REVISÃO DE ORTOPEDIA
ANAMNESE NO TRAUMA ORTOPÉDICO
- idade
- mecanismo do trauma
* Trauma com a mão estendida → muito comum em várias idades, mas dependendo da idade
vai ter um local de fratura mais típica
* Extremidade proximal do úmero → idoso
CONSOLIDAÇÃO → precisa de aporte sanguíneo + estabilidade
CONSOLIDAÇÃO PRIMÁRIA
- compressão interfragmentária feita pela placa no local de fratura
- SEM formação de calo ósseo
CONSOLIDAÇÃO SECUNDÁRIA
- formação de calo ósseo
- hematoma → calo mole e duro → remodelação óssea
Qual consolidação é melhor → não tem, as duas são boas
- consolida sem deixar cicatriz, na biópsia não tem diferença entre as consolidações fica
igual um osso que nunca fraturou
PSEUDOARTROSE
- tratamento da fratura que mesmo assim não consolidou
- no mínimo após 9 meses de tratamento
- causa: algum dos 2 fatores da consolidação não aconteceu
- Tipos
1) pata de elefante → chega sangue mas não tem estabilidade
adequada
2) ponta de lápis → falta aporte sanguíneo (nutrientes) para formar
o osso
- mudar tratamento após diagnóstico
→ abordagem cirúrgica, alterar estabilização, encurtar fratura…
COMPRESSÃO INTERFRAGMENTÁRIA
Principalmente fraturas articulares precisam de redução e estabilização → compressão entre
fragmentos. Formas de gerar compressão para consolidação primária (necessidade de redução
anatômica e compressão absoluta):
- parafuso a 90º com a linha de fratura (não com o osso) → túnel liso e túnel ranhurado →
gera consolidação primária
- placa → buracos ovalados com parafusos excêntricos →
aperta parafuso e placa gera compressão
- banda de tensão
HEMATOMA FRATURÁRIO
- principalmente na fratura exposta (solução de continuidade do hematoma fraturário
com o ambiente externo)
- sempre ocorre na fratura dos ossos
- a capa do hematoma é o periósteo
- vantagem → estéril e rico em células que ajudam na consolidação
- história natural de uma fratura fechada é a consolidação → hematoma tem grande
importância nisso
- fratura exposta tem maior dificuldade de consolidar + infecção → rompimento de
hematoma → pior prognóstico
FRATURA EXPOSTA
Tipo I → < 1cm ferida puntiforme, tem contaminação mínima, pouca lesão e menor risco
Tipo II → intermediária, > 1cm, tudo moderado
Tipo III → ferida > 10cm, alta contaminação e lesão
III A → ferida grande mas fecha totalmente com tratamento
III B → perda de substância (pele, subcutâneo) dificultando fechamento, pode ter
músculo exposto, não pode deixar osso e tendão expostos
III C → ferida grande, alta contaminação e lesão com lesão vascular que requer reparo
I e II → cefazolina EV por 72h (pode usar de 3º geração se não tiver outra opção)
III → cefazolina + gentamicina (cefalosporina 1º geração + aminoglicosídeo)
*se associado com lesão rural ou em rios, adicionar penicilina ou metronidazol
→ curativo estéril (não precisa debridar) + imobilização + iniciar ATB
Fixador externo → fratura exposta tem alto risco de infecção → inicia cuidados e estabilização
para evitar mais lesões de partes moles pelos ossos soltos
- dois pinos proximais da fratura e dois pinos distais da fratura unindo com as barras do
fixador externo
- muda a espessura dos pinos → quanto mais grosso mais estável → avaliar por qual osso é
(fêmur necessita de mais estabilidade)
- pode ser fixador de 1 plano ou mais de um para aumentar estabilidade
- fixadores que fazem reconstrução → maiores e em mais planos, usados quando tem
mais critérios de gravidade da lesão (osteomielite…)
FRATURA EM LIVRO ABERTO
• Alta mortalidade
• Até 2 cm → fratura estável
