PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLOGIAS EMERGENTES
01 CONPETÊNCIAS E HABILIDADES PARA APRENDER,
INOVAR E COOPERAR
NEUROPLASTICIDADE E ESTRATÉGIAS PARA
02 O DESENVOLVIMENTO DE ALTA PERFORMANCE
COGNITIVA
03 O SALTO: DA ORALIDADE AO CONHECIMENTO
CIENTÍFICO
RECADO IMPORTANTE
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As pessoas ingressam no Ensino Superior cheias de expectativas, ansiosas por
desenvolver as competências necessárias para a atuação profissional e que, por
extensão, poderão ajudá-las a ter uma vida boa e digna. No entanto, é comum
alguns se depararem com dificuldades já nas primeiras disciplinas, chegando
mesmo a duvidar da própria capacidade para continuarem no curso.
Geralmente, isso ocorre porque o Ensino Superior nos exige muita capacidade
de atenção, concentração e discernimento, além de nos desafiar a colocar em
prática as habilidades de leitura, escrita, interpretação e cálculo que desenvolvemos
no ensino fundamental e no médio. Passado o primeiro susto, com a nossa
dedicação, e contando com a ajuda dos professores, demais atores pedagógicos
e dos colegas, vamos aprendendo a estudar e a aprender os conceitos mais complexos
que o ensino superior exige de nós.
Desde que surgiu sobre a Terra, o ser humano precisou aprender, e muito. Outros
animais são, geneticamente, programados para viver em determinado habitat e,
portanto, têm determinadas habilidades muito desenvolvidas, que o preparam
para aquele lugar específico. No entanto o ser humano não tem garras poderosas,
nem o faro superdesenvolvido, ou menos ainda a força física e a velocidade
de alguns animais. Poderíamos mesmo concluir que, dentre os mamíferos, se
olharmos do ponto de vista biológico, a raça humana é a menos preparada para
sobreviver na natureza.
Esta fragilidade, porém, é apenas aparente, pois os humanos contam com uma
habilidade que os diferencia dos outros animais e que lhes permitiu viverem em
qualquer habitat, transformando-os completamente. Essa habilidade é a capacidade
de operar (pensar) simbolicamente.
O BEHAVIORISMO
Este termo (behaviorismo) tem origem no inglês behavior (comportamento),
podendo ser traduzido por comportamentalismo. O behaviorismo tem como
representantes mais conhecidos, autores como John Watson, Burrhus Skinner
e Ivan Pavlov. A teoria procura explicar o comportamento humano com base
apenas nos comportamentos observáveis, excluindo todo o mundo interno,
como os pensamentos, sonhos e motivações. Para o behaviorismo:
AS CONTRIBUIÇÕES DE PIEAGET
Jean Piaget (1896-1980) foi um biólogo e psicólogo suíço que desenvolveu estudos
sobre o desenvolvimento das funções da mente, com o objetivo de compreender
quais são os processos cognitivos por meio dos quais o ser humano conhece
o mundo (material e simbólico).
APRENDIZAGEM NO SÉCULO XXI
NOVOS DESAFIOS
Aprendemos com os autores clássicos, apresentados no início de nossa conversa,
que o conhecimento se constrói por meio de operações cognitivas, ou seja,
o aprendiz precisa adotar uma postura ativa frente ao conhecimento. Frente aos
conflitos e desafios que a realidade apresenta, para aprender realmente, o ser
humano mobiliza o intelecto, mas também aspectos afetivos e motores.
Tomando como referência as necessidades de aprendizagem contínua do
século XXI, podemos “atualizar” o pensamento de Vigotsky, para quem é preciso
desenvolver funções psicológicas superiores. Mais do que nunca, controle consciente
do comportamento, atenção, memorização ativa, pensamento abstrato,
raciocínio dedutivo, capacidade de planejamento, pensamento autônomo, crítico,
criativo, são importantes, tanto para o trabalho quanto para uma vida menos
alienada, frente à imensidão de informações que nos bombardeiam a cada dia.
Como também indicam os autores que apresentamos, desenvolvimento e
aprendizagem ocorrem no decorrer de toda a vida. Isso é maravilhoso, pois indica
que sempre podemos aprender, desaprender e reaprender. Esta postura de
abertura, de constante aprendizagem de conhecimentos, de novas habilidades e
atitudes, pode (e deve) ser vivenciada na sua formação em nível superior, pois
indiferente da sua futura área de atuação, o mundo do trabalho hoje é (como
todas as áreas da vida em sociedade) altamente volátil.
Desafiamos você a adotar esta postura e, com isso, potencializar suas possibilidades
de compreender cada vez melhor o mundo. Este é um caminho apaixonante!
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Você sabe por que os professores fazem tantas perguntas em suas aulas?
Pare um momento para pensar, você é estudante da Educação Superior, e
a base para a sua formação é o conhecimento científico, certo? Precisa lidar
com uma quantidade significativa de novos saberes e, suponho, que em algum
momento, pode sentir-se pressionado com a ideia de que, além de ter que dominar
esses saberes, ainda precisa ser capaz de produzir novos conhecimentos.
Tudo isso parece desafiador e cansativo. Além disso, para muitos estudantes,
pode parecer uma situação propulsora de pensamentos e emoções de insegurança.
Você mal deu conta de aprender o conhecimento científico exigido por uma
disciplina
e logo já vem outra e outro professor, fazendo mais um monte de outras
novas perguntas. Esta situação pode gerar uma equivocada impressão de que
cada dia você sabe menos em vez de parecer mais inteligente.
Se esta é a sua realidade, fique tranquilo, o objetivo deste tema é ajudar você
a compreender como a neuroplasticidade e as estratégias de alta performance
cognitiva colaborarão para o aprender a aprender, a fim de ajudar o seu
cérebro
a lidar com esta diversidade de conhecimentos.
SETORES DO CÉREBRO
DESENVOLVA O SEU POTENCIAL
Você entrou ou em breve entrará em um mercado de trabalho cada vez mais
competitivo e, vale destacar, que cada vez menos precisaremos de mão de obra e
mais cérebros inteligentes e ávidos por novos aprendizados. Para que compreenda
esta realidade, coloque-se na seguinte situação:
O que você deve entender com isso? Na prática, significa que somente ter o
seu
sonhado diploma não é o único elemento que vai garantir o seu sucesso na
sua
carreira. Ele é sim fundamental, pois é o primeiro passo para novas
oportunidades.
No entanto você precisa aprender a aprender para ser o profissional que
criou o chip e estruturou o novo modelo de negócio, tornando-o acessível
para
O CÉREBRO E A NEUROPLASTICIDADE
Para que seja capaz de produzir conhecimentos, a partir de agora, você vai aprender
como aprender de modo inteligente. A ideia é que não perca tempo com
excesso de esforço, com o único objetivo de conseguir realizar uma prova e tirar
boas notas, mas sim usar estratégias que potencializam o seu aprendizado para
ser capaz de aprender por toda a sua vida.
O cérebro é um órgão incrível. Considerado um dos órgãos mais sofisticados
e a neuroplasticidade, também conhecida como plasticidade neural, trata-se
especificamente da grande capacidade de adaptação por meio de alterações fisiológicas
resultantes das interações com as diferentes experiências e ambientes, ou
seja, o nosso cérebro aprende a se reprogramar. Inclusive, acredito que o maior
talento de toda nossa espécie é a capacidade de aprender. Podemos dizer que o
título homo sapiens não é suficiente, afinal, também somos homo docens, ou seja,
uma espécie que ensina a si própria.
Vale pensar no fato de que tudo que conhecemos do mundo não nos foi herdado pelos
nossos genes – tivemos que aprender, a partir do ambiente que nos cerca. E é na
capacidade de aprender e produzir novos saberes que está alicerçada toda a história.
Por isso, acreditamos que aprender é o grande triunfo da nossa espécie. E
sabe
qual é uma das invenções humanas altamente relevantes? A sala de aula, seja
ela
presencial seja digital. É em uma sala de aula que se amplia,
consideravelmente,
o potencial cerebral dos humanos, afinal, é nas instituições de ensino sérias e
comprometidas que podemos tirar um grande proveito da exuberante
plasticidade
do cérebro das pessoas para instalar nele uma quantidade enorme de
conhecimentos e talentos.
Como um futuro profissional, você se deparará com pessoas que chegam com
o Fixed Mindset. Modificar esta forma de pensar deverá compor o trabalho
durante a intervenção psicopedagógica em várias áreas do conhecimento.
A relevância da mentalidade de crescimento está justamente na ideia de
que se pode aumentar a capacidade do próprio cérebro para aprender e resolver
problemas. Por isso, é muito relevante considerar este aspecto para qualquer
intervenção psicopedagógica. A seguir, apresentamos algumas crenças
dominantes
em pessoas com mentalidade fixa e de crescimento:
Poder dos erros e das dificuldades
Todo erro é uma tentativa de acerto e deve ser compreendido como fonte de
inspiração para novas tentativas. O problema é que a forma como se lida
com o
erro acaba por fortalecer o sentimento de impotência e fracasso dos
estudantes e,
com isso, consolidar o mindset fixo. Os estudos de Boaler (2018) citam o
trabalho
do psicólogo Jason Moser que apresentou os mecanismos neurais que
Isso quer dizer que os erros ocasionam disparos nos cérebros e fazem com que o
estudante aprenda mais, ou seja, quando o cérebro é desafiado ele cresce. Mais surpreendente
ainda, é que estes mesmos estudos, citados por Boaler (2018), apontam
que ao mapear as reações do cérebro, constatou-se que os estudantes com a mentalidade
fixa erram menos que os estudantes com a mentalidade de crescimento.
Errar é normal, sobretudo, quando se trata de aprender algo novo, no entanto,
o erro ou a compreensão dele não pode ser algo banalizado. O que se quer dizer
com isso é que o erro possibilita obter a atenção consciente sobre o que está
se aprendendo como parte do processo, pois quando se comete erros, o cérebro
dispara sinais e assim cresce, ampliando suas possibilidades.
A cada momento, nossos cérebros têm oportunidades de fazer conexões,
fortalecer rotas existentes e formar rotas novas. Quando nos deparamos com uma
situação desafiadora, em vez de nos afastarmos por medo de não sermos bons o
suficiente, devemos mergulhar, sabendo que a situação oferece oportunidades
de crescimento cerebral.
Antes de passar para as estratégias capazes de desenvolver
a sua alta performance cognitiva, releia as
ideias-chave apresentadas até o momento:
PADRÃO
Padrão
HORA DE COMPARTILHAR: COMO VOCÊ ACREDITA QUE MAIS APRENDE?
ADAPTABILIDADE
Padrão
PADRÃO
Você já viveu a situação de ter usado o celular para fazer uma busca na internet,
consultando o preço de um par de tênis, por exemplo e, depois, viu seu e-mail
e redes sociais invadidos de propagandas desse mesmo produto? Já parou para
pensar de que modo as lojas de tênis ficam sabendo que você está interessado
em comprar um par?
É interessante como em nosso dia a dia lidamos com níveis altíssimos de
tecnologia e nem nos damos conta disso, a ponto de corrermos o risco de termos
nossas ações dirigidas por conteúdos veiculados pela internet.
Sim, somos influenciados pelo que lemos e assistimos na internet (e não só nela).
Vamos voltar ao exemplo do tênis. Talvez sua pesquisa inicial sobre os modelos fosse
apenas por curiosidade ou para passar o tempo, mas, ao receber várias propagandas,
observou que, numa das lojas, o preço estava bem mais baixo e, num impulso, comprou
um par de tênis, mesmo que o seu ainda estivesse em bom estado.
Você já deve ter percebido que o domínio do conhecimento é poder!
Perceber a existência de vários tipos de conhecimento que se entrecruzam
para orientar nossas ações diárias e que podemos escolher a qual deles dar mais
espaço, é um caminho para que possamos compreender melhor o mundo que nos
cerca. Compreender como a produção científica foi se desenvolvendo e gerando
a sociedade complexa na qual nos acostumamos a viver, abre possibilidades
imensas, seja no seu futuro exercício profissional, ou em sua vida como cidadão.
Já pensou se mais pessoas compreendessem o funcionamento da ciência e
da tecnologia? Imagine-se no espaço profissional que você enfrentará ao final
da graduação que está fazendo, quanto conhecimento já existe e quanto ainda
há a descobrir. Será você uma das pessoas que no futuro desenvolverão uma
nova tecnologia ou equipamento para melhorar a produtividade das empresas
ou a vida das pessoas?
Refletir sobre estes exemplos e questões nos leva ao tema que abordaremos
a seguir: o impacto da ciência e da tecnologia na vida das pessoas e, em consequência,
da sociedade como um todo.
OS TIPOS DE CONHECIMENTO
Padrão
Figura 1 - Tipos de conhecimento / Fonte: a autora.
Mito
O mito é uma forma de organização da realidade a partir da experiência sensível. É
possível supor que o mito foi a primeira forma de conhecimento que surgiu, mas
isso não significa que ele tenha sido superado pelos demais. Ao contrário, continua
presente e orientando as ações de muitas pessoas na atualidade. De certo modo, a
primeira forma de leitura do mundo pela criança é mítica, baseada na imaginação,
no mágico. Mas, espera-se que, com a ampliação dos níveis de conhecimento,
as pessoas possam relativizar o peso do mito na compreensão do mundo.
Arte
É uma forma de relação do ser humano com a realidade tentando interpretá-la, presente
em todas as culturas humanas desde a pré-história, questionando, interpretando
e desafiando a realidade. A expressão artística assume várias linguagens, como as
artes plásticas (pintura, escultura, desenho), a dança, a música, o cinema e a literatura.
Ela tem um poder enorme de representar como uma pessoa ou um grupo social
se sente ante a realidade, atinge pessoas pelos sentimentos que permite aflorar,
não necessitando de discurso verbal ou matemático. É, por isso, que determinadas
músicas, por exemplo, tornam-se hino de resistência, de luta, ou de amor à pátria.
A arte tem uma função social ao expor as características históricas e culturais de
determinada sociedade, ou seja, ao acessar as expressões artísticas de uma época
e/ou povo, é possível compreender como as pessoas viviam, pensavam, amavam,
sofriam e produziam.
Senso comum
É o conhecimento espontâneo, aprendido no dia a dia, nas interações com as
demais pessoas do grupo social a que pertence cada pessoa. Pode-se dizer que
ele é a soma, a mistura de fragmentos de vários tipos de conhecimento, como a
ciência e o mito, mesclado com imaginação, desejos e vivências do sujeito.
Ele é racional, ou seja, é um movimento de buscar a compreensão do mundo
para além do mito, mas “faz uso não refletido da razão” (ARANHA; MARTINS,
1998, p. 70), pois se mantém ligado à familiaridade, à proximidade que a pessoa
tem com o objeto de conhecimento. Como cada indivíduo organiza de modo
diferente as vivências e conhecimentos a que tem acesso, ele é uma “organização
particular das experiências práticas do sujeito cognoscente” (LAKATOS; MARCONI,
2003, p.77). Por isso, o senso comum não pode ser submetido a uma
análise lógica, nem generalizado como forma de explicação do real. O senso
comum engloba o bom senso, ou seja, a:
É o caso de pessoas que, mesmo sem terem tido acesso a níveis mais
elevados de
estudo, encantam-nos com seu conhecimento sobre o mundo, com a
clareza que
conseguem enxergar a realidade sem se deixarem levar por modismos,
ideologias
Filosofia
É uma postura ante o mundo, buscando compreendê-lo por meio da razão. Ela
busca ir além das aparências dos fenômenos, assumindo uma atitude de dúvida,
de questionamento ao status quo (expressão latina que significa “o estado das
coisas”, ou seja, o modo como as coisas estão sendo). Para isso, examina cada
fenômeno no contexto mais amplo em que ele ocorre (valores sociais, históricos,
econômicos, políticos, éticos e estéticos) e pode ter como objeto qualquer realidade
humana. A filosofia tem por características:
Ciência
Segundo Aranha e Martins (1998, p. 98), utiliza métodos rigorosos, com a intenção
de “alcançar um conhecimento sistemático, preciso e com a maior objetividade
possível”. Ela surgiu da filosofia, mas foi se separando dela a partir do
Renascimento, quando vai se constituindo o método e o objeto dos diversos
ramos da ciência hoje reconhecidos. Foi também a partir do Renascimento que
a ciência assumiu características mais utilitárias, ou seja, seu valor passou a ser
medido pelo uso ou utilidade imediata dos conhecimentos que produz na resolução
de problemas práticos (CHAUÍ, 1994).
PADRÃO
Padrão
RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE
A vida em sociedade, a ciência e a tecnologia se entrecruzam o tempo todo.
Embora a criação de instrumentos e técnicas acompanhe o ser humano desde
sempre, com o desenvolvimento da ciência, esse processo se acelerou de maneira
nunca vista, pois a aplicação dos conhecimentos científicos permitiu a descoberta/
criação de técnicas cada vez mais precisas, num círculo vicioso – ou virtuoso –
em que cada nova técnica ou instrumento gera novas necessidades e estas geram
novos conhecimentos e técnicas.
Podemos visualizar isso tomando como exemplo a pandemia de Covid-19.
Mediante o aparecimento desse vírus, inúmeros cientistas se puseram a estudar
seu mecanismo de ação e, consequentemente, vários laboratórios se dedicaram
a criar e produzir vacinas (uma tecnologia). Foi possível observar uma “corrida”
dos laboratórios para conseguirem mapear o vírus e produzir a vacina, não somente
em benefício da sociedade, mas também porque o domínio desse saber
significaria vantagens econômicas.
A pandemia também instigou o desenvolvimento de outras tecnologias,
como dispensadores de álcool gel, aplicativos de gravação e transmissão de aulas,
máscaras mais adequadas etc. Modificou também aspectos como o trabalho
(muitas empresas descobriram o home office), o comércio (as compras pela in-
ternet cresceram de maneira exponencial), a construção civil (apartamentos com
espaço para home office são cada vez mais valorizados), além de ter impulsionado
o número de pessoas que passaram a valorizar uma vida mais simples e próxima
da natureza.
UTILIDADE PRÁTICA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA
A esta altura, possivelmente, você já se deu conta do quanto a ciência é importante
Deixamos de perceber que
em nossa vida, mas a maioria da população leiga tem uma imagem pouco em
amigável dela. É comum as pessoas imaginarem os cientistas como gênios vestidostodas as áreas, da
de jaleco branco, que passam o dia enfiados num laboratório, ou ainda, agropecuária
como pessoas que são extremamente inteligentes, mas um pouco “fora do real”. à exploração espacial,
passando
pela medicina e pela
educação,
há aplicações práticas
da ciência. Não haveria, por
exemplo, televisão, chuveiro
ou mesmo computadores
sem pesquisa científica sobre
a
eletricidade e,
posteriormente,
sua aplicação em forma de
tecnologia. Do mesmo modo,
a economia, a geografia e a
sociologia, por exemplo,
fornecem
O papel da ciência e da tecnologia é cada vez mais importante também para o
enfrentamento de desafios novos e relevantes, tais como a sustentabilidade
das
pessoas e do próprio planeta. Não é mais possível pensar em
desenvolvimento
e crescimento econômico sem levar em conta o que indicam as pesquisas
sobre
clima, e desmatamento, por exemplo. Cada vez mais o mercado mundial
deseja
produtos com menos impacto ambiental e para conseguir isso, num custo que
permita a sobrevivência e o crescimento da empresa, é preciso investir em
pesquisa,
ou seja, ciência.
Importante, a esta altura, citar que também existem tecnologias sociais, que
procuram se aprofundar nos problemas da sociedade e apresentar soluções
para
o desenvolvimento da população. Elas visam à melhoria da qualidade de vida
e
a inclusão de todas as pessoas nos avanços que a humanidade foi
produzindo
Talvez você tenha estranhado os exemplos citados
de tecnologias sociais, pois pode ter deixado se levar
pelo que o senso comum compreende como tecnologia,
ou seja, apenas o que implica no uso de equipamentos
ou ainda, o que é informatizado. Mas nem
só o que é "on" é tecnologia, não é necessário estar conectado.
Os processos, métodos que permitem que o ser humano vá além do
que conseguiria sem eles, também são tecnologias.
Todas estas transformações, sejam no âmbito do mercado (produção para
obtenção de lucro) ou das necessidades sociais, trazem consigo a necessidade
de pessoas e profissionais que estejam aptos a viver e produzir nesta realidade
de constante inovação científico-tecnológica. É preciso que as pessoas possam
viver com dignidade, além de compreender e interferir na “complexidade dos
fenômenos mundiais que estão em curso e dominar a incerteza que existe em
todos nós” (WERTHEIN; CUNHA, 2000, p. 20).
Por isso, no que diz respeito à preparação para o trabalho, não basta mais formar
para um ofício, é preciso preparar as pessoas para um mercado de trabalho
em constante mudança.
O ciclo estabelecido entre necessidade humana e desenvolvimento de novos
conhecimentos é constante e os saberes gerados modificam o comportamento
humano, impactando fortemente o modo como as coisas são produzidas.
Por isso, na atualidade, em todas as áreas profissionais, é preciso estar sempre
atento às mudanças.
Vimos que existem vários tipos de conhecimento e que eles se entrecruzam
para dirigir nossa vida, mas que, dependendo da época histórica, algumas formas
têm mais força do que outras. Na atualidade, embora todas as formas estejam
presentes no dia a dia a produção, ou seja, a economia, dependem fortemente
da ciência e da tecnologia.
Descobrir novas matérias-primas ou novas aplicações para as já conhecidas,
propor novos métodos ou processos pode ser o diferencial para uma empresa
sobreviver num ambiente altamente competitivo.
NOVOS DESAFIOS
Em todas as áreas profissionais surgem inovações, que são aplicações práticas
da produção científica. Como a produção científica e tecnológica estão cada vez
mais aceleradas, seus resultados são cada vez menos duradouros, o que implica
estarmos constantemente aprendendo e nos adaptando.
Por isso, cada um de nós tem responsabilidade em relação ao que faz com os
conhecimentos a que tem acesso. Um engenheiro civil, por exemplo, se tiver
consciência ambiental, jamais proporá a construção de um prédio em que o
encanamento permita que os dejetos sejam misturados à água das chuvas.
A formação das futuras gerações depende de professores que compreendam a
forte relação entre ciência tecnologia e sociedade; quem trabalha no setor de
serviços
tem responsabilidade sobre o descarte correto do lixo, por exemplo. Dito de
outro modo, todo e qualquer pessoa, seja em sua vida como cidadão ou como
profissional, tem um espaço de decisão, em relação as suas ações e quanto
mais
compreende como o conhecimento é produzido e aplicado, melhores condições
PÁGINAS DAS AUTOATIVIDADES DA UN. 1
35, 36, 37, 64, 65, 66, 67, 91 E 92.
RECADOS PAROQUIAIS
REALIZE AS ATIVIDADES DO LIVRO.
REALIZE AS AVALIAÇÕES.
UTILIZE A TRILHA DE APRENDIZAGEM.
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