Ministério da Educação
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Campus Londrina
ENGENHARIA MECÂNICA
DISCIPLINA: Geração e Distribuição de Vapor
Prof. Renan Manozzo Galante
ANÁLISE DE COGERAÇÃO E COMBUSTÃO
DISCENTES
Eduardo Viol R.A: 2216280
Lucca Peluso R.A: 2216426
Londrina, 15 de outubro de 2024
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Planta de potência a vapor acionada por combustível fóssil ................................................................... 3
Figura 2: Trabalho realizado e transferência de calor principais do subsistema B.................................................. 4
Figura 3: Ilustração e dados do projeto do condensador ........................................................................................ 6
Figura 4: Planta de cogeração ................................................................................................................................. 8
Figura 5: Resultados da modelagem do ciclo de cogeração .................................................................................. 12
Figura 6: Variação de pressão na entrada da turbina ........................................................................................... 14
Figura 7: Variação de temperatura na entrada da turbina ................................................................................... 14
Figura 8: Variação de temperatura de condensação ............................................................................................ 15
Figura 9: Variações das temperaturas no condensador ........................................................................................ 16
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Dados do enunciado .............................................................................................................................. 10
Tabela 2: Resultados da modelagem do ciclo de cogeração ................................................................................. 13
Tabela 3: Variação da vazão mássica do processo ................................................................................................ 16
SUMÁRIO
1 METODOLOGIA 3
1.1 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR ............................................. 3
1.2 CICLO RANKINE .............................................................................. 4
1.2.1 TURBINA ..................................................................................... 5
1.2.2 CONDENSADOR ......................................................................... 5
1.2.3 BOMBA ........................................................................................ 7
1.2.4 CALDEIRA ................................................................................... 7
1.2.5 EFICIÊNCIA TÉRMICA ................................................................ 7
1.3 CICLO DE COGERAÇÃO ................................................................ 8
1.3.1 DESAERADOR ............................................................................ 8
1.3.2 PROCESSO ................................................................................. 9
1.3.3 DESSUPERAQUECEDOR .......................................................... 9
1.4 MODELAGEM DO CICLO NO EES ................................................. 9
2 RESULTADOS E DISCUSSÕES 10
2.1 MODELAGEM DO CICLO DE COGERAÇÃO ............................... 10
2.2 MODELAGEM CONDENSADOR ................................................... 15
3 REFERÊNCIAS 17
3
1 METODOLOGIA
1.1 SISTEMAS DE POTÊNCIA A VAPOR
A maior parte das plantas de geração de energia elétrica configura-se uma
variação das instalações de potência a vapor, nas quais a água é o fluído de trabalho.
Os processos que ocorrem nesses sistemas de geração de potência possuem notável
complexidade, levando de certa forma que se adotem algumas idealizações para o
desenvolvimento de modelos termodinâmicos. São elas:
• Regime Permanente em todos os componentes.
• Energia potencial desprezível.
• Energia cinética desprezível.
• Perdas de pressão na caldeira e no condensador desprezível.
• Bombas e turbinas são consideradas isentrópicas.
Esses modelos permitem análises e discussões dos principais parâmetros, e a
influência no desempenho das respectivas modificações dos parâmetros. A Figura 1
representa uma planta de potência a vapor acionada por combustível fóssil, a planta
é dividida em subsistemas nomeados de A até D.
Figura 1: Planta de potência a vapor acionada por combustível fóssil
4
Fonte: Moran, M. J. E Shapiro, H. N., 2009
1.2 CICLO RANKINE
Para o atual trabalho de modelagem do ciclo Rankine as discussões serão
dedicadas ao subsistema B indicado na Figura 2 na qual relacionam o trabalho e as
transferências de calor.
Figura 2: Trabalho realizado e transferência de calor principais do subsistema B
Fonte: Moran, M. J. E Shapiro, H. N., 2009
A realização da análise termodinâmica deste subsistema engloba os
princípios de conservação da massa e conservação de energia, a segunda lei da
termodinâmica e os dados termodinâmicos adotados no caso. O desenvolvimento
começa considerando os quatro principais componentes: turbina, condensador,
bomba e caldeira. E em seguida são considerados os parâmetros mais importantes
para o desempenho.
A transferência de calor e trabalho mais importantes estão indicadas na
Figura 2. Na análise deste presente trabalho essas transferências de energia são
consideradas positivas no sentido indicado pelas setas.
5
1.2.1 TURBINA
A partir da caldeira no estágio 1, o vapor, tendo sua temperatura e pressão
elevadas, se expande ao longo da turbina para produzir trabalho, e em seguida é
descarregado no condensador no estágio 2 com pressão relativamente baixa.
Com as considerações realizadas para o desenvolvimento de modelos
termodinâmicos anteriormente, o balanço de energia para o volume de controle da
turbina se deduz à Equação 1:
𝑊̇𝑡
= ℎ1 − ℎ2 (1)
𝑚̇
A eficiência isentrópica da turbina permite que o efeito das irreversibilidades
seja definido em função do trabalho real pelo isentrópico, podendo ser expressa pela
Equação 2:
𝑊̇𝑡
(ℎ1 − ℎ2 )
𝜂𝑡 = 𝑚̇ = (2)
𝑊̇ ℎ1 − ℎ2𝑠
( 𝑡)
𝑚̇ 𝑠
1.2.2 CONDENSADOR
No condensador o fluido de trabalho no estado de vapor se condensa em
ocorrência da transferência de calor do fluido de trabalho para a água de resfriamento
que flui em circuito separado internamente. Sendo assim, o balanço de energia no
volume de controle do lado do condensado do trocador de calor fornece a Equação
3:
𝑄̇𝑠𝑎𝑖
= ℎ2 − ℎ3 (3)
𝑚̇
O modelo do condensador proposto para este trabalho, ilustrado na Figura 3,
é o trocador de calor do tipo casco e tubo, comumente encontrado em aplicações
industriais.
6
Figura 3: Ilustração e dados do projeto do condensador
Fonte: Enunciado Trabalho GDV – 2024/2
Para a modelagem do condensador será utilizado o método da efetividade 𝜀-
NUT, adequado para prever as temperaturas de saída dos escoamentos dos fluidos
quente e frio no trocador de calor.
Com os dados do enunciado, pode-se calcular a efetividade da transferência
do calor 𝜀, definida pela Equação 4:
𝑄̇ 𝐶𝑐 ∗ (𝑇𝑐,𝑠𝑎í𝑑𝑎 − 𝑇𝑐,𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 )
𝜀= = (4)
𝑄𝑚á𝑥 𝐶𝑚í𝑛 ∗ (𝑇ℎ,𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 − 𝑇𝑐,𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 )
Conforme comentando em sala, após definido o valor da efetividade, calcula-
se o número de unidades de transferência expresso como NTU. Definido pela
Equação 5, retirada da tabela 11-5 do livro Transferência de calor e massa: Uma
abordagem prática do ÇENGEL.
𝑁𝑇𝑈 = −ln(1 − 𝜀) (5)
O próximo passo será definir 𝑈 ∗ 𝐴𝑠 , após encontrar o valor de NTU, temos a
𝑈∗𝐴𝑠
Equação 6 envolvendo o grupo adimensional 𝑚 .
𝑐 ∗𝑐𝑝
𝑈 ∗ 𝐴𝑠
𝑁𝑇𝑈 = (6)
𝑚𝑐 ∗ 𝑐𝑝
Onde 𝑈 é o coeficiente global de transferência de calor e 𝐴𝑠 é a área de
transferência de calor do trocador de calor.
Para encontrar a diferença de temperatura média logarítmica ∆𝑇𝑙𝑚 , usamos a
Equação 7 definida no método LMTD.
𝑄̇ = 𝑈 ∗ 𝐴𝑠 ∗ ∆𝑇𝑙𝑚 (7)
Com os resultados obtidos, pela definição de ∆𝑇𝑙𝑚 pode-se encontrar e definir
a temperatura de entrada no condensador pela Equação 8:
7
∆𝑇1 − ∆𝑇2
∆𝑇𝑙𝑚 = (8)
𝑙𝑛(∆𝑇1 /∆𝑇2 )
1.2.3 BOMBA
No estágio 3 o líquido condensado deixa o condensador e é bombeado para
a caldeira em uma pressão mais alta, indicado como estágio 4. O balanço de energia
deduz à Equação 9:
𝑊̇𝑏
= ℎ4 − ℎ3 (9)
𝑚̇
A eficiência isentrópica da bomba permite que o efeito das irreversibilidades
seja definido em função do trabalho isentrópico pelo real, podendo ser expressa pela
Equação 10:
𝑊̇𝑏
( )
𝑚̇ 𝑠 (ℎ4𝑠 − ℎ3 )
𝜂𝑏 = = (10)
𝑊̇𝑏 ℎ4 − ℎ3
𝑚̇
1.2.4 CALDEIRA
Um ciclo é completado pelo fluido de trabalho no momento que o líquido deixa
a bomba no estágio 4, denominado de água de alimentação da caldeira, é aquecido
até a temperatura de saturação e evapora na caldeira. Considerando o volume de
controle indicado na Figura 2, o balanço de energia fornece a Equação 11:
𝑄̇𝑒𝑛𝑡
= ℎ1 − ℎ4 (11)
𝑚̇
Para a eficiência da caldeira definiu a Equação 12 em sala de aula, descrita
como:
𝜂𝑐 ℎ1 − ℎ4
= (12)
𝑚̇ 𝑚̇𝑐𝑜𝑚𝑏 ∗ 𝑃𝐶𝐼
1.2.5 EFICIÊNCIA TÉRMICA
A eficiência térmica de um ciclo Rankine mede quanto da energia térmica
fornecida ao fluido de trabalho ao passar pela caldeira é convertida em trabalho útil,
ou seja, o trabalho líquido que o ciclo é capaz de gerar. A eficiência do ciclo pode ser
definida pela Equação 13:
8
𝑊̇𝑡 𝑊̇𝑏
− 𝑚̇ (ℎ1 − ℎ2 ) − (ℎ4 − ℎ3 )
𝜂 = 𝑚̇ = (13)
𝑄̇𝑒𝑛𝑡 ℎ1 − ℎ4
𝑚̇
1.3 CICLO DE COGERAÇÃO
Além dos componentes presentes no ciclo Rankine definidos anteriormente
podem ter componentes adicionais, como é o caso do ciclo em estudo ilustrado na
Figura 4, onde aparecem o desaerador, dessuperaquecedor (HX) e processo. É
ilustrado também uma turbina com sangrias nos pontos 2 e 3, contribuindo assim com
o aumento da eficiência do sistema. A turbina, bombas e caldeira presentes nesse
ciclo foram pré definidas com um valor de 85%.
Figura 4: Planta de cogeração
Fonte: Enunciado Trabalho GDV – 2024/2
1.3.1 DESAERADOR
Algumas plantas de potência possuem um aquecedor de água de alimentação
aberto operando a uma pressão maior do que a pressão atmosférica de modo que o
oxigênio e outros gases dissolvidos possam ser retirados do ciclo. Esse processo,
conhecido como desaeração é necessário para se manter a pureza do fluido de
trabalho, com finalidade de minimizar a ocorrência de corrosão.
9
1.3.2 PROCESSO
O componente “Processo” ilustrado na Figura 4, é definido como uma
distribuição de calor para o ciclo. Possui influência direta nas características do ciclo
conforme sua distribuição.
1.3.3 DESSUPERAQUECEDOR
O dessuperaquecedor é um componente que tem a finalidade de reduzir a
temperatura do vapor superaquecido, aproximando-o a um estado mais próximo de
vapor saturado sem alterar sua pressão. A vantagem de utilização é a diminuição da
temperatura de pico antes da distribuição, assim reduzindo as perdas de transferência
de calor.
1.4 MODELAGEM DO CICLO NO EES
Para realização da modelagem do ciclo de cogeração ilustrado na Figura 4,
foi utilizado o software EES (Engineering Equation Solver), nele será desenvolvido
uma programação que descreve o ciclo termodinâmico. A programação envolve a
definição de variáveis para as propriedades do fluido de trabalho, e também é possível
os cálculos de entropia e entalpia em cada ponto inserindo as equações de balanço
de energia e massa de cada componente presente no ciclo (bomba, caldeira, turbina
e condensador). Além da praticidade em encontrar resultados e otimização do
desempenho do sistema, o software permite a abordagem solicitada no enunciado da
avaliação deste trabalho, que seria realizar iterações sobre a distribuição do processo
para que varie de 0% (desligado) até 100% (completamente ligado), variações de
temperatura e pressões.
10
2 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para apresentação dos resultados nesta seção, desenvolveu-se o programa
para o ciclo de cogeração dado no enunciado.
Análogo aos cálculos manuscritos, no EES seguimos a mesma abordagem,
retirando as informações de ponto a ponto e encontrando as propriedades. Para
abordagem do problema foi enunciado a Tabela 1, que fornece os dados operacionais
da planta do ciclo em questão.
Tabela 1: Dados do enunciado
# Temperatura [ºC] Pressão [kPa] Vazão [kg/s] Título [-]
1 485 6495 27,9 -
2 - 900 - -
3 - 250 - -
4 51 Saturação - -
5 51 Saturação - 0
6 - 250 - -
7 110 250 - -
8 - 6495 27,9 -
9 110 250 - -
10 - 900 - -
11 Saturação 900 ≤ 6,94 1
12 Saturação 900 ≤ 6,94 0
Fonte: Enunciado Trabalho GDV – 2024/2
Com a programação pronta no software, os dados previamente apresentados
na Tabela 1 serviram como base para modelagem no programa EES.
2.1 MODELAGEM DO CICLO DE COGERAÇÃO
Inicialmente no ponto 1, na entrada da turbina, com os dados de pressão e
temperatura pré definidos na Tabela 1, é possível calcular a entalpia (h1 = 3380 kJ/kg)
e a entropia (s1 = 6,791 kJ/kg.K).
Para o ponto 2, primeiro ponto de sangria da turbina que se liga diretamente
ao dessuperaquecedor, tem como dado inicial a pressão, que seria a pressão de saída
11
do primeiro estágio da turbina. O processo de expansão da turbina foi considerado
isentrópico, logo tem-se a entropia do estágio 1 e a pressão do estágio 2, sendo assim
calcula-se a entalpia ideal do ponto 2 (h2s = 2852 kJ/kg). Porém, como a turbina
possui uma eficiência definida de 85%, deve-se corrigir esse valor de acordo com a
Equação 2, obtendo assim a entalpia real (h2 = 2931 kJ/kg).
No ponto 3, segunda sangria da turbina ligando direto ao desaerador, tem-se
a pressão de saída no segundo estágio da turbina. Conhecendo a pressão no ponto
3 e a entropia no ponto 2, calcula-se a entalpia ideal no ponto 3 (h3s = 2676 kJ/kg),
corrige-se aplicando a eficiência de 85% da turbina, encontrando assim a entalpia real
no ponto 3 (h3 = 2714 kJ/kg).
No ponto 4, sendo o último estágio da turbina e ponto de entrada do
condensador, com o valor de temperatura apresentado previamente na Tabela 1.
Mantendo as considerações de uma turbina isentrópica, definida a temperatura no
ponto 4 e a entropia do estágio 3, pode-se encontrar a entalpia ideal no ponto 4 (h4s
= 2265 kJ/kg), posteriormente aplicando a eficiência da turbina encontra-se a entalpia
real no ponto 4 (h4 = 2332 kJ/kg).
No ponto 5, ponto de saída do condensador, considera liquido saturado e a
pressão igual ao do ponto 4, calculando assim a entalpia e entropia no ponto 5 (h5 =
213,5 kJ/kg e s5 = 0,7167 kJ/kg.K).
Para o ponto 6, ponto de saída da bomba P1, o procedimento utilizado para
encontrar a entalpia no ponto foi análogo aos pontos da turbina, portanto sabendo a
entropia no ponto 5 e a pressão no ponto 6, encontra-se a entalpia ideal no ponto 6
(h6s = 213,7 kJ/kg), e corrigindo de acordo com a eficiência da bomba pré definida de
85% e a Equação 10 define a entalpia real no ponto 6 (h6 = 213,8 kJ/kg).
No ponto 7, ponto de saída do desaerador, é fornecida pela Tabela 1 sua
temperatura e sua pressão, possibilitando assim encontrar sua entalpia (h7 = 461,4
kJ/kg) e sua entropia (s7 = 1,418 kJ/kg.K). No ponto 8, ponto de saída da bomba P2
e ponto de entrada da caldeira, realiza-se um processo análogo ao ponto 6, definidas
a entropia do ponto 7 e a pressão no ponto 8, encontra-se a entalpia ideal no ponto 8
(h8s = 468 kJ/kg), corrige-se de acordo com a eficiência da bomba de 85%,
encontrando a eficiência real (h8 = 469,1 kJ/kg). No ponto 9, suas propriedades são
iguais às do ponto 7.
No ponto 10, ponto de saída da bomba P3, realiza o mesmo processo dos
outros pontos de saída de bomba, onde possuindo a entropia do ponto 9 e a pressão
12
no ponto 10, é possível assim encontrar a entalpia ideal no ponto 10 (h10s = 462,1
kJ/kg), corrige-se com a eficiência da bomba de 85%, encontra-se a eficiência real
(h10 = 462,2 kJ/kg).
Por fim nos pontos 11 e 12, sendo eles os pontos anterior e sucessor ao
processo respectivamente, tiveram suas propriedades definidas previamente pela
Tabela 1, sendo as suas temperaturas as de saturação e ambas as pressões de 900
kPa. Porem as diferenças se encontram em seus respectivos títulos, sendo x = 1 no
ponto 11 e x = 0 no ponto 12.
Em relação as vazões mássicas, realiza-se balanços de energia e massa no
dessuperaquecedor, desaerador, turbina e bombas para encontrar a propriedade em
cada ponto.
Por fim na modelagem, a eficiência do ciclo pode ser definida pela Equação
13. Em um primeiro momento encontra-se o trabalho da turbina e subtrai-se os
trabalhos das bombas, conseguinte divide-se esse resultado encontrado pela energia
térmica fornecido calculado pela Equação 14 definida em aula:
𝑄̇𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 = 𝑚̇𝑐𝑜𝑚𝑏 ∗ 𝑃𝐶𝐼 (14)
Onde a vazão mássica do combustível é definida pela eficiência da caldeira e
o poder calorífico interior (PCI) utilizado será o do cavaco de madeira com valor de
11000 kJ/kg.
Os resultados para a modelagem do ciclo de cogeração em estudo estão
descritos na Figura 5.
Figura 5: Resultados da modelagem do ciclo de cogeração
Fonte: Autoria própria
13
Para melhor compreensão dos dados, a Tabela 2 foi preenchida
transcrevendo os dados da Figura 5.