• Maior que 2cm → lesão da articulação sacroilíaca → pode ter instabilidade hemodinâmica
- hemi-ascensão pélvica
• Não encontra outros focos de sangramento + abertura > 2,5 cm → pensar em sangramento
pélvico → plexo venoso sacroilíaco
* Paciente com lesão arterial é muito
mais grave, paciente geralmente nem
chega no PA
Fixa pelve fechada com compressão com
fixador externo nos trocanteres
FRATURAS DOS MEMBROS SUPERIORES
ÚMERO
→ Séria trauma do ombro: AP verdadeiro (não tem sobreposição da cabeça do úmero e
glenóide) + perfil da escápula + axilar
→ Quanto maior o número de partes maior a chance de necrose de cabeça de úmero
maioria dos tratamentos é conservador, tipóia e tratar dor
→ Mecanismo trauma → indireto, queda sobre a mão
→ Tratamento: várias opções, sem nenhuma superior
- conservador com tipóia (se sem grande desvio, aporte sanguíneo adequado)
- placa
- haste intramedular
- prótese
LUXAÇÃO GLENOUMERAL
- anterior e posterior
- anterior é mais comum
- posterior → comum em choque elétrico, contração muito intensa, mas mesmo assim a
luxação anterior no choque elétrico é mais comum
- sinal da dragona (tipo uma ombreira que o osso pra fora faz)
- tratamento: técnicas de redução
- teste de apreensão → identifica instabilidade glenoumeral → tem duas cirurgias
possíveis
CLAVÍCULA
FRATURA DO TERÇO MÉDIO DA CLAVÍCULA É CONSERVADOR → tipoia e analgesia
- trauma direto sobre ombro
- úmero nao fratura
Terço lateral da clavícula → cirúrgico
LUXAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR
ligamentos → acromioclaviculares, coracoclaviculares
medida da distância e avaliar se cirúrgico ou não
Evita cirurgia até o tipo 3, o 4 e 5 opera
LUXAÇÃO DO COTOVELO
É urgência ortopédica!
- acotovelamento dos vasos → prejudica circulação
- cartilagem da superfície articular precisa de nutrição do líquido sinovial → quando luxa
não tem boa nutrição da cartilagem → pode ter condrólise (morte da cartilagem)
Redução do cotovelo
FRATURA DA DIÁFISE DO ÚMERO
PADRÃO OURO → estabilização por placa em ponte
Consolida muito bem, vários tratamentos
Imobilização em pinça de confeiteiro
FRATURA DA EXTREMIDADE DISTAL DO ÚMERO
Mais difícil de tratar, mais grave
Pode acometer nervo radial → mão caída → cirurgia
Se tiver neurotmese não tem como consertar (ruptura total do nervo)
Tratamento com placas → não podem terminar no mesmo local
Tratamento com Osteotomia do olécrano (osteotomia de Chevron)
Tratamento com osteossíntese por banda de tensão
- transforma as formas de distração em tensão entre fraturas
- MESMO TRATAMENTO NA FRATURA DO OLÉCRANO
TRÍADE TERRÍVEL DO COTOVELO
Lesão do coronóide + cabeça do rádio + luxação do cotovelo
Prótese da cabeça do rádio
LESÃO DA CABEÇA DO RÁDIO → sempre pedir tomografia
Queda com mão esticada
Conservador quando simples
Fratura em vários pedaços → prótese, síntese com parafuso
Avalia se necessita de cirurgia guiado pelo exame físico (dedão na cabeça do rádio e avaliar
movimentos)
OSSOS DE ANTEBRAÇO
sempre cirúrgico no adulto → duas placas terminando em locais diferentes
* em criança → lesão em galho verde → do lado do trauma não quebra, quebra o lado oposto →
redução e estabilização
- se necessário cirurgia passa dentro do osso os fios de kirchner
FRATURA EM CACETETE
defende de paulada → fratura da ulna
maioria conservador se não tiver desvio
FRATURA DE COLLES (rádio) parece um dorso de garfo
de smith → cai com dorso da mão
Fratura redutível estável → gesso
Fratura redutível instável → cirurgia com fios
Fratura irredutível → placas