Teste de Avaliação
8ºA
Disciplin Classificaçã
a: Português o:
Unidad
e: 2 Rub. Prof.
Ano
letivo: 2023/2024 Turma: 8ºA Data:
Nome
Aluno: Rub. Aluno
ORALIDADE – COMPREENSÃO
Para responderes aos itens de 1. a 2.3, vais visionar uma reportagem sobre um criador de
papagaios.
Antes de iniciares o visionamento, lê as questões. Em seguida, visiona, atentamente, duas
vezes, a reportagem e responde ao que é pedido.
1. Numera os tópicos de 1 a 4, de acordo com a ordem pela qual as informações (4 pontos)
são apresentadas no texto.
(A) Referência às dificuldades da criação de papagaios.
(B) Identificação do tipo de papagaios mais procurado.
(C) Descrição dos cuidados dos papagaios recém-nascidos.
(D) Apresentação da atividade e do tipo de animais envolvidos.
2. Para cada item (2.1 a 2.3), assinala, com um X, a opção que completa a afirmação, de
acordo com o texto.
2.1. De manhã, muito cedo, Carlos (3
pontos)
(A) prepara a água para os banhos.
(B) organiza os alimentos dos papagaios.
2.2. Quando nascem, os papagaios (3
pontos)
(A) comem em intervalos de tempo pequenos.
(B) reagem de forma igual aos bebés recém-nascidos.
2.3. Muitas pessoas tratam os papagaios como se fossem (3
pontos)
(A) uma companhia humana.
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(B) um objeto de decoração.
LEITURA E EDUCAÇÃO LITERÁRIA Texto A
Lê o artigo de opinião.
Animais de estimação. Uma questão de educação
- Estaremos mesmo a trabalhar numa relação entre a sociedade e os animais e na
- construção de um mundo melhor? A resposta é: podemos fazer mais. E acreditamos que
a chave está na educação.
-
- Animais de estimação e sociedade? Os cenários são díspares. Por um lado, assistimos a
5 uma maior consciencialização quanto à importância e ao papel dos animais de estimação na
- sociedade. Se olhar-mos apenas para as alterações legislativas nesta matéria, os exemplos
- são diversos: a lei de 2014 que veio criminalizar os maus-tratos a animais de companhia; o
- novo estatuto jurídico dos animais que,
- em 2017, veio estabelecer que estes deixaram de ser considerados “coisas”; a lei que, já
10 este ano, veio permitir a presença de animais em estabelecimentos comerciais; e a recente
- lei que proíbe o abate nos canis municipais como forma de controlo dos animais errantes.
- Por outro lado, continuamos a deparar-nos com números expressivos que evidenciam
- ainda uma realidade pouco desejável. Mais de 40 mil cães e gatos errantes foram
- recolhidos, em 2017, pelos serviços municipais, de acordo com os dados da Direção-
15 Geral de Alimentação e Veterinária, e cerca de 14 mil animais recolhidos já em 2018,
- segundo as recentes informações avançadas pela Ordem dos Médicos Veterinários.
- É verdade que os alicerces legislativos e os importantes movimentos cívicos pró-animal
- surgem com
- o intuito de contribuir para a formação de uma sociedade mais consciente e empenhada
20 em prol dos animais de estimação. Mas estaremos, efetivamente, a trabalhar nesta
- relação entre a sociedade e os animais e a construção de um mundo melhor? A resposta é
- simples: podemos fazer mais. E acreditamos que, para “fazer mais”, teremos de recentrar
- o foco.
- Partimos de um breve paralelismo com um caso paradigmático: onde e como começaram
25 os hábi-
- tos de reciclagem? Através de programas de educação para as crianças. É, de facto, junto
- dos mais no-
- vos, as gerações do futuro, que devemos agir. Pela sua capacidade de aprendizagem e,
- acima de tudo, pela sua simplicidade e capacidade de transmitir conhecimento. E, quando
30 falamos em sociedade e animais de estimação, acreditamos que se trata de uma questão
- que deve ser também abordada pela sua raiz: na educação. Educação sobre as suas
- especificidades, educação sobre os comportamentos, as suas necessidades e o
- compromisso e responsabilidade que acarretam.
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- Acreditamos ser necessário um reforço no acompanhamento do ponto de vista
35 pedagógico sobre este tema, sobretudo maximizando todos os benefícios do ambiente
- escolar. Porque ensinar apenas o que está certo ou errado não basta. De forma simples e
acessível, é necessário transmitir mais mensagens, mais conhecimentos, mais conteúdos.
De que serviriam os ecopontos, se não tivesse existido uma aposta na educação
ambiental e para a reciclagem? Acreditamos que o mesmo deva acontecer no que diz
respeito aos animais de estimação. Como serão eficazes todos os esforços se não houve um
maior empenho para a consciencialização e sensibilização sobre tudo o que os une e os
distingue do ser homem? Portanto, queremos criar um mundo melhor para todos nós.
Queremos uma sociedade a educar.
Filipa Herédia, in www.observador.pt (consultado em janeiro de 2022).
3. Preenche a tabela com a informação apresentada nas alíneas, distinguindo os factos (6 pontos)
considerados positivos dos negativos, de acordo com o texto,
Factos positivos Factos negativos
(A) Criminalização dos maus- (B) Existência de 40 mil cães e
-tratos a animais de gatos errantes
companhia
(C) Controlo do número de
animais através do abate
(D) Tratamento dos animais (E) Autorização da entrada de
como “coisas” animais nos centros
comerciais
4. Para cada item, seleciona com um X, a opção que completa corretamente a frase, de acordo com o
sentido do texto.
4.1. Na opinião da autora, a ação da sociedade para melhorar o mundo e a condição geral dos animais é
(3 pontos)
(A) satisfatória.
(B) insuficiente.
4.2. Na sua ótica, as ações de promoção da mudança devem centrar-se (3 pontos)
(A) na defesa da reciclagem.
(B) na educação infantil.
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4.3. O paralelismo entre a reciclagem e o respeito pelos animais procura mostrar que (3 pontos)
(A) enquanto o segundo é um sucesso, a primeira não correu bem.
(B) as ações desenvolvidas para a sua promoção devem ser semelhantes.
Texto B
O Papagaio verde
- Certa manhã, quando me levantei, havia na cozinha um movimento desusado, gritos, uma atmos-
- fera de pânico. Provavelmente, essa atmosfera despertara-me. Fui ver. O Papagaio Verde estava solto!
- Passeando para cá e para lá no chão, arrastando uma ponta de corrente, o Papagaio proibia que a porta
- da varanda se abrisse, e esvoaçava ameaçador contra a greta que nas portadas as criadas tentassem.
5 Eu queria passar para fora, minha mãe que acudira ao tumulto 1 segurava-me, o Papagaio berrava. As
- criadas repetiam que ele fugira, fugira! Eu achava que, se tivesse fugido, teria voado para as árvores
- do quintal subjacente2. E desmenti. E, lutando esgatanhadamente3 contra todas, abri as vidraças da va-
- randa. Afugentando para o corredor a minha mãe e as criadas, que pela porta entreaberta da cozinha
- observavam o terrível incidente de que eu sairia mortalmente ferido (“com um olho vazado”, clamava
10 minha mãe em ânsias), o Papagaio entrou, dando ao corpo nos requebros4 de avançar, mal espalma-
- dos no chão os dedos, a passos largos, direito a mim, que, contagiado levemente pelo pânico daquelas
- galinhas, recuara. E veio até aos meus pés, e fez contra um meu sapato, com doçura e ternura, aquele
- gesto de afiar lateralmente o bico, que fazia às vezes na borda da gaiola. Abaixei-me para lhe pegar. Ele
- deixou que o agarrasse, instalou-se num meu dedo, e pesava.
15 Que dia triunfal! Meu pai partira já, dessa vez, no torvelinho 5 dos malões e dos engomados6, com
- o criado de casaco branco, muito tímido entreportas, a dirigir a saída da bagagem. Houvera as despe-
- didas do costume, com meu pai acabando por tirar da algibeira um envelope branco que pousava em
- cima do toilette e era o dinheiro para três meses de ausência. Houvera a contagem do dinheiro, por
- minha mãe, e o regateio mútuo sobre se chegavam ou não aquelas notas. Depois os beijos e abraços,
20 a ida à janela da sala para dizer-se o adeus final. E eu recomeçara, aos fins de tarde, as idas a casa da
- Dona Antonieta, para a lição de piano, que a família toda, com meu pai à frente, achava uma indignidade
- mulheril, e que era a única manifestação de teimosa independência por parte da minha mãe. […]
- Com o Papagaio no dedo, avancei pelo corredor fora em direção à sala, seguido pelo cortejo receoso
- que não ousava deter-me, porque o bicho abria para elas um bico desmedido. Abri a porta, entrei, es-
25 cancarei de par em par as portadas (e, para lutar com os fechos, tive de pousar no chão o Papagaio que
- logo esvoaçou para a porta, a conter o avanço das tropas perseguidoras), fui fechar a porta, sentei-me
- no banco do piano que abri, depois de levantar a colcha indiana que o cobria e cujas franjas sempre se
- enguiçavam na tampa. Concentrando-me, desferi acordes tumultuosos e dissonantes, com trémulos
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- rotundos nas oitavas baixas e glissandos7 nas esganiçadas. O Papagaio, numa atrapalhação precipitada,
30 subiu para as costas da cadeira mais próxima, e espanejou-se 8, e acompanhava, dançando e gritando
- uma melopeia9 desafinada, a minha música sem nexo. E, de vez em quando, para maior alegria minha,
- largava escagarrichadamente pelo estofo da cadeira, que assim se degradava, as suas dejeções acin-
- zentadas.
- Não houve mais contê-lo. Eu próprio o prendia e soltava da gaiola, e ele esperava com paciência as
35 horas em que iria buscá-lo para o trazer à sala.
Jorge de Sena, Homenagem ao Papagaio Verde: “Lisboa, 1928”. Lisboa: Expo’98, 1996. (98 Mares), pp. 26-29.
VOCABULÁRIO:
1
tumulto: desordem; confusão. 2 subjacente: que está por baixo. 3 esgatanhadamente: ao estilo de gato.
4
requebros: movimento sensual. 5 torvelinho: movimento circular; confusão. 6 engomados: roupa passada a ferro.
7
glissandos: produção de notas consecutivas passando dedos pelo piano. 8 espanejou-se: sacudiu as penas.
9
melopeia: música que acompanha uma récita.
5. Refere, por palavras tuas, o que acontecia na casa do narrador no início do texto.
(4 pontos)
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6. O narrador foi fundamental para a resolução do problema. (6 pontos)
Completa a tabela com três comportamentos do narrador que contribuíram para
a alteração da situação anterior, no início, no desenvolvimento e na conclusão do
texto.
Momentos do texto Comportamentos do narrador
a) início 1.o comportamento: a)
b) desenvolvimento 2.o comportamento: b)
c) conclusão 3.o comportamento: c)
7. Justifica os sentimentos contraditórios do narrador quando ficou sozinho com o
papagaio.
(5 pontos)
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8. Assinala, com um X, as três opções que comprovam que o narrador é participante.
(3 pontos)
(A) “quando me levantei” (linha 1)
(B) “Fui ver.” (linha 2)
(C) “Afugentando para o corredor a minha mãe” (linha 8)
(D) “com um olho vazado” (linha 9)
9. Para cada item, seleciona, com um X, a opção que completa cada afirmação, de
acordo com o texto.
9.1. A enumeração presente em “Depois os beijos e abraços, a ida à janela da sala
para dizer-se o adeus final” (linhas 19-20) permite
(3 pontos)
(A) mostrar porque partia o pai.
(B) referir de forma concentrada várias ações.
9.2. O pronome “todas” (linha 7) refere-se às (3
pontos)
(A) criadas e à mãe.
(B) vidraças da varanda.
10. Refere dois atos de rebeldia que o papagaio acabou por permitir ao narrador.
(4 pontos)
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GRAMÁTICA
1. Associa as palavras da coluna A à relação que estabelecem entre si na coluna B. (3
pontos)
Coluna A Coluna B
A. ave/Papagaio 1. sinonímia
B. aluno/estudante 2. hiperonímia-hiponímia
C. ave/asa 3. holonímia-meronímia
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Seleciona, com um X, a opção que completa corretamente a frase. (2 pontos)
2. A única opção que apresenta uma relação de hiperónimo-hipónimo (classe-
elemento) é
(A) sentimentos – amor – tristeza – paixão
(B) tristeza – alegria
3. Seleciona, com um X, a opção que completa corretamente a frase. (2 pontos)
3.1. A única frase que não inclui uma oração subordinada adverbial causal é
(A) Vanessa não escreveu efetivamente porque não sabia.
(B) Vanessa estava a tentar escrever, pois estava de caneta na mão.
4. Completa a tabela, classificando as orações subordinadas sublinhadas.
Orações Oração subordinada adverbial
concessiva consecutiva comparativa completiva
a. A poesia de Camões
era tão apreciada
que provocava
lágrimas.
b. João estava tão
assustado quanto
Pedro
c. Embora refletisse, o
Papagaio cumpriu a
sua tarefa.
d. O pai disse que
havia gritos na
cozinha.
e. Fiquei tão contente
com a mesada que
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abracei o meu pai.
5. Completa as frases com as formas dos verbos nos tempos e modos indicados entre
parênteses.
a) Eu _________________________________ (entreter-se / presente do indicativo –
entretenho/entretive) a passear no jardim do museu.
b) Nós _________________________________ (intervir / pretérito perfeito simples do
indicativo – interviemos/ intervimos) pouco na organização da exposição.
c) Espero que ainda _________________________________ (haver / presente do
conjuntivo – houve/haja) muitos bilhetes!
d) De todos os turistas, os franceses eram quem _________________________________
(trazer / pretérito imperfeito do indicativo – trazia/traziam) mais bagagem.
ESCRITA [25 pontos]
Cada vez mais animais têm lugar nas casas das famílias. Cães, gatos, papagaios,
lagartos… são inúmeras as possibilidades.
E tu? Que animal de companhia gostarias de ter?
Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 150 e um
máximo de 240 palavras, em que defendas o teu ponto de vista.
O teu texto deve integrar:
– a apresentação da tua preferência relativamente ao animal de companhia (ou a
rejeição desta possibilidade);
– a explicitação de duas razões que justifique a escolha deste tipo de animal;
– uma conclusão adequada.
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