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Exercícios Resolvidos de Resistência Dos Materiais

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1

1.8 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1.8.1 Determinar a relação matemática existente entre as


tensões ρ , σ e τ .

Resolução:

Na figura abaixo estão representadas as forças internas que


aparecem na seção de um corpo quando o mesmo está
solicitado por várias forças (foi conservada a parte da direita
(D) do corpo):

F1 F2

r
r R
Q
r D
N Mt G

r
M Mf
F3 F4
Área da
seção = S

Do triângulo retângulo hachurado tem-se:

R2 = N2 + Q2

Dividindo membro a membro por S2, tem-se:

R 2 N 2 Q2
= +
S2 S2 S2

Mas,

R2 ρ2 N2 σ 2 Q2
= , = , = τ2
S2 S2 S 2

Então:

ρ2 = σ 2 + τ2
2

1.8.2 Um determinado material apresenta uma tensão tangencial


média resistente (τ) igual a 3 tf /cm2 e dele deverá ser
confeccionado um corpo com seção circular, de diâmetro médio (D)
igual a 2 cm. A intensidade máxima das forças internas (R) que
aparecerá será de 15 tf. Qual será a tensão normal média resistente
(σ) que aparecerá no material? Transformar o resultado para MPa.

Dados:
τ = 3 tf /cm2
D = 2 cm
R = 15 tf
σ = ? (MPa)

Resolução:

ρ=R 2 π.D2 3,14 . (2 cm)2


, S = π .R = = = 3,14 cm2
S 4 4

ρ = R = 15 tf = 4,78 tf/cm 2
S 3,14 cm2
ρ2 = σ 2 + τ2 ∴ σ 2 = ρ2 − τ2
σ 2 = ρ2 − τ2 = 4,782 − 32 = 22,85 − 9 = 13,85
σ = 13,85 = 3,72 tf/cm2 = 3.720 kgf/cm 2
1 MPa = 10 kgf/cm2

σ = 372 MPa

1.8.3 Determinar a intensidade máxima das forças internas em um


corpo de seção quadrangular de lado igual a 2 cm, sabendo-se que
o material do qual o mesmo é feito apresenta uma tensão
tangencial média resistente igual 3 tf/cm2 e uma tensão normal
média igual a 4 tf/cm2 .

Dados:
R=?
L = 2 cm
τ = 3 tf /cm2
σ = 4 tf/cm2
3

Resolução:

Como o corpo tem seção quadrangular de lado igual a 2 cm, a


área da seção será:

S = L2 = (2 cm)2 = 4 cm2
ρ2 = σ 2 + τ2 = 42 + 32 = 16 + 9 = 25
ρ = 25 = 5 tf/cm2
ρ=R tf
∴ R = ρ.S = 5 2
x 4 cm2 = 20 tf
S cm

R = 20 tf

1.8.4 Determinar a área que deve ter um corpo para resistir a uma
força normal de tração de 10 tf, sabendo-se que o material do qual
o mesmo é feito apresenta uma tensão média interna igual a 2500
kgf / cm2 e uma tensão tangencial média igual a 150 MPa.

Dados:

S=?
N = 10 tf = 10.000 kgf
ρ = 2500 kgf / cm2
τ = 150 MPa = 1500 kgf / cm2
Resolução:

ρ2 = σ 2 + τ2
σ 2 = ρ2 − τ2 = 2500 2 − 1500 2 = 6.250 .000 − 2.250.000 = 4.000 .000
σ = 4.000.000 = 2.000 kgf/cm2
σ= N ∴ S= =
N 10.000 kgf
= 5 cm2
2
S σ 2.000 kgf/cm

S = 5 cm2
4

1.8.5 Calcular o diâmetro que deve ter um corpo para suportar uma
força cortante de 4 tf, sabendo-se que a intensidade máxima das
forças internas será de 5 tf e que a tensão normal média será de 50
MPa.

Dados:

D=?
Q = 4 tf
R = 5 tf
σ = 50 MPa = 500 kgf/cm2

Resolução:

R2 = N2 + Q2 ∴ N2 = R 2 − Q2 = 52 − 42 = 25 − 16 = 9
N = 9 = 3 tf = 3.000 kgf
σ= N ∴ S= =
N 3.000 kgf
= 6 cm2
2
S σ 500 kgf/cm
2 π.D2 4.S 4.6
S = π .R = ∴ D= = = 7,64 = 2,76 cm
4 π 3,14

D = 2,76 cm

1.8.6 Determinar a força interna máxima que aparecerá num corpo


de diâmetro igual a 20 mm, quando o mesmo estiver submetido a
uma força normal máxima de 24.930 kgf. Considere a tensão
tangencial média resistente do material igual a 800 MPa.

Dados:

R=?
D = 20 mm = 2 cm
N = 24.930 kgf = 24,93 tf
τ = 800 MPa = 8.000 kgf / cm2
5

Resolução:

π.D2 3,14 . (2 cm)2


S = π . R2 = = = 3,14 cm2
4 4

τ=Q
S
Q = τ.S = 8.000 kgf/cm 2.3,14 cm2 = 25.120 kgf = 25,12 tf
R2 = N2 + Q2 = 24,93 2 + 25,122 = 621,50 + 631,01 = 1252,51
R = 1252,51 = 35,39 tf
R = 35,39 tf

1.8.7 Sabe-se que a intensidade máxima das forças internas de


uma peça de seção retangular vale 15 tf e que a tensão normal
média interna vale 37,5 MPa e a tensão tangencial média vale 50
MPa. Determinar o valor da altura do retângulo sabendo-se que a
largura deverá ser de 6 cm.

Dados:

R = 15 tf = 15.000 kgf
σ = 37,5 MPa = 375 kgf/cm2
τ = 50 MPa = 500 kgf / cm2
H=?
L = 6 cm

Resolução:
ρ2 = σ 2 + τ2 = 375 2 + 500 2 = 140.625 + 250.000 = 390 .625
ρ = 390.625 = 625 kgf/cm 2
ρ=R ∴
R
S= =
15.000 kgf
= 24 cm2
ρ 2
S 625 kgf / cm
S 24 cm2
S = H.L ∴ H= = = 4 cm
L 6 cm

H = 4 cm
6

2.8 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

2.8.1 Um corpo sem solicitação de carga apresenta um


comprimento igual a 20 cm. Aplicando-se uma carga de tração de
1.000 kgf passa a ter um comprimento igual a 24 cm. Determinar a
deformação longitudinal absoluta e a percentual.

Dados:

L0 = 20 cm
N = 1.000 kgf
Lf = 24 cm

Resolução:

Deformação absoluta = ∆L = 24 – 20 = 4 cm
∆L 4 cm
Deformação relativa = ε = = = 0,2 ou
L0 20 cm
ε% = 0,2 x 100% = 20%
2.8.2 Uma peça com diâmetro igual a 2 cm está submetida a uma
força de compressão de 12.000 kgf. Determinar a tensão normal
média (em MPa) atuante na mesma.

Dados:

D = 2 cm
N = 12.000 kgf
σ=?
Resolução:

2 π.D2 3,14 . (2 cm)2


S = π .R = = = 3,14 cm2
4 4

σ = N = 12.000 kgf = 3.821,66 kgf / cm2 = 382 ,17 MPa


2
S 3,14 cm
σ = 382,17 MPa
7

2.8.3 Uma barra constituída por uma liga de aço 1040, com
diâmetro 2 cm e comprimento 2 m é submetida à tração por uma
força de 10 tf e sofre um alongamento absoluto de 3 mm.
Determinar o módulo de elasticidade do material da barra (em
GPa), considerando válida a Lei de Hooke.

Dados:

D = 2 cm
L0 = 2 m = 200 cm
N = 10 tf = 10.000 kgf
∆L = 3 mm = 0,3 cm
E0 = ?

Resolução:

A Lei de Hooke é representada pela equação:


σ
σ = E0 . ε ∴ E0 =
ε
σ= N e ε = ∆L
S L0
2 π.D2 3,14 . (2 cm)2
S = π .R = = = 3,14 cm2
4 4
σ = N = 10.000 kgf = 3.184 ,71 kgf / cm2 = 318,47 MPa
S 3,14 cm2
ε = ∆L = 0,3 cm = 0,0015
L0 200 cm
σ 318,47 MPa
E0 = = = 212.313,33 MPa = 212,31 GPa
ε 0,0015
E0 = 212,31 GPa

2.8.4 Uma peça constituída por uma liga de alumínio 1100, tem 3 m
de comprimento e seção transversal retangular de 3 cm por 1 cm.
Determinar o alongamento absoluto produzido por uma força axial
de 13.800 kgf, sabendo-se que E0 = 69 GPa.
8

Dados:

L0 = 3 m = 300 cm
S = 3 cm x 1 cm = 3 cm2
∆L = ?
N = 13.800 kgf
E0 = 69 GPa = 69.000 MPa = 690.000 kgf/cm2

Resolução:

A Lei de Hooke é representada pela equação:


σ = E0 . ε , onde σ= N e ε = ∆L
S L0
N ∆L N . L 0 13.800 x 300
Então: = E0 . ∴ ∆L = = = 2 cm
S L0 E 0 . S 690.000 x 3

∆L = 2 cm

2.8.5 Um tirante de aço inoxidável 405, de 6 m de comprimento e 12


mm de diâmetro, deve resistir a uma carga de 10.000 kgf. Qual será
a sua distensão (em mm), considerando E0 = 20.000 kgf/mm2 ?

Dados:

L0 = 6 m = 6.000 mm
D = 12 mm
N = 10.000 kgf
∆L = ?
E0 = 20.000 kgf/mm2

Resolução:

A Lei de Hooke é representada pela equação:


σ = E0 . ε , onde σ= N e ε = ∆L
S L0
N ∆L N . L0
Então: = E0 . ∴ ∆L =
S L0 E0 . S

2 π. D2 3,14 . (12 mm)2


S = π .R = = = 113,04 mm2
4 4
9

N . L0 10.000 x 6.000
∆L = = = 26,54 mm
E0 . S 20.000 x 113,04

∆L = 26,54 mm

2.8.6 Qual o coeficiente de segurança para um cabo, com 20 mm


de diâmetro, que está suportando um peso de 5.024 kgf, sabendo-
se que a tensão de ruptura para o material do cabo vale 640 MPa .

Dados:

Coeficiente de segurança = n = ?
D = 20 mm = 2 cm
N = 5.024 kgf
σR = 640 MPa = 6.400 kgf/cm2
Resolução:

O coeficiente de segurança será a razão entre a tensão de


ruptura do cabo (σR) e a tensão que o mesmo está suportando
σ
(σ), ou seja: n = R , sendo σ =
N
.
σ S
2π.D2 3,14 . (2 cm)2
S = π .R = = = 3,14 cm2
4 4
σ = N = 5.024 kgf = 1.600 kgf / cm2
S 3,14 cm2
σR 6.400 kgf / cm2
n= = =4
σ 1.600 kgf / cm2

n=4

Obs.: o coeficiente de segurança deve ser maior do que 1 (um)


e é adimensional (não tem unidade).

2.8.7 Uma barra de aço com E0 = 2.000.000 kgf / cm2 é tracionada


axialmente por uma força de 10 tf. Sabendo-se que o material
trabalha dentro do limite de elasticidade (limite de validade da Lei
de Hooke) e que S0 = 2 cm2 e L0 = 6 cm, determinar:
a) A deformação absoluta longitudinal.
10

b) A deformação específica longitudinal.


c) A deformação específica transversal considerando o
coeficiente de Poisson (µ) = 0,30.

Dados:

E0 = 2.000.000 kgf / cm2


N = 10 tf = 10.000 kgf
S0 = 2 cm2
L0 = 6 cm
∆L = ?
ε=?
εtransv = ?
µ = 0,30

Resolução:

a) Cálculo de ∆L:

A Lei de Hooke é representada pela equação:


σ = E0 . ε , onde σ= N e ε = ∆L
S L0
N ∆L N . L0 10.000 x 6
Então: = E0 . ∴ ∆L = = = 0,015 cm
S L0 E0 . S 2.000.000 x 2

∆L = 0,015 cm
b) Cálculo de ε:

ε = ∆L = 0,015 cm = 0,0025 ou ε% = 0,0025 x 100% = 0,25%


L0 6 cm

ε = 0,0025 ou ε% = 0,25%
b) Cálculo de εtransv
εtransv = - µ . εlong
εlong = ε = 0,0025
εtransv = - µ . εlong = - 0,30 x 0,0025 = 0,00075
ou:
εtransv% = - µ . εlong% = - 0,30 x 0,25% = 0,075%

εtransv = 0,00075 ou εtransv% = 0,075%


11

2.8.8 Uma peça de concreto simples deverá suportar uma força


axial de compressão de 54 tf. Considerando a validade da Lei de
Hooke, determinar:
a) A área mínima necessária para a seção transversal da peça,
considerando a tensão admissível ou de segurança para o
concreto, σ = 18 MPa.
b) O encurtamento percentual da peça, considerando o módulo
de elasticidade do concreto igual a 25 GPa.
c) A deformação relativa transversal da peça, considerando o
coeficiente de Poisson do concreto (µ) = 0,20.

Dados:

N = 54 tf = 54.000 kgf
S=?
σ = 18 MPa = 180 kgf/cm2 (tensão de segurança do concreto)
ε=?
E0 = 25 GPa = 25.000 MPa = 250.000 kgf/cm2
µ = 0,20

Resolução:

a) Cálculo da área mínima da seção transversal:

Se σ = σ o concreto trabalhará com segurança.


Então: σ = σ = N ∴ S = N = 54.000 kgf 2 = 300 cm2
S σ 180 kgf / cm
S = 300 cm2

b) Cálculo do encurtamento percentual da peça:

σ 18 MPa
σ = E0 . ε ∴ ε= = = 0,00072
E0 25.000 MPa

ε = 0,00072 ou ε% = 0,072%

c) Cálculo da deformação relativa transversal da peça:


12

εtransv = - µ . εlong
εlong = ε = 0,00072
εtransv = - µ . εlong = - 0,20 x 0,00072 = 0,000144
ou:
εtransv% = - µ . εlong% = - 0,20 x 0,072% = 0,0144%

εtransv = 0,000144 ou εtransv% = 0,0144%

2.8.9 Uma peça constituída por uma liga de aço 1020, cujo módulo
de elasticidade vale 207 GPa , de seção quadrada, e comprimento
5 m, sofre um alongamento de 2 mm, para uma carga de 13.248
kgf. Calcular o lado do quadrado e a tensão de tração resultante
sabendo-se que é válida a Lei de Hooke.

13.248 a
13.248
kgf kgf a

Dados:

E0 = 207 GPa = 207.000 MPa = 2.070.000 kgf/cm2


L0 = 5 m = 500 cm
∆L = 2 mm = 0,2 cm
N = 13.248 kgf
a=?
σ=?
Resolução:

Cálculo de a:

A Lei de Hooke é representada pela equação:


σ = E0 . ε , onde σ= N e ε = ∆L
S L0
N ∆L N. L0 13.248 x 500
Então: = E0 . ∴ S= = = 16 cm2
S L0 E0 . ∆L 2.070.000 x 0,2
S = a2 ∴ a = S = 16 = 4 cm
a = 4 cm
13

Cálculo de σ:

σ = N = 13.248 kgf = 828 kgf / cm2 = 82,8 MPa


2
S 16 cm

σ = 828 kgf/cm2 = 82,8 MPa

2.8.10 Determine o diâmetro d das barras de aço de uma prensa,


que deverá suportar uma força máxima de compressão de 50.000
kgf sabendo-se que a tensão máxima suportada pelo material da
barra é de 1.125 kgf / cm2 . Considere um coeficiente de segurança
igual a 1,5.

d
Corpo
de prova

25.000 50.000 25.000


kgf kgf kgf

Dados:

d=?
Força total = 50.000 kgf
σmáx = 1.125 kgf/cm2 (tensão máxima suportada pelo aço
utilizado nas barras)
n = 1,5
14

Resolução:

Sabe-se que:

σ=N ∴ S=
N
S σ
Na figura da direita observa-se que cada barra estará
submetida a uma força de tração de 25.000 kgf.
Na fórmula anterior considera-se σ = σ , para que o aço
trabalhe com segurança.
A tensão de segurança σ vale:
σmáx 1.125 kgf / cm2
σ= = = 750 kgf / cm2
n 1,5
N N 25.000 kgf
Então: σ = σ = ∴ S= = 2
= 33,33 cm2
S σ 750 kgf / cm

π. d2
2 4.S 4 x 33,33
S = π.r = ∴ d= = = 42,46 = 6,52 cm
4 π 3,14

d = 6,52 cm

2.8.11 A barra de aço da figura abaixo, tem seção transversal de


área S = 10 cm2 e está submetida pelas forças axiais indicadas.
Determinar o alongamento absoluto da barra, sabendo-se que E0 =
207 GPa .
2m 3m 4m
9.000
10.000 3.000 2.000 kgf
kgf kgf kgf

A B C D

Dados:

S = 10 cm2
∆Ltotal = ?
E0 = 207 GPa = 207.000 MPa = 2.070.000 kgf/cm2
15

Resolução:

Observa-se que a barra de aço está em equilíbrio, pois as


forças orientadas para a esquerda são equilibradas pelas
forças orientadas para a direita.

O alongamento absoluto da barra (∆Ltotal) será:

∆Ltotal = ∆LAB + ∆LBC + ∆LCD

A Lei de Hooke é representada pela equação:


σ = E0 . ε , onde σ= N e ε = ∆L
S L0
N ∆L N . L0
Então: = E0 . ∴ ∆L =
S L0 E0 . S

a) Cálculo de ∆LAB :

No trecho AB a força interna vale: NAB = 10.000 kgf


LAB = 2 m = 200 cm
N .L 10.000 x 200
∆L AB = AB AB = = 0,097 cm
E0 . S 2.070.000 x 10

b) Cálculo de ∆LBC :

No trecho BC a força interna vale: NBC = 7.000 kgf


LBC = 3 m = 300 cm
N .L 7.000 x 300
∆LBC = BC BC = = 0,101 cm
E0 . S 2.070.000 x 10

c) Cálculo de ∆LCD :

No trecho CD a força interna vale: NCD = 9.000 kgf


LCD = 4 m = 400 cm
N .L 9.000 x 400
∆LCD = CD CD = = 0,174 cm
E0 . S 2.070.000 x 10

d) Cálculo do alongamento absoluto total da barra (∆Ltotal):

∆Ltotal = ∆LAB + ∆LBC + ∆LCD = 0,097 + 0,101 + 0,174 = 0,372 cm

∆Ltotal = 0,372 cm
16

2.9.10 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

a) Dado o diagrama abaixo, determinar:


1 u = 2.600 kgf
N

0 ∆Lplást ∆Lelást 1 u = 0,5 cm ∆L

C O R P O-D E-P R O V A D0 = 16 mm

L0 = 16,0 cm

a.1) O limite inferior de escoamento.

Ne = 3 unidades x 2.600 kgf = 7.800 kgf


D0 = 16 mm = 1,6 cm
2 π.D0 2 3,14 . (1,6 cm)2
S0 = π . R = = = 2,01 cm2
4 4
σe = Ne = 7.800 kgf2 = 3.880,60 kgf / cm2 = 388,06 MPa
S0 2,01 cm

σe = 388,06 MPa
a.2) O limite de resistência estática do material.

NR = 5,8 unidades x 2.600 kgf = 15.080 kgf


σR = NR = 15.080 kgf2
= 7.502,49 kgf / cm2 = 750,25 MPa
S0 2,01 cm

σR = 750,25 MPa
17

a.3) A tensão na qual ocorreu efetivamente a ruptura.

NRo = 4,2 unidades x 2.600 kgf = 10.920 kgf


σRo = NRo = 10.920 kgf2
= 5.432,84 kgf / cm2 = 543,28 MPa
S0 2,01 cm
σRo = 543,28 MPa
a.4) No primeiro instante em que a carga atingiu 13 tf,
determinar:
A força (carga) atingiu 13 tf = 13.000 kgf quando a ordenada
13.000 kgf
do gráfico era igual a: = 5 unidades
2.600 kgf
Na primeira interseção do gráfico com a linha horizontal que
tem ordenada igual a 5 unidades, traça-se uma linha paralela
à reta de Hooke e uma perpendicular ao eixo das abscissas.
Essas linhas definem os trechos correspondentes às
deformações plástica (∆Lplást) e elástica (∆Lelást).

a.4.1) A deformação absoluta total.

∆Ltotal = 5,3 unidades x 0,5 cm = 2,65 cm

a.4.2) A deformação absoluta elástica.

∆Lelást = 2,7 unidades x 0,5 cm = 1,35 cm

a.4.3) A deformação absoluta plástica.

∆Lplást = 2,6 unidades x 0,5 cm = 1,30 cm

Obs.: ∆Ltotal = ∆Lelást + ∆Lplást = 1,35 + 1,30 = 2,65 cm

a.4.4) A deformação relativa total.

εtotal = ∆L total =
2,65 cm
= 0,166 = 16,6%
L0 16 cm

a.4.5) A deformação relativa elástica.

εelást = ∆Lelást =
1,35 cm
= 0,084 = 8,4%
L0 16 cm
18

a.4.6) A deformação relativa plástica.

∆Lplást 1,30 cm
εplást = = = 0,082 = 8,2%
L0 16 cm

Obs.: εtotal = εelást + εplást = 8,4% + 8,2% = 16,6%

a.4.7) O encurtamento total relativo da seção transversal,


considerando o coeficiente de Poisson igual a 0,3.

εtransv = −µ . εlong = − 0,3 x 0,166 = − 0,050 = − 5%

b) Dado o diagrama abaixo, determinar:


1 u = 125,0 MPa
σ

0 εplast εelast 1u=1% ε

C O R P O-D E-P R O V A D0 = 16 mm

L0 = 16,0 cm
19

b.1) O limite de proporcionalidade do material.

σp = 4,2 unidades x 125 MPa = 525 MPa


b.2) O limite de elasticidade teórica.

σE = 4,4 unidades x 125 MPa = 550 MPa


b.3) O limite superior de escoamento.

σes = 4,7 unidades x 125 MPa = 587,5 MPa


b.4) O limite inferior de escoamento.

σei = 3,1 unidades x 125 MPa = 387,5 MPa


b.5) O limite de resistência estática do material.

σR = 6,2 unidades x 125 MPa = 775 MPa


b.6) A tensão na qual ocorreu efetivamente a ruptura.

σRo = 3,9 unidades x 125 MPa = 487,5 MPa


b.7) O módulo de elasticidade longitudinal de Young em GPa,
considerando a deformação específica longitudinal igual a
0,25%, no final da fase de elasticidade linear.

A Lei de Hooke é representada pela equação:


σ
σ = E0 . ε ∴ E0 =
ε
No final da reta de Hooke tem-se:
σ = σp = 525 MPa
ε = 0,25% = 0,0025
σ σp 525 MPa
Então: E0 = = = = 210.000 MPa = 210 GPa
ε εp 0,0025
20

b.8) O encurtamento total relativo da seção transversal no


instante do abandono da fase de escoamento, considerando o
coeficiente de Poisson igual a 0,3.

εtransv = −µ . εlong
εlong = 2,3 unidades x 1% = 2,3%
εtransv = −µ . εlong = −0,3 x 2,3% = − 0,69%

b.9) Determinar no primeiro instante em que a carga atingiu


125.600 Newtons (N), as deformações:

A força de 125.600 N corresponde a uma tensão de:

N 125.600 N
σ= =
S0 S0
2
2 π.D0 3,14 . (16 mm) 2
S0 = π . R = = = 200,96 mm2
4 4
N 125.600 N
Então: σ = = 2
= 625 N / mm2 = 625 MPa
S0 200,96 mm
A tensão atingiu 625 MPa quando a ordenada era igual a
625 MPa
= 5 unidades
125 MPa
Na primeira interseção do gráfico com a linha horizontal que
tem ordenada igual a 5 unidades, traça-se uma linha paralela
à reta de Hooke e uma perpendicular ao eixo das abscissas.
Essas linhas definem os trechos correspondentes às
deformações plástica (εplást) e elástica (εelást).

b.9.1) Percentual total.

εtotal = 2,7 unidades x 1% = 2,7% = 0,027


b.9.2) Percentual elástica.

εelást = (2,7 – 2,3) unidades x 1% = 0,4% = 0,004


b.9.3) Percentual plástica.

εplást = 2,3 unidades x 1% = 2,3% = 0,023


21

b.9.4) Absoluta total.

εtotal = ∆L total ∴ ∆L total = εtotal . L0 = 0,027 x 16 cm = 0,432 cm


L0

b.9.5) Absoluta elástica.

εelást = ∆Lelást ∴ ∆Lelást = εelást . L0 = 0,004 x 16 cm = 0,064 cm


L0

b.9.6) Absoluta plástica.

∆Lplást
εplást = ∴ ∆Lplást = εplást .L0 = 0,023 x 16 cm = 0,368 cm
L0
22

2.10.2 – EXERCICIOS RESOLVIDOS:

a) Uma barra de seção transversal circular e de comprimento 3 m,


deverá suportar em sua extremidade inferior livre, uma força axial
de 8.000 kgf, tal como mostra a figura abaixo. Calcular:
a.1) Seu diâmetro levando-se em conta também o seu peso próprio.
a.2) A tensão na seção distante 1 m do engastamento.
a.3) A tensão máxima atual.
a.4) A tensão mínima atual.

S 1m

3m

Dados:

L = 3 m = 300 cm
N = 8.000 kgf
σt = 400 MPa = 4.000 kgf/cm 2
ρ = 7,853 tf = 7.8503 kgf = 7.850
6
kgf
3
= 0,00785 kgf / cm3
m m 10 cm
D=?
σ1m = ?
σmáx = ?
σmin = ?
Resolução:

a.1) Para se determinar o diâmetro (D), calcula-se primeiro a área


(S).

N
σ = N + ρ. x ∴
N
= σ − ρ. x ∴ S =
S S σ − ρ. x
Para se determinar S, deve-se utilizar a situação mais desfavorável,
ou seja, σ = σmáx, o que ocorre quando x = L.
23

Para se garantir a estabilidade e a economia no dimensionamento


da peça, faz-se σ = σmáx = σt
Então:

N N 8.000
S= = =
σ − ρ. x σ − ρ .L 4.000 − 0,00785 . 300
8.000
S= = 2,01 cm2
3.997,645

π.D2
2 4.S 4 x 2,01
S = π.R = ∴ D= = = 2,56 = 1,60 cm
4 π 3,14

D = 1,60 cm

a.2) A tensão na seção distante 1 m de engastamento será


calculada fazendo-se x = 3 m – 1 m = 2 m = 200 cm.

σ1 m = N + ρ . x = 8.000 + 0,00785 . 200 = 3980,10 + 1,57


S 2,01

σ1 m = 3981,67 kgf / cm2 = 398,17 MPa

a.3) A tensão máxima atual será calculada fazendo-se x = L = 3 m =


300 cm. A mesma não deverá ultrapassar de 400 MPa, para que a
peça seja estável.
σ = N + ρ. x ∴ σmáx = N + ρ.L = 8.000 + 0,00785 . 300
S S 2,01

σmáx = 3982,46 kgf / cm2 = 398,25 MPa


a.3) A tensão mínima atual será calculada fazendo-se x = 0 m

σ = N + ρ. x ∴ σmin = N = 8.000
S S 2,01

σmin = 3980,10 kgf / cm2 = 398,01 MPa


24

b) Determinar a área da seção transversal de uma barra de aço


colocada na posição vertical e presa pela extremidade superior e
que deve suportar em sua extremidade inferior a carga de 102.000
kgf. O comprimento da barra é de 220 m, a tensão admissível é de
400 MPa e o peso específico do aço é de 7,85 kgf/dm3. Determinar
também o alongamento total da barra considerando E0 = 210 GPa.

Dados:

S=?
N = 102.000 kgf
L = 220 m = 22.000 cm
σt = 400 MPa = 4.000 kgf/cm 2
ρ = 7,85 kgf
3
7,85 kgf
= 3 3
= 0,00785 kgf / cm3
dm 10 cm
∆L = ?
E0 = 210 GPa = 210.000 MPa = 2.100.000 kgf/cm2

a) Cálculo de S:

Sabe-se que:

σ = N + ρ. x ∴
N
= σ − ρ. x ∴ S =
N
S S σ − ρ. x
Para se determinar S, deve-se utilizar a situação mais desfavorável,
ou seja, σ = σmáx, o que ocorre quando x = L.
Para se garantir a estabilidade e a economia no dimensionamento
da peça, faz-se σ = σmáx = σt
Então:

N N 102.000
S= = =
σ − ρ. x σ − ρ .L 4.000 − 0,00785 x 22.000
102.000
S= = 26,65 cm2
3.827,3
S = 26,65 cm2

b) Cálculo de ∆L:
25

Sabe-se que:
L  P
∆L = N + 
E0 . S  2

Sendo ρ (rô) o peso específico do material do qual é feita a barra


de aço, tem-se:

peso P P
ρ= = , mas V = S.x ∴ ρ=
volume V S.x
P = ρ . S . x = ρ . S . L = 0,00785 ⋅26,65 ⋅ 22.000
P = 4602,46 kgf
L  P 22.000  4.602,46 
∆L = N +  = 102.000 + 
E0 . S  2  2.100 .000 ⋅ 26,65  2 
22
∆L = (104.301,23 ) = 41,00 cm
55.965
∆L = 41,00 cm

c) Calcular o comprimento máximo que poderá ter uma peça


constituída pela liga 7075 de alumínio se for colocada na posição
vertical, para suportar com segurança o seu peso próprio. Calcular
também o comprimento necessário para haver ruptura e o
alongamento absoluto máximo.
Considere: σt = 80 MPa
σR = 228 MPa
ρ = 2,8 gf cm3
E0 = 71 GPa
Dados:
σt = 80 MPa = 800 kgf/cm 2
σR = 228 MPa = 2.280 Kgf/cm2
ρ = 2,8 gf 3 = 0,0028 kgf3
cm cm
E0 = 71 GPa = 71.000 MPa = 710.000 Kgf/cm2
N=0
Lseg = ?
Lrupt = ?
∆Lmáx = ?
26

Resolução:

a) Cálculo do comprimento máximo (Lseg) para suportar o peso


próprio com segurança:

Sabe-se que:
σ = N + ρ. x
S
Como N = 0, tem se: σ = ρ. x
Para suportar o peso próprio com segurança deve-se ter: σ = σt ex
= Lseg
Então: σt = ρ.Lseg

Lseg =
σt =
800
= 285 .714,29 cm = 2.857,14 m
ρ 0,0028
Lseg = 285.714,29 cm = 2.857,14 m

b) Cálculo do comprimento (Lrupt) para haver ruptura:

Sabe-se que:
σ = N + ρ. x
S
Como N = 0, tem se: σ = ρ. x
Para haver ruptura deve-se ter: σ = σR e x = Lrupt
Então: σR = ρ.Lrupt

Lrupt =
σR =
2.280
= 814.285,71 cm = 8.142,86 m
ρ 0,0028
Lrupt = 814.285,71 cm = 8.142,86 m

c) Cálculo de ∆Lmáx:

Sabe-se que:
L  P
∆L = N + 
E0 . S  2
Sendo N = 0 e L = Lrupt, tem-se:
L P
∆L = rupt  
E0 . S  2 
27

Mas:
peso P P
ρ= = , e V = S.x ∴ ρ=
volume V S.x
P = ρ . S . x = ρ . S . Lrupt = 0,0028 ⋅ S ⋅ 814.285,71 = 2.280⋅S

Então:

Lrupt  P  814.285,71 ⋅ 2.280 ⋅ S


∆Lmáx =  =
E0 . S  2  710 .000 ⋅ S ⋅ 2
1.856.571. 418,8
∆Lmáx = = 1.307,44 cm
1.420.000

∆Lmáx = 1.307,44 cm
28

3.7 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

3.7.1 - Calcular o diâmetro de um rebite necessário para unir duas


chapas conforme indicado na figura abaixo, sendo a tensão
admissível à tração, do material do rebite, igual a 124,84 MPa.
Considere F = 29.400 N e 1 MPa = 1 N/mm2.

F
F

D
Dados:

D=?
σt = 124,84 MPa = 124,84 N/mm2
F = 29.400 N

Resolução:

τ= F ∴ S=
F
S τ
Para haver segurança é necessário que τ = τ.
Sabe se que: τ = 0,75 ⋅ σ
ou
τ = 0,75 ⋅ σt = 0,75 ⋅ 124,84 = 93,63 N / mm2
F F 29.400 N
Então: S = = = 2
= 314,00 mm2
τ τ 93,63 N / mm

2π.D2 4.S 4 x 314


S = π.R = ∴ D= = = 400 = 20 mm
4 π 3,14

D = 20,0 mm
29

3.7.2 - Considerando a figura anterior, calcular a quantidade de


rebites necessária para unir as duas chapas, sendo o diâmetro de
cada rebite igual a 4 mm, a tensão admissível à tração do material
dos rebites igual a 650 MPa e a força F = 20.000 N.

Dados:

q = quantidade de rebites = ?
D = 4 mm
σt = 650 MPa = 650 N/mm2
F = 20.000 N

Resolução:

Sabe-se que:

τ= F ∴ S=
F
S τ
A área (S) necessária para o material suportar a força F, com
segurança, vale:
F F
S= =
τ τ
Mas: τ = 0,75 ⋅ σt = 0,75 ⋅ 650 = 487,5 N / mm2
F F 20.000 N
Então: S = = = 2
= 41,03 mm2
τ τ 487,5 N/mm
2 π. D2
Cada rebite tem área igual a: S1 = π . R =
4
2
π. (4 mm)
S1 = = 12,56 mm2
4
A quantidade de rebites necessária será:

S 41,03 mm2
q= = = 3,27 ⇒ 4 rebites
S1 12,56 mm2

q = 4 rebites
30

3.7.3 – Qual a tensão de cisalhamento que aparecerá em um rebite


com 6 mm de diâmetro, utilizado para unir duas chapas de aço
sujeitas a um esforço cortante de 10.000 N?

10.000 N 10.000 N

Dados:

τ=?
D = 6 mm
F = 10.000 N

Resolução:
π.D2 3,14 ⋅ (6 mm )2
2
S = π .R = = = 28,26 mm2
4 4
τ = F = 10.000 N2 = 353,86 N 2 = 353,86 MPa
S 28,26 mm mm

τ = 353,86 MPa
3.7.4 - Duas chapas de aço deverão ser unidas por meio de 3
rebites conforme a figura abaixo. Sabendo-se que essas chapas
deverão resistir a uma força cortante de 30.000 N, qual deverá ser o
diâmetro de cada rebite, considerando a tensão de tração do
material do rebite igual a 650 MPa.

30.000 N 30.000 N

Dados:

q = quantidade de rebites = 3
Ftotal = 30.000 N
D=?
σt = 650 MPa = 650 N/mm2
31

Resolução:

Cada rebite deverá resistir a uma força F sendo:

Ftotal 30.000 N
F= = = 10.000 N
q 3

Sabe-se que:

τ= F ∴ S=
F
S τ
A área (S), necessária para o material suportar a força F com
segurança, vale:
F F
S= =
τ τ
Mas: τ = 0,75 ⋅ σt = 0,75 ⋅ 650 = 487,5 N / mm2
F F 10.000 N
Então: S = = = 2
= 20,51 mm2
τ τ 487,5 N/mm
2π.D2 4.S 4 x 20,51
S = π.R = ∴ D= = = 26,13 = 5,11 mm
4 π 3,14

D = 5,11 mm

3.7.5 – Determinar a força que devemos aplicar em uma tesoura


para cisalhar uma barra de aço, de diâmetro igual a 5 mm sendo a
tensão de ruptura ao cisalhamento igual a 500 MPa.

Dados:

F=?
Tesoura
D = 5 mm
τR = 500 MPa
32

Resolução:

τ= F ∴ F = τ⋅S
S
2 π.D2 3,14 ⋅ (5 mm)2
S = π.R = = = 19,63 mm2
4 4
Para haver ruptura é necessário que:
τ = τR = 500 MPa = 500 N / mm2
Então:
N 2
F = τ ⋅ S = τR ⋅ S = 500 ⋅ 19,63 mm = 9815 N
mm2

F = 9815 N

3.7.6 - Calcular o valor da tensão de ruptura por cisalhamento de


um material, sabendo-se que para romper um corpo feito com esse
material, com diâmetro de 5 mm foi necessário aplicar 2.500 kgf no
sistema de três anéis.

Dados:

τR = ?
D = 5 mm
FR = 2.500 kgf
Sistema de três anéis.

Resolução:

2 π. D2 3,14 ⋅ (5 mm)2
S = π.R = = = 19,63 mm2
4 4
No sistema de três anéis tem-se:
τ= F ∴ τR = FR
2 .S 2.S
τR = 2.500 kgf 2 = 63,68 kgf / mm2 = 636,8 N / mm2 = 636,8 MPa
2 ⋅19,63 mm
τR = 636,8 MPa
33

3.7.7 – Determinar a taxa de trabalho ao cisalhamento para um


material, sabendo-se que dele foi confeccionado um corpo-de-prova
com raio igual a 2,5 mm, tendo o mesmo resistido a uma força de
cisalhamento máxima de 2.400 kgf com o sistema de três anéis.
Considere um coeficiente de segurança igual a 1,5.

Dados:

Taxa de trabalho = τ = tensão admissível = tensão de segurança


R = 2,5 mm
Fmáx = FR = 2.400 kgf
Sistema de três anéis
Coeficiente de segurança = n = 1,5

Resolução:

2π.D2 3,14 ⋅ (5 mm)2


S = π.R = = = 19,63 mm2
4 4

No sistema de três anéis tem-se:


τ= F ∴ τR = FR
2 .S 2.S
τR = 2.400 kgf 2 = 61,13 kgf / mm2 = 611,3 N / mm2 = 611,3 MPa
2 ⋅19,63 mm
τ = τR = 611,3 MPa = 407,53 MPa
n 1,5
τ = 407,53 MPa

3.7.8 – Calcular o coeficiente de segurança ao cisalhamento, para


um material, sabendo-se que dele foi confeccionado um corpo-de-
prova de seção quadrangular de lado igual a 2,5 cm, tendo o
mesmo resistido a uma força máxima de cisalhamento de 52.500
kgf, aplicada com o sistema de três anéis. Considere uma taxa de
trabalho igual a 300 MPa.
34

Dados:

Coeficiente de segurança = n = ?
L = 2,5 cm
Fmáx = FR = 52.500 kgf
Sistema de três anéis
τ = 300 MPa
Resolução:

S = L2 = (2,5 cm)2 = 6,25 cm2


No sistema de três anéis tem-se:
τ= F ∴ τR = FR
2 .S 2.S
τR = 52.500 kgf2 = 4.200 kgf / cm2 = 420,0 MPa
2 ⋅ 6,25 cm
τ = τR ∴ n= R =
τ 420 MPa = 1,4
n τ 300 MPa

n = 1,4
35

3.7.9 – Considere-se o pino de 12,5 mm de diâmetro, da junta da


figura abaixo. A força P é igual a 37,50 kN. Admitindo a distribuição
uniforme das tensões de cisalhamento, qual o valor dessas tensões,
em qualquer um dos planos a-a ou b-b?

Dados:

D = 12,5 mm
P = 37,50 kN = 37.500 N
τ=?

a a
P b b P

Resolução:

A área da seção do pino vale:

2 π. D 2 3,14 ⋅ (12,5 mm )2
S = π .R = = = 122,66 mm 2
4 4

A força P está aplicada em duas seções (2.S) do pino


simultaneamente, portanto:

P 37.500 N
τ= =
2.S 2 ⋅ 122,66 mm2

τ = 152,86 N / mm2 = 152,86 MPa


36

3.7.10 – De acordo com a figura abaixo, a força P tende a fazer


deslizar a peça superior ao longo da inferior, segundo o plano de
contato. Sendo P = 40 kN, qual a tensão de cisalhamento nesse
plano?

P
45º

300 mm

200 mm

Dados:

P = 40 kN = 40.000 N
τ=?
Resolução:

A componente horizontal da força P é que tende a fazer deslizar a


peça superior ao longo da inferior. De acordo com a figura abaixo o
valor dessa componente horizontal (Px) vale:

P
Py

45º
Px

Px = P.cos 45º = 40.000 . 0,7071 = 28.284 N


37

A área S de contato vale:

S = 200 mm x 300 mm = 60.000 mm2

Então, a tensão de cisalhamento vale:

τ = Px = 28.284 N
S 60.000 mm2

τ = 0,471 N / mm2 = 0,471 MPa


38

4.3.6 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

Determinar as coordenadas do centro de gravidade das superfícies


planas abaixo, em relação aos eixos indicados:
a)

20 cm

0 10 cm x

Resolução:

Como a superfície é um retângulo, o centro de gravidade G acha-


se no encontro das diagonais, tal como ilustra a figura abaixo.

x 20 cm
G

y
0 10 cm x

10 cm
x  5 cm
2

20 cm
y  10 cm
2

G (5 cm; 10 cm)
39

b)

10 mm

0
x
6 mm

Resolução:

Como a superfície é um retângulo, o centro de gravidade G acha-


se no encontro das diagonais, conforme ilustrado na figura abaixo.
y

G 10 mm

0 x
6 mm

Como o eixo y passa pelo centro de gravidade G, o valor de x


será nulo. O valor de y será:

10 mm
y  5 mm
2

G (0 mm; 5 mm)
40

c)

0 x
mediana

12 dm mediana

20 dm

Resolução:

Como a superfície é um triângulo, o centro de gravidade G acha-se


no encontro das medianas, conforme ilustra a figura abaixo.
y

0 x
y
12 dm
G

20 dm

Como o eixo y passa pelo centro de gravidade G, o valor de x


será nulo. O valor de y será:

2
y  12 dm   8 dm G (0 dm; - 8 dm)
3
41

d)
y

9 mm

 
0
12 mm x

Resolução:

Como a superfície é um triângulo, o centro de gravidade G acha-se


no encontro das medianas. Na figura abaixo, a mediana que passa
pelo centro da base é um eixo de simetria; portanto divide a base ao
meio.

9 mm
x G
 y

0
12 mm x

Então:

12 mm 1
x  6 mm ; y  9 mm  3 mm
2 3

G (6 mm; 3 mm)
42

e)

R = 6 mm

0
x
Resolução:

O quadrante de círculo admite um eixo de simetria a 45º, tal como


ilustra a figura abaixo.

x G R = 6 mm

0 x

Portanto:

x  y  0,424  R  0,424  6 mm  2,544 mm

G (2,544 mm; 2,544 mm)


43

f)

0
x Raio = R = 10 cm

Resolução:

O semicírculo admite um eixo de simetria que passa pelo ponto


médio do diâmetro e é perpendicular a esse diâmetro, conforme
ilustra a figura abaixo.

G x

0
x
Raio = R = 10 cm

Então:

x  R  10 cm
y  0,424  R  0,424  10 cm  4,24 cm

G (10,00 cm; 4,24 cm)


44

g)

y 4 mm 4 mm 4 mm

4 mm

8 mm

0 12 mm x

Resolução:

Para se calcular o centro de gravidade de superfície composta por


várias superfícies, divide-se a mesma em superfícies simples
conhecidas (retângulo, triângulo, círculo, etc.). A figura abaixo
ilustra uma das possíveis divisões.

y
4 mm 4 mm 4 mm

1 2 4 mm

8 mm
3

0 12 mm x

Então tem-se, por exemplo:


45

Superfície 1:

y
4 mm

x1
G1 4 mm

y1 8 mm

0 x
S1 = 4 mm x 4 mm = 16 mm2
4 mm
x1   2 mm
2
4 mm
y1  8 mm   10 mm
2
S1  x1  16 mm 2  2 mm  32 mm 3
S1  y1  16 mm 2  10 mm  160 mm 3

Superfície 2:

y
8 mm 4 mm

x2 G2
4 mm

y2 8 mm

0 x
S2 = 4 mm x 4 mm = 16 mm2
46

4 mm
x 2  8 mm   10 mm
2
4 mm
y 2  8 mm   10 mm
2
S2  x2  16 mm 2  10 mm  160 mm 3
S2  y2  16 mm 2  10 mm  160 mm 3

Superfície 3:

x3 G3
8 mm

y3

0 12 mm x

S3 = 12 mm x 8 mm = 96 mm2
12 mm
x3   6 mm
2
8 mm
y3   4 mm
2
S3  x3  96 mm 2  6 mm  576 mm 3
S3  y3  96 mm 2  4 mm  384 mm 3

As coordenadas do centro de gravidade da superfície composta


serão calculadas da seguinte maneira:

 Si  x i S1  x1  S2  x 2  S3  x 3
x 
 Si S1  S2  S3

 Si  yi S1  y1  S2  y 2  S3  y3
y 
 Si S1  S2  S3
47

Então:

32  160  576 768


x   6 mm
16  16  96 128

160  160  384 704


y   5,5 mm
16  16  96 128

G (6,0 mm; 5,5 mm)

Pode se resumir o memorial de cálculo colocando-o em um quadro


que permite melhor visualização, rapidez e conferência dos
mesmos, tal como indicado abaixo.

Superfície Si xi yi Si  xi Si  yi
1 16 2 10 32 160
2 16 10 10 160 160
3 96 6 4 576 384
∑ 128 -x-x-x-x- -x-x-x-x- 768 704

Então:

768
x  6 mm
128

704
y  5,5 mm
128

G (6,0 mm; 5,5 mm)


48

h)
y

4 cm

4 cm

x
3 cm 5 cm 0

Resolução:

A superfície composta pode ser dividida em duas superfícies


simples conhecidas: superfície 1 (positiva) e superfície 2 (negativa),
conforme a seguir:

Superfície 1 (positiva):

8 cm
G1 x1

y1
x
8 cm 0
49

Superfície 2 (negativa):
y

4 cm

G2 x2

4 cm y2
x
3 cm 5 cm 0

Quadro resumido:

Superfície Si xi yi Si  xi Si  yi
1 64 -4 4 -256 256
2 -12 -7 4 84 -48
∑ 52 -x-x-x-x- -x-x-x-x- -172 208

Então:

 172
x  3,31 cm
52

208
y  4,00 cm
52

G ( -3,31 cm; 4,00 cm)


50

4.5.6 – EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

Determinar o momento de inércia das superfícies abaixo, em


relação aos eixos indicados:

a)

20 cm

10 cm x
Resolução:

O momento de inércia em relação ao eixo baricêntrico X indicado


na figura abaixo vale:

G X

20 cm
d
x
10 cm

b  h3 10 cm  (20 cm)3
Jx    6.666,67 cm4
12 12

O momento de inércia em relação ao eixo X vale:

J x  J x  S  d2  6.666,67  10  20  (10)2

J x  26.666,67 cm4
51

b)
y

20 cm

10 cm

Resolução:

O momento de inércia em relação ao eixo baricêntrico Y indicado


na figura abaixo vale:

Y Y

d 20 cm
G

10 cm

h  b3 20 cm  (10 cm)3
JY    1.666,67 cm4
12 12

O momento de inércia em relação ao eixo Y vale:

J Y  J Y  S  d2  1.666,67  10  20  (5)2

J Y  6.666,67 cm4
52

c)

mediana
mediana

12 dm
G

20 dm

O momento de inércia em relação ao eixo baricêntrico X indicado


na figura abaixo vale:

mediana
mediana

12 dm
G X

d x
20 dm

b  h3 20 dm  (12 dm)3
Jx    960 dm4
36 36

O momento de inércia em relação ao eixo X vale:

2
20  12  12 
J x  J x  S  d  960 
2
    960  1920
2 3

J x  2.880 dm4
53

d)

G x

Raio = 20 cm

Resolução:

O momento de inércia em relação ao eixo baricêntrico X indicado


na figura acima vale:

  R4 3,14  (20 cm)4


Jx  
4 4

J x  125.600 cm4
e)

Raio =10 cm
x

Resolução:

O momento de inércia de um semicírculo em relação ao eixo x


passando pela base vale:

  R4 3,14  (10 cm)4


Jx  
8 8

J x  3.925 cm4
54

f)
4 mm 4 mm 4 mm

4 mm

8 mm

12 mm
x

Resolução:

Para se calcular o momento de inércia de superfície composta por


várias superfícies, divide-se a mesma em superfícies simples
conhecidas (retângulo, triângulo, círculo, etc.). A figura abaixo
ilustra uma das possíveis divisões.

4 mm 4 mm 4 mm

1 2 4 mm

8 mm
3

12 mm x

Então, tem-se:
55

Superfície 1:
4 mm

G1 4 mm x1

d1 8 mm

b  h3 4 mm  ( 4 mm )3
J x1    21,33 mm 4
12 12
S1 = 4 mm x 4 mm = 16 mm2
4 mm
d1   8 mm  10 mm
2
2
Jx (Sup1)  J x1  S1  d1  21,33  16  102  1.621,33 mm 4

Superfície 2:

4 mm

G2 4 mm x2

d2 8 mm

b  h3 4 mm  ( 4 mm )3
J x2    21,33 mm 4
12 12
S2 = 4 mm x 4 mm = 16 mm2
4 mm
d2   8 mm  10 mm
2
2
Jx (Sup2)  J x2  S2  d2  21,33  16  102  1.621,33 mm 4
56

Superfície 3:

8 mm
G3 x3

d3
x
12 mm

b  h3 12 mm  (8 mm )3
J x3    512 mm 4
12 12
S3 = 12 mm x 8 mm = 96 mm2
8 mm
d3   4 mm
2
2
Jx (Sup3)  J x3  S3  d3  512  96  42  2.048 mm 4

O momento de inércia da superfície composta será:

Jx (Total)  Jx (Sup1)  Jx (Sup 2)  Jx (Sup 3)  1.621,33  1.621,33  2.048

Jx ( Total)  5.290,66 mm 4

Pode se resumir o memorial de cálculo colocando-o em um quadro


que permite melhor rapidez e conferência dos mesmos, tal como
indicado abaixo.

di 2 2
Superf. Si di Si  di Jx i Jx (Sup i)
1 16 10 100 1.600 21,33 1.621,33
2 16 10 100 1.600 21,33 1.621,33
3 96 4 16 1.536 512,00 2.048,00
∑ -x-x-x-x- -x-x-x-x- -x-x-x-x- -x-x-x-x- -x-x-x-x- 5.290,66

Jx ( Total)  5.290,66 mm 4
57

g)
5 mm 3 mm 4 mm 3 mm 5 mm

6 mm

8 mm

Resolução:

A superfície composta será dividida em 4 superfícies simples,


conforme ilustrado abaixo:

Superfície 1 (positiva):
20 mm

14 mm x1
G1

d1
x

b  h3 20 mm  (14 mm )3
J x1    4.573,33 mm 4
12 12
S1 = 20 mm x 14 mm = 280 mm2
14 mm
d1   7 mm
2
2
Jx (Sup1)  J x1  S1  d1  4.573,33  280  72  18.293,33 mm 4
58

Superfície 2 (negativa):
3 mm

G2 x2
6 mm

d2
8 mm

b  h3 3 mm  (6 mm )3
J x2     18 mm 4
36 36
36
S2    9 mm 2
2
2
d2   6 mm  8 mm  12 mm
3
2
Jx (Sup2)
 J x2  S2  d2  18  (9)  122  1.314 mm 4

Superfície 3 (negativa):
4 mm

6 mm
G3 x3

8 mm

x
59

b  h3 4 mm  (6 mm )3
J x3     72 mm 4
12 12
S3 = - 4 mm x 6 mm = -24 mm2
6 mm
d3   8 mm  11 mm
2
2
Jx (Sup3)  J x3  S3  d3  72  (24)  112  2.976 mm 4

Superfície 4 (negativa):

3 mm

G4 x4
6 mm

d4
8 mm

b  h3 3 mm  (6 mm )3
J x4     18 mm 4
36 36
36
S4    9 mm 2
2
2
d4   6 mm  8 mm  12 mm
3
2
Jx (Sup 4 )
 J x 4  S4  d4  18  (9)  122  1.314 mm 4

O momento de inércia da superfície composta será:

Jx ( Total)  Jx (Sup1)  Jx (Sup2)  Jx (Sup3)  Jx (Sup4)

Jx (Total)  18.293,33  (1.314)  (2.976)  (1.314)

Jx ( Total)  12.689,33 mm 4
60

Quadro resumido

di 2 2
Superf. Si di Si  di Jx i Jx (Sup i)
1 280 7 49 13.720 4.573,33 18.293,33
2 -9 12 144 -1.296 -18 -1.314
3 -24 11 121 -2.904 -72 -2.976
4 -9 12 144 -1.296 -18 -1.314
∑ -x-x-x- -x-x-x- -x-x-x- -x-x-x- -x-x-x- 12.689,33

Jx ( Total)  12.689,33 mm 4

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