UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
ESCOLA SUPERIOR DE NEGOCIOS E EMPREENDEDORISMO DE CHIBUTO
(ESNEC)
Cadeira: Empreendedorismo I
Curso: Gestão Comercial Nivel: III Ano: 2024
Tema: Diferença de Género no Empreendedorismo
Discentes: Docente:
Balbina Lídia Sitoe Samuel Sitoe, MBA
Bernardo Dinho Serôdio
Cavuna Pedro Vasco
Baldin Felix Chicoe
Kizério Idú Dainhane
Yúmina Mamudo Aly Adamugy
Chibuto, Maio de 2024
Índice
1.Introdução.....................................................................................................................................3
1.1.Objetivos................................................................................................................................3
1.1.1.Objetivo Geral.................................................................................................................3
1.1.2.Objetivos Específicos......................................................................................................3
2.Metodologia..................................................................................................................................4
3.REVISÃO DA LITERATURA....................................................................................................5
3.1Diferença de Género no Empreendedorismo..........................................................................5
3.1.1Conceitos..........................................................................................................................5
3.1.2.Género.............................................................................................................................5
3.1.3.Empreendedorismo..........................................................................................................5
3.1.4.Género no Empreendedorismo........................................................................................6
3.1.5.Estereótipos de gênero.....................................................................................................7
3.2.Fatores determinantes das diferenças de género no Empreendedorismo...............................8
3.3.Vantagens e Desvantagens do Género Masculino e Feminino............................................10
3.3.1.Género Masculino.........................................................................................................10
3.3.2.Género Femenino..........................................................................................................11
3.4.Relação entre processo de criação de empresas e género....................................................12
3.4.1.Teoria do Capital Humano............................................................................................12
3.4.2.Teoria da Discriminação...............................................................................................12
3.4.3.Teoria da rede social......................................................................................................12
4.Conclusão...................................................................................................................................14
5.Referências Bibliográficas..........................................................................................................15
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1.Introdução
O estudo sobre a diferença de gênero no empreendedorismo é essencial para compreender as
disparidades, desafios e oportunidades enfrentadas por empreendedores com base em sua
identidade de gênero. Este trabalho explora os conceitos de gênero e empreendedorismo, além de
investigar os fatores determinantes das diferenças de gênero no empreendedorismo e as
vantagens e desvantagens associadas ao gênero masculino e feminino. A relação entre o processo
de criação de empresas e o gênero também é examinada através das lentes de três teorias
principais: Teoria do Capital Humano, Teoria da Discriminação e Teoria da Rede Social.
1.1.Objetivos
1.1.1.Objetivo Geral
O objetivo deste trabalho é analisar a diferença de gênero no empreendedorismo,
investigando como fatores socioculturais, acesso a recursos, equilíbrio entre vida
profissional e pessoal, cultura organizacional, educação e capacitação influenciam as
experiências de homens e mulheres empreendedores.
1.1.2.Objetivos Específicos
Identificar e discutir as disparidades de gênero no acesso a recursos financeiros, redes de
contatos, mentoria e oportunidades de negócios no empreendedorismo;
Explorar os estereótipos de gênero e preconceitos que afetam a percepção do público,
investidores e outros em relação aos empreendedores com base em seu gênero;
Analisar a relação entre o processo de criação de empresas e o gênero através das lentes
da Teoria do Capital Humano, Teoria da Discriminação e Teoria da Rede Social.
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2.Metodologia
O método que será usado para elaboração do mesmo trabalho será o de pesquisa bibliográfica.
É um tipo de pesquisa que consiste na busca, seleção e análise crítica de fontes bibliográficas
relevantes sobre um determinado tema.
Neste caso, far-se-à a consulta de livros, relatórios bancários, outras publicações acadêmicas
para obter informações e embasar o estudo.
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3.REVISÃO DA LITERATURA
3.1Diferença de Género no Empreendedorismo
3.1.1Conceitos
3.1.2.Género
Referem se as várias maneiras como as sociedades observam, constroem e atribuem papéis ou
comportamentos a homem e mulheres.
O conceito de género foi criado para distinguir a dimensão biológica da dimensão social,
baseando-se no raciocínio de que há machos e fêmeas na espécie humana, no entanto, a maneira
de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura.
De acordo com Carvalho (2011), o género , ilustra as formas sociais de compreensão da
diferença e da semelhança entre homens e mulheres que determinam as maneiras como o corpo é
apreendido, abandonando-se completamente a ideia de uma base natural fixa sobre a qual agiria
a cultura.
