Dietas Pré-Contest para Fisiculturismo
Dietas Pré-Contest para Fisiculturismo
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PRÉ-CONTEST ............................................................................................................................................................................................ 6
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Este e-book abordará sobre dietas pré-contest, ou seja, a dieta antes de competição de um atleta
de fisiculturismo. Primeiramente, precisamos deixar claro alguns conceitos para o melhor entendimento
do assunto abordado ao longo deste e-book. O período off season é o período fora de competição, na fase
de ganho ou manutenção da massa muscular. Embora no período off season o atleta não esteja
direcionando a dieta para competição, ele tem conhecimento que em determinado momento precisará
subir ao palco e em visto disso a dieta também precisa ser planejada (realizar um off season inadequado
pode prejudicar o físico e a saúde do atleta). Ao contrário, o período pré-contest é referente a fase de
preparação, direcionando a dieta e o treino para competição. A dieta pré-contest consiste em uma dieta
hipocalórica visando reduzir o percentual de gordura corporal e ao mesmo tempo manter ou ganhar massa
muscular.
Além dos conceitos de off season e pré-content, há os conceitos “bulking” e “cutting”. O bulking
é referente a fase de ganho de massa muscular (dieta hipercalórica) e está incluído no período off season.
O cutting é referente a uma dieta para definição muscular (redução do percentual de gordura corporal –
dieta hipocalórica). Muitos de vocês podem se perguntar qual a diferença entre dieta pré-contest e
cutting. Na dieta pré-contest, o atleta tem como objetivo atingir um físico competitivo para o dia da
atrelado a competição. Nesse sentido, um indivíduo que está em off season pode realizar um cutting caso
objetivo do indivíduo. É importante deixar claro que o período off season não indica que o indivíduo estará
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percentual de gordura, ou até mesmo em uma dieta normocalórica visando a manutenção do físico.
normalmente de 8 a 20 semanas. O período de duração irá depender da condição do atleta no período off
season, de como o físico responde a dieta (como é o metabolismo do atleta) e do objetivo. Por exemplo,
caso o atleta esteja com um percentual de gordura alto, o período pré-contest precisará ser maior (por
esse e outros motivos que é importante cuidar o período off season e não apenas o período pré-contest).
De qualquer forma, é importante compreender que um tempo maior de pré-contest evita estratégias
extremistas (fármacos, termogênicos, esteroides), as quais podem prejudicar a saúde e o físico do atleta.
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GASTO ENERGÉTICO E CÁLCULO DE DIETA
O gasto energético total diário (GET) tem três componentes: a taxa metabólica basal (TMB:
energia mínima para o nosso organismo manter suas funções normais); a termogênese induzida pela dieta
(TID) ou efeito térmico dos alimentos (ETA): gasto de energia do organismo para digerir, absorver e
metabolizar os macronutrientes); e o gasto energético da atividade física (GAF: energia consumida para
A TMB só pode ser medida em condições de laboratório muito restritas, e o mais usual é medirmos
o gasto energético de repouso (GER), um pouco superior a TMB (cerca de 3-5%). O GER pode ser medido
com o uso da calorimetria indireta ou ser estimado por equações, como as fórmulas de Harris-Benedict
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fisioculturistas, portanto, não são adequadas para calcular o gasto energético desses atletas, uma vez
que irão subestimar o GER. Essa questão abordada não é exclusiva de fisioculturistas, mas sim para
indivíduos com uma quantidade maior de massa muscular, pois eles apresentam um GER maior do que a
média da população. Nesse sentido, para indivíduos que apresentam uma quantidade maior de massa
muscular em comparação com a média da população, há duas fórmulas que podem ser aplicadas: Tinsley
e cunningham (tabela 2.1). Reparem que ambas as fórmulas não dependem da idade e do sexo, elas
consideram principalmente o peso ou a massa livre de gordura (MLG). Essas equações não podem ser
utilizadas para indivíduos eutróficos ou obesos, uma vez que elas foram desenvolvidas exclusivamente
Tabela 2.1 - Equações de Cunningham e Tinsley para cálculo do GER de fisiculturistas e indivíduos com
físico atlético. P é o peso e MLG é a massa livre de gordura. São as mais indicadas para o cálculo do GER
de indivíduos com grande volume muscular e percentual de gordura relativamente baixo.
