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Apostila Geografia

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APOSTILA:
GEOGRAFIA do brasil

Professor: Cleiton Froelich


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UNIDADE 1 – ESPAÇO E SOCIEDADE

O QUE É GEOGRAFIA?

Geografia é uma ciência que estuda as características da superfície do planeta Terra, os fenômenos climáticos e
a ação do ser humano no meio ambiente e vice-versa.
A Geografia é uma ciência muito importante, pois permite ao homem compreender melhor o planeta em que
vive. Para isso, está ciência dispõe de diversos recursos matemáticos e tecnológicos. A estatística, por exemplo, é
muito usada na área da pesquisa populacional. Os satélites são fundamentais na elaboração de mapas, além de
fornecerem dados importantes para a verificação de mudança na vegetação do planeta.
No Brasil, o estudo da Geografia é obrigatório para os alunos do Ensino Fundamental e Médio e deve ser
oferecido pelas escolas.

Figura 1: Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=4075

A RELAÇÃO NATUREZA E SOCIEDADE

As relações entre sociedade e natureza refletem e produzem as transformações ocorridas no contexto do


espaço geográfico.
Desde a constituição das primeiras sociedades e o surgimento das primeiras civilizações, observa-se a
existência de uma intensa e nem sempre equilibrada relação entre sociedade e natureza. Essa relação diz
respeito às formas pelas quais as ações humanas transformam o meio natural e utilizam-se deste para o seu
desenvolvimento. Além do mais, diz respeito também à forma pela qual as composições naturais – seres
vivos, relevo, clima e recursos naturais – interferem nas dinâmicas sociais.
Por esse motivo, é importante entender a complexidade com que se estabelece a interação entre
natureza e ação humana, pois, mesmo com a evolução dos diferentes instrumentos tecnológicos e das formas
de construção da sociedade, a utilização e transformação dos elementos naturais continuam sendo de
fundamental relevância.
Originalmente, os primeiros agrupamentos humanos, que eram nômades, utilizavam-se da natureza
como habitat e também para a extração de alimentos. Com o passar do tempo, a constituição da agricultura
no período neolítico possibilitou a instalação fixa das primeiras sociedades e, por extensão, o
desenvolvimento de diferentes civilizações. Isso foi possível graças à evolução ocorrida nas técnicas e nos
instrumentos técnicos, que permitiram o cultivo e a administração dos elementos naturais.
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Evolução do homem aos dias de hoje. Disponível em: http://juliosimoes.blog.br/2010/06/14/homem-x-meioambiente/

TRANSFORMAÇÕES TÉCNICAS E CIENTÍFICAS

Originalmente, os primeiros agrupamentos humanos, que eram nômades, utilizavam-se da natureza


como habitat e também para a extração de alimentos. Com o passar do tempo, a constituição da agricultura
no período neolítico possibilitou a instalação fixa das primeiras sociedades e, por extensão, o
desenvolvimento de diferentes civilizações. Isso foi possível graças à evolução ocorrida nas técnicas e nos
instrumentos técnicos, que permitiram o cultivo e a administração dos elementos naturais.
Com o tempo, as sociedades tornaram-se cada vez mais desenvolvidas e, consequentemente,
produziram transformações cada vez mais avançadas em seus sistemas de técnicas, gerando um maior poder
de construção e transformação do espaço geográfico e os consequentes impactos sobre a natureza. Portanto,
a influência da ação humana sobre a dinâmica natural tornou-se gradativamente mais complexa.
Essa influência acontece de muitas formas e perspectivas, como é o caso das consequências geradas
pelo desmatamento, retirada dos recursos do solo, alteração das formas de relevo para o cultivo (como as
técnicas de terraceamento desenvolvidas pelos astecas), etc. Após o século XVIII, com o desenvolvimento
da Revolução Industrial, podemos dizer que os impactos da sociedade sobre o meio natural intensificaram-
se de maneira jamais vista, propiciando uma união de fatores que levou ao aceleramento da geração de
impactos ambientais.
Mas é preciso considerar que a natureza também gera impactos sobre a sociedade. Essa perspectiva é
de necessária compreensão para que não se considere o espaço natural como um meio estático, passivo, sem
ação. Um exemplo mais evidente disso envolve os desastres naturais, como a passagem de um forte ciclone
sobre uma cidade ou a ocorrência de um intenso terremoto. Essas são apenas algumas das muitas formas com
que a natureza pode gerar mudanças no espaço geográfico e na constituição das ações humanas.
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"Que desastre!" "Yeah, é uma tragédia, nós não temos sinal aqui" Fonte: http://tecnoesociedade.blogspot.com.br/2011/07/osimpactos-da-
globalizacao.html

Em muitas abordagens, considera-se que há uma interação muitas vezes caótica e até reativa entre a
natureza e a sociedade. Nesse ponto de vista, entende-se que os impactos gerados sobre a natureza
reverberam, cedo ou tarde, em impactos gerados da natureza sobre a sociedade. Um exemplo seria o
Aquecimento Global, fruto da poluição e da degradação ambiental (embora, no meio científico, essa teoria
não seja um consenso).
Portanto, é preciso considerar que, independente da forma com que se estabelece essa complexa
relação entre natureza e sociedade, é preciso entender que os seres humanos precisam conservar o espaço
natural, sobretudo no sentido de garantir a existência dos recursos e dos meios inerentes a eles para as
sociedades futuras. A evolução das técnicas, nesse ínterim, precisa acontecer no sentido de garantir essa
dinâmica.

Esquema - Espaço Geográfico


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GEOGRAFIA: CONCEITOS NORTEADORES

Quando falamos do espaço que percebemos / sentimos estamos falando da Paisagem. Ela não é
apenas o que a nossa vista alcança, mas tudo que percebemos também através de nossos outros sentidos.
Por isso uma paisagem pode ser marcada por um aroma, textura, sabor… (Façam um exercício fechando os
olhos e imaginando a paisagem de uma praia; de qual forma você
a caracterizaria?)

Se um espaço é delimitado por relações de dominação e poder podemos chamá-lo também de


Território. Se alguém domina determinado espaço também vão ser criadas fronteiras/limites, por isso todo
território é marcado por fronteiras, sejam elas formais (como as dos países e estados) ou informais (como
entre vendedores concorrentes, camelôs, etc.)
Agora imagine o espaço em que você mais vive e conhece. Aquele que lhe remete à lembranças e
experiências, o espaço do cotidiano. Podemos dizer que esse é o seu Lugar.
Por fim, sempre que tentamos separar e diferenciar espaços uns dos outros acabamos por criar
regionalizações, ou seja, espaços que se diferenciam de outros por possuir características bem específicas,
que podem ser naturais, culturais, econômicas, etc. Chamamos estes espaços de Regiões.

Atividades:

1 - (ENEM) “O espaço geográfico é fruto de um processo que ocorre ao longo da história das diversas
sociedades humanas; dessa forma, representa interesses, técnicas e valores dessas mesmas sociedades, que
o constroem segundo suas necessidades. Então, é possível dizer que ele reflete o estágio de desenvolvimento
dos meios técnicos de cada sociedade”.
(SILVA, A. C. et. al. Geografia contextos e redes 01. 1º ed. São Paulo: Moderna, 2013. p.19).

No trecho acima, observa a noção de espaço geográfico vinculada:


a) ao emprego aleatório de ferramentas desprovidas de seus contextos.
b) à ideia de que a sociedade é o reflexo do meio onde vive e que nele se reproduz.
c) à história da humanidade, limitando esse conceito às justaposições do passado.
d) aos interesses da sociedade, em uma perspectiva totalitária e sem subjetividades.
e) à utilização das técnicas para a produção da sociedade e suas espacialidades.

2 - (ENEM) “No conceito de espaço geográfico está implícita a ideia de articulação entre natureza e
sociedade. Na busca desta articulação, a Geografia tem que trabalhar, de um lado, com os elementos e
atributos naturais, procurando não só descrevê-los, mas entender as interações existentes entre eles; e de
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outro, verificar a maneira pela qual a sociedade está administrando e interferindo nos sistemas naturais. Para
perceber a ação da sociedade é necessário adentrar em sua estrutura social, procurando apreender o seu
modo de produção e as relações socioeconômicas vigentes”.
(GIOMETTI, A. B. R., et al. Leitura do Espaço Geográfico através das categorias: Lugar, Paisagem e
Território. In: Caderno de formação: formação de professores didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura
Acadêmica, 2012. p.34).
Na conceituação acima apresentada, temos a Geografia como uma ciência da natureza e da sociedade, no
sentido de:

a) descrever as metanarrativas individuais do natural e do social.


b) evidenciar as relações de interação entre esses dois elementos da realidade.
c) compreender as dinâmicas naturais dos espaços humanizados.

d) avaliar as estruturas dos sistemas naturais para neles interferir.


e) evidenciar a complementaridade nula entre o espaço e as práticas humanas.

3 - Assinale, a seguir, a alternativa que melhor indica o conceito atual de espaço geográfico:

a) Compreende o substrato superficial onde habitam os seres vivos terrestres.


b) Abrange o meio físico da Terra e suas dinâmicas naturais, tais como o clima, o relevo e a vegetação.
c) É o resultado da interação mediada pelas técnicas entre as práticas humanas e suas sociedades com a
superfície terrestre e seus elementos.
d) É tudo aquilo que pode ser contemplado pela visão em um ambiente imediatamente próximo.
e) É o “palco” das práticas sociais, caracterizando-se por ser um receptáculo das ações antrópicas.

4 - (UFU) A Geografia se expressou e se expressa a partir de um conjunto de conceitos que, por vezes, são
considerados erroneamente como equivalentes, a exemplo do uso do conceito de espaço geográfico como
equivalente ao de paisagem, entre outros.

