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OSTOMIAS E DRENOS

PROFª & ENFª: EDUARDA MONFORTE


OSTOMIAS

 As ostomias, ostoma, estoma ou estomia são palavras de origem grega que significa “boca”, “abertura”, ou orifício.
Consistindo então em um procedimento cirúrgico para abertura de um órgão ou viscera oca para o meio
externo, onde ocorre uma comunicação do meio interno com o externo.
 As ostomias podem ser feitas no sistema digestório, vias urinárias e respiratórias.
 Elas podem ser temporárias ou definitivas.
TIPOS DE OSTOMAS

Eliminação: Colostomia, Ileostomia e urostomia.


Nutrição: Gastrostomia e jejunostomia.
Respiração: Traqueostomia
ESTOMA INTESTINAL E URINÁRIO

 O que é?
É a abertura cirúrgica no abdome para drenagem do efluente fecal ou urinário.

 Tipos:
 Colostomia- Realizada no instestino grosso para drenagem das fezes;
 Ileostomia- Realizada no intestino delgado para drenagem das fezes;
 Urostomia- desvio de urina através de um conduto ileal.
FISIOANATOMIA DO TRATO GASTRO INTESTINAL (TGI)
INTESTINO DELGADO

 Segmento mais longo do TGI, com cerca de 7m de comprimento.


 Local onde ocorre a principal parte da digestão: SECREÇÃO e ABSORÇÃO.
 POSSUI 3 PARTES:

DUODENO: parte proximal, onde ocorre a neutralização do quimo pela secreção das glândulas de Brunner

(substâncias ricas em bicarbonato). Possui o ducto biliar que secreta a bile e secreções pancreáticas.
JEJUNO: porção média do intestino delgado. Onde ocorre o início da absorção dos nutrientes.

ÍLEO: parte distal, termina na válvula íleocecal que controla o fluxo de substâncias e impede o refluxo de bactérias
para o intestino delgado.
INTESTINO GROSSO

 FUNÇÕES: absorção de água, síntese de vitaminas, armazenamento e eliminação (fezes).


 CECO: maior calibre, se comunica com o íleo. Onde existe a válvula íleocecal que impede o refluxo do conteúdo
proveniente do intestino delgado. No fundo do ceco há o apêndice vermiforme.
 CÓLONS: colo ascendente (segunda porção); transverso (mais largo e móvel) ; descendente; e sigmóide (alça em
forma de “S”, une o colon descendente ao reto, e se prolonga do ceco ao ânus).
 RETO: termina ao perfurar o diafragma da pelve passando a se chamar canal anal. No canal anal é os esfíncteres
anais.
ESTOMAS INTESTINAIS

 TEMPORÁRIAS: desvio do transito intestinal para proteção de anastomoses distais (alto risco de deiscência e
trauma anoretoperineal).
 • DEFINITIVAS: substituição da perda da função esfincteriana.
 • TERMINAIS: definitivas, confeccionadas em uma boca.
 • EM ALÇA: provisórias, possibilitam a reconstrução do trânsito sem necessidade de laparotomia. Abertura do
segmento em duas bocas.
TIPOS DE ESTOMAS INTESTINAIS

 ILEOSTOMIA: exteriorização do segmento ileal no abdome; geralmente posicionado no quadrante inferior direito
(QID); o efluente é líquido, passando para pastoso e altamente corrosivo; a eliminação é frequente e de grande
volume.
TIPOS DE ESTOMAS INTESTINAIS

 COLOSTOMIA: exteriorização do segmento cólico na parede abdominal.

 CÓLON ASCENDENTE: efluente líquido ou pastoso (QID).


 CÓLON TRANSVERSO: efluente pastoso a semiformado (QID, QSD ou QSE).
 CÓLON DESCENDENTE ou SIGMOIDE: efluente sólido e formado (QIE).
TEMPORÁRIA OU DEFINITIVA / QUAL A DIFERENÇA?
TIPOS DE COLOSTOMIA
TIPOS DE COLOSTOMIA

Colostomia Colostomia Colostomia em Colostomia


terminal Hartman alça dupla boca
(reversível)
TIPOS DE COLOSTOMIA

A alça de plástico
no estoma será
removida após 7
ou 10 dias da
cirurgia, para que
não ocorra
retração do
estoma.
ESTOMAS INTESTINAIS - INDICAÇÕES

Colostomia Ileostomia

 Câncer colorretal;  Proteção de anastomose;


 Doença de chagas;  Doença inflamatória;
 Doença de chron;  Isquemia intestinal;
 Malformações congênitas;  Trauma;
 Proteção de anastomose distal;  Doenças congênitas (obstruções/ atresias/ dismotilidade grave);
 Trauma;  Doenças que exijam amputação total do colon e do reto.
 Incontinência grave intratável;
 Paliativa em obstrução de prognóstico grave.
FISIOANATOMIA DO TRATO URINÁRIO

 A urostomia é a criação de uma via artificial (estoma) entre os condutos urinários e a parede abdominal, por
onde a urina passará para uma bolsa coletora e ali será armazenada.
 Os canais que ligam as vias urinárias à parede abdominal podem ser confeccionados através de uma parte do
intestino, pelos ureteres ou até mesmo pela bexiga, havendo também a possibilidade de um canal diretamente nos
rins (nefrostomia).
 A urostomia deve ser temporária em casos de refluxo urinário e megauretra; Deve ser permanente em casos de
câncer de bexiga e incontinência por atrofia de bexiga, carcinoma uretral e cistite intersticial.
OSTOMIAS DE ELIMINAÇÃO
CUIDADOS PÓS OPERATÓRIO

 Avaliar impacto físico e emocional;


 Auxiliar a superação do medo e das dificuldades iniciais para olhar e manipular o estoma;
 Atentar-se aos sinais de complicações precoces: SANGRAMENTOS ou HEMORRAGIAS, sinais de ISQUEMIA ou
NECROSE de alça, sinais de INFECÇÃO; distúrbios hidroeletrolíticos comuns nas ileostomias (comunicar ao
cirurgião).
 Esvaziar a bolsa quando um terço da sua capacidade estiver ocupada: BOLSAS FECHADAS (trocar a bolsa);
BOLSAS ABERTAS (esvaziar a bolsa no vaso sanitário, realizar a limpeza e em seguida fechar com pinça própria ou
dobraduras com conectores plásticos ou velcro);
 Nos primeiros dias usar bolsas transparentes para facilitar o controle visual do estoma e efluentes. Mais tarde
usa-se bolsas opacas;
CUIDADOS PÓS OPERATÓRIO

 Avaliar o estoma quanto: a posição, perfusão, protrusão, sangramento, suturas, volume e aspecto dos efluentes,
adequação e aderência do sistema coletor;
 Fazer primeira troca do coletor após 48-72h;
 Demonstrar as técnicas de autocuidado: higiene, inspeção do estoma, esvaziamento e troca do coletor;
 Ensinar a prevenir e identificar complicações no estoma ou na pele periestoma.
CUIDADOS COM O OSTOMA

 Materiais necessários

 Caneta hidrográfica;
 Equipamento de Proteção Individual - EPI;
 Pacotes de gazes e algodão;
 Carro de curativo, mesa fixa ou bandeja fixa;
 Solução fisiologia a 0,9%;
 Bolsa coletora, de acordo com o caso do paciente;
 Álcool 70%;
 Protetor cutâneo estabelecido pelo CCIRAS;
 Luva de procedimento;
 Guia de mensuração da ostomia ou pedaço de
 Forro impermeável;
plástico transparente;
 Recipiente plástico graduado;
 Tesoura de ponta romba;
 Biombo.
CUIDADOS COM O OSTOMA/ DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

 Ler o prontuário do paciente para certifica-se do procedimento;


 Lavar as mãos, conforme orientação;
 Reunir material em bandeja ou mesa fixa;
 Apresentar-se e orientar paciente e/ou acompanhante sobre o procedimento que vai ser realizado;
 Avaliar para verificar se será realizado apenas limpeza da bolsa de colostomia ou também a troca da bolsa e
limpeza do ostoma;
 Posicionar adequadamente o paciente para o procedimento;
 Proteger a privacidade do paciente fazendo uso do biombo e expondo apenas a área abordada;
 Utilizar os equipamentos de proteção individual;
CUIDADOS COM O OSTOMA / DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

 Proceder a avaliação da ostomia observando as características gerais do local como cor, aspecto, forma, protrusão,
tamanho e ocorrência de lesões e verificar o tipo de bolsa coletora a ser utilizada;
 Proceder a limpeza do estoma, com solução fisiológica 0,9%, irrigando abundantemente para retirar todo o
resíduo presente;
 Embeber gazes com solução fisiológica a 0,9% e faça movimentos circulares em volta do estoma e pele da região
proximal;
 Realizar a secagem da estoma e pele com gaze estéril através de movimentos suaves e delicados;
 Para realizar a colocação da bolsa coletora deve-se primeiro realizar a mensuração da ostomia, utilizando uma
estrutura plástica transparente para medir o seu diâmetro, marcando-o com caneta hidrográfica, tendo o cuidado
de não deixar pequeno demais de forma que vá garrotear a ostomia e nem folgado demais para permitir
vazamentos de secreções em contato com a pele;
CUIDADOS COM O OSTOMA / DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

 Com esse molde, desenhar na bolsa o círculo guia na placa adesiva da bolsa coletora conforme o molde, recortando-o
com tesoura de ponta redonda ou romba;
 Retirar o adesivo sobre a placa e aplicar a bolsa diretamente na pele fazendo leve pressão em movimentos circulares na
placa na área da periostomia, para uma melhor aderência. Caso seja necessário utilize um protetor cutâneo;
 Colocar a bolsa preferencialmente com a abertura para baixo. Em pacientes acamados adaptar bolsa na posição
horizontal e se o paciente já estiver deambulando, fixar na vertical;
 Fechar o fundo da bolsa com clamp próprio;
 Quando a bolsa atingir 2/3 de sua capacidade, proceder o esvaziamento da mesma, para que o peso de seu conteúdo
não force a parte aderente da bolsa na pele, evitando aparecimento de lesões na continuidade na pele e não aconteça o
desprendimento da bolsa;
 Para o esvaziamento da bolsa coletora, proteja o lençol com material impermeável, soltando o clamp que a prende na
parte inferior, desprezando seu conteúdo em recipiente graduado, para melhor registro de quantidade;
CUIDADOS COM O OSTOMA / DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

 Realize a lavagem da bolsa com solução fisiológica 0,9% suficiente para retirar todo o resíduo;
 Fechar a bolsa com clamp próprio;
 Observar as características do conteúdo da bolsa e desprezá-lo;
 Sendo necessário retirar a bolsa, levante a parte adesiva da mesma e mantenha a pele bem tensionada, e vá
desprendendo-a delicadamente;
 Ao final do procedimento, reúna todo o material utilizado, proceda à lavagem das mãos e realize as devidas
anotações em prontuário do paciente.
RECOMENDAÇÕES

 Durante a realização de todos os procedimentos de manejo da ostomia, proceder orientação ao paciente e estimular o
autocuidado;
 A observação do estoma é muito importante. Deve-se observar a cor, o brilho, a presença de muco e o tamanho. Por
causa da fragilidade dos tecidos, a limpeza do estoma deverá ser efetuada de forma delicada. Não é aconselhável esfregá-
lo.
 A pele ao redor do estoma desempenha papel importante no funcionamento de todo o equipamento coletor, uma vez
que é na sua superfície que a placa adesiva fica aderida.
 A pele deve ser avaliada quanto a cor, integridade, turgor e área para aplicação da placa.
 Processos alérgicos ou irritativos tendem a alterar essas três características.
 No cuidado com a pele, atenção especial ao paciente idoso, para evitar lesões de continuidade por se tratar de pele mais
delicada;
 Durante a limpeza da pele, cobrir a ostomia com um pouco de gaze, para absorver o excesso de drenagem;
RECOMENDAÇÕES

 A bolsa coletora a ser utilizada deve se adequar as características e ao tipo da ostomia;


 Para a ileostomia é recomendado o uso de bolsa drenável, opaca, que deve ser esvaziada quando estiver com 1/3
ou menos da metade de sua capacidade. O diâmetro do recorte da placa adesiva deve ficar justo ao estoma para
que não haja contato do efluente com a pele. O pH do efluente é muito alcalino e causa lesão da pele quando
entra em contato com essa.
 Nas colostomias descendentes as fezes são semissólidas e irritam à pele, sendo necessário utilizar um protetor
de pele ao redor da ostomia e a bolsa deve ser colocada firmemente para não descolar;
 As complicações mais comuns das ostomias são: prolapso do estoma, perfuração, retração do estoma, impactação
fecal e irritação da pele. Pode ainda ocorrer vazamentos no local anastomosado causando dor abdominal e
rigidez, elevação da temperatura e sinais e sintomas de choque, sendo necessário reparo cirúrgico urgente.
MEDIDA E MOLDE DO ESTOMA

 Utilizar um medidor próprio (vem na embalagem com as bolsas coletoras);


 O diâmetro do estoma tende a reduzir nas primeiras 4 a 6 semanas após a cirurgia;
 Se ficar APERTADO pode causar ISQUEMIA no estoma e se FROUXO pode causar DERMATITE.
CUIDADOS NA TROCA DA BOLSA DE COLETORA
 COLETOR DE UMA PEÇA:

 Retirar delicadamente para não traumatizar a pele;


 Usar tecido embebido em água. O ideal é retirar durante o banho;
 Jogar o coletor usado no lixo;
 Limpar delicadamente a pele ao redor do estoma com sabão neutro e água;
 Secar bem ao redor do estoma sem esfregar (após secar o corpo);
 Recortar a bolsa no tamanho do estoma, antes de iniciar a troca. Se necessário, utilizar o medidor de estoma;
 Retirar o papel que protege a resina;
 Colocar a bolsa de baixo para cima;
 Não deixar pregas ou bolhas de ar (facilita vazamento e descolamento);
 Certificar a boa adaptação da bolsa à pele;
 Retirar o ar de dentro da bolsa. Fechar o clamp ou bico (para urina);
CUIDADOS NA TROCA DA BOLSA DE COLETORA

 COLETOR DE DUAS PEÇAS:

 Retirar clamp e esvaziar completamente;


 Desconectar o coletor da placa colada ao corpo;
 Embaixo do chuveiro, tentar soltar a placa, suavemente pressionando a pele e soltando o adesivo;
 Limpar a pele durante o banho ao redor do estoma e o próprio estoma suavemente;
 Usar o sabonete neutro, retirando os restos de fezes, urina ou adesivos da pele;
 Após o banho, secar bem a pele ao redor do estoma (após secar o corpo);
CUIDADOS NA TROCA DA BOLSA DE COLETORA

 Retirar o papel que protege a resina e segurar com as duas mãos;


 Posicionar o estoma em frente ao espelho, tentando esticar o corpo
 durante a colocação;
 Adaptar a placa de baixo para cima, procurando encaixa-la no estoma, do centro para a extremidade;
 Não deixar pregas ou bolhas de ar (evita vazamento e descolamento);
 Garantir que a placa está bem adaptada a pele;
 Encaixar a bolsa coletora na placa;
 Retirar o ar de dentro da bolsa e fechar com o clamp. Se utiliza cinto, coloca-lo após essas etapas.
CUIDADOS COM A PELE

 Limpar ao redor do estoma com água e sabão neutro, sem esfregar, nem usar esponja, somente com a espuma do
sabonete;
 Aparar os pelos ao redor do estoma com tesoura. Não devem ser raspados, para evitar inflamação;
 Expor a pele ao redor do estoma ao sol da manhã (até as 10h), por 15 a 20min. Proteger o estoma com gaze
umedecida;
 Não utilizar substância contendo: álcool, colônias, mertiolate, pomadas e cremes na regiao do ostoma.
 ATENÇÃO: cuidado com insetos, principalmente moscas. Não deixar nenhum inseto pousar sobre o estoma.
TIPOS DE BOLSA DE COLOSTOMIA

 Bolsa fechada – refere-se à bolsa coletora que realiza a coleta do


efluente eliminado pelo estoma, mas não permite a sua drenagem; por
isso, é indicada apenas para colostomia com uma ou duas eliminações
por dia. Deve ser descartada após cada eliminação de efluente.
 Bolsa drenável – refere-se à bolsa que realiza a coleta do efluente
eliminado pelo estoma e permite a sua drenagem. Tratando-se de bolsa
para estoma intestinal, a drenagem do efluente se dará através de uma
ampla abertura localizada na sua extremidade inferior. No caso da
bolsa para estoma urinário, a drenagem do efluente dar-se-á através de
uma válvula de drenagem, também localizada em sua extremidade
inferior.
 A ampla abertura e a válvula de drenagem presentes nas bolsas
drenáveis para estoma intestinal e urinário requerem a presença de um
eficiente sistema de fechamento que pode ser avulso ou integrado.
TIPOS DE BOLSA DE COLOSTOMIA
 Bolsa transparente – refere-se ao plástico através  O equipamento coletor de uma (1) peça
do qual é possível visualizar as características do refere-se à condição da bolsa coletora e a base
estoma e efluente, com nitidez. adesiva estarem fixos entre si, incorporados em peça
única. Nesse caso, havendo necessidade de retirada
da bolsa, a base adesiva será removida da pele
juntamente com a bolsa e vice-versa.roporcionando
maior discrição.

 Bolsa opaca – refere-se ao plástico através do qual


não é possível visualizar as características do estoma
e efluente, equipamento de 1 peça ou 2 peças.
TIPOS DE BOLSA DE COLOSTOMIA

 O equipamento coletor de duas (2) peças


refere-se à condição da bolsa coletora encontrar-se
separada da base adesiva. Nesse caso, a bolsa
coletora e a barreira adesiva possuem um sistema
compatível para acoplamento entre si, por encaixe
ou adesividade, de forma que a bolsa possa ser
retirada e manuseada isoladamente e novamente
acoplada ou descartada para o acoplamento de outra
bolsa compatível, enquanto a placa permanece
aderida à pele.
ACESSÓRIOS COLOSTOMIA

FIGURA 01 – Bolsa coletora com haste para encaixe do cinto


na bolsa
 CINTOS
 As bolsas coletoras de duas peças apresentam
dispositivo para encaixe de cinto que se refere a duas
pequenas hastes que, possibilitam o encaixe universal
de cinto para bolsas de coletoras . Nos dispositivos
de duas peças, dependendo de cada fabricante, as
hastes podem estar presentes como componentes FIGURA 02 – haste para encaixe do cinto está na placa adesiva.
da bolsa coletora (FIG.01), ou como componentes da
placa de resina sintética, geralmente fundidas ao
flange(FIG.02).
ACESSÓRIOS COLOSTOMIA

 Sistema de fechamento
 Cinto Elástico  Refere-se ao componente que cumpre a função de permitir o
 Consiste em um cinto confeccionado em algodão e nylon, perfeito fechamento da área de drenagem da bolsa coletora
elástico, ajustável por presilha reguladora de comprimento, com drenável, sem extravasamento de efluente, que pode ser
bordas para encaixe universal em hastes dos equipamentos integrado à bolsa ou ser avulso. Nas bolsas coletoras que
coletores de uma ou de duas peças, ou nas hastes do suporte possuem sistema de fechamento integrado, esses podem ser de
para cinto. É utilizado para proporcionar maior segurança ao conectores plásticos ou de velcro, sendo que toda bolsa desse
paciente, principalmente quando há dificuldade de adaptação da tipo apresenta o próprio sistema de fechamento incorporado
placa adesiva ao abdômen na região periestomal. nela.

 Nas bolsas coletoras que possuem sistema de fechamento


avulso, esses podem ser de pinça / clamp ou de presilha plástica,
apresentados separados da bolsa e numa proporção
determinada pelo fabricante, não necessariamente de um
sistema de fechamento para cada bolsa coletora, já que ele pode
ser reutilizável. Independentemente do tipo, todo sistema de
fechamento deve ser eficiente, resistente e de fácil manuseio.
COMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES
COMPLICAÇÕES
DIETA
DRENOS

 Drenos são tubos que se projetam da área peri-incisional, seja para dentro de um dispositivo de aspiração de ferida portátil
(sistema fechado), seja para dentro de um curativo (sistema aberto) . Eles geralmente são inseridos no ato operatório. Os
drenos ainda podem ou não ser suturados à pele.

 O principal objetivo do dreno é possibilitar o extravasamento de líquido que poderia servir como meio de
cultura para bactérias. Se a drenagem não for realizada adequadamente, pode formar edema. O excesso de exsudato
encarcerado em uma ferida pode levar ao aumento da pressão e danificar o tecido adjacente.
 O uso de drenos em feridas é frequente em situações de pós-operatório ou em casos em que a drenagem é
necessária devido à presença de processos infecciosos ou ao acúmulo de líquidos intracavitários.

 A drenagem cirúrgica é a técnica para remoção de coleções líquidas ou gasosas de uma cavidade por meio de uma simples
abertura ou por meio da inserção de um dreno que assegure a saída dos fluidos.
CLASSIFICAÇÃO DOS DRENOS

 Plano/ apresentação: Superficial ou profundo;


 Local: Torácico, abdominal, cervical, entre outros.
 Sistema: Aberto ou fechado;
 Material: Silicone, latéx, PVC, entre outros;
 Mecanismo: Simples (passivo) ou sob pressão aspirativa/ negativa (ativo);
 Duração: Curta ou prolongada;
 Finalidade: Terapêutica, paliativa, diagnóstica, profilática, monitorização, rota de acesso e ou mista.
TIPOS DE DRENOS CIRÚRGICOS

 Macanismo de sistema passivo (gradual) :


Penrose, dreno de kehr (em T);
 Mecanismo de sistema ativo (Sob pressão
negativa ou aspiração): Jackson-pratt (JP),
Hemovac e Porto-vac.
DRENOS/ SISTEMAS PASSIVOS
 Esses drenos agem pelo mecanismo da capilaridade, gravidade ou pela
flutuação da pressão intracavitária. Sendo assim, são usados quando o
fluido da drenagem é tão viscoso que não consegue ser drenado através
de drenos tubulares.
 O dreno de penrose é o mais conhecido dessa classe. Tem formato
laminar, paredes finas, é maleável, radiopaco e feito de latéx ou silicone;
está disponível em diversos diâmetros. Destaca-se por ser atóxico,
adaptar-se bem as visceras e ser fácil de manipular e de remover. Por ser
um sistema de drenagem aberto, é utilizado com mais frequência em
feridas suputarivas.
DRENO PENROSE

 Cuidados de enfermagem
 O dreno penrose faz parte do sistema de drenagem aberto e
devem ser mantidos ocluídos com bolsa estéril (descartável ou
de karaya) ou com gaze estéril por 72 horas. Após esse período,
a manutenção da bolsa estéril fica a critério do médico;
 Ao realizar banhos, no leito ou de aspersão, os drenos devem
permanecer protegidos, para evitar porta de entrada para
microorganismo;
 Os alfinetes não são recomendados para a fixação do dreno;

 Características do dreno:
 A linha radiopaca azul confirma o posicionamento exato do
dreno no corpo usando raio-x.
 Existem tamanhos de 30, 40 e 50 cm.
DRENOS/ SISTEMAS PASSIVOS
 Dreno de Kehr (tubo em T), específico para a drenagem de vias
biliares.
 Esse dreno, confeccionado de látex, é formado de duas hastes tubulares:
uma vertical que se use, em sua porção proximal, à porção mediana da
horizontal, o que lhe confere a forma de T. A haste vertical mede,
aproximadamente, 30 cm, e a horizontal, 10 cm.
 Seu diâmetro é numerado de acordo com a escala francesa, e, pelas suas
características físicas, proporciona a drenagem segura da via biliar
principal.
DRENOS/ SISTEMAS ATIVOS

 Trata-se de drenos de baixa pressão negativa, que possibilitam a quantificação precisa do exsudato que foi
drenado.
 Minimizam a traumatismo tecidual;
 Reduzem o risco de contaminação da ferida;
 Também são conhecidos como drenos de aspiração ou sucção;
 São drenos que possuem sistema tubular de silicone de drenagem fechado e conectados a um reservatório/
coletor que se assemelha a uma granada ou bulbo. (ex: dreno de jackson-pratt / JP ou Blake) ou a um
dispositivo baseado em mola (ex: Hemovac e Porto-vac) ou Redivac.
 Esses tipos de instrumentos de drenagem são muitas vezes chamados de autossucção.
DRENOS/ SISTEMAS ATIVOS

 O dreno de sucção (Porto-VAC) / Hemovac é multifenestrado e não


colabável, confeccionado de polivinil clorido ou silicone com uma “sanfona”
externa que mantém uma pressão negativa.
 Apresenta baixos índices de infecção, mas pode obstruir facilmente. Costuma
ser exteriorizado por uma contra-abertura próxima à incisão e fixado à pele
por fio de náilon.
 Quando a drenagem diminui de volume, o dreno pode ser retirado de uma
única vez, após 24 a 72 horas.
HEMOVAC
DRENOS/ SISTEMAS ATIVOS

 O Redivac é um tubo fino de plástico (PVC) que é colocado no espaço (cavidade) criado quando o tecido é
removido durante uma cirurgia.
 É usado para coletar sangue e fluídos após uma cirurgia. O cirurgião coloca drenos nas feridas operatórias com
frascos de drenagem (a vácuo) para remover o excesso de líquido produzido em um local de uma cirurgia. Os
drenos podem permanecer por vários dias, no entanto, o paciente poderá ir para casa com o (os) dreno (os)
instalado (os).
 E o paciente pode trocar os frascos em casa, quando estiverem cheios.
DRENOS/ SISTEMAS ATIVOS
 O dreno de Jackson-Pratt (JP) ou Blake tem uma porção
achatada (laminar) que fica no interior do organismo, feita de
silicone, multifenestrada com um mecanismo que impede o seu
colabamento total, com uma zona de transição para tubular que
se conecta a um “bulbo” (“pêra”), que mantém oambiente de
baixa pressão negativa.
 Dessa forma, associa a capilaridade de um dreno laminar com a
pressão negativa de um dreno de sucção.
DRENOS/ SISTEMAS ATIVOS
 Dreno de JP ou Blake/ Indicação:
 É indicado para drenagem corporal no período pós operatório onde fluídos
costumam se acumular e aumentam o risco de infecção.
 Excelente indicação quando existe a necessidade de uma maior contato com os
tecidos que necessitam de drenagem, pois promovem uma drenagem rápida e
eficaz.
 Como por exemplo de uso temos: cirugias plásticas, cardíacas, transplantes,
grandes cirurgias abdominais, cirurgias bariatricas e cirurgias em geral.

 Cuidados de enfermagem:
 Manter o vácuo dentro do frasco ( pois só drena se estiver com o vácuo);
 Observar aspesctos da drenagem;
 Troca de curativos ao redor do peridreno diariamente ou quando houver
sujidade;
 Despejar o fluído do dreno em local apropriado como o expurgo hospitalar ou
vaso sanitário.
DRENO JACKSON PRATT OU BLAKE
DRENO REDON

 É um tubo de material flexível, composto de plástico ou de silicone, e


perfurado por diversas aberturas em uma parte da sua parede.
 Após uma intervenção cirúrgica principalmente em cirurgias como por
exemplo Artroplastias, artrodeses em geral, a parte perfurada é colocada no
nível da região onde foi feita a cirurgia e é destinada a assegurar uma drenagem
dos materiais por aspiração, por meio de drenagem por sistema fechado e a
vácuo, como o dreno porto-vac, Blake ou jackson pratt. ç
 O dreno de redon possui também a função de favorecer a cicatrização do
local e prevenir infecções.
 Geralmente esses drenos são grandes, tendo 50 cm, tendo 15 destes cm
destinados a área perfurada, permitindo total drenagem assim diminuindo a
obstrução interna, com linha de contraste radiopaco, sendo visualizada em
exames de raio x, com material confeccionado com PVC.
 O principal obejtivo desse dreno é aspirar as serosidades e sangue,
de modo a secar a ferida operatória.
DRENO TORÁCICO
 A drenagem torácica é um procedimento importante para promoção da
homeostase cardiorrespiratória e hemodinâmica, tendo em vista que
restabelece a pressão negativa do espaço pleural ou mediastinal, permitindo
a retirada de conteúdos anormais na cavidade pleural ou mediastinal.
 Está indicado para drenagem de líquidos (derrame pleural), sangue
(hemotórax), pus (empiema), linfa (quilotórax) ou ar (pneumotórax),
patologicamente retidos no espaço pleural, resultantes de processos
infecciosos, traumas ou procedimentos cirúrgicos.
DRENO DE TORÁX
DRENO DE TORÁX HEIMLICH
DRENO DE TORÁX
MANEJO DRENO DE TORÁX / PROCEDIMENTOS QUE DEVEM SER
EMPREGADOS

 Monitore os sinais vitais e a oximetria de pulso conforme prescrito ou se a condição do paciente mudar.
 Avalie o paciente quanto à diminuição do desconforto respiratório e dor no peito e monitore a SpO2.
 Ausculte os pulmões quanto aos sons respiratórios.
 Verifique o curativo com cuidado porque ele precisa continuar oclusivo. Ele pode se soltar da pele, embora isto não seja
facilmente perceptível. Avalie a drenagem e reforce-a para manter a vedação.
 Siga a política do hospital conforme necessário.
 Verificar se todos os tubos de conexão estão desobstruídos e bem conectados; livre de dobras e alças dependentes.
 Avaliar se o selo d’água está intacto, se estiver utilizando um sistema de sucção úmida, e o botão regulador, em caso de
sistemas de sucção a seco;
 Monitorar as características do conteúdo drenado, incluindo cor, volume e consistência; avaliar se há aumento ou
diminuição significativos da produção de drenagem;
 A característica da drenagem indica se é conforme o esperado ou se está desenvolvendo infecção ou hemorragia.
MANEJO DRENO DE TORÁX / PROCEDIMENTOS QUE DEVEM SER
EMPREGADOS

 A drenagem vermelha-escura é normal apenas no período pós-operatório, mudando para sérica com o tempo.
 Peça para o paciente classificar o nível de conforto em uma escala de 0 a 10.
 Observar se há flutuações na câmara de selo d’água, em sistemas de sucção úmida, e no indicador de vazamento
de ar, em sistema de sucção a seco;
 Certifique-se de que o sistema de drenagem torácica está na posição vertical; e manter o sistema abaixo do nível
do tórax do cliente;
 Avaliar a câmara de controle de sucção à procura de bolhas nos sistemas de sucção úmidos;
 Manter a sucção no nível prescrito;
 Manter um volume apropriado de líquido no selo d’água, em sistemas de sucção úmida.
 A avaliação da drenagem deve ser realizada a cada 12-24 horas, sendo registrado o volume (volume total - volume
do selo d’água) e a característica do conteúdo.
MANEJO DO DRENO DE TORÁX

Outras observações sobre a drenagem:

 Em adultos: menos de 50 a 200 mL/h imediatamente após a cirurgia em uma sonda torácica do mediastino; cerca
de 500 mL nas primeiras 24 horas.
 Entre 100 e 300 mL de líquido drenado em uma sonda torácica pleural em um adulto durante as primeiras 3
horas após a inserção. A taxa diminui após 2 horas; espere 500 a 1.000 mL nas primeiras 24 horas.
 Um jarro súbito de drenagem muitas vezes é sangue retido e não um sangramento ativo e,geralmente, o resultado
do reposicionamento do paciente.
 Se a drenagem aumenta subitamente, se está vermelho-vivo ou se há mais de 100 mL/h de drenagem sangrenta
(exceto para as primeiras 3 horas após a cirurgia), notifique o médico, fique com o paciente e avalie os sinais vitais
e o estado cardiopulmonar. Isso pode indicar hemorragia ou perfuração do pulmão.
COMPLICAÇÕES DO DRENO DE TORÁX

 Reação tecidual, infecção e/ ou contaminação da ferida operatória;


 Dor, retardo no retorno da funcionalidade;
 Retenção de corpo estranho, necrose tecidual;
 Herniação intestinal, hemorragia;
 Tempo de cicatrização prolongado, prejuízo estético da cicatrização;
 Obstruçaõ ou perda acidental do dreno, perda de fluídos, perda de eletrólitos e proteínas;
 Migração do dreno, perfuração de orgãos próximos a estrutura de inserção do dreno torácico.
CUIDADOS GERAIS DA ENFERMAGEM COM OS DRENOS

 Observar a segurança do dreno e seu posicionamento;


 Perceber o tipo de dreno;
 Observar a cor, quantidade, odor e a consistência da drenagem;
 Como um sistema de drenagem necessita estar permeável, observe
o fluxo da drenagem através da tubulação e ao redor da tubulação;
 Uma diminuição súbita na drenagem através da tubulação pode
indicar um dreno obliterado e você precisa notificar ao médico;
 Quando um dreno é conectado a uma aspiração, avalie o sistema
para se certificar de que a pressão prescrita está sendo exercida;
 Quando o instrumento de evacuação é incapaz de manter um vácuo
por conta própria, notifique o cirurgião, que, então, solicitará um
novo sistema de vácuo seundário;
CUIDADOS GERAIS DA ENFERMAGEM COM OS DRENOS

 Caso o fluido se acumule dentro dos tecidos, a cicatrização da ferida não terá
progresso em uma frequência ideal e isso aumentará o risco de infecção;
 Um dreno de Penrose encontra-se sob um curativo; no momento da
colocação de um pino ou clipe ele é colocado através do dreno para evitar
que deslize para mais longe em uma ferida;
 Geralmente, é responsabilidade do médico puxar ou avançar o dreno à
medida que a drenagem diminui para permitir a cicatrização profunda dentro
do local do dreno.
 Unidades evacuadoras como um Hemovac ou Jackson-Pratt exercem uma
pressão baixa constante contanto que o instrumento de sucção (bexiga ou
recipiente) esteja totalmente comprimido.
FIM!!!

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