Avaliação Nutricional – Aula 2

Profa. Carina Alcalá Garcia

Aula 2
Competências
 Nível de assistência nutricional
 Métodos subjetivos de Avaliação Nutricional:
 Avaliação subjetiva global
 Risco nutricional (NRS)
 Miniavaliação nutricional
 Triagem de desnutrição
 Ferramentas de triagem nutricional para crianças
Objetivo da avaliação do estado nutricional

Identificar distúrbios e riscos nutricionais

Mensurar a gravidade desses distúrbios

Traçar condutas nutricionais

Recuperação ou manutenção adequada do estado

de saúde do paciente
 Triagem nutricional: com base nas informações de peso e suas
alterações, altura e comorbidades => identificar condições
associadas às disfunções nutricionais, como ocorre nos quadros
de desnutrição ou riscos para o desenvolvimento de desnutrição.
A triagem identifica o risco nutricional de um indivíduo -
permite promover uma rápida intervenção nutricional para
recuperar o estado nutricional adequado do paciente e/ou
reduzir o risco de desnutrição.
Risco Nutricional
 É definido pelo risco aumentado de morbidade e mortalidade
(morbimortalidade), em função do estado nutricional do indivíduo. É
de extrema importância diagnosticar a desnutrição e, da mesma
forma, é fundamental avaliar o risco de déficit nutricional em
pacientes em condições clínicas que podem estar associadas a
problemas de ordem nutricional.

 No âmbito hospitalar e/ou ambulatorial e clínico, o risco nutricional

é avaliado com base no estado nutricional atual e de acordo com a
gravidade da doença.
 Diagnóstico do grau
de Desnutrição e
Triagem Nutricional Avaliação Nutricional
informações para
correção desse quadro
Instrumentos de triagem nutricional
 Nutrition Risk in Critically III (NUTRIC), utilizada para rastrear o risco
nutricional de pacientes em UTI.

 Mini Nutritional Assessment (MNA) – Miniavaliação Nutricional

(MAN®), idosos hospitalizados (padrão ouro)

 Malnutrition Screening Tool (MST) – Instrumento de Triagem de

Desnutrição - simples, barata, foi desenvolvida para uso na
população adulta heterogênea. N
 Não contempla informações antropométricas, dados bioquímicos e outros
objetivos, sendo pouco abrangente em relação à saúde do indivíduo.
 Valores ≥ 2 classificam o indivíduo em risco nutricional.
 Malnutrition Universal Screening Tool - Instrumento
de Triagem Universal de Desnutrição (MUST), várias
populações. Classificação em 3 categorias
relacionadas ao risco de desnutrição: baixo, médio e
alto e, para cada caso, há recomendações de planos
de ação. O uso do MUST é preconizado para a
comunidade.
Screening Tool Risk Nutritional Status And Growth (Strong
Kids)
 Avalia três aspectos:
(I) presença de doença de alto risco ou previsão de cirurgia de grande
porte;
(II) perda de massas muscular e gorda; ingestão alimentar e perdas
nutricionais – redução de consumo de alimentos, presença de diarreia e
vômito;
(III) perda ou ausência de ganho de peso (em crianças menores de 1 ano).
 Para cada resposta positiva, há uma pontuação e sua soma total
identifica o risco de desnutrição e norteia a intervenção e
monitoramento nutricional.
 Subjective Global Assessment – Avaliação Subjetiva Global
(SGA ou ASG);
 diagnostica e classifica a desnutrição.
 Indicada para pacientes com condições clínicas diversas, como
cirurgia do TGI, cânceres, doenças hepáticas e renais crônicos em
tratamento de hemodiálise.
 Nutritional Risk Screening (NRS 2002) - utilizada para triagem nutricional, que
foi criada pela DAPEN e recomendada pela ESPEN para uso hospitalar.
 Deve ser aplicado, no máximo, em até 72 horas após a internação (ideal =
primeiras 24 h).