Considerando os conceitos de espaço geográfico, paisagem, território e lugar, assinale a alternativa


INCORRETA.

a) A paisagem geográfica é a parte visível do espaço e pode ser descrita a partir dos elementos ou dos
objetos que a compõem. A paisagem é formada apenas por elementos naturais; quando os elementos
humanos e sociais passam a integrar a paisagem, ela se torna sinônimo de espaço geográfico.

b) O espaço geográfico é (re)construído pelas sociedades humanas ao longo do tempo, através do


trabalho. Para tanto, as sociedades utilizam técnicas de que dispõem segundo o momento histórico que
vivem, suas crenças e valores, normas e interesses econômicos. Assim, pode-se afirmar que o espaço
geográfico é um produto social e histórico.

c) O lugar é concebido como uma forma de tratamento geográfico do mundo vivido, pois é a parte do
espaço onde vivemos, ou seja, é o espaço onde moramos, trabalhamos e estudamos, onde estabelecemos
vínculos afetivos.

d) Historicamente, a concepção de território associa-se à ideia de natureza e sociedade configuradas por


um limite de extensão do poder. A categoria território possui uma relação estreita com a de paisagem e pode
ser considerada como um conjunto de paisagens contido pelos limites políticos e administrativos de uma
cidade, estado ou país.
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5 - (ENEM-2012) Portadora de memória, a paisagem ajuda a construir os sentimentos de pertencimento; ela


cria uma atmosfera que convém aos momentos fortes da vida, às festas, às comemorações.
CLAVAL, P. Terra dos homens: a geografia. São Paulo: Contexto, 2010 (adaptado).
No texto, é apresentada uma forma de integração da paisagem geográfica com a vida social. Nesse sentido,
a paisagem, além de existir como forma concreta, apresenta uma dimensão
a) política de apropriação efetiva do espaço.
b) econômica de uso de recursos do espaço.
c) privada de limitação sobre a utilização do espaço.
d) natural de composição por elementos físicos do espaço.
e) simbólica de relação subjetiva do indivíduo com o espaço.

Referências Bibliográficas da Unidade

MOREIRA, IGOR e AURICCHIO, ELIZABETH. Geografia em Construção. V. 2. A construção do espaço brasileiro.


São Paulo: Ática, 2010.

PENA, RODOLFO F. ALVES. Exercícios de Geografia Humana. Disponível em: < http://exercicios.mundo
educacao.bol.uol.com.br/exercicios-geografia/exerciciossobre-geografia-humana.htm#resposta-1030 >

PENA, RODOLFO F. ALVES. Sociedade e Natureza. Disponível em: < http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/


geografia/sociedade-natureza.htm >

SUA PESQUISA. Conceito de Geografia. Disponível em: < http://www.suapesquisa.com/geografia/conceito_geo


grafia.htm >
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UNIDADE 2 - REPRESENTAÇÕES
DO ESPAÇO GEOGRÁFICO E A CARTOGRAFIA

O ESPAÇO E O CONHECIMENTO CARTOGRÁFICO


Localizar-se, estabelecer caminhos e orientar-se para seguir a direção certa: isso sempre
acompanhou a história do homem na Terra. O que mudou, ao longo do tempo, foram os recursos
(equipamentos, instrumentos), as características do espaço geográfico e, por consequência, os referenciais
para localização e para orientação.
Dependendo das características do espaço geográfico, dos aspectos culturais
dos povos, da disponibilidade de equipamentos, recursos, como plantas e mapas, e dos referenciais, a
maneira de orientar-se e localizar-se variam.
Pode-se localizar tomando por base referenciais como ruas, construções, estradas, rios, etc. (situação
comum à maioria das pessoas), ou por meio de conhecimentos geográficos, tais como: interpretação de
plantas e mapas; domínio de noções sobre coordenadas geográficas - latitude e longitude -, manuseio e
leitura de equipamentos, como GPS, bússola.

SE LOCALIZANDO NO ESPAÇO
Rosa dos ventos

Pontos Cardeais: Leste, Oeste, Norte e Sul.


Pontos Colaterais: Noroeste (NO), Nordeste (NE), Sudeste (SE) e Sudoeste
(SO).
Pontos Subcolaterais: ésnordeste (ENE), nor-nordeste (NNE),
su-sudeste (SSE), éssudeste (ESE), oés-sudoeste (OSO), su-sudoeste
(SSO), nor-noroeste (NNO), oésnoroeste (ONO).
A designação de norte, sul, leste e oeste possuem sinônimos, são eles:
• Meridional e austral, se referem ao hemisfério sul.
• Já as palavras Setentrional e boreal, estão ligadas ao hemisfério norte.
• O termo Oriental se refere a leste (L) ou também East (E), do inglês.
• Por fim, o ocidente pode ser chamado de oeste (O), ou West (W)
Esses são os pontos que facilitam a orientação na superfície terrestre. A noção a respeito desses pontos
de orientação é fundamental para estabelecer os deslocamentos aéreos e marítimos, por exemplo, ou em
locais onde não há estradas, como regiões desérticas e áreas florestais.

ORIENTAÇÃO PELOS ASTROS


A orientação pelos astros depende de uma série de condições que estão relacionadas, por exemplo, à situação
do tempo atmosférico (é preciso que o céu esteja limpo), à localização do observador no planeta Terra - distância em
relação à linha do Equador -, à época do ano, e sem a utilização complementar de equipamentos astronômicos, trata-
se de uma orientação aproximada. Meios naturais de orientação: Sol, lua, estrela Polar, Cruzeiro do Sul.
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ORIENTAÇÃO POR INSTRUMENTOS


Bússola, rádio, radar, sistema de navegação por satélites.

COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Encontrar determinado prédio numa cidade é relativamente fácil; basta ter o endereço. Localizar uma cidade
ou um ponto qualquer na superfície terrestre requer outros procedimentos. Um deles é a localização por meio de
circunferências imaginarias traçadas sobre o globo terrestre ou mapas, sistema esse chamado de coordenadas
geográficas.
Os paralelos e meridianos são circunferências indicadas por grau, segundo a divisão do sexagesimal.
O paralelo de zero grau (0°) é a circunferência mais larga da terra, cujos pontos são equidistantes dos polos.
Esse paralelo é denominado EQUADOR e divide o planeta em dois hemisférios: NORTE e SUL.
Os paralelos são traçados em relação ao equador, tanto para norte quanto para o sul. A cada deles é atribuído
o número correspondente ao ângulo que forma com a linha do equador. Portanto, os polos estão a 90° do equador.

Os meridianos são circunferências imaginarias que passam pelos dois polos. Os meridianos têm a mesma
medida, ao contrário dos paralelos. A escolha do meridiano de zero grau (0°), foi convencionada. Escolheuse então
o meridiano que passa pela torre do observatório astronômico de GREENWICH (que do nome ao meridiano).
O meridiano divide a terra em dois hemisférios: o OCIDENTAL e ORIENTAL. A partir dele, que
corresponde a 0°, pode-se traçar vários meridianos, até o limite de 180°, tanto para leste quanto para oeste,
totalizando 360° da circunferência. Ao lado do número do meridiano vai à indicação leste ou oeste.
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LATITUDE E LONGITUDE
Dar as coordenadas de uma cidade significa informar sua latitude e sua longitude.
LATITUDE é o afastamento, medido em graus, da linha do equador a qualquer outro ponto da superfície
terrestre. Ela vai de 0° (equador) a 90°, podendo ser norte ou sul.
A LONGITUDE é o afastamento medido em graus, do meridiano de Greenwich um ponto qualquer na
superfície terrestre. Ela vai de 0° (Greenwich) a 180° e pode ser leste ou oeste.

As distancias angulares são indicadas em graus e não em quilômetros, porque se trata de medições sobre
uma esfera, forma aproximada da terra. Para ter uma ideia, cada grau, na linha do equador equivale a pouco mais de
111 km
Para localizarmos uma cidade ou um local precisamos de uma rede de coordenadas, na qual os paralelos e
os meridianos aparecem com sua indicação numérica. Para obter a localização, basta indicar o paralelo e o meridiano.
Em outras palavras, a coordenada geográfica de um determinado ponto na terra é obtida pela intersecção de
um paralelo e de um meridiano que se cruzam.

ZONAS DA TERRA
A inclinação do eixo de rotação da terra é de 66°33’ em relação ao plano de translação. Isso significa que o equador
está 23°27’ obliquo em relação ao plano de orbita da terra. Essa realidade astronômica é responsável pela definição
dos paralelos mais importantes – os trópicos e os círculos polares:
• A 23°27’ de latitude norte – tropico de Câncer;
• A 23°27’ de latitude sul – tropico de Capricórnio;
• A 66°33’ de latitude norte – o círculo polar ártico;
• A 66°33’ de latitude sul – o círculo polar antártico
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A importância dos trópicos e dos círculos polares deve-se sobretudo ao fato de eles delimitarem as zonas
térmicas conhecidas como zonas da terra:

• ZONA TROPICAL OU INTERTROPICAL: localizada entre os dois trópicos, é a faixa onde se localizam as baixas
latitudes. Caracteriza por receber mais intensamente a luz solar, pois nela os raios do sol incidem verticalmente,
ficando “a pino” ao meio-dia pelo menos em um dia do ano. Essa é em média a zona mais quente do nosso planeta.

• ZONAS TEMPERADAS: compreendidas cada qual entre o tropico e o círculo polar do hemisfério correspondente,
são localizadas em latitudes medias. O sol nunca fica realmente a pino, pois incidem de modo mais ou menos
inclinados. Quando mais afastado do equador, mas inclinado é a incidência solar, o que reduz a quantidade de luz
e calor recebidos do sol. Assim as regiões temperadas são menos quentes e iluminadas que a zona tropical.

• ZONAS POLARES: localizadas além dos círculos polares, em ambos os hemisférios. Correspondem as zonas de
altas latitudes. Esta zona recebe os raios solares muito inclinados e, portanto, muito fracos. Por essa razão, são
muito frias. Há períodos do ano que o sol nem aparece.

Espaço da Atividade 1- (UFPE). Analise as preposições a seguir:


a. Os paralelos são importantes porque permitem avaliar a latitude que é a distância em graus a partir do equador;
b. Os paralelos têm diâmetros iguais, e logicamente, comprimentos ou perímetros também iguais;
c. Os meridianos são círculos perpendiculares aos paralelos e passam pelos polos onde eles se cruzam;
d. A longitude inicial é 0° e a máxima de 180°, podendo ser norte ou sul.
e. As coordenadas geográficas são valores que determinam a localização de um lugar na superfície terrestre.

