A norma determina que o JCP seja calculada com base nas seguintes
contas:
Capital social integralizado
Reservas de capital
Reservas de lucros, exceto a reserva de incentivo fiscal
Ações em tesouraria
Lucros ou prejuízos acumulados
A IN Normativa 2.201 de 15 de julho de 2024 – limitou as contas
passiveis de serem utilizadas na base de cálculo do JCP na
prática limitou o que deve ser lançado dentro das contas.
Art. 75. Para efeitos de apuração do lucro real e do
resultado ajustado a pessoa jurídica poderá deduzir os
juros sobre o capital próprio pagos ou creditados,
individualizadamente, ao titular, aos sócios ou aos acionistas,
limitados à variação, pro rata die, da Taxa de Juros de Longo
Prazo (TJLP) e calculados, exclusivamente, sobre as seguintes
contas do patrimônio líquido:
I – capital social integralizado; (Redação dada pelo(a)
Instrução Normativa RFB nº 2201, de 15 de julho de 2024)
II – reservas de capital de que tratam o art. 13, § 2º, e o art.
14, parágrafo único, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de
1976; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 2201,
de 15 de julho de 2024)
III – reservas de lucros, exceto a reserva de incentivo
fiscal de que trata o art. 195-A da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976; (Redação dada pelo(a) Instrução Normativa
RFB nº 2201, de 15 de julho de 2024)
IV – ações em tesouraria; e
V – lucros ou prejuízos acumulados. (Redação dada pelo(a)
Instrução Normativa RFB nº 2201, de 15 de julho de 2024)
§ 1º Para fins de cálculo da remuneração prevista neste artigo:
I – a conta capital social, prevista no inciso I do caput,
inclui todas as espécies de ações previstas no art. 15 da Lei
nº 6.404, de 1976, ainda que classificadas em contas de
passivo na escrituração comercial da pessoa jurídica;
II – os instrumentos patrimoniais referentes às
aquisições de serviços nos termos do art. 161 somente
serão considerados depois da transferência definitiva da
sua propriedade.
III – as contas de reservas de capital previstas no inciso
II do caput são compostas pela parcela do preço de
emissão de ações que ultrapassar o seu valor
nominal ou, caso não haja valor nominal, pela parcela
destinada à conta de reserva de capital, nos termos da Lei
nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; (Incluído(a) pelo(a)
Instrução Normativa RFB nº 2201, de 15 de julho de 2024)
IV – as contas de capital social e de reservas de
capital previstas nos incisos I e II do caput considerarão os
valores dos atos societários que deram origem às
referidas contas, não podendo ser consideradas as
diferenças entre esses valores e aqueles registrados na
escrituração comercial, tais como: (Incluído(a) pelo(a)
Instrução Normativa RFB nº 2201, de 15 de julho de 2024)
a) diferenças entre o valor justo na emissão de
ações registrado na contabilidade e o preço de
emissão das ações constante do ato societário; e (Incluído(a)
pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 2201, de 15 de julho de
2024)
b) outros lançamentos contábeis efetuados a débito ou
crédito de ativo ou passivo em contrapartida diretamente à
conta de patrimônio líquido, sem transitar pelo resultado.
(Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 2201, de 15 de
julho de 2024)
V – a conta de reserva de lucros de incentivo
fiscal prevista no inciso III do caput é composta
pela destinação da parcela do lucro líquido decorrente de
doações ou subvenções governamentais para
investimentos, nos termos da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, inclusive as parcelas que tiverem sido
destinadas ao capital social e à reserva de capital;
(Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 2201, de 15 de
julho de 2024)
VI – a conta de lucros acumulados prevista no inciso V do
caput é aquela apurada no decorrer do exercício social,
antes da destinação;(Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa
RFB nº 2201, de 15 de julho de 2024)
VII – não serão consideradas, nas contas de patrimônio
líquido previstas nos incisos I a V do caput, as variações
positivas decorrentes dos atos societários com as
seguintes características, cumulativamente: (Incluído (a)
pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 2201, de 15 de julho de
2024)
a) forem praticados entre as partes
dependentes previstas no art. 189, caput, incisos I e II;
(Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 2201, de 15 de
julho de 2024)
b) não envolverem efetivo ingresso de ativos na pessoa
jurídica, com aumento patrimonial em caráter definitivo,
independentemente do disposto nas normas contábeis.
(Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 2201, de 15 de
julho de 2024)
VIII – deverão ser considerados: (Incluído(a) pelo(a)
Instrução Normativa RFB nº 2201, de 15 de julho de 2024)
a) eventuais lançamentos contábeis redutores, efetuados
em rubricas de patrimônio líquido que não estiverem
previstas no caput, quando decorrerem dos mesmos fatos
que deram origem a lançamentos contábeis positivos efetuados
em rubricas previstas no caput; e (Incluído(a) pelo(a) Instrução
Normativa RFB nº 2201, de 15 de julho de 2024)
b) os valores negativos registrados em conta de ajuste
de avaliação patrimonial, decorrentes de atos societários
entre as partes dependentes previstas na alínea “a” do
inciso VII. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº
2201, de 15 de julho de 2024)
§ 1º-A. Para fins do disposto no § 1º, os atos
societários incluem aqueles relativos ao aumento de
capital integralizado em bens e direitos, incorporação de
ações, fusão, cisão e incorporação. (Incluído(a) pelo(a)
Instrução Normativa RFB nº 2201, de 15 de julho de 2024)
§ 1º-B. Não se aplica o disposto no inciso VIII do § 1º no
caso de o lançamento contábil já ter sido desconsiderado no
cálculo da remuneração por força do disposto no inciso
VII do § 1º. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº
2201, de 15 de julho de 2024).
Capital social integralizado;
Reservas de capital previstas no Art. 13, § 2º e 14, § único da
Lei nº 6.404/1976;
Reservas de lucros, exceto a reserva de incentivo fiscal do Art.
195-A da Lei nº 6.404/1976;
Ações em tesouraria e
Lucros ou prejuízos acumulados.