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Fiscalidade Angolana-2024

Léo

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IMPOSTO INDUSTRIAL
INCIDÊNCIA
O Imposto Industrial (II) incide sobre os lucros obtidos no exercício de qualquer actividade de natureza comercial ou
industrial, ainda que acidental.
São considerados sempre de natureza comercial ou industrial:
• A actividade de exploração agrícola, aquícola, avícola, silvícola, pecuárias e piscatórias;
• A actividade de mediação, agência ou de representação na realização de contratos de qualquer natureza;
• O exercício de actividades reguladas pelas entidades de supervisão de seguros e de jogos, pelo Banco Nacional de
Angola e pela Comissão do Mercado de Capitais;
• A actividade das sociedades cujo objecto consista na mera gestão de uma carteira de imóveis, de participações
sociais ou outros títulos;
• Actividades das fundações, fundos autónomos, cooperativas e associações de beneficência;
• Exercício de profissões liberais no formato societário ou associativo.
SUJEITOS PASSIVOS
São sujeitos passivos do Imposto Industrial:
• As sociedades comerciais, civis com ou sem forma comercial, as cooperativas, fundações, associações, os fundos
autónomos, as empresas públicas e as demais pessoas colectivas de direito público ou privado, com sede ou direcção
efectiva em território angolano;
• As entidades desprovidas de personalidade jurídica, com sede ou direcção efectiva em território angolano, cujos
rendimentos não sejam directamente tributáveis em Imposto Industrial, quer estejam na titularidade de pessoas
singulares ou colectivas;
• As pessoas colectivas que não tenham sede ou direcção efectiva em Angola, mas que obtenham rendimentos no
país;
• As heranças jacentes, as pessoas colectivas em relação às quais seja declarada a invalidade, as associações e
sociedades civis sem personalidade jurídica e as sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, anteriormente
ao registo definitivo.
REGIMES DE TRIBUTAÇÃO
1. Regime Geral
São tributados pelo Regime eral os contribuintes cuja matéria colectável é determinada com base na declaração fiscal e
demonstrações financeiras, nos termos do CII, do Plano Geral de Contabilidade, Planos de Contas das Instituições
Financeiras e Seguradoras, do Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo, das Sociedades Gestoras e
outros estabelecidos por legislação própria.
2. Regime Simplificado
O presente regime aplica-se aos contribuintes sujeitos ao Imposto Industrial que estejam abrangidos pelo regime de não
sujeição do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).
ISENÇÕES
Estão isentas do Imposto Industrial as companhias de navegação marítima ou aéreas se, no país de nacionalidade, as
companhias angolanas de igual objecto social gozarem da mesma prerrogativa.
TAXAS

ESTUDANTE: JOSÉ MIGUEL ANTÓNIO-933.789.468 FONTE: PORTAL DA AGT-2024


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A taxa geral do Imposto Industrial é de 25% (vinte cinco por cento).


Para os rendimentos provenientes de actividades exclusivamente agrícolas, aquícolas, apícolas, avícolas, piscatórias,
silvícolas e pecuárias, a taxa única é de 10% (dez por cento).
Para os rendimentos provenientes de actividades do sector bancário e de seguros, operadoras de telecomunicações e de
empresas petrolíferas angolanas, aplica-se a taxa única de 35% (trina e cinco por cento).
PRAZO PARA LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO
1. Liquidação e Pagamento Provisório sobre Vendas
Os contribuintes do Regime Geral devem proceder à autoliquidação provisória e pagamento do II, mediante a aplicação de
uma taxa de 2% (dois por cento), sobre o volume total das vendas dos primeiros seis meses do exercício, devendo ser feito
até ao último dia útil do mês de Agosto.
2. Liquidação e Pagamento Definitivo
• Regime Geral de Tributação: Até ao último dia útil do mês de Maio de cada ano;
• Regime Simplificado de Tributação: Até ao último dia útil do mês de Abril de cada ano.
OBRIGAÇÕES DECLARATIVAS
1. Regime Simplificado
Os contribuintes sujeitos ao Regime Simplificado de Tributação devem apresentar, anualmente, até ao último dia do mês
de Abril, o Modelo de Declaração Simplificada ou o livro de registo de compra e venda e serviços prestados, podendo, a
obrigação, ser cumprida na Repartição Fiscal de domicílio ou por via da submissão electrónica, nos termos regulamentares.
Os contribuintes do Regime Simplificado de Tributação que submetem electronicamente as suas declarações fiscais passam
a deduzir 10% (dez por cento) das suas despesas administrativas relacionadas com a aquisição de aplicativo informático,
respectivas licenças e contratação de contabilista.
2. Regime Geral
Os contribuintes do Regime Geral de Tributação submetem, electronicamente, nos termos regulamentares, ou apresentam
anualmente, até ao último dia útil do mês de Maio, na Repartição Fiscal de Domicílio, a Declaração Modelo 1 em duplicado.
A Declaração Modelo 1 deve ser entregue, obrigatoriamente, sob pena da sua não recepção pela Repartição Fiscal,
acompanhada da Demonstração de Resultados por Natureza, Demonstração de Fluxo de Caixa, Balanço, Balancete Razão
e Balancete Geral Analítico, antes e depois dos lançamentos de rectificação ou regularização e de apuramento dos resultados
do exercício e respectivos anexos, devidamente assinados pelo contabilista responsável pela sua elaboração.
CESSAÇÃO DE ACTIVIDADE
1. Regime Geral
Os contribuintes do Regime Geral de Tributação devem apresentar, em triplicado, no prazo de 60 (sessenta) dias a contar
da cessação da sua actividade, a Declaração Modelo 1, entendendo-se que a cessação se verifica na data do encerramento
das contas ou, tratando-se de sociedades regularmente constituída com sede ou direcção efectiva no país, na data da
aprovação das contas do liquidatário ou administrador.
2. Regime Simplificado
No caso de cessação total do exercício da actividade, devem os contribuintes sujeitos ao regime simplificado de Tributação
apresentar, no prazo de 30 (trinta) dias, a Modelo de Declaração Simplificada ou o Livro de Registo de Compra e Venda e
Serviços Prestados.
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS
São obrigações acessórias dos contribuintes:

ESTUDANTE: JOSÉ MIGUEL ANTÓNIO-933.789.468 FONTE: PORTAL DA AGT-2024


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• Conservação da escrita por um período de cinco anos;


• Documentação de todos proveitos ou ganhos e os custos ou perdas.

IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DE TRABALHO (IRT)

Incidência Objectiva
O Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho (IRT) incide sobre os rendimentos dos trabalhadores por conta própria
(profissionais liberais, comerciais e industriais) ou por conta de outrem (trabalhadores dependentes).
Para efeitos deste imposto, constituem rendimentos do trabalho todas as remunerações percebidas a título de ordenados,
vencimentos, salários, honorários, avenças, gratificações, subsídios, prémios, comissões, participações, senhas de presença,
emolumentos, participações em multas, custas e outras remunerações acessórias.
Incidência Subjectiva
O Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho (IRT) é devido pelas pessoas singulares, quer residam, quer não, em território
nacional, cujos rendimentos sejam obtidos por serviços prestados, directa ou indirectamente, a pessoas singulares ou
colectivas com domicílio, sede, direcção efectiva ou estabelecimento estável no país.
Consideram-se sempre rendimentos obtidos no país derivados de:
• Actividades dos tripulantes dos navios ou aeronaves pertencentes a empresas que possuam no território nacional
sede, direcção efectiva ou estabelecimento estável no país;
• Actividades dos titulares de cargo de gerência, administração e órgãos sociais de sociedades que tenham sede,
direcção efectiva ou estabelecimento estável no país.
Grupos de Tributação
Os rendimentos do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho dividem-se em três Grupos de tributação: A, B e C.
Grupo A
Neste grupo incluem-se:
• Todas as remunerações percebidas pelos trabalhadores por conta de outrem e pagas por uma entidade patronal, por
força de vínculo laboral como definido nos termos da Lei Geral do Trabalho;
• Os rendimentos dos trabalhadores cujo vínculo de emprego se encontra regulado pelo Regime Jurídico da Função
Pública;
• Os rendimentos auferidos por titulares dos órgãos sociais das pessoas colectivas;
Grupo B
Neste grupo incluem-se todas as remunerações percebidas pelos trabalhadores por conta própria que desempenhem, de
forma independente, actividades constantes da lista de profissões anexa ao presente Código.
Grupo C
Neste grupo incluem-se todas as remunerações percebidas pelo desempenho de actividades industriais e comerciais, que se
presumem, todas as constantes na Tabela de lucros mínimos em vigor.
Não Sujeição
Não estão sujeitas ao IRT:

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• As prestações sociais pagas pelo Instituto Nacional da Segurança Social no âmbito da protecção social obrigatória,
nos termos da lei;
• O abono de família, pago pela entidade empregadora, em montante que não ultrapasse o limite máximo de 5% do
ordenado base mensal do trabalhador, excluídos os trabalhadores sujeitos ao regime remuneratório da função
pública;
• As contribuições para a segurança social;
• Os salários e outras remunerações devidas, até ao limite de Kz 100 000,00 (cem mil kwanzas) aos trabalhadores
eventuais agrícolas nacionais e aos trabalhadores domésticos contratados directamente por pessoas singulares ou
agregados familiares e inscritos na Segurança Social;
• Os subsídios atribuídos por lei aos cidadãos nacionais portadores de deficiências motoras, sensoriais e mentais;
• Os subsídios diários, os subsídios de representação, os subsídios de viagem e deslocação atribuídos aos funcionários
do Estado, que não ultrapassem os limites estabelecidos na legislação específica;
• Os subsídios diários de alimentação atribuídos a trabalhadores até ao limite mensal de AKz. 30 000,00 (Trinta Mil
Kwanzas);
• Os subsídios diários de transporte atribuídos a trabalhadores dependentes até ao limite mensal de AKz. 30 000,00
(Trinta Mil Kwanzas);
• O reembolso de despesas incorridas pelos trabalhadores dependentes de entidades sujeitas a Imposto Industrial ou
a outros regimes especiais de tributação, quando deslocados ao serviço da entidade patronal, desde que estas
despesas se encontrem devidamente documentadas nos termos do Código do Imposto Industrial e legislação
complementar.
Isenção
Estão isentos do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho:
• Os rendimentos auferidos pelos agentes das Missões Diplomáticas e Consulares Estrangeiras sempre que haja
reciprocidade de tratamento;
• Os rendimentos auferidos pelo pessoal estrangeiro ao serviço de Organizações Internacionais, nos termos
estabelecidos em acordos ratificados pelo órgão competente do Estado;
• Os rendimentos auferidos pelo pessoal estrangeiro ao serviço das Organizações Não- governamentais, nos termos
estabelecidos nos acordos com entidades nacionais, com o reconhecimento prévio por escrito da Administração
Geral Tributária;
• Os rendimentos auferidos pelos deficientes físicos e mutilados de guerra cujo grau de invalidez ou incapacidade
seja igual ou superior a 50% comprovada com a apresentação, pelo contribuinte, de documentação emitida por
autoridade competente para o efeito;
• Os rendimentos decorrentes do exercício das actividades previstas nos grupos de tributação A, B e C auferidos
pelos antigos combatentes, veteranos da pátria e deficientes de guerra, desde que devidamente registados no
Departamento Ministerial de tutela.
Determinação da Matéria Colectável
Grupo A
A matéria colectável é constituída por todas as remunerações expressas em dinheiro ainda que auferidas em espécie, de
natureza contratual e não contratual, periódicas ou ocasionais fixas ou variáveis, independentemente da sua proveniência,
local, moeda, forma estipulada para o seu cálculo e pagamento, auferidas pelo trabalhador por conta de outrem, deduzidas
da retribuição global das contribuições obrigatórias para a Segurança Social e das componentes remuneratórias não sujeitas
ou isentas, nos termos do CIRT.2

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Grupo B
A matéria colectável dos rendimentos pagos por pessoas singulares, colectivas ou equiparadas que possuam contabilidade
ou modelo de contabilidade simplificada, corresponde ao valor do serviço.
A matéria colectável dos rendimentos pagos por entidades sem contabilidade, é apurada pelo próprio sujeito passivo, com
base na sua contabilidade, modelo de contabilidade simplificada, registos disponíveis sobre compras e vendas ou serviços
prestados.
Os contribuintes que possuem contabilidade sujeitam-se, com as devidas adaptações, às regras aplicáveis ao apuramento da
matéria colectável dos contribuintes do Regime Geral do Imposto Industrial.
Os contribuintes deste grupo que possuam contabilidade, modelo de contabilidade simplificada ou livro de registo de
compra e venda e serviços prestados têm direito a deduzir até 30% dos custos incorridos
Quando o contribuinte preste ou contrate serviços sujeitos à retenção na fonte, nos termos do CII, a matéria colectável
corresponde ao valor do serviço.
Para os contribuintes que não possuam contabilidade, modelo de contabilidade simplificada ou livro de registo de compra
e venda e serviços prestados, não têm direito a dedução de custos, devendo a taxa do imposto incidir sobre todo o
rendimento.
Grupo C
A matéria colectável é a que consta da tabela dos lucros mínimos ou sobre a venda e serviços prestados.
Os contribuintes que possuem contabilidade sujeitam-se, com as devidas adaptações, às regras aplicáveis ao apuramento da
matéria colectável dos contribuintes do Regime Geral do Imposto Industrial.
Quando o contribuinte preste ou contrate serviços sujeitos à retenção na fonte, nos termos do CII, a matéria colectável
corresponde ao valor do serviço.
Os contribuintes deste grupo que possuam contabilidade, modelo de contabilidade simplificada ou livro de registo de
compra e venda e serviços prestados têm direito a deduzir até 30% dos custos incorridos
Quando o contribuinte preste ou contrate serviços sujeitos à retenção na fonte, nos termos do CII, a matéria colectável
corresponde ao valor do serviço.
Os contribuintes que não possuam contabilidade, modelo de contabilidade simplificada ou livro de registo de compra e
venda e serviços prestados, não têm direito a dedução de custos, devendo a taxa do imposto incidir sobre todo o rendimento.
Taxa
Sobre os rendimentos sujeitos a IRT aplicam-se a seguintes taxas:
Grupo A
As taxas constantes da tabela anexa ao Código do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho;
Grupo B
À matéria colectável não sujeita a retenção na fonte aplica-se a taxa de 25% (Vinte cinco por cento).
À matéria colectável sujeita a retenção na fonte aplica-se a taxa de 6,5%;( seis vírgula cinco por cento)
Grupo C
À matéria colectável não sujeita a retenção na fonte aplica-se a taxa de 25% (Vinte cinco por cento).
À matéria colectável sujeita a retenção na fonte aplica-se a taxa de 6,5%;( seis vírgula cinco por cento)
Liquidação
Grupo A
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A liquidação deve ser efectuada pela entidade responsável pelo pagamento dos rendimentos, mensalmente, após a realização
das deduções previstas no CIRT, pela aplicação das taxas constantes da Tabela do IRT.
Grupo B
A liquidação do imposto devido pela atribuição de rendimentos deste grupo é efectuada nos seguintes termos:
• Pela entidade pagadora desses rendimentos, mediante retenção na fonte, quando os rendimentos sejam pagos por
pessoas singulares, colectivas ou equiparadas que possuam contabilidade ou modelo de contabilidade simplificada;
• Pelo contribuinte, quando os rendimentos são pagos por entidades sem contabilidade.

Grupo C
A liquidação do imposto devido pelos contribuintes deste grupo é efectuada nos seguintes termos:
• Pelo contribuinte, nos casos em que o rendimento colectável é o que corresponde à sua actividade na Tabela dos
Lucros Mínimos, anexa ao CIRT;
• Pela entidade pagadora dos rendimentos, mediante retenção na fonte, quando o contribuinte preste serviços sujeitos
à retenção na fonte a pessoas singulares, colectivas ou equiparadas que possuam contabilidade ou modelo de
contabilidade simplificada;
Os contribuintes dos Grupos B e C, que se substituem na emissão de facturas aos respectivos fornecedores ou prestadores
no regime de auto-facturação definido em legislação própria devem no momento do efectivo pagamento ao fornecedor do
bem ou prestador de serviços, efectuar a retenção na fonte não liberatória de 2% (dois por cento) ou 6,5% (seis vírgula cinco
por cento), respectivamente, sobre o valor global da auto-factura, bem como proceder a respectiva entrega aos cofres do
Estado dentro de 5 (cinco) dias após a retenção.
Pagamento e Entrega
O IRT é pago e entregue do seguinte modo:
Grupo A
O Imposto devido pela atribuição de rendimentos deste grupo deve ser entregue, pela entidade empregadora, até ao final do
mês seguinte ao do respectivo pagamento, na Repartição Fiscal competente.
Grupo B
O Imposto devido pela atribuição de rendimentos deve ser entregue:
• Pela entidade pagadora dos rendimentos, até ao final do mês seguinte ao do pagamento, na Repartição Fiscal
competente, quanto aos rendimentos liquidados pelas pessoas singulares, colectivas ou equiparadas que possuam
contabilidade ou modelo de contabilidade simplificada;
• Pelo titular do rendimento, até ao final do mês em que deve ser entregue a declaração anual de rendimentos, quanto
aos rendimentos pagos por pessoas, singulares ou colectivas, sem contabilidade.
Grupo C
O Imposto devido pela atribuição de rendimentos deve ser entregue:
• Pelo titular desses rendimentos, até ao último dia do mês de Março, quanto aos rendimentos liquidados com base
na Tabela dos Lucros Mínimos, anexa ao CIRT;
• Pela entidade pagadora dos rendimentos na Repartição Fiscal competente, até ao final do mês seguinte ao do
respectivo pagamento, quanto aos rendimentos sujeitos à retenção na fonte.
IMPOSTO DE SELO

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Incidência Objectiva
O Imposto de Selo incide sobre todos os actos, contratos, documentos, títulos, livros, papéis, operações e outros factos
previstos na tabela anexa ao Código ou em leis especiais.
Incidência Subjectiva
Estão obrigados a liquidar e entregar o Imposto de Selo ao Estado os Notários, Conservadores dos Registos Civis,
Comercial, Predial, Instituições de Crédito, Sociedades Financeiras, locadores e sublocadores, arrendatários e
subarrendatários, seguradoras, segurados (relativamente à soma do prémio do seguro ou outras importâncias resultantes de
contratos com seguradoras estrangeiras cujo risco se localize em Angola) o trespassante.
Encargos
A responsabilidade financeira do Imposto de Selo cabe ao titular do interesse económico, nomeadamente o adquirente, o
utilizador do crédito, o locatário, o apostador, o beneficiário da garantia, o cliente das instituições de crédito, o segurado
7(relativamente à soma do prémio do seguro ou outras importâncias resultantes de contratos com seguradoras estrangeiras
cujo risco se localize em Angola), o comodatário, o publicitante, o devedor ou sacado nas letras e livranças, o procurador,
as sociedades a constituir, o empregador, os requerentes, os requisitantes, os beneficiários, o destinatário, o prestador ou
fornecedor dos bens e serviços.
Isenções
No Código do Imposto de Selo estão previstas, entre outras, as seguintes isenções:
• O Estado, quando constitui seu encargo, e quaisquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos, ainda que
personalizados, excluídas as empresas públicas;
• As Instituições Públicas de Previdência e Segurança Social e as associações de utilidades públicas, reconhecidas
nos termos da lei, bem como instituições religiosas legalmente constituídas, excepto quando se tratar de actividades
económicas de natureza empresarial;
• Os créditos, concedidos até o prazo máximo de 5 (cinco) dias de contas jovens, contas terceira idade, bem como os
juros daí resultantes e os micro-créditos;
• Os créditos derivados da utilização de cartões de crédito, quando o reembolso for efectuado sem o pagamento de
juros;
• Nos juros, comissões e contraprestações devidas nos contratos de financiamento para crédito habitação;
• Os créditos relacionados com as exportações, devidamente documentados com os despachos aduaneiros, bem como
os juros daí resultantes;
• As garantias e contratos que devam ser celebrados através dos mercados regulamentados que tenham por objecto
valores mobiliários ou direitos a ele equiparados;
• Os juros provenientes de Bilhetes de Tesouro e Obrigações de Tesouro e de Títulos do Banco Central;
• Os empréstimos com características de suprimento, incluindo os juros efectuados por sócios à sociedade em que
seja estipulado um prazo inicial não inferior a 1 (um) ano e não sejam reembolsados antes de decorrido aquele
prazo;
• Os suprimentos de tesouraria, incluindo os juros, em que seja estipulado um prazo inicial não inferior a um ano e
não sejam reembolsados antes de decorrido aquele prazo;
• O reporte de valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros negociados em mercado regulamentado;
• As operações de gestão de tesouraria entre sociedades em relação de grupo;
• Os documentos de representação forense;
• Os contratos de trabalho.
ESTUDANTE: JOSÉ MIGUEL ANTÓNIO-933.789.468 FONTE: PORTAL DA AGT-2024
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Taxa
As taxas são as que constam da tabela anexa ao Código, expressas em valor absoluto ou em percentagem.
Liquidação e Pagamento
O Imposto de Selo é liquidado pelos sujeitos passivos e deve ser pago até ao final do mês seguinte àquele em que a obrigação
tributária se tenha constituído.
Obrigações Declarativas
Os sujeitos passivos do Imposto de Selo estão obrigados a apresentação anual da declaração discriminativa do IS liquidado
até final do último dia útil do mês de Março do ano seguinte ao da realização dos actos, contratos, operações previstas na
tabela anexa no Código do IS.

IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO (IVA)


Incidência Subjectiva
O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) incide sobre as transmissões de bens, as prestações de serviços efectuadas no
território nacional, a título oneroso, por um sujeito passivo, agindo nessa qualidade, bem como sobre as importações de
bens.
Regimes de Tributação
a) Regime Geral
Estão enquadrados neste regime todos os contribuintes cadastrados na Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes, bem
como aqueles que voluntariamente solicitem a sua adesão a este regime, desde que verificados os requisitos previstos no
artigo 62.º do Código do Imposto Sobre o Valor Acrescentado;
b) Regime Transitório
Enquadram-se neste regime todos os contribuintes que possuem um volume anual de facturação ou operações de
importações superior ao equivalente em Kwanzas a USD 250 000,00 (Duzentos e Cinquenta Mil Dólares Americanos). Este
regime vigora até 31 de Dezembro de 2020, findo o qual estes contribuintes passarão para o regime geral de tributação do
Imposto sobre o Valor Acrescentado. Durante a vigência deste regime, os contribuintes nele enquadrados pagam o imposto
à taxa de 3% sobre o seu volume de venda ou serviços efectivamente recebidos;
c) Regime de Não Sujeição
Estão enquadrados neste regime todos os contribuintes que possuem um volume anual de facturação ou operações de
importações igual ou inferior ao equivalente em Kwanzas a USD 250 000,00 (Duzentos e Cinquenta Mil Dólares
Americanos).
Incidência Subjectiva
São sujeitos passivos do IVA:
• As pessoas singulares, colectivas ou entidades que exerçam, de modo independente, actividades económicas,
incluindo de produção, de comércio ou de prestação de serviço, profissões liberais, actividade extractivas, agrícola,
aquícola, apícola, avícola, pecuária, piscatória e silvícola;
• Pessoas singulares, colectivas ou entidades que realizem importações de bens, que mencionem indevidamente o
IVA em factura ou documentos equivalentes, que sejam adquirentes de serviços a entidades não residentes sem
domicílio, sede ou estabelecimento estável no território nacional;
• Estado, entidades governamentais e outros organismos públicos, quando não actuem no âmbito dos seus poderes
de autoridade;

ESTUDANTE: JOSÉ MIGUEL ANTÓNIO-933.789.468 FONTE: PORTAL DA AGT-2024


9

• Partidos, coligações políticas, sindicatos e as instituições religiosas, quando pratiquem operações tributáveis
(transmissões de bens, prestações de serviços e importações).
Isenções
Estão isentas do Imposto sobre o Valor Acrescentado:
1. Operações Internas (Transmissão de bens e prestações de serviços);
• A transmissão dos bens alimentares, conforme anexo I do presente código;
• As transmissões de medicamentos destinados exclusivamente a fins terapêuticos e profilácticos;
• As transmissões de cadeiras de rodas e veículos semelhantes, accionados manualmente ou por motor, para
portadores de deficiência, aparelhos, máquinas de escrever com caracteres braille, impressoras para caracteres
braille e os artefactos que se destinam a ser utilizados por invisuais ou a corrigir a audição;
• A transmissão de livros, incluindo em formato digital;
• A locação de bens imóveis destinados a fins habitacionais, designadamente prédios urbanos, fracções autónomas
destes ou terrenos para construção, com excepção das prestações de serviços de alojamento, efectuadas no âmbito
da actividade hoteleira ou de outras com funções análogas;
• As operações sujeitas ao Imposto de SISA, ainda que dele, isentas;
• A exploração e a prática de jogos de fortuna ou azar e de diversão social, bem como as respectivas comissões e
todas as operações relacionadas, quando as mesmas estejam sujeitas a Imposto Especial sobre o Jogos, nos termos
da legislação aplicável;
• O transporte colectivo de passageiros;
• As operações de intermediação financeira, incluindo as descritas no anexo III do Código do IVA, excepto as que
dão lugar ao pagamento de uma taxa, ou contraprestação específica e pré-determinada pela sua realização;
• O seguro de saúde, bem como a prestação de serviços de seguros e resseguros do ramo vida;
• As prestações de serviços que tenham por objecto o ensino, efectuadas por estabelecimentos integrados, conforme
definidos na Lei de Bases do Sistema de Educação e Ensino, bem como por estabelecimentos de Ensino Superior
devidamente reconhecidos pelo Ministério de Tutela;
• As prestações de serviço médico sanitário, efectuadas por estabelecimentos hospitalares, clínicas, dispensários e
similares;
• O transporte de doentes ou feridos em ambulâncias ou outros veículos apropriados efectuados por organismos
devidamente autorizados;
• Os equipamentos médicos para exercício da actividade dos estabelecimentos de saúde.
• A transmissão de produtos petrolíferos conforme anexo II presente no Código do IVA.
2. Importações
• As importações definitivas de bens cuja transmissão no território nacional seja isenta de imposto;
• As importações de ouro, moedas ou notas de banco, efectuadas pelo Banco Nacional de Angola;
• A importação de bens destinados a ofertas para atenuar os efeitos das calamidades naturais, tais como cheias,
tempestades, secas, ciclones, sismos, terramotos e outros de idêntica natureza, desde que devidamente autorizado
pelo Titular do Poder Executivo;
• A importação de mercadorias ou equipamentos destinados exclusivos e directamente à execução das operações
petrolíferas e mineiras, nos termos da Lei que estabelece o Regime Aduaneiro do Sector Petrolífero e do Código
Mineiro, respectivamente.
ESTUDANTE: JOSÉ MIGUEL ANTÓNIO-933.789.468 FONTE: PORTAL DA AGT-2024
10

• As importações de bens efectuadas no âmbito de tratados e acordos internacionais de que a República de Angola
seja parte, nos termos previstos nesses tratados e acordos;
• As importações de bens efectuadas no âmbito de relações Diplomáticas e Consulares, quando a isenção resulte de
tratados e acordos internacionais celebrados pela República de Angola;
• A importação de moeda estrangeira efectuada pelas Instituições Financeiras Bancárias, nos termos definidos pelo
Banco Nacional de Angola.
3. Exportações, operações assimiladas e transportes internacionais;
• As transmissões de bens expedidos ou transportados com destino ao estrangeiro pelo vendedor ou por um terceiro
por conta deste;
• As transmissões de bens de abastecimento postos a bordo das embarcações que efectuem navegação marítima em
alto mar e que assegurem o transporte remunerado de passageiros ou o exercício de uma actividade comercial,
industrial ou de pesca;
• As transmissões de bens de abastecimento postos a bordo das aeronaves utilizadas por companhias de navegação
aérea que se dediquem principalmente ao tráfego internacional e que assegurem o transporte remunerado de
passageiros ou o exercício de uma actividade comercial ou industrial;
• As transmissões de bens de abastecimento postos a bordo das embarcações de salvamento, assistência marítima,
pesca costeira e embarcações de guerra, quando deixem o país com destino a um porto ou ancoradouro situado no
estrangeiro;
• As transmissões, transformações, reparações, manutenção, frete e aluguer, incluindo a locação financeira, de
embarcações e aeronaves afectas às companhias de navegação aérea e marítima que se dediquem principalmente
ao tráfego internacional, assim como as transmissões de bens de abastecimento postos a bordo das mesmas e as
prestações de serviços efectuadas com vista à satisfação das suas necessidades directas e da respectiva carga;
• As transmissões de bens efectuadas no âmbito de relações Diplomáticas e Consulares cuja isenção resulte de
acordos e convénios internacionais celebrados por Angola;
• As transmissões de bens destinados a organismos internacionais reconhecidos por Angola ou a membros dos
mesmos organismos, nos limites e com as condições fixadas em acordos e convénios internacionais celebrados por
Angola;
• As transmissões de bens efectuadas no âmbito de tratados e acordos internacionais de que a República de Angola
seja parte, quando a isenção resulte desses mesmos tratados e acordos;
• O transporte de pessoas provenientes ou com destino ao estrangeiro.
4. Operações específicas do regime especial aduaneiro e que são definidas nos termos da legislação aduaneira em
vigor:
• As importações de bens que, sob controlo aduaneiro e de acordo com as disposições aduaneiras especificamente
aplicáveis, sejam postas nos regimes de zona franca, que sejam introduzidas em armazéns de regimes aduaneiros
ou lojas francas, enquanto permanecerem sob tais regimes;
• As transmissões de bens que sejam expedidos ou transportados para as zonas ou depósitos mencionados na alínea
anterior, bem como as prestações de serviços directamente conexas com tais transmissões;
• As transmissões de bens que se efectuem nos regimes a que se refere a alínea a), assim como as prestações de
serviços directamente conexas com tais transmissões, enquanto os bens permanecerem naquelas situações;
• As transmissões de bens que se encontrem nos regimes de trânsito, draubaque ou importação temporária e as
prestações de serviços directamente conexas com tais operações, enquanto os mesmos forem considerados
abrangidos por aqueles regimes;

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• A reimportação de bens por quem os exportou, no mesmo estado em que foram exportados, quando beneficiem de
isenção de direitos aduaneiros.
Taxa
A taxa do Imposto Sobre o Valor Acrescentado é de 14%.
Na Província de Cabinda, a taxa do Imposto sobre o Valor Acrescentado para a importação de mercadorias e transmissão
de bens, é de 2%.
Liquidação e Pagamento
A liquidação do Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser efectuada:
• Pelos sujeitos passivos;
• Pelos Serviços Aduaneiros, no caso de importação de bens;
• Pela Administração Geral Tributária, no caso de liquidação oficiosa do Imposto;
Imposto Cativo
As Sociedades Investidoras Petrolíferas, o Estado, bem como quaisquer dos seus serviços, estabelecimentos e organismos,
ainda que personalizados e as autarquias locais, exceptuando as Empresas Públicas, devem efectuar a cativação de 100%
do IVA que conste das facturas ou documentos equivalentes emitidos pelos seus fornecedores de bens ou serviços;
O Banco Nacional de Angola, os bancos comerciais, as seguradoras e resseguradoras e as operadoras de telecomunicações
devem efectuar a cativação de 50% do IVA que conste das facturas ou documentos equivalentes emitidos pelos seus
fornecedores de bens ou serviços;
O Imposto cativo deve ser entregue pelos adquirentes de bens e serviços que efectuaram a cativação.
Direito Cativo
Para o apuramento do imposto a entregar ao Estado, os sujeitos passivos do Imposto sobre o Valor Acrescentado têm direito
de deduzir ao imposto liquidado nas transmissões de bens e prestações de serviços que efectuaram o seguinte:
• O Imposto que lhes foi facturado na aquisição de bens e serviços por outros sujeitos passivos;
• O Imposto pago na importação de bens;
• O Imposto liquidado resultante de operações tributáveis efectuadas por sujeitos passivos estabelecidos no
estrangeiro, quando estes não tenham no território nacional um representante fiscal e não tenham incluído o imposto
na factura ou documento equivalente.
O pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado é da responsabilidade dos sujeitos passivos nas transmissões de bens
ou prestações de serviços e do importador no caso de importações de bens.
O Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser entregue até ao final do mês seguinte relativamente às operações realizadas
no mês anterior.
O pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado é da responsabilidade dos sujeitos passivos nas transmissões de bens
ou prestações de serviços e do importador no caso de importações de bens.
O Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser entregue até ao final do mês seguinte relativamente às operações realizadas
no mês anterior.
Obrigações Declarativas
Os sujeitos passivos do Imposto sobre o Valor Acrescentado estão obrigados a entregar a declaração de início, de alteração
ou cessação da sua actividade e entregar mensalmente a declaração periódica e seus anexos correspondentes às operações
efectuadas no exercício da sua actividade no decurso do mês procedente.

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IMPOSTO PREDIAL (IP)


• Incidência Objectiva
O Imposto Predial (IP) incide sobre o valor patrimonial ou renda dos prédios urbanos e rústicos e bem assim sobre as
transmissões gratuitas ou onerosas de bens imóveis, qualquer que seja o título a que tais transmissões são operadas.
• Incidência Subjectiva
O Imposto Predial sobre a detenção ou sobre a renda é devido pelo proprietário do prédio ou titular do rendimento,
respectivamente;
Nos casos de usufruto, direito de superfície, domínio útil e comodato, o Imposto Predial é devido pelo titular do respectivo
direito;
No caso de propriedade resolúvel, o imposto é devido pelo promitente comprador ou por quem tenha o uso e fruição do
prédio;
Nas transmissões gratuitas, incluindo as aquisições por usucapião, são sujeitos passivos do imposto os beneficiários dos
bens imóveis, bem assim o beneficiário da transmissão do direito a águas, ainda que sob a forma de autorização para as
explorar ou para minar em terreno alheio;
Nas transmissões onerosas, são sujeitos passivos do imposto os adquirentes dos bens imóveis.
• Isenções
Beneficiam de isenção as seguintes entidades:
• O Estado e as Autarquias Locais;
• Os Estados Estrangeiros, quanto aos imóveis destinados às instalações das respectivas representações diplomáticas
ou consulares, quando haja reciprocidade de tratamento;
• Partidos políticos nos termos da legislação própria;
• Os institutos públicos e as instituições religiosas legalmente reconhecidas, quanto ao património directo e
exclusivamente afecto à realização do seu objecto social ou local de culto;
• A primeira transmissão onerosa de imóveis com valor igual ou inferior a Akz 3 000 000,00 (três milhões de
kwanzas), que sejam afectos à habitação própria e permanente do adquirente;
• Os prédios rústicos relativamente aos quais sejam observados os critérios de aproveitamento útil e efectivo, nos
termos da Lei de Terras e do Regulamento Geral de Concessão de Terrenos, no que respeita à sua detenção;
• Os prédios rústicos localizados nas zonas rurais com dimensão igual ou inferior a 7 hectares;
• As terras rurais comunitárias definidas em legislação própria.
• Estão ainda isentos de IP, mediante reconhecimento da Administração Tributária e a à pedido dos interessados, que
devem fazer prova da situação jurídica do imóvel a seu favor, os imóveis de construção precária e as habitações
sociais, desde que sejam exclusivamente destinados à habitação própria.
• Matéria Colectável
A matéria colectável nos prédios urbanos corresponde ao valor patrimonial que resulta da avaliação efectuada nos termos
da legislação aplicável.
A matéria colectável nos prédios rústicos corresponde ao valor patrimonial de Akz 10 397,00 (dez mil, trezentos e noventa
e sete kwanzas) por hectar.

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O rendimento colectável dos imóveis arrendados é igual às rendas efectivamente recebidas, líquidas de 40%
correspondentes a despesas relacionadas com a conservação e manutenção do imóvel, não obstante o período a que respeite.
Na transmissão, gratuita ou onerosa, o valor tributável do imóvel é o valor patrimonial constante da matriz, à data da
transmissão, o determinado por avaliação no caso de prédio omisso ou o valor declarado, consoante o que for maior.
• Taxa
A taxa do Imposto Predial sobre a detenção aplicável aos prédios urbanos, excepto nos terrenos para construção, é
determinada de acordo com a tabela seguinte:

A taxa do Imposto Predial aplicável ao terreno para construção é de 0,6%;


A taxa do Imposto Predial aplicável aos prédios arrendados é de 25%;
A taxa do Imposto sobre a transmissão de bem imóvel é de 2%;
Os prédios desocupados há mais de 1 ano, bem como os terrenos para construção relativamente aos quais não sejam
observados os critérios de aproveitamento útil efectivo, durante três anos consecutivos ou seis interpolados, a contar da data
da entrada em vigor do CIP, da sua concessão, ocupação ou da última transmissão, ficam sujeitos a uma tributação adicional
de 50% do imposto devido.
• Liquidação
Na detenção de prédios urbanos e rústicos, o imposto é liquidado anualmente pelo sujeito passivo, na Repartição Fiscal ou
outros serviços competentes da Administração Tributária em 31 de Dezembro do ano a que o mesmo diz respeito, devendo
ser efectuada até ao último dia útil do mês de Março do ano seguinte.
Compete ao arrendatário que disponha de contabilidade, modelo de contabilidade simplificado ou livro de registos, proceder
à liquidação do imposto devido pelo arrendamento, até ao último dia útil do mês seguinte ao pagamento da renda. Quando
o arrendatário não possua contabilidade, modelo de contabilidade simplificado ou livro de registos, a liquidação do imposto
é devida pelo senhorio, até ao último dia útil do mês seguinte.
Na transmissão gratuita de imóvel operada por morte, doação ou por qualquer título que implique a transmissão gratuita,
incluindo a usucapião, a liquidação é efectuada pelo sujeito passivo até ao último dia útil do mê seguinte, salvo nos casos
de inventário judicial.
Nas transmissões onerosas, o imposto é liquidado pelo sujeito passivo até ao último dia útil do mês do mês seguinte, a
contar do acto que opera a transmissão ou pela Repartição Fiscal do local da situação do imóvel, com base na declaração
do sujeito passivo ou a título oficioso.
• Pagamento
O Imposto Predial sobre a detenção de imóvel deve ser pago até ao último dia útil do mês de Março pelo sujeito passivo,
podendo, todavia, ser pago em seis prestações consecutivas, a pedido do sujeito passivo.
O Imposto Predial sobre a renda sujeita à retenção na fonte deve ser entregue pelo substituto tributário até ao último dia útil
do mês seguinte à retenção, que responde pela totalidade do imposto e acréscimos legais, em caso de não entrega. Quando
não houver lugar à retenção, o imposto é pago pelo sujeito passivo até ao último dia útil do mês de Março.

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Nas transmissões onerosas e gratuitas, o imposto é pago pelos respectivos sujeitos passivos, até ao último dia útil do mês
seguinte à celebração do contrato ou prática do acto que a opere. Se a transmissão se opere por acto, contrato ou facto
ocorrido no estrangeiro, o pagamento do impsto deve ser efectuado até ao último dia do segundo mês seguinte ao da prática
do acto, celebração do contrato ou da participação da morte.
Se a transmissão se opera por arrematação, venda judicial ou administrativa, adjudicação, transacção ou qualquer outra
forma, o imposto é pago dentro do prazo de 15 dias contados da data da notificação pela Administração Tributária.
• Declaração de Rendimento Colectável
O rendimento colectável do imóvel, total ou parcialmente arrendado, determina-se através da declaração dos contribuintes,
conforme o modelo a submeter electronicamente ou a apresentar na Repartição Fiscal da área de situação dos prédios no
mês de Janeiro de cada ano e em separado para cada prédio até ao último dia útil do referido mês.
Os contribuintes devem indicar as rendas convencionadas e as efectivamente recebidas no ano anterior e juntar, quando
ainda não o tenham feito, os contratos de arrendamento devidamente selados.
O senhorio é obrigado a apresentar na Repartição Fiscal, dentro de 10 dias a contar da sua celebração, um exemplar do
contrato de arrendamento do prédio ou parte do prédio.
• Obrigações das Entidades Públicas e Privadas
As Administrações Municipais ou Autarquias Locais devem cooperar no levantamento dos prédios omissos localizados na
sua circunscrição territorial, devendo remeter as informações à Administração Tributária.
Quando, em processo judicial, se mostre não terem sido cumpridas quaisquer obrigações previstas no CIP, directa ou
indirectamente relacionadas com a causa, deve o Tribunal exigir previamente o comprovativo do cumprimento das
obrigações, no prazo de 10 (dez) dias.
As entidades fornecedoras de água, de energia eléctrica e de serviços de telecomunicações devem remeter, até ao décimo
dia do termo do trimestre em causa, em formato físico ou por via electrónica, à Administração Tributária, uma relação dos
contratos celebrados com os seus clientes, bem como as alterações que se tenham verificado.
As conservatórias e os cartórios notariais que lavram instrumentos ou escrituras que operem ou venham a operar a
transmissão de bens sujeitos a Imposto Predial, devem exigir como condição prévia o comprovativo do pagamento deste
imposto, sobre a detenção e transmissão.
Os serviços consulares não devem realizar nem dar seguimento a qualquer procedimento de legalização relacionado com a
transmissão onerosa ou gratuita de imóveis, situados na República de Angola, realizado ou a realizar no estrangeiro, sem
que lhe seja apresentado o comprovativo do Imposto Predial, quando devido.

IMPOSTO SOBRE APLICAÇÃO DE CAPITAL (IAC)


INCIDÊNCIA OBJECTIVA
O Imposto sobre Aplicação de Capitais (IAC) incide sobre os rendimentos provenientes da simples aplicação de capitais.
Os rendimentos estão divididos em duas secções: A e B, respectivamente.
• Secção A
Esta secção compreende os juros de capitais mutuados, qualquer que seja a forma de apresentação; os rendimentos de
contrato de crédito e os rendimentos originados pelo diferimento na prestação ou mora no pagamento.
• Secção B
Compreende: Os lucros atribuídos aos sócios e accionistas (residentes ou não em Angola) das sociedades comerciais e civis
sob forma comercial e cooperativas; os juros, prémios de amortização e outras remunerações das obrigações e títulos de
participação emitidos pelas sociedades, bem como os dos Bilhetes do Tesouro, das Obrigações do Tesouro e dos Títulos do
Banco Central; o quantitativo dos juros, prémios de amortização e outras remunerações das obrigações e títulos de
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participação, os dos Bilhetes do Tesouro, das Obrigações do Tesouro e dos Títulos do Banco Central, do período entre o
último vencimento ou emissão ou primeira colocação e a sua transmissão; juros de suprimentos ou de abonos dos sócios ou
accionistas ás sociedades; saldo de juros apurados em conta corrente; importância atribuída às empresas pela suspensão da
sua actividade; lucros de contratos de conta em participação; emissão de acções com reserva na subscrição; Royalties;
prémios de fortuna ou azar, rifas, lotarias, apostas; mais-valias da alienação de participações sociais ou outros rendimentos
sujeitos a IAC, que não sejam sujeitos a Imposto Industrial ou IRT.
INCIDÊNCIA SUBJECTIVA
O IAC é devido pelos titulares dos respectivos rendimentos, sem prejuízo da sua exigência a outras entidades, nos casos
previstos na lei.
• Isenções
Na Secção A estão isentos os seguintes rendimentos:
• Juros das vendas a crédito dos comerciantes relativos a produtos ou serviços do seu comércio ou indústria, bem
como juros ou qualquer compensação de mora no pagamento do respectivo preço;
• Juros de empréstimos sobre apólices de seguros de vida, feitos por sociedades de seguros.
Na Secção B estão os seguintes rendimentos:
• Os lucros ou dividendos distribuídos por uma entidade com sede ou direcção efectiva em Angola, desde que a
entidade beneficiária seja uma pessoa colectiva angolana que detenha no capital social da entidade que distribui os
lucros uma participação igual ou superior a 25%, por um período superior a um ano anterior a distribuição dos
lucros;
• Juros de instrumentos que se destinem a fomentar a poupança, até ao valor de AKz 500 000,00 (Quinhentos Mil
Kwanzas) que seja devida e previamente aprovada pelo Ministério das Finanças, sob parecer do Presidente do
Conselho de Administração da Administração Geral Tributária, ouvido o Banco Nacional de Angola;
• Juros de contas poupança-habitação criadas pelas instituições financeiras, com o objectivo de fomentar a poupança
com vista à aquisição de habitação própria e permanente.
• Determinação da Matéria Colectável
A matéria colectável dos factos constantes da Secção A é determinada com base na declaração dos rendimentos recebidos,
pagos ou postos à disposição dos seus titulares;
A matéria colectável dos factos constantes da Secção B é determinada com base na declaração de todos os rendimentos
pagos ou postos à disposição dos seus titulares pela entidade pagadora.
• Taxa
As taxas do Imposto sobre a Aplicação de Capitais são de 5%, 10% e 15%.
Os factos constantes da Secção A são tributados à taxa de 15%, ao passo que os factos constantes da Secção B são tributados,
em regra, à taxa de 10%, salvo nos casos dos rendimentos admitidos à negociação em mercado regulamentado e dos
rendimentos atribuídos a título de indemnização pela suspensão da actividade em que se aplica a taxa de 5%.
• Liquidação
• Secção A
A liquidação do Imposto é efectuada pelos titulares dos rendimentos, porém, se os titulares do rendimento não possuírem
residência em Angola (ou sede, direcção, efectiva ou estabelecimento estável), ou se o Imposto for devido por uma entidade
com contabilidade organizada, a favor de uma pessoa singular, o Imposto é liquidado pelos devedores dos rendimentos.
• Secção B

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Com excepção dos rendimentos resultantes da emissão de acções com reserva de preferência na subscrição, a liquidação do
Imposto é efectuada pelas entidades a quem incumbe o pagamento dos rendimentos, que ficam responsáveis pela totalidade
do Imposto e acréscimos no caso de não pagamento.
• Prazo de Pagamento
O pagamento do Imposto sobre a Aplicação de Capitais faz-se até ao último dia do mês seguinte àquele que respeite o
imposto.
• Obrigações Declarativas
As pessoas obrigadas à liquidação do Imposto sobre a Aplicação de Capitais devem apresentar uma declaração de todos os
rendimentos recebidos, pagos ou postos à disposição dos seus titulares até ao final do mês de Janeiro do ano seguinte àquele
em que o recebimento, pagamento ou colocação à disposição ocorram.

IMPOSTO SOBRE SUCESSÕES E DOACÕES (SISA)


INCIDÊNCIA
O Imposto sobre Sucessões e Doações incide sobre a transmissão gratuita dos bens mobiliários.
ISENÇÕES
Estão isentas do pagamento do Imposto sobre Sucessões e Doações:
• As heranças, legados, donativos e aquisições destinadas ao Estado, Institutos Públicos (museus, bibliotecas, escolas
e hospitais), serviços municipais, instituições de caridade e beneficência;
• Aquisições de propriedade literária e artística;
• Transmissões de valor inferior a 2 (dois) UCF a favor de descendentes, ascendentes ou cônjuges;
• Partidos políticos ou coligação de partidos com assento na Assembleia.
TAXA
Nas transmissões entre cônjuges ou a favor de descendentes e ascendentes a taxa aplicável é de 10% incidido sobre o valor
da herança correspondente a 11 (onze) UCF e de 15% (incidindo sobre o valor excedente da herança). Em quaisquer outras
transmissões a taxa aplicável é de 20% sobre o valor correspondente a 11 (onze) UCF e 30% sobre o valor excedente da
herança.
ENCARGO
O encargo do Imposto sobre Sucessões e Doações recai sobre a pessoa a quem o bem foi transmitido.
LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO
Compete à Repartição Fiscal do domicílio do finado, ou onde se tiver realizado contrato de doação, proceder a liquidação
do Imposto sobre Sucessões e Doações, devendo o beneficiário efectivo da sucessão ou doação a efectuar o pagamento
dentro do prazo definido na notificação emitida pela Repartição Fiscal.
IMPOSTO ESPECIAL DE CONSUMO (IEC)
• Incidência Objectiva
O Imposto Especial do Consumo (IEC) incide sobre os bens referentes no objecto que constam no Código do IEC,
produzidos no território nacional, importados e introduzidos no consumo, ainda que provenientes de actividades ilícitas.
• Incidência Subjectiva
São sujeitos passivos do IEC as pessoas singulares ou colectivas ou outras entidades que:

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• Pratiquem operações de produção, quaisquer que sejam os processos ou meios utilizados;


• Procedam a importação de bens;
• Procedam a arrematação ou venda de bens em hasta pública.
São ainda sujeitos passivos do IEC as pessoas singulares ou colectivas que em situação regular ou irregular introduzam no
consumo produtos sujeitos a IEC e as entidades que se encontrem na posse de bens sujeitos a IEC detidos para fins
comerciais, que não tenham sido objecto de tributação.
• Isenções
Estão isentas do IEC:
• Os bens exportados, quando a exportação seja feita pelo próprio produtor ou entidade vocacionada para o efeito;
• Os bens importados pelas representações Diplomáticas e Consulares, quando haja reciprocidade de tratamento e os
bens importados pelas Organizações Internacionais;
• As matérias-primas para a indústria nacional e os bens destinados ao uso em estabelecimento de saúde, desde que
devidamente certificados pelo Departamento Ministerial que superintende a actividade e da declaração de
exclusividade;
• Os bens destinados a fins laboratoriais e de investigação científica;
• Os bens de uso pessoal, tal como definidos na Legislação Aduaneira;
• Os bens destinados ao consumo como provisões de bordo, em aeronaves e embarcações de tráfego internacional;
• Os produtos vendidos a bordo de embarcações ou aeronaves de tráfego internacional;
• Os produtos que beneficiem da aplicação de um regime suspensivo de direitos aduaneiros;
• Os produtos vendidos em lojas francas.
• Determinação da Matéria Colectável
O valor tributável em IEC é:
• Para os bens produzidos no país, o custo de produção;
• Para os bens importados, o valor aduaneiro;
• Nas arrematações ou vendas realizadas pelas Estâncias Aduaneiras ou quaisquer outros serviços públicos o valor
pelo qual tiverem sido efectuadas;
• Nos casos em que o preço ao público ou não sendo este reconhecido ou determinável, o valor de mercado de bens.
• Taxa
As taxas do IEC são as que constam das tabelas anexas ao Código do Imposto Especial do Consumo.
• Liquidação e Pagamento
A liquidação do Imposto sobre o Valor Acrescentado deve ser efectuado:
• Pelos produtores, nos casos dos bens produzidos no país;
• Pelas Estâncias Aduaneiras, no caso de importação de bens;
• Pelo serviço que realizar a arrematação ou venda em hasta pública;
• Pela Repartição Fiscal.

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A entrega do IEC é efectuada uma única vez pelas pessoas ou entidades obrigadas a liquidá-lo. No momento em que submete
a declaração, o sujeito passivo deve proceder a entrega do Imposto liquidado nas facturas ou documentos equivalentes
efectivamente pagos, devendo a Repartição Fiscal emitir o respectivo Documento de Cobrança;
• Obrigações Declarativas
Os sujeitos passivos do IEC estão obrigados a apresentar, até ao último dia útil de cada mês, na Repartição Fiscal, uma
declaração em duplicado, conforme modelo oficial, no qual procedam a entrega do Imposto devido, relativamente ao
volume de operações realizadas no mês anterior.
IMPOSTO SOBRE OS VEÍCULOS MOTORIZADOS ( IVM)
• Incidência Objectiva
O presente imposto incide sobre os veículos motorizados, matriculados ou registados, de acordo com a legislação, junto
dos respectivos serviços públicos competentes, designadamente;
1. Automóveis Ligeiros e Pesados;
2. Motociclos, Ciclomotores, Triciclos e Quadricíclos;
3. Aeronaves;
4. Embarcações;
• Incidência Subjectiva
São sujeitos passivos do presente imposto os respectivos proprietários ou possuidores, em cujo nome os veículos se
encontram registados ou matriculados, junto dos serviços públicos competentes.
Presume-se sujeito passivo, o qual responde solidariamente pelo pagamento do imposto, com direito de regresso sobre o
titular do veículo:
• A pessoa que se encontre na posse efectiva do veículo;
• O adquirente do veículo cujo imposto não tenha sido pago em exercícios anteriores.
São equiparados aos proprietários, os locatários financeiros e os adquirentes com reserva de propriedade, bem como outros
titulares de direitos de opção de compra por efeito do contrato de locação.
• Isenções
Estão isentos do Imposto sobre os Veículos Motorizados:
• O Estado, as Autarquias Locais, os Institutos Públicos e os Partidos Políticos;
• As Missões Diplomáticas e Consulares, quando haja reciprocidade de tratamento;
• As Organizações Internacionais, nos termos dos Acordos celebrados pelo Estado Angolano.
Estão ainda isentos, os tractores utilizados exclusivamente para agricultura e os veículos adaptados para uso de pessoas
com deficiência, mediante reconhecimento da Administração Tributária.
• Matéria Colectável
O valor do imposto é determinado tendo em consideração:
• A cilindrada do motor, para os automóveis ligeiros, ciclomotores, motociclos, triciclos e quadriciclos e a tonelagem
para os pesados;
• Para as aeronaves, o peso máximo autorizado à descolagem;
• Para as embarcações, a tonelagem de arqueação bruta;

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• Taxa
A taxa do imposto é expressa em valor fixo constante das tabelas infra:
Tabela n.º 1 (Motociclos, Ciclomotores, Triciclos, Quadriciclos, Veículos Ligeiros e Pesados)

Item Categoria Cilindrada Valor (AKZ)

1 Motociclos/Ciclomotores/Triciclos/Quadriciclos I Até 125 cc 1.850,00

2 Motociclos/Ciclomotores/Triciclos/Quadriciclos II Até 125 a 450 cc 2.450,00

3 Motociclos/Ciclomotores/Triciclos/Quadriciclos III A partir de 451 cc 3.050,00

4 Ligeiros I Até 1500 cc 4.300,00

5 Ligeiros II De 1501 a 1800 cc 4.900,00

6 Ligeiros III De 1801 a 2400 cc 6.750,00

7 Ligeiros IV A partir de 2401 cc 9.200,00

8 Pesados I Até 10 Toneladas 10.450,00

9 Pesados II Mais de 10 Toneladas 15.350,00

Tabela n.º 2 (Embarcações)

Grupo Tonelagem da Arqueação Bruta Potência de Propulsão (HP) Valor Unitário (AKZ)

1 Até 2 De 25 a 50 250.000,00

Mais de 50 375.000,00

2 De 3 até 10 Até 50 562.500,00

Mais de 50 787.500,00

3 De 11 até 30 Até 100 1.023.750,00

Mais de 100 1.330.875,00

4 De 31 até 50 Até 100 1.730.138,00

Mais de 100 2.249.179,00

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20

5 De 51 até 70 Até 100 2.923.933,00

Mais 3.508.719,00

6 Mais de 71 Até 100 4.210.463,00

Mais de 100 5.052.556,00

Tabela n.º 3 (Aeronaves)

Grupo Peso Máximo Autorizado à Descolagem (KG) Valor (AKZ)

1 Até 600 500.000,00

2 Mais de 600 até 1000 688.680,00

3 Mais de 1000 até 1400 938.650,00

4 Mais de 1400 até 1800 1.315.522,00

5 Mais 1800 até 2500 1.831.405,00

6 Mais de 4200 até 5700 2.535.351,00

7 Mais de 5.700 até 10.000 4.569.594,00

9 Mais de 10.000 até 20.000 4.877.272,00

10 Mais de 20.000 5.146.684,00

• Liquidação e Pagamento
O Imposto sobre os Veículos Motorizados é liquidado e pago de Janeiro a Junho de cada ano e reporta-se ao exercício
anterior.
A prova do pagamento é efectuada mediante exibição de selo aprovado em diploma próprio.
• Fiscalização
O cumprimento das obrigações é fiscalizado, em geral, e dentro dos limites das suas competência, por todas as autoridades
e, em especial, pelo Serviço competente da Polícia Nacional, pela Administração Marítima Nacional e pela Autoridade
Aeronáutica.
Nenhum acto de registo ou licenciamento sobre veículos pode ser praticado pelas entidades competentes sem que o
interessado prove o pagamento do imposto devido.
• Dever de Cooperação
As Administrações Municipais ou Autarquias Locais devem cooperar com a Administração Tributária no cumprimento do
disposto na presente Lei.
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21

• Garantia do Pagamento
Os serviços competentes ficam obrigados a exigir prova do pagamento do imposto do último ano, quando seja aplicável,
nos casos de reemissão dos documentos do veículo, nomeadamente:
• Título de Propriedade;
• Livrete;
• Licença de Embarcação;
• Certificado de Navegabilidade.

REFLEXÃO : “ SE EXISTE COISAS QUE NÓS NÃO PODEMOS ESCAPAR NA VIDA , É A MORTE
E OS PAGAMENTOS DOS IMPOSTOS” ...

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