Tabela 2: Resultados da modelagem do ciclo de cogeração
# Temperatura Pressão Vazão Entalpia Entropia
[ºC] [kPa] [kg/s] [kJ/kg] [kJ/kg.K]
1 485 6495 27,9 3380 6,79
2 243,4 900 6,49 2931 6,95
3 127,4 250 1,33 2714 7,04
4 51 12,97 20,06 2332 7,25
5 51 12,97 20,06 213,5 0,71
6 51,02 250 20,06 213,8 0,71
7 110 250 28,34 461,4 1,41
8 110,7 6495 27,9 469,1 1,42
9 110 250 0,443 461,4 1,41
10 110,1 900 0,443 462,2 1,42
11 175,4 900 ≤ 6,94 2774 6,62
12 175,4 900 ≤ 6,94 742,9 2,09
Fonte: Autoria própria
Após os resultados expressados, realizou-se a abordagem solicitada na qual
variou-se a pressão e temperatura de entrada da turbina (P1 e T1 respectivamente),
e variou-se também a temperatura de condensação (T4), apresentadas pelas Figuras
6 a 8 a seguir:
14
Figura 6: Variação de pressão na entrada da turbina
Fonte: Autoria Própria
Figura 7: Variação de temperatura na entrada da turbina
Fonte: Autoria Própria
15
Figura 8: Variação de temperatura de condensação
Fonte: Autoria Própria
Através dessa análise gráfica observa-se que conforme ocorre o aumento da
pressão (P1) e temperatura (T1) na entrada da turbina, mantendo as propriedades de
saída constantes, há um aumento na eficiência do sistema, como mostrado nas Figura
6 e 7. Ocorre o contrário quando aumentamos a temperatura (T4) na saída da turbina,
conforme aumenta-se a temperatura na entrada do condensador a eficiência do
sistema decai gradativamente conforme pode se observar pela Figura 8.
2.2 MODELAGEM CONDENSADOR
Em sequência, após modelagem do condensador no EES, conforme dados
da Figura 9, variou-se o F_processo como solicitado pelo enunciado e verificou-se a
relação desta variação na vazão mássica do condensador (𝑚4 ), nas vazões mássicas
das sangrias da turbina (𝑚2 e 𝑚3 ), na temperatura de entrada do condensador (𝑇4 ) e
na entalpia do estágio 4 (ℎ4 ). Os resultados estão descritos na Tabela 3.
16
Figura 9: Variações das temperaturas no condensador
Fonte: Autoria Própria
Tabela 3: Variação da vazão mássica do processo
𝒎𝟐 𝒎𝟑 𝒎𝟒 𝒉𝟒 𝒉𝟏 − 𝒉𝟒
# F_processo
[kg/s] [kg/s] [kg/s] [kJ/kg] [kJ/kg]
1 0 0 2,78 25,12 2330 1050
2 0,1 0,6497 2,651 24,6 2328 1052
3 0,2 1,299 2,52 24,08 2327 1054
4 0,3 1,949 2,389 23,56 2325 1055
5 0,4 2,599 2,258 23,04 2323 1057
6 0,5 3,248 2,126 22,53 2322 1059
7 0,6 3,898 1,993 22,01 2320 1060
8 0,7 4,548 1,859 21,49 2318 1062
9 0,8 5,198 1,726 20,98 2317 1064
10 0,9 5,847 1,591 20,46 2315 1065
11 1 6,497 1,456 19,95 2313 1067
Fonte: Autoria Própria
Após realizar-se uma análise mais aprofundada, podemos observar que à
medida que se reduz a temperatura de saída do fluxo frio no condensador, a
temperatura de entrada do fluxo quente (T4) aumenta.
17
3 REFERÊNCIAS
Cengel, Y. (2013). M. A. Termodinâmica. 7° Edição. Boles: AMGH Ltda.
Shapiro, H. N. (2014). Principios de Termodinâmica para Engenharia 7° Edição. Ltc.