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Refração Ocular - 240626 - 171739

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Alanis Belmonte Bergmann – ATM 26

REFRAÇÃO: escolha do grau do paciente.

O sentido da visão ocorre por estímulos luminosos que vem do meio externo, das mais variadas direções e distâncias,
que alcançam a retina, mais precisamente, mácula e fóvea, que é o que nos fornece a visão colorida, detalhada.

E esses estímulos luminosos têm que atravessar os diferentes meios transparentes do globo ocular: a córnea (45
dioptrias = 45 graus de hipermetropia), o humor aquoso, o cristalino (13 dioptrias = 13 graus esféricos positivos) e o
humor vítreo – esses meios devem estar transparentes para que se tenha uma boa visão.

Cada estrutura tem seu índice de refração, o que causa mudança na direção dos raios luminosos que retornam ao olho
do espectador como estímulo visual.

 Entra estímulo luminoso e volta estímulo visual.

CONCEITOS:

ÍNDICE DE REFRAÇÃO: desvio no trajeto dos raios luminosos quando eles passam de um meio transparente para outro
de densidade diferente.

REFRAÇÃO: determinação de erros refrativos do olho (ou seja, o grau que o paciente tem) e sua correção com lentes
conforme à ótica física.

FOCO: é o ponto para onde convergem os raios luminosos após passarem pelo cristalino.

ACOMODAÇÃO VISUAL: ajuste que o globo ocular faz para enxergar a diferentes distâncias, efetuado pela mudança
na forma do cristalino (dada pela cápsula do cristalino), através da ação do músculo ciliar (contratura ou relaxamento),
focalizando, assim, uma imagem nítida na retina.

 Paciente com boa visão consegue enxergar objetos a mais de 6 metros de distância do olho sem acomodação.
 Visão de perto: é a distância limitada pelo comprimento de um braço (do nariz até a mão – 37-50cm); quando
olhamos para perto há contração do músculo ciliar, relaxamento da zônula, e aumento da curvatura do
cristalino (cristalino mais esférico, mais globoso) – “olho acomodado”.
 Visão de longe: há relaxamento do músculo ciliar, contração da zônula, então ela estica o cristalino, e o
cristalino se alonga – “olho não acomodado”.

DIOPTRIA (D): unidade de medida de força do poder refrativo das lentes ou estruturas.

 Ex.: o globo ocular tem 50-60D, ou seja 50-60o de hipermetropia/lentes esféricas positivas.
 A córnea 45D.
 O cristalino de 13-15D.

EMETROPIA: ausência de erro de refração – o paciente não aceita correção alguma, esse olho é, portanto, emétrope,
uma condição rara.

 Olho em repouso focalizando sem esforço objetos a 6m ou mais de distância, o foco se dá na macula.

AMETROPIA: quando o paciente tem qualquer erro de refração – tem grau, não interessa a quantidade.

 O foco não se dá na macula.

ASTENOPIA: todos os sintomas causados pelos erros de refração, sendo que há mais sintomas em hipermetropia e
astigmatismo.

 Quanto maior o grau, menos sintomas (não enxerga), quanto menor a dioptria, mais intensos são os sintomas.
o Cérebro manda comando para a contração da musculatura ciliar para fazer a acomodação e enxergar,
mas às custas de sintomas.
Alanis Belmonte Bergmann – ATM 26
o Grau alto não há força para tamanha acomodação que resulte em visão normal.
 A principal astenopia é a cefaleia, que costuma ser frontal ou temporal ou retroocular (atrás dos olhos – mais
comum na hipermetropia).

VISIBILIDADE DOS OBJETOS:

Depende da luz refletida pelas superfícies.

SUPERFÍCIES TRANSPARENTES (vidro transparente): se deixam atravessar pelos raios luminosos.

SUPERFÍCIES TRANSLÚCIDAS (vidro fosco de banheiro): não se deixam atravessar de forma limpa pela luz.

SUPERFÍCIES OPACAS (parede): bloqueiam a passagem da luz.

EXAMES PARA DIAGNÓSTICO DE REFRAÇÃO:

ACUIDADE VISUAL: medida pela tabela de Snellen ou projetor; se não conseguir ler até a linha 1.0 ou linha 20/20
respectivamente, tem erro de refração.

TESTE OBJETIVO OU ESTÁTICO: paralisa a musculatura ciliar do paciente com colírio, que dilata a pupila (não havendo
acomodação visual), e mede o grau total com retinoscópio; usado bastante em crianças.

REFRAÇÃO COMPUTADORIZADA: usa o refrator computadorizado que mede rapidamente o grau do paciente, mas
não considera a ação da musculatura, o que leva a uma porcentagem de erro de 70%.

TESTE SUBJETIVO: o paciente escolhe o grau das lentes que lhe dão melhor visão e conforto.

TIPOS DE AMETROPIAS:

São detectadas pelas queixas e pelo exame oftalmológico completo do paciente.

HIPERMETROPIA: boa visão para longe e ruim para perto.

 O olho é pequeno no diâmetro ântero-posterior (é achatado) e o foco se dá atrás da retina,


usa muito da acomodação visual para que o foco ocorra na fóvea (ou seja, na
hipermetropia o paciente consegue acomodar, na miopia, não tem jeito).
 É a ametropia que mais dá sintomas de astenopia (depois é o astigmatismo).
 Ocorre em 80% das crianças ao nascer pelo olho da criança ser pequeno, vai sumindo com o crescimento e
tende a desaparecer em torno dos 25 anos, quando os olhos cessam seu crescimento.