Calculando o gasto energético de repouso (GER) do indivíduo, podemos estimar seu gasto
energético diário (GET) se conseguirmos estimar seu gasto de atividade física (GAF). Por simplicidade,
uma forma de estimar o GET é multiplicar o GER por um fator relacionado ao gasto energético da atividade
física, o fator atividade (FA). A tabela 2.2 apresenta números aproximados para o fator atividade de acordo
com nível de atividade física do indivíduo. É importante deixar claro que o FA irá depender de todas as
atividades físicas que o indivíduo realiza ao longo do dia e não apenas o treino (por exemplo, caminhar
até a farmácia ou mercado, trabalhar muitas horas em pé e/ou subindo e descendo escada). Os valores
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dificilmente o FA passará de 1,7 ou 1,8. Sendo assim, o gasto energético diário é dado por:
GET = GER x FA
Tabela 2.2 - O fator atividade (FA) deve ser multiplicado pelo GER para encontrar o cálculo do GET (GET
= GER x FA).
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PRÉ-CONTEST
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fisioculturista em que o atleta busca maximizar a perda de gordura, mantendo a massa muscular.
Obviamente que o condicionamento (percentual de gordura) a ser atingido vai depender muito do objetivo
e em algumas categorias do fisiculturismo o percentual de gordura não chega aos níveis extremos mais
baixos (4-5%).
musculação costuma ter um volume maior e menor intensidade devido à restrição de calorias e desejo de
maximizar o gasto energético. Além disso, boa parte dos fisioculturistas e atletas fitness utilizam
hormônios esteroides e drogas termogênicas (hormônios tireoidianos, clembuterol, efedrina, iombina etc.)
nesse período de preparação. O uso dessas substâncias maximiza a perda de gordura e favorece a
É importante o atleta manter um bom condicionamento no off season, ou seja, não acumular
muita gordura corporal. Em mulheres, não é interessante ultrapassar os 12-18% e em homens, 8-15%.
De forma prática, podemos considerar a camada de gordura da região abdominal. Não é recomendado
deixar o abdômen “desaparecer” no período off season. Além disso, o off do atleta deve sempre considerar
a categoria pretendida ao final do período pré-contest. Atletas de categorias fitness e mulheres (biquini,
welness) devem evitar uma grande diferença de peso entre o off season e o pré-contest (~3-5 kg de
diferença entre as duas fases), uma vez essa grande variação aumenta o risco da mulher ter efeito rebote
após a competição, prejudicando a longevidade da atleta no longo prazo (as atletas mais competitivas,
A tabela 3.1 ilustra o período indicado pré-contest considerando o percentual de gordura do atleta
no período off season. Um período bom de preparação seria no mínimo 3 - 4 meses. Alguns atletas mais
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seja extremamente importante, isso não significa o atleta que apresenta dobras menores estará sempre
a frente, uma vez que ele pode não apresentar um bom volume e proporção muscular.
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Na tabela 3.4 podemos observar um exemplo para melhor entendimento. Nesse exemplo, a
competição foi no dia 30/03/2019 e as últimas dobras foram aferidas no dia 29/03/2019, um dia antes
da competição. Reparem que o % de gordura muda a depender da fórmula utilizada (Faulkner ou Pollock).
Nesse sentido, não é possível dizer que o atleta está com 8,8% ou com 4,3%, pois os protocolos não são
100% confiáveis e muitas vezes não precisamos ficar presos a números (no dia da competição ninguém
irá fazer adipometria para verificar quem está com 5 ou 8% de gordura corporal).
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reduzem gradativamente as calorias, embora não seja necessário reduzir com muita frequência
(aconselha-se uma redução de 500-1000 kcal da dieta no período pré-contest, resultando em uma perda
média de ~0,5 kg por semana). A proteína na dieta pré-contest ficam na faixa de 2 a 3,5 g/kg. Nesse
período, é importante que a dieta seja hiperproteica por conta da saciedade e da manutenção da massa
muscular (principalmente se for natural e não tiver o efeito protetor dos esteroides). Esse fato ocorre
porque durante a restrição calórica e de carboidratos, o músculo esquelético torna-se o maior fornecedor
de aminoácidos para a gliconeogênese. Desse modo, dietas muito restritas em calorias e carboidratos
podem aumentar a perda de massa muscular por induzir uma maior degradação de proteínas musculares,
e uma forma de amenizar o catabolismo muscular é aumentando a proteína pela alimentação (mas não
adianta pensar que basta comer mais proteína para evitar o catabolismo muscular).
