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Laudo de Calor - Cozinheira

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Laudo das Avaliações de

Stress Térmico (Calor)


Para atendimento as exigências do Anexo 3 da NR 9, Anexo 3 da NR 15 e
Aposentadoria Especial

Thiago Soluções
em Cozinha

Thiago Soluções LTDA – ME

Cuiabá – MT
Novembro – 2022

TR Engenharia de Segurança do Trabalho


Fone: (66) 0000-000 / 9-9999-9999 – e-mail: [email protected]
Site: http://www.trsegurancadotrabalho.com.br
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ÍNDICE
ÍNDICE.................................................................................................................................................................................2
DADOS DA EMPRESA.....................................................................................................................................................3
1. INTRODUÇÃO, OBJETIVOS DO TRABALHO E JUSTIFICATIVA...................................................................4
2. DATA DA PERICIA....................................................................................................................................................4
3. METODOLOGIAS UTILIZADAS.............................................................................................................................4
NR 09 – PARÂMETROS PELO ANEXO 3 DA NR 09.............................................................................................4
NR 15 – PARÂMETROS PELO ANEXO 3 DA NR 15.............................................................................................6
APOSENTADORIA ESPECIAL – PARÂMETROS PARA O ENQUADRAMENTO DA APOSENTADORIA
ESPECIAL.......................................................................................................................................................................8
PARÂMETROS PELA NHO 06...................................................................................................................................9
IBUTG........................................................................................................................................................ 9
Taxas metabólicas (M)............................................................................................................................ 10
Limites de exposição ocupacional........................................................................................................... 10
Aclimatização.......................................................................................................................................... 11
Vestimentas............................................................................................................................................. 12
Reconhecimento dos locais e das condições de trabalho.......................................................................12
Equipamentos de medição e montagem................................................................................................. 13
Procedimentos de medição..................................................................................................................... 15
Cálculos................................................................................................................................................... 16
4. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS...........................................................................................................................18
5. DADOS OBTIDOS E RESPECTIVA INTERPRETAÇÃO.................................................................................19
ANÁLISE DA COZINHEIRA.......................................................................................................................................19
Resultado das Avaliações Realizadas em Campo e Taxa Metabólica....................................................19
Anexo 3 da NR 09 – Avaliação de Calor para Atendimento a NR 9........................................................21
Anexo 3 da NR 15 – Avaliação de Calor para Identificação de Insalubridade.........................................23
Avaliação de Calor para Atendimento a Legislação Previdenciária – NHO 06........................................23
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................................................24
7. ANEXOS...................................................................................................................................................................25
8. TERMO DE RECEBIMENTO.................................................................................................................................28

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DADOS DA EMPRESA

RAZÃO SOCIAL: Thiago Soluções LTDA – ME

NOME FANTASIA:

CNPJ
RAMO/ATIVIDADE:
CNAE
GRAU DE RISCO:
ENDEREÇO:
BAIRRO:
CIDADE / ESTADO:
CEP:

N. º FUNCIONÁRIOS:
Homens: 04 (Quatro)
Mulheres: 01 (Um)
TOTAL 05 (Cinco)

DADOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO LAUDO.


Nome do Profissional: Thiago Santos Machado
Formação: Engenheiro de Segurança do Trabalho
Registro Profissional: CREA: MT0000
Telefone: (66) 9-9999-9999
E-mail: [email protected]
Número do NIT: 0.000.000.000-0
CPF: 000.000.000-0

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1. INTRODUÇÃO, OBJETIVOS DO TRABALHO E


JUSTIFICATIVA
O presente Laudo tem como objetivo avaliar o risco Físico Calor, da empresa
Thiago Soluções LTDA – ME , apresentando os resultados das avaliações realizadas,
metodologia de análise, interpretação dos resultados, as características do instrumental,
assim como a medida de controle para essas soluções. Atendendo assim as exigências
contidas no Anexo 3 da NR 09, Anexo 3 da NR 15 e a identificação da Aposentadoria
Especial, conforme determinado pelo Decreto 3.048/1.999.
Procurou-se dar ênfase aos problemas detectados, para facilitar as ações de
controle, entretanto, é gratificante para nós participarmos das soluções que a empresa
poderá utilizar, ou usar as suas próprias alternativas as quais sejam mais adequadas à
sua realidade, desde que as deficiências sejam sanadas.
Para o fim colimado, devem-se estabelecer metas, programar os projetos de
correções a curto e médio prazo, porém, em momento algum deixar o trabalhador exposto
aos agentes de risco.

2. DATA DA PERICIA

A inspeção foi realizada no mês de Dezembro de 2022, sendo visitados os


setores/atividades, em que o trabalhador fica exposto ao agente físico calor, pelo
Engenheiro de Segurança do Trabalho Thiago Santos Machado .

3. METODOLOGIAS UTILIZADAS
Para a avaliação da exposição ocupacional ao agente Físico Calor, foi utilizada as
metodologias citadas por cada norma específica.
Para avaliação de calor, em conformidade com o Anexo 3 da NR 09, foi utilizado a
metodologia da NHO 06, seguindo os aspectos definidos pelo item 2.4 do Anexo 3 da
NR09.
Para avaliação de calor, em conformidade com o Anexo 3 da NR 15, foi utilizado a
metodologia da NHO 06, seguindo os aspectos definidos pelo item 2.1 do Anexo 3 da
NR15.
Para avaliação de calor, em conformidade com as exigências do § 12º do Artigo 68
do Decreto 3.048/1.999, a metodologia e os procedimentos utilizados seguiram as
considerações da NHO 06 da FUNDACENTRO e os limites de tolerância do Anexo 3 da
NR 15, conforme determina o Inciso II do § 1º-A do Artigo 64 do Decreto 3.048/1.999.
Abaixo segue a metodologia detalhada:

NR 09 – PARÂMETROS PELO ANEXO 3 DA NR 09

O Anexo 3 da NR 09 foi publicada pela Portaria SEPRT Nº 1.359 de 09/12/2019 e


tem como objetivo definir os critérios para a prevenção dos riscos à saúde dos
trabalhadores que estão expostos ao risco Físico Calor.
No item 2.4 do Anexo 3 da NR 9 é determinado que a metodologia e os
procedimentos a serem utilizados serão aqueles descritos na NHO 06 (Norma de Higiene
4

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Ocupacional) da FUNDACENTRO (2ª edição de 2017), porém, a metodologia e os


procedimentos a serem utilizados da NHO 06, serão aqueles definidos pelo item 2.4 do
Anexo 3 da NR9 e não a NHO 06 na íntegra. Vejamos abaixo o que diz este texto:

Anexo 3 da NR 09 – CALOR
2.4 A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com base na metodologia e
procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional NHO 06 (2ª edição - 2017) da
FUNDACENTRO nos seguintes aspectos:
a) determinação de sobrecarga térmica por meio do índice IBUTG - Índice de Bulbo Úmido
Termômetro de Globo;
b) equipamentos de medição e formas de montagem, posicionamento e procedimentos de
uso dos mesmos nos locais avaliados;
c) procedimentos quanto à conduta do avaliador; e
d) medições e cálculos.

Comparando cada alínea do item 2.4 do Anexo 3 da NR 9 com a NHO 06, temos
que cada alínea desta se refere a um item da NHO 06, conforme podemos ver abaixo:
Alínea do item 2.4 do Anexo 3 da NR 9 Correspondência da NHO 06
5. Critério de avaliação da exposição ocupacional
ao calor
a) determinação de sobrecarga térmica por meio do
 5.1 IBUTG
índice IBUTG - Índice de Bulbo Úmido Termômetro
 5.3 Limites de exposição ocupacional
de Globo;
(porém com a utilização dos Quadros do
Anexo 3 da NR 9)
7. Equipamentos de medição e montagem
 7.1 Equipamentos de medição
o 7.1.1 Dispositivo para medição da
temperatura de globo
o 7.1.2 Dispositivo para medição da
temperatura de bulbo úmido natural
b) equipamentos de medição e formas de o 7.1.3 Dispositivo para medição da
temperatura de bulbo seco
montagem, posicionamento e procedimentos de o 7.1.4 Acessórios complementares
uso dos mesmos nos locais avaliados;  7.2 Montagem e posicionamento do
equipamento
8. Procedimentos de medição
 8.1 Aspectos gerais
 8.2 Medições
 8.3 Cálculos
8. Procedimentos de medição
c) procedimentos quanto à conduta do avaliador; e  8.1 Aspectos gerais
o b) Quanto à conduta do avaliador
8. Procedimentos de medição
 8.1 Aspectos gerais
d) medições e cálculos.
 8.2 Medições
 8.3 Cálculos

Além da metodologia e procedimentos descritos neste item 2.4 do Anexo 3 da NR


9, para avaliação do Risco Físico Calor, também será levado em consideração a
utilização das Vestimentas do trabalhador, conforme Nota 1 do Quadro 2 do Anexo 3 da
NR 9, baseado no Quadro 4 do Anexo 3 da NR 9. Vejamos o descritivo de tal nota:

Nota 1 do Quadro 2 do Anexo 3 da NR 09 – CALOR


Nota 1: Os limites estabelecidos são válidos apenas para trabalhadores com uso de
vestimentas que não incrementem ajuste de IBUTG médio, conforme correções previstas
no Quadro 4 deste anexo.

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Para a avaliação dos Níveis de Ação, foi utilizado o Quadro 1 do Anexo 3 da NR 9,


para a identificação do L.E.O. (Limite de Exposição Ocupacional) por calor, foi utilizado o
Quadro 2 do Anexo 3 da NR 9, para a Taxa Metabólica, foi usado como base o Quadro 3
do Anexo 3 da NR 9 e para o Incremento de ajuste do IBUTG médio para alguns tipos de
vestimentas, foi usado o Quadro 4 do Anexo 3 da NR 9.

NR 15 – PARÂMETROS PELO ANEXO 3 DA NR 15

O Anexo 3 da NR 15 foi atualizada pela Portaria SEPRT Nº 1.359 de 09/12/2019 e


tem como objetivo de estabelecer critério para caracterizar as atividades ou operações
insalubres decorrentes da exposição ocupacional ao calor em ambientes fechados ou
ambientes com fonte artificial de calor.
Conforme determinado pelo item 2.3 do Anexo 3 da NR 15, somente serão
considerados Insalubre as atividades ou operações realizadas em ambientes fechados ou
ambientes com fonte artificial de calor. Para ambientes abertos ou sem fonte artificial de
calor, não será considerado como insalubre, conforme observamos abaixo:

Anexo 3 da NR 15 – Limites de Tolerância para Exposição ao Calor


2.3 São caracterizadas como insalubres as atividades ou operações realizadas em
ambientes fechados ou ambientes com fonte artificial de calor sempre que o IBUTG
(médio) medido ultrapassar os limites de exposição ocupacional estabelecidos com base no
Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo apresentados no Quadro 1 ( IBUTG MÁX ) e
determinados a partir da taxa metabólica das atividades, apresentadas no Quadro 2, ambos
deste anexo.

Também levando em consideração o item 2.4.1 do Anexo 3 da NR 15, somente


serão consideradas insalubres as atividades em que os trabalhadores estejam expostos
diariamente. As exposições eventuais ou não rotineiras, não serão consideradas como
insalubre, conforme observamos o item 2.4.1 do Anexo 3 da NR 15 abaixo:

Anexo 3 da NR 15 – Limites de Tolerância para Exposição ao Calor


2.4.1 A avaliação quantitativa deve ser representativa da exposição, devendo ser
desconsideradas as situações de exposições eventuais ou não rotineiras nas quais os
trabalhadores não estejam expostos diariamente.

No item 2.1 do Anexo 3 da NR 15 é determinado que a metodologia e os


procedimentos a serem utilizados serão aqueles descritos na NHO 06 (Norma de Higiene
Ocupacional) da FUNDACENTRO (2ª edição de 2017), porém, a metodologia e os
procedimentos a serem utilizados da NHO 06, serão aqueles definidos pelo item 2.1 do
Anexo 3 da NR 15 e não a NHO 06 na íntegra. Vejamos abaixo o que diz este texto:

Anexo 3 da NR 15 – Limites de Tolerância para Exposição ao Calor


2.1 A avaliação quantitativa do calor deverá ser realizada com base na metodologia e
procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional NHO 06 (2ª edição - 2017) da
FUNDACENTRO nos seguintes aspectos:
a) determinação de sobrecarga térmica por meio do índice IBUTG - Índice de Bulbo Úmido
Termômetro de Globo;
b) equipamentos de medição e formas de montagem, posicionamento e procedimentos de
uso dos mesmos nos locais avaliados;
c) procedimentos quanto à conduta do avaliador; e
d) medições e cálculos.

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Comparando cada alínea do item 2.1 do Anexo 3 da NR 15 com a NHO 06, temos
que cada alínea desta se refere a um item da NHO 06, conforme podemos ver abaixo:
Alínea do item 2.1 do Anexo 3 da NR 15 Correspondência da NHO 06
5. Critério de avaliação da exposição ocupacional
ao calor
a) determinação de sobrecarga térmica por meio do
 5.1 IBUTG
índice IBUTG - Índice de Bulbo Úmido Termômetro
 5.3 Limites de exposição ocupacional
de Globo;
(porém com a utilização dos Quadros do
Anexo 3 da NR 15)
7. Equipamentos de medição e montagem
 7.1 Equipamentos de medição
o 7.1.1 Dispositivo para medição da
temperatura de globo
o 7.1.2 Dispositivo para medição da
temperatura de bulbo úmido natural
b) equipamentos de medição e formas de o 7.1.3 Dispositivo para medição da
temperatura de bulbo seco
montagem, posicionamento e procedimentos de o 7.1.4 Acessórios complementares
uso dos mesmos nos locais avaliados;  7.2 Montagem e posicionamento do
equipamento
8. Procedimentos de medição
 8.1 Aspectos gerais
 8.2 Medições
 8.3 Cálculos
8. Procedimentos de medição
c) procedimentos quanto à conduta do avaliador; e  8.1 Aspectos gerais
o b) Quanto à conduta do avaliador
8. Procedimentos de medição
 8.1 Aspectos gerais
d) medições e cálculos.
 8.2 Medições
 8.3 Cálculos

Diferente do Anexo 3 da NR 9, o Anexo 3 da NR 15 não faz menção a correção do


IBUTG médio com o Quadro de vestimentas, podemos ver isso, pela falta de tal quadro
no Anexo 3 da NR 15 e pelo fato do item 2.1 do Anexo 3 da NR 15 não fazer menção a
vestimentas ou a utilização do Critério de avaliação da exposição ocupacional ao calor,
item este da NHO 06 que faz citação as vestimentas.

Para a avaliação do L.E.O. (Limite de Exposição Ocupacional) por calor, foi


utilizado o Quadro 1 do Anexo 3 da NR 15 e para a Taxa Metabólica, foi usado como base
o Quadro 2 do Anexo 3 da NR 15.

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APOSENTADORIA ESPECIAL – PARÂMETROS PARA O ENQUADRAMENTO DA


APOSENTADORIA ESPECIAL

A legislação que rege a Aposentadoria Especial no Brasil é o Decreto 3.048/1.999,


onde este decreto no item 2.0.4 do Anexo IV determina que os trabalhos com exposição
ao calor acima dos limites de tolerância estabelecidos na NR-15 ensejam na
aposentadoria especial com tempo de contribuição de 25 anos.
Porém o artigo 64 do Decreto 3.048/1.999 determina que:

DECRETO No 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999


Art. 64. A aposentadoria especial, uma vez cumprido o período de carência exigido, será
devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este último
somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produção, que
comprove o exercício de atividades com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e
biológicos prejudiciais à saúde, ou a associação desses agentes, de forma permanente,
não ocasional nem intermitente, vedada a caracterização por categoria profissional ou
ocupação, durante, no mínimo, quinze, vinte ou vinte e cinco anos, e que cumprir os
seguintes requisitos:

Ou seja, para caracterizar na Aposentadoria Especial, deve-se comprovar a efetiva


exposição ao risco de Calor, que seja prejudicial a saúde do trabalhador, porém esta
exposição deve ser permanente.

Esta Efetiva Exposição é caracterizada quando as medidas de controle, dadas pela


legislação trabalhista, não são eficientes para eliminar ou neutralizar o risco, conforme
definido pelo § 1º do Artigo 64 do Decreto 3.048/1.999, conforme observamos abaixo:

DECRETO No 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999


Art. 64. (...)
§ 1º A efetiva exposição a agente prejudicial à saúde configura-se quando, mesmo após a
adoção das medidas de controle previstas na legislação trabalhista, a nocividade não
seja eliminada ou neutralizada.

Para a comprovação de que o agente físico calor é prejudicial a saúde do


trabalhador, é necessário a realização de avaliações quantitativas (medições), utilizando
como base a metodologia e procedimentos da NHO 06 da FUNDACENTRO, onde o
resultado obtido nesta avaliação deverá se encontrar acima dos Limites de Tolerância
definidos pela Legislação Previdenciária, ou na falta desta, pela Legislação Trabalhista,
que seria a NR 15, conforme observamos abaixo:

DECRETO Nº 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999


Art. 64. (...)
§ 1º (...)
§ 1º-A Para fins do disposto no § 1º, considera-se:
(...)
II - neutralização - a adoção de medidas de controle que reduzam a intensidade, a
concentração ou a dose do agente prejudicial à saúde ao limite de tolerância previsto
neste Regulamento ou, na sua ausência, na legislação trabalhista.

(...)

Art. 68. A relação dos agentes químicos, físicos, biológicos, e da associação desses
agentes, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, é aquela
constante do Anexo IV.

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(...)

§ 12. Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no Anexo
IV, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge
Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO.

DECRETO No 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999

REGULAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL


ANEXO IV
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS

Tempo de
Cód. Agente Nocivo
Exposição
(...) (...) (...)
TEMPERATURAS ANORMAIS
2.0.4 a) trabalhos com exposição ao calor acima dos limites de 25 Anos
tolerância estabelecidos na NR-15, da Portaria no 3.214/78.

Para a caracterização da aposentadoria especial, vemos também no Art. 64 do


Decreto 3.048/1.999, que a exposição do trabalhador deverá ser permanente ao risco
físico Calor, onde, caso contrário a atividade deixa de ser especial. No artigo 65 do
Decreto 3.048/1.999 vemos a definição de atividade permanente, segue abaixo:

DECRETO No 3.048, DE 6 DE MAIO DE 1999


Art. 65. Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não
ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou
do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação
do serviço.

PARÂMETROS PELA NHO 06

Este método tem por objetivo o estabelecimento de critérios e procedimentos para


avaliação da exposição ocupacional ao calor que implique sobrecarga térmica ao
trabalhador, resultando em risco potencial de dano à sua saúde.
O critério de avaliação da exposição ocupacional ao calor adotado pela presente
norma tem por base o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo (IBUTG) relacionado
à Taxa Metabólica (M).

IBUTG

O IBUTG é calculado por meio das equações abaixo:

a) Para ambientes internos ou para ambientes externos sem carga solar direta
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

b) Para ambientes externos com carga solar direta


IBUTG = 0,7 tbn + 0,2 tg + 0,1 tbs

sendo:
tbn = temperatura de bulbo úmido natural em °C
tg = temperatura de globo em °C
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tbs = temperatura de bulbo seco (temperatura do ar) em °C

OBS.: Considera-se carga solar direta quando não há nenhuma interposição entre a
radiação solar e o trabalhador exposto, por exemplo, a presença de barreiras como:
nuvens, anteparos, telhas de vidro etc.

Taxas metabólicas (M)


As taxas metabólicas (M) relativas às diversas atividades físicas exercidas pelo
trabalhador devem ser atribuídas utilizando-se os dados constantes no Quadro 1 (Taxa
metabólica por tipo de atividade) da NHO 06, que apresenta as taxas estabelecidas em
função do tipo de atividade.

Limites de exposição ocupacional

O limite de exposição ocupacional ao calor é estabelecido com base no IBUTG


médio ponderado ( IBUTG ) e na taxa metabólica média ponderada ( M ). Este é um limite
horário e, portanto, deve ser respeitado em qualquer período de 60 minutos corridos ao
longo da jornada de trabalho.
Quando o trabalhador estiver exposto a uma única situação térmica, ao longo do
período de 60 minutos considerados na avaliação, o IBUTG será o próprio IBUTG
determinado para essa situação.
Caso o trabalhador esteja exposto a duas ou mais situações térmicas diferentes, o
IBUTG deve ser determinado a partir da equação abaixo, utilizando-se os valores de
IBUTG representativos de cada uma das situações térmicas que compõem o ciclo de
exposição do trabalhador avaliado.
Destaca-se que o ciclo de exposição pode ter duração diferente de 60 minutos, no
entanto, a determinação do IBUTG sempre deve considerar um período de 60 minutos
corridos.

IBUTG 1 x t 1 + IBUTG2 x t 2 +…+ IBUTG i x t i +…+ IBUTG n x t n


IBUTG=
60

sendo:
IBUTG = IBUTG médio ponderado no tempo em °C
IBUTGi = IBUTG da situação térmica “i” em °C
ti = tempo total de exposição na situação térmica “i”, em minutos, no período de 60
minutos corridos mais desfavorável
i = iésima situação térmica
n = número de situações térmicas identificadas na composição do ciclo de exposição
t1 + t2 + ... + ti + ... + tn = 60 minutos

Para o cálculo da M , deve-se considerar o mesmo período de 60 minutos corridos


considerado para o cálculo do IBUTG .
Quando a atividade física exercida pelo trabalhador corresponder a uma única taxa
metabólica, no período de 60 minutos considerados na avaliação, a M será o próprio M
atribuído para essa atividade.

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Caso o trabalhador desenvolva duas ou mais atividades físicas, a M deve ser


determinada a partir da Equação abaixo descrita, utilizando-se os valores estimados de
M, representativos das diferentes atividades físicas exercidas pelo trabalhador durante o
ciclo de exposição avaliado. Destaca-se que o ciclo de exposição pode ter duração
diferente de 60 minutos, no entanto, a determinação da M sempre deve considerar um
período de 60 minutos corridos.

M 1 x t ' 1 + M 2 x t ' 2 +…+ M i x t ' i +…+ M n x t ' n


M=
60

sendo:
M = taxa metabólica média ponderada no tempo em W
Mi = taxa metabólica da atividade “i” em W
t’i = tempo total de exercício da atividade “i”, em minutos, no período de 60 minutos
corridos mais desfavorável
i = i-ésima atividade
m = número de atividades identificadas na composição do ciclo de exposição
t’1 + t’2 + ... + t’i + ... + t’m = 60 minutos

O IBUTG e a M a serem utilizados como representativos da exposição ocupacional


ao calor devem ser aqueles que, obtidos no mesmo período de 60 minutos corridos,
resultem na condição mais crítica de exposição.
Os limites de exposição ocupacional ao calor para trabalhadores não aclimatizados
( IBUTG MAX ) estão apresentados na Tabela 1 da NHO 06 para os diferentes valores de M.
Seus valores também são os adotados como nível de ação para as exposições
ocupacionais ao calor e, ainda, devem ser utilizados na avaliação de exposições
eventuais ou periódicas em atividades nas quais os trabalhadores não estão expostos
diariamente, tais como manutenção preventiva ou corretiva de fornos, forjas, caldeiras etc.
Para trabalhadores aclimatizados, os limites de exposição a serem utilizados são
os apresentados na Tabela 2 da NHO 06.
Além dos limites estabelecidos nas Tabela 1 e 2 da NHO 06, deve ser observado o
valor teto (Tabela 3 da NHO 06), acima do qual o trabalhador não pode ser exposto sem o
uso de vestimentas e equipamentos de proteção adequados em nenhum momento da
jornada de trabalho.

Aclimatização
A aclimatização requer a realização de atividades físicas e exposições sucessivas
e graduais ao calor, dentro de um plano, que deve ser estruturado e implementado sob
supervisão médica, para que, de forma progressiva, o trabalhador atinja as condições de
sobrecarga térmica similares àquelas previstas para o sua rotina normal de trabalho.
A aclimatização deve ser específica para o nível de sobrecarga térmica a que o
trabalhador será submetido e, consequentemente, para a qual deverá estar adaptado.
São considerados não aclimatizados os trabalhadores:
 Que iniciarem atividades que impliquem exposição ocupacional ao calor;
 Que passarem a exercer atividades que impliquem exposição ocupacional ao
calor mais críticas do que aquelas a que estavam expostos anteriormente;

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 Que, mesmo já anteriormente aclimatizados, tenham se afastado da condição


de exposição por mais de 7 (sete) dias;
 Que tiverem exposições eventuais ou periódicas em atividades nas quais não
estão expostos diariamente.
Para exposições ocupacionais abaixo ou igual ao nível de ação, não é necessária a
aclimatização. Neste caso, o trabalhador não aclimatizado pode assumir de imediato a
rotina normal de trabalho.
Para exposições acima do nível de ação, deve ser realizado um plano de
aclimatização gradual. Neste caso, o trabalhador inicia suas atividades cumprindo um
regime de trabalho mais ameno, que deve ter como ponto de partida os valores do nível
de ação, sendo a sua exposição elevada progressivamente até atingir a condição da
exposição ocupacional existente na rotina de trabalho (condição real).
Trabalhadores já aclimatizados que passarem a exercer atividades que impliquem
condições de exposição mais severas deverão ser submetidos à aclimatização adicional.
O plano de aclimatização deve ser elaborado a critério médico em função das
condições ambientais, individuais e da taxa de metabolismo relativa à rotina de trabalho.

Vestimentas
As vestimentas utilizadas podem influenciar nas trocas de calor do corpo com o
ambiente, devendo, portanto, ser consideradas na avaliação da exposição ocupacional ao
calor.
Assim, a correção para vestimentas deve ser realizada sempre que o trabalhador
utilizar vestimentas ou EPIs diferentes dos uniformes tradicionais (compostos por calça e
camisa de manga comprida) que prejudiquem a livre circulação do ar sobre a superfície
do corpo, dificultando essas trocas de calor com o ambiente. Nestes casos, o IBUTG deve
ser previamente corrigido para depois ser comparado com os limites de exposição
estabelecidos pela NHO 06.
O Quadro 2 da NHO 06 apresenta incrementos, para alguns tipos de vestimentas,
que devem ser acrescidos ao IBUTG determinado como representativo da exposição
ocupacional do trabalhador avaliado.
Nas situações em que o trabalhador utilizar equipamentos de proteção individual ou
roupas especiais diferentes dos citados no Quadro 2 da NHO 06, poderá ocorrer uma
contribuição positiva ou negativa na condição de sobrecarga térmica do trabalhador. A
quantificação desta variável é de caráter complexo, devendo ser analisada caso a caso
pelo higienista ocupacional.

Reconhecimento dos locais e das condições de trabalho


Para que as medições sejam representativas da exposição ocupacional, é
importante que o período de amostragem seja adequadamente escolhido de forma a
considerar os 60 minutos corridos de exposição que correspondam à condição de
sobrecarga térmica mais desfavorável. Tal situação somente é identificada mediante
análise conjunta do par de variáveis “condições térmicas do ambiente” e “atividades
físicas desenvolvidas pelo trabalhador”, e nunca por meio da análise isolada de cada uma
delas.
Havendo dúvidas quanto ao período de 60 minutos corridos de exposição mais
desfavorável, este pode ser identificado por meio de avaliação que cubra um período de
tempo maior, envolvendo, se necessário, toda a jornada de trabalho. No entanto, a

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determinação do IBUTG e da M para caracterização da exposição ocupacional deve ser


feita com base no período de 60 minutos identificado como mais desfavorável.
Os procedimentos de avaliação devem interferir o mínimo possível nas condições
ambientais e operacionais características da condição de trabalho em estudo.
Condições de exposição não rotineiras, decorrentes de operações ou
procedimentos de trabalho previsíveis, mas não habituais, devem ser avaliadas e
interpretadas isoladamente. Nesses casos, a caracterização da exposição deve ser feita
utilizando-se o limite de exposição ocupacional ao calor para trabalhadores não
aclimatizados, apresentado no Tabela 1 da NHO 06.

Equipamentos de medição e montagem

Equipamentos de medição
O IBUTG foi concebido com o uso de dispositivos de medição que utilizam
termômetros de mercúrio, conforme características construtivas apresentadas pela NHO
06.
Para fins da NHO 06, a determinação do IBUTG pode ser feita utilizando-se
dispositivos convencionais ou eletrônicos, desde que apresentem resultados equivalentes
aos obtidos com a utilização do conjunto convencional.
Os medidores só podem ser utilizados dentro das condições de umidade,
temperatura, campos magnéticos e demais interferentes especificados pelos fabricantes.
Os dispositivos de medição de temperatura devem ser periodicamente calibrados
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), por laboratórios
por ele acreditados para esta finalidade ou por laboratórios internacionais, desde que
reconhecidos pelo Inmetro. A periodicidade de calibração deve ser estabelecida com base
nas recomendações do fabricante, em dados históricos da utilização dos dispositivos que
indiquem um possível comprometimento na sua confiabilidade e em critérios que venham
a ser estabelecidos em lei ou normas legais. A calibração também deve ser refeita
sempre que ocorrer algum evento que implique suspeita de dano ou comprometimento do
sistema de medição.

Dispositivo para medição da temperatura de globo


A temperatura de globo (tg) corresponde à temperatura obtida por meio de um
dispositivo constituído de:
 Uma esfera oca de cobre de aproximadamente 1 mm de espessura e com
diâmetro de 152,4 mm, pintada externamente de preto fosco, com
emissividade mínima de 0,95;
 Um sensor de temperatura posicionado no centro da esfera de cobre, com
fixação que garanta a hermeticidade do sistema, impedindo a existência de
fluxo de ar do interior do globo para o ambiente e vice-versa.
O sensor deve ter amplitude mínima de medição de +10,0 °C a +120,0 °C, exatidão
igual ou melhor que ± 0,5 °C e permitir leituras a intervalos de, no mínimo, 0,1 °C.
No caso de equipamento convencional, a esfera deve ter abertura na direção
radial, complementada por um duto cilíndrico de aproximadamente 25 mm de
comprimento e 18 mm de diâmetro, destinado à inserção e à fixação de termômetro.

