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Órgãos de Soberania

Trabalho.

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O poder político em Moçambique está sendo organizado em órgãos de soberania e

órgãos locais do Estado (arts. 133º e 262º da Constituição da República). Os órgãos da


soberania respondem ao nível central, os órgãos locais ao nível local.

Órgãos de soberania

São órgãos da soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o


Governo, os Tribunais e o Conselho Constitucional (art. 133º da Constituição da
República de Moçambique).

a) Presidente da República

O Presidente da República é o chefe do Estado de Moçambique. Ele representa


Moçambique internamente e no estrangeiro. Ele tem a tarefa de controlar o
funcionamento correcto dos órgãos do Estado (art. 146º da Constituição da República
de Moçambique). O Presidente da República deve zelar que as garantias da constituição
serão cumpridas.

b) Assembleia da República

A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos


moçambicanos (art. 168º da Constituição da República de Moçambique). A Assembleia
da República é o mais alto órgão legislativo na República de Moçambique. Ela
determina as normas que regem o funcionamento do Estado e a vida económica e social
através de leis e deliberações (art. 169º da Constituição da República de Moçambique).

O Governo de Moçambique é o Conselho de Ministros (art. 200º da Constituição da


República). Esse é composto pelo Presidente da República, Primeiro/a Ministro/a e
pelos Ministros (art. 201º da Constituição da República de Moçambique). Certamente já
ouvimos falar do Primeiro/a Ministro/a, do Ministro/a da Educação, da Agricultura, das
Obras Públicas e Habitação, do Trabalho, do Interior, da Justiça, e outros. Estes
compõem o governo de Moçambique chefiados pelo Presidente da República.
c) Tribunais

Os tribunais têm como objectivo garantir e reforçar a legalidade como factor da


estabilidade jurídica. Eles devem garantir o respeito pelas leis, asseguram os direitos e
liberdades dos cidadãos, punem as violações da lei e decidem os problemas de acordo
como está escrito na lei (art. 212º n.º 2 da Constituição da República de Moçambique).
As decisões dos Tribunais são do cumprimento obrigatório para todos os cidadãos e
demais pessoas jurídicas e prevalecem sobre as decisões de outras entidades (art. 215º
da Constituição da República de Moçambique).

e) Conselho Constitucional

Ao Conselho Constitucional compete administrar a justiça em matérias de natureza


jurídica-constitucional (art. 241º da Constituição da República de Moçambique). Bem
como os tribunais velam sobre o cumprimento das leis, o Conselho Constitucional zela
sobre o cumprimento da Constituição da República de Moçambique. Uma das tarefas do
Conselho Constitucional é apreciar, se leis violam a constituição (art. 244 n.º 1 lit. a da
Constituição da República). Cabe ainda ao Conselho Constitucional – entro outras
atribuições – validar e proclamar os resultados eleitorais.

Órgãos locais do Estado

Os órgãos locais do Estado têm como função à representação do Estado ao nível local
para a administração e o desenvolvimento do respectivo território. Ao mesmo tempo,
eles contribuem para a integração e unidade nacionais (art. 262º da Constituição da
República de Moçambique).

A organização e funcionamento dos órgãos locais do Estado obedecem aos princípios da


descentralização e desconcentração (art. 263º n.º 2 da Constituição da República de
Moçambique). Os órgãos locais do Estado promovem a utilização dos recursos
disponíveis, garantem a participação activa dos cidadãos e incentivam a iniciativa local
na solução dos problemas da comunidade (art. 263º n.º 2 da Constituição da República
de Moçambique). Os órgãos locais do Estado garantem nos seus respectivos territórios a
realização de tarefas e programas económicos, culturais e sociais de interesse local e
nacional (art. 264º da Constituição da República de Moçambique).

a) Província
A província é a maior unidade territorial da organização política, económica e social da
administração local do Estado. Províncias são constituídas por distritos, postos
administrativos e localidades (art. 11º da Lei n.º 8/2003 de 19 de Maio, Lei dos Órgãos
Locais do Estado).

São órgãos da administração pública de província: O Governador Provincial e o


Governo Provincial (art. 15º da Lei n.º 8/2003 de 19 de Maio, Lei dos Órgãos Locais do
Estado). O Governador Provincial é nomeado, exonerado e demitido pelo Presidente da
República e é o representante da autoridade central da administração do Estado ao nível
da província (art. 16º da Lei dos Órgãos Locais do Estado).

b) Distrito

O Distrito é a unidade territorial principal da organização e funcionamento da


administração local do Estado e base da planificação do desenvolvimento económico,
social e cultural da República de Moçambique. O distrito é composto por postos
administrativos e localidades. (art. 12º da Lei dos Órgãos Locais do Estado).

c) Posto Administrativo

O Posto administrativo é a unidade territorial imediatamente inferior ao distrito, tendo


em vista garantir a aproximação efectiva dos serviços da administração local do Estado
às populações e assegurar maior participação dos cidadãos na realização dos interesses
locais. O Posto administrativo é constituído por localidades (art. 13º da Lei dos Órgãos
Locais do Estado).

d) Localidade

A localidade é a unidade territorial base da organização da administração local do


Estado. A localidade compreende aldeias e outros aglomerados populacionais inseridos
no seu território (art. 14º da Lei dos Órgãos Locais do Estado).

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