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PSICOBIÓTICOS NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO E
ANSIEDADE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
PSICOBIÓTICOS EN EL TRATAMIENTO DE LA DEPRESIÓN Y LA
ANSIEDAD: UNA REVISIÓN SISTEMÁTICA
PSYCHOBIOTICS IN THE TREATMENT OF DEPRESSION AND
ANXIETY: A SYSTEMATIC REVIEW
RESUMO: Objetivo: verificar a eficácia dos psicobióticos, um tipo
de probiótico, no tratamento de depressão e ansiedade, considerando a
conexão entre o sistema nervoso e a microbiota intestinal. Métodos: foi
realizada uma revisão sistemática seguindo as diretrizes do PRISMA.
Foram incluídos estudos de coorte e ensaios clínicos que avaliaram o uso
de probióticos no tratamento desses transtornos. Resultados e
Discussão: a análise incluiu 15 artigos. Os resultados indicaram que
100% dos indivíduos com depressão e ansiedade melhoraram nos
sintomas. Além disso, 60% dos participantes com sintomas apenas de
ansiedade e 72,7% daqueles com sintomas apenas depressivos também
apresentaram melhorias. A maioria dos estudos apresentou baixo risco de
viés, confirmando os benefícios dos psicobióticos. Conclusão: os
resultados deste estudo reforçam a eficácia dos psicobióticos, com
destaque para as espécies Bifidobacterium longum e Lactobacillus
acidophilus, no tratamento de depressão e ansiedade, destacando a
importante relação entre o eixo intestino-cérebro no manejo desses
transtornos.
RESUMEN: Objetivos: verificar la eficacia de los psicobióticos, un
tipo de probiótico, en el tratamiento de la depresión y la ansiedad,
considerando la conexión entre el sistema nervioso y la microbiota
intestinal. Métodos: se realizó una revisión sistemática siguiendo las
directrices PRISMA. Se incluyeron estudios de cohorte y ensayos clínicos
que evaluaron el uso de probióticos en el tratamiento de estos trastornos.
Resultados y Discusión: el análisis incluyó 25 artículos. Los resultados
indicaron que el 100% de los individuos con depresión y ansiedad
2
experimentaron mejoras en los síntomas de ansiedad. Además, el 60% de
los participantes con solo síntomas de ansiedad y el 72,7% de aquellos
con solo síntomas depresivos también presentaron mejoras. La mayoría de
los estudios presentaron un bajo riesgo de sesgo, lo que confirma los
beneficios de los psicobióticos. Conclusión: los resultados de este estudio
refuerzan la eficacia de los psicobióticos, con énfasis en las especies
Bifidobacterium longum y Lactobacillus acidophilus, en el tratamiento de
la depresión y la ansiedad, destacando la importante relación entre el eje
intestino-cerebro en el manejo de estos trastornos.
ABSTRACT: Objective: to verify the efficacy of psychobiotics, a
type of probiotic, in the treatment of depression and anxiety, considering
the connection between the nervous system and the intestinal microbiota.
Methods: a systematic review was conducted following the PRISMA
guidelines. Cohort studies and clinical trials that evaluated the use of
probiotics in the treatment of these disorders were included. Results and
Discussion: the analysis included 15 articles. The results indicated that
100% of individuals with depression and anxiety improved their
symptoms. In addition, 60% of participants with only anxiety symptoms
and 72.7% of those with only depressive symptoms also showed
improvements. Most studies had a low risk of bias, confirming the benefits
of psychobiotics. Conclusion: the results of this study reinforce the
efficacy of psychobiotics, with emphasis on the species Bifidobacterium
longum and Lactobacillus acidophilus, in the treatment of depression and
anxiety, highlighting the important relationship between the gut-brain axis
in the management of these disorders.
DESCRITORES: Probióticos; Depressão; Ansiedade;
DESCRIPTORES: Probióticos; Depresión; Ansiedad;
DESCRIPTORS: Probiotics; Depression; Anxiety;
INTRODUÇÃO
O microbioma intestinal, composto por milhares de microrganismos,
é essencial para a saúde, entre outros motivos, porque produzem
moléculas neuroativas como serotonina, dopamina, noradrenalina e GABA
3
[1] . Essas substâncias, que atuam como neurotransmissores, influenciam
diretamente o eixo intestino-cérebro, regulando o desenvolvimento
neurológico e o comportamento, modulados por fatores como via de parto,
dieta e medicamentos [2,3] .
A comunicação da microbiota com o cérebro ocorre pelas vias
imunológica, nervo vago e neuroendócrina [4] . Em condições normais,
hospedeiro e microrganismos coexistem em equilíbrio, mas fatores como
estresse podem causar disbiose, o que está associada a maior
vulnerabilidade a transtornos como ansiedade e depressão [5] . A relação
entre saúde mental e intestinal é bidirecional; transtornos psiquiátricos
frequentemente observados em indivíduos com problemas intestinais [4] .
Os probióticos, definidos como microrganismos vivos que conferem
benefícios à saúde quando administrados em quantidades adequadas,
podem restaurar o equilíbrio intestinal, modulando a permeabilidade,
inflamação e a produção de Ácidos graxos de cadeia curta (SCFAs) [6] .
Quando usados para tratar sintomas psiquiátricos, como ansiedade e
depressão, são chamados psicobióticos [2,4,7] . Esses microrganismos
influenciam neurotransmissores, humor e memória, regulando o estresse
e a inflamação. Estudos mostram seu potencial no tratamento de
depressão e ansiedade, já que a microbiota impacta diretamente redes
associadas a afetos negativos, como medo e tristeza [7–9] . O objetivo
deste estudo é realizar uma revisão sistemática sobre a eficácia dos
psicobióticos no tratamento da depressão e ansiedade, incluindo uma
análise das cepas e dosagens utilizadas, fornecendo uma base sólida para
futuras diretrizes clínicas no manejo desses transtornos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Esta revisão sistemática tem como objetivo explorar as evidências
sobre a eficácia dos probióticos no tratamento da depressão e ansiedade,
além de investigar as principais cepas bacterianas, doses e dosagens
utilizadas. A busca foi realizada na Biblioteca Virtual em Saúde, nas bases
4
MEDLINE e LILACS, com os descritores 'probiotics' AND 'depression' AND
'anxiety' AND 'therapeutics', abrangendo os últimos cinco anos.
A seleção dos artigos incluiu leitura de títulos e resumos, com
análise completa em casos de incerteza. Foram incluídos 14 ensaios
clínicos e 1 estudo de coorte, que utilizaram questionários para avaliar
depressão e/ou ansiedade. Estudos que investigaram apenas prebióticos,
outros parâmetros, ou que não estavam disponíveis na íntegra foram
excluídos. Revisões sistemáticas, estudos com animais e integrativos
também foram excluídos, seguindo o protocolo PRISMA.
A extração de dados seguiu a abordagem PICO: Participantes
(incluindo características demográficas e diagnósticas), Intervenções (tipo,
intensidade, duração), Comparação (tratamento usual ou controle) e
Desfechos (escala utilizadas) e eficácia. O risco de viés foi avaliado com a
ferramenta Rob 2, considerando randomização, desvios, dados ausentes,
medição e seleção de desfechos, sendo os resultados classificados como
baixo risco, algumas preocupações ou alto risco.
RESULTADOS e DISCUSSÃO
O desfecho primário esperado foi elucidar a eficácia psiquiátrica da
administração de probióticos na depressão e ansiedade, utilizando pelo
menos uma escala psicológica para avaliação dos
sintomas. Secundariamente, a análise inclui as cepas probióticas que
produzem resultados positivos de forma mais consistente e as dosagens
predominantemente usadas. De acordo com a Figura 1, 15 estudos foram
incluídos nesta revisão sistemática sobre o uso de psicobióticos na
depressão.
Identificação dos estudos através de bases de dados e
registros
Registros encontrados em
Identificaç Filtrados pelo período
pesquisa na base de dados,
e idiomas (n = 50)
ão utilizando os indicadores
Registros excluídos após leitura do título
Registros selecionados (n = 129) e resumo, retirando as duplicatas (n =
58)
Triage
Publicações retiradas por não serem
Artigos mantidos (n = 71) encontradas na íntegra (n = 13)
m
5
Publicações avaliadas para Sem resultados (n = 19)
Inclusãelegibilidade (n = 58) Abrange uso de probióticos para outras
doenças e não as estudadas (n = 2)
o Avalia prebióticos somente (n = 2)
Total de estudos incluídos Não avalia a eficácia dos probióticos,
(n=15) mas outros parâmetros (n=1)
Revisões da literatura (n=19)
Figura 1 → Fluxograma Prisma de seleção dos artigos utilizados na
revisão sistemática.
Fonte: Adaptado de PRISMA 2020 flow diagram for new systematic
reviews which included searches of databases and registers only.
Os dados foram extraídos dos artigos considerando a abordagem
PICO [10] , além de dados sobre a eficácia dos probióticos, tipo de estudo e
limitações descritas nos artigos.
E P: I: C: O: Resulta
stud populaçã intervenção comparaç desfecho(s) dos
o o ão
18- Cápsul Se Escal Interve
65 anos as com 40 m grupo a de nção segura
[11] com cepas (não controle Transtorno e tolerável;
depressã mencionadas de redução de
o/ansieda ), 3X/dia por Ansiedade ansiedade e
de, sem 8 semanas Generalizad depressão
uso de a (GAD),
antidepre Escala de
ssivos Transtorno
de
Ansiedade
de
Montgomer
y (MADRS)
6
Inven
18- L. Pla Probiót
tário de
[12] 85 anos rhamnosus cebo, icos + inulina
Depressão
com 1,9×10⁹ randomiz reduziram
de Beck
Doença UFC/dia por ado, sintomas;
(BDI),
Arterial 2 meses duplo- probiótico
Inventário
Coronária cego isolado com
de
(DAC) menor efeito
Ansiedade
Traço-
Estado de
Spielberger
(STAI)
65- Várias Se Inven Reduçã
[13] 85 anos cepas m tário de o de
(1,12×10¹¹ controle Depressão depressão
UFC), 2x/dia de Hamilton nos
por 2 meses (CES-D), inflamados;
STAI, ansiedade
inflamação não alterada
Sín B. Pla Inven Reduçã
drome do longum cebo, tário de o progressiva
[14] Intestino 1714® e sem Depressão de depressão
Irritável 35624®, randomiz e e ansiedade
(SII) com 1×10⁹ ação Ansiedade até a
depressã UFC/dia por de Hamilton semana 16
o/ansieda 2 meses (HANDS-D),
de leves HANDS-A
Dia L. Pla BDI, Melhor
béticos acidophilus, cebo, Inventário as
[15] com DAC L. reuteri, L. randomiz de significativas
(45-85 fermentum, ado, Ansiedade nos
7
anos) B. bifidum, duplo- de Beck indicadores
8×10⁹ cego (BAI) de saúde
UFC/dia por mental
12 semanas
Indi B. Pla Escal Reduçã
víduos longum, L. cebo, a Hospitalar o de escores
[16] com 24,2 helveticus, L. duplo- de de HADS,
± 3,4 plantarum cego, Ansiedade mas não
anos (doses randomiz e significativa
variadas), ado Depressão
duração não (HADS)
mencionada
18- Mistura Pla BAI Sem
65 anos, de 8 cepas cebo, efeito
[17] sem (doses randomiz significativo
diagnóstic variadas), ado em
o por 8 ansiedade ou
psiquiátri semanas depressão
co
Mod B. Pla BAI, Reduçã
[18] erados longum cebo, BDI o
transtorn subsp. randomiz significativa
os longum e ado, de ansiedade
psicológic infantis, duplo- e depressão
os (18-65 0,25×10¹⁰ cego
anos) UFC/dia por
12 semanas
Indi C. Con BAI, Eficaz
víduos butyricum trole, BDI e bem
[19] depressã MIYAIRI588, randomiz tolerado em
8
o 60 mg/dia ado combinação
utilizando por 8 com
Inibidores semanas antidepressiv
Seletivos os
de
Recaptaç
ão de
Serotonin
a (ISRS)
Indi L. Pla HADS Melhor
víduos acidophilus, cebo, -D, HADS-A a em
[20] que B. bifidum, randomiz sintomas de
realizam B. lactis, B. ado, depressão
hemodiáli longum duplo-
se (doses cego
frequente variadas), 12
mente semanas
(30-65
anos)
Ges L. Pla Escal Impact
tantes rhamnosus cebo, a de o modesto
[21] obesas HN001, B. randomiz Depressão nos sintomas
animalis ado, Pós-Parto depressivos
lactis, duplo- de Edinburg
1×10¹⁰ cego (EPDS)
UFC/dia até 6
meses após
o parto
Est Mistura Pla HAMD Reduçã
udantes de 6 cepas, cebo, , HAMA o de
[22] (18-24 2x/dia por 15 randomiz ansiedade e
9
anos) dias ado restauração
da
microbiota
Dep Bio- Pla STAI Reduçã
ressão Kult® cebo, o
[23] diagnostic (múltiplas randomiz significativa
ada cepas), ado, de depressão
2×10⁹ duplo-
UFC/cápsula/ cego
dia por 4
semanas
18- L. Pla STAI Sem
65 anos helveticus, cebo, melhora
[24] sem B. longum, randomiz significativa
doenças 1,3×10⁹ ado
psiquiátri UFC/dia por
cas 4 semanas
Est L. Pla HAMA Reduçã
udantes plantarum, cebo, , HAMD o de
[25] em 1,5×10¹⁰ randomiz ansiedade,
exames UFC/sachê, ado depressão e
finais 2x/dia por 3 insônia
semanas
Quadro 1 → Análise dos artigos de acordo com a abordagem PICO,
contendo características da população utilizada nos estudos, a intervenção
utilizada, forma de controle dos grupos (se houver), randomização e
duplo-cego (se aplicável), e a eficácia dos probióticos.
Fonte: o autor (2024).
10
Nesta revisão foram incluídos 11 ensaios clínicos randomizados, 3
ensaios clínicos não randomizados [11,14,22] e 1 estudo de coorte [19] . A
análise do risco de viés dos ensaios clínicos randomizados analisados
nesta revisão, conforme sugerido pelo Protocolo PRISMA, pode ser vista na
Figura 2; 50% dos estudos apresentaram baixo risco de viés, 25%
apresentaram algumas preocupações e 25% alto risco de viés.
Figura 2 → Análise do risco de viés dos ensaios
randomizados
Estudo D D D D D T
Raygan, Ostadmohammadi e Asemi,
Moludi et al., 2021 +
Bourdel-Marchasson et al,. 2020 +
Rode et al., 2022
Freijy et al., 2023
Inoue et al., 2018 +
Zhu et al., 2023
Haghighat, Rajabi and
Hulkkonen et al,. 2021 +
Baião et al., 2023
Morales-Torres et al., 2023
Risco baixo D1: Processo de
Algumas preocupações D2: Desvios da intervenção
Risco alto D3: Dados ausentes
D4: Mensuração dos
Fonte: o autor
Os estudos analisados confirmam os benefícios dos psicobióticos no
tratamento da depressão e do Transtorno de Ansiedade Generalizada
(TAG). A depressão, que afeta milhões globalmente, apresenta alta
comorbidade com a ansiedade, tornando essas condições mais resistentes
ao tratamento e aumentando o risco de suicídio [26–28] . O tratamento
farmacológico não garante remissão completa e tem alta taxa de recaída
[29,30] . Já o TAG, caracterizado por preocupações excessivas e sintomas
físicos, afeta o desempenho diário, com menos de 50% dos pacientes
atingindo remissão completa [38,39] A relação entre microbiota intestinal
e esses transtornos destaca o potencial da suplementação com probióticos
[6] . Entre os estudos, as cepas mais usadas foram Bifidobacterium longum
(8 estudos) e Lactobacillus acidophilus (6), com tratamentos de 3 a 12
11
semanas e doses de 7x10⁷ a 1x10¹⁰ UFC/dia. Apenas dois estudos não
observaram melhora significativa, ambos incluindo indivíduos sem
sintomas [11,15] . Por outro lado, ensaios com pacientes sintomáticos
relataram resultados positivos [11,13,17,20] .
A combinação de probióticos com prebióticos (simbióticos)
apresentou resultados mistos. Alguns estudos observaram maior eficácia
com simbióticos [12,20] , enquanto outro não identificou diferenças
significativas [17] . A suplementação parece mais eficaz em pacientes com
disbiose, sugerindo que a análise da microbiota pode ser crucial para
personalizar intervenções [12,15,23–25] .
Apesar de limitações como a heterogeneidade em cepas, duração e
dosagem, os psicobióticos demonstram potencial como terapia adjuvante
para depressão e ansiedade, seja isoladamente ou combinados com
antidepressivos. Mais estudos são necessários para entender seus
mecanismos de ação e identificar os pacientes que mais podem se
beneficiar.
CONCLUSÃO
O uso de psicobióticos, especialmente Bifidobacterium longum e
Lactobacillus acidophilus, pode ser uma estratégia coadjuvante no manejo
da depressão, embora a magnitude de seus efeitos ainda não esteja
plenamente esclarecida. Apesar da relação evidente entre o eixo intestino-
cérebro e os benefícios dos probióticos, limitações como a
heterogeneidade das intervenções e o foco em indivíduos saudáveis
dificultam a generalização dos resultados. Ainda são necessárias mais
pesquisas rigorosas para confirmar e ampliar esses achados.
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