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Atos Ilícitos

Anotações faculdade de Direito.
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Alice Bastos – 2º período Bacharelado em Direito 1

ATOS ILÍCITOS
Fonte de obrigação de indenizar ou ressarcir o prejuízo causado. É ato voluntário e consciente, ato sem consciencia
não pode ser ato ilícito.

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Ex: se um motorista comete várias infrações de trânsito mas não atropela ninguem, nenhuma indenização será
devida. A obrigação de indenizar decorre da violação de direito E do dano, concomitantemente.

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites
impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

 RESPONSABILIDADE CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL:


 CONTRATUAL: causar prejuízo por descumprir um dever contratual (ex: ator que não comparece em
show contratado). Acarreta responsabilidade de indenizar por perdas e danos (art. 389, CC).
o O inadimplemento presume-se culposo.

 EXTRACONTRATUAL ou aquiliana (art. 186 e 187, CC): responsabilidade não deriva de contrato, mas
de infração de dever de conduta (art. 927, CC). Consequência igual a contratual.
o O lesado deve provar culpa ou dolo do causador do dano.
o PRESSUPOSTOS:
 Ação ou omissão;
 Culpa ou dolo;
 Relação de causalidade;
 Dano.

 Responsabilidade = recomposição, obrigação de restituir ou ressarcir.

 A ilicitude é chamada de CIVIL ou PENAL dependendo exclusivamente da norma jurídica violada.

 RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL:


 CIVIL: o patrimônio do devedor responde por suas obrigações. Qualquer ação ou omissão pode gerar
responsabilidade desde que viole direito e cause prejuízo a outrem. O menor de 18 responde pelo
prejuízo que causar.

 PENAL: é pessoal, intransferível, o réu responde por privação de liberdade. A tipicidade é um dos
requisitos do crime. Somente os maiores de 18 anos respondem.

 RESPONSABILIDADE SUBJETIVA E OBJETIVA:


 SUBJETIVA: a culpa é pressuposto necessário do dano indenizável.

 OBJETIVA: mesmo sem culpa, deve reparar. Satisfaz com o dano e o nexo de causalidade, em alguns
casos, a culpa é presumida (ex: presume-se a culpa do dono do animal que venha causar dano a
outrem). A teoria do risco busca justificar a responsabilidade objetiva, dever de reparar ainda que
isento de culpa.

 IMPUTABILIDADE E RESPONSABILIDADE: para praticar ato ilícito e seja obrigado de reparar o dano, é
necessário que tenha capacidade de discernimento.
Alice Bastos – 2º período Bacharelado em Direito 2

 RESPONSABILIDADE DOS PRIVADOS DE DISCERNIMENTO (amental, louco ou demente): não é


responsável civilmente. Se causar dano, o ato será equiparado à força maior ou caso fortuito
(inopinado). Se a responsabilidade não puder ser atribuída ao encarregado da sua guarda, a vítima
ficará irressarcida (não será indenizada).

o A responsabilidade civil do incapaz pela reparação dos danos é subsidiária e mitigada (CC,
art. 928). Subsidiária porque apenas ocorrerá quando os seus genitores não tiverem meios
para ressarcir a vítima; é condicional e mitigada porque não poderá ultrapassar o limite
humanitário do patrimônio mínimo do infante (CC, art. 928, par. único e En. 39/CJF); e deve
ser equitativa, tendo em vista que a indenização deverá ser equânime, sem a privação do
mínimo necessário para a sobrevivência digna do incapaz (CC, art. 928, par. único e En.
449/CJF). Nesse caso, ficará a vítima irresarcida.

 RESPONSABILIDADE DOS MENORES: absolutamente (-16 anos) e relativamente incapazes (entre 16


e 18).
o Os pais serão responsabilizados, a vítima não ficará irressarcida. O filho só responde se os
responsáveis não tiverem obrigação de o fazer ou não dispuserem de meios suficientes.

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;

II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem
absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.

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