Para Scott (2005), o género não é um conceito que descreva as relações entre homens e
mulheres, mas uma categoria teórica referida a um conjunto de significados e símbolos
construídos sobre a base da percepção da diferença sexual.
Ambos conceitos acima citados enfatizam a natureza social e cultural da construção do género.
Enquanto Carvalho destaca as formas sociais de compreensão da diferença e semelhança entre
homens e mulheres, Scott ressalta a construção de significados e símbolos relacionados à
percepção da diferença sexual. Ambos os autores convergem ao desafiar a ideia de uma base
natural fixa para as diferenças de gênero, evidenciando que o gênero é moldado por construções
sociais e culturais.
3.1.3.Empreendedorismo
Empreendedorismo é a capacidade de identificar oportunidades, inovar, assumir riscos
calculados e criar valor por meio da iniciativa e da gestão de um negócio ou projeto.
Pode ser definido como um processo dinâmico que envolve mudanças, criação e visão para a
implementação e desenvolvimento de soluções criativas com novas ideias (Kuratko, 2016).
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O empreendedorismo é considerado como um elemento primordial para a performance
económica dos países, executando um papel dinâmico e estrutural em todas as economias do
mundo.
Já para Kelly (2015), o empreendedorismo não é só um conceito de negócio, mas um conceito de
vida, dado que faz parte de um conjunto de transformações que ajudam a construir um processo
de desenvolvimento que não pode ser obtido a qualquer preço, mas deverá ser sustentável.
Ou seja, o empreendedorismo deve oferecer melhor qualidade de vida que é, hoje, uma das
chaves do desenvolvimento de uma economia.
Segundo Amorim e Batista (2011), o empreendedorismo é a criação de valor através do
desenvolvimento de uma organização por meio de competências que marcam a capacidade de
estabelecer e atingir objetivos de modo a descobrir e a controlar os recursos aplicando-os de
forma positiva.
3.1.4.Género no Empreendedorismo
O género no empreendedorismo é um tópico relevante, pois, aborda as diferenças, desafios e
oportunidades enfrentadas por empreendedores com base em sua identidade de género. Isso pode
incluir questões relacionadas à representatividade, acesso a recursos, percepções sociais e
culturais, entre outros fatores.
O género entra no empreendedorismo de diversas maneiras. Em muitas sociedades, existem
expectativas e normas de género que impactam a capacidade das pessoas de se engajarem no
empreendedorismo.
As disparidades de género podem influenciar o acesso a recursos financeiros, redes de contatos,
mentoria e oportunidades de negócios. Além disso, estereótipos de gênero e preconceitos
podem afetar a percepção do público, investidores e outros em relação aos empreendedores com
base em seu gênero.
Com papel importante no desenvolvimento econômico de um país, o empreendedorismo, até a
década de 1970 foi considerado uma atividade preponderantemente masculina, sendo que, a
partir de então, houve considerável aumento da participação das mulheres na economia, o que
contribuiu para formação de uma identidade da mulher em desenvolver atividades
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empreendedoras, entretanto, a literatura que versa sobre empreendedorismo feminino ainda é
escassa (Brush e Cooper, 2012).
Devido a uma série de causas históricas - tais como a segregação do ambiente público aos
homens, limitando o papel da mulher às atividades domésticas – homens e mulheres estão
inseridos em tipos distintos de relações sociais e profissionais (Vale e Serafin , 2010). Apesar da
nova concepção dos papéis de homens e mulheres, iniciada com os movimentos feministas da
década de 1960, ainda é possível constatar uma assimetria de gênero no mundo dos negócios
(Severiano, 2007).
Rico e Cabrer-Borrás (2018) corroboram essa visão, indicando que o homem ainda representa o
arquétipo de empreendedor de sucesso, limitando o alcance epistemológico da pesquisa
contemporânea sobre o tema.
A perspectiva de que o gênero afetaria o empreendedorismo também foi objeto de estudo de
Gupta et al. (2009), que buscaram examinar a relação entre estereótipos de gênero e intenções
empreendedoras. Os autores apontam que existem evidências empíricas de que, comparado ao
número de novas empreendedoras, aproximadamente o dobro de homens abrem novas empresas.
Essa diferença é causada por fatores associados aos estereótipos de género.
Diante do exposto, as principais razões identificadas na literatura para a menor propensão das
mulheres ao empreendedorismo poderiam estar associadas a fatores relacionados ao processo de
empreender, como no caso das associações do estereótipo masculino à atividade empreendedora
que poderia ser um fator limitante à atuação das mulheres sob a perspectiva do Fator Pré-acordo
da abordagem effectuation (Gupta et al., 2009).
3.1.5.Estereótipos de gênero
Refere as várias maneiras de como as familias ditam o comportamento dos diferentes géneros
perante a sociedade no seu dia – a – dia.
O estereótipos de género, trata-se de uma construção social da modernidade. Isso quer dizer que
tudo o que conhecemos como “coisas de homem” ou “coisas de mulher”, ou seja, os papéis de
gênero são uma elaboração cultural, algo criado para diferenciar e hierarquizar as pessoas a partir
do sexo.
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De acordo com Barsted (2022), os estereótipos de género são tipos de crenças, profundamente
arraigados na sociedade que os cria e os reproduz, acerca de atributos ou características pessoais
sobre o que homens e mulheres possuem ou que a sociedade espera que eles possuam.
São características de personalidade ou físicas, comportamentos, papéis, ocupações e presunções
sobre a orientação sexual. Com base em tais estereótipos, a sociedade cria hierarquias entre os
gêneros que, historicamente, têm servido para fortalecer e legitimar a subordinação social das
mulheres e o controle sobre seus corpos. A construção dos estereótipos de gênero é uma ação
política dos corpos das mulheres (Barsted, 2022).
É evidente como os estereótipos de género têm sido historicamente utilizados para subordinar as
mulheres e controlar suas vidas. Essas expectativas sociais limitam a liberdade individual e
perpetuam desigualdades de género.
3.2.Fatores determinantes das diferenças de género no Empreendedorismo
Segundo Parker (2018), as características de um indivíduo, como suas raizes culturais, facilidade
em obter recursos, seu nível de escolaridade, a capacidade de equilíbrio entre a vida profissional
e pessoal, seu capital humano, bem como aspectos únicos de sua personalidade, pode influenciar
sua escolha de ocupação quando se pensa em empreendedorismo.
Fatores socioculturais: Para os homens, os fatores socioculturais também desempenham
um papel importante, influenciando as expectativas sociais e culturais em relação ao
empreendedorismo masculino. Isso pode incluir pressões sociais, estereótipos de género e
expectativas de desempenho dentro do contexto empreendedor.
Já as mulheres, enfrentam influências significativas dos fatores socioculturais, incluindo
expectativas sociais, estereótipos de gênero e desafios específicos relacionados à
percepção de seu papel no empreendedorismo, muitas vezes em um contexto de
desigualdade de gênero.
Laure Humbert e Drew (2010), argumentam que fatores socioculturais podem ser
barreiras ao empreendedorismo feminino.
Acesso a recursos: Os homens também podem enfrentar desafios no acesso a recursos,
embora as barreiras específicas possam diferir das enfrentadas pelas mulheres. Isso pode
envolver questões como acesso a financiamento, redes de contatos e suporte empresarial.
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Em específico, as mulheres frequentemente enfrentam desafios no acesso a recursos,
como financiamento, redes de contatos e suporte empresarial, devido a barreiras
estruturais e preconceitos de gênero que podem impactar suas oportunidades
empreendedoras.
Equilíbrio entre vida profissional e pessoal: O equilíbrio entre vida profissional e
pessoal é uma preocupação crescente para muitos homens empreendedores,
especialmente à medida que as expectativas em torno do papel paterno evoluem e as
responsabilidades familiares se tornam mais equitativas.
Para as mulheres, também é uma preocupação fundamental, especialmente aquelas que
têm responsabilidades familiares ou que lidam com expectativas sociais específicas
relacionadas ao género.
Cultura organizacional: A cultura organizacional também pode impactar os homens
empreendedores, influenciando seu acesso a oportunidades de liderança, políticas de
equilíbrio entre vida profissional e pessoal e práticas de apoio ao bem-estar dos
funcionários.
No caso de mulheres empreendedoras, isso afecta as mesmas influenciando o seu acesso
a oportunidades de liderança, apoio à maternidade/paternidade, políticas de equilíbrio
entre vida profissional e pessoal e práticas inclusivas no ambiente de trabalho.
Educação e capacitação: Assim como para as mulheres, a educação e capacitação são
fundamentais para os homens empreendedores, contribuindo para suas habilidades e
conhecimentos empresariais, bem como para sua capacidade de inovar e competir no
mercado.
Os fatores que causam diferenças entre homens e mulheres em empreendedorismo são
complexos. Eles incluem como a sociedade vê os papéis de homens e mulheres, as dificuldades
que as mulheres enfrentam para conseguir recursos para começar um negócio e os desafios que
aparecem por causa de preconceitos. Entender e lidar com esses fatores é importante para tornar
o empreendedorismo mais justo para todos, independente do género.
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3.3.Vantagens e Desvantagens do Género Masculino e Feminino
3.3.1.Género Masculino
Vantagens
Fácil acesso a Recursos Financeiros: Historicamente, os homens têm enfrentado menos
obstáculos para obter financiamento para seus empreendimentos. Isso pode ser devido a
preconceitos de género arraigados e a uma cultura empresarial que tende a favorecer os
homens na distribuição de recursos financeiros.
Liderança tradicionalmente reconhecida: A liderança tem sido tradicionalmente
associada aos homens, o que pode resultar em uma maior aceitação e reconhecimento de
suas habilidades de liderança no contexto empresarial. Essa percepção cultural pode
conferir aos homens uma vantagem inicial quando se trata de assumir papéis de liderança
em empreendimentos.
Confiança e Assertividade: Características como confiança e assertividade são
frequentemente valorizadas no mundo dos negócios e podem ser atributos que muitas
vezes são associados aos homens. Isso pode proporcionar aos homens uma vantagem
percebida, já que tais características são socialmente valorizadas no ambiente
empreendedor.
Desvantagens
Pressão social e expectativas de género: Os homens podem sentir pressão para se
encaixar em certos papéis esperados pela sociedade, o que pode limitar suas escolhas de
carreira e empreendedorismo.
Barreiras para Inovação e Colaboração: As expectativas sociais podem dificultar para
os homens explorar novas ideias e trabalhar em equipe, o que pode limitar seu potencial
empreendedor.
Estigma associado ao fracasso: Os homens podem enfrentar dificuldades para lidar com
o fracasso de um negócio devido à pressão para sempre ter sucesso, o que pode afetar
negativamente sua saúde mental.
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3.3.2.Género Femenino
Vantagens
Resiliência: As mulheres costumam lidar bem com desafios e dificuldades no mundo dos
negócios, mostrando-se capazes de superar obstáculos de forma eficaz.
Habilidades de comunicação: Elas possuem uma capacidade natural para se comunicar
de forma clara e eficaz, o que é crucial para construir boas relações com clientes, colegas
e parceiros de negócios.
Capacidade de multitarefa: As mulheres conseguem realizar diversas tarefas ao mesmo
tempo, o que é uma vantagem significativa ao gerenciar um empreendimento, lidando
com múltiplas responsabilidades de forma eficiente.
Além disso, as mulheres tendem a lidar com os múltiplos papéis que desempenham tanto
no âmbito familiar quanto profissional e, mesmo assim, são capazes de encontrar
soluções para situações imprevistas mesmo quando estão sobrecarregadas de atividades
familiares (Barsted, 2022).
Ademais, Parker (2018), enfatiza que as mulheres percebem no empreendedorismo vantagens
como maior liberdade, realização, autonomia e independência financeira, além de um impacto
positivo na satisfação com as atividades empreendedoras.
Desvantagens
Acesso limitado ao financiamento: As mulheres enfrentam mais dificuldades para obter
financiamento devido a preconceitos de género arraigados, o que limita suas
oportunidades de crescimento e inovação nos negócios.
Outra explicação é que as mulheres são menos propensas a solicitar empréstimos devido
ao medo de rejeição, do fracasso, falta de confiança em si mesmas e dificuldades
percebidas, as mulheres são menos propensas a usar ferramentas de apoio financeiro
(Barsted, 2022).
Barreiras estruturais: Restrições legais, falta de acesso a redes de apoio e desigualdade
salarial dificultam o avanço das mulheres empreendedoras, impactando negativamente
suas iniciativas empresariais.
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Estereótipos: Mulheres são frequentemente subestimadas em suas habilidades
empreendedoras e enfrentam dificuldades para serem levadas a sério no ambiente
empresarial devido a estereótipos e preconceitos de gênero.
3.4.Relação entre processo de criação de empresas e género
A relação entre o processo de criação de uma empresa e o género está relacionada às diferentes
experiências, desafios e oportunidades enfrentadas por homens e mulheres empreendedores. Para
melhor compreensão do mesmo capítulo, recorrer-se a três teórias:
3.4.1.Teoria do Capital Humano
Esta teoria sugere que o conhecimentoo, as habilidades e as experiências individuais influenciam
o sucesso nos negócios. No entanto, as desigualdades de gênero podem impactar o acesso das
pessoas a oportunidades de desenvolver esse capital humano, como educação e treinamento, o
que por sua vez afeta a capacidade de homens e mulheres empreenderem com igualdade de
condições.
