Estatuto Da GCM Nova Lima
Estatuto Da GCM Nova Lima
887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DA DESTINAÇÃO E DA MISSÃO
Art. 1º A Guarda Civil Municipal de Nova Lima é órgão integrante da Administração Direta do
Poder Executivo do Município de Nova Lima, organizada com base na hierarquia e na disciplina,
sob a autoridade suprema do Prefeito, com a finalidade de garantir segurança aos órgãos,
entidades, agentes, usuários, serviços e ao patrimônio municipais, tendo como princípios
norteadores de suas ações:
I - o respeito e a proteção da coisa pública, dos direitos humanos fundamentais, do exercício da
cidadania, das liberdades públicas e da legalidade democrática;
II - a preservação da vida;
III - o compromisso com a evolução social da comunidade.
Parágrafo único. A Guarda Civil Municipal, criada nos termos do artigo 104 da Lei Orgânica
Municipal, constitui-se como uma corporação uniformizada e armada, cabendo-lhe as funções,
prerrogativas e deveres contidos nesta lei.
Art. 3º A Guarda Civil Municipal de Nova Lima subordina-se à Secretaria Municipal de Segurança
e Mobilidade Urbana.
CAPÍTULO II
DAS COMPETÊNCIAS ESTRUTURANTES
Art. 4º Compete ao Comandante da Guarda Civil Municipal dirigir o órgão, nos aspectos técnico e
operacional.
CAPÍTULO III
DOS CONCEITOS BÁSICOS
Art. 6º Supervisão é a atividade permanentemente desenvolvida em nome da autoridade
competente, com o propósito de apurar e determinar o exato cumprimento de ordens e decisões.
Art. 7º Hierarquia é a ordem e a subordinação dos diversos cargos e funções que constituem a
estrutura e a carreira da Guarda Civil Municipal e que, conforme a ordem crescente de níveis,
investe de autoridade o cargo mais elevado.
§ 1º A civilidade é parte integrante da educação dos servidores da Guarda Civil Municipal,
competindo ao superior hierárquico tratar os subordinados de modo respeitoso, e ao subordinado
manter deferência para com seus superiores.
§ 2º A camaradagem é atitude indispensável à formação e ao convívio dos integrantes da Guarda
Civil Municipal, objetivando o aperfeiçoamento das relações sociais entre os mesmos.
Art. 8º A hierarquia e a disciplina manifestam-se por meio do exato cumprimento dos deveres civis
e funcionais, em todos os níveis, escalões, cargos e funções, e constituem a base institucional da
Guarda Civil Municipal.
§ 1º A hierarquia é a ordenação da autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura da Guarda
Civil Municipal, identificada conforme as insígnias atribuídas a cada cargo público e função pública.
§ 2º A disciplina do Guarda Civil Municipal é a exteriorização da ética do servidor e manifesta-se
pelo exato cumprimento de deveres, em todos os escalões e em todos os graus da hierarquia,
quanto aos seguintes aspectos:
I - pronta obediência às ordens legais;
II - observância às prescrições legais e regulamentares;
III - emprego de toda a capacidade individual em benefício do serviço público;
IV - correção de atitudes;
V - colaboração espontânea com a disciplina coletiva e com a efetividade dos resultados
pretendidos;
VI - respeito aos direitos humanos e sua promoção.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 9º O princípio da subordinação rege todos os graus da hierarquia da Guarda Civil Municipal,
conforme o disposto nesta Lei e em seu regulamento.
TÍTULO II
DO REGIME FUNCIONAL E DE TRABALHO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 10. O presente Estatuto é de aplicação exclusiva aos servidores dos cargos públicos e funções
públicas integrantes da estrutura funcional da Guarda Civil Municipal de Nova Lima.
Art. 11. Para os efeitos desta Lei, entende-se por servidor a pessoa legalmente investida em cargo
público ou função pública integrante da estrutura funcional da Guarda Civil Municipal e da
Secretaria Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana.
Parágrafo único. Os cargos públicos previstos nesta Lei são providos em caráter efetivo ou em
comissão.
CAPÍTULO II
DO INGRESSO
Seção I
Das Condições
Art. 12. O cargo público efetivo de Guarda Civil Municipal é acessível a todos os brasileiros natos
ou naturalizados, mediante aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos.
§ 1º O candidato ao cargo público efetivo de Guarda Civil Municipal, além dos requisitos previstos
na Constituição Federal e na legislação pertinente, deverá atender às seguintes exigências:
I - possuir, na data da posse, nível médio completo de escolaridade ou equivalente;
II - estar no exercício dos direitos civis e políticos e quite com as obrigações militares e eleitorais;
III - possuir idade mínima de 18 anos e altura mínima de 1,65 metro para o sexo masculino e 1,60
metros para o sexo feminino;
IV - gozar de boa saúde física, mental e psicológica, e não apresentar deficiência física, mental
ou sensorial que o incapacite para o exercício das atribuições do cargo público de Guarda Civil
Municipal;
V - possuir idoneidade moral comprovada por investigação social, assim compreendida a análise
da vida pública do candidato, por meio da avaliação de documentos, atestados e vida pregressa,
incluindo a apresentação pelo candidato de certidões criminais atualizadas expedidas pelo Poder
Judiciário estadual e federal;
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 14. O concurso para o cargo de Guarda Civil Municipal será composto das seguintes fases:
I - prova de conhecimentos gerais e específicos, de caráter eliminatório e classificatório;
II - exame antropométrico, de caráter eliminatório;
III - teste de aptidão física, de caráter eliminatório e classificatório;
IV - pesquisa social, de caráter eliminatório;
V - exame médico específico para o cargo, incluindo avaliação toxicológica, de caráter
eliminatório;
VI - avaliação psicológica específica para o cargo, de caráter eliminatório;
VII - curso de formação, de caráter eliminatório.
Parágrafo único. Entende-se por pesquisa social a investigação da vida pública do candidato, por
meio da avaliação da conduta ilibada e idoneidade moral do candidato, analisando, dentre outros
aspectos pessoais, como seus antecedentes criminais, relacionamentos interpessoais e
comportamento social, inclusive em meios eletrônicos.
Seção II
Do Curso de Formação
Art. 15. O curso de formação constitui-se como a última etapa do concurso público para o
provimento do cargo de Guarda Civil Municipal, cujas condições, conteúdo programático e carga
horária mínima serão definidos no regulamento desta Lei.
§ 1º Durante o período de duração do curso de formação, o candidato será designado Aluno-
Guarda e perceberá auxílio-transporte, auxílio-alimentação e uma bolsa de complementação de
qualificação profissional, de natureza indenizatória, em percentual incidente sobre o nível inicial da
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
CAPÍTULO III
DO PROVIMENTO
Art. 16. O provimento do cargo público efetivo de Guarda Civil Municipal far-se-á mediante ato do
Prefeito.
Art. 17. São formas de provimento dos cargos públicos do quadro de pessoal da Guarda Civil
Municipal:
I - nomeação;
II - reversão;
III - reintegração;
IV - recondução;
V - readaptação;
VI - aproveitamento.
Seção I
Da Nomeação
Art. 18. A nomeação far-se-á em caráter efetivo no nível inicial da Tabela de Vencimentos-base
do cargo público de Guarda Civil Municipal, e em comissão, para os cargos declarados em lei de
livre nomeação e exoneração.
Art. 19. A nomeação para o cargo público efetivo de Guarda Civil Municipal depende de prévia
aprovação em todas as etapas do concurso público de provas ou de provas e títulos, observados
a ordem de classificação e o prazo de validade do certame.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
§ 1º Quando de sua nomeação e dentro do prazo de validade do certame, o candidato terá direito
à reclassificação no último lugar da listagem de aprovados, caso o requeira, podendo ser
novamente nomeado, dentro do prazo de validade do concurso, se houver vaga.
§ 2º Quando mais de um candidato solicitar a reclassificação a que se refere o parágrafo anterior,
o reposicionamento respeitará a ordem de classificação inicial do candidato.
§ 3º O direito previsto no § 1º deste artigo poderá ser exercido uma única vez, por candidato, no
mesmo concurso.
Art. 20. A investidura no cargo público Guarda Civil Municipal do Aluno-Guarda aprovado no curso
de formação ocorrerá após sua nomeação pelo Prefeito, com a posse e com a entrada em exercício,
quando será posicionado no nível inicial da Tabela de Vencimentos-base.
Seção II
Da Posse
Art. 21. Posse é a aceitação formal pelo servidor das atribuições, dos deveres, das
responsabilidades e dos direitos inerentes ao cargo público, concretizada com a assinatura do
respectivo termo pela autoridade competente e pelo empossado.
§ 1º No ato da posse, o servidor apresentará declaração dos bens e valores que constituem seu
patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
§ 2º Só poderá ser empossado aquele que, em inspeção feita pelo serviço médico próprio ou
contratado do órgão municipal competente, for julgado apto, física e mentalmente, para o exercício
do cargo, desde que preenchidos, também, os demais requisitos exigidos pelo concurso público.
Art. 22. A posse ocorrerá no prazo máximo de 30 dias contados do primeiro dia útil subsequente
à publicação do ato de nomeação, prorrogável motivadamente e a critério do Prefeito, por uma
única vez, por igual período.
Art. 23. Vencido o prazo para a posse, o servidor terá seu ato de nomeação revogado, abrindo-se
a vaga decorrente.
Seção III
Do Exercício e Lotação
Art. 24. Exercício é o efetivo desempenho pelo servidor das atribuições do cargo público ou função
de confiança para o qual foi nomeado.
§ 1º É de 5 dias o prazo para o servidor entrar em exercício, contados da data da posse.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 26. Lotação é o ato que determina o órgão ou a unidade de exercício do servidor.
Seção IV
Do Estágio Probatório e da Estabilidade
Art. 27. O servidor empossado no cargo público de Guarda Civil Municipal adquirirá estabilidade
no serviço público após cumprir estágio probatório, no qual deverá preencher os seguintes
requisitos:
I - ter completado mil e noventa e cinco dias de efetivo exercício;
II - ter sido aprovado em avaliações de desempenho durante o período probatório, específicas
para esse fim;
III - encontrar-se em efetivo exercício na data em que cumprir os requisitos previstos nos incisos
I e II deste artigo.
Parágrafo único. Será assegurado ao servidor público o direito à ampla defesa, ao contraditório e
ao devido processo legal em relação aos resultados das avaliações de desempenho durante o
estágio probatório.
Art. 28. Ao longo do estágio probatório, o servidor será avaliado com base nos seguintes fatores,
dentre outros definidos no regulamento desta Lei:
I - desempenho satisfatório das atribuições do cargo;
II - participação em atividades de aperfeiçoamento, relacionadas com as atribuições específicas
do cargo;
III - elaboração de trabalhos visando ao melhor desempenho do serviço público;
IV - iniciativa na busca de opções para melhor desempenho do serviço;
V - capacidade de inovação, organização, adaptação e de trabalho em equipe;
VI - observância de todos os deveres inerentes ao exercício do cargo.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 29. A aprovação nas avaliações de desempenho realizadas ao longo do estágio probatório
será determinante para a decisão relativa à estabilidade do servidor em seu cargo público efetivo.
Seção V
Da Reversão
Art. 31. Reversão é o retorno à atividade do Guarda Civil Municipal aposentado por invalidez
quando, por junta médica do órgão gestor do Regime Geral de Previdência Social, forem
declarados insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria e atestada sua capacidade
para o exercício das atribuições do cargo.
Parágrafo único. A reversão far-se-á a pedido ou de ofício.
Art. 32. O Guarda Civil Municipal que retornar à atividade após a cessação dos motivos que
causaram sua aposentadoria por invalidez terá direito à contagem do tempo relativo ao período de
afastamento para todos os fins, exceto para fins de sua evolução profissional, em quaisquer das
modalidades de progressão previstas no Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações da Guarda
Civil Municipal.
Art. 33. A reversão far-se-á no mesmo cargo ocupado pelo Guarda Civil Municipal à época em
que ocorreu a aposentadoria ou em cargo decorrente de sua transformação.
Seção VI
Da Reintegração
Art. 34. Reintegração é a reinvestidura do Guarda Civil Municipal estável no cargo anteriormente
ocupado ou no resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com ressarcimento do vencimento e das demais vantagens do cargo.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Parágrafo único. Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o Guarda Civil Municipal ficará em
disponibilidade, observado o disposto nos artigos 39 a 43 desta Lei.
Art. 35. O Guarda Civil Municipal reintegrado será submetido a exame pela unidade municipal
própria competente ou por entidade contratada para essa finalidade, e, quando julgado incapaz
para o exercício do cargo, será readaptado ou encaminhado para avaliação por junta médica do
órgão gestor do Regime Geral de Previdência Social.
Seção VII
Da Recondução
Art. 36. Recondução é o retorno do servidor ao cargo anteriormente ocupado, correlato ou
transformado, em razão da reintegração de servidor demitido.
Seção VIII
Da Readaptação
Art. 37. Readaptação é a atribuição de atividades especiais ao servidor, observada a exigência
de tarefas compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental,
verificada em inspeção pelo serviço médico do órgão municipal competente, que deverá, para tanto,
emitir laudo circunstanciado.
§ 1º A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida,
nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago,
o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.
§ 2º O servidor readaptado submeter-se-á, semestralmente, a exame realizado pelo serviço
médico do órgão municipal competente, a fim de ser verificada a permanência das condições que
determinaram sua readaptação, até que seja emitido laudo médico conclusivo.
§ 3º Quando o período de readaptação for inferior a 1 ano, o Guarda Civil Municipal apresentar-
se-á ao órgão municipal competente ao final do prazo estabelecido para seu afastamento.
§ 4º Ao final de 2 anos de readaptação, o serviço médico do órgão municipal competente expedirá
laudo conclusivo quanto à continuidade da readaptação, ao retorno do servidor ao exercício das
atribuições do cargo ou quanto à aposentadoria, hipótese em que será encaminhado para avaliação
pelo órgão gestor do Regime Geral de Previdência Social.
§ 5º O readaptado que exercer, em outro cargo ou emprego, funções consideradas pelo serviço
médico do órgão municipal competente como incompatíveis com o seu estado de saúde, terá
imediatamente cassada a sua readaptação e responderá a processo administrativo disciplinar.
§ 6º A readaptação não acarretará aumento ou redução da remuneração do servidor.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 38. Cessados os motivos que deram origem à readaptação e sendo considerado apto em
inspeção realizada pelo serviço médico do órgão municipal competente, o servidor deverá retornar
ao exercício integral das atribuições de seu cargo público de Guarda Civil Municipal.
Seção IX
Da Disponibilidade e do Aproveitamento
Art. 39. O Guarda Civil Municipal ficará em disponibilidade remunerada quando seu cargo for
extinto ou declarado desnecessário e não for possível o seu aproveitamento imediato em outro
equivalente.
Parágrafo único. A declaração de desnecessidade do cargo e a opção pelo Guarda Civil Municipal
a ser afastado serão devidamente motivadas.
Art. 41. O aproveitamento de Guarda Civil Municipal que se encontre em disponibilidade há mais
de 12 meses dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental em inspeção
realizada pelo serviço médico do órgão municipal competente.
§ 1º Se julgado apto, o Guarda Civil Municipal assumirá o exercício do cargo no prazo de 3 dias,
contados da publicação do ato de aproveitamento.
§ 2º Verificada a incapacidade definitiva, o Guarda Civil Municipal em disponibilidade será
encaminhado para avaliação por junta médica do órgão gestor do Regime Geral de Previdência
Social.
Art. 42. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do servidor que
não entrar em exercício no prazo legal, salvo caso de doença comprovada pelo serviço médico do
órgão municipal competente.
Art. 43. Sendo o número de servidores em disponibilidade maior do que o de aproveitáveis, terá
preferência o de maior tempo em disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo de serviço
público municipal.
CAPÍTULO IV
DA VACÂNCIA
Art. 44. A vacância do cargo público ou da função pública decorrerá de;
I - exoneração;
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
II - demissão;
III - destituição de cargo em comissão;
IV - aposentadoria;
V - falecimento.
Seção I
Da Exoneração
Art. 45. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor ou de ofício.
Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
II - quando, tendo tomado posse, não entrar em exercício no prazo estabelecido.
Seção II
Da Demissão
Art. 47. A demissão será aplicada como penalidade precedida de processo administrativo
disciplinar, no qual lhe será assegurado o direito à ampla defesa, ao contraditório e ao devido
processo legal, ou em virtude de decisão judicial irrecorrível.
Seção III
Da Destituição
Art. 48. A destituição de cargo público de provimento em comissão e de função pública será
aplicada ao servidor nas hipóteses de infração disciplinar sujeita às penalidades de suspensão e
de demissão.
Seção IV
Da Aposentadoria
Art. 49. O servidor titular de cargo público de provimento efetivo de Guarda Civil Municipal é
vinculado ao Regime Geral de Previdência Social e será aposentado consoante as regras
estabelecidas na Constituição Federal e na legislação pertinente.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
CAPÍTULO V
DO REGIME DE TRABALHO
Seção I
Da Jornada
Art. 50. A carga horária semanal do servidor da Guarda Civil Municipal será de 40 horas semanais,
e poderá ocorrer em turnos diurnos e noturnos, inclusive em finais de semana, de acordo com as
especificidades das atividades, podendo, conforme a necessidade do serviço, ser praticado o
sistema de plantões, além do cumprimento de jornadas especiais, a serem disciplinadas em
legislação específica e no regulamento desta Lei.
§ 1º Conforme a necessidade do serviço, o Guarda Civil Municipal poderá ser convocado em
horários distintos dos de sua escala.
§ 2º Poderá haver prorrogação da duração normal do trabalho, por necessidade do serviço ou por
motivo de força maior, conforme orientação do superior imediato do servidor.
§ 3º O exercício de cargo em comissão ou de função de confiança exigirá do seu ocupante
dedicação integral ao serviço, podendo ser convocado para além do cumprimento da sua jornada
normal de trabalho sempre que houver interesse da Administração.
§ 4º Atendida a conveniência do serviço, o Titular da Secretaria Municipal de Segurança e
Mobilidade Urbana poderá conceder ao servidor estudante horário especial, quando comprovada
a incompatibilidade entre o horário escolar e o da sua unidade de exercício, sem prejuízo do
cumprimento integral de sua jornada de trabalho.
§ 5º Será concedido horário especial a servidora lactante durante os primeiros 12 meses de vida
do filho, inclusive se advindo de adoção, podendo tal prazo ser elastecido por recomendação
médica nos casos em que a saúde da criança o exigir.
§ 6º Sem prejuízo dos vencimentos e demais vantagens do cargo, será concedida jornada
especial ao servidor que tiver sob sua guarda cônjuge, filho ou dependente legal ou judicial com
deficiência e em tratamento especializado, devendo a deficiência ser comprovada por meio de
apresentação de laudo médico que ateste a limitação para a vida independente e a necessidade
de acompanhamento durante o tratamento especializado.
Seção II
Da Frequência e do Horário
Art. 51. A frequência será apurada por meio de ponto, chamadas de pessoal ou mediante
equipamentos de comunicação, no início e ao término do horário do serviço.
Parágrafo único. Poderá haver compensação de jornada, consistente na ampliação, redução ou
supressão da jornada de trabalho diária do servidor, em decorrência da conveniência ou da
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 52. Salvo nos casos expressamente previstos em lei ou regulamento, é vedado dispensar o
servidor de registro de ponto ou das demais formas de registro de presença, bem como abonar
faltas ao serviço.
Parágrafo único. O ponto ou as demais formas de registro de presença destinam-se a controlar a
entrada e a saída do serviço dos integrantes da Guarda Civil Municipal em seus respectivos locais
de trabalho.
Art. 54. No caso de faltas sucessivas, serão computados, para efeito de desconto, os domingos,
os feriados e os dias de folga intercalados.
TÍTULO III
DOS DIREITOS E DAS VANTAGENS
CAPÍTULO I
DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
Art. 55. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo público, com valor fixado
em lei.
Art. 57. O vencimento do cargo público efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente,
é irredutível.
Art. 58. Salvo por imposição legal ou ordem judicial, nenhum desconto incidirá sobre a
remuneração do servidor.
Parágrafo único. Mediante autorização do Guarda Civil Municipal, poderá haver consignação em
folha de pagamento a favor de terceiros, nos termos do regulamento desta Lei.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 60. O servidor em débito com o erário e que for demitido ou exonerado terá o prazo de 60
dias para quitar o débito.
Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição na dívida ativa
do Município.
Art. 62. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de
concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico
fundamento.
Art. 63. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou
penhora, exceto nos casos resultantes de decisão judicial.
Seção I
Das Indenizações
Art. 64. Constituem indenizações ao servidor da Guarda Civil Municipal
I - diárias;
II - indenização de transporte.
Art. 65. Os valores das indenizações, assim como as condições para a sua concessão serão
estabelecidas no regulamento desta Lei.
Art. 66. O servidor que, a serviço, se afastar da sede do Município em caráter eventual ou
transitório, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas de alimentação, locomoção
urbana e hospedagem.
Parágrafo único. A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida em valor integral
exclusivamente quando o deslocamento exigir pernoite fora da sede.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 67. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado
a restituí-las integralmente, no prazo de 5 dias de seu recebimento.
Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede do Município em prazo menor que o
previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no
caput deste artigo.
Seção II
Dos Auxílios Pecuniários
Art. 68. Serão concedidos aos servidores da Guarda Civil Municipal os seguintes auxílios
pecuniários, que não possuem natureza vencimental ou remuneratória, nem se incorporam à
remuneração para quaisquer efeitos:
I - vale-transporte;
II - vales e auxílio funcionais:
a) vale-refeição;
b) vale-alimentação;
c) vale-fardamento.
III - cesta de legumes.
Subseção I
Do Vale-transporte
Art. 69. Será devido ao servidor em efetivo exercício das atribuições de seu cargo público de
Guarda Civil Municipal vale-transporte para uso no sistema de transporte coletivo público para a
utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa, conforme
dispuser o regulamento desta Lei.
§ 1º O vale-transporte será concedido, mensalmente e por antecipação, para a utilização de
sistema de transporte coletivo, sendo vedado o uso de transportes especiais.
§ 2º Ficam dispensados da concessão do auxílio os órgãos ou entidades que transportem seus
servidores por meios próprios.
§ 3º O servidor participará dos gastos de deslocamento mediante o desconto de 6% de seu
vencimento-base ou do valor referente ao seu gasto mensal com o vale-transporte, o que for menor.
Art. 70. Não será exigida a participação do servidor nos gastos com o vale-transporte, na forma
prevista no parágrafo anterior, em decorrência da necessidade do serviço público.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Subseção II
Dos Vales e Auxílio Funcionais
Art. 71. Serão concedidos, periodicamente e por antecipação, os seguintes vales funcionais ao
servidor da Guarda Civil Municipal em efetivo exercício das atribuições de seu cargo público:
I - vale-refeição;
II - vale-alimentação;
III - auxílio-fardamento.
§ 1º O vale-refeição e o vale-alimentação serão devidos mensalmente ao servidor em
cumprimento de sua jornada legal ou nas hipóteses de ser-lhe atribuída jornada especial, e não
serão devidos nos períodos de férias, licenças e afastamentos do servidor.
§ 2º Serão concedidos o vale-refeição e o vale-alimentação ao servidor nas hipóteses de
cumprimento de atividades especiais que lhe forem cometidas por seus superiores hierárquicos,
em decorrência da conveniência ou da necessidade do serviço público.
§ 3º A forma, as condições e o custeio do vale-refeição e do vale-alimentação serão definidos em
regulamento.
§ 4º A forma, as condições, a periodicidade, o valor e o custeio do auxílio-fardamento serão
definidos em regulamento.
Subseção III
Da Cesta de Legumes
Art. 72. Será concedido ao Guarda Civil Municipal o auxílio cesta de legumes, conforme dispuser
o regulamento desta Lei.
Seção III
Das Gratificações e Dos Adicionais
Art. 73. Além do vencimento e das demais vantagens previstas neste Estatuto, serão deferidos ao
Guarda Civil Municipal as seguintes gratificações e adicionais:
I - gratificação natalina;
II - gratificação pela participação em comissões;
III - gratificação pelo desempenho de atividade especial;
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres ou perigosas;
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;
VI - adicional por serviço noturno.
VII - adicional de férias.
§ 1º As gratificações pelo exercício de cargo em comissão ou de função gratificada da Guarda
Civil Municipal são disciplinadas em Título específico desta Lei.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Subseção I
Da Gratificação Natalina
Art. 75. A gratificação natalina corresponde a 1/12 da remuneração a que o servidor fizer jus no
mês de dezembro, por mês de exercício, no respectivo ano.
§ 1º A fração igual ou superior a quinze dias será considerada como mês integral.
§ 2º Integra o valor da gratificação natalina a média aritmética das vantagens pecuniárias,
permanentes e ou temporárias, recebidas durante o ano.
§ 3º A gratificação natalina será paga até o dia 20 do mês de dezembro de cada ano.
Art. 76. O servidor exonerado perceberá a gratificação natalina proporcionalmente aos meses de
efetivo exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.
Art. 78. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Subseção II
Da Gratificação Pela Participação em Comissões
Art. 79. Poderá ser atribuída gratificação, no valor limitado a 30% do vencimento, ao servidor
participante de comissões cujo decreto de constituição preveja expressamente seu pagamento.
§ 1º A Administração Pública definirá, segundo o interesse público, as comissões cujos
participantes terão direito à gratificação prevista no caput.
§ 2º O percentual da gratificação, respeitado o limite estabelecido no caput, poderá variar
conforme as atribuições de cada participante na comissão, considerados a responsabilidade e a
complexidade de suas atribuições.
Subseção III
Da Gratificação Pelo Desempenho de Atividade Especial
Art. 80. A gratificação pelo desempenho de atividade especial poderá ser atribuída ao servidor
que desempenhar função que envolva:
I - liderança de projetos ou equipe, excetuadas as situações de exercício de cargo ou função
comissionados;
II - prestar apoio técnico às comissões provisórias ou permanentes quando solicitado, enquanto
durar esta situação;
III - em função de particularidades relacionadas ao local ou natureza do trabalho.
§ 1º A gratificação prevista no caput é limitada a 20% do valor do vencimento do servidor, pelo
período que durar o desempenho da atividade especial.
§ 2º Os critérios para o implemento da gratificação prevista neste artigo serão definidos no
regulamento desta Lei.