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Dispositivo para medição da temperatura de bulbo úmido natural


A temperatura de bulbo úmido natural (tbn) corresponde à temperatura obtida por
meio de um dispositivo constituído de:
 Sensor de temperatura revestido com um pavio tubular branco,
confeccionado em tecido com alto poder de absorção de água, como, por
exemplo, algodão, mantido úmido com água destilada, por capilaridade;
 Reservatório de água com volume de água destilada suficiente para manter
o pavio úmido por capilaridade durante todo o período de medição.
O sensor deve ter diâmetro externo de 6 mm ± 1 mm, com amplitude mínima de
medição de +10,0 °C a +50,0 °C, exatidão igual ou melhor que ± 0,5 °C e permitir leituras
a intervalos de, no mínimo, 0,1 °C.
A extremidade do sensor mais próxima ao reservatório de água destilada deve
estar a uma distância de 25 mm ± 1 mm da borda deste reservatório, sendo que este
espaço deve estar totalmente desobstruído, permitindo a livre movimentação de ar.
Uma das extremidades do pavio deve revestir o sensor integralmente e de forma
perfeitamente ajustada. A outra extremidade do pavio deve estar inserida no interior do
reservatório cheio com água destilada de forma a atingir seu fundo.
A utilização de pavio folgado ou apertado sobre o sensor poderá interferir nos
resultados da medição.

Dispositivo para medição da temperatura de bulbo seco


A temperatura de bulbo seco (tbs) corresponde à temperatura do ar obtida por meio
de um dispositivo constituído de:
 Sensor de temperatura com amplitude mínima de medição de +10,0 °C a
+100,0 °C, exatidão igual ou melhor que ± 0,5 °C e permitir leituras a
intervalos de, no mínimo, 0,1 °C.
 Sensor de temperatura do ar protegido da radiação solar direta ou daquelas
provenientes de fontes artificiais por meio de dispositivos que barrem a
incidência da radiação e permitam a livre circulação de ar ao seu redor.

Acessórios complementares
Dispositivos de fixação: Para montagem e posicionamento do equipamento de
medição na altura necessária para a correta avaliação da exposição ocupacional ao calor,
deve ser utilizado um dispositivo com regulagem de altura, pintado em preto fosco (como,
por exemplo, um tripé telescópico).

Montagem e posicionamento do equipamento


O conjunto de medição deve sempre ser montado de forma que os sensores
fiquem todos alinhados segundo um plano horizontal.
Quando houver uma fonte principal de calor, os sensores deverão estar contidos
num mesmo plano vertical e colocados próximos uns dos outros, sem, no entanto,
tocarem-se. A posição do conjunto no ponto de medição deve ser tal que a normal ao
referido plano vertical esteja na direção da fonte supracitada. Caso não haja uma fonte
principal de calor, este cuidado torna-se desnecessário.
A altura de montagem dos equipamentos deve coincidir com a região mais atingida
do corpo. Quando esta não for definida, o conjunto deve ser montado à altura do tórax do
trabalhador exposto.

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Os equipamentos de medição devem ser posicionados de forma que as escalas ou


mostradores de leitura fiquem na face oposta àquela voltada para a fonte de forma a
facilitar a leitura e evitar interferências na medição.

Procedimentos de medição

Aspectos gerais
Antes de iniciar as medições para a determinação do IBUTG, deve ser observado o que
segue.
a) Quanto aos equipamentos de medição, deve-se verificar:
 A integridade física e/ou eletromecânica e a coerência no comportamento de
resposta do instrumento;
 A suficiência de carga das baterias para o tempo de medição previsto;
 Se a calibração atende aos requisitos apontados no item 7.1 da NHO 06;
 A necessidade da utilização de cabo de extensão para evitar ou minimizar a
influência de interferências inaceitáveis;
 A umidificação prévia do pavio que deve ocorrer de imediato, por capilaridade,
quando a sua extremidade inferior entrar em contato com a água destilada;
 A necessidade de substituição do pavio e da água destilada no início de cada
medição em função da sua sujidade decorrente da deposição de contaminantes
ambientais.

Quanto à conduta do avaliador


 Evitar que seu posicionamento e sua conduta interfiram na condição de exposição
sob avaliação para não falsear os resultados obtidos. Se necessário, utilizar
avaliação remota, por meio de uso de cabo de extensão ou por outros dispositivos
que permitam leitura a distância;
 Evitar obstáculos entre os equipamentos de medição e a fonte, tais como a
presença do trabalhador, a fim de não causar interferências e erros nas medições;
 Adotar as medidas necessárias para impedir que o usuário, ou qualquer terceiro,
possa fazer alterações na programação do equipamento, comprometendo os
resultados obtidos;
 Informar o trabalhador a ser avaliado que:
o A medição não deve interferir em suas atividades habituais, devendo manter
sua rotina de trabalho;
o O equipamento de medição não pode ser tocado ou obstruído;
o O equipamento de medição só pode ser removido pelo avaliador.

Medições
A avaliação da exposição ao calor é feita por meio da análise da exposição de cada
trabalhador, cobrindo-se todo o seu ciclo de exposição.
Devem ser realizadas medições em cada situação térmica que compõe o ciclo de
exposição a que o trabalhador fica submetido. Ressalta-se que o número de situações térmicas
pode ser superior ao número de pontos de trabalho, visto poderem ocorrer duas ou mais situações
térmicas distintas no mesmo ponto.
As temperaturas a serem medidas são: temperatura de bulbo úmido natural (tbn),
temperatura de globo (tg) e temperatura de bulbo seco (tbs). Quando não houver presença de
carga solar direta, a medição da temperatura de bulbo seco não é obrigatória, pois não é utilizada
no cálculo do IBUTG , no entanto pode ser um dado útil principalmente em uma eventual
necessidade de se adotar medidas de controle.

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As leituras das temperaturas devem ser iniciadas após a estabilização (O tempo


necessário para a estabilização do conjunto pode ser de até 25 minutos. Esse tempo depende da
diferença entre a temperatura de globo inicial e a do ponto de medição.) do conjunto na situação
térmica que está sendo avaliada e repetidas a cada minuto. Devem ser feitas no mínimo 5 leituras,
ou tantas quantas forem necessárias, até que a variação entre elas esteja dentro de um intervalo
de ± 0,4 °C. Os valores a serem atribuídos ao tg, ao tbs e ao tbn correspondem às médias de
suas leituras, obtidas no intervalo considerado.
Para trabalhos a céu aberto, é comum ocorrerem variações significativas das condições
térmicas, normalmente decorrentes de variações rápidas da velocidade do ar e sombreamento
temporários (por exemplo, passagem de nuvens), que interferem nas trocas térmicas por radiação
e condução-convecção. Quando forem constatadas essas variações, deve ser observado que se
trata de uma condição instável, não representando a situação de exposição mais desfavorável e,
portanto, não sendo válida para a caracterização da exposição ocupacional do trabalhador.
Nestes casos, as avaliações devem ser realizadas na ausência de nuvens que causem
sombreamento no ponto de avaliação.
Destaca-se, no entanto, que quaisquer condições de exposição cujos resultados estejam
acima do limite de exposição, independentemente de representarem a situação mais
desfavorável, devem ser consideradas para fins de adoção de medidas de prevenção e controle.
Esta conduta, todavia, não elimina a obrigatoriedade de se identificar e avaliar a condição
de exposição mais desfavorável, a qual pode exigir medidas de controle complementares.
Avaliações de eventuais situações de exposição cujos “60 minutos mais críticos”
apresentem variações significativas nas condições térmicas – como, por exemplo, a avaliação da
exposição de um motorista operando um veículo com velocidade variável, sem ar-condicionado e
com janela aberta – podem ser realizadas mediante amostragem dos parâmetros necessários à
determinação do IBUTG. Nesses casos, o IBUTG da exposição pode ser obtido pela média de, no
mínimo, 20 (vinte) medições consecutivas realizadas em intervalos de tempo fixo, dentro dos 60
minutos mais críticos da exposição. Se ocorrerem diferenças significativas entre as leituras, um
número maior de medições poderá ser necessário de modo a minimizar a influência das
flutuações.
A utilização de equipamentos eletrônicos que registram leituras sequenciais em curtos
intervalos de tempo é recomendada para esses casos.
As condições térmicas de curta duração, inferiores ao tempo de estabilização do conjunto
de medição, podem ser avaliadas por meio de simulação. Este procedimento consiste em
estender o tempo de duração das referidas condições térmicas de forma a permitir a estabilização
e as leituras necessárias para avaliação da exposição.
Nas situações em que a simulação não for viável por motivos de ordem operacional, a
avaliação da exposição ocupacional ao calor fica prejudicada.
Deve ser medido o tempo de permanência do trabalhador em cada situação térmica que
compõem o ciclo de exposição. Este parâmetro é determinado por meio da média aritmética de,
no mínimo, três cronometragens, obtidas observando-se o trabalhador na execução do seu
trabalho.
Análogo à determinação das diversas situações térmicas, deve-se igualmente identificar as
distintas atividades físicas exercidas pelo trabalhador em estudo e atribuir um valor de taxa
metabólica para cada uma delas, utilizando-se o Quadro 1 apresentado no item 5 da NHO 06.
O tempo de duração de cada atividade física identificada deve ser determinado por meio
de, no mínimo, três cronometragens, obtidas observando-se o trabalhador na execução do seu
trabalho.

Cálculos
Uma vez determinados os parâmetros relacionados no subitem anterior, deve-se proceder
aos cálculos necessários à determinação do IBUTG e da M a serem utilizados na caracterização
da exposição ao calor.
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O IBUTG de cada situação térmica deve ser calculado utilizando-se as equações descritas
no item Limites de exposição ocupacional deste Relatório, em função da presença ou da ausência
de carga solar direta. O valor da M para cada atividade física identificada, por sua vez, deve ser
atribuído utilizando-se o Quadro 1 da NHO 06.
Os dados a serem utilizados nestes cálculos são as temperaturas médias, obtidas segundo
os critérios estabelecidos na NHO 06.
A partir dos valores de IBUTG de todas as situações térmicas que compõem o ciclo de
exposição do trabalhador objeto de estudo e dos valores de M atribuídos para todas as atividades
físicas executadas por ele em seu ciclo de exposição, devem ser determinados o IBUTG e a M
representativos da exposição ao calor do referido trabalhador.
O IBUTG é a média ponderada no tempo dos valores de IBUTG das situações térmicas
identificadas no ciclo de exposição. A M é a média ponderada no tempo dos valores de M das
atividades físicas exercidas pelo trabalhador no seu ciclo de exposição. Para o cálculo destes
parâmetros, são usadas as equações descritas no item Limites de exposição ocupacional deste
Relatório, devendo ser considerados os valores de IBUTG e de M correspondentes ao período de
60 minutos corridos mais desfavorável da jornada de trabalho.
Os tempos de exposição a serem utilizados nas referidas equações devem ser
determinados com base no tempo total de duração de cada situação térmica e de cada atividade
física no período de 60 minutos corridos mais desfavorável da jornada de trabalho.
O tempo de duração de cada situação térmica e de cada atividade física é determinado por
meio da média aritmética de cronometragens, conforme estabelecido pela NHO 06.

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4. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
TERMÔMETRO DE GLOBO
PROTEMP 4 – MARCA CRIFFER

2.1. Gerais
Display: Alfanumérico de cristal líquido
Escalas: -20 a 150 ºC (Precisão: ± 0,5 ºC)
Resolução: 0,1 °C
Precisão: ± 0,5 °C
Temperatura de operação: -20 a 100 ºC
Umidade de operação: 0 a 85 % UR
Módulo dos sensores incorporado ao instrumento, resistente a altas temperaturas
Promove leituras em graus Celcius (ºC) ou Fahrenheit (ºF)
Display configurável para português, inglês ou espanhol
Datalogger: 512Kb de memória
Fornecimento de relatórios em listas e gráficos
Exportação de dados para planilhas em Excel
Bateria: Recarregável Li-Ion 3,7 Vcc 1800 mAh
Carregador: Bivolt com conexão USB
Duração da bateria: Acima de 100 horas sem necessidade de recarga
Indicação de nível de bateria
Dimensões: 89 x 40 x 180mm (sem as hastes)
Peso: 318g (sem a esfera)

2.2. Fornecido com


Carregador bivolt portátil
Kit de conectividade (Software + cabo USB)
Esfera de cobre com 6 polegadas de diâmetro
Cordão de algodão para bulbo úmido
Frasco com água destilada (250 ml)
Tripé com regulagem de altura
Maleta para transporte

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5. DADOS OBTIDOS E RESPECTIVA INTERPRETAÇÃO


Neste item iremos descrever o resultado das avaliações realizadas na referida
empresa, assim como a interpretação dos resultados e indicação das medidas de
controle.

ANÁLISE DA COZINHEIRA

As funções abaixo foram reunidas em Grupos Homogêneos de Exposição (GHE)


pré-determinados pela empresa em questão. Abaixo transcrevemos as funções e/ou
cargos que fazem parte deste GHE

GHE SETOR FUNÇÃO HOMEM MULHER TOTAL


Cozinheira 00 02 02
04 Cozinha
Auxiliar de Cozinha 00 04 04
TOTAL 00 06 06

Resultado das Avaliações Realizadas em Campo e Taxa Metabólica

Nome do Trabalhador Avaliado Função Setor GHE/GSE


Florinda Chaves Cozinheira Cozinha
Horário de Maior Exposição ao Calor: Das 8hs as 9hs Data da Avaliação: 01/04/2022
AVALIAÇÃO NO 1º LOCAL DE TRABALHO
Descrição das Atividades
Preparo de arroz, feijão e carne de panela.
Desempenhada no dia da Avaliação:
Local onde foi realizada a avaliação: Frente ao fogão Tempo de Trabalho nesta Atividade: 29 minutos
Tipo de atividade conforme quadro 1 da NHO EM PÉ, AGACHADO OU AJOELHADO - Trabalho moderado com
06, Quadro 3 da NR 9 e Quadro 2 da NR 15: dois braços
Ambiente de Trabalho: Ambiente interno ou externo sem carga solar
Característica do Ambiente Avaliado: Exposição ocupacional ao calor em ambientes com fonte artificial de calor
RESULTADO DA ANÁLISE:
Horário de Estabilização: Das 08hs as 08:12hs
Horário da Avaliação: TBS: TBN: TG: IBUTG Taxa de Metabolismo:
8:12 36,8 ºC 27,7 ºC 41,3 ºC 31,78 ºC
8:13 36,7 ºC 27,6 ºC 41,7 ºC 31,83 ºC
8:14 37 ºC 27,9 ºC 41,6 ºC 32,01 ºC 279 W
8:15 36,9 ºC 27,9 ºC 41,5 ºC 31,98 ºC
8:16 37 ºC 27,8 ºC 41,7 ºC 31,97 ºC
Média 36,88 ºC 27,78 ºC 41,56 ºC 31,91 ºC 279 W

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AVALIAÇÃO NO 2º LOCAL DE TRABALHO


Descrição das Atividades
Lavou louça como, pratos, talheres, panelas e copos.
Desempenhada no dia da Avaliação:
Frente a pia da
Local onde foi realizada a avaliação: Tempo de Trabalho nesta Atividade: 29 minutos
cozinha.
Tipo de atividade conforme quadro 1 da NHO EM PÉ, AGACHADO OU AJOELHADO - Trabalho leve com dois
06, Quadro 3 da NR 9 e Quadro 2 da NR 15: braços
Ambiente de Trabalho: Ambiente interno ou externo sem carga solar
Característica do Ambiente Avaliado: Exposição ocupacional ao calor em ambientes com fonte artificial de calor
RESULTADO DA ANÁLISE:
Horário de Estabilização: Das 08:16hs as 08:29hs
Horário da Avaliação: TBS: TBN: TG: IBUTG Taxa de Metabolismo:
8:29 36,3 ºC 27,8 ºC 36,6 ºC 30,44 ºC
8:30 36 ºC 27,8 ºC 36,7 ºC 30,47 ºC
8:31 36,2 ºC 27,7 ºC 36,8 ºC 30,43 ºC 243 W
8:32 36,4 ºC 27,7 ºC 36,9 ºC 30,46 ºC
8:33 36,4 ºC 27,7 ºC 36,9 ºC 30,46 ºC
Média 36,26 ºC 27,74 ºC 36,78 ºC 30,45 ºC 243 W
AVALIAÇÃO NO 3º LOCAL DE TRABALHO
Descrição das Atividades
Preparo o corte de tomate, alface, repolho e rúcula.
Desempenhada no dia da Avaliação:
Frente a mesa de
Local onde foi realizada a avaliação: Tempo de Trabalho nesta Atividade: 2 minutos
preparo da salada
Tipo de atividade conforme quadro 1 da NHO EM PÉ, AGACHADO OU AJOELHADO - Trabalho leve com dois
06, Quadro 3 da NR 9 e Quadro 2 da NR 15: braços
Ambiente de Trabalho: Ambiente interno ou externo sem carga solar
Característica do Ambiente Avaliado: Exposição ocupacional ao calor em ambientes fechados
RESULTADO DA ANÁLISE:
Horário de Estabilização: Das 08:33hs as 08:48hs
Horário da Avaliação: TBS: TBN: TG: IBUTG Taxa de Metabolismo:
8:48 36,6 ºC 27 ºC 36,8 ºC 29,94 ºC
8:49 36,6 ºC 26,9 ºC 36,8 ºC 29,87 ºC
8:50 36,5 ºC 27,2 ºC 36,7 ºC 30,05 ºC 243 W
8:51 36,7 ºC 27,3 ºC 36,7 ºC 30,12 ºC
8:52 36,5 ºC 27,2 ºC 36,7 ºC 30,05 ºC
Média 36,58 ºC 27,12 ºC 36,74 ºC 30,01 ºC 243 W
IBUTG E TAXA DE METABOLISMO MÉDIO PONDERADO
RESULTADOS OBTIDOS
Local onde foi realizada a avaliação: Tempo de exposição IBUTG Taxa de Metabolismo
Frente ao fogão 29 Minutos 31,91 ºC 279 W
Frente a pia da cozinha. 29 Minutos 30,45 ºC 243 W
Frente a mesa de preparo da salada 2 Minutos 30,01 ºC 243 W
IBUTG MÉDIO PONDERADO: 31,14 ºC
TAXA DE METABOLISMO MÉDIO PONDERADO: 260,4 W
Observação:

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Anexo 3 da NR 09 – Avaliação de Calor para Atendimento a NR 9

Nome do Trabalhador Avaliado Função Setor GHE/GSE


Florinda Chaves Cozinheira Cozinha
IBUTG Médio Ponderado: 31,14 ºC
Tipo de Roupa para Incremento de Ajuste do IBUTG
Uniforme de trabalho (calça e camisa de manga comprida)
Médio conforme Quadro 4 do Anexo 3 da NR 9:
Vestimentas com capuz? Não
Número do CA da Vestimenta (Caso possua):
Adição de Temperatura ao IBUTG Médio Ponderado: 0 ºC
IBUTG Médio Ponderado Corrigido: 31,14 ºC
Taxa de Metabolismo Médio Ponderado: 260,4 W
IBUTG Méd. Pond. LEO
Nível de Ação Nível de Ação Ultrapassado?
Máx (LEO): Ultrapassado?
25,8 ºC Sim 28,9 ºC Sim
ANÁLISE DO VALOR TETO CONFORME NHO 06
Valor Teto
Local onde foi realizada a avaliação: IBUTG deste Local: Valor Teto:
Ultrapassado?
Frente ao fogão 31,91 ºC 37,1 ºC Não
Frente a pia da cozinha. 30,45 ºC 37,9 ºC Não
Frente a mesa de preparo da salada 30,01 ºC 37,9 ºC Não
É necessário Plano de Aclimatização? Risco Grave e Iminente?
Sim Não
É necessário realizar Treinamento com os Trabalhadores É necessário criar procedimentos de
quanto ao agente Físico Calor? emergência?
Sim Sim
Qual(is) a(s) Fonte(s) Geradora(s) do Calor: Fogão a Gás
Trajetória para todas as direções. Propagação pelo ar e por
Possíveis Trajetórias e Meios de Propagação:
contato.
Organizar e supervisionar serviços de cozinha, planejando cardápios e elaborando o
Descrição das Atividades: pré-preparo, o preparo e a finalização de alimentos, observando métodos de cocção e
padrões de qualidade dos alimentos.
Tipo de Exposição: Permanente
A empresa possui algum dado referente a exposição
Não Evidenciado
ao Calor? (Informações de temperatura do fabricante, etc.)
Existe algum indicativo de possível comprometimento
Não Evidenciado
da saúde decorrente do trabalho?
Medidas de Controle/Prevenção já existentes: Coifa Exaustora
Características dos fatores ambientais e demais condições de
trabalho que possam influenciar na exposição ao calor e no Não Evidenciado
mecanismo de trocas térmicas entre o trabalhador e o ambiente:
Registros disponíveis sobre a exposição
Não Evidenciado
ocupacional ao calor (Medições anteriores):
Observação:
Quais as possíveis lesões ou agravos à saúde relacionados aos perigos da exposição ao Calor:
Exaustão pelo Calor - A síncope pelo calor resulta da tensão excessiva do sistema circulatório, com perda de pressão
e sintomas como enjôo, palidez, pele coberta pelo suor e dores de cabeça.

Prostração Térmica por Desidratação - A desidratação ocorre quando a quantidade de água ingerida é insuficiente
para compensar a perda pela urina ou sudação e pelo ar exalado.

Prostração Térmica pelo Decréscimo do Teor Salino – A prostração térmica é caracterizada pelos sintomas: fadiga,
tonturas, falta de apetite, náuseas, vômitos e cãibras musculares.

Cãibras de Calor - Apresentam-se na forma de dores agudas nos músculos, em particular os abdominais, coxas e
aqueles sobre os quais a demanda física foi intensa.

Edema pelo Calor – Consiste no inchaço das extremidades, em particular os pés e os tornozelos.

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OBS.: Informações de possíveis danos a saúde retirados do eBook “Técnicas de Avaliação de Agentes Ambientais:
Manual SESI - Brasília 2.007 - Professor Mario Luiz Fantazzini e Maria Cleide Sanchez Oshiro”.
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Segundo determinado pela metodologia da NHO 06, para valores encontrados de Taxa Metabólica e Taxa Metabólica Média
Ponderada, intermediários aos valores constantes nas Tabelas para definição dos Limites (NA, Região de Incerteza, LEO e VT), será
considerado o IBUTG ou IBUTG Médio Ponderado (conforme o caso) relativo a Taxa Metabólica ou Taxa Metabólica Média
Ponderada (conforme o caso) imediatamente mais elevada.

O Resultado da Medição de Calor se encontra ACIMA do Limite de Exposição Ocupacional (LEO).

O Resultado da Medição de Calor se encontra acima do Nível de Ação, neste caso a adoção de Medidas Preventivas se fazem
necessárias. Recomenda-se que a organização elabore o Plano de Aclimatização, Procedimentos de Emergência e Treinamento
com os Trabalhadores quanto ao Agente Físico Calor, pois, segundo a NHO 06 e o Anexo 3 da NR 9 tais medidas preventivas são
obrigatórias, passível a multa caso não seja cumprido.

Ficou evidenciado que o trabalhador avaliado se encontra exposto acima da Região de Incerteza ou acima do Limite de Exposição
Ocupacional, neste caso a adoção de medidas corretivas se fazem obrigatórias. As medidas corretivas são medidas de controle que
visam reduzir o tempo de exposição do trabalhador ao agente físico calor, reduzir a taxa metabólica ou reduzir a temperatura em que
o trabalhador se mantem exposto.

Como o resultado da medição de Calor se encontra acima do Nível de Ação, ficou caracterizado que o Calor é um risco para o
trabalhador avaliado, neste caso, se faz necessário contemplar o Calor como Risco no PGR.

Como o resultado da medição de Calor se encontra acima do Nível de Ação conforme determinação do § 7º do Art. 284 da IN
128/2022, a informação do Agente Físico Calor no LTCAT é obrigatória.

Como o resultado da medição de Calor se encontra acima do Nível de Ação é necessário incluir tal risco no Laudo de Insalubridade
da organização.

DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS PREVENTIVAS E CORRETIVAS NECESSÁRIAS


Elaborar o Plano de Aclimatização.

Realizar treinamento com os trabalhadores expostos ao calor, com o objetivo de orientá-los quanto aos riscos
relacionados ao calor, atendendo as exigências do item 2.1.1 do Anexo 3 da NR 9.

Disponibilizar água fresca potável (ou outro líquidos de reposição adequado, conforme orientação médica) e
incentivar a sua ingestão.

Permissão para interromper o trabalho quando o trabalhador sentir extremo desconforto ao calor ou identificar sinais
de alerta ou condições de risco à sua saúde.

Adequação da ventilação. Aumentando a velocidade do ar sobre o trabalhador (idealmente, enquanto a


temperatura de bulbo seco do ambiente for menor que 35°C).

Climatizar o ambiente.

Instalação de Coifas com exaustores para facilitar a troca de ar do ambiente.

Instalação de Exaustores para facilitar a troca de ar do ambiente.

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Anexo 3 da NR 15 – Avaliação de Calor para Identificação de Insalubridade

Nome do Trabalhador Avaliado Função Setor GHE/GSE


Florinda Chaves Cozinheira Cozinha
Característica do Ambiente Avaliação no 1º Local de Trabalho: Exposição ocupacional ao calor em ambientes com fonte artificial de calor;
Avaliação no 2º Local de Trabalho: Exposição ocupacional ao calor em ambientes com fonte artificial de calor;
avaliado: Avaliação no 3º Local de Trabalho: Exposição ocupacional ao calor em ambientes fechados;
Trabalhador possui exposição DIÁRIA ao Risco Físico Calor? Sim
IBUTG Médio Ponderado: 31,14 ºC
Taxa de Metabolismo Médio Ponderado: 260,4 W
Limite de Exposição Ocupacional (LEO): LEO Ultrapassado? Atividade Insalubre?
28,9 ºC Sim Sim
CONCLUSÃO PARA INSALUBRIDADE
Conclui-se portanto que, como o resultado da avaliação de Stress Térmico (Calor) ultrapassou o valor do Limite de
Exposição Ocupacional (LEO) definido pelo Quadro 1 do Anexo 3 da NR 15 e se nenhuma medida for tomada a
atividade é considerada como INSALUBRE de Grau Médio.

Avaliação de Calor para Atendimento a Legislação Previdenciária – NHO 06

Nome do Trabalhador Avaliado Função Setor GHE/GSE


Florinda Chaves Cozinheira Cozinha
IBUTG Médio Ponderado: 31,14 ºC
Tipo de Roupa para Incremento de Ajuste do
Uniforme de trabalho (calça e camisa de manga comprida)
IBUTG Médio conforme Quadro 2 da NHO 06:
Vestimentas com capuz? Não
Número do CA da Vestimenta (Caso possua):
Adição de Temperatura ao IBUTG Médio Ponderado: 0 ºC
Taxa de Metabolismo Médio Ponderado: 260,4 W
Atividade Executada de Forma Permanente? Sim
IBUTG Méd. Pond.
IBUTG Médio Ponderado Corrigido: LEO Ultrapassado? Atividade Especial?
Máx (LEO):
31,14 ºC 28,9 ºC Sim Sim
CONCLUSÃO PARA APOSENTADORIA ESPECIAL:
Conclui-se portanto que, como o resultado da Avaliação de Stress Térmico (Calor), ultrapassou o Limite de Exposição Ocupacional
(LEO), definidos no Anexo 3 da NR-15, conforme determinado pelo Anexo IV do Decreto 3.048, de 1999, e esta atividade foi
caracterizada como Exposição Permanente, não ocasional nem intermitente, onde a mesma é indissociável ao agente nocivo,
conforme determinado pelo Art. 64 e 65 do Decreto 3.048/1.999, esta atividade ENSEJA em APOSENTADORIA ESPECIAL.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este Laudo permanecerá válido enquanto forem mantidas as condições existentes na
empresa por ocasião da vistoria. Quaisquer alterações que venham a ocorrer nas atividades
(planta física, equipamentos ou processo), exigirão novas análises.

A implantação, correção ou adequação às orientações expostas neste Laudo são


necessárias para atendimento as Leis de Segurança e Saúde do Trabalho.

As irregularidades encontradas, ainda que de pequenas proporções são itens


fiscalizáveis nas incursões do Ministério do Trabalho.

Visto a preocupação e compromisso do empregador no cumprimento das legislações


vigentes, conclui-se que as medidas corretivas sugeridas serão plenamente adotadas.

ELABORAÇÃO:

______________________________________
RESPONSÁVEL TÉCNICO
Thiago Santos Machado
Engenheiro de Segurança do Trabalho
CREA: MT0000 / NIS: 0.000.000.000-0
CPF: 000.000.000-0

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7. ANEXOS

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CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS


UTILIZADOS

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FORMULÁRIO DE CAMPO DE STRESS TÉRMICO


(CALOR)

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8. TERMO DE RECEBIMENTO

Declaro ter recebido nesta data o LAUDO DAS AVALIAÇÕES DE STRESS TÉRMICO
(CALOR) ref. Novembro de 2022 , elaborado pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho ,
Thiago Santos Machado , CREA: MT0000 , com os itens abaixo relacionados, estando
ciente do seu conteúdo.

ÍNDICE.................................................................................................................................................................................2
DADOS DA EMPRESA.....................................................................................................................................................3
1. INTRODUÇÃO, OBJETIVOS DO TRABALHO E JUSTIFICATIVA...................................................................4
2. DATA DA PERICIA....................................................................................................................................................4
3. METODOLOGIAS UTILIZADAS.............................................................................................................................4
NR 09 – PARÂMETROS PELO ANEXO 3 DA NR 09.............................................................................................4
NR 15 – PARÂMETROS PELO ANEXO 3 DA NR 15.............................................................................................6
APOSENTADORIA ESPECIAL – PARÂMETROS PARA O ENQUADRAMENTO DA APOSENTADORIA
ESPECIAL.......................................................................................................................................................................8
PARÂMETROS PELA NHO 06...................................................................................................................................9
IBUTG........................................................................................................................................................ 9
Taxas metabólicas (M)............................................................................................................................ 10
Limites de exposição ocupacional........................................................................................................... 10
Aclimatização.......................................................................................................................................... 11
Vestimentas............................................................................................................................................. 12
Reconhecimento dos locais e das condições de trabalho.......................................................................12
Equipamentos de medição e montagem................................................................................................. 13
Procedimentos de medição..................................................................................................................... 15
Cálculos................................................................................................................................................... 16
4. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS...........................................................................................................................18
5. DADOS OBTIDOS E RESPECTIVA INTERPRETAÇÃO.................................................................................19
ANÁLISE DA COZINHEIRA.......................................................................................................................................19
Resultado das Avaliações Realizadas em Campo e Taxa Metabólica....................................................19
Anexo 3 da NR 09 – Avaliação de Calor para Atendimento a NR 9........................................................21
Anexo 3 da NR 15 – Avaliação de Calor para Identificação de Insalubridade.........................................23
Avaliação de Calor para Atendimento a Legislação Previdenciária – NHO 06........................................23
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................................................24
7. ANEXOS...................................................................................................................................................................25
8. TERMO DE RECEBIMENTO.................................................................................................................................28

DATA: ____/_____/_____

RESPONSÁVEL __________________________________________________
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