- Analisa o risco de desenvolver desnutrição durante o período de internação

hospitalar e tem como diferencial englobar pacientes clínicos, cirúrgicos e a idade
do indivíduo considerando, para idosos ≥ 70 anos, um fator de risco nutricional.
- Preconizado ESPEN e também pelo Projeto Diretrizes da Associação Médica
Brasileira e Conselho Federal de Medicina.
- Reconhecida como a técnica mais indicada entre os profissionais da saúde.
- Possui todos os elementos do MUST e uma questão suplementar: a gravidade
da doença.
Formulário de Triagem Nutricional (NRS, 2002)
O APACHE é uma ferramenta recomendada pelo Ministério da Saúde, que
determina a estimativa de morte em pacientes internados em UTI, nas
primeiras 24 h, por meio de dados clínicos, laboratoriais e fisiológicos. Esse
dado o nutricionista coleta no prontuário do paciente.
 Escore do estado nutricional = __________________
 Escore da gravidade da doença = ________________
 Escore do estado nutricional + gravidade da doença = __________
 Se paciente tem 70 anos ou + some um ponto no escore _________
 Escore Total = ________________
 Estado nutricional conforme o escore total:
0 = Eutrófico
1 = Desnutrido leve
2 = Desnutrido moderado
3 = Desnutrido grave
Diagnóstico Nutricional: _________________________
• Para pontuações ≥ 3 = paciente em risco nutricional e a terapia
nutricional deve ser iniciada.
• Para pontuações < 3 = no momento, o paciente não apresenta
risco nutricional e deve ser reavaliado semanalmente. Se o
paciente tiver indicação de cirurgia de grande porte, deve ser
considerada a terapia nutricional para evitar riscos associados.

Legendas: IMC = Índice de Massa Corpórea; DPOC = Doença pulmonar obstrutiva

crônica; AVC = Acidente Vascular Cerebral; APACHE = Acute Physiology and
Chronic Health Evaluation.
Níveis de Assistência Nutricional (NAN)
 A determinação do NAN tem como objetivos :
 padronizar os procedimentos,
 otimizar o tempo
 aperfeiçoar a qualidade da assistência em nutrição.

 Esse processo facilita o atendimento dos indivíduos,

possibilitando priorizar os cuidados nutricionais daqueles
que precisam de maior cuidado e atenção e também
permite estipular a periodicidade de reavaliação.
 Primário Secundário
São pacientes cuja doença de base não
exige cuidados dietoterápicos específicos,
porém, há risco nutricional
São pacientes sem risco nutricional, cuja
doença de base não exige cuidados
dietoterápicos específicos. Exemplo:
gripe São pacientes cuja doença de base exige
cuidados dietoterápicos expecíficos,
porém, não há risco nutricional. Exemplo:
hipertensão arterial.
 Terciário
São pacientes cuja doença
de base exige cuidados
dietoterápicos específicos
(exemplo: erros inatos do
metabolismo) e
apresentam risco
nutricional.
Determinação risco Instrumento de triagem
nutricional nutricional

Conhecer a condição
Tipo de dietoterapia a
clínica e o estado Prescrição médica
ser prescrita
nutricional do indivíduo
 CFN (Resolução 223, de 13 de julho de 1999)

Entre as atribuições do nutricionista na área clínica, destaca-se:

“classificar o atendimento segundo Níveis de Assistência em
Nutrição, conforme necessidades dietoterápicas e/ou fatores de
riscos individuais ou de ambiente de vida”

Dessa forma, é essencial saber realizar essa classificação para

que seja definida a melhor conduta nutricional para o indivíduo.
Hospitais e clínicas
 De acordo com o número de pacientes e seus respectivos níveis de
assistência nutricional, é calculado o número de nutricionistas que
deverá fazer parte do quadro de colaboradores da respectiva
instituição.
Resumindo
 Etapas para avaliação do estado nutricional:
 Providenciar a triagem nutricional para se estabelecer o
risco nutricional de cada indivíduo.
 Classificar o nível de assistência nutricional e obter o
diagnóstico do estado nutricional, por meio da avaliação
nutricional (determinar instrumentos).
 Com base nos resultados obtidos, fazer a intervenção
nutricional adequada para cada caso.
 Bons estudos!