Subseção IV
Dos Adicionais de Insalubridade e Periculosidade
Art. 81. Os servidores que trabalham com habitualidade em locais ou atividades insalubres fazem
jus a um adicional de insalubridade calculado sobre o menor valor de vencimento inicial da Tabela
de Vencimentos-base das Carreiras do Município, nos seguintes percentuais variáveis de acordo
com o nível de exposição ao agente insalubre constatado em laudo técnico pericial realizado pelo
órgão municipal competente:
Cargo Público Efetivo de Guarda Civil Municipal
Insalubridade Grau Mínimo: 10%
Insalubridade Grau Médio: 15%
Insalubridade Grau Máximo: 20%
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Parágrafo único. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os servidores a agentes nocivos à saúde,
considerando sua natureza, habitualidade de contato e tempo de exposição aos seus efeitos.
Art. 82. Os servidores que trabalham com habitualidade em locais ou atividades perigosas fazem
jus a um adicional de periculosidade à razão de 30% sobre o menor valor de vencimento inicial da
Tabela de Vencimentos-base da Carreira da Guarda Civil Municipal prevista no seu Plano de
Cargos, Carreiras e Remunerações.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, são consideradas atividades ou operações perigosas
todas as atividades desempenhadas pelos Guardas Civis Municipais em razão do cumprimento das
efetivas atribuições de seu cargo público.
Art. 84. O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e periculosidade deverá optar por
um deles, não sendo acumuláveis as referidas vantagens pecuniárias.
Art. 85. O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das
condições ou dos riscos que deram causa à sua concessão.
Subseção V
Do Adicional Por Serviço Extraordinário
Art. 86. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora
normal de trabalho.
§ 1º Na hipótese de o serviço extraordinário ocorrer em dias de repouso semanal remunerado,
feriados ou dias de ponto facultativo, a hora normal será acrescida do percentual de 60%.
§ 2º O adicional pela prestação de serviço extraordinário, em nenhuma hipótese, será incorporado
ao vencimento, exceto para o cálculo da média da gratificação natalina e do adicional de férias.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 87. Somente será permitida a prestação de serviços extraordinários para atender a situações
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de duas horas diárias, autorizada a
compensação de horas, conforme dispuser o regulamento desta Lei.
Subseção VI
Do Adicional Por Serviço Noturno
Art. 88. O serviço noturno, prestado em horário compreendido entre 22 de um dia e 5 horas do
dia seguinte, terá o valor da hora de trabalho acrescido em 20%, computando-se cada hora como
cinquenta e dois minutos e trinta segundos.
Parágrafo único. Em se tratando de serviços extraordinários, o acréscimo de que trata este artigo
incidirá sobre a remuneração prevista no art. 86 desta Lei.
Subseção VII
Do Adicional de Férias
Art. 89. Independentemente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um
adicional de 1/3 da remuneração correspondente no período de férias.
§ 1º No caso de o servidor exercer o cargo em comissão ou função de confiança, a respectiva
vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.
§ 2º Integra a remuneração para efeito de cálculo do adicional a média aritmética das vantagens
pecuniárias, permanentes ou temporárias, recebidas nos últimos 12 meses anteriores ao mês de
gozo das férias.
Art. 90. O servidor em regime de acumulação lícita de cargos perceberá o adicional de férias
correspondente à remuneração de cada cargo exercido.
CAPÍTULO II
DAS FÉRIAS
Art. 91. O servidor da Guarda Civil Municipal gozará 30 dias corridos de férias por ano, concedidas
de acordo com escala organizada pelo Secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, ouvido o
Secretário Municipal de Administração, podendo ser divididas em até 3 períodos, desde que
nenhum seja inferior a 10 dias.
§ 1º Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 meses de efetivo exercício.
§ 2º As férias serão usufruídas nos 12 meses subsequentes ao do respectivo período aquisitivo,
sob pena de, em sendo ultrapassado tal interregno, serem pagas acrescidas de 100% e sem
prejuízo de sua concessão.
§ 3º O aviso de férias ao servidor deverá ser dado com 30 dias de antecedência.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
§ 4º A escala de férias poderá ser alterada pela Administração Municipal, desde que respeitado o
prazo de 30 dias de aviso ao servidor.
§ 5º Durante as férias, o servidor terá direito ao vencimento integral acrescido da média aritmética
das vantagens pecuniárias, permanentes e ou temporárias, recebidas durante o período aquisitivo,
mais o adicional de férias, cujo pagamento dar-se-á antes do gozo.
§ 6º É proibida a acumulação de férias, salvo por imperiosa necessidade do serviço e pelo máximo
de 2 períodos, atestada a necessidade pelo chefe imediato do servidor, situação na qual não se
aplicará o pagamento em dobro previsto no § 2º deste artigo.
§ 7º Em caso de parcelamento, o servidor receberá o adicional de férias quando da utilização do
primeiro período.
Art. 92. Fica suspenso o período aquisitivo de férias do servidor que, nesse interstício, houver
gozado das licenças previstas nos incisos II, III, IV, IX e X do art. 95 desta Lei.
Art. 93. Em caso de serem verificadas faltas ao serviço durante o período aquisitivo, o servidor
gozará o período de férias na seguinte proporção:
I - 30 dias corridos quando não houver faltado ao serviço mais de 05 vezes sem justificativa;
II - 24 dias corridos, quando houver tido de 06 a 14 faltas;
III - 18 dias corridos, quando houver tido de 15 a 23 faltas;
IV - 12 dias corridos, quando houver tido de 24 a 32 faltas.
Art. 94. O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa
ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês
de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias.
CAPÍTULO III
DAS LICENÇAS
Art. 95. Conceder-se-á licença ao Guarda Civil Municipal nas seguintes hipóteses:
I - por motivo de doença em pessoa da família;
II - para acompanhamento de cônjuge ou companheiro;
III - para o serviço militar;
IV - para tratar de interesse particular;
V - para desempenho de mandato classista;
VI - por motivo de gestação ou adoção;
VII - em razão de paternidade;
VIII - em razão de aniversário;
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 96. A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie será
considerada como prorrogação.
Art. 97. O servidor em licença é responsável por manter informada a chefia imediata sobre o local
onde poderá ser encontrado.
Art. 98. Terminada a licença, o servidor reassumirá imediatamente o exercício, ressalvado o caso
de prorrogação de ofício ou a pedido, a critério da Administração.
Parágrafo único. O pedido de prorrogação será apresentado nos seguintes prazos mínimos
antecedentes ao fim da licença:
I - 05 dias se a licença for de até 30 dias;
II - 10 dias se a licença for de até 90 dias;
III - 15 dias se a licença for de até 120 dias;
IV - 20 dias se a licença for superior a 120 dias.
Seção I
Da Licença Por Motivo de Doença em Pessoa da Família
Art. 99. Poderá ser concedida licença ao servidor, por motivo de doença incapacitante do cônjuge
ou companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente e descendente, enteado, menor sob guarda
ou tutela e irmãos, mediante comprovação pelo serviço médico do órgão municipal competente.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
§ 1º A licença somente poderá ser deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e
não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de
horário, o que deverá ser verificado pelo serviço médico do órgão municipal competente.
§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo por até trinta dias,
podendo ser prorrogada por igual período, sucessivamente ou não, mediante parecer do serviço
médico do órgão municipal competente.
§ 3º Somente será deferida a prorrogação da licença em casos de doenças incapacitantes
classificadas como de extrema gravidade, conforme o rol definido no regulamento desta Lei.
§ 4º As licenças intermitentes, com períodos de interrupção inferiores a trinta dias, serão
consideradas sucessivas para fins de cômputo de prazo e pagamento da remuneração.
§ 5º Não se considera assistência pessoal prestada a pessoa doente a representação dos seus
interesses econômicos ou comerciais.
Seção II
Da Licença Para Acompanhamento de Cônjuge ou Companheiro
Art. 100. A critério da Administração, poderá ser concedida licença sem remuneração ao servidor
para acompanhar o cônjuge ou companheiro que, sendo servidor público efetivo, for mandado
servir, independentemente de solicitação, em outro ponto do Estado ou do território nacional ou no
estrangeiro, ou passar a exercer cargo eletivo fora do Município.
§ 1º O requerente aguardará, em exercício, a concessão da licença, sob pena de demissão por
abandono de cargo.
§ 2º A licença será pelo prazo que perdurar a situação prevista neste artigo, pelo período máximo
de 2 anos, prorrogáveis, por uma única vez, por mais 2 anos.
Seção III
Da Licença Para o Serviço Militar
Art. 101. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e
condições previstas na legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 15 dias para reassumir o exercício
do cargo, sem perda do vencimento e das vantagens pecuniárias de caráter permanente a que fizer
jus.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Seção IV
Da Licença Para Tratar de Interesse Particular
Art. 102. A critério da Administração, e observado o interesse do serviço, poderá ser concedida
ao Guarda Civil Municipal estável licença para tratar de interesses particulares, pelo prazo de 2
anos consecutivos, sem remuneração, podendo ser prorrogada, por uma vez, por igual período.
§ 1º O requerente aguardará, em exercício, a concessão da licença, sob pena de demissão por
abandono de cargo.
§ 2º A Administração deverá decidir pela autorização ou não da licença no prazo máximo de 30
dias contados do recebimento do requerimento do servidor.
§ 3º A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do
serviço, sendo que, nesta última hipótese, o servidor disporá de até 30 dias contados de sua
notificação para reassumir o exercício do cargo, sob pena de demissão.
§ 4º Só poderá ser concedida nova licença depois de decorridos 02 anos do término da licença
anterior.
§ 5º Não se concederá a licença para tratar de interesses particulares ao servidor:
I - em estágio probatório;
II - ocupante de cargo de provimento em comissão ou função gratificada;
III - que estiver cumprindo penalidade disciplinar;
IV - reintegrado por medida liminar, até decisão judicial definitiva;
V - que ainda tenha férias regulamentares a serem gozadas;
VI - em situação de inadimplência em relação à obrigação de indenização ou reposição ao erário
municipal;
VII - nos casos em que a legislação vedar a substituição temporária do servidor;
VIII - nos casos em que o custo da substituição, durante o período da licença, for superior ao custo
total da remuneração do servidor, quando em exercício de suas atribuições.
§ 6º O servidor licenciado na forma deste artigo não poderá exercer outro cargo na Administração
Municipal.
Seção V
Da Licença Para o Desempenho de Mandato Classista
Art. 103. É assegurado ao servidor o direito à licença para o desempenho de mandato classista,
nas seguintes hipóteses:
I - sem a remuneração de seu cargo efetivo para o desempenho de mandato em confederação,
federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou
entidade fiscalizadora da profissão;
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Seção VI
Da Licença à Gestante ou à Adotante
Art. 104. A licença à gestante e à adotante será concedida pelo prazo de 180 , sendo os 120 dias
iniciais a cargo do Regime Geral de Previdência Social, segundo a legislação pertinente, e os 60
dias finais a cargo do Município.
§ 1º No período da prorrogação da licença à gestante, a servidora não poderá exercer qualquer
atividade remunerada.
§ 2º Em caso de descumprimento do disposto no parágrafo anterior, a servidora perderá o direito
à prorrogação da licença.
Seção VII
Da Licença-paternidade
Art. 105. A licença-paternidade será concedida ao servidor por ocasião de nascimento de filho ou
adoção por 05 dias ininterruptos, contados do evento.
Seção VIII
Da Licença-aniversário
Art. 106. A licença-aniversário será concedida ao servidor por ocasião de seu aniversário, devendo
ser gozado impreterivelmente no dia de seu nascimento.
Parágrafo único. O servidor deverá comunicar sua chefia imediata a data de seu aniversário, a
fim de que a concessão da licença-aniversário possa ser concedida sem prejuízo da prestação
regular do serviço público.
Seção IX
Da Licença Por Motivo de Doença ou Por Acidente de Trabalho
Art. 107. A licença por motivo de doença ou por acidente de trabalho será concedida, a pedido ou
de ofício, com base em perícia realizada pelo serviço médico do órgão municipal competente,
observadas as normas e definições expedidas pelo Regime Geral de Previdência Social.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 108. Para os fins desta Lei, acidente de trabalho é o evento ocorrido durante o exercício pelo
servidor das atribuições de seu cargo público e do qual decorra lesão corporal ou perturbação
funcional que cause morte, perda ou redução permanente ou temporária da capacidade para o
trabalho, conforme a previsão do art. 19 da Lei federal nº 8.213, de 24 de julho de 1991, bem como
os eventos a ele equiparados e previstos nos arts. 20, I e II, e art. 21, ambos do referido diploma
legal.
Art. 109. A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deverá ser emitida para todo acidente
ou doença relacionados com o trabalho do servidor, ainda que não haja afastamento ou
incapacidade, conforme dispuser o regulamento desta Lei.
Seção X
Da Licença Para Participação em Concurso Público
Art. 110. A licença para participação em concurso público será concedida ao servidor quando da
realização das provas do certame respectivo caso sua realização coincida com sua escala de
trabalho.
Parágrafo único. O servidor deverá comunicar sua chefia imediata da realização das provas do
certame com antecedência mínima de 30 dias e deverá, após realizá-las, comprovar a sua
participação no certame.
CAPÍTULO IV
DAS CONCESSÕES
Art. 111. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço:
I - por 1 dia, para atender convocação judicial ou requisição de autoridade policial, podendo o
prazo ser ampliado, desde que a necessidade seja atestada pela autoridade convocante.
II - por três dias consecutivos em razão de:
a) casamento civil;
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob
guarda ou tutela e irmãos.
CAPÍTULO V
DO TEMPO DE SERVIÇO
Art. 112. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos,
considerado o ano como de 365 dias.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 113. Além das licenças previstas nos incisos I, III, V, VI, VII, VIII, IX e X do art. 95 e das
concessões previstas no art. 111, ambos desta Lei, são considerados como de efetivo exercício os
seguintes afastamentos:
I - férias;
II - exercício de cargo em comissão ou função pública nos órgãos da Administração Direta do
Poder Executivo do Município de Nova Lima;
III - afastamento preventivo, se for inocentado ao final;
IV - prisão por ordem judicial, quando vier a ser inocentado;
V - participação em programa de treinamento promovido ou aprovado pelo Município;
VI - missão de estudo e aperfeiçoamento, desde que relacionados com as atribuições do cargo e
autorizado o afastamento pelo Prefeito;
VII - júri e outros serviços obrigatórios instituídos em lei;
VIII - faltas justificadas;
IX - licença para tratamento da própria saúde, até dois anos;
X - cessão para órgãos ou entidades de outras esferas de governo;
XI - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal;
XII - expressa determinação legal.
Parágrafo único. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado
concomitantemente em mais de um cargo ou função, de órgão ou entidade dos Poderes da União,
Estado, Distrito Federal e Municípios.
Sessão I
Da cessão do servidor
Art. 114. O Chefe do Executivo poderá ceder o servidor a outro órgão ou entidade dos Poderes
da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
II - em casos previstos em leis especiais;
III - em razão de convênios celebrados pelo Município.
§ 1º Na hipótese dos incisos I e III deste artigo, a cessão deverá ser precedida de solicitação, e o
ônus da remuneração do servidor, preferencialmente, será do órgão cessionário, mediante
reembolso.
§ 2º A cessão do servidor far-se-á mediante ato expedido pelo Chefe do Poder Executivo
Municipal, precedido da celebração de convênio.
§ 3º Mediante autorização expressa do Prefeito, o servidor poderá ter exercício em outro órgão
público mediante convênio por prazo máximo de 12 meses, renovável uma única vez por igual
período, com ônus para o Município cedente.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
§ 4º O servidor cedido não poderá exercer no órgão cessionário atribuições estranhas à natureza
de seu cargo e da complexidade de suas atribuições no Município de Nova Lima, exceto nas
hipóteses de cessão para exercício de cargo em comissão e ou função de confiança por ato do
cessionário.
§ 5º A cessão dar-se-á respeitando os direitos inerentes à carreira do servidor cedido.
§ 6º O gerenciamento, o controle de ponto e frequência do servidor cedido ficarão a cargo do
órgão cessionário.
§ 7º Para fins da cessão do servidor a outro órgão público, considera-se:
I - solicitação, o ato devidamente justificado, formal e expresso, emitido pelo órgão cessionário,
requerendo a cessão de servidor;
II - cessão, o ato autorizativo expedido pelo Chefe do Executivo, deferindo a solicitação do órgão
cessionário, contendo ao órgão municipal competente determinações quanto às anotações e
providências necessárias;
III - reembolso, a restituição ao órgão cedente das parcelas mensais inerentes ao vencimento e
vantagens do servidor cedido, além dos encargos legais;
IV - órgão cedente, aquele no qual se encontra investido e lotado originariamente o servidor;
V - órgão cessionário, aquele no qual o servidor irá exercer suas atividades durante a cessão.
Sessão II
Do exercício de mandato eletivo pelo servidor
Art. 115. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do seu cargo efetivo;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do seu cargo efetivo, sendo-lhe facultado optar
pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as
vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e,
não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso II deste artigo.
Parágrafo único. Em qualquer caso que se exija o afastamento para o exercício de mandato
eletivo, o tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para fins de sua
evolução profissional, em quaisquer das modalidades de progressão previstas no Plano de Cargos,
Carreiras e Remunerações da Guarda Civil Municipal.
CAPÍTULO VI
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 116. É assegurado ao Guarda Civil Municipal o direito de petição aos Poderes Públicos do
Município em defesa de seu direito ou interesse legítimo.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Parágrafo único. A petição será dirigida à autoridade competente para decidi-lo e encaminhada
por intermédio da chefia imediata do requerente.
Art. 117. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a
primeira decisão, não podendo ser renovado.
Parágrafo único. O requerimento de que trata o art. 116 e o pedido de reconsideração previsto
neste artigo deverão ser decididos dentro de 30 dias.
Art. 119. O prazo para interposição de pedido de recurso é de 15 dias, a contar da publicação ou
da ciência da decisão recorrida pelo servidor.
Art. 120. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente.
Parágrafo único. Provido o pedido de reconsideração ou o recurso, os efeitos da decisão poderão
retroagir à data do ato impugnado.
Art. 123. Para o exercício do direito de petição, é assegurada ao servidor ou a procurador por ele
constituído vista de processo ou documento, sendo-lhes facultado fotocopiá-los a suas expensas.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 124. A prescrição constitui-se matéria de ordem pública, não podendo ser relevada pela
Administração.
Art. 125. A Administração deverá rever seus atos a qualquer tempo, quando eivados de vícios que
os tornem ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
TÍTULO IV
DA CARREIRA DA GUARDA CIVIL MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 126. Os servidores ocupantes do cargo público efetivo de Guarda Civil Municipal integram o
Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações da Guarda Civil Municipal, objeto de lei específica, na
qual serão disciplinados o quantitativo do referido cargo público, sua escolaridade, suas áreas de
atuação, suas atribuições complementares às previstas nesta Lei, sua Tabela de vencimentos-base
e seus mecanismos de evolução em carreira.
Parágrafo único. Ao ocupante do cargo público de provimento efetivo de Guarda Municipal é
proibida a greve.
Art. 127. A Guarda Civil Municipal oferecerá cursos na sua área de atuação, com o propósito de
manter seus integrantes capacitados e atualizados para o desempenho de suas atividades, de
participação facultativa ou obrigatória, conforme a hipótese.
CAPÍTULO II
DA CLASSIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO GUARDA CIVIL MUNICIPAL
Art. 128. Para os efeitos deste Estatuto e da Lei do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações
da Guarda Civil Municipal, inclusive para os fins de sua participação em cursos de aperfeiçoamento
e para fins disciplinares, o comportamento do servidor terá as seguintes classificações:
I - excepcional: quando, nos últimos 10 anos de efetivo serviço aferidos para fins de sua
classificação, não tenha sofrido qualquer punição;
II - ótimo: quando, nos últimos 5 anos de efetivo serviço aferidos para fins de sua classificação,
tenha sido punido com, no máximo, 01 advertência;
III - bom: quando, nos últimos 3 anos de efetivo serviço aferidos para fins de sua classificação,
tenha sido punido com, no máximo, até 2 advertências, desde que a segunda não seja por motivo
de reincidência, ou 01 repreensão;
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
IV - insatisfatório: quando, nos últimos 2 anos de efetivo serviço aferidos para fins de sua
classificação, tenha sido punido com, no máximo, 1 advertência ou 1 repreensão;
V - inadequado, quando, no último ano de efetivo serviço, tenha sido punido com 2 repreensões
ou 1 suspensão.
§ 1º Para a classificação de comportamento prevista neste artigo, são estabelecidas as seguintes
equivalências:
I - 1 repreensão corresponde 2 advertências;
II - 2 repreensões correspondem a 1 suspensão;
III - 2 advertências e 1 repreensão correspondem a 1 suspensão.
IV - 2 advertências correspondem a 1 repreensão.
§ 2º Para os fins do § 1º, as prisões temporária e preventiva determinadas em procedimento
criminal, a prisão decorrente de sentença definitiva proferida em procedimento criminal cujo delito
nele apurado não seja classificado como infração grave ou gravíssima neste Estatuto, ou a prisão
civil decorrente de inadimplência no pagamento de prestação alimentícia, corresponderão a 1
suspensão, sem prejuízo da apuração de eventual infração disciplinar que possa estar relacionada
às mencionadas hipóteses de encarceramento.
§ 3º A concessão da transação penal ou da suspensão condicional da pena ao servidor no
processo criminal não impede a aplicação da equivalência prevista no § 2º
§ 4º A classificação do comportamento do servidor será registrada em seu prontuário e será revista
anualmente, de ofício, por ato do Corregedor da Guarda Civil Municipal, de acordo com os prazos
e critérios estabelecidos neste artigo.
Art. 129. Ao ingressar na Guarda Civil Municipal de Nova Lima, o comportamento do servidor será
classificado como "excepcional".
Parágrafo único. Os servidores integrantes do quadro de pessoal da Guarda Municipal na data da
publicação desta Lei serão classificados conforme o histórico constante de seus assentamentos
funcionais.
Art. 130. O Comandante da Guarda Civil Municipal deverá elaborar relatório anual de avaliação
disciplinar do seu efetivo, a ser enviado à Corregedoria da Guarda Civil Municipal, bem como aos
Gabinetes do Secretário Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana e do Prefeito Municipal.
Parágrafo único. A avaliação deverá considerar a totalidade das infrações punidas, a tipificação e
as sanções correspondentes, o cargo do infrator e a localidade do cometimento da falta disciplinar,
além dos demais critérios dispostos nesta Lei e em seu regulamento.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 131. Do ato do Comandante da Guarda Civil Municipal que reclassificar os integrantes da
Corporação caberá recurso à Corregedoria da Guarda Civil Municipal.
Parágrafo único. O recurso previsto no caput deste artigo deverá ser interposto no prazo de 05
dias corridos, contados da data da ciência do ato impugnado, e terá efeito suspensivo.
CAPÍTULO III
DAS RECOMPENSAS DA GUARDA CIVIL MUNICIPAL
Art. 132. As recompensas constituem-se medidas de reconhecimento aos bons serviços, atos
meritórios e trabalhos relevantes prestados pelo integrante da Guarda Civil Municipal.
Art. 134. As recompensas previstas no artigo anterior serão conferidas pelo Comandante da
Guarda Civil Municipal.
CAPÍTULO IV
DA ESTRUTURA COMISSIONADA E DA ESTRUTURA HIERÁRQUICA DA GUARDA CIVIL
MUNICIPAL
Art. 135. O Chefe do Poder Executivo Municipal é o dirigente máximo da Guarda Civil Municipal,
cuja estrutura comissionada é constituída pelos seguintes cargos públicos em comissão, a serem
exercidos pelos Guardas Civis Municipais, dispostos conforme a seguinte escala hierárquica
ascendente, gerida por seu Comandante nos seus aspectos técnico e operacional:
I - Comandante da Guarda Civil Municipal;
II - Corregedor da Guarda Civil Municipal;
III - Subcomandante da Guarda Civil Municipal;
IV - Inspetor da Guarda Civil Municipal;
V - Subinspetor da Guarda Civil Municipal.
Art. 136. O ocupante do cargo em comissão de Corregedor da Guarda Civil Municipal deverá
possuir formação completa em curso de nível superior, preferencialmente bacharelado em Direito.
Parágrafo único. As atribuições do Corregedor da Guarda Civil Municipal são as previstas neste
Estatuto, além de outras atribuições pertinentes definidas em Decreto.
Art. 137. A composição numérica dos cargos públicos em comissão da Guarda Civil Municipal é
a prevista no Anexo I, e as atribuições específicas dos cargos de Comandante, Subcomandante,
Inspetor e Subinspetor são as constantes do Anexo II.
Parágrafo único. As remunerações dos cargos públicos em comissão são as definidas na Lei
instituidora do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações da Guarda Civil Municipal.
Art. 138. O ocupante do cargo público efetivo de Guarda Civil Municipal poderá ser nomeado para
os cargos integrantes da estrutura comissionada da Guarda Civil Municipal de acordo com os
requisitos previstos no Anexo III desta Lei.
§ 1º O servidor nomeado para exercer um dos cargos em comissão da Guarda Civil Municipal
previstos no art. 135 desta Lei irá compor quando de sua exoneração o Quadro Remanescente de
Comando, sendo que o tempo de serviço em seu cargo público efetivo e o cargo comissionado por
ele exercido definirão o seu posto na estrutura hierárquica da Corporação e sua consequente
ascendência em relação a seus pares no cumprimento das atribuições de seus cargos públicos,
independentemente de seu posicionamento na Tabela de Vencimentos-base da Carreira da Guarda
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Civil Municipal prevista no seu Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, conforme a seguinte
classificação e seus respectivos requisitos:
I - Classe Especial IV: o servidor que completar 35 anos de efetivo exercício de seu cargo público
efetivo de Guarda Civil Municipal ou o servidor que ocupar durante o período de 3 anos completos
o cargo em comissão de Comandante ou o cargo em comissão de Corregedor;
II - Classe Especial III: o servidor que completar 30 anos de efetivo serviço ou o servidor que
ocupar durante o período de 3 anos completos o cargo em comissão de Subcomandante;
III - Classe Especial II: o servidor que completar 25 anos de efetivo exercício de seu cargo público
efetivo de Guarda Civil Municipal, ou o servidor que ocupar o cargo em comissão de Inspetor pelo
período mínimo de 3 anos completos;
IV - Classe Especial I: o servidor que completar 20 anos de efetivo exercício de seu cargo público
efetivo de Guarda Civil Municipal, ou o servidor que ocupar o cargo em comissão de Subinspetor
pelo período mínimo de 3 anos completos;
V - Guarda Civil Municipal IV: o servidor que, após ter cumprido o requisito temporal estabelecido
no inciso VI, contar com mais até 5 anos de exercício de seu cargo público efetivo;
VI - Guarda Civil Municipal III: o servidor que, após ter cumprido os requisitos temporais
estabelecidos no inciso VII, contar com mais até 5 anos de exercício de seu cargo público efetivo;
VII - Guarda Civil Municipal II: o servidor aprovado em estágio probatório e que, após, contar com
mais até 7 anos de exercício de seu cargo público efetivo;
VIII - Guarda Civil Municipal I: o servidor público em cumprimento de estágio probatório.
§ 2º Para os fins desta Lei, a estrutura hierárquica da Guarda Civil Municipal é a seguinte:
I - Comandante;
II - Corregedor;
III - Subcomandante;
IV - Inspetor;
V - Subinspetor;
VI - Classe Especial IV;
VII - Classe Especial III;
VIII - Classe Especial II;
IX - Classe Especial I;
X - Guarda Civil Municipal IV;
XI - Guarda Civil Municipal III;
XII - Guarda Civil Municipal II;
XIII - Guarda Civil Municipal I.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
§ 3º O Poder Executivo fará realizar provas, a partir do ano de 2024, para a nomeação dos
servidores que ocuparão os cargos de Inspetor e Subinspetor da Guarda Civil Municipal, conforme
dispuser o regulamento desta lei.
§ 4º Decreto a ser expedido pelo Prefeito Municipal nomeará os servidores aprovados nas provas
a que se referem o parágrafo anterior para o exercício do mandato de 36 meses para os cargos de
Inspetor e Subinspetor da Guarda Civil Municipal.
§ 5º O servidor em cumprimento do mandato a que se refere o § 4º poderá ser exonerado pelo
Prefeito de seu cargo em comissão em caso de cometimento de infração disciplinar ou nas
hipóteses do afastamento preventivo ou da remoção temporária previstos no art. 227 desta Lei.
§ 6º O total de cargos comissionados de Inspetor e Subinspetor da Guarda Civil Municipal será
reduzido pela metade nas hipóteses em que o contingente de ocupantes do cargo de Guarda Civil
Municipal for igual ou inferior a 180 membros ativos, conforme o quantitativo definido no Anexo I-A
desta Lei.
TÍTULO V
DO REGIME DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DA ÉTICA
Art. 139. A honra, o sentimento do dever e a correção de atitudes impõem conduta moral e
profissional irrepreensíveis a todo integrante da Guarda Civil Municipal, o qual deve observar, além
dos demais preceitos desta Lei, os seguintes princípios de ética:
I - respeitar a verdade e a responsabilidade como fundamentos da dignidade profissional;
II - observar os princípios constitucionais da Administração Pública no exercício das atribuições
de seu cargo público;
III - respeitar a dignidade da pessoa humana;
IV - cumprir e fazer cumprir as leis, códigos, resoluções, instruções e ordens das autoridades
competentes;
V - ser justo e imparcial na apreciação dos atos que lhe couber avaliar;
VI - zelar pelo seu próprio preparo profissional e incentivar a mesma prática nos companheiros,
em prol do cumprimento da missão comum;
VII - praticar a camaradagem e desenvolver o espírito de cooperação;
VIII - ser discreto e cortês em suas atitudes, maneiras e linguagem e observar as normas da boa
educação;
IX - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de assuntos internos da Guarda Civil Municipal
ou de matéria sigilosa;
X - cumprir seus deveres de cidadão;
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
CAPÍTULO II
DAS RESPONSABILIDADES
Art. 140. O integrante da Guarda Municipal é responsável civil, penal e administrativamente, pelo
prejuízo a que der causa contra o erário ou contra terceiros.
Parágrafo único. A responsabilidade pessoal decorre de ação ou omissão dolosa ou culposa.
Art. 141. No caso de indenização à Fazenda Pública por prejuízo causado na modalidade dolosa
o integrante da Guarda Civil Municipal será obrigado a repor, de uma só vez, o valor
correspondente.
Parágrafo único. A indenização à Fazenda Pública por prejuízo causado na modalidade culposa
será descontada na forma do art. 59 desta Lei.
Art. 142. A responsabilidade administrativa não exime o integrante da Guarda Civil Municipal da
responsabilidade civil ou penal, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado judicialmente
o exime da pena disciplinar cabível.
Parágrafo único. A responsabilidade civil e administrativa do integrante da Guarda Civil Municipal
será afastada no caso de absolvição criminal que dê como provada a inexistência do fato ou de sua
autoria.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 143. Tratando-se de dano causado a terceiros, a Fazenda Pública promoverá ação regressiva
contra o integrante da Guarda Civil Municipal, na forma prevista em lei, nos casos em que este agir
com dolo ou culpa.
Parágrafo único. A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será
executada, até o limite da herança recebida, na forma da legislação civil.
CAPÍTULO III
DA ACUMULAÇÃO
Art. 144. Ressalvados os casos previstos na Constituição da República, é vedada a acumulação
remunerada de cargos, empregos e/ou funções públicas.
§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções públicas vinculados a
órgãos e entidades da Administração direta e indireta da União, do Distrito Federal, dos Estados,
dos Territórios e dos Municípios.
§ 2º A acumulação de cargos, empregos e funções, ainda que lícita, fica condicionada à
comprovação da compatibilidade de horários.
§ 3º O integrante da Guarda Civil Municipal não poderá exercer mais de um cargo em comissão
ou mais de uma função pública, e, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará
afastado do cargo público efetivo, inclusive quando acumular licitamente 2 cargos de provimento
efetivo.
§ 4º Havendo indícios de acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a
autoridade que tiver ciência da irregularidade informará à Corregedoria da Guarda Civil Municipal,
que notificará o servidor público para optar por um deles, no prazo improrrogável de 10 dias,
contados da data do recebimento da notificação.
§ 5º Na hipótese de o servidor público não exercer a opção prevista no caput deste artigo, a CGM
adotará procedimento sumário para apuração da infração disciplinar prevista no inciso I do art. 150
desta Lei.
CAPÍTULO IV
DOS DEVERES DO GUARDA CIVIL MUNICIPAL
Art. 145. São deveres dos integrantes da Guarda Civil Municipal, além da observância aos
princípios e garantias estabelecidos nos demais dispositivos desta Lei:
I - observar e cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens vigentes;
II - manter assiduidade e pontualidade ao serviço;
III - trajar o uniforme completo e usar corretamente os equipamentos e acessórios sob sua
responsabilidade, zelando pela sua correta apresentação pessoal em público;
IV - desempenhar com zelo e presteza as atribuições do cargo ou função;
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES
Art. 146. Entende-se como infração à disciplina qualquer ofensa aos princípios éticos e aos
deveres do Guarda Civil Municipal estabelecidos nesta Lei, em seu regulamento e na legislação
pertinente.
Art. 148. São infrações disciplinares de natureza leve ações ou omissões violadoras dos princípios
éticos e dos deveres do Guarda Civil Municipal, tais como as adiante especificadas, dentre outras
equivalentes, passíveis de sanção disciplinar:
I - deixar de comunicar ao superior, tão logo possível, a execução de ordem ilegal recebida;
II - chegar atrasado, sem justo motivo, a ato ou serviço;
III - permutar serviço sem permissão da autoridade competente;
IV - deixar o subordinado de cumprimentar superior hierárquico, uniformizado ou não, bem como
o superior hierárquico de responder ao cumprimento;
V - usar uniforme incompleto, contrariando as normas respectivas, ou vestuário incompatível com
a função;
VI - negar-se a receber uniforme, equipamentos ou outros objetos que lhe sejam destinados, ou
que devam ficar em seu poder, salvo nos casos em que estes não condizerem com o padrão exigido
para o exercício da função;
VII - conduzir veículo da instituição da unidade competente da Guarda Civil Municipal sem estar
devidamente autorizado ou uniformizado;
VIII - suprimir a identificação do uniforme, salvo quando autorizado, ou utilizar-se de meios ilícitos
para dificultar sua identificação;
IX - deixar de comunicar ao superior imediato ou, na sua ausência, a outro superior, informação
sobre perturbação da ordem pública, logo que dela tenha conhecimento;
X - deixar de dar informações em processos, quando lhe competir;
XI - deixar de encaminhar documento no prazo legal;
XII - representar a instituição em qualquer ato sem estar autorizado.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 149. São infrações disciplinares de natureza média ações ou omissões violadoras dos
princípios éticos e dos deveres do Guarda Civil Municipal, tais como as adiante especificadas,
dentre outras equivalentes, passíveis de sanção disciplinar:
I - maltratar animais;
II - coagir ou aliciar subordinado com objetivos de natureza político-partidária;
III - desempenhar inadequadamente suas funções;
IV - afastar-se, momentaneamente, sem justo motivo, do local em que deva encontrar-se por força
de ordens, escalas de serviço ou outro justo motivo;
V - deixar de apresentar-se, nos prazos estabelecidos e sem motivos justificados, nos locais em
que deva comparecer;
VI - assumir compromisso pela unidade da Guarda Civil Municipal que comanda ou em que serve,
sem estar autorizado;
VII - sobrepor ao uniforme oficial insígnias de sociedades particulares, entidades religiosas ou
políticas ou, ainda usar indevidamente medalhas ou condecorações;
VIII - dirigir veículo da Municipalidade com negligência, imprudência ou imperícia;
IX - ofender a moral e os bons costumes por meio de atos, palavras ou gestos;
X - responder por qualquer modo desrespeitoso a servidor da Guarda Civil Municipal com função
superior, igual ou subordinada, ou a qualquer pessoa, por qualquer meio;
XI - deixar de zelar pela economia do material ou bem do Município e pela conservação do que
for confiado à sua guarda ou utilização;
XII - faltar com a verdade;
XIII - deixar de cumprir ou retardar serviço ou ordem legal;
XIV - aconselhar ou concorrer para o descumprimento de ordem legal de autoridade competente;
XV - faltar, sem motivo justificado, a serviço de que deva tomar parte;
XVI - deixar de punir o infrator da disciplina;
XVII - dificultar o trabalho de servidor da Guarda Civil Municipal em função da apresentação de
recurso ou o exercício do direito de petição manifestamente protelatórios;
XVIII - dar ordem ilegal ou claramente inexequível;
XIX - receber indevidamente vencimento ou remuneração ou vantagens;
XX - extraviar ou danificar documentos ou objetos pertencentes à Fazenda Pública.
Art. 150. São infrações disciplinares de natureza grave ações ou omissões violadoras dos
princípios éticos e dos deveres do Guarda Civil Municipal, tais como as adiante especificadas,
dentre outras equivalentes, passíveis de sanção disciplinar:
I - acumular ilicitamente cargos, empregos e funções públicas, se desatendida a notificação
prevista no § 4º do art. 144 desta Lei;
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
XXVIII - transportar pessoal ou material na viatura que esteja sob seu comando ou
responsabilidade, sem autorização da autoridade competente;
XXIX - ameaçar, induzir ou instigar alguém a prestar declarações falsas em procedimento penal,
civil ou administrativo;
XXX - comparecer ao trabalho em estado de embriaguez ou sob efeito de substância
entorpecente;
XXXI - utilizar armas, dispositivos incendiários ou explosivos não autorizados;
XXXII - trabalhar portando arma de fogo sem autorização do Comando da Guarda Civil Municipal;
XXXIII - trabalhar com arma de fogo sem possuir o porte;
XXXIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XXXV - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares;
XXXVI - exercer a advocacia administrativa;
XXXVII - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade
da função pública;
XXXVIII - ter o comportamento classificado como "inadequado" em 3 revisões anuais consecutivas
pelo Corregedor da Guarda Civil Municipal.
XXXIX - receber em avaliação periódica de desempenho para fins de estágio probatório ou
evolução funcional:
a) dois conceitos sucessivos de desempenho insatisfatório;
b) três conceitos intercalados de desempenho insatisfatório em cinco avaliações consecutivas; ou
c) quatro conceitos interpolados de desempenho insatisfatório em dez avaliações consecutivas.
Parágrafo único. Para os fins do inciso XXXVIII do caput deste artigo, receberá conceito de
desempenho insatisfatório o servidor cuja avaliação total, considerados todos os critérios de
julgamento aplicáveis em cada caso, seja inferior a 50% da pontuação máxima admitida.
Art. 151. São infrações disciplinares de natureza gravíssima ações ou omissões violadoras dos
princípios éticos e dos deveres do Guarda Civil Municipal, tais como as adiante especificadas,
dentre outras equivalentes, passíveis de sanção disciplinar:
I - cometer crime hediondo ou equiparado, crime de feminicídio, crime contra a administração
pública, crime contra a liberdade sexual e crime de corrupção de menores;
II - cometer crime contra a vida e/ou efetuar disparos de arma de fogo de modo intencional contra
qualquer pessoa, ressalvadas as hipóteses previstas no art. 23 do Código Penal Brasileiro;
III - cometer crime punido com pena privativa de liberdade superior a dois anos, em conformidade
com o art. 59 do Código Penal Brasileiro, e em relação à qual não seja indicada ou cabível a
substituição prevista no art. 44 ou a suspensão prevista no art. 77, ambos do mesmo Código;
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
CAPÍTULO VI
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES E DA SUA APLICAÇÃO
Seção I
Das Penalidades Disciplinares
Art. 152. As sanções disciplinares passíveis de aplicação aos servidores da Guarda Civil Municipal
são as seguintes:
I - advertência;
II - repreensão;
III - suspensão;
IV - demissão;
V - demissão a bem do serviço público;
VI - destituição de cargo em comissão ou de função pública.
Subseção I
Da Advertência
Art. 153. A advertência será aplicada por escrito ao servidor por seu superior imediato às faltas
de natureza leve.
Parágrafo único. Eventual recusa do servidor quanto a assinatura do termo de aplicação da
penalidade será suprida pela assinatura de duas testemunhas.
Subseção II
Da Repreensão
Art. 154. A pena de repreensão será aplicada por escrito ao servidor por seu superior imediato
quando reincidente na prática de infrações de natureza leve.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Subseção III
Da Suspensão
Art. 155. A pena de suspensão que não exceder a 15 dias será aplicada às infrações de natureza
média praticadas pelo servidor, e a pena de suspensão excedente a 15 dias e limitada a 90 dias
será aplicada às infrações de natureza grave, conforme a intensidade da falta.
§ 1º A pena de suspensão de até dois dias poderá ser convertida em advertência, nas hipóteses
de o Guarda Civil Municipal não ser reincidente, não ter sofrido penalidade de advertência nos
últimos 24 meses e estar classificado no comportamento "excepcional" ou "ótimo".
§ 2º Eventual recusa do servidor quanto a assinatura do termo de aplicação da penalidade será
suprida pela assinatura de duas testemunhas.
§ 3º Durante o período de cumprimento da suspensão, o servidor da Guarda Civil Municipal
perderá todas as vantagens e direitos decorrentes do exercício do cargo.
Subseção IV
Da Demissão
Art. 156. Será aplicada a pena de demissão nos seguintes casos:
I - cometimento de infração de natureza grave cuja sanção não comporte penalidade de
suspensão inferior ou igual a 90 dias, conforme a intensidade da falta;
II - abandono de cargo ou função;
III - inassiduidade habitual.
§ 1º Considera-se abandono de cargo a ausência injustificada do servidor ao serviço por mais de
30 dias consecutivos;
§ 2º Configurado o requisito temporal a que se refere o parágrafo anterior, o Departamento de
Recursos Humanos deverá publicar edital convocando o servidor a retomar seus serviços.
§ 3º Restará configurado o abandono caso o servidor, convocado a retornar ao serviço, não o fizer
ou justificar sua ausência.
§ 4º Considera-se inassiduidade habitual a ausência ao serviço, sem justificativa legal, por mais
de 60 dias intercalados durante o período de 24 meses, ou quando o servidor comparecer ao
serviço, dentro da hora seguinte à marcada para o início dos trabalhos, ou quando se retirar antes
de findo do período de trabalho, desde que em número superior a 90 dias, ao longo de um
semestre, sem autorização expressa da chefia imediata.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Subseção V
Da Demissão a Bem do Serviço Público
Art. 157. Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao servidor que praticar
infrações de natureza gravíssima.
Parágrafo único. O servidor demitido a bem do serviço público ficará impedido de exercer cargo
efetivo ou comissionado, bem como ser contratado sob qualquer forma, no âmbito da administração
pública municipal pelo prazo de 10 anos, contados a partir do seu efetivo desligamento.
Subseção VI
Da Destituição de Cargo em Comissão ou de Função Pública.
Art. 158. A destituição de cargo em comissão ou de função pública será aplicada nos casos de
infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.
§ 1º Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos termos da lei será
convertida em destituição de cargo em comissão ou de função pública.
§ 2º A aplicação da penalidade de destituição do cargo em comissão ou de função pública ao
servidor público efetivo integrante da Guarda Civil Municipal não impedirá a aplicação das
penalidades de suspensão ou de demissão, sem prejuízo das medidas de ressarcimento ao erário
municipal e da ação penal cabível.
Art. 159. A demissão e a demissão a bem do serviço público acarretam a incompatibilidade para
nova investidura em cargo, função ou emprego público, pelo prazo de 5 e 10 anos, respectivamente,
inclusive para o servidor não-detentor de cargo provimento efetivo que tenha sido destituído de
cargo em comissão ou função pública em decorrência de falta de natureza grave ou gravíssima,
conforme a hipótese.
CAPÍTULO VII
DA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
Art. 160. Não haverá aplicação de penalidade disciplinar quando for reconhecida qualquer causa
de justificação.
Parágrafo único. São consideradas causas de justificação:
I - ter havido motivos de emergência, estado de calamidade pública ou em caso de força maior,
plenamente comprovados e justificados;
II - ter sido cometida a transgressão:
a) na prática de ação meritória, em estado de necessidade, no interesse do serviço ou da
segurança urbana;
b) em legítima defesa própria ou de outrem;
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 161. Na aplicação das sanções disciplinares, deverão ser consideradas a natureza e a
gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público e para a
Guarda Municipal, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
§ 1º A autoridade prolatora da decisão, sem modificar a descrição do fato contida no ato de
instauração, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de
aplicar pena mais grave.
§ 2º A aplicação das sanções disciplinares previstas neste Estatuto deverá ser precedida do
contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, sem prejuízo da adoção do afastamento
preventivo e da remoção temporária previstos no art. 227 desta Lei.
§ 3º Observados a conveniência do serviço e o interesse público, o integrante da Guarda Civil
Municipal que sofrer punição disciplinar de advertência ou suspensão, poderá ser submetido a
programa reeducativo, definido no regulamento desta Lei.
§ 4º As sanções disciplinares aplicadas ao servidor deverão ser registradas em seus
assentamentos funcionais e serão levadas em consideração para todos os efeitos deste Estatuto e
da Lei do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações da Guarda Civil Municipal.
b) em presença de subordinado;
c) com abuso de autoridade hierárquica ou funcional;
d) com premeditação;
e) em presença de público ou de seus pares;
f) com induzimento de outrem à coautoria;
g) utilizando armamento, equipamento ou veículo da Municipalidade.
§ 1º Verifica-se a reincidência quando o servidor cometer nova infração depois de haver transitado
em julgado a decisão administrativa que o tenha condenado por infração anterior.
§ 2º Dá-se o trânsito em julgado administrativo quando a decisão não comportar mais recurso.
Art. 164. As punições canceladas ou anuladas não serão consideradas para fins de reincidência.
Art. 165. As cominações cíveis, penais e disciplinares poderão cumular-se, sendo independentes
entre si, assim como as instâncias cível, penal e administrativa.
Art. 166. Na ocorrência de mais de uma infração, sem conexão entre si, serão aplicadas as
sanções correspondentes isoladamente.
CAPÍTULO VIII
DAS COMPETÊNCIAS NO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR
Art. 167. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I - pelo Prefeito, quando se tratar das penas de demissão, de demissão a bem do serviço público
e de destituição de cargo em comissão ou de função pública;
II - pelo Comandante da Guarda Civil Municipal, quando se tratar de advertência, de repreensão
e de suspensão.
Parágrafo único. Se houver diversidade de sanções, sendo um ou mais de um acusado, a
aplicação da penalidade caberá à autoridade competente para a imposição de pena mais grave.
Art. 168. A decisão dos procedimentos disciplinares será proferida por despacho devidamente
fundamentado da autoridade competente, no qual será mencionada o fundamento legal em que se
baseia o ato e a dosimetria da sanção disciplinar.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo será precedida do relatório da
Comissão Processante previsto no art. 247 deste Estatuto e submetido à autoridade competente,
que deverá proferir decisão justificada e motivada em caso de discordância.
I - determinar a instauração:
a) das sindicâncias em geral;
b) dos processos sumários;
c) dos processos administrativos disciplinares.
II - decidir, por despacho, os processos de sindicância, nos casos de:
a) absolvição;
b) desclassificação da infração ou abrandamento de penalidade que resulte a imposição de pena
de repreensão ou de suspensão.
III - deliberar o afastamento preventivo ou a remoção temporária do servidor, para os fins do art.
227 desta Lei;
IV - determinar o cancelamento da sanção disciplinar nas hipóteses admitidas nesta Lei.
Parágrafo único. Ato do Prefeito poderá delegar competência para a aplicação das sanções
disciplinares ao Corregedor da Guarda Civil Municipal.
CAPÍTULO IX
DA PRESCRIÇÃO DA AÇÃO DISCIPLINAR
Art. 170. A ação disciplinar prescreverá:
I - em 01 ano, a falta que sujeite à pena de advertência e ou repreensão;
II - em 03 anos, a falta que sujeite à pena de suspensão em até 15 dias;
III - em 05 anos, a falta que sujeite suspensão superior a 15 dias ou às penas de demissão.
IV - em 10 anos, a falta que sujeite à pena de demissão a bem do serviço público.
Art. 171. O prazo prescricional começa a correr da data em que o ato ou conduta caracterizada
como infração disciplinar se tornou conhecido.
Parágrafo único. Não estando o servidor no efetivo exercício do cargo público, a contagem do
prazo prescricional será interrompida até o seu retorno.
Art. 172. Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares
capituladas também como crime.
§ 1º A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição,
até a decisão final proferida por autoridade competente.
§ 2º Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar
a interrupção.
§ 3º Se houver a necessidade de se aguardar o julgamento do servidor na esfera penal ou em
procedimento regido pela Lei federal nº 8.429, de 2 de junho de 1992, após ser instaurado o
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
TÍTULO VI
DAS NORMAS GERAIS SOBRE O PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
CAPÍTULO I
DA PARTE E DE SEUS PROCURADORES
Art. 173. É considerado parte, nos procedimentos disciplinares de exercício da pretensão punitiva,
o servidor ocupante do cargo público de Guarda Civil Municipal ou aquele que, por força de lei,
venha a substituí-lo processualmente.
Art. 174. A parte poderá constituir advogado legalmente habilitado para patrocinar seus interesses
nos procedimentos disciplinares que integrar.
CAPÍTULO II
DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
Seção I
Das Citações
Art. 175. Todo servidor que for parte em procedimento disciplinar de exercício da pretensão
punitiva deverá ser citado, para que nele venha a participar e defender-se, sob pena de nulidade
do procedimento.
Parágrafo único. O comparecimento espontâneo da parte supre a falta de citação, fluindo a partir
desta data o prazo da parte para apresentação de defesa.
Art. 176. A citação far-se-á com prazo mínimo fixado pelo Presidente da Comissão Processante
3 dias úteis antes da data do interrogatório designado, da seguinte forma:
I - por entrega pessoal do mandado;
II - por correspondência;
III - por edital.
Art. 177. A citação por entrega pessoal far-se-á, sempre que possível, quando o servidor estiver
em exercício das atribuições de seu cargo.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 178. Far-se-á a citação por correspondência quando o servidor não estiver em exercício das
atribuições de seu cargo e/ou residir fora do Município, devendo o mandado ser encaminhado, com
aviso de recebimento, para o endereço residencial constante de seus assentamentos funcionais.
Parágrafo único. Presume-se válida a citação dirigida ao endereço fornecido pela parte em seus
assentamentos funcionais, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a
modificação temporária ou definitiva do endereço não tiver sido devidamente comunicada ao
Departamento de Recursos Humanos, fluindo o prazo a partir da juntada aos autos do comprovante
de entrega da correspondência no primitivo endereço.
Art. 179. Estando o servidor em local incerto ou não sabido, promover-se-á sua citação por edital,
veiculado em meios de ampla circulação, ou por meios de comunicação próprios da Prefeitura de
Nova Lima ou por outros meios, conforme a complexidade da situação.
Art. 180. O mandado de citação conterá a designação de dia, hora e local para interrogatório e
será acompanhado da cópia da denúncia administrativa, que dele fará parte integrante e
complementar.
Art. 181. A citação regular será comprovada mediante juntada aos autos:
I - da contrafé do respectivo mandado, no caso de citação pessoal;
II - do Aviso de Recebimento (AR), no caso de citação por correspondência ou da certificação pela
Comissão Processante da entrega do documento pelo respectivo comprovante de rastreamento
emitido pelos Correios;
III - da cópia da publicação nos meios previstos no art. 179 desta Lei, no caso de citação por edital.
Parágrafo único. Não sendo possível realizar a citação, o responsável pelo ato certificará os
motivos nos autos.
Seção II
Das Intimações
Art. 182. A intimação dos atos e dos termos do procedimento disciplinar será feita pessoalmente
à parte ou ao seu Procurador, caso tenha constituído advogado para a defesa de seus interesses.
Art. 183. As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, conforme os dados
fornecidos pela parte e/ou por seu Procurador.
Parágrafo único. Se inviável a intimação por meio eletrônico, a intimação dar-se-á conforme as
regras previstas no art. 176 desta Lei.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 184. A parte que, injustificadamente, deixar de atender à intimação no prazo que lhe foi fixado
perderá o direito de realizar o ato específico.
Parágrafo único. Aplicar-se-á a penalidade de advertência, com registro no prontuário, do
responsável que deixar de dar ciência da publicação ao servidor intimado.
CAPÍTULO III
DOS PRAZOS
Art. 185. Os prazos processuais serão contados em dias úteis, não se interrompendo nos feriados,
excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento.
§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil subsequente se o vencimento cair em
final de semana, feriado, ponto facultativo municipal ou se o expediente administrativo for encerrado
antes do horário normal.
§ 2º Considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos da contrafé do mandado, no caso de citação ou intimação pessoal
do servidor;
II - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for por
correspondência ou da data da certificação da entrega do documento pelo respectivo comprovante
de rastreamento emitido pelos Correios;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato de membro da
Comissão Processante;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pela Comissão Processante, quando a citação
ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para
que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de publicação, quando a intimação se der por Diário Oficial, impresso ou eletrônico;
VII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos na unidade
competente da Guarda Civil Municipal.
§ 3º Quando houver mais de um investigado, o dia do começo do prazo para contestar
corresponderá à última das datas a que se referem os incisos I a VI do caput deste artigo.
§ 4º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma,
participe do processo, sem a intermediação de representante ou Procurador, o dia do começo do
prazo para cumprimento da determinação da Comissão Processante corresponderá à data em que
se der a comunicação.
Art. 186. Decorrido o prazo, extingue-se para a parte, automaticamente, o direito de praticar o ato,
salvo se esta provar que não o realizou por justa causa.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
§ 1º Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o
ato por si ou por seu Procurador.
§ 2º Verificada a justa causa, o Presidente da Comissão Processante permitirá à parte a prática
do ato no prazo que lhe assinar.
Art. 187. Quando, no mesmo procedimento disciplinar, houver mais de uma parte, que sejam
representados por diferentes Procuradores, de Escritórios de Advocacia distintos, os prazos serão
comuns, exceto o prazo para a apresentação das alegações finais, que será contado em dobro,
independentemente de requerimento.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos processos em autos
eletrônicos.
Art. 188. Antes do início do prazo para a apresentação das alegações finais, os autos físicos
permanecerão na unidade competente da Guarda Civil Municipal durante 2 dias úteis para a
extração de cópias e certidões pelos interessados.
Art. 189. Não havendo disposição expressa nesta Lei e nem fixação de prazo diverso pelo
Presidente da Comissão Processante, o prazo para a prática dos atos a cargo da parte no
procedimento disciplinar será de 05 dias úteis.
Parágrafo único. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente a seu favor,
desde que o faça de maneira expressa.
CAPÍTULO IV
DAS PROVAS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 190. Todos os meios de prova admitidos em direito e moralmente legítimos são hábeis para
demonstrar a veracidade dos fatos.
Art. 191. O Presidente da Comissão Processante poderá limitar e excluir, mediante despacho
fundamentado, as provas que considerar ilícitas, excessivas, impertinentes ou protelatórias.
Seção II
Da Prova Documental
Art. 192. Em qualquer fase de qualquer dos procedimentos, até a apresentação das alegações
finais, poderão ser juntados documentos.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Parágrafo único. Fazem a mesma prova que o original as certidões de processos judiciais e as
reproduções de documentos autenticadas por oficial público, ou conferidas e autenticadas por
servidor público para tanto competente.
Art. 193. Admitem-se como prova as declarações constantes de documentos particular, escrito e
assinado pelo declarante, bem como depoimentos constantes de sindicâncias, que não puderem,
comprovadamente, ser reproduzidos verbalmente em audiência.
Art. 194. Servem também à prova dos fatos o telegrama, o radiograma, a fotografia, a fita de vídeo
e outros meios lícitos, inclusive os eletrônicos.
Art. 195. Caberá à parte que impugnar a prova produzir a perícia necessária à comprovação do
alegado.
Seção III
Da Prova Testemunhal
Art. 196. A prova testemunhal é sempre admissível, podendo ser indeferida pelo Presidente da
Comissão Processante:
I - se os fatos sobre os quais serão inquiridas as testemunhas já foram provados por documentos
ou confissão da parte;
II - quando os fatos só puderem ser provados por documentos ou perícias.
Art. 197. Compete à parte apresentar à Comissão Processante, no prazo legal, o rol das
testemunhas de defesa, indicando seu nome completo, endereço físico completo e, conforme a
hipótese, seu endereço eletrônico.
§ 1º Se a testemunha for servidor municipal, deverá a parte indicar o nome completo, unidade de
lotação e o número do registro funcional, sendo seu comparecimento será obrigatório, mediante a
prévia expedição de requisição ao chefe da unidade administrativa onde for lotada.
§ 2º Depois de apresentado o rol de testemunhas, a parte poderá substituí-las até a data da
audiência designada, com a condição de ficar sob sua responsabilidade levá-la à audiência.
§ 3º O não comparecimento da testemunha substituída implicará na desistência de sua oitiva pela
parte.
Art. 198. Cada parte poderá arrolar, até o máximo de 10 , limitadas a 3 para cada fato.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 202. Antes de depor, a testemunha será qualificada, e declarará ou confirmará seus dados e
informará se tem relações de parentesco com a parte ou interesse no objeto do procedimento.
Art. 204. O depoimento, depois de lavrado, será rubricado e assinado pelos membros da
Comissão Processante, pelo depoente e defensor constituído ou dativo.
Seção IV
Da Prova Pericial
Art. 206. A prova pericial constituirá em exames, vistorias e avaliações, podendo ser indeferida
pelo Presidente da Comissão Processante, justificadamente, quando dela não depender a prova
do fato ou quando a comprovação do fato independer de conhecimento especial de perito.
Art. 207. Se a análise pericial tiver por objeto a autenticidade ou falsidade de documento, ou for
de natureza médico-legal, a Comissão Processante poderá requisitar elementos junto às
autoridades policiais ou judiciais, caso esteja em curso investigação criminal ou processo judicial.
Art. 208. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade de letra ou firma, o Presidente da
Comissão Processante, se necessário ou conveniente, poderá determinar à pessoa a qual se atribui
a autoria do documento, que copie ou escreva, sob ditado, em folha de papel, dizeres diferentes,
para fins de comparação e posterior perícia.
Art. 210. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a Comissão Processante
proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual
participe pelo menos um médico psiquiatra.
Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será processado em autos apartados e apenso
ao processo principal, após a expedição do laudo pericial.
CAPÍTULO V
DAS AUDIÊNCIAS E DO INTERROGATÓRIO DA PARTE
Art. 211. A parte será interrogada na forma prevista para a inquirição de testemunhas, vedada a
presença de terceiros, exceto de seu advogado.
Parágrafo único. Conforme dispuser o regulamento desta Lei, será admitida a prática de atos
processuais, inclusive as audiências, por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de
transmissão de sons e imagens em tempo real.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 212. O termo de audiência será lavrado, rubricado e assinado pelos membros da Comissão,
pela parte e, se for o caso, por seu defensor.
Art. 213. O Presidente da Comissão Processante decretará a revelia da parte que, regularmente
citada, não comparecer perante a Comissão no dia e hora designados para o interrogatório e/ou
deixar de apresentar defesa, hipótese em que presumir-se-á verdadeira a matéria de fato que lhe
for imputada.
Art. 215. A revelia deixará de ser decretada ou, se decretada, será revogada quando verificado, a
qualquer tempo, motivo de força maior comprovado pela parte.
Art. 217. Revogada a revelia, será realizado interrogatório, reiniciando-se a instrução, com
aproveitamento dos atos instrutórios já realizados, desde que ratificados pela parte, por termo
lançado nos autos.
CAPÍTULO VI
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO
Art. 218. É defeso aos membros da Comissão Processante exercer suas funções em
procedimentos disciplinares:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, defensor dativo ou testemunha;
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
III - quando a parte for seu cônjuge, parente consanguíneo ou afim em linha reta, ou na colateral
até segundo grau, amigo íntimo ou inimigo capital;
IV - quando em procedimento estiver postulando como advogado da parte seu cônjuge ou
parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou na colateral, até segundo grau;
V - quando houver atuado na sindicância que precedeu o procedimento do exercício de pretensão
punitiva;
VI - na etapa da revisão, desde que tenha atuado anteriormente.
Art. 220. Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição previstos nos incisos II, III, IV e
V do art. 218 desta Lei às testemunhas e aos peritos.
CAPÍTULO VII
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE E DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
Art. 221. Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte da parte;
II - pela prescrição.
Art. 222. O procedimento disciplinar extingue-se com a publicação do despacho decisório pela
autoridade administrativa competente.
Parágrafo único. A extinção do processo será anotada nos assentamentos funcionais do servidor.
Art. 223. Extingue-se o procedimento sem julgamento de mérito nos seguintes casos:
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
I - morte da parte;
II - ilegitimidade da parte;
III - quando o procedimento disciplinar versar sobre a mesma infração de outro, em curso ou já
decidido.
TÍTULO VII
DOS PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 225. A autoridade ou o cidadão que tiver ciência de irregularidade no serviço público
envolvendo integrante da Guarda Civil Municipal deverá comunicar o fato à Corregedoria da Guarda
Civil Municipal, para a adoção das medidas necessárias à sua imediata apuração.
§ 1º Quando o ato atribuído ao integrante da Guarda Civil Municipal for definido como crime de
ação pública incondicionada, o Comandante da Guarda Civil Municipal, ou quem tomar
conhecimento do fato, dará imediato conhecimento à Corregedoria da Guarda Civil Municipal, que
providenciará a devida comunicação à autoridade competente, para as providências cabíveis.
§ 2º Quando duas autoridades de níveis hierárquicos diferentes, ambas com competência
disciplinar sobre o infrator, conhecerem da infração disciplinar, caberá à de maior hierarquia
instaurar e encaminhar à Corregedoria da Guarda Civil Municipal o relatório circunstanciado e
conclusivo sobre os fatos.
§ 3º Desde que devidamente motivada e com amparo em apuração sumária ou sindicância prévia,
é admitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima.
§ 4º Independentemente de denúncia, o Corregedor da Guarda Civil Municipal instaurará processo
administrativo disciplinar de ofício sempre que houver indícios de materialidade e autoria de
infração disciplinar.
Art. 226. As denúncias de irregularidades, formuladas por escrito ou reduzidas a termo, serão
objeto de investigação, observado o seguinte:
I - quando o fato narrado não configurar infração disciplinar, a denúncia será arquivada;
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 227. Nas hipóteses de apuração de infrações de natureza grave ou gravíssima, o Corregedor
da Guarda Civil Municipal, mediante decisão fundamentada, poderá determinar o afastamento
preventivo do integrante da Guarda Civil Municipal do cumprimento das atribuições de seu cargo
público ou a sua remoção temporária para que desenvolva suas funções em outro setor, desde que
necessário para garantir o curso normal da instrução.
§ 1º O afastamento preventivo ou a remoção temporária não implicarão prejuízo da remuneração
ou da contagem do tempo de serviço.
§ 2º Caberá recurso ao Prefeito, caso o tempo de afastamento preventivo supere 60 dias.
Art. 229. Se o interesse público o exigir, o Corregedor da Guarda Civil Municipal decretará o sigilo
do procedimento administrativo disciplinar, facultado o acesso aos autos exclusivamente às partes
e seus advogados e ao Chefe do Poder Executivo Municipal.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 230. O procedimento administrativo disciplinar poderá ser sobrestado, a qualquer tempo,
mediante despacho fundamentado pela autoridade que o determinar, caso seja necessária a
conclusão de ato processual que demande a extensão dos prazos fixados à Administração.
Art. 231. Arquivado o procedimento administrativo disciplinar por falta de prova da existência do
fato ou de sua autoria ou por falta de prova suficiente à aplicação da penalidade administrativa,
poderá ser ele reaberto em vista de novas provas, desde que não haja ocorrido a prescrição.
§ 1º A decisão pela reabertura do procedimento caberá à Corregedoria da Guarda Civil Municipal
que, através de despacho fundamentado, expedirá nova portaria.
§ 2º Os autos arquivados serão apensados aos novos.
Art. 232. O Guarda Municipal que responder a procedimento administrativo disciplinar só poderá
ser exonerado a pedido após a conclusão do feito e o cumprimento da penalidade acaso aplicada.
Parágrafo único. A aposentadoria, a demissão, a exoneração de cargo efetivo ou em comissão e
a destituição do cargo em comissão não obstam a instauração do procedimento disciplinar visando
à apuração de irregularidade verificada quando do exercício da função ou cargo público.
CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO PRELIMINAR DE APURAÇÃO
Seção I
Da Sindicância
Art. 233. A sindicância é o procedimento disciplinar de apuração envolvendo integrantes da
Guarda Civil Municipal, previamente à adoção de outras providências cíveis, criminais ou
administrativas, sendo sua instauração determinada de ofício ou mediante denúncia.
Parágrafo único. Os membros da Comissão Sindicante serão nomeados pelo Prefeito em número
de 03 titulares e 03 suplentes, dentre os servidores públicos integrantes do quadro da Guarda Civil
Municipal.
Art. 235. O ato de instauração da sindicância conterá a descrição sumária dos fatos a serem
investigados.
§ 1º A Comissão Sindicante responsável pelo procedimento preliminar de apuração poderá, no
curso deste, realizar diligências, requisitar documentos, ouvir testemunhas ou praticar qualquer ato
investigatório admitido em lei.
§ 2º É facultado à Comissão Sindicante responsável pelo procedimento preliminar de apuração
permitir ao investigado produzir ou requerer a produção de prova em seu favor, cumprindo-lhe
motivar a recusa.
Art. 236. A sindicância deverá ser concluída no prazo de 60 dias úteis, prorrogáveis, a critério do
Corregedor da Guarda Civil Municipal, mediante decisão fundamentada.
CAPÍTULO III
DOS PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES
DE EXERCÍCIO DA PRETENSÃO PUNITIVA
Seção I
Do Rito Sumário
Art. 238. Instaurar-se-á o procedimento de exercício da pretensão punitiva pelo rito sumário
quando a falta disciplinar, pelas proporções ou pela natureza, não seja passível das seguintes
penalidades:
I - demissão, exceto nos casos de acumulação ilícita de cargo, emprego ou função pública,
abandono de cargo e inassiduidade habitual, nos quais será aplicado o rito sumário; e
II - demissão a bem do serviço público.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 239. Os membros da Comissão Processante serão nomeados pelo Prefeito em número de 03
titulares e 03 suplentes, dentre os servidores públicos integrantes do quadro da Guarda Civil
Municipal, observado o disposto no art. 218 desta Lei.
§ 1º O Presidente da Comissão Processante deverá, preferencialmente, possuir bacharelado em
Direito.
§ 2º Os servidores designados para compor a comissão disciplinar serão dispensados de suas
atribuições ordinárias, durante o período de exercício das funções disciplinares.
Art. 241. Encerrada a instrução, dar-se-á vista à defesa para apresentação de alegações finais no
prazo de 10 dias úteis.
Art. 242. Apresentadas as alegações finais, a Comissão Processante elaborará parecer contendo
o relatório dos fatos, a análise do conjunto probatório colacionada ao feito e sua conclusão,
sugerindo o arquivamento do feito, ou a absolvição do acusado ou a penalidade a ser aplicada,
encaminhando-se o processo para decisão do Corregedor da Guarda Civil Municipal.
Parágrafo único. Havendo consenso, será elaborado parecer conclusivo unânime e, havendo
dissenso, será proferido voto em separado, com as razões nas quais se funda a divergência.
Art. 243. O rito sumário deverá ser concluído no prazo de 60 dias úteis, prorrogáveis, a critério do
Corregedor da Guarda Civil Municipal, mediante decisão fundamentada.
Seção II
Do Rito Ordinário
Art. 244. Por determinação do Prefeito, do Corregedor da Guarda Civil Municipal ou do
Comandante da Guarda Civil Municipal, instaurar-se-á Processo Administrativo Disciplinar quando
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
a falta disciplinar, por sua natureza, puder determinar a demissão, a demissão a bem do serviço
público e a destituição de cargo em comissão ou de função pública.
Art. 245. Os membros da Comissão Processante serão nomeados pelo Prefeito em número de 03
titulares e 03 suplentes, dentre os servidores públicos integrantes do quadro da Guarda Civil
Municipal, observado o disposto no art. 218 desta Lei.
§ 1º O Presidente da Comissão Processante deverá, preferencialmente, possuir bacharelado em
Direito.
§ 2º Os servidores designados para compor a comissão disciplinar serão dispensados de suas
atribuições ordinárias, durante o período de exercício das funções disciplinares.
Art. 246. São fases do Processo Administrativo Disciplinar sob o rito ordinário:
I - instauração, com a expedição de portaria do Corregedor da Guarda Civil Municipal da qual
constarão o resumo do fato atribuído ao processado e a menção dos dispositivos legais aplicáveis,
além da identificação completa dos membros da Comissão Processante;
II - citação do processado para o interrogatório, com a advertência de que poderá comparecer à
audiência de instrução acompanhado de defensor de sua livre escolha, regularmente constituído,
ou contar com defensor dativo, abrindo-se-lhe, em seguida, prazo de 5 dias úteis para a
apresentação da defesa prévia e de rol de testemunhas, até o máximo de 10 , limitadas a 3 para
cada fato, e para a indicação das provas que quiser produzir;
III - oitiva de testemunhas da denúncia, até o máximo de 10 , limitadas a 3 para cada fato;
IV - oitiva de testemunhas arroladas pelo processado, até o máximo de 10 , limitadas a 3 para
cada fato.
§ 1º Na audiência de instrução, proceder-se-á à inquirição das testemunhas arroladas pela
acusação e pela defesa, nesta ordem, interrogando-se, em seguida, o investigado, e, conforme a
hipótese, promovendo-se a acareação prevista no inciso II do art. 205 deste Estatuto.
§ 2º Concluída a audiência de instrução, o processado disporá de 5 dias úteis para requerer
diligências probatórias complementares, cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos
apurados na instrução, seguido de decisão fundamentada do Presidente da Comissão a respeito
do requerimento.
§ 3º Encerrada a instrução do feito, será concedido ao processado o prazo de 10 dias úteis para
apresentar suas alegações finais.
Art. 247. Apresentadas as alegações finais ou transcorrido in albis o prazo para tal finalidade, a
Comissão Processante elaborará parecer contendo o relatório dos fatos, a análise do conjunto
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 249. O Processo Administrativo Disciplinar deverá ser concluído no prazo de 90 dias úteis,
prorrogáveis, a critério do Corregedor da Guarda Civil Municipal, mediante decisão fundamentada.
TÍTULO VIII
DO RECURSO EM MATÉRIA DISCIPLINAR
Art. 250. Caberá Recurso das decisões proferidas em procedimento administrativo disciplinar, que
será recebido no efeito devolutivo.
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo ou de difícil ou incerta reparação decorrente da
execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido do
interessado, em decisão fundamentada, atribuir efeito suspensivo ao Recurso, exceto nos casos
de demissão, demissão a bem do serviço público ou destituição do cargo em comissão ou de função
pública, nos quais as hipóteses de atribuição de efeito suspensivo será deliberada pelo Prefeito.
Art. 251. O Recurso cingir-se-á aos fatos, argumentos e provas produzidas até a prolação da
decisão de mérito recorrida, ressalvada a ocorrência de fato novo e pertinente ao caso, que será
levado em consideração, de ofício ou a requerimento da parte, no momento de ser proferida a
decisão sobre o Recurso.
Parágrafo único. Não constitui fundamento para o recurso a exclusiva alegação de injustiça da
penalidade aplicada.
Art. 252. O prazo para a interposição do Recurso é de 15 dias úteis e começa a fluir da data do
recebimento, pelo acusado, da notificação da decisão constante do relatório.
Parágrafo único. Não caberá Recurso da decisão que decidir o recurso original.
Art. 254. Provido o Recurso, o acusado terá restabelecidos eventuais direitos perdidos em
consequência da decisão recorrida, exceto em relação à destituição do cargo em comissão ou de
função pública, a qual será convertida em exoneração.
CAPÍTULO I
DA REVISÃO EM MATÉRIA DISCIPLINAR
Art. 256. O procedimento administrativo disciplinar poderá ser revisto a qualquer tempo, a pedido
ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias que militem em favor da inocência
do integrante da Guarda Civil Municipal punido, atenuem ou revelem a inadequação da penalidade
aplicada.
Parágrafo único. Não constitui fundamento para revisão a exclusiva alegação de injustiça da
penalidade.
Art. 257. O pedido de revisão será dirigido ao Corregedor da Guarda Civil Municipal e apensado
aos autos do procedimento originário.
§ 1º Se a decisão atacada houver sido proferida com base em apuração sumária ou sindicância,
sua instrução será preferencialmente de responsabilidade do encarregado que a presidiu e a
decisão caberá ao Secretário Municipal de Segurança e Mobilidade Urbana.
§ 2º Tratando-se de processo administrativo disciplinar, estará impedida de atuar na revisão a
Comissão Processante que participou do procedimento originário.
§ 3º Caberá reclamação fundamentada ao Prefeito, no prazo de 10 dias úteis contados da data
da ciência pelo interessado da decisão que negar seguimento à revisão.
Art. 258. Se a revisão for cabível, sua apreciação quanto ao mérito competirá à Corregedoria da
Guarda Civil Municipal.
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo ou de difícil ou incerta reparação decorrente da
execução, o Corregedor da Guarda Civil Municipal poderá, de ofício ou a pedido do interessado,
em decisão fundamentada, atribuir efeito suspensivo ao pedido de revisão, exceto nos casos de
demissão, demissão a bem do serviço público ou destituição do cargo em comissão ou de função
pública, nos quais a hipótese de atribuição de efeito suspensivo será deliberada pelo Prefeito.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 259. Recebido o pedido de revisão, a Corregedoria da Guarda Civil Municipal de Nova Lima
mandará autuá-lo e apensá-lo aos autos do procedimento originário.
§ 1º Será dada vista ao requerente pelo prazo de 10 dias úteis, para tomar ciência do despacho
e, se quiser, arrolar testemunhas até o máximo de 10 , limitadas a 3 para cada fato.
§ 2º Concluída a fase da instrução da revisão, o requerente será intimado a apresentar suas
alegações finais, no prazo de 10 dias corridos.
§ 3º Escoado o prazo de que trata o § 2º deste artigo, a revisão receberá parecer quanto ao mérito,
no prazo de 30 dias úteis, e será encaminhada à autoridade julgadora.
§ 4º Na fase de julgamento, poderão ser determinadas diligências consideradas necessárias à
obtenção de esclarecimentos adicionais.
Art. 261. Julgado procedente o pedido de revisão, serão tornadas sem efeito as penalidades
aplicadas ao acusado, o que implicará, somente se for o caso, no restabelecimento de eventuais
direitos perdidos em consequência da decisão recorrida, exceto em relação à destituição do cargo
em comissão ou de função pública, a qual será convertida em exoneração.
Art. 262. O pedido revisional em favor do servidor falecido, ausente ou que se enquadrar nas
hipóteses dos incisos II, III e IV do art. 4º do Código Civil Brasileiro poderá ser deduzido por seu
representante legal ou por qualquer pessoa da família até o terceiro grau.
CAPÍTULO II
DA SUPRESSÃO DO APONTAMENTO
Art. 264. A supressão de apontamento negativo nos assentamentos do servidor da Guarda Civil
Municipal poderá ser concedida de ofício ou mediante requerimento do interessado, quando este
completar, sem ter sofrido nova punição disciplinar:
I - 5 anos de efetivo serviço, quando o apontamento a cancelar for de suspensão;
II - 3 anos de efetivo serviço, quando o apontamento a cancelar for de advertência ou repreensão.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 265. A supressão do apontamento negativo dar-se-á por determinação do Corregedor, em até
15 dias úteis, contados da data da apresentação do requerimento, registrando-se apenas o número
e a data do ato administrativo que formalizou o cancelamento.
Art. 266. A supressão do apontamento não será prejudicada pela superveniência de outra sanção
disciplinar ocorrida após o decurso dos prazos previstos nos incisos do caput do art. 264 desta Lei.
Art. 267. Concedida a supressão do apontamento, o Guarda Civil Municipal terá a classificação
de seu comportamento imediatamente revista.
TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 268. O porte de arma de fogo poderá ser autorizado aos integrantes das Guardas Municipais
segundo a legislação pertinente e a disciplina estabelecida no regulamento desta Lei.
Parágrafo único. Para a utilização de arma por Guarda Civil Municipal, é indispensável a
frequência e aprovação em curso específico de capacitação e avaliação sociopsicológica periódica,
conforme previsto na legislação pertinente.
Art. 269. O Chefe do Poder Executivo municipal poderá criar órgão colegiado para exercer o
controle social das atividades de segurança do Município, analisar a alocação e aplicação dos
recursos públicos e monitorar os objetivos e metas da política municipal de segurança e,
posteriormente, a adequação e eventual necessidade de adaptação das medidas adotadas face
aos resultados obtidos.
Art. 270. A Guarda Civil Municipal envidará esforços para estabelecer parcerias com os órgãos
estaduais e da União, ou de Municípios vizinhos, por meio da celebração de convênios ou
consórcios, com vistas ao desenvolvimento de ações preventivas integradas.
Art. 271. O Setor da Inteligência da Guarda Civil Municipal será disciplinado em norma e
regulamento específicos.
Art. 272. Até que se realizem as provas a que se referem o § 3º do art. 138 desta Lei e que se
iniciem os mandatos dos servidores, nos termos do § 4º do referido dispositivo legal, os cargos de
Inspetor e Subinspetor da Guarda Civil Municipal serão livremente nomeados pelo Prefeito
Municipal.
Licensed to Thiago de Almeida dos Santos - [email protected] - 186.859.887-05
CONHEÇA NOSSO SITE: www.valeconcursos.com.br
Art. 273. É vedada a aplicação subsidiária ou aos servidores titulares do cargo público efetivo de
Guarda Civil Municipal da legislação pertinente aos servidores públicos efetivos integrantes das
demais Carreiras da estrutura funcional da Administração Direta do Poder Executivo do Município
de Nova Lima, especialmente o que contém a Lei nº 2.590, de 01 de agosto de 2017, e suas
alterações, e a Lei nº 2.682, de 14 de maio de 2019, e suas alterações.
Art. 276. As despesas decorrentes da implantação da presente lei correrão à conta de dotações
orçamentárias próprias e já consignadas no orçamento, relativas aos gastos com pessoal.
Parágrafo único. Fica o Executivo Municipal autorizado a suplementar as dotações de que trata o
caput e nos percentuais e limites previstos na Lei Orçamentária Anual ou legislação específica de
suplementação, utilizando os recursos do § 1º do art. 43 da Lei Federal nº 4.320/64.