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Guia Completo Violão

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GUIA COMPLETO

VIOLÃO

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O VIOLÃO E O ESTUDANTE

O violão, conhecido internacionalmente como guitarra clássica, é um


membro da família dos instrumentos de corda, tendo sua origem na
Europa em torno do século XII. Algumas fontes afirmam que este
instrumento evoluiu de uma variedade de alaúde árabe e da cítara
romana. A versão contemporânea do violão pode ser atribuída aos
espanhóis, que o aperfeiçoaram com notável engenhosidade.

O violão, como é amplamente reconhecido, é um dos instrumentos mais


populares do mundo, especialmente no Brasil. Sua disseminação na
cultura musical popular resulta em uma conexão substancial com o
público, abrangendo ouvintes, músicos amadores e profissionais.

É crucial que os estudantes de violão compreendam, desde o início, que


o propósito do treinamento técnico é maximizar o rendimento com o
mínimo esforço.

Quando se trata da execução do violão, a pressa em aprender a tocar ou


a falta de compreensão sobre a importância de progredir gradualmente
em cada etapa do aprendizado pode levar os estudantes a atropelar o
processo natural de desenvolvimento. Isso pode acarretar diversos
obstáculos ao longo do tempo. Portanto, é de suma importância não
negligenciar nenhuma fase do aprendizado e, em vez disso, absorver os
conteúdos de cada etapa de forma deliberada e serena.

É essencial lembrar que, nessa fase inicial, não é a quantidade de horas


dedicadas ao estudo que determina o sucesso, mas sim a abordagem
tranquila e consciente ao estudo.
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ANATÔMIA DO INSTRUMENTO
PARTES DO VIOLÃO

cabeça ou mão

tarracha
pestana
traste
casa

braço

escala
botões/ marcação

corpo

abertura/ boca

escudo
cordas
rastilho cavalete

tampo
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FORMA DE TOCAR O VIOLÃO

MÃO DIREITA MÃO ESQUERDA


ACORDES RITMO

NOTAS BATIDA

DEDILHADO

2 1 M A
3
I
4

MÃO ESQUERDA MÃO DIREITA


1 - INDICADOR P - POLEGAR

2 - MÉDIO I - INDICADOR

3 - ANELAR M - MÉDIO
4 - MÍNIMO A - ANELAR
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ESTRUTURA DA MÚSICA

A música possui um sistema complexo composto por 12 sons distintos.


Inicialmente, sete destes são conhecidos como notas naturais,
enquanto os outros cinco são denominados acidentes musicais.
As sete notas musicais naturais são: DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI.
Esses termos representam uma tentativa de estruturar os sons de
maneira prática e direta.

Os acidentes musicais surgem quando as notas naturais são


modificadas através do uso de Sinais de Alteração. Estes sinais, como o
nome sugere, ajustam as frequências das notas naturais sem alterar
suas designações. Tais alterações podem ser realizadas de duas formas
distintas: bemóis (b) e sustenidos (#).

As notas da escala também podem ser chamadas de graus.

I II III IV V VI VII
DÓ RÉ MI FÁ SOL LÁ SÍ

Alguns países como a Alemanha, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos,


ainda hoje empregam estas notas.

A B C D E F G
LA SI DÓ RÉ MI FA SOL

No Brasil, usamos as letras do alfabeto também para denominar as


cifras, ou seja, os acordes, conforme veremos a frente.
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CORDAS DO VIOLÃO

AFINAÇÃO PADRÃO
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ESCALA DE NOTAS

Já dissemos acima que as casas são contadas no sentido da


extremidade do braço até a caixa, ou seja a casa mais próxima da
cabeça do violão (onde estão as tarraxas) é a primeira casa.

A diferença de som, de uma corda solta para a mesma corda,


pressionada na 1ª casa é de 1/2 tom acima. Isso significa que o som
está 1/2 tom mais agudo. Uma nota com meio tom a mais, é
representada pelo símbolo #. Por exemplo: a 5ª corda solta produz um
Lá, já a mesma corda pressionada na primeira casa, produz um Lá#.
Quando aumentamos o tom, criamos uma escala ascendente (#) e
quando diminuímos, criamos uma escala descendente (bmol), por
exemplo, Si 1/2 tom abaixo é um Sibmol, que na verdade é igual ao
La#, falamos Sibmol porque a nota original era o Si. Se tivermos um
Lá# e aumentarmos 1/2 tom (pressionando a 5ª corda na segunda casa)
obteremos um Si.

Todos sabemos a ordem das notas musicais:


Dó - Ré - Mi -Fá - Sol - Lá - Si - Dó

Doa nota Dó para o Ré, aumentamos 1 tom inteiro, do Ré para o Mi e do


Sol para o Lá também. Já do Mi para o Fá aumentamos 1/2 tom e do Si
para o Dó também! Por que entre o Mi e o Fá e Si e o Dó são
diferentes? Acontece que a frequência de vibração da nota, que
supostamente seria, Mi# ou Si# é praticamente idêntica a
freqüência do Fá e Dó respectivamente. Para não termos duas
notas com o mesmo som, (o Mi# e o Fá e Si# e Dó), decidiu-se que o
Mi# seria automaticamente o Fá, sendo então abolido, portanto, não
"existe" Mi# nem Si#! Mi# não existe, seu valor é Fá Si# não existe,
seu valor é Dó Pratique isso como exercício sempre que puder!
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ESCALA CROMÁTICA

Aumentando cada nota de 1/2 em 1/2 tom, temos uma escala conhecido
por "Cromática" : Veja as escalas cromáticas de cada nota natural
(entende-se por nota natural, Do, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si)

Assim na escala do braço do violão ao pressionarmos as casas em suas


respectivas cordas de meio em meio tom, teremos a escala cromática

cordas soltas
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ACORDES

Entre variadas definições conhecidas, podemos dizer que acorde é: a


produção de vários sons simultâneos resultantes da combinação
de várias notas. uma vez formada esta combinação, existe uma nota
que nomeia um acorde a qual chamamos de nota tônica. Nosso objetivo
nesta etapa do estudo não é explanar a formação de acordes, um tema
específico a ser trabalhado futuramente, mas explicar para você que
uma maneira muito popularizada de representar as notas musicais e os
acordes é conhecido como CIFRA.

A B C D E F G
LA SI DÓ RÉ MI FA SOL

Outros sinais também podem estar junto com as cifras para indicar
alguma variação sofrida no acorde.

Quando um acorde está representado apenas por uma letra, sem


nenhum outro sinal, significa que o acorde é maior.
Exemplo: A
A letra sozinha significa que o acorde é maior, ou seja, lá maior;

A letra acompanhada por um ‘m’ minúsculo significa que o acorde é


menor, ou seja, lá menor;
Exemplo: Am

A7 A letra acompanha pelo número sete significa que o acorde é com a


sétima, ou seja, lá com a sétima;
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FORMAÇÃO DE ACORDES MAIORES

Acorde é um conjunto de notas tocadas ao mesmo tempo, formando


uma composição perfeita.

Por exemplo o acorde Dó é uma composição perfeita pois é formado


pelas notas: Dó, Mi, Sol. A maioria dos acordes são formados
basicamente por 3 notas, o que chamamos de Tríade.

Quer saber como os acordes são formados?


Fazendo uma escala Diatônica: entende-se por Escala Diatônica, o
que seria uma escala variando de 1 em 1 tom, porém isso não acontece
pois do Mi para o Fá temos 1/2 tom e do Si para o Dó também, por isso
a escala Diatônica possui a seguinte variação:

1, 1, 1/2, 1, 1, 1, 1/2

ou usando a nomenclatura de Tom (S) e Semitom (S) teremos:

T, T, S, T, T, T,S

Resumindo: Mi + 1 tom = Fa#, porque Mi + 1/2 tom = Fa.


Si + 1 tom = Do#, porque Si + 1/2 tom = Do.
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ACORDES
MAIORES

C - DÓ D - RÉ E - MI F - FÁ

G - SOL A - LÁ B - SI

Os acordes podem ter mais de uma forma de serem executados,


diferentes destes acima, estarão igualmente corretos desde que
respeitem os graus que o formam, conforme exemplo da tabela na
página anterior.
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FORMAÇÃO DE ACORDES MENORES
Assim como os acordes maiores, os menores também são formados por
conjuntos de notas, porém a tabela que teremos que fazer será um
pouco diferente.

Para os acordes menores, os graus vão mudar, confira a tabela


abaixo e veja que agora temos da II para III e da V para VI
aumentos de 1/2 tom.

Lembrete: Mi + 1 tom = Fa#, porque Mi + 1/2 tom = Fa.


Si + 1 tom = Do#, porque Si + 1/2 tom = Do.

Se pegarmos a PRIMEIRA, a TERÇA e a QUINTA obteremos


qualquer acorde menor!
Ou seja: REm é formado pelas notas: REm, FA e LA
SOLm é formado pelas notas: Sol, La# e Ré

Ao executar o acorde, não se deve tocar notas que não fazem parte de
sua formação. Por isso em alguns acordes, coloca-se um x nas cordas
que não devem ser tocadas.
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ACORDES
MENORES

Dó Menor Ré Menor Mi Menor Fá Menor

(Cm) (Dm) (Em) (Fm)

Sol Menor Lá Menor Si Menor

(Gm) (Am) (Bm)


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FORMAÇÃO DE ACORDES DIVERSOS
Aquilo que é mais importante conhecer para iniciar, é a escala maior.
Ela caracteriza-se pela distância sucessiva entre notas musicais.
Tomaremos por exemplo a escala maior de sol:

Nota base / distância nota

1°= Sol
2°= 2 meios tons = Lá
3°= 4 meios tons = Si
4°= 5 meios tons = Dó
5°= 7 meios tons = Ré
6°= 9 meios tons = Mi
7°= 11 meios tons = Fá#
8°= 12 meios tons = Sol

Todos os acordes maiores são formados pela sua nota base (1ª), pela
sua 3ª e pela sua 5ª. A isto chama-se intervalos. (isto é importante)
Claro que todos sabemos de cor como fazer os acordes maiores, mas
isto vai servir de base à continuação da nossa aprendizagem
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FORMAÇÃO DE ACORDES DIVERSOS
vejamos a tabela de Rém como exemplo:

*quantidade de semitons (1/2 tons ou meio tom)

diminuta

diminuta

diminuta

*Esta tabela é tal qual a tabela 1, só que tem


mais notas.
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FORMAÇÃO DE ACORDES
Então vimos que os acordes maiores, são constituídos por: 1ª, 3ª e 5ª
Os acordes menores, são constituídos por: 1ª, 3ª menor e 5ª

Como formar o acorde Rém7 (Dm7) por exemplo?


basta ir à segunda tabela e veremos então que para formar Ré menor
precisamos de 1ª = Ré 3ª menor = Fá (+3 semitons) 5ª = Lá (+7
semitons) Até aqui, nada de novo.
Resta apenas adicionar a 7ª menor para completar o acorde: 7ª menor
= Dó (+10 semitons)

Ficando: Ré - Fá - Lá - Dó

Seguindo a tabela abaixo podemos formar os tipos mais usados de


acordes
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ACORDES CONSONANTES E DISSONANTES
ACORDES CONSONANTES

Representam a série de acordes que ao serem tocados transmitem uma


sensação repousante e harmoniosa. Geralmente são as "posições" mais
fáceis de serem tocadas Portanto, nesta fase do curso, vamos usar
principalmente estes acordes.

ACORDES DISONANTES

Ao contrário dos anteriores, estes transmitem uma sensação mais


tensa, mais chocante (dando a impressão de pouco harmoniosa).

Estes acordes são utilizados principalmente na execução da "Bossa


Nova" e do "Jazz".

Muitas vezes, quando estes acordes são tocados separadamente,


transmitem uma sensação de "erro", porém, no contexto geral da
música tornam-se agradáveis.

Podemos relembrar dessa forma que sete símbolos abaixo são utilizados
para nomear acordes:

M ou + Lê-se maior;
+5 " com quinta aumentada;
6 " com sexta maior;
7 " com sétima (menor) - da dominante;
7M " com sétima - Maior;
9 " com nona - Maior;
m " menor ,
m6 " menor com sexta
dim ou ° " sétima diminuta
m7 " menor com sétima
-9 " com nona menor
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ACORDES RELATIVOS
Existem alguns acordes que são bem difíceis de serem feitos, alguns
usam pestana outros exigem uma abertura de dedo muito grande, ou
seja, tudo que os iniciantes fogem!

Para sorte de vocês, existem acordes que possuem som bem parecido
com outro acorde!
Como os acordes são formados pela PRIMEIRA, TERÇA e a QUINTA,
acordes que possuam a terça e a quinta iguais sãs chamados de
relativas (A primeira nunca será igual, pois a primeira de qualquer nota
é ela mesma, além disso, se fosse igual seria a mesma nota).

Vejamos as principais notas relativas.


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INVERSÕES
Fazer a inversão de um acorde significa colocar na base desse acorde,
ao invés da nota fundamental, a mediante ou a dominante.

Por exemplo: C é formado por: Dó, Mi e Sol.

Sua primeira inversão, é em Mi, sua segunda Inversão é em Sol e sua


Terceira Inversão é em Si, e o que isso significa? Mi, Sol e Si
correspondem, respectivamente à TERÇA, QUINTA e a SÉTIMA de Dó.

As inversas devem ser adicionadas as notas originais, ou, as notas


originais devem ter o baixo na nota inversa. Exemplos: Existem duas
notações:
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OUTROS CONCEITOS SOBRE ACORDES

TRANSPOTE

É utilizado para modificar a tonalidade da música para mais aguda ou


para mais grave. Se a música estiver cifrada muito baixa na marcação
original encaminha-se para a direita até achar o tom ideal . Quando
estiver cifrada muito alta encaminha-se para esquerda.

Para a direita = mais alto (mais agudo)


Para esquerda =mais baixo (mais grave)

O BAIXO

Tem função de reforçar harmoniosamente as notas graves dos acordes .

Todo acorde é formado pôr três ou mais notas:


1º Tônica 2º Terça 3º Quinta 4º Dissonância

No baixo conta- se as notas da corda Mi para a corda sol . No sentido


de aumento de tom. Na maior parte dos acompanhamentos, o baixo
utiliza a tônica como a nota preponderante , portanto as outras notas
podem ser utilizadas para fazer um desenho melódico, e com isso obter
um resultado mais colorido no acompanhamento.

INTERVALOS, SEMITOM, TOM

A menor distância entre dois sons Semitom: É o menor intervalo entre


dois sons Tom: Intervalo formado por dois semitons.

Cada espaço que encontramos no braço do instrumento é um semitom


(ou meio tom) Por exemplo: O intervalo entre a primeira casa e a
terceira casa é de um tom, e o intervalo entre primeira casa e a
segunda é de meio-tom.
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INTERVALOS

Repare que entre as notas DÓ e RÉ :: RÉ e MI :: FÁ e SOL :: SOL e LÁ ::


LÁ e SI , isto é um intervalo de 1 tom entre elas, ou seja, nós "pulamos"
uma casa entre uma e outra.

Porém entre MI e FÁ :: SI e DÓ Esse intervalo é de apenas meio-tom


(ou um semitom) e nós as encontramos uma ao lado da outra. É por isso
que quando estamos tocando não existem sustenidos ou bemóis entre
MI e FÁ / SI e DÓ.

Temos diversos tipos de intervalos: ascendente, descendente,


melódico, harmônico, simples, composto, natural, enarmônico e
invertido.

Intervalo ascendente: quando o primeiro som é mais grave que o


seguinte.

Intervalo harmônico: quando os sons são ouvidos simultaneamente.

Intervalo enarmônico: quando os sons são iguais mas tem nomes


diferentes.

Estes intervalos nos ajudarão a entender melhor como os acordes são


'montados'. Obs: Nos ajudarão também a entender futuramente como
as escalas são formadas.
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INTERVALOS

x -significa dobrado sustenido ou seja duas vezes sustenido. bb -significa dobrado


bemól ou seja duas vezes bemól.

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