Estão corretas:
a) a, d, e.
b) b, c, d.
c) a, c, e.
d) b , c, e.
e) b, e.

FUSOS HORÁRIOS

O tempo é uma referência indispensável aos seres humanos, tanto quanto o espaço em que vivem
(superfície) Em cada ponto da superfície terrestre, cada hora corresponde a uma determinada posição do sol
em seu movimento aparente.
Portanto, cada lugar tem sua hora real ou hora solar. O momento em que o sol está mais alto, por
exemplo, é meio dia ou 12 horas. Somente os lugares localizados sobre um mesmo meridiano tem a mesma
hora solar.
Tendo os respectivos meridianos, isto é, as longitudes de dois lugares, podemos calcular a diferença
de horário entre eles.
Por exemplo: Vitória, capital do estado de ES, tem 40° de longitude oeste; Tóquio, capital do Japão,
tem 140° de longitude leste. Qual a diferença de horário entre as duas capitais?
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1° Passo: VERIFICAR O HEMISFÉRIO DAS DUAS CIDADES:


MESMO = DIMINUI AS LONGITUDES DIFERENTE = SOMA AS LONGITUDES

Nota-se que Vitória e Tóquio estão em hemisférios diferentes, logo será somada as longitudes (40°+140° = 180°).

2° Passo: Pegar o resultado do passo 1 (resultado da conta) DIVIDIR POR 15° para obter a diferença em
horas entre as duas cidades. É dividido por 15° pelo fato da terra ter 360° é ter 24 horas por dia. 360°/24,
resultara nos 15°, isto é, a cada 15° equivalem a 1 hora.
180°/15°= 12 horas. Logo a diferença de horas entre as capitais Vitoria e Tóquio é 12 horas.

3° Passo: determinar a hora em uma cidade, sabendo a hora de outra. Pegando o mesmo exemplo, fosse
explanada a seguinte afirmação: Vitoria capital do ES, está localizada a 40° de longitude oeste.
Tóquio, capital do Japão, tem 140° de longitude leste. Qual será o horário da capital japonesa se
em Vitória fossem 10 horas da manhã? Pegue como referencial o local que você tem as horas, no caso
Vitória. Se a cidade que você quer descobrir o horário estiver a LESTE do local onde você tem a hora,
SOMA-SE. Se o local que você quer descobrir a hora estiver a OESTE, SUBTRAIA.
LESTE –SOMA
OESTE – DIMINUA
Como Tóquio está a leste de Vitoria, deverá se somar (deve se somar as horas obtidas no passo 2
– no caso 12 horas).
Se em vitória é 10 horas, somando-se mais 12, o horário na capital japonesa será: 22 horas.

Modo Inverso – Tem-se as horas, se quer as longitudes:


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Mapa dos países com seu respectivo fuso horário:

Fonte: http://www.apolo11.com/tictoc/fuso_horario_mundial.php

Fuso Inicial: o meridiano que indica a hora oficial mundial é o de Greenwich.


Linha Internacional de data: O meridiano escolhido para dar início à contagem de um novo
dia o antemeridiano internacional, que é considerado a Linha Internacional de data, pois nele se processa a
mudança de um dia para o outro. Foi escolhido um lugar pouco habitado, pois se um viajante cruzar essa
linha no sentido oeste-leste, ele deve subtrair um dia (24 horas) à data atual e, se cruzá-la no sentido Leste-
Oeste, deve acrescentar um dia.

No Brasil
Por causa da grande extensão leste-oeste, o território brasileiro, incluindo as ilhas oceânicas, estende-se
por quatro fusos horários, sendo três sobre sua parte continental. Possui, assim, quatro horas diferentes.
O segundo fuso horário, onde está localizada Brasília, a capital federal, determina a hora oficial do país.
Em cada faixa de 15º entre pares de meridianos ocorre a variação de uma hora. Todos os fusos horários
do Brasil possuem horas atrasadas em relação a Greenwich, o que é determinado pelo fato de estar o país
totalmente situado a oeste desse meridiano, na área de Londres (Hemisfério Ocidental).

• Fuso 1: A 30° do GMT, surge o primeiro fuso brasileiro, o qual abarca as ilhas oceânicas do Atol das
Rocas, Fernando de Noronha, São Pedro e São Paulo, Trindade e Martim Vaz. O tempo é contado
pela subtração de duas horas ao GMT.
• Fuso 2: Ao atingir 45° em relação ao meridiano Zero, o país terá outro fuso, no qual se subtrai três
horas do fuso principal. Este fuso compreende a maior parte do território nacional, incluindo o Federal
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(horário de Brasília), as regiões Sul, Sudeste e Nordeste, bem como o estados de Goiás, Tocantins, Pará
e Amapá.
• Fuso 3: A 60° do Greenwich Mean Time (GMT), que corresponde aos estados do Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, e cerca de dois terços do estado do Amazonas, subtrai-se quatro
horas em relação ao meridiano 0°. Note que, como os estados mencionados não participam do horário de
Verão, a diferença horária aumenta em duas horas em relação ao resto do País.
• Fuso 4: No extremo oeste do Brasil teremos o ultimo fuso horário, localizado a -75° do Meridiano de
Greenwich e com cinco horas subtraídas daquele meridiano à GMT. Contudo, em 24 de abril de 2008,
a Lei Federal nº 11.6622 extinguiu este fuso. Porém, devido a impopularidade desta medida, foi
restabelecido em 30 de outubro de 2013 e vigora até hoje. Este fuso horário abarca o estado do Acre, e os
municípios de Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Boca do Acre, Eirunepé, Envira, Guajará, Ipixuna,
Itamarati, Jutaí, Lábrea, Pauini, São Paulo de Olivença e Tabatinga, todos no estado do Amazonas.

Espaço para as questões


2 – (ESA) Um time de futebol do estado de São Paulo (localizado no fuso 45° O) irá realizar uma partida
em Boa Vista (60° O), capital de Roraima. A equipe irá embarcar às 14h e a viagem terá duração de 6
horas. Considerando o horário de Roraima, a que horas os jogadores de São Paulo desembarcarão em seu
destino final:

a) 19h
b) 17h
c) 21h
d) 20h
e) 18h

03. (ESA) A linha imaginária, que corresponde ao marco inicial (0°) dos fusos horários é:

a) Meridiano de Greenwich
b) Trópico de Câncer
c) Linha do Equador
d) Círculo Polar Ártico
e) Trópico de Capricórnio

4- (Fuvest-SP) A cidade de São Paulo possui uma longitude de 45° oeste. Quando em São Paulo forem 13
horas, que horas serão numa cidade cuja longitude é de 75° leste?
a. 5 horas
b. 11 horas
c. 15 horas
d. 19 horas
e. 21 horas
15

5- (PUC-MG). Ao dividir os 360 graus da esfera terrestre pelas 24 horas de duração do movimento de
__________, o resultado é 15 graus. A cada 15 graus que a Terra gira, passa-se uma hora. Assim, cada
uma das 24 divisões da Terra corresponde a um __________.
Para que o texto fique adequadamente preenchido, as lacunas devem ser completadas, respectivamente,
por:
a) translação e meridiano.
b) translação e paralelo.
c) rotação e círculo.
d) rotação e fuso horário.

ESCALAS

A escala, em cartografia, é a relação matemática entre as dimensões do objeto no real e as do


desenho que o representa em um plano ou um mapa. Constitui-se em um dos elementos essenciais de um
mapa, juntamente com a legenda, a orientação, a legenda (convenções cartográficas) e a fonte.

Tipos de Escala
• Numérica: A escala numérica é representada sob a forma de fração. O numerador é sempre a unidade
(1) e indica a distância no mapa, e o denominador a distância real (número de vezes que a realidade foi
reduzida para ser cartografada) correspondente, sempre em centímetros (cm).

• Gráfica: A escala gráfica é representada sob a forma de um segmento de reta, normalmente


subdividido em secções e ao longo do qual são registradas as distâncias reais correspondentes às dimensões
do segmento.

• Nominal: representada pela relação de igualdade entre o objeto no desenho e na realidade, mas com
unidades de medidas associadas. (Ex.: 1 cm = 500 m). Os mapas apresentam pelo menos devem apresentar
uma escala gráfica ou numérica. Em alguns casos aparecem ambas.

Como são definidas as escalas?

CUIDADO: PARA APLICAR A FORMULA, DEVERÁ SER A MESMA UNIDADE.


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PASSE PARA CENTÍMETROS

Características das escalas

Fonte: Noções Básicas de Cartografia, IBGE, RJ, 1998.

Espaço para as questões


6- (UFRGS – 1998) sabendo que a Terra tem um raio médio de 6371 km e que um globo que a representa
tem 25,4 cm de diâmetro, é correto afirmar que a escala desse globo corresponde, aproximadamente,
a) 1: 81.000
b) 1: 5.000.000
c) 1:6.300.000
d)1: 50.000.000
e) 1: 100.000.000
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7 - (UNIFRA – 2005) Em uma carta topográfica de escala 1:25.000, a distância entre dois pontos A e B é
representada por 6 cm. Indique a distância real entre os dois pontos.
a) 15 km
b) 41,6 km
c) 150 km
d) 1,5 km
e) 1,500 km

GABARITO
1 C
2 A
3 A
4 B
5 D
6 D
7 D

Referências Bibliográficas da Unidade


ALLGAYER, Antonio Anildo. Geografia 1: Préuniversitário Popular Alternativa / autoria: Antonio Anildo
Allgayer, Victor Machado Neto. – Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Pró-reitora de
Extensão, 2015

Exercícios sobre Fuso Horário. Disponível em: < http://exercicios.brasilescola.com/exercicios-geografia/


exercicios-sobre-fuso-horario.htm>

Fusos Horários. Disponível em: <


http://professoralexeinowatzki.webnode.com.br/sobremim/cartografia/fuso-horarios/>

IBGE. Noções Basicas de Cartografia. -- IBGE -- Rio de Janeiro: Ministerio do Planejamento e Orçamento,
Diretoria de Geociências, 1998.