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Em um indivíduo natural, não é recomendado um déficit calórico maior do que 500-600 kcal, não
basta apenas aumentar a proteína da dieta para evitar o catabolismo muscular, uma vez que o tamanho
do déficit também irá impactar, além da velocidade da perda de peso (exceto em obesos, que a perda de
peso promovida precisa, na maioria das vezes, ser rápida). Por outro lado, em usuários de esteroides, o
déficit calórico pode ser maior porque os esteroides preservam a massa muscular.
Tabela 4.1 – Déficit calórico a ser aplicado em indivíduos eutróficos, sobrepeso, obesidade e usuário de
esteroides.
interessante retirá-lo da alimentação porque prejudica a performance e não otimiza a perda de gordura,
além de aumentar o catabolismo muscular. De forma geral, para iniciar o pré-contest, podemos trabalhar
carboidratos, uma vez que a redução das calorias e dos carboidratos promove diminuição nos níveis de
insulina e a insulina é um hormônio que retem sódio e água. Dessa forma, ao reduzir as calorias e os
carboidratos, ocorre maior excreção de água e sódio, reduzindo o peso corporal. Além disso, há redução
dos estoques de glicogênio e o glicogênio armazena água, logo, ao reduzir os carboidratos também há
Quanto menor o percentual de gordura, maior o risco de perder massa muscular e é por esse
motivo que indivíduos naturais tem dificilmente de chegar em um condicionamento extremo com
bastante massa muscular, principalmente se a perda de peso promovida for rápida. Ao contrário,
indivíduos que usam esteroides apresentam menos catabolismo muscular e, de maneira geral, conseguem
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EXEMPLO DE DIETA
Para exemplificar, vamos utilizar o exemplo de um homem de 31 anos, 86 kg, 1,72m, 12% de
gordura e FA de 1,6 (moderadamente ativo). Nesse caso, podemos observar pelo peso, altura e % de
gordura, que se trata se um indivíduo com maior volume muscular. Para o cálculo do GER, vamos utilizar
3 fórmulas e compará-las.
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Para descobrir o peso gordo do paciente, usamos o peso e o % de gordura (12%), e para descobrir o
60 x 0,12 = 10,3 kg
Nesse exemplo, iremos escolher a fórmula de Tinsley 1, que deu o menor valor entre as fórmulas.
Todavia, se você tem um paciente com metabolismo muito acelerado, é mais interessante usar a com
Partindo do GER de 2143 kcal, multiplicamos pela FA para encontrar o GET. Nesse exemplo, foi
utilizado o FA de 1,6.
• GET = GER x FA
Na sequência, escolhemos o déficit calórico. Esse indivíduo do exemplo utiliza hormônios, portanto, o
déficit calórico pode ser maior. O déficit calórico escolhido foi 800 kcal.
A partir do VET, podemos escolher as proteínas. É interessante começar com no mínimo 2,5 g/kg de
Dessa forma, rentam 67% das calorias para distribuir entre carboidratos e lipídeos. Conforme
mencionado, não é interessante excluir ou deixar os carboidratos muito baixos para não reduzir a
• Carboidratos (40%)
• 1052/4 = 263g
• Gorduras (27%)
• 710/9 = 79g
Agora que já escolhemos a quantidade calórica e dos macronutrientes, podemos elaborar a dieta.
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Após determinado tempo de dieta, é possível realizar uma nova redução (o tempo irá depender
da resposta do indivíduo, quantidade calórica, do tempo até a competição etc.). É importante deixar claro
que não será sempre necessário alterar a quantidade calórica, sendo avaliado pelo preparador do atleta,
seja nutricionista ou coach. Nesse caso, aumentamos a proteínas e diminuímos os carboidratos. Essa dieta
é principalmente na fase final de preparação e mesmo nessa fase não tem por que zerar os carboidratos.
Reparem também que o peso do atleta mudou para 80 kg, ajustando os macronutrientes de acordo com
o novo peso.
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No processo de perda de peso, há redução do metabolismo por conta da perda de peso. Todavia,
há uma redução maior do que o esperado, por exemplo, supondo que o GER de um indivíduo seja 2000
kcal e após perder 10 kg, o gasto que deveria ser 1800 kcal, fica em 1700 kcal. Essas 100 kcal são
referentes a termogênese adaptativa. Muitas pessoas acreditam que a termogênese adaptativa é uma
redução muito grande do metabolismo, mas felizmente isso não é verdade. Além disso, no processo de
perda de peso ocorre aumento de apetite. Esse fato faz com que muitas pessoas não consigam manter a
consistência da dieta e fracassem logo nas primeiras semanas ou meses de dieta. Esse aumento do apetite
durante a dieta acontece principalmente porque a restrição calórica e a perda de peso afetam diversos
hormônios responsáveis pelo controle da saciedade e da fome no hipotálamo. Ainda, à medida que o
indivíduo perde peso, ocorre aumento de eficiência mitocondrial, ou seja, o nosso músculo gasta menos
calorias (torna-se mais econômico), por exemplo, se antes o indivíduo gastava 250 kcal no aeróbico, após
tecido adiposo). A leptina é responsável por regular a ingestão energética e o peso corporal. A leptina
controla o apetite atuando no hipotálamo, inibindo neurônios que secretam peptídeos orexígenos (NPY,
AgRP) e estimulando neurônios que secretam peptídeos anorexígenos (POMC, CART). Além de controlar
a ingestão de calorias, a leptina também afeta o gasto energético. A redução da ingestão calórica e a
perda de gordura provocam redução dos níveis de leptina. Com a redução das concentrações de leptina,
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por conta da redução calórica e de carboidratos. Não somente a redução da leptina e da insulina, há
aumento dos níveis de grelina, hormônio secretado principalmente no estômago e responsável pelo
aumento da fome. Outros hormônios que controlam a saciedade também sofrem redução durante a
restrição calórica e perda de peso, entre os quais, a insulina, a colecistocinina (CCK), o PYY e a amilina.
Figura 6.1 - Embora a redução do gasto energético (termogênese adaptativa) dificulte o emagrecimento
no longo prazo, a principal explicação para a estagnação do peso no curto prazo e o posterior reganho de
peso é o aumento do apetite, devido às alterações que ocorrem nos hormônios que controlam a fome
(grelina) e a saciedade (leptina, insulina) (HALUCH, 2021).
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do aumento é proporcional a perda de peso. E esse é um dos motivos pelo qual não é interessante subir
muito de peso no off season, aumentando o percentual de gordura, pois ao reduzir o peso ocorrerá um
grande aumento de fome (nesses casos, recomenda-se um ganho médio de 4-5 kg).
Muitas pessoas ainda acreditam que a lentificação na perda de peso seja devido a uma diminuição
no metabolismo, mas na verdade ocorre principalmente pelo aumento da fome e pela perda de adesão a
dieta. Por esses motivos, a adesão é o que mais importa no processo de emagrecimento.
Observação: Para cada 1 kg de peso perdido, o metabolismo cai 20 a 30 kcal e o apetite aumenta 100
kcal. Por exemplo, se um indivíduo perde 10 kg, o gasto energético reduz ~200 – 300 kcal e a fome
Uma dúvida frequente é se precisa alterar com frequência a dieta. Se o indivíduo consegue
manter a adesão à dieta, ela não precisará ser modificada com frequência, exceto se for necessário
acelerar o processo de perda de gordura corporal. Por exemplo, o indivíduo começa com um déficit de
800 kcal pela dieta + 200 kcal pelo exercício, totalizando 1000 kcal de déficit. Se esse indivíduo com
déficit de 1000 kcal perde 10 kg, ele tem uma redução no metabolismo de ~200 – 300 kcal, e mesmo
assim continua em déficit de 700 – 800 kcal, logo, ele não para de perder gordura, ele só está perdendo
em um ritmo mais lento quando comparado as primeiras semanas. Nesse caso, não precisa modificar a
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composição corporal (reduzir % de gordura e aumentar massa muscular). Nesse sentido, existe uma
sinergia entre dieta e treinamento, onde alterações na dieta podem potencializar as adaptações do
físico pode gerar uma série de adaptações metabólicas benéficas para o organismo, como melhora da
aumento da síntese proteica muscular, principalmente na musculação. E essas adaptações podem ser
insulina tem a função principal de aumentar a captação de glicose pelos tecidos, principalmente músculo
e tecido adiposo. Nesse sentido, a insulina estimula a captação da glicose da circulação e a direciona a
tecidos sensíveis a ela (músculo e tecido adiposo). Logo, em indivíduos sensíveis à insulina, a utilização
de carboidratos (glicose) como fonte energia se torna mais eficiente, em conjunto com um aumento na
síntese de glicogênio muscular. Além disso, uma boa sensibilidade à insulina está associada a uma boa
flexibilidade metabólica. Quando o indivíduo é sensível à insulina a captação de glicose pelas células
ocorre de forma rápida e eficiente. Após a glicose ser captada pelas células, seus níveis plasmáticos
reduzem, em conjunto com uma diminuição dos níveis de insulina (para que liberar mais insulina se a
glicose já foi captada?). Considerando que a insulina inibe a queima de gordura, uma diminuição nos seus
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no período de jejum.
A refeição livre é o consumo de alimentos que são desejáveis pelo paciente e que não estão
presentes no plano alimentar, por exemplo, hamburguer, pizza, sushi etc. Infelizmente, muitas pessoas
acabam comendo muito nessas refeições, prejudicando o planejamento da semana. Dessa forma, é
necessário avaliar cada paciente para verificar a possibilidade de adicionar uma refeição livre. Tratando-
se dos benefícios, a refeição livre pode trazer benefícios psicológicos, devido a maior motivação e adesão,
mas sempre cuidando a quantidade ingerida. Uma estratégia interessante pode ser a retirada das duas
últimas refeições do dia quando o indivíduo realiza a refeição livre, visando não ultrapassar muito as
calorias do dia. Além disso, a refeição pode (em um contexto de déficit calórico) trazer benefícios
metabólicos ao individuo, uma vez que ele está em uma dieta hipocalórica, com maior sensibilidade à
insulina e flexibilidade metabólica, consegue aproveitar de forma mais eficiente o carboidrato ingerido
(por conta disso, recomenda-se que a refeição livre contenha principalmente carboidratos).
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CARB CYCLING
Pela minha experiência, conhecimento e observação, o maior diferencial para otimizar a
composição corporal no longo prazo (meses de dieta) é saber como manipular os macronutrientes,
calorias e carboidratos no início da dieta possa ser muito eficiente para perda de peso, depois de algumas
semanas ou meses de dieta, a resposta do indivíduo à dieta fica muito limitada, como em qualquer outra
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parece ser mais vantajoso do que simplesmente mantê-los sempre em quantidades baixas para perder
gordura.
O carb cycling cicla carboidratos durante os dias da semana. Nesse modelo o indivíduo alterna
dias de baixo carboidrato (low carb) com dias de alto carboidrato (high carb). Há várias formas de realizar
o carb cycling, mas um exemplo básico seria utilizar um padrão de 3 dias low carb, 2 dias com carboidrato
moderado e 2 dias high carb. Os dias de low carb, carboidrato moderado e high carb devem ser,
preferencialmente, consecutivos (por exemplo, de sábado a segunda o indivíduo segue uma dieta low
carb, terça e quarta uma dieta moderada em carboidratos, e quinta e sexta uma dieta high carb). Na
prática, utilizar dias consecutivos parece ter uma resposta melhor na otimização da composição corporal.
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POLIDORI, David et al. How strongly does appetite counter weight loss? Quantification of the feedback
TREXLER, Eric T.; SMITH-RYAN, Abbie E.; NORTON, Layne E. Metabolic adaptation to weight loss:
implications for the athlete. Journal of the International Society of Sports Nutrition, v. 11, n. 1, p.
7, 2014.
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