiologia:
Eimeria (Filo Apicomplexa),
Seres unicelulares,
Parasitos
Intracelulares obrigatórios que infectam galinhas e outros animais, exceto
seres humanos,
Ocorrendo com maior intensidade nos meses mais quentes do ano.
Existem sete espécies de Eimeria que ocasionam a Coccidiose nas galinhas.
PERÍODO PRÉ PATENTE: o tempo entre a infecção inicial e a
eliminação dos primeiros oocistos (forma de resistência do
parasito) nas fezes
Etiologia:
As espécies de Eimeria são monoxênica/monogenética, ou
seja, apresentam apenas um único hospedeiro em seu
ciclo de vida.
Fatores predisponentes
Umidade
Temperatura
Oxigênio
Oocisto: grande resistência no ambiente
Re-utilização de cama (sem tratamento)
Anticoccidiano: subdosagem, pode causar resistência
Elevadas densidades
Imunossupressão
Gaiolas em andares
Ingestão oral da forma de resistência madura – oocisto
Ciclo de vida: contendo no seu interior 4 esporocistos com 2 esporozoítos
em cada esporocisto.
o oocisto sofre a ação mecânica da moela, liberando os
esporocistos que se desloca para a parte anterior do intestino
Duodeno sofre ação da tripsina e sais biliares libera
esporozoítos para o lúmen intestinal
Penetram nas células intestinais e se transformam em formas
arredondadas – trofozoítos
Os esporozoítos invadem ativamente a célula
hospedeira, formando um vacúolo parasitóforo, geralmente
em um enterócito, células da lâmina
própria ou criptas epiteliais ao longo do sistema digestivo,
Merogonia: os esporozoítos adquirem uma forma
arredondada e transformam-se em meronte uninucleado ou
trofozoíto. Divisões mitóticas por um processo denominado
merogonia. conjunto de merozoítos recebe o nome de
meronte ou esquizonte.
Gamogonia: os merozoítos da 2º, 3º ou 4º geração de
Merogonia penetram em novas células hospedeiras e
iniciam a fase sexuada do ciclo endógeno, diferenciando-se
em gamontes masculinos (microgamontes) e gamontes
femininos (macrogamontes). O macrogameta é fertilizado
pelo microgameta para formar o zigoto e mais tarde a
parede do oocisto que é liberado na luz intestinal
Esporogonia: os oocistos imaturos liberados na luz intestinal e
eliminados para o meio exterior juntamente com as fezes irão
sofrer um processo de esporogonia, isto é, divisão meiótica seguida
de divisão mitótica, dando origem a oito esporozoítos, em número
de dois dentro de cada esporocisto, sob condições ideais de
temperatura (28-30 °C), oxigenação e umidade do ambiente.
Apenas os oocistos esporulados são infectantes ao hospedeiro
Sinais clínicos
Desempenho ruim (sub-clínico)
Queda no consumo alimentar
Conversão alimentar ruim
Despigmentação de bico, pernas
Diarreia hemorrágica
Morbidade/mortalidade
Desuniformidade
Reprodutivos
Mortalidade em machos –
Desbalanço na proporção macho/fêmea
Queda na produção de ovos férteis
Ovos de má qualidade (Cálcio)
Patogenia
Eimeria acervulina
Invade as células epiteliais do duodeno indo até as porções médias do ID
Processo inflamatório circundando as formas evolutivas
Estrias transversais esbranquiçadas na mucosa do epitélio intestinal
Produz grande quantidade de oocistos
Pouco imunogênica
Ocorre mais severamente no
duodeno e decresce até a parede mediana
do intestino delgado. Invade apenas as
células epiteliais.
Eimeria maxima
Oocisto de maior tamanho
Região média do Intestino delgado
Localização profunda – regiões dos vasos/ mucosa e submucosa
Enterite hemorrágica
Mortalidade: 50% experimentalmente
Pontos esbranquiçados e hemorrágicos visíveis externamente
Fezes semelhante à extrato de tomate
Principalmente nas
células epiteliais da
região média do
intestino delgado,
além de apresentar
lesões no duodeno e
íleo.
Eimeria tenella
Localização: cecos
Processo inflamatório hemorrágico
Fezes com sangue
Mortalidade e morbidade altas
Principalmente o
ceco, podendo ocorrer
em áreas adjacentes
do sistema digestivo em
raras ocasiões.
Atinge
inicialmente as células
epiteliais da mucosa e
tardiamente as células
da submucosa do ceco
Hemorragia na luz do ceco no quarto e quinto
dias após infecção
Eimeria necatrix
Mais patogênicas das eimérias!!!
Localização profunda
Presença de pontos esbranquiçados e hemorrágicos
Espessamento da parede intestinal – aspecto de “linguiça”
Coágulo de sangue misturado com restos celulares nas fezes
Mortalidade e morbidade elevada
Fase assexuada: porção média do ID
sexuada: cecos
Diagnóstico
Lesões macro e microscópicas
Exame de parasitológico
PCR
Controle
Cuidados básico com manejo de higiene no galpão para evitar a propagação
de oocistos.
Tratamento correto da cama do aviário
Vazio sanitário
Controle de umidade no galpão
Controle da densidade de aves no galpão.
Prevenção
O uso preventivo de medicamentos anticoccidianos são adotados na maioria
das granjas de criação de frangos de corte no Brasil, apesar da pouca eficácia
desses medicamentos devido a resistência parcial ou total dos parasitos a
essas drogas.
Três tipos de programa:
1.Programa “cheio”: uso de um único medicamento em todo o período da criação;
2. Programa “dual”: uso de dois tipos de drogas;
3. Rotação de drogas: uso de um tipo de droga durante um período e a troca para outro
produto depois desse período e assim por diante;
Prevenção
Ionóforos Produtos químicos
Lasalocida Clopidol
Maduramicina Diclazuril
Monensina Metil benzoquato
Narasina Nicarbazina
Salinomicina Robenidina
Senduramicina
Combinados
Nicarbazina + Maduramicina
Nicarbazina + Narasina
Nicarbazina + Senduramicina
Nicarbazina + Salinomicina
Metilbenzoquato + Clopidol (ambos químicos)
Vacinação
Importante controle das coccidioses:
As vacinas vivas atenuadas apresentam-se como melhor opção, uma vez que
não apresentam quadro clínico aparente de coccidiose às aves.
São usadas tanto em aves reprodutoras ou poedeiras contendo todas as
espécies, como em frangos de corte (geralmente oocistos de E. acervulina, E.
maxima e E. tenella).
Vias de aplicação em frangos de corte (inalação, spray, água de beber)
1. Vacina: Paracox® 2. Vacina: Paracox® 5 3. Vacina: Livacox® Q
País de origem: Reino País de origem: Reino País de origem:
Unido Unido República Checa
Produção: Schering Produção: Schering Produção: Biopharm
Plough Plough Tipo de parasito:
Tipo de parasito: Tipo de parasito: Atenuado
Atenuado Atenuado Inoculação: Oral
Inoculação: Oral Inoculação: Oral Ave vacinada:
Ave vacinada: Todas as Ave vacinada: Frango de Reprodutora e poedeira
classes de aves corte, reprodutora, Espécies incluídas: E.
Espécies incluídas: matrizes acervulina, E .maxima,
Todas as espécies Espécies incluídas: E. E. tenella,
acervulina, E. maxima, E. necatrix
E.tenella,
E. mitis