Manual Compacto de Geografia geral: ensino médio/ [Equipe Rideel]. –1.ed. – São Paulo: Rideel, 2010.

MOREIRA, IGOR e AURICCHIO, ELIZABETH. Geografia em Construção. V. 2. A construção do espaço


brasileiro. São Paulo: Ática, 2010.
18

UNIDADE 3 - TERRITÓRIO BRASILEIRO E SUA REGIONALIZAÇÃO

O território brasileiro é marcadamente notado pela sua grande extensão. São 8.547.403 km², o que o
torna o terceiro maior país das Américas e o quinto maior do mundo, atrás apenas de Rússia, Canadá, China
e Estados Unidos. Em razão da sua grandeza territorial, costuma-se dizer que o Brasil é um país
com dimensões continentais.
O Brasil é composto por 26 estados e o Distrito Federal, onde se encontra a capital Brasília. Esses
estados constituem o país enquanto uma República Federativa, ou seja, um Estado composto por três poderes:
legislativo, executivo e judiciário.
Com um formato semelhante ao de um triângulo de cabeça para baixo, nosso país está situado na
porção centro-oriental da América do Sul, entre as latitudes +5º 16’ 20” N e – 33º 47’ 32” S. Isto significa que
93% do seu território está localizado no hemisfério sul. Apresenta distâncias enormes, mas notavelmente
equilibradas, de um extremo a outro. A maior extensão no sentido norte-sul (4.394 km) é pouco maior que no
sentido leste-oeste (4.319 km). Ao norte, o ponto extremo se localiza na nascente do rio Ailã, no monte do
Caburaí, estado de Roraima (5º 16’ de latitude norte). No extremo sul, está o arroio Chuí, na divisa entre o
Uruguai e o Brasil (33º 45’ de latitude sul). A oeste, a nascente do rio Moa, na serra de Contamana ou
Divisor, na fronteira do estado do Acre com o Peru (73º 50’ de longitude oeste), e a leste, a ponta do Seixas,
na Paraíba (34º 45’ de longitude oeste). Seu centro geográfico fica na margem esquerda do rio Jarina, perto
de Barra do Garças, em Mato Grosso.
O Brasil tem 23.086 km de fronteiras, sendo cerca de 15.719 km terrestres e 7.367 km marítimas. A
fronteira atlântica se estende da foz do rio Oiapoque, no cabo Orange (AP) no Norte, ao arroio Chuí (RS), no
Sul. Apenas dois países sul-americanos não têm fronteiras com nosso país: o Chile e o Equador. As fronteiras
terrestres são dos mais variados tipos, mas com predomínio das naturais (rios, lagos e serras).

Figura 2: Pontos extremos do Brasil,. https://s4.static.brasilescola.uol.com.br/img/2015/02/pontos-extremos-do-Brasil.jpg

DIVISÃO REGIONAL BRASILEIRA

A Divisão Regional do Brasil consiste no agrupamento de Estados e Municípios em regiões com a


finalidade de atualizar o conhecimento regional do País e viabilizar a definição de uma base territorial para
fins de levantamento e divulgação de dados estatísticos. Ademais, visa contribuir com uma perspectiva para
a compreensão da organização do território nacional e assistir o governo federal, bem como Estados e
Municípios, na implantação e gestão de políticas públicas e investimentos.
19

A divisão regional constitui uma tarefa de caráter científico e, desse modo, está sujeita às mudanças
ocorridas no campo teórico-metodológico da Geografia, que afetam o próprio conceito de região. Assim, as
revisões periódicas dos diversos modelos de divisão regional adotados pelo IBGE foram estabelecidas com
base em diferentes abordagens conceituais, visando traduzir, ainda que de maneira sintética, a diversidade
natural, cultural, econômica, social e política coexistente no Território Nacional.

1. OS COMPLEXOS REGIONAIS (DIVISÃO GEOECONÔMICA)

O geógrafo Pedro Pinchas Geiser, apresentou em 1967 uma proposta de regionalização do país
considerando o processo de modernização do território, representado pela tecnologia empregada na produção,
a infraestrutura e a qualidade dos fluxos presentes no espaço geográfico.
➧ Tem por base as características histórico-econômicas do Brasil, ou seja, os aspectos da economia e da
formação histórica e regional;
➧ Reflete os arranjos espaciais resultantes da industrialização do país;
➧ Divide o país em três regiões geoeconômicas ou complexos regionais: Centro-Sul, Nordeste e Amazônia;
➧ Na época em que essa proposta foi formulada, o Centro-Sul despontava como núcleo dinâmico da economia
brasileira, tanto na agricultura como na indústria e nos serviços urbanos;
➧ O complexo regional nordestino destacava-se pela disseminação da pobreza e pelas correntes migratórias
que deixavam a região.
➧ A Amazônia, por sua vez, era uma região fracamente povoada, que apenas começava a ser incorporada ao
conjunto da economia nacional.
20

Figura 3: Regionalização de Pedro Pinchas Geiser. Fonte: VPNE+2020.png (476×496) (bp.blogspot.com)

Essa divisão regional tem por base as características geoeconômicas e a formação histórico-econômica do
Brasil.

A divisão em complexos regionais não tem finalidades estatísticas, como a divisão regional oficial
(IBGE) ela surgiu como síntese geográfica de um século de integração nacional e continua a ser um
instrumento eficaz para a compreensão da dinâmica de valorização do território brasileiro.
A proposta, elaborada em 1967, pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger, assentou-se em critérios
diferentes daqueles que haviam orientado os técnicos do IBGE na delimitação das macrorregiões oficiais.
Mais do que características naturais ou econômicas singulares, os complexos regionais espelham, no plano
espacial, os resultados da integração econômica promovida pela concentração industrial no Sudeste. Ao
contrário da divisão regional oficial, a delimitação dos complexos regionais não é moldada pelos limites
político-administrativos das unidades da federação.
O norte semiárido de Minas Gerais integra o Complexo do Nordeste; o oeste do Maranhão integra O
Complexo da Amazônia; Tocantins e Mato Grosso estão divididos entre a Amazônia e o Centro-Sul.
No final da década de 1960. quando Geiger elaborou sua proposta. o Centro-Sul já tinha se consolidado
como o coração econômico do Brasil. O complexo regional concentrava 70% da população brasileira e a maior
parte da produção industrial e agropecuária do país, funcionando como fonte dos capitais que dinamizavam
toda a economia nacional.

2. DIVISÃO PROPOSTA POR MILTON SANTOS (QUATRO BRASIS)

➧ Proposta pelo geógrafo Milton Santos em 2001;


➧ Conhecida como os “quatro brasis" e pretende registrar a "difusão diferencial do meio técnico-científico-
informacional";
➧ A região concentrada abrange as regiões Sul e Sudeste do IBGE. Segundo Milton Santos, nessa região estão
concentradas as maiores mudanças tecnológicas do país. É a região mais moderna do Brasil, com centros de
pesquisa, de tecnologia, universidades etc. Caracteriza-se pela densidade do sistema de relações que
intensifica os fluxos de mercadorias, capitais e informações. O seu núcleo é a metrópole paulista, que
desempenha funções de cidade global e reforça o comando sobre o território nacional. A soldagem do Sul ao
Sudeste reflete a descentralização industrial recente e a implantação de infra-estruturas técnicas que a
sustentam;
21

➧ A região concentrada abrange as regiões Sul e Sudeste do IBGE. Segundo Milton Santos, nessa região estão
concentradas as maiores mudanças tecnológicas do país. É a região mais moderna do Brasil, com centros de
pesquisa, de tecnologia, universidades etc. Caracteriza-se pela densidade do sistema de relações que
intensifica os fluxos de mercadorias, capitais e informações. O seu núcleo é a metrópole paulista, que
desempenha funções de cidade global e reforça o comando sobre o território nacional. A soldagem do Sul ao
Sudeste reflete a descentralização industrial recente e a implantação de infra-estruturas técnicas que a
sustentam;
➧ O Centro-Oeste emerge como área de ocupação periférica, fundada na especialização agropecuária e na
modernização subordinada às necessidades das firmas que têm sede na Região Concentrada. O estado de
Tocantins, estranhamente deslocado para a Região Norte pela Constituição de 1988, reincorpora-se ao Centro-
Oeste;
➧ O Nordeste define-se pelo peso das heranças: "é uma área de povoamento antigo, onde a constituição do
meio mecanizado se deu de forma pontual e pouco densa". A rugosidade do espaço geográfico retarda os
fluxos. A instalação das infra-estruturas e redes informacionais realiza-se de modo descontínuo, "sobre um
quadro sócio espacial praticamente engessado";
➧ A Amazônia caracteriza-se pela rarefação demográfica e baixa densidade técnica. Os sistemas
informacionais aparecem como formas externas, representadas, por exemplo, pelos satélites e radares do
SIVAM. Os grandes projetos estruturam enclaves, isolados num meio pré-mecânico.

Figura 4: Regionalização de Milton Santos. Fonte: VPNE+2020.png (485×476) (bp.blogspot.com)

3. DIVISÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

➧ O Brasil está dividido em cinco Regiões, essa configuração foi proposta pelo IBGE desde 1970, com uma
alteração em 1988, quando Tocantins foi desmembrado de Goiás, tornando-se um estado autônomo;
➧ Respeita os limites políticos do estados;
➧ Agrupa unidades com características semelhantes, a partir de determinados critérios;
➧ Tem, entre outras finalidades, a agregação e a divulgação de dados estatísticos que facilitem o planejamento,
a integração nacional e a redução das desigualdades entre as regiões do Brasil.
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Figura 5: Regionalização do IBGE. Fonte: VPNE+2020.png (459×442) (bp.blogspot.com)

Atualmente a República Federativa do Brasil é formada por 26 estados e pelo Distrito Federal. Os
estados, por sua vez, dividem-se em municípios, os quais são as menores unidades políticas autônomas na
federação brasileira. Na maioria dos casos apresentam áreas rurais e urbanas. Os estados são as unidades de
maior hierarquia na organização político-administrativa do país; a localidade que abriga a sede do governo é
chamada de capital. Ao longo de sua história, o Brasil já teve também unidades administrativas chamadas
territórios federais.
O Distrito Federal é uma unidade federativa autônoma, que sedia o governo federal, em Brasília. O
Distrito Federal não se divide em municípios e sim em regiões administrativas (RAs), muitas das quais
correspondem a cidades-satélites.
Além dos estados, municípios e do Distrito Federal, a Federação brasileira conheceu outro tipo de
unidade político-administrativa: o território federal. Os territórios federais eram áreas consideradas
estratégicas, e, por isso, administradas diretamente pela União. O primeiro deles, surgido em 1904, foi o
Território Federal do Acre, incorporado ao Brasil no ano anterior.
Em 1942, com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, o governo federal decidiu administrar
diretamente algumas áreas situadas na fronteira. O Território Federal de Fernando de Noronha foi criado ainda
nesse ano. Em 1943, surgiram os territórios de Amapá, Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã e Iguaçu. Em 1946,
foram extintos os territórios federais de Ponta Porã e do Iguaçu. Dez anos depois, o Guaporé teve sua
denominação alterada para Rondônia.
Em 1962, o território do Rio Branco passou a ser chamado de Roraima e o território do Acre foi elevado
à categoria de estado. Em 1981, foi a vez de Rondônia. No final da década, com a Constituição de 1988, os
territórios de Roraima e Amapá tornaram-se estados, enquanto
Fernando de Noronha passou a ser um distrito estadual de Pernambuco. Mas os territórios federais
podem não ser uma página virada em nossa história: em dezembro de 2007, havia no Congresso brasileiro
propostas para a criação de cinco deles, além de sete novos estados.
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ATIVIDADES:
1 - (ESA) - A opção que indica os dois países vizinhos com os quais o Brasil possui as maiores extensões
fronteiriças é:

a) Equador e Bolívia.
b) Chile e Equador.
c) Bolívia e Peru.
d) Peru e Chile.
e) Bolívia e Paraguai.

2 - (ESA) - Sobre a divisão política atual do território brasileiro é correto afirmar que o Brasil é uma República
Federativa formada por

a) 27 estados, 3 territórios e o distrito federal.


b) 27 estados e o distrito federal.
c) 26 estados, 3 territórios e o distrito federal.
d) 26 estados e o distrito federal.
e) 26 estados, 2 territórios e o distrito federal.

3 - Sobre o território brasileiro, assinale a alternativa INCORRETA:


a) o Brasil é um país com dimensões continentais.
b) a extensão do território brasileiro denuncia a grande distância de seus pontos extremos.
c) a localização do Brasil indica-se por longitudes negativas, no hemisfério ocidental.
d) a grande variação de latitudes explica a homogeneidade climática do país.

4 - “Moro num país tropical, abençoado por Deus


E bonito por natureza, mas que beleza
Em fevereiro (em fevereiro)
Tem carnaval (tem carnaval)”.
(JOR, J. B. ; SIMONAL, W. País Tropical. Intérprete: Jorge Ben Jor).
Ao dizer que o Brasil é um “país tropical”, o trecho acima está, em uma perspectiva geográfica,
a) correto, pois o território brasileiro é cortado por ambos os trópicos da Terra.
b) incorreto, pois nenhum trópico, de fato, corta a área do país.
c) correto, pois a maior parte do país encontra-se em uma zona intertropical.
d) incorreto, pois não existe o “clima tropical” na classificação climática do Brasil.

5 - (Faculdade Trevisan)
Em síntese, o Brasil é um país inteiramente ocidental, predominantemente do Hemisfério Sul e da Zona
Intertropical.
Considere as afirmações:
I) O Brasil situa-se a oeste do Meridiano de Greenwich.
II) O Brasil é cortado ao norte pela Linha do Equador.
III) Ao sul, é cortado pelo Trópico de Câncer.
IV) Ao sul, é cortado pelo Trópico de Capricórnio, apresentando 92% do seu território na Zona Intertropical,
entre os Trópicos de Câncer e de Capricórnio.
V) Os 8% restantes estão na Zona Temperada do Sul.
a) Apenas I, II e IV são verdadeiras.
b) Apenas I e II são verdadeiras.
c) Apenas IV e V são verdadeiras.
d) Apenas I, II, IV e V são verdadeiras.
e) Apenas I, II, III e V são verdadeiras.
24

06 - Na década de 1960, Pedro Pinchas Geiger elaborou uma nova regionalização do espaço brasileiro,
estabelecendo três grandes regiões – Centro-Sul, Nordeste e Amazônia – segundo critérios relacionados

a) aos limites estaduais e às características morfoclimáticas.


b) à formação socioespacial e aos limites estaduais.
c) às características morfoclimáticas e aos aspectos socioeconômicos.
d) aos aspectos socioeconômicos e às heranças do passado.
e) às características naturais e à formação socioespacial.

07- Os geógrafos Milton Santos e Maria Laura Silveira, elaboraram em 2001 uma proposta de divisão regional
baseada na difusão diferencial dos meios técnicos-científicos-informacionais e nas heranças do passado,
resultando no que se chamou de quatro Brasis.
A regionalização divide o país em

a) Região Concentrada, Centro-Oeste, Nordeste e Amazônia.


b) Região Concentrada, Centro-Sul, Nordeste e Amazônia.
c) Centro-Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Amazônia.
d) Região Concentrada, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
e) Região Concentrada, Centro-Sul, Nordeste e Norte.

8 - (UFG) Observe a figura a seguir:

Mapa da divisão regional do Brasil


O critério adotado, na divisão regional descrita no mapa, tem por referência:
a) a base física territorial, onde se destacam as bacias hidrográficas.
b) os aspectos demográficos, considerando-se a distribuição da população brasileira.
c) o setor secundário, mediante o número de estabelecimentos industriais.
d) as características socioeconômicas relativas à população e às atividades produtivas.
e) os elementos de ordem natural relacionados com os tipos climáticos.

9 -(UFPI – adaptada) Observe o mapa de divisão regional do Brasil e, em seguida, assinale a proposição
correta:
25

Divisão regional brasileira


a) O número 5 assinala a região Sul, onde se concentram numerosos descendentes de europeus, que
utilizaram a terra mantendo a cobertura vegetal original, adotando um sistema de agricultura extensiva e de
autoconsumo.
b) O número 1 corresponde à região de maior área, onde as condições naturais permitiram o estabelecimento
de uma floresta temperada homogênea e que vem apresentando crescente extensão de áreas devastadas,
porque ainda não utiliza modelos de desenvolvimento sustentável.
c) O número 2 indica a região que teve menor importância econômico-social no período colonial e que, após
o período áureo da mineração, voltou às condições de pobreza dos primeiros séculos de colonização.
d) O número 4 identifica a região que apresenta maior índice de industrialização, com destaque para as
cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que polarizam as demais regiões brasileiras.
e) O número 3 assinala a região Centro-Oeste, que passou a crescer após a construção de Brasília, mesmo
apresentando condições naturais adversas, advindas da presença do bioma caatinga.

1- B
2- D
3- D
4- D
5- D
6- D
7- A
8- D
9- D

Referências.
Atividades de Regionalização do Brasil. Disponível em: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-
geografia/exercicios-sobre-divisao-regional-brasileira.htm

Atividades de território do Brasil. Disponível em: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia-do-


brasil/exercicios-sobre-territorio-brasileiro.htm#resp-1.

IBGE. Regionalização do Brasil. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-


territorio/divisao-regional/15778-divisoes-regionais-do-brasil.html?=&t=o-que-e. Acessado em: 26/01/2021.

Regionalização do Brasil. Disponível em: http://voupassarnaesa.blogspot.com/p/territorio-brasileiro.html.

Schneeberger, Carlos Alberto Minimanual compacto de geografia do Brasil : teoria e prática / Carlos Alberto
Schneeberger, Luiz Antonio Farago. — 1. ed. — São Paulo : Rideel, 2003.
26

UNIDADE 4: RELEVO, GEOLOGIA E SOLOS


RELEVO E GEOLOGIA

Para entendermos esse assunto, é necessário que saibamos pensar em uma escala de tempo diferente
do que estamos acostumados. Ou seja, quando se fala em relevo e geologia, fala-se em milhões de anos.
A partir deste pensamento, devemos saber também que o planeta terra passou por diferentes ERAS
DE TEMPO, passou por diferentes formas ao longo desse tempo. Sendo assim, veremos a explicação para
algumas áreas da superfície terrestre serem tão altas e outras mais rebaixadas.
Como base, podemos analisar o caso brasileiro, que já possuiu altitudes muito maiores e hoje mantém
uma média baixa. Essa média de altitude brasileira é baixa devido ao relevo brasileiro ser MUITO ANTIGO,
porém devemos saber também que suas FORMAS SÃO JOVENS, isso ocorre porque vivemos em um país
tropical.

TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS

Figura 6: https://mundoeducacao.uol.com.br/upload/conteudo/principais%20placas%20tectonicas.jpg

Esta teoria defende a ideia de que vivemos sobre imensas Placas Litosfericas que ficam boiando sobre
um magma pastoso da Astenosfera. Sendo que estas placas tectônicas executam diferentes movimentos de
Convergência ou de Divergência (isso quer dizer que algumas se chocam e outras se afastam).
O principal de sabermos sobre essa teoria é que, através desses movimentos teremos os chamados
AGENTES ENDÓGENOS DO RELEVO, OU AGENTES INTERNOS, estes ocorrerão nas bordas dessas
placas tectônicas, gerando ali TERREMOTOS, MAREMOTOS, VULCANISMOS E MOVIMENTOS QUE
TEM A VER COM O INTERIOR DA TERRA.
Como podemos observar no mapa acima, o território brasileiro não se localiza nas bordas de nenhuma
placa tectônica. O nosso território está localizado na PORÇÃO CENTRO-ORIENTAL da Placa Sul-
americana. É por isso que nosso território apresenta uma estabilidade geológica bastante grande, temos apenas
alguns sismos naturais em nosso país.
Devido à localização do Brasil na Placa Sul-americana, teremos em nosso território o predomínio dos
AGENTES EXÓGENOS OU EXTERNOS DO RELEVO. Estes serão responsáveis pelo desgaste das
rochas, devido a este fato é que temos altitudes modestas no relevo brasileiro.

O RELEVO E SEUS AGENTES FORMADORES

Limite das placas tectônicas:


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A) Limites Divergentes: é o afastamento duas placas onde o magma é expelido para a superfície (no fundo do mar) e
transformado em rocha de cada uma nova borda.

Fonte: http://ufrr.br/lapa/index.php?option=c om_content&view=article&id=%2094

B) Limites Convergentes: é quando ocorre a aproximação das placas tectônicas, ou seja, quando as placas colidem
e uma é “puxada” para o manto terrestre para ser renovada. Quando é placa oceânica x continental, a placa oceânica
mergulha e ocorre o levantamento de montanhas. Também pode acontecer o encontro de duas placas continentais, que
uma ira penetrar sob a outra, também continental, resultando em terremotos e dobramentos.

Fonte: http://ufrr.br/lapa/index.php?option=c om_content&view=article&id=%2094

C) Limites Conservativos ou Transformantes: duas placas continentais se deslocam uma em relação a outra, em
decorrência de movimentos tectônicos ao longo de uma falha. Os deslocamentos são horizontais e paralelos entre si,
podem provocar terremotos e deformações de rochas.
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Fonte: http://ufrr.br/lapa/index.php?option=c om_content&view=article&id=%2094


O relevo resulta da atuação de dois grandes conjuntos de fatores denominados agentes do relevo, são eles:
• Interno ou endógenos: processos estruturais que atuam no interior para o exterior. Podem ser tectonismo,
vulcanismo e abalos sísmicos.
• Externos ou exógenos: processos esculturais que atuam modificando as paisagens, como o intemperismo, a
ação das aguas, vento, do mar, do gelo, etc.
Os movimentos tectônicos são provocados por forças do interior da terra que atuam de forma lenta e prolongada.

Fonte: http://espacociencias.com/site/ciencias-7oano/dinamica-interna-da-terra/consequencias-do-movimentodas-placas-
litosfericas/

Quando as pressões são exercidas de forma horizontal e as camadas de rochas mais elásticas, provocam o
encurvamento das camadas rochosas, chamada de dobramentos ou dobras. Pode formar montanhas ou cordilheiras.
São chamados de orogênicos os movimentos horizontais.

Fonte:http://eporteflio.blogspot.com.br/2009_04_01_archive.html
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VULCANISMO

As áreas onde se concentram os vulcões é chamada de círculo de fogo, como os do Pacifico, do Atlântico e do Indico.
São encontrados geralmente em áreas de dobramentos recentes ou fraturas, com frequência sísmica e próximas ao mar.

Observação: A região amazônica abriga o vulcão mais antigo já descoberto, com cerca de 1,89 bilhão de
anos. Ele é parte de uma província de rochas vulcânicas chamada de Uatumã, que se espalhava sobre
Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima e até Venezuela e Suriname. A altura original do vulcão, próximo
ao rio Tapajós, pode ter chegado a 400 metros.
Também é importante salientar que o Brasil, possui tremores de terra, chamado sismo intraplaca. Os
principais são:
1955 – No Mato Grosso, Serra do Trombador, foi registrado um terremoto de magnitude 6,6 graus na
escala Richter, sem danos a pessoas ou cidades, por ter ocorrido em regiões pouco habitadas.
1955 – No Espirito Santo, em Vitória, ocorreu um terremoto de escala 6,3 graus, na ocasião prédios e
casas balançaram. Não houve mortos, feridos ou danos maiores.
1980 – No Ceará, em Pacajus, região metropolitana de Fortaleza, houve tremores de 5,2 na escala Richter,
eles foram sentidos também na capital.
1986 – No Rio Grande do Norte, na cidade de João Câmara, registrou-se um terremoto de 5,1 graus na
escala Richter, com danos a residências do local.
2007 – Na divisa entre o Acre e o Amazonas, houve um tremor de 6,1 graus. O tremor não causou nenhum
dano, apenas foi sentido em regiões próximas.
2007 – Em Minas Gerais, na cidade de Itacarambi, um tremor de 4,9 na escala Richter foi registrado.
Mesmo com uma escala considerada pequena, houve a morte de uma criança e seis pessoas ficaram feridas.
2008 – Ocorrendo em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro, esse tremor
de escala 5,2 foi sentido por diversas pessoas, em diversas regiões desses estados, nenhum dano foi
registrado.
No dia 30 de agosto de 2020 foi registrado o terremoto mais recente em solo brasileiro, pelo Laboratório
de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o tremor teve 4,6 graus na escala Richter,
não houve nenhum dano material sério ou morte. O tremor foi sentido pelos moradores do Vale do
Jiquiriçá e da região do Recôncavo Baiano, com a queda de alguns objetos e mobiliário.
30

AGENTES EXÓGENOS OU EXTERNOS DO RELEVO

Estes agentes são considerados AGENTES MODELADORES do relevo, pois atuam


lentamente em áreas com maior estabilidade geológica. Para a sua atuação é necessário que
haja temperaturas altas e bastante umidade, para então haver o desgaste ou a decomposição
das rochas. Sendo o Brasil um país tropical, onde há o predomínio de temperaturas altas e
grande umidade, logicamente teremos o predomínio destes agentes. Estes se dividem em:

✓ INTEMPERISMO podendo este ser químico “decomposição” (força da água), físico


“desagregação”(temperatura) e o biológico (mistura do físico quando for animal e químico quando tiver
vegetação); após teremos a atuação da EROSÃO (consiste em qualquer tipo de transporte de rochas)

✓ DEPOSIÇÃO (ocorre nos níveis de base, onde os sedimentos são depositados).

Erosão Eólica: o vento é o agente com menor poder erosivo, pois só pode mover partículas pequenas
e próximas do solo. Ainda assim, ele transporta partículas finas a centenas de quilômetros de seu lugar de
origem. A ação erosiva do vento, que atinge o ponto máximo nas zonas desérticas, secas e de vegetação
escassa, também contribui para a destruição do relevo da Terra. O vento desprende as partículas soltas das
rochas e vai polindo-as até transformá-las em grãos de areia.

Figura 7: Fonte: http://geoconceicao.blogspot.com.br/2012/05/santacatarinageologia.html

Erosão Fluvial: A união de várias torrentes acaba formando os rios, que são correntes de água com
leito definido e vazão regular. A vazão pode sofrer mudanças ao longo do ano. Essas mudanças devem-se
tanto a estiagens prolongadas quanto a cheias excepcionais, às vezes com efeitos
catastróficos sobre as populações e os campos. Quanto maior for o poder erosivo de um rio, maior será sua
vazão e a inclinação do seu leito, que pode sofrer variações ao longo do percurso.

Figura 8:Fonte: http://meioambiente.culturamix.com/natureza/erosao-fluvial

Erosão Glacial: Em algumas zonas de clima muito frio, a neve não derrete durante o verão. O peso
das camadas de neve acumuladas durante invernos seguidos acaba por transformá-la em gelo. Quando essa
enorme massa de gelo se desloca, corre como um poderoso rio de gelo. As geleiras realizam um trabalho de
erosão nas rochas que as cercam, formando vales em forma de U. Os sedimentos transportados pelas geleiras
são chamados morenas ou morainas.
31

Figura 9: Fonte: http://cristianemattar.blogspot.com.br/2012_05_01_archive.html

Erosão Marinha: O mar exerce um duplo trabalho nos litorais dos continentes. É um agente erosivo,
que desgasta as costas em um trabalho incessante de destruição chamado abrasão marinha. As águas dos mares
e oceanos desgastam e destroem as rochas da costa mediante três movimentos: as ondas, as marés e as
correntes marítimas. Ao mesmo tempo, o vaivém de suas águas traz sedimentos que são depositados nos
litorais.

Figura 10:Fonte: http://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/o-que-e-ecomo-ocorre-a-erosao-marinha/

Erosão Pluvial: Trabalho realizado pelas águas superficiais do relevo. Também conhecida como
escoamento superficial. É claro que essa forma de erosão oscila do volume da chuva. Os grandes
desmoronamentos, em geral, são ocasionados pela violência das águas das chuvas. Quanto maior o volume de
detritos presentes na superfície, e mais impermeável o solo, maiores são os efeitos erosivos das enxurradas,
pois aumentam a velocidade da água.
32

CICLO DAS ROCHAS

Figura 11: Ciclo das rochas. Fonte: encurtador.com.br/cfE39

Rochas Magmáticas ou Ígneas

São formadas pelo resfriamento e pela solidificação do magma pastoso, uma grande parte dessas
rochas é bastante antiga e resistente. Predominam entre elas o granito e o diabásio. Constituem o embasamento
rochoso dos continentes (escudos cristalinos). Outra parte forma-se constantemente a partir do derrame de
lavas, ou seja, material magmático pastoso expelido pelos vulcões. As rochas ígneas podem ser intrusivas ou
plutônicas e extrusivas ou vulcânicas. As intrusivas ou plutônicas formamse no interior da Terra pela lenta
solidificação do magma. As extrusivas ou vulcânicas resultam da solidificação rápida do material magmático
(lava), quando em contato com a atmosfera durante o vulcanismo.

Rochas Metamórficas

São formadas a partir das transformações (metamorfismos) sofridas pelas rochas magmáticas e
sedimentares. Essas mudanças ocorrem quando as rochas são submetidas ao calor e á pressão do interior da
Terra.

Rochas Sedimentares

Sabemos que a superfície da Terra sofre contínua ação dos agentes erosivos (água correntes, ventos
etc.), que vão desgastando as rochas e transformando- as em detritos ou partículas de vários tamanhos
chamados sedimentos (argila, areia etc.). A deposição desses sedimentos origina as bacias sedimentares,
ambientes propícios à ocorrência de fósseis e de combustíveis orgânicos (carvão, petróleo, etc.).

ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL

A estrutura geológica brasileira apresenta dois tipos rochosos que são: BACIAS SEDIMENTARES
(64% do território) e os ESCUDOS CRISTALINOS (36% do território). É importante saber que o Brasil
NÃO POSSUI DOBRAMENTOS MODERNOS.
33

• ESCUDOS CRISTALINOS (ÁREAS CRATÔNICAS) – Também podem ser chamados de


Dobramentos Antigos, pois correspondem as rochas mais antigas da superfície terrestre e estão em processo
avançado de desgaste, por isso constituem baixas altitudes. Esta formação abrange 36% do território brasileiro
e divide-se em 3 grandes formações: GUIANAS; BRASIL CENTRAL e ATLÂNTICO; É importante
sabermos que nestas áreas se localizam as jazidas de minerais metálicos do território brasileiro.

• BACIAS SEDIMENTARES – Estas áreas correspondem a grandes depressões (buracos) que foram
ao longo do tempo sendo preenchidos com sedimentos provenientes do intemperismo e da erosão decorrente
das áreas mais altas. Esta formação corresponde a 64% do território brasileiro. Nessas áreas encontram-se os
combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, gás natural) que são detritos orgânicos soterrados durante
muito tempo. Esta também divide-se em 3 grandes formações no território brasileiro, que são: BACIA
AMAZÔNICA; BACIA DO PARNAÍBA e BACIA DO PARANÁ. Estão localizadas nestas bacias as rochas
mais modernas e os solos mais férteis do território brasileiro.

Bacia sedimentares:
-64% da área do país
-Exploração de combustíveis fósseis.
-Formação: Paleozoica, mesozoica e
cenozoica.

Escudos cristalinos:
-36% da área do país.
-Exploração de minerais de ferro.

CLASSIFICAÇÕES DO RELEVO BRASILEIRO

O que forma a crosta terrestre é o substrato rochoso, ou seja, a estrutura geológica, já as formas que
esta estrutura toma na superfície terrestre chama-se de relevo. Formas estas que são tomadas devido a
diferentes fatores como foi visto anteriormente. A partir disso devemos lembrar que o relevo brasileiro possui
uma composição bastante antiga, porém suas formas são recentes.
O relevo sempre foi fruto de muito estudo, pois é importante entender o mesmo para o
desenvolvimento da sociedade. Sendo assim, houve várias classificações do relevo brasileiro, de acordo com
os estudos realizados. Porém houve 3 classificações que entraram para a história, por serem muito completas.
São elas: Classificação de Aroldo de Azevedo (1949); Classificação de Aziz Ab’Saber (1962); Classificação
de Jurandyr Ross (1995).

DESCRIÇÃO DAS GRANDES UNIDADES DE RELEVO BRASILEIRAS

PLANALTO – Superfície irregular e de altitude superior a 300 m, onde predominam os processos


erosivos em terrenos cristalinos ou sedimentares.
PLANÍCIE – Superfície plana e de altitude igual ou inferior a 100 m, na qual predominam acúmulos
recentes de sedimentos, ou seja, predomina a deposição ou sedimentação. DEPRESSÃO – Mais plana que o
planalto, porém mais curvada que a planície, na qual também predominam os processos erosivos, sua altitude
varia entre 100 e 300 m, com inclinações suaves. As depressões podem ser ABSOLUTAS (abaixo do nível
34

do mar – não existem no Brasil) e RELATIVAS (acima do nível do mar, mas rebaixada em relação ao seu
entorno – existem no Brasil).

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

• Teve como critério principal de


classificação a Topografia (altitudes) e as
características geológicas.
• Esta classificação tornouse importante
por ser bastante didática e ainda hoje utilizada
em materiais escolares.
• Classificou o Brasil em 8 grande
unidades de relevo, sendo: 4 planaltos e 4
planícies.
• Nesta classificação o Pampa foi
considerado uma planície devido a sua altitude.

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS

• Esta classificação além de contar com a


topografia e as características geológicas, levou
em conta também o tipo de alteração
predominante em cada área (erosão ou
sedimentação).
• Teve como base a classificação de
Aroldo de Azevedo, porém complementou-
a.
• Utilizou de novas tecnologias como a
fotogrametria (fotografias aéreas = mais
detalhes).
• Nesta classificação o número de
unidades subiu para 10 unidades, sendo 7
planaltos e 3 planícies.
35

CLASSIFICAÇÃO DE JURANDYR ROSS CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS


• Esta classificação usou como base um
projeto chamado de RadamBrasil, este durou de
1970 a 1985, e através dele foi feito um
levantamento minucioso do território brasileiro,
servindo assim como base para essa
classificação que foi publicada no ano de 1995.
• Do ponto de vista de Ross, o Brasil se
divide em unidades geomorfológicas, ou seja,
ele levou em conta fatores geológicos,
geomorfológicos e naturais para a sua
classificação.
• O grande feito da Classificação de Ross
foi introduzir no território brasileiro o conceito
de Depressão, que antes não havia sido
classificado.
• Essa classificação divide o território
brasileiro em 28 unidades geomorfológicas do
relevo, demonstrando assim o nível de
detalhamento que houve nesta classificação.
36

PERFIL DO RELEVO BRASILEIRO

Figura 12:encurtador.com.br/ghmR3
37

SOLOS
COMPOSIÇÃO DO SOLO

O solo consiste na camada superficial da crosta terrestre,


sendo este fruto do intemperismo que atua sobre as rochas. Logo,
o mesmo é relacionado com o clima dominante na região. Outro
fator bastante importante é a vida microbiana que se mantém no
solo, pois esta vai fazer com que o solo seja fértil ou não. Porém
para se obter um solo de boa qualidade, deve-se levar em
conta, além dos já comentados, outros fatores
que são: declividade do relevo, vegetação, umidade,
insolação, entre outros.

Sendo assim, teremos a formação de solos mais profundos


(LATOSSOLOS – onde há bastante umidade) que normalmente
terão uma fertilidade maior ou também teremos a formação de
solos menos profundos (LITOSSOLOS – onde há menos
umidade).

Figura 13: encurtador.com.br/dzUY3

TIPOS DE SOLOS DO BRASIL


O Brasil possui alguns tipos de solos característicos de seu território, que são:

✓ Terra Roxa: este solo resulta da decomposição do basalto. O mesmo se localiza nos estados do Mato
Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e em outras partes do Planalto Meridional.
✓ Massapê: este solo se localiza na Zona da Mata nordestina e é conhecido pelo grande teor de argila
que possui (devido a isso o mesmo abriga as culturas da cana-de-açúcar desde a época do Brasil Colônia). É
um solo bastante fértil e pouco suscetível a erosão.
✓ Solo do Cerrado: este solo é bastante ácido (isso ocorre devido a concentração das chuvas em uma
época do ano gerando a lixiviação e a acidez do mesmo). É bastante utilizado na agricultura, sendo que
necessita da correção com calcário.
✓ Solo da Caatinga: este solo é pouco profundo, com arestas das rochas aflorando no mesmo, isso ocorre
devido as médias pluviométricas serem muito baixas.
38

✓ Solo da Amazônia: são solos com uma fina camada orgânica, sendo que abaixo desta, é composto
basicamente de areia, logo esta é a preocupação com o desmatamento da floresta. Ou seja, o material orgânico
presente no solo vem da floresta, e sem a presença desta, se tornará apenas areia.
✓ Solo das Pradarias (brunizens): este é gerado por rochas ígneas, metamórficas e sedimentares,
abrigando a vegetação de gramíneas.

PROBLEMAS NOS SOLOS

✓ Laterização: Em áreas de clima intertropical (com estações chuvosas e secas alternadas) e relevo
plano, verifica-se o processo de laterização. Tal processo associado com a lixiviação intensa dos solos, muitos
minerais são levados pelas águas, ocorrendo uma concentração de hidróxidos de alumínio e de ferro. Este
último dá ao solo uma coloração avermelhada e um pH alto. Como resultado desse processo, forma-se a
laterita (crosta endurecida), e os solos ficam pouco férteis. No Brasil, o solo laterítico é denominado canga e
aparece principalmente nas chapadas da região Centro-oeste.
✓ Lixiviação: é a lavagem da parte superficial do solo, onde se encontra os nutrientes, e retirada dos sais
minerais hidrossolúveis, empobrecendo o solo. Ocorrem principalmente em áreas equatoriais (em climas
úmidos).
✓ Assoreamento dos rios: (depósitos de sedimentos em seu leito) também pode ser amenizado e até
mesmo impedido, se a cobertura vegetal for mantida (manutenção da mata ciliar).
✓ Salinização: ocorre principalmente em áreas de clima árido e semiárido ou em regiões cobertas por
oceanos em eras geológicas passadas. A constante irrigação utilizada na agricultura também pode deixar os
solos improdutivos. Quando a água evapora, deixa depósito de sal.
✓ Poluição: ocorrem principalmente nas áreas rurais. Restos desses agrotóxicos usados nas plantações
ficam no solo e são carregados pelas chuvas para os cursos fluviais (rios), contaminando-os. Em outros casos
os resíduos sólidos (lixo urbano) causam prejuízos, nas áreas urbanas através de doenças e contaminação do
lençol freático.

ESCOAMENTO SUPERFICIAL

Figura 14: Fonte: encurtador.com.br/dwDEP


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CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS

✓ Solos Zonais – Solo formado basicamente devido a diferença climática de uma região.
✓ Solos Azonais – Solos que são formados devido a diferenciação do relevo.
✓ Solos Orgânicos – São solos basicamente formados pela deposição de materiais orgânicos.
✓ Solos Aluviais – Formado devido ao acúmulo de sedimentos em cursos fluviais.
✓ Solos Eluviais – Formado devido ao intemperismo químico na rocha matriz (sedimentos da mesma).
✓ Solos Coluvionais – Formados devido ao transporte e deposição através da gravidade.

ATIVIDADES:

1 - (ESA) - Segundo a classificação de ROSS, Jurandyr L.S., podemos citar como exemplos de Depressão:
a) Depressão Sertaneja e Depressão dos Parecis
b) Depressão da Amazônia Ocidental e Depressão Marginal Sul-Amazônica
c) Depressão do Rio Amazonas e Depressão do Tocantins
d) Depressão do Alto Paraguai e Depressão do Miranda
e) Depressão Sertaneja e Depressão da Borborema.

2 - (ESA) - A classificação do relevo brasileiro em grandes unidades, ou compartimentos, é uma síntese dos
processos de construção e modelagem da superfície terrestre e das formas resultantes. Esta classificação
distingue três tipos de compartimentos, que são:
a) Planaltos, Planícies e Dobramentos Modernos
b) Escudos Cristalinos, Bacias Sedimentares e Dobramentos Modernos
c) Planaltos, Planícies e Depressões
d) Plataforma Continental, Talude Continental e Fossa Abissal
e) Chapadas, Depressões e Bacias Sedimentares

3 - (ESA) - Nas áreas muito úmidas da Amazônia, típicas de clima Equatorial, os solos são lavados e têm seus
minerais e nutrientes escoados pela água das chuvas, causando o empobrecimento do solo em curto prazo. A
este processo de degradação do solo denominamos
a) Laterização.
b) lixiviação.
c) desertificação.
d) antropização.
e) ravinamento.

4 - (ESA) - Uma vez que a estrutura geológica brasileira é muito antiga e que o nosso território apresenta sua
superfície bastante desgastada pela erosão, uma das formas de relevo a seguir não existe no Brasil. Assinale-
a.
a) cadeia montanhosa
b) planalto ou chapada
c) planície fluvial
d) planície costeira
e) depressão relativa

5 - (ESA) - O Agreste apresenta um quadro natural diferenciado. Na maior parte da Bahia e em Sergipe, a
sub-região é constituída por baixos planaltos. Já entre o Rio Grande do Norte e Alagoas, o Agreste é dominado
pelo(a):
40

a) Chapada Diamantina.
b) Chapada do Apodi.
c) Chapada do Araripe.
d) Serra de Ibiapaba
e) Planalto da Borborema.

6 – (ENEM-2012) De repente, sente-se uma vibração que aumenta rapidamente; lustres balançam, objetos se
movem sozinhos e somos invadidos pela estranha sensação de medo do imprevisto. Segundos parecem horas,
poucos minutos são uma eternidade. Estamos sentindo os efeitos de um terremoto, um tipo de abalo sísmico.
ASSAD, L. Os (não tão) imperceptíveis movimentos da Terra. Com Ciência: Revista Eletrônica de Jornalismo
Científico, n. 117, abr. 2010. Disponível em: http://comciencia.br. Acesso em: 2 mar. 2012.

O fenômeno físico descrito no texto afeta intensamente as populações que ocupam espaços próximos às áreas
de

a) alívio da tensão geológica.


b) desgaste da erosão superficial.
c) atuação do intemperismo químico.
d) formação de aquíferos profundos.
e) acúmulo de depósitos sedimentares

7- (ENEM-2012) As plataformas ou crátons correspondem aos terrenos mais antigos e arrasados por muitas
fases de erosão. Apresentam uma grande complexidade litológica, prevalecendo as rochas metamórficas muito
antigas (PréCambriano Médio e Inferior). Também ocorrem rochas intrusivas antigas e resíduos de rochas
sedimentares. São três as áreas de plataforma de crátons no Brasil: a das Guianas, a Sul-Amazônica e a do São
Francisco.
ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.
As regiões cratônicas das Guianas e a Sul-Amazônica têm como arcabouço geológico vastas extensões de
escudos cristalinos, ricos em minérios, que atraíram a ação de empresas nacionais e estrangeiras do setor de
mineração e destacam-se pela sua história geológica por

a) serem esculpidas pela ação do intemperismo físico, decorrente da variação de temperatura.


b) corresponderem ao principal evento geológico do Cenozoico no território brasileiro.
c) apresentarem áreas arrasadas pela erosão, que originaram a maior planície do país.
d) possuírem em sua extensão terrenos cristalinos ricos em reservas de petróleo e gás natural.
e) apresentarem áreas de intrusões graníticas, ricas em jazidas minerais (ferro, manganês).

8- “As ______________, também conhecidas como rochas magmáticas, são formadas pela solidificação
(cristalização) de um magma, que é um líquido com alta temperatura, em torno de 700 a 1200ºC, proveniente
do interior da Terra. Podem conter jazidas de vários metais (p. ex. ouro, platina, cobre, estanho) e trazem à
superfície do planeta importantes informações sobre as regiões profundas da crosta e do manto terrestre”.
Adaptado de igc.usp.br
Assinale a alternativa que completa a lacuna do texto acima:

a) Rochas Sedimentares
b) Rochas Metamórficas
c) Rochas Ígneas
d) Rochas Basálticas
e) Cadeias de Montanhas.

9- O processo de transformação das rochas preexistentes formou as chamadas Rochas Metamórficas. Sobre
esse processo, também chamado de metamorfização, é correto afirmar que:
41

a) acontece próximo à crosta terrestre


b) é oriundo exclusivamente de regiões oceânicas
c) só atua em rochas magmáticas
d) só pode ocorrer após o processo de sedimentação das rochas
e) ocorre somente em locais de alta pressão e com temperaturas elevadas

10- (UEM) Sobre as rochas que compõem a crosta terrestre, assinale a alternativa correta.

a) As rochas sedimentares formaram-se pelo resfriamento e pela solidificação de minerais da crosta


terrestre, isto é, o magma.
b) As rochas metamórficas formaram-se a partir das transformações sofridas pelas rochas magmáticas e
sedimentares quando submetidas ao calor e à pressão do interior da Terra.
c) As rochas magmáticas formaram-se a partir da compactação de sedimentos de outras rochas.
d) O arenito e o calcário são exemplos de rochas metamórficas.
e) O gnaisse e o mármore são exemplos de rochas sedimentares.

11- O intemperismo é um tipo de agente de transformação de relevo caracterizado por atuar através de
processos químicos, físicos e biológicos, transformando as rochas. O tipo de rocha formada pela ação do
intemperismo é a:

a) ígnea
b) intrusiva
c) granítica
d) metamórfica
e) sedimentar

12-Observe a imagem a seguir:

Atividade vulcânica no Havai O tipo de rocha que se constitui a partir do processo acima visualizado é:
a) ígnea
b) sedimentar
c) metamórfica
d) magmática plutônica
e) magnética
Gabarito:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
B C B A E A E C E A E A
42

Referencias bibliográficas

ARAUJO, Regina; Guimarães, Raul Borges; TERRA, Lygia; Geografia – conexões: Estudos de Geografia
Geral e do Brasil. Volume Único, 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2010.

ARAUJO, Regina; Geografia, paisagem e território: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna,
2001.

EMBRAPA SOLOS. Disponivel em: <httpps://www.embrapa.br/solos>. Acesso em: janeiro 2021.

Junior, L. F. Já existiram vulcões no Brasil? Atualizado em 4 jul 2018 - Publicado em 18 abr 2011.
Disponível em:<://super.abril.com.br/mundo-estranho/ja-existiram-vulcoes-no-brasil/.

MENDONçA, G. H. "Terremotos no Brasil"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/brasil/terremotos-no-brasil.htm. Acesso em 27 de janeiro de 2021.
43

UNIDADE 5: CLIMA DO BRASIL

O território brasileiro apresenta uma grande diversidade climática, devido principalmente a sua
extensão territorial. Sendo assim, teremos diferentes tipos climáticos, porém devido à localização geográfica
de nosso território, a maioria destes serão tipos climáticos quentes, pois o Brasil se situa na Zona Tropical ou
Intertropical do globo terrestre (esta zona se localiza entre os dois trópicos).

FATORES CLIMÁTICOS ATUANTES NO BRASIL

✓ LATITUDE – É importante sabermos que a insolação diminui conforme nos afastamos da Linha do
Equador (0º), sendo que a latitude corresponde a distância de qualquer ponto em relação à Linha do Equador
(0º). Logo:

✓ Quanto maior for a latitude, menor será a temperatura;


✓ Quanto menor for a latitude, maior será a temperatura;

✓ ALTITUDE – A temperatura diminui conforme nos afastamos da superfície terrestre. Essa redução
de temperatura é de 1º C a cada 180 de altitude. Logo:

✓ Quanto maior for a altitude, menor será a temperatura;


✓ Quanto menos for a altitude, maior será a temperatura;

✓ CORRENTES MARINHAS – São grandes


massas de água que se deslocam nos oceanos com características próprias.
Porém sua principal distinção se refere a correntes QUENTES (se
deslocam do Equador para os pólos) e correntes FRIAS (se deslocam dos
pólos para o Equador). É importante saber que no Hemif. Sul as
Correntes giram no sentido anti-horário, enquanto que no Hemisf. Norte
elas giram no sentido horário.

✓ MARITIMIDADE E CONTINENTALIDADE – Estes


dois fatores estão relacionado com a distância de algum ponto em relação
ao oceano. Isso ocorre devido à água aquecer e se resfriar mais lentamente
do que a terra, sendo assim ela conserva temperaturas por mais tempo
(ameniza situações atmosféricas). Enquanto que a terra se aquece e se
resfria muito mais rapidamente, conservando por pouco tempo as
temperaturas (intensifica as situações atmosféricas).

✓ VEGETAÇÃO E URBANIZAÇÃO – A vegetação age ao


impedir que os raios ultravioletas penetrem na superfície terrestre, ou seja,
ela barra os mesmos em altitudes mais elevadas. Com isso, ocorre a evapotranspiração, que é a liberação de
umidade da vegetação na atmosfera. Sendo assim, com a vegetação tem-se mais umidade do ar, quando ela é
retirada, a umidade do ar reduz e assim reduzem as chuvas também. E a urbanização trabalha com a
cimentação (concretização) reduzindo assim a infiltração de água no solo, fazendo com que as temperaturas
aumentem e a localidade não segure a umidade.
44

ELEMENTOS CLIMÁTICOS

✓ TEMPERATURA – Se refere à quantidade de calor presente no ar. Esta varia de acordo com a
atuação dos fatores climáticos, dependendo da latitude, altitude, entre outros. Devemos estar ligados no que
é Amplitude Térmica (diferença entre a maior e a menor temperