- Mirelle France Silva de Andrade
1. PROPRIEDADES DOS FIOS
- Fios cirúrgicos são utilizados durante uma operação com finalidade hemostática (ligadura
ou laqueadura dos vasos sanguíneos) e para sutura (em diferentes órgãos e planos
anatômicos do corpo).
Características fundamentais dos fios:
I. Origem do material:
• Biológicos:
▪ Vegetais: algodão e linho
▪ Animais: categute, colágeno e seda
• Sintéticos: nylon (poliamida), dacron (poliéster), polipropileno (poliolefina), ácido
poliglicólico (polímero do ácido glicólico), poliglactina (polímero dos ácidos glicólico e lático),
polidioxanona. (polímero da paradioxanona)
• Metálicos: aço inoxidável
II. Assimilação pelo organismo:
• Absorvíveis
▪ Curtíssimo espaço de tempo — categute simples — sete a dez dias;
▪ Curto espaço de tempo — categute cromado — 15 a 20 dias;
▪ Médio espaço de tempo — ácido poliglicólico e poliglactina 910 — 50 a 70 dias;
▪ Moderado espaço de tempo — poliglecaprona — 90 a 120 dias;
▪ Longo espaço de tempo — polidioxanona — 90 a 180 dias; poligliconato — 150 a 180
dias.
• Não absorvíveis: permanecem indefinidamente nos tecidos, sendo encapsulados
(formação de tecido fibroso em sua volta), mas não digeridos, ex: algodão, linho, náilon,
polipropileno, seda, poliéster,poliéster com algodão, politetrafluoroetileno e aço inoxidável.
III. Propriedades físicas: configuração básica, capilaridade, calibre, força tênsil, força do nó
e memória;
Estrutura física:
a. Monofilamentar: em geral, menos maleáveis do que os multifilamentares. Exemplos:
categute
simples e cromado, polidioxanona, colágeno, seda, náilon, polipropileno, poliéster e aço
inoxidável.
b. Multifilamentar: mais traumatizantes e ásperos ao passarem através dos tecidos, levando
a maior arrasto tecidual. Exemplos: algodão, linho, seda, náilon, poliéster, poliéster
revestido por teflon ou silicone, aço inoxidável, ácido poliglicólico e poliglactina revestida
• Absorção de água e capilaridade: fios multifilamentares apresentam maior efeito de
capilaridade do que os monofilamentares. O categute é o fio que mais capilaridade
proporciona, ao passo que o poliéster, revestido por teflon ou silicone, praticamente não
exibe esse efeito.
• Diâmetro: partindo-se de um padrão denominado “0”, que apresenta cerca de 0,40 mm de
milímetro
▪ Fios de maior diâmetro (1, 2, 3, 4, 5 e 6, sendo este o fio cirúrgico de maior diâmetro)
▪ fios de menor diâmetro (00 ou 2-0, 000 ou 3-0, 4-0, 5-0, e assim por diante até 12-0, que é
o fio cirúrgico de menor diâmetro, oscilando entre 0,001 e 0,01 mm)
• Força tênsil: força que vence a resistência imposta à união dos tecidos; quanto maior a
força tênsil do fio, menor o diâmetro que precisará ser utilizado.
▪ Biológicos (categute, algodão, linho e seda) possuem a menor força tênsil, e o aço
inoxidável, a maior, e os fios sintéticos situam-se entre esses dois extremos
• Força e segurança dos nós: força necessária para fazer com que um nó não sofra, parcial
ou completamente, processo de deslizamento ou de ruptura, (resistência tênsil efetiva)
▪ Quanto menor o coeficiente de fricção apresentado por um fio, maior sua possibilidade de
desfazer um nó.
▪ Fios não absorvíveis monofilamentares possuem o menor coeficiente.
• Memória: capacidade inerente para retornar à sua forma original depois de manuseado e
deformado, relacionando-se com duas outras características, a plasticidade e a elasticidade
▪ Plasticidade possibilidade de expansão quando submetido à tração para estiramento
(quanto mais estirado, menor a tendência ao retorno à forma original)
▪ Elasticidade capacidade de retornar à forma e comprimento originais, quando estirado.
Portanto, quanto maior a memória de um fio, maior a rigidez, mais difícil o manuseio e
menor a segurança do nó realizado com ele.
▪ Fios de polipropileno e náilon monofilamentares são os que exibem mais acentuadamente
esse fenômeno necessitam de seminós adicionais.
IV. Manuseio:
• Flexibilidade
• Coeficiente de fricção
• Arrasto tecidual
• Visibilidade do fio no campo operatório
V. Desencadeamento de reação tecidual:
• Intensidade da reação inflamatória:
▪ Fios multifilamentares acarretam maior reação tecidual
▪ Fios absorvíveis, notadamente os naturais, provocam reaçõ es do tipo corpo estranho,
mais intensas do que os não-absorvíveis
▪ Fios absorvíveis sintéticos levam à pequena reação tecidual.
▪ Fios não-absorvíveis como náilon, polipropileno e aço inoxidável levam à mínima reação
inflamatória nos tecidos, sendo esta mais acentuada com seda, algodão e linho.
OBS: A reação persiste até que o fio seja encapsulado (fios não-absorvíveis) ou absorvido
pelo organismo.
• Absorção x Não-absorção
▪ Absorção pode acontecer por atividade enzimática ou por hidrólise
▪ Não-absorvíveis são encapsulados ou isolados pelos tecidos ao seu redor durante a
cicatrização.
OBS: Conquanto classificados como fios não-absorvíveis, náilon e seda são biodegradáveis
(em cerca de dois ou três anos)
• Potencial para multiplicação bacteriana
▪ Fios multifilamentares, por permitirem o assentamento de bactérias entre seus filamentos,
são os que mais propiciam a multiplicação de microorganismos.
• Antigenicidade e alergenicidade
▪ Á́cido poliglicolico, poliglactina e poligliconato (não apresentam proteínas de colágeno,
antígenos e pirógenos em sua superfície), polipropileno, náilon e aço monofilamentares
menos antigênicos e alergênicos
▪ Categute simples e o categute cromado mais antigênicos e alergênicos
• Esterilização: fio deve ser utilizado dentro do limite estabelecido para sua validade e não
pode, sob nenhuma hipótese, ser reutilizado.
2. EXEMPLOS DE FIOS CIRÚRGICOS
A. ABSORVÍVEIS
❖ CATEGUTE
• Biológico, monofilamentar torcido – derivado da camada serosa intestinal de bovinos
• Forma simples ou cromado
• Degradados por digestão enzimática
• Resistência tênsil: 15-20 dias
• As embalagens os mantêm imersos em solução alcóolica para evitar ressecamento
• Indicação
▪ Categute cromado: plano total das anastomoses gastrointestinais em dois planos, na
sutura do peritônio, na bolsa escrotal e no períneo, não devendo ser utilizado no plano
aponeurótico (tecido que leva mais tempo para cicatrizar)
▪ Categute simples: sutura peritoneal, na bolsa escrotal, no períneo e na reaproximação do
tecido muscular e do tecido celular subcutâneo.
• Desvantagens:
▪ (1) é o fio que provoca a mais intensa reação tecidual inflamató ria, interferindo no
processo da cicatrização; essa reação é maior com o fio simples do que com o cromado;
▪ (2) apresenta absorção irregular, imprevisível e variável, pois depende da fagocitose pelos
neutrófilos e macrófagos, seguida de digestão pelas enzimas proteolíticas dos lisossomas;
▪ (3) dentre todos os fios, é o que tem menor força tênsil, exigindo-se uso de fios com
diâmetros maiores; quando se embebe nos líquidos tissulares, sua força tênsil fica, ainda,
menor; devido a esse mesmo motivo, não pode ser utilizado em pacientes desnutridos, sob
o grande risco de determinar deiscência da ferida;
▪ (4) os nó s tendem a afrouxar devido à alta capilaridade que apresenta, além do fato de
atrair fluidos para a ferida, tornando-a edemaciada;
▪ (5) apresenta perda da força tênsil e absorção aumentada na presença de infecção.
❖ POLIGALACTINA 910 (Vicryl ®)
• Absorvível e sintético; multifilamentar
• Absorvido por hidrólise química entre 50-70 dias, sem desencadear reação
antígeno-anticorpo
• Perda da força tênsil na 4ª semana
• Vantagens:
▪ (1) força tênsil praticamente inalterada por cerca de 21 dias (obs: ácido poliglicólico >
poliglactina);
▪ (2) pequena capilaridade, baixa memó ria e segurança regular dos nó s;
▪ (3) mínima reação inflamatória tecidual, por não conter proteínas do colágeno, antígenos e
pirógenos;
▪ (4) taxa de infecção significativamente menor do que os fios de categute, constituindo-se
fio de
escolha em feridas infectadas.
• Uso: sutura em praticamente todos os tipos de tecidos: peritoneal, muscular, aponeurótico,
subcutâneo e, mesmo na pele, como sutura contínua intradérmica. Na cavidade abdominal,
pode ser utilizado em anastomoses gastrointestinais e biliodigestivas.
• Fabricado em branco e violeta, sendo esta cor contraindicada em suturas de pele
❖ ÁCIDO POLIGLICÓLICO (Dexon ®)
• Características e aplicabilidade, vantagens e desvantagens, relativamente similares à s do
fio
poligalactina; sendo menos flexível e maleável do que o mesmo por não apresentar
revestimento lubrificado
• Desvantagens: flexibilidade é apenas regular (apesar de trançado) e apresenta custo
elevado
❖ POLIGLECAPRONA (Monocril ®, Caprofyl ®)
• Sintético monofilamentar absorvível em moderado espaço de tempo (90 a 120 dias),
manufaturado pela associação de ácido glicó lico e épsilon-caprolactona
• Fácil manuseio, com pouco arrasto tecidual, força tênsil regular (diminuição progressiva a
partir de três semanas), pequeno fenômeno de memória, segurança regular dos nós e
indução de ínfima reação tecidual
❖ POLIDIOXANONA (PDS ®)
• Sintético monofilamentar absorvível - a partir da polimerização da paradioxanona
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• Embora sua força tênsil seja menor do que a dos fios de ácido poliglicólico e poliglactina,
ela se mantém durante mais tempo
• Pouco interfere na função dos macrófagos (junto com o aço)
• Boa segurança dos nós, memória baixa, mas seu manuseio não é tão fácil quanto com os
fios de ácido poliglicólico, poliglactina e poligliconato
• Uso: qualquer tipo de anastomose no sistema digestório, inclusive nas pancreáticas,
apresentando desintegração bem mais controlada e uniforme
❖ POLIGLICONATO (Maxon ®)
• Fio sintético monofilamentar absorvível por hidrólise, em longo espaço de tempo, em torno
de 150 a 180 dias (fio que apresenta a melhor e mais duradoura força tênsil)
• Manuseio muito fácil, maior segurança nos nós e leva a pequeno fenômeno de memória,
em comparação com os fios de polidioxanona, poliglactina e ácido poliglicólico.
• Reação tecidual desencadeada pelo seu uso é comparável à da polidioxanona.
• Uso: todos os tipos de tecidos (anastomoses do trato digestó rio, suturas brô nquicas etc.),
bem como para fechamentos de parede abdominal (em todos os seus planos, inclusive
aponeurótico). Seu grande inconveniente é ser o fio de mais alto custo.
B. FIOS NÃO-ABSORVÍVEIS
❖ SEDA
• Biológico multifilamentar trançado não-absorvível – a partir do casulo da larva do
bicho-da-seda
• frequentemente corado de preto
• É fácil de manusear, flexível, apresenta pequena memória e força tênsil que decai muito
lentamente (30% a 40%, em seis meses).
• Resistência superior à dos fios de algodão e linho, mas inferior à dos fios não-absorvíveis
sintéticos.
• Provoca grande reação inflamatória, podendo potencializar processos infecciosos.
• Uso: suturas gastrointestinais e para ligadura de vasos sanguíneos.
• Sua grande vantagem está no baixo custo.
❖ ALGODÃO
• Biológico multifilamentar torcido não-absorvível - fabricado a partir do algodão
• Bem flexível, e possui as mesmas características (desejáveis e indesejáveis) do fio de
seda, mas tem
menos resistência e maior tendência à floculação.
• Fácil manuseio, seus nó s são seguros, propicia baixa memó ria, mas com grande efeito
de capilaridade.
• Uso: Por ser um fio de baixo custo, continua sendo muito utilizado em diversos
procedimentos, como
anastomoses gastrointestinais realizadas em dois planos, ligadura de vasos sangü íneos e
mesmo nas
camadas aponeuróticas, mas, devido a inúmeras desvantagens, tende ao desuso.
❖ LINHO
• biológico multifilamentar não-absorvível
• Propicia o assentamento bacteriano e reação do tipo corpo estranho
❖ NÁILON
• Sintético, polímero de poliamida, monofilamentar ou multifilamentar trançado,
não-absorvível.
▪ OBS: a forma multifilamentar trançada é menos usada do que a monofilamentar apesar
de ter menor efeito de deslizamento e ser mais maleável, seus nó s apresentam tendência a
se soltarem.
• Tolerado pelo organismo devido à pequena reação tecidual que acarreta.
• Apresenta boa e duradoura força tênsil, e pouca ou nenhuma ação de capilaridade (exceto
na forma multifilamentar)
• Sofre biodegradação em 2 anos e força tênsil decresce a partir de 6 meses
• Relativamente inerte, pode ser utilizado em quase todos os tipos de tecidos, prestando-se,
inclusive, para anastomoses gastrointestinais e biliares
❖ POLIPROPILENO
• Sintético, fabricado com propileno polimerizado, monofilamentar, não-absorvível.
• Extremamente liso, com coeficiente de atrito muito baixo, permitindo suave passagem
pelos tecidos e liberação excelente, quando da remoção dos pontos.
• Pode ser utilizado mesmo em áreas infectadas. É praticamente inerte, promovendo
mínima reação tecidual, além de resistência imutável ao longo dos anos, porém propicia alto
fenômeno de memória.
• Uso: Excelente fio para implantes de próteses cardíacas e anastomoses vasculares;
praticamente todos os tipos de tecidos, sendo considerado o fio ideal para os chuleios
intradérmicos.
❖ POLIÉSTER
• Sintético multifilamentar não-absorvível, fabricado com fibras de poliéster trançadas.
• Revestimento:
▪ Sem revestimento: tende a “cortar” suavemente ao passar pelos tecidos
▪ Revestimentos de teflon, silicone e polibutilato (com uma ou duas agulhas): não levariam a
esse efeito indesejável
OBS: Também se encontra disponível em associação com o algodão.
• Excetuando-se o de aço, o fio de poliéster é o mais forte de todos os fios.
• Determina pouca reação tecidual e constitui excelente escolha para o fechamento de
aponeuroses, pela sua resistência e integridade duradouras.
• Necessita em torno de cinco alças de nó s para torná-los seguros e apresenta média
intensidade de fenômeno de memória
❖ POLITETRAFLUOROETILENO (PTFE ®)
• Sintético monofilamentar não-absorvível, de uso mais recente, notadamente pela mínima
reação tecidual que acarreta, levando a bons resultados
• Não tem sido rotineiramente utilizado em nosso meio.
❖ AÇO
• mono- ou multifilamentar torcido ou trançado - fabricado a partir de liga de ferro com
carbono
• É o fio de maior força tênsil existente e o que provê menor reação tecidual. É pouco
flexível e pouco maleável, sendo desconfortável tanto para o paciente quanto para o
cirurgião
• pode causar aumento de volume local, com consequente dor, necrose local; não é muito
durável,
fragmentando-se precocemente nos tecidos.
• Uso: algumas operaçõ es ortopédicas, pois se presta muito bem para a síntese óssea
.
CONSIDERAÇÕES
➢ Fios devem ser selecionados de acordo com cada situação e com as características e
propriedades que apresentam;
➢ Melhor fio é aquele que: (1) apresenta maior força tênsil, permitindo que seja utilizado
com menor
diâmetro; (2) propicia menor arrasto tecidual; (3) permite nó s cirú rgicos seguros, com
mínimo fenômeno de deslizamento e memória; (4) produz menor grau de reação
inflamatória tecidual; (5) propicia menor multiplicação de microorganismos; e (6) é o de mais
baixo custo;
➢ Em tecidos que, ordinariamente, cicatrizam lentamente,
como pele, fáscia e tendões, devem ser usualmente
empregados fios não-absorvíveis ou absorvíveis em longo
espaço de tempo (até seis meses); e em tecidos que
cicatrizam rapidamente, como estô mago, intestino e bexiga,
podem ser empregados fios absorvíveis em médio tempo;
➢ Deve-se utilizar o fio monofilamentar de menor diâmetro
possível, e mais inerte, como náilon ou polipropileno;
➢ Quando factível, suturas na pele devem ser evitadas,
realizando-se fechamento subdérmico, sem exteriorização do
fio cirúrgico; e quando julgado pertinente, o uso de adesivos
tópicos ou fitas deve ser apreciado, no lugar do fio cirúrgico;
➢ Suturas em tecidos potencialmente contaminados devem ser
realizadas com fios absorvíveis ou não-absorvíveis
monofilamentares.
3. AGULHAS CIRÚRGICAS
❖ Desenvolvidas a partir de aço inoxidável ou de material constituído por
uma liga metálica com ferro e carbono
❖ Diâmetro apresenta grande variação, desde 30 μ (0,001 polegada), para
uso em microcirurgia, a 56.000 μ (0,45 polegada), para uso em sutura
óssea.
❖ As agulhas podem apresentar braço único (uma única agulha no fio) ou
duplo (duas agulhas no fio, uma em cada extremidade). Essas últimas são
utilizadas, principalmente, para anastomoses vasculares
❖ Divisão das agulhas e variações
I. HASTES (corpo da agulha)
• Retas ou Curvas; mista (semicurva – haste reta com extremidade
curva)
A reta é somente utilizada na pele, sendo segurada por três dedos
• Corpo arredondado, triangular ou achatado
• Curvas: grande variedade de formatos e tamanhos
▪ 5/8 de círculo — 225°
▪ 1/2 de círculo — 180°
▪ 3/8 de círculo — 135°
▪ 1/4 de círculo — 90°
OBS: 1/4 e 3/8 de círculo são utilizadas para procedimentos operató rios superficiais, ao
passo que as
de 1/2 e 5/8 de círculo se prestam à profundidade das feridas e das cavidades corpó reas
por
permitirem, por movimentos de pronação do punho, rotação mais fácil e segura do
porta-agulha.
• Diâmetro: o mais próximo possível do diâmetro do fio para evitar dano tecidual
desnecessário
II. PONTAS: cortante, cortante convencional ou triangular, cortante invertida ou triangular
inversa,
espatular ou hexagonal, romba, afilada ou cilíndrica, em lanceta e com ponta de precisão ou
de diamante.
• Cilíndricas ou redondas, com secção circular — penetram nos tecidos por divulsão, de
forma atraumática; são usadas em suturas delicadas como no tubo digestó rio e vasos
sanguíneos; um outro tipo de agulha com corpo cilíndrico e ponta romba é comumente
utilizado em tecidos pouco
resistentes, como fígado e baço;
• Triangulares e espatuladas — com arestas cortantes e que, ao penetrarem nos tecidos,
seccionam suas fibras; são empregadas em estruturas mais resistentes, como aponeurose
e pele;
• Mistas — com corpo cilíndrico e ponta triangular
III. ORIFÍCIOS DAS AGULHAS: uso de fios não agulhados/agulhas reutilizáveis é infreqü
ente na
atualidade
Referências
1. MARQUES, Ruy Garcia. Técnica Operatória e Cirurgia Experimental. Guanabara
Koogan,
09/2005