Dessa forma, a teoria do capital humano ajuda a explicar como as disparidades de género podem
moldar o processo de criação de empresa.
3.4.2.Teoria da Discriminação
No contexto do empreendedorismo e género, esta, sugere que as mulheres podem enfrentar
discriminação no acesso a recursos, oportunidades de negócios e no tratamento por parte de
investidores, clientes e parceiros comerciais. Isso pode resultar em desvantagems para as
mulheres empreendedoras, limitando seu potencial de crescimento e sucesso nos negócios.
A teoria da discriminação destaca como as atitudes preconceituosas e estereótipos de género
podem influenciar negativamente as experiências das mulheres no empreendedorismo.
3.4.3.Teoria da rede social
A teoria da rede social no contexto do empreendedorismo e género enfatiza a importância das
conexões e relacionamentos para o sucesso. Isso inclui analisar como as redes de contatos mistas,
colaborações e apoio mútuo entre homens e mulheres empreendedores podem impactar
positivamente a inovação, o acesso a recursos e o crescimento dos negócios.
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A relação entre a teoria do capital humano, teoria da rede social e discriminação é intrincada. O
capital humano, que engloba habilidades e conhecimentos adquiridos, é fundamental para o
sucesso individual. No entanto, a discriminação pode restringir o acesso igualitário a
oportunidades de desenvolvimento desse capital. A teoria da rede social destaca a influência das
conexões sociais no acesso ao capital humano, mas a discriminação pode limitar tais conexões.
Assim, a discriminação prejudica a capacidade das pessoas de desenvolver plenamente seu
capital humano, gerando desigualdades significativas.
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4.Conclusão
Este trabalho destaca a complexidade das diferenças de gênero no empreendedorismo,
evidenciando a influência de fatores socioculturais, acesso a recursos, equilíbrio entre vida
profissional e pessoal, cultura organizacional, educação e capacitação. A compreensão desses
fatores é crucial para promover um ambiente empreendedor mais justo e inclusivo para todos,
independentemente do gênero, visando maximizar o potencial de inovação e crescimento nos
negócios.
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5.Referências Bibliográficas
Amorim, R., & Batista, L. E. (2011). Empreendedorismo Feminino: Razão do Empreendimento.
Núcleo de Pesquisa da FINAN. Volume 3, No. 3, 1-13. Disponível em
http://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170602115149.pdf
Brush, C., & Cooper, S. (2012). Empreendedorismo feminino e desenvolvimento econômico:
uma perspectiva internacional. Entrepreneurship and Regional Development, 24(1-2).
Carvalho, P. M. (2011). O conceito de gênero: uma leitura com base nos trabalhos do GT
Sociologia da Educação da ANPEd (1999-2009). Revista Brasileira de Educação, 16(46).
Gupta, V. K., et al. (2009). O papel dos estereótipos de gênero nas percepções dos
empreendedores e intenções de se tornar um empreendedor. Entrepreneurship Theory and
Practice, 33(2), 397-417.
Kelley, D. (2015). Relatório global GEM 2015/16. Global Entrepreneurship Monitor, 1–78.
Recuperado de http://www.gemconsortium.org/report
Kuratko, D. F. (2016). Empreendedorismo: Teoria, Processo e Prática. Cengage Learning.
Laure Humbert, A., & Drew, E. (2010). Gênero, empreendedorismo e fatores motivacionais em
um contexto irlandês. International Journal of Gender and Entrepreneurship, 2(2), 173-196.
Parker, S. C. (2018). The economics of entrepreneurship. Cambridge University Press.
Rico, P., & Cabrera-Borrás, B. (2018). Diferenças de gênero no autoemprego na Espanha.
International Journal of Gender and Entrepreneurship, 10(1), 19-38.
Scott, J. (2005). O enigma da igualdade. Estudos Feministas, 13(1), 11-30.
Severiano, H. C. (2007). As configurações do gênero na subjetividade: um olhar sócio-histórico
sobre os papéis sexuais. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Ciências da Saúde, Centro
Universitário de Brasília.
Vale, G. M. V., & Serafim, A. C. F. (2010). Incorporação, empreendedorismo e Gênero:
Desafios para tornar forte o sexo frágil. ENANPAD-Encontro Nacional da ANPAD, 34.