CORREÇÃO:

Óculos: usa lente esférica positiva (ou lente convexa; ou lente convergente), tazendo o foco até a retina.

Lentes de contato: pode usar lentes gelatinosas, siliconadas ou de silicone-hidrogel; pioram a visão, pois ficam muito
perto do olho e traz pra perto o foco.

Cirurgia: nos pequenos graus até 4 graus usa laser e em graus mais elevados usa lasik; feita somente após os 21 anos
de idade, doença estabilizada durante 1 ano e meio com revisões a cada seis meses.

MIOPIA: diminuição da acuidade visual (AV) para longe não chegando a visão de 1,0 (100%) ou
20/20 sem correção.

 O olho é grande no sentido ântero-posterior, e o foco ocorre antes da retina, ou seja os


raios luminosos convergem precocemente.
 O grau de 0,25 de miopia é o mínimo e vai aumentando de 0,25 em 0,25 até 24 graus.

Benigna: inicia na pré-escola e aumenta aproximadamente até os 22 anos, sem dar alterações importantes na retina.
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Maligna ou degenerativa: aparece precocemente ou já nasce com ela; o grau vai sempre aumentando/galopante
(bruscamente, cada consulta aumenta) e dá alterações importantes degenerativas da retina com maior chance de
fazer descolamento de retina (DR).

 A retina está extremamente esticada, e o epitélio pigmentar da retina vem para a superfície da retina, então
os pacientes costumam ter manchas escuras na retina, que muitas vezes ficam na mácula, fazendo com que
ela fique escura, e o paciente vai se queixar de estar sem visão.
o Pode estar presente em crianças que demoram para caminhar, ou que se batem muito nos objetos,
caem muito dentro de casa.
 Gestantes com miopia elevada (>8 graus): quando forem parir, devemos sugerir que prefiram o parto cesárea,
pois com essa retina fina, se forem fazer força extrema, podem descolar a retina ou até mesmo, rasgar.
 Academia com grande esforço ou exercícios aeróbicos de alta intensidade.

CORREÇÃO:

Óculos: usa lente esférica negativa (ou lente côncava; ou lente divergente), que afastam o foco para longe.

Lentes de contato: gelatinosas, siliconadas ou de silicone-hidrogel.

Cirurgia: até 4D usa laser ou ceratotomia radial; de 4-8D usa laser; e acima de 8D se faz Lasik.

 Ceratotomia radial: cirurgia feita com bisturi de diamante; a opção da cirurgia – entre bisturi ou laser – vai
depender da espessura da córnea, do estado que ela se encontra; são feitos 8 cortes radiais na córnea, sem
aproximar muito da pupila (do centro da córnea) e do limbo.
o Se chegar no limbo, vai sangrar; se chegar próximo da pupila, vai opacificar a córnea naquele ponto.
o Esses cortes serão eternos, nunca mais fecharão, pois suas bordas cicatrizam, sem se encostarem;
ficam “valetas”.

ASTIGMATISMO: ocorre por defeito em um ou mais meridianos, geralmente da córnea, mas pode
ocorrer também por defeito no cristalino ou na retina.

 A visão é desfocada, dupla, ou sombreada, principalmente para longe.

Simples ou regular:

 Conforme a regra: é o mais comum; o meridiano mais curvo (onde há mais defeito) é a 90 graus.
 Contra a regra: o meridiano mais curvo é a 180 graus .
o Correção pode ser feita com:
 Óculos: com lente cilíndrica negativa, no eixo do meridiano defeituoso.
 Lente de contato gelatinosa tórica, ou lente de contato rígida (de silicone).

Misto:

 Hipermetrópico: tem associado hipermetropia.


o Correção pode ser feita em óculos de lente esférica positiva (para corrigir hipermetropia) e cilíndrica
negativa no eixo onde há o defeito do meridiano (para corrigir astigmatismo); ou LC gelatinosa tórica
ou rígida.
 Miópico: tem associado miopia.
o A correção pode ser feita em óculos com lente esférica negativa (para corrigir miopia) e cilíndrica
negativa no eixo que há o defeito (para corrigir astigmatismo); ou LC gelatinosa tórica ou rígida.

Irregular: tem alteração em vários meridianos da córnea ou tem aumento localizado da córnea (ceratocone) ou
aumento da curvatura posterior do cristalino (lenticonus posterior).

 São os mais difíceis de corrigir, sendo que conseguimos até 7 graus; dificilmente o paciente fica com 20/20.
 Correção pode ser feita com:
o Óculos: com lente cilíndrica negativa no eixo do meridiano com maior defeito.
o Lentes de contato: rígida de silicone, fluorcarbonada ou de silicone-hidrogel; ou gelatinosa, a teórica.
Alanis Belmonte Bergmann – ATM 26
 Mais indicadas são as LC rígidas, pois ela tenta frear aquela irregularidade da córnea, evitando
sua piora.
o Cirurgia: transplante de córnea no ceratocone (retira o cristalino – perde 13D – paciente deve usar 13
graus esféricos).
ABAULAMENTO NA PÁLPEBRA INFERIOR
PELO CONE NA CÓRNEA

 Transplante de córnea: é necessária idade aproximada entre doador e receptor, além de


mesmo sexo e mesmo olho.

SE REJEITAR, NÃO TEM


MAIS O QUE SER FEITO

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