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1toaz - Info Ferraz e Fusari Metodologias Do Ensino de Arte Cap1pdf PR

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Maria Heloísa C. de T.

Ferraz
Maria F. de Rezende e Fusari

Metodologia do
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP).
Ensino de Arte
(Câmara Brasileira do Livro , SP, Brasil)

Ferraz, Maria Heloísa C. de T.


Metodologia do ensino de arte : fundamentos e proposições /
Fundamentos e Proposições
M.lria Heloísc.1. C. de T. Ferraz, Maria F. de Rezende e Fusati. - 2. ed.
rev. e a,n pl. •· São Paulo : Cortez, 2009.

BibLiografia.
ISBN 978-85-249-1465-2

1. Arte (Ensino médio) - Estudo e ensino 1. Fusari, Maria P. de 2Q edição revista e ampliada por
R<.'7.ende e. H. Titulo. Maria Heloísa C. de T. Ferraz

0�-11533 C00-707

Índices para catálogo sistemático:


1. Arte: Estudo e ensino 7cY7

@CORTEZ
\1:iEDITORA
IH PARA PENSAA f FAZER UMA f0UCAÇÃO ESCOLAR OE AIITT
METOOOlOGIA DO ENSINO OE ARTE 19

1. O significado da Arte na Educação demonstrar nosso prazer e desprazer, gosto e rejeição, por imagens, objetos,
sons, ruídos, músicas, falas, movimentos, histórias, jogos e inioní1ações,
"Eu preciso destas palavras escritas" com os quais interagimos e nos comunicamos na vida cotidiana (por meio
Artur Bispo do Rosário de conversa, livro ilustrado, vídeo, rádio, televisão, cinema, internet, re­
vista, feira, exposição, cartaz, vitrine, rua etc.). Gradativamente, damos
torma e sentido às nossas maneiras de admirar, de gostar, de julgar, de
Que importância é essa que se dá à arte e faz com que ela tenha
,1preciar - e também de fazer - as diferentes manifestações culturais de
um espaço também na educação em geral e, em especial, na educação
11osso grupo social e, dentre elas, as obras de arte. É por isso que, mesmo
escolar?
sem perceber, educamo-nos esteticamente no convívio com as pessoas e
Primeiramente, é a importância devida à função indispensável que .1s situações da vida cotidiana.
,l 11rte ocupa na vida das pessoas e na sociedade desde os primórdios da

,ivilização, o que a torna um dos fatores essenciais de humanização. É


fundamental entender que a arte se constitui de modos específicos de
Conhecer a arte na escola
mílnifcstação da atividade criativa dos seres humanos, ao interagirem
c,im o mundo em que vivem, ao se conhecerem, e ao conhecê-lo�. Em
A escola, como espaço tempo de ensino e aprendizagem sistemático
outras palavras, o valor da arte está em ser um meio pelo qual as pessoas
,. intencional, é um dos locais onde os alunos têm a oportunidade de es-
expressam, representam e comunicam conhecimentos e experiências. A
1.1bclecer vínculos entre os conhecimentos constnúdos e os sociais e cul­
atividade de desenhar para as crianças, por exemplo, é muito importante, t 11rais. Por isso, é também o lugar e o momento em que se pode verificar e
pois favorece a sua expressão e representação do mundo, como será visto <'�Indar os modos de produção e difusão da arte na própria comunidade,
1n.1is adiante neste livro. 1vgiâo, país, ou na sociedade em geral. Deste modo, o aprendizado da
Os seres da natureza, bem como os objetos culturalmente produzidos, Ml(' vai incidiI sobre a elaboração de formas de expressão e comunicação

despertam em todos nós diversas emoções e sentimentos, agradáveis ou ,1111:-lica (pelos alunos e por artistas) e o domínio de noções sobre a arte
n.io aos nossos sentidos e ao nosso entendimento. Logo ao nascer, passamos cl,·rivativa da cultura universal.
,, viver em um mundo com uma história social de produções culturais Ao conhecer a arte produzida em diversos locais, por diferentes
t(UC contribuem para a estruturação de nosso senso estético. pt•ssons, classes sociais e períodos históricos e as outras produções do
Desde a infância, tanto as crianças como nós, professores e pais, in­ , ,1mpo artístico (artesanato, objetos, design, audiovisual etc.), o edu­
ll'r,1gimos com as manifestações culturais de nosso meio. Aprendemos a r,11,do 11mplia a sua concepção da própria arte e aprende dar sentido a
, •J.1 Desse convívio decorrem, portanto, conhecimentos que desenvol­
\'1•111 o SNI repertório cultural, mas, acima de tudo, possibilitam-lhes a
.1. t, i 111pu1'tante relembrar que a atividade criadora é inerente ao ser humano por suas
p c ,,,,11,i lidad�s de mcílti plos combinaçües de ideias, emoções e produções nas diversas área� ,,, ,mpri,1ça() crftica da arte, aprender a identificar, respeitar e valorizar
ll1• � tulh�•dnwnto (ciência, técnica, tccno1ogia., arte). No caso da arte., a atividade criativa .,, prnd11c;1a':i .lrlíst-icas, e compreender que existe wna poética indivi-
d, 1 , 1• 1·1.il 1ll JH'("-1('111(• 1.•m lodos os curSos e estudos escolart-s, mas nos dC' Arl(• c·lt1 deve S<'r
1111,11 dw, .111lon·s 1• e I ií1•n:nl1•s moda I i(lad(•s dL' cl rle, tonto crudi tas ,omo
\'IV••ih i,hli1 ,, , ..,h,d,1\I,, di, m,mt'irt.1 t!�f}t.�ífi('�"l à arte.
l '"I'" l,11 , ..,
10 PARA PelSAA E FAZER UM-' EDUCAÇÁO ESCOIAR DE ARl1: Mf1000I.OOA DO ENSINO DE ARTE 21

O autor, o obro e o suo recepção


"Sou pintor e sou poeta"
José A11to11io dn Si/Vfl

As manifestações artfsticas participam da ambiência e de nossa vida


1.1nto de maneira direta como indiretamente. Elas são reveladas em nosso
nitidiano como, por exemplo, uma canção, uma obra arquitetônica ou
11111.i escultura localizada no espaço urbano, ou são vislumbradas indire­
l,1111entc por intermédio do contexto estético. Elas são concretizadas pelos
,1rlislas que as produziram, mas só vão se completar com a participação
d.is pessoas que se relacionam e estabelecem um diálogo com elas.
As obras artísticas são construções poéticas por meio das quais os
.1rlislas expressam ideias, sentimentos e emoções. Resultam do pensar,
do M•ntir e do fazer, que por sua vez são mobilizados pela materialidade
d,1 11bri1, pelo domínio de técnicas, e os significados pessoais e culturais.
s,m, por isso, constituídas de um conjunto de procedimentos mentais,
111,11l'riais e culturais. Podem concretizar-se em imagens visuais, sonoras,
, l'f'h,1is, corporais, ou são apenas manifestações das próprias Linguagens, Figuro l
, 01110 expressão e representação de algo. VilCMI llltl � (Grooe Zundefl. 1859-�sur-Oise, 1890)
O !;$COia((0 Filho do Calfeiro- Gami> aa Kép,J
A imagem não é obrigatoriamente a representação do real, mas sim Ôleo sobre tela; 63 X 54 (,n
11111 :-:ii;no construído pela ideação, ou por estímulos do exterior, e que Coleção MASP, Muse,, 1# Me de São PáuloAssis Chaleaubnand
,11•,rq.ia formas, apresentadas por meio de uma determinada linguagem de
.u·h•, como a pintura, a gravura, a música, a poesia, a fotografia, o teatro,
.1 d,mça. Isto fica bem evidente com a pintura modernista e contemporâ- /'''/' 11rl, da arte conceituai, da instalação ou da performance, mostram
1w,1 11ue rompem com as regras da imitação e da perspectiva, e que são ,1111• 11 tr,tbalho do artista e sua técnica são novas conquistas que incluem
d1•1111minadas pelo crítico de arte italiano Gillo Dorfles como "a arte da 1d,•i.1s l' ,lÇ<"ícs.
hh,•rd,1de absoluta, do gesto criador"•. O mundo natural, social e cultural ( )s 1111tores 011 artistas, com suas diferentes origens, histórias e expe-
1' l1,1dt1 ✓ido pela expressão dos sentimentos e ideias do artista, como faz 111•m 1,1s pessoais, procuram imaginar e inventar "formas novas", com
V.111 Coi;h com suas cores puras e contrastantes na obra "O Escolar". , 11�1h1lid,1de, para representar e expressar o mundo interior e sua relação
I Iojt•, ll que se cnl'cndc por arte e por obra de arte é muito amplo. , Pllt .1 11,1lu1"l'Za e o coi-idiano cultural. Fazem isso em diversas linguagens
1'1111·<· ,is m.inifcstnÇÕL'S que têm marcndo nossa época, os exemplos da ,1111�11, ,1�, !(•mie.is, materiais, l'm difl,rcntcs situações e complexidade de
I "·11• .. 11111·1110 ◄' 1•moç,11l. n,, 111,mdo <'Sl,Hl st' t'xpressando ou rl·prl'St•nl,mdo
, .,111 ,,,•11Mh1lid,1d 1 • ,. im.11,1 111.11;,111 o 1111111.tn d,1 11,1111n•z,1 ,. d,1 ntl111r,1, 11�

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