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Assimetrias de Poder na Militância

entre Gays e Lésbicas1

T ÂNIA P INAFI 2

Neste artigo é realizada uma breve narrativa de algumas das trajetórias


seguidas pela militância política de gays e lésbicas no Brasil. Considera-se que
os discursos estão marcados pelas linhas de poder, que atravessam as subje-
tividades, construídas dentro de uma norma andro-heterocentrada e homo-
fófica. Trabalham-se aqui as assimetrias de poder, calcadas no sexismo, entre
os militantes, gays e lésbicas, em suas lutas contra a opressão resultante de
uma sociedade heteronormativa. As reflexões expostas neste trabalho visam
a colaborar com o debate a respeito das vivências entre lésbicas e gays no
movimento social.
O sistema androcêntrico se estabelece em bases assimétricas de poder
hierárquicas que oprimem as mulheres. A sexualidade está orientada pela
perspectiva da complementaridade entre homens e mulheres, com base no
sexo biológico. Além disso, valores e hierarquias sociais se relacionam ao sexo
biológico, impulsionando todos em direção à sexualidade “positiva”, ou seja,
à heterossexualidade. Diante desse quadro, a lésbica, ao ir contra a hegemonia
do sistema heterossexual, acaba por ser estigmatizada, já que recusa o homem
em sua relação mulher/mulher.

1. Trabalho baseado na pesquisa de iniciação científica “Trilhando os Caminhos dos Movi-


mentos de Lésbicas no Brasil”, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (Fapesp).
2. Universidade Estadual Paulista.

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Tânia Pinafi

Algumas das representações negativas atribuídas às lésbicas nos dis-


cursos são: “machonas, viragos, feiosas, mal-amadas” (Navarro-Swain, 2002).
Estas são utilizadas para depreciar as mulheres lésbicas, situando-as como se-
res que tentam imitar o homem ou que estão fora do paradigma da feminilidade.
Ao versar sobre as relações sociais de sexo intergêneros, Welzer-Lang
(2001, p. 468) diz que “o duplo paradigma naturalista que define, por um lado,
a superioridade masculina sobre as mulheres e, por outro lado, normatiza o
que deve ser a sexualidade masculina produz uma norma política andro-
heterocentrada e homofóbica”. Nesse sentido, a não conformidade da vivência
lésbica com os padrões andro-heterocêntricos levam-na a ser duplamente
discriminada, por ser mulher e homossexual.
Em 1980, Adrienne Rich escreveu um famoso texto intitulado: Hetero-
sexualidad obligatoria y existência lesbiana. Nele, a autora trabalha com o
conceito da “heterossexualidade compulsória” para dar visibilidade a mais
uma das formas de opressão que recaem sobre as mulheres e que entrava o
potencial emancipatório destas. Ao considerar as homossexualidades femi-
nina e masculina, ela diz que:

A las lesbianas se las ha privado históricamente de existencia política,


al “incluirlas” en una versión femenina de la homosexualidad masculina.
Igualar la existencia lesbiana a la homosexualidad masculina porque las
dos están estigmatizadas, es borrar la realidad femenina una vez más.
Parte de la historia de la existencia lesbiana se encontrará, evidente-
mente, donde las lesbianas, al faltarles una comunidad femenina
coherente, han compartido un topo de vida social y de causa común con
los hombres homosexuales. Pero hay diferencias: la falta femenina de
privilegios económicos y culturales en comparación con los hombres; las
diferencias cualitativas entre las relaciones femeninas y masculinas –
por ejemplo, los modelos de sexo anónimo entre hombres homosexuales
y la importancia del envejecimiento en los cánones homosexuales
masculinos relativos al atractivo sexual (Rich, 1986, p. 67).

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Assimetrias de Poder na Militância entre Gays e Lésbicas

Investigar a história dos movimentos de lésbicas no Brasil é escavar as


memórias subterrâneas que se encontram escondidas por baixo da grande
bandeira do movimento homossexual, já que a maior parte das publicações
científicas aborda a questão da homossexualidade masculina. Marsiaj diz que:

Esse desequilíbrio se deve à escassez de material disponível sobre a


condição e evolução da comunidade lésbica no Brasil. Acredito que tal
escassez está ligada, em parte, ao fato de mulheres terem sido histo-
ricamente relegadas à esfera privada (impedindo assim que se desen-
volvessem comunidades de caráter mais público, como foi o caso entre
homossexuais masculinos) e também ao silêncio que envolve a sexua-
lidade feminina de maneira geral, ambos os fenômenos decorrentes de
uma ordem patriarcal (2003, p. 135).

Se os dados sobre os caminhos percorridos pelas lésbicas são parcos,


as discussões acerca das especificidades da relação entre os militantes homos-
sexuais – os gays e as lésbicas – são quase inexistentes. O hiato acerca das
práticas discursivas desenvolvidas na convivência entre lésbicas e gays têm
invisibilizado as assimetrias de poder calcadas no machismo, na misoginia e
na lesbofobia3. Foucault (2000) define as práticas discursivas como:

[...] um conjunto de regras anônimas, históricas, sempre determinadas


no tempo e no espaço, que definiram, em uma dada época e para uma
determinada área social, econômica, geográfica ou linguística, as con-
dições de exercício da função enunciativa (Foucault, 2000, p. 136).

Em cada momento histórico, os regimes instituídos definem as possibi-


lidades de enunciação que ditam o que pode e deve ser visibilizado ou invisi-
bilizado discursivamente. No Brasil, na década de 1980, com o advento dos

3. A lesbofobia é um termo empregado para caracterizar os efeitos maléficos da hierarquia da


heteronormatividade que incidem sobre as mulheres de orientação sexual homossexual e com
práticas homoeróticas.

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Tânia Pinafi

movimentos sociais pela luta contra a opressão resultante de uma sociedade


heteronormativa, apesar desta luta ser comum tanto aos gays quanto às lés-
bicas, as assimetrias de poder existentes entre eles passaram a causar disputas
no relacionamento interpessoal. Ao trabalharem conjuntamente com os gays,
as lésbicas notaram que havia uma grande diferença entre ser uma mulher lés-
bica e ser um homem gay em uma sociedade androcêntrica, patriarcal e
machista. Isto porque a sociedade privilegia socialmente os homens, ainda que
sejam eles gays (Welzer-Lang, 2001).
Gimeno (2005), ao analisar o Movimento de Lésbicas na Espanha, clari-
fica o jogo de poder que envolveu a militância de gays e lésbicas, dizendo que:

Durante toda la época de los 80, la militancia política de lesbianas y gays


discurre de manera separada. Las lesbianas detectan comportamientos
claramente misóginos entre los gays, así como una auténtica falta de
interés de éstos hacia las reivindicaciones de aquéllas, y por ello se resis-
ten a incorporarse a las asociaciones presuntamente mixtas (Gimeno,
2005, p. 195).

A militância conjunta de gays e lésbicas no Brasil esteve marcada por


uma série de confrontos vinculados a certos traços de machismo e lesbofobia,
como se pode observar na citação que segue:

[...] confrontos reais entre atores dos movimentos feminista e gay bra-
sileiros – aí incluídas situações de antagonismo que, no limite, chegaram
à violência física, à expulsão de lésbicas de grupos feministas e de grupos
gays e a episódios de misoginia explícita, ainda que muitas vezes gera-
dos nos marcos de esforços de desenvolvimento de ações conjuntas
(Okita, 1981; Míccolis, 1983) – parecem ter gerado ressentimentos a
serem ainda superados. Tais ressentimentos coletivamente vivenciados
e com frequência reatualizados em alguma medida podem dificultar
trocas intelectuais entre os estudos de gênero e os estudos gays e lésbicos
(Góis, 2003, p. 11).

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Assimetrias de Poder na Militância entre Gays e Lésbicas

Um dos fatores que tiveram influência sobre os confrontos entre gays


e lésbicas foi a crença no igualitarismo. Por esta visão, diferenças de classe,
sexo, gênero e etnia seriam subjugadas perante a luta comum contra a opres-
são característica da sociedade heteronormativa, o que os levou a desconsi-
derar as assimetrias de poder.
O primeiro grupo homossexual organizado surgiu em maio de 1978 e
se intitulou Núcleo de Ação pelos Direitos Homossexuais. Algum tempo depois
o grupo alterou o título para: SOMOS – Grupo de Afirmação Homossexual4, a
princípio formado exclusivamente por homens. Logo no começo de 1979, o
SOMOS foi convidado a participar de uma semana de debates na Universidade
de São Paulo sobre: “O caráter dos movimentos de emancipação”. A ampla
visibilidade advinda da publicidade do evento favoreceu o ingresso de novos
integrantes, dentre eles as primeiras mulheres.
As lésbicas no grupo SOMOS foram convidadas pelo jornal Lampião da
Esquina a redigir uma matéria sobre lesbianidade dois meses após seu ingres-
so. Em decorrência deste trabalho, as militantes estreitaram laços entre si e
algumas reivindicaram a formação de um grupo exclusivamente feminino,
dividindo opiniões. Míriam Martinho, que militou neste período relata que:

A partir de reuniões, exclusivamente femininas, organizadas com o


objetivo de escrever um artigo sobre lesbianismo, para o Lampião de
maio de 79, algumas de nós sentiram a necessidade de criar um
subgrupo, só de mulheres, dentro do SOMOS, não apenas pela consciência
de nossa especificidade, enquanto mulheres e lésbicas, mas também
para fazer frente ao machismo dos “bichas” (como costumávamos
chamá-los), que não era brincadeira (Um Outro Olhar, São Paulo, n. 9,
nov.-jan. 1990, p. 8).

4. Para maiores informações acerca da formação do Grupo SOMOS, ver: Edward Macrae, O
Militante Homossexual no Brasil da “Abertura”, São Paulo, Universidade de São Paulo/
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Tese de Doutorado, 1985.

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Tânia Pinafi

Os homens que já haviam tido contato com a ideologia feminista foram


solidários à formação do subgrupo lésbico; no entanto, outros “criticaram a
proposta alegando que era ‘divisionista’ e lamentando a perda de um contato
tão novo e valioso com lésbicas, até então vistas por alguns como seres to-
talmente estranhos” (Macrae, 1990, p. 246). A reunião das lésbicas em um
subgrupo dividiu opiniões tanto entre os homens quanto entre as mulheres.
A despeito das opiniões divididas foi formado o Subgrupo Lésbico-
feminista, composto pela maioria das lésbicas do SOMOS, com exceção de
algumas que preferiram continuar a frequentar reuniões junto aos homens até
se desvincularem totalmente do grupo.
Um dos fatores relacionados à leitura que as lésbicas fizeram do machis-
mo se referia alcunha “racha” utilizada pelos gays em referência às lésbicas.
Segundo MacRae (1990, p. 260): “Este termo é de uso comum no gueto homos-
sexual masculino e sua carga de misoginia é transparente, dando a entender que
as mulheres seriam defeituosas de alguma forma”. Outro fator que demarcou
diferenças foi o fato de elas se encontrarem muito dispersas dentro do SOMOS:
“Como a gente percebeu que existe uma pressão impedindo as mulheres de se
aglutinarem, a gente achou que um dos fatores disso seria o comportamento
machista das bichas” (Lampião da Esquina, Rio de Janeiro, ano 2, n. 16, set.,
1979, p. 8). Tais fatos consequentemente levaram à invisibilização do con-
tingente feminino dentro do grupo misto e ao reconhecimento da existência de
especificidades entre a homossexualidade masculina e a feminina.
O I Encontro de Grupos Homossexuais Organizados (EGHO), realizado
em abril de 1980, na USP, reuniu cerca de duzentas pessoas. O temário definido
para o EGHO contou com doze temas gerais preestabelecidos, sendo um deles:
“A questão lésbica. O machismo entre homossexuais e papéis sexuais”. Este
debate foi o que aglutinou o maior número de participantes, “mais de setenta
pessoas, aproximadamente, 36 homens e 35 mulheres” (sic)5. Os integrantes

5. EGHO. A Questão Lésbica. O Machismo entre Homossexuais e Papéis Sexuais. 1ª parte.


(Relator do grupo 2: Leila Míccolis. Participantes: Grupo de Ação Lésbico-feminista, Fração Gay
da Convergência Socialista, SOMOS e Grupo Auê), 1980.

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Assimetrias de Poder na Militância entre Gays e Lésbicas

dos diversos grupos que compunham o debate versaram sobre o machismo


concluindo que ele “não é propriedade masculina, mas sim uma instituição
autoritária utilizada como relação de poder não só, mas principalmente pelos
homens”6.
Ao utilizar a sistematização sucinta dos EGHO s, de 1980 até 1997,
produzida por Facchini (2005), encontrou-se nova discussão acerca do ma-
chismo em 1993. A proposta dos grupos que compunham a comissão orga-
nizadora da VII Reunião de Grupos Homossexuais propôs a inclusão da pala-
vra lésbica no título do encontro, o que produziu enormes debates, conforme
o relato que segue:

A inserção da palavra, proposta por nós da Rede de Informação Lésbica


Um Outro Olhar, com apoio do grupo Deusa Terra, de ativistas lésbicas
independentes, e dos grupos mistos Etcetera e Tal e Grupo de Homos-
sexuais do Partido dos Trabalhadores, esbarrou na oposição irada do
machismo gay verde-amarelo. Foi necessário realizar uma consulta na-
cional junto aos grupos gays e mistos, colher cartas de apoio do Movi-
mento Feminista bem como de grupos e ativistas lésbicas do Brasil e do
exterior para conseguir conquistar um direito que, em outros países, é
coisa de um passado arcaico. [...]
Assim sendo, sobraram ataques de baixo nível à comissão organizadora
e, em especial, à Rede, embora nem tudo tenham sido pedras. Não
faltaram também, por exemplo, momentos hilários como quando Luiz
Mott, do Grupo Gay da Bahia, cismou que tínhamos que declarar se
éramos lésbicas ou homossexuais, ou como quando o representante do
Triângulo Rosa, João Antônio Mascarenhas, do Rio, nos acusou de
querer formar um Movimento Lésbico. (O preconceito, quando não
mata, chega a ser cômico) (Um Outro Olhar, São Paulo, n. 21. verão/
outono 1994, p. 16).

6. Idem.

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Tânia Pinafi

Após debates acirrados entre os grupos, ficou decidido que o encontro


seria denominado como: VII Encontro Brasileiro de Lésbicas e Homossexuais
(EBLHO). É digno de nota que uma das resoluções do VII EBLHO definiu que os
encontros seguintes teriam o título de Encontros Brasileiros de Gays e Lés-
bicas7. Do VII EBLHO, que trouxe em seu título primeiro uma referência às
lésbicas e depois aos homossexuais, foi-se a uma nova nomeação que inverteu
a disposição dos sujeitos quando colocou os gays no primeiro plano.
Entre as deliberações do VII EBLHO se encontram: “II. O debate sobre a
questão de gênero deverá ser permanente dentro dos grupos lésbicos, gays e
mistos; III. Deverá haver paridade entre gays e lésbicas no nível do movimento
em geral” (Um Outro Olhar, São Paulo, n. 21, verão/outono 1994, p. 17).
Apesar dos avanços nas discussões entre os segmentos de gays e
lésbicas, elas estavam cientes de que haviam “(re)introduzido a questão de
gênero dentro do verdadeiro ‘clube do bolinha’ em que se transformou o
Movimento Homossexual Brasileiro dos últimos anos”8, e que por isso ainda
tinham muito trabalho pela frente. Ao versarem sobre essa questão dizem que:

[...] a simples inserção da palavra lésbica no nome do encontro não vai


mudar o machismo arraigado e obtuso existente no movimento. Nem
mesmo a decisão de implementar-se a discussão de gênero vai transfor-
mar a atual situação da noite para o dia, principalmente porque, se
homens e mulheres homossexuais que não percebem as diferenças de
gênero discutem apenas entre si, o debate tende a acabar em pizza. Será
preciso muita paciência e uma boa estratégia de veiculação de informa-
ções sobre o tema para efetivar uma real mudança. De qualquer forma,
o primeiro passo foi dado (Um Outro Olhar, São Paulo, n. 21, verão/
outono 1994, p. 19).

7. Um Outro Olhar, São Paulo, n. 21. verão/outono, 1994.


8. Idem, p. 17.

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Assimetrias de Poder na Militância entre Gays e Lésbicas

A primeira menção ao machismo e à misoginia dos gays pelas lésbicas


ocorreu em 1979, sendo novamente reiterada na década de 1990. Em meados
de 2008 assistiu-se a alteração das siglas da Conferência Nacional, de GLBTT
para LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), visando
contemplar uma antiga reivindicação do segmento de lésbicas. Esta demanda
lésbica vem justificada pelo desejo de serem mais visibilizadas, entre os outros
participantes (GBTT) e perante a sociedade.
Como se pode observar por este breve relato, a trajetória da militância
entre gays e lésbicas está permeada por conflitos que duram quase três déca-
das. Analisar as redes de poder envoltas por certos traços de machismo e miso-
ginia apresentados nos discursos viabiliza trazer novos olhares sobre as estru-
turas de poder que têm invisibilizado a lesbianidade. Além disso, previamente
às reflexões acerca dos discursos gays e lésbicos em busca de emancipação
social, política e cultural, é importante que se analise as redes discursivas pro-
duzidas entre estes atores sociais para assim poder melhor compreender os
rumos do movimento.

Referências bibliográficas

EGHO. A Questão Lésbica. O Machismo entre Homossexuais e Papéis Sexuais. 1ª parte.


(Relator do grupo 2: Leila Míccolis. Participantes: Grupo de Ação Lésbico-
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Periódicos

Jornal Lampião da Esquina, Rio de Janeiro, ano 2, n. 16, set. 1979.


Revista Um Outro Olhar, São Paulo, n. 9, nov.-jan. 1990.
Revista Um Outro Olhar, São Paulo, n. 21, verão/outono 1994.

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