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Interpretação de Laudos Analíticos

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Interpretação de Laudos Analíticos

Objetivo do Treinamento:

O objetivo deste treinamento é capacitar os participantes a interpretar corretamente os laudos


analíticos resultantes de análises de esgoto, compreendendo os parâmetros analisados, os
métodos utilizados, e as informações fornecidas nos relatórios para promover uma gestão
eficaz do tratamento de esgoto.

Conteúdo Programático:

Introdução à Análise de Esgoto:

Conceito de análise de esgoto.

Importância da análise de esgoto para o tratamento de águas residuais.

Objetivos da análise de esgoto.

Parâmetros Analisados:

Principais parâmetros físicos, químicos e biológicos.

Significado e importância de cada parâmetro:

Temperatura

Despejos industriais, usualmente, têm temperaturas mais elevadas, tanto mais elevadas

quanto for a ineficiência energética do processo produtivo.

A temperatura é um parâmetro que se reveste de grande importância, uma vez que afeta

as velocidades das reações químicas e bioquímicas que ocorrem na água.

Particularmente importante, é a temperatura na solubilidade do oxigênio na água: o oxi-

gênio é menos solúvel quanto maior for a temperatura da água, situação que também acar-

reta a elevação das taxas das reações bioquímicas na água.

A temperatura influencia também a performance de processos químicos e biológicos em

sistemas de tratamento. Para atividades bacterianas em processo biológicos, por exemplo, a

temperatura ótima situa-se na faixa de 25 a 35 °C.


pH

pHs maiores que 7 caracterizam soluções alcalinas. Opostamente, pHs menores que 7
caracterizam soluções ácidas. O pH 7 caracteriza soluções neutras.

Uma vez que concentrações excessivas de íons hidrogênio podem afetar a água com relação a
seus usos benéficos, o pH é uma medida do poluente potencial.

Não somente é o íon hidrogênio por si só um poluente potencial, mas ele também se refere à
concentração de muitas outras substâncias particularmente ácidas e bases fracamente
dissociadas. Contudo, o pH não deve ser confundido com acidez ou alcalinidade, uma vez que
a concentração de ácidos e bases fracamente dissociadas afeta o valor de pH e a facilidade
com que pode ser alterado.

O pH é um parâmetro importante de controle, uma vez que afeta gosto, corrosividade,


eficiência de cloração e processos de tratamento, tais como coagulação e oxidação biológica.

Metais pesados solúveis se insolubilizam em faixas diferenciadas de pH; dosagens ótimas de


coagulantes são influenciadas pelo pH; o efeito bactericida da cloração em águas diminui com
o aumento do pH; a relação de equilíbrio amoníaco-amônia é influenciada também pelo pH
(Figura 7.2).

Nitrogênio

Fósforo (P)

Este elemento ativo não ocorre livre na natureza, porém é encontrado sob a forma de

fosfatos em diversos minerais e é um constituinte de solos férteis, plantas, bem como do

protoplasma, ossos e tecidos nervosos da vida animal. É um nutriente essencial para o


crescimento de plantas e animais e, tal como o nitrogênio, passa através de ciclos de
decomposição e fotossíntese.

As formas usuais de fósforo achadas em soluções aquosas são o ortofosfato, polifosfato

e o fósforo orgânico.

Enquanto os ortofosfatos oriundos notadamente de


detergentes e fertilizantes são diretamente disponíveis para a metabolização da matéria
orgânica, os polifosfatos e o fósforo orgânico necessitam ser hidrolizados a ortofosfatos para

serem assimilados.

Os ortofosfatos são disponiveis para a metabolização biológica sem precisar de ruptura.


Já os polifosfatos, que apresentam um ou dois átomos de fósforo sofrem hidrólise em soluções
aquosas retornando a sua forma de ortofosfato.

Em águas residuárias industriais todas estas formas de fosfato podem ocorrer em maior

ou menor grau.

O fósforo, tal como o nitrogênio, é também necessário ao crescimento celular porém o

excedente pode ser eliminado via biológica quer por adsorção sobre as células bacterianas

ou ainda por incorporação dentro da célula, desde que a quantidade de carboidratos esteja

devidamente balanceada.

Sólidos

Os sólidos contidos nas águas residuárias são toda a matéria que permanece como resi-

duo quando a amostra é submetida à temperatura de 103 a 105°C.

Quando um volume conhecido da amostra passa através de um papel de filtro com poro

de cerca de 1,2 um, separam-se as parcelas correspondentes ao filtrado (resíduos filtráveis) e

àquelas retidas no papel de filtro (sólidos em suspensão ou resíduos não filtráveis).

Os resíduos filtráveis (sólidos filtráveis) consistem de sólidos coloidais e sólidos dissolvidos. Os


sólidos (partículas) coloidais consistem de material particulado, enquanto que os sólidos
dissolvidos são formados por moléculas e íons presentes em solução. As partículas coloidais,
no entanto, podem ser removidas quimicamente através de floculação.

Em águas naturais, os sólidos dissolvidos consistem notadamente de carbonatos, bicarbonatos,


cloretos, sulfatos, fosfatos, além de nitratos de cálcio, magnésio, sódio e potássio, ferro,
manganês e outras substâncias.

Altos índices de sólidos dissolvidos podem conferir gosto e odor à água ou mesmo inviabilizar a
água a vários tipos de usos industriais. Mudanças de pH na água podem causar em alguns
casos suspensão de sólidos originariamente dissolvidos (Ex .: metais dissolvidos).

