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Resumo Entrevista de Anamnese

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Resenha Crítica – Psicodiagnóstico

Aluna: Nicole Krummenauer Pereira RA: F148IG7

Referências:
CUNHA, J. A. A história do examinando. In: CUNHA, J. A. e colaboradores.
Psicodiagnóstico V. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 5. ed., 2000, p. 57-66
SILVA, M. A.; BANDEIRA, D. R. A Entrevista de Anamnese. In: HUTZ, C. S.;
BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. M.; KRUG, J. S. (Org) Psicodiagnóstico. Porto
Alegre: Artmed, 2016, p. 52-67.

A entrevista de anamnese é um dos instrumentos mais importantes de todo o processo


psicodiagnóstico, é um pontapé inicial para dar início ao levantamento de hipóteses
diagnósticas mais fundamentadas, assim como descartar ou manter em aberto as que surgiram
na entrevista inicial. Ela é indispensável para colher o máximo de informações sobre o
paciente e, no decorrer do processo, a partir das observações e outras entrevistas devolutivas,
complementando e acrescentando novas.
O psicólogo deve entender o motivo pelo qual ele faz tantas perguntas durante a
anamnese e como as informações coletadas podem influenciar no levantamento ou
descarte de hipóteses, por isso deve estar ciente de que terá que buscar conhecimento a
todo o momento, principalmente sobre desenvolvimento e o esperado em cada faixa
etária, em especial quando falamos de cognição, linguagem, aspectos motores,
socialização, entre outros.
Deve-se, dependendo da demanda, ir mais a fundo em algumas questões específicas.
No psicodiagnóstico com a criança, é necessário começar a investigar desde a gravidez da
mãe até o momento, pois a história da criança começa no desejo/planejamento daquele bebê,
fatores esses influenciam diretamente no emocional da mãe e na forma como conduziu aquela
gravidez. Posteriormente são investigadas as informações sobre o parto, o depois do
nascimento, amamentação e o desenvolvimento até então.
Dentro de cada tema que o psicólogo precisa passar, podem ser feitas diversas
perguntas muito importantes para o psicodiagnóstico, pois todos os acontecimentos têm
potencial para serem o motivo da avaliação. É possível que a queixa aparentemente tenha um
motivo, que venha a ser modificado após a sessão de entrevista de anamnese, por isso o
psicólogo deve ter o conhecimento necessário para poder entender o que a teoria (junto com
as observações e entrevistas) tem a dizer daquele fator.
A depender da idade e condição do examinando, o informante pode ser os pais, o
próprio paciente ou até um amigo, outro familiar ou responsável, tudo vai depender da
demanda e de quem será a pessoa(s) que mais poderá fornecer as informações necessárias.
Além da entrevista de anamnese, o psicólogo pode contar com outras fontes de
informação que podem auxiliá-lo a montar a história do paciente, como por exemplo, em caso
de crianças em idade escolar, pode solicitar seus materiais de estudo como o caderno (a fim
de verificar sua habilidade com leitura, escrita e resolução de problemas), seu boletim escolar
(podendo entender como anda o seu desempenho geral) e provas. No geral, o psicólogo conta
com a leitura de exames médicos ou relatos de tratamento prévio, entre outras fontes
importantes, para poder aprimorar seu conhecimento sobre o paciente.
Outra questão importante é a capacidade do psicólogo de tentar aumentar a qualidade
das informações coletadas na anamnese, que pode ser necessário por conta da confusão por
parte do informante, forma de comunicação (deve-se sempre utilizar linguagem acessível;
saber prosseguir quando o informante responde com muito detalhe supérfluo ou ao contrário),
maneira como é formulada a pergunta, evitando respostas de sim ou não, capacidade para
tentar aprofundar alguma resposta rasa e a boa interpretação da fala do informante.
O primeiro ponto a ser investigado na entrevista de anamnese é o contexto familiar.
Neste tópico poderemos entender a dinâmica dentro de casa, quais os papéis desempenhados,
relação entre o casal, nível socioeconômico e cultural, expectativas (em especial relacionadas
à vinda de um bebê) e outras características do ambiente.
Em segundo lugar, é necessário analisar a história pré-natal, passando por aspectos
como: saúde física da mãe durante a gravidez, nutrição, abuso de substâncias (álcool e
drogas, incluindo medicamentos), exposição à substâncias tóxicas e radioativas (inclusive por
parte do pai antes da gravidez), e saúde mental (medos, ansiedades e expectativas).
Deve ser investigado como foi o parto (normal ou cesariana), se houve complicações, o
Apgar; como a mãe reagiu ao filho (aparência, sexo etc.) e as experiências iniciais do bebê.
Em terceiro lugar, será investigado os aspectos da primeira infância e a partir daqui,
compreender se o paciente esteve ou não acompanhando a idade normal para desempenhar
certos comportamentos, logo, deve-se analisar sua habilidade motora
(agarrar e andar), quando começou a falar, quando começou a socializar, quando se deu o
controle dos esfíncteres, por exemplo, entre outros fatores considerados adequados para a
idade. Também é analisado a qualidade da relação com a mãe, pai, irmãos e outros membros
que participam de seu cotidiano.
Na infância intermediária são investigados como se deu a separação entre criança e a
mãe/pai/casa ao ir para a escola e se conseguiu se relacionar com outras crianças,
desempenho escolar, se houve fracassos, quais os seus pontos de força e fraqueza, se precisou
de reforço etc.
Ao chegarmos na adolescência e puberdade, devemos considerar os aspectos sociais
(seja com irmãos, amigos e colegas), como enxerga figuras de autoridade (pais e professores),
qual papel desempenha dentro das amizades e se tem facilidade em participar de grupos e
aproximar-se de pessoas, qual a qualidade dessas relações, se entende e aceita as normas
sociais; avalia-se o desempenho escolar desse adolescente, expectativas de vida, como se dá a
formação da sua identidade, o que ele espera, como se enxerga, o quão importam os aspectos
físicos (aparência), sexualidade etc.
O texto também fala sobre a fase adulta, e quais os aspectos principais que são
investigados, como trabalho, estudos, relacionamentos, experiências com outras pessoas,
casamento, áreas de satisfação, como tem lidado com as mudanças na vida e o
envelhecimento.
Também foi abordado sobre as diferentes fontes de informações que complementam as que
foram coletadas nas entrevistas, como informações da escola (boletins, provas e cadernos, ou
até contato por telefone com professores), diários pessoais, produções espontâneas (desenhos,
poemas, textos etc.), entrevistas com outros informantes, álbum de fotos, gravações, exames e
laudos médicos.

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