Sólidos dissolvidos em águas industriais podem causar espuma em caldeiras e interferência na


cor, gosto e pureza de muitos produtos acabados. Além disso, altos teores de sólidos
dissolvidos podem também causar corrosão.
Condutividade

É a medida da capacidade de uma solução aquosa suportar uma corrente elétrica.

A condutividade está associada ao teor de sólidos totais dissolvidos em um liquido,

constituindo-se em uma medida indireta da concentração destes sólidos. É expressa

em microsiemens por centímetro (µS/cm) ou micromho por centimetro (µmho/cm).

Matéria orgânica

A matéria orgânica está presente nos despejos industriais através de sólidos em suspensão,
coloidais e dissolvidos, além de gases. É normalmente composta de uma combinação de
carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e outros elementos.

Além de carboidratos, proteínas e lipideos contidos na matéria sólida, os despejos

industriais podem conter uma grande quantidade de moléculas orgânicas sintéticas

de estrutura extremamente complexa, muitas delas com decomposição biológica lenta

e até mesmo recalcitrantes (poluentes prioritários, orgânicos voláteis e semivoláteis,

bem como pesticidas e agroquímicos).


Avaliação do conteúdo orgânico de um despejo

A determinação dos constituintes orgânicos de um despejo industrial pode ser realizada


através de medições diretas e indiretas.

Neste último contexto o conteúdo orgânico de um despejo pode ser aproximadamente

avaliado a partir de três parâmetros básicos principais, quais sejam:

DBO

Todo constituinte oxidável presente em um despejo introduzido em um curso d'água será


forçadamente oxidado através de reações químicas ou bioquímicas (microorganismos)
resultando no consumo do oxigênio dissolvido na massa líquida, o que ocasionará uma
depleção de oxigênio ao longo do curso do rio.

Estes compostos oxidáveis em presença de nutrientes e microorganismos são oxidados a CO2,


+ H2O + compostos inorgânicos oxidados. Tais reações bioquímicas são detectadas em
laboratório como Demanda Bioquímica ou Biológica de Oxigênio (DBO).

A DBO20, ou simplesmente DBO, por definição, é a quantidade de oxigênio necessária à


metabolização aeróbica da matéria orgânica oxidável presente após 5 dias de incubação a
20°C. Mede o teor de carbono orgânico biodegradável e, sob certas condições, também o
nitrogênio oxidável presente nos despejos, assim como compostos quimicos que estão sob

a forma reduzida (sais ferrosos, sulfetos e sulfitos). A oxidação da matéria carbonácea (DBO de
1° estágio) é representada pela seguinte equação:

DQO

Óleos, graxas, ceras e gorduras

São substâncias solúveis em hexano. Óleos e gorduras são ésteres de álcool ou glicerol com
ácidos graxos.

As principais fontes de óleos, graxas e gorduras são oriundas da fabricação de produtos


vegetais industrializados, laticínios, indústria mecânica, metalúrgica e refinadoras de petróleo.

Surfactantes
Surfactantes, ou agentes ativos superficiais, são substancias tensoativas compostas por
grandes moléculas orgânicas levemente solúveis em água. Tendem a se manter na interface
ar-água e, quando lançados em corpos hídricos, ocasionam espumas.

Também provocam espumas estáveis em tanques de aeração pois tendem a se manter na


superficie das bolhas de ar.

Até 1965 os surfactantes presentes nos detergentes sintéticos não eram biodegra- dáveis,
Eram denominados de ABS (Alquil Benzeno Sulfonato).

Atualmente somente é permitida a fabricação de detergentes biodegradáveis (LAS - ou Alquil


Aril Sulfonato de Sódio linear).

Métodos de Análise:

Visão geral dos métodos de análise mais comuns.

Técnicas e equipamentos utilizados.

Limitações e precisão dos métodos.

Interpretação de Laudos Analíticos:

Estrutura de um laudo analítico de análise de esgoto.

Leitura e compreensão dos resultados.

Identificação de tendências e padrões nos dados.

Avaliação da qualidade da água com base nos parâmetros analisados.

Aplicações Práticas:

Estudo de casos reais.

Análise e interpretação de laudos analíticos.

Discussão sobre possíveis medidas corretivas e melhorias no tratamento de esgoto com base
nos resultados.

Legislação e Normas Aplicáveis:

Principais normas e regulamentos relacionados ao tratamento de esgoto.

Requisitos legais para a qualidade da água residual.


Gestão da Qualidade da Água:

Estratégias para monitoramento contínuo da qualidade da água.

Implementação de ações preventivas e corretivas com base nos resultados das análises.

Metodologia:

Apresentações teóricas com o suporte de slides.

Estudos de caso para aplicação prática dos conhecimentos adquiridos.

Discussões em grupo para promover a troca de experiências e o aprendizado colaborativo.

Demonstração de técnicas de análise de esgoto, se aplicável.

Recursos Necessários:

Sala de aula equipada com projetor e tela.

Materiais de apoio, como apostilas e material didático.

Laudos analíticos de análise de esgoto para estudo de caso.

Avaliação:

Avaliação teórica ao final do treinamento para verificar o entendimento dos participantes


sobre os conceitos apresentados.

Avaliação prática através da interpretação de laudos analíticos e proposta de soluções para


problemas identificados.

Considerações Finais:

Este treinamento visa capacitar os participantes a interpretar de forma eficaz os laudos


analíticos de análise de esgoto, fornecendo-lhes o conhecimento necessário para tomar
decisões embasadas na gestão do tratamento de águas residuais. O conteúdo apresentado
será de grande relevância para profissionais que atuam em estações de tratamento de esgoto,
laboratórios ambientais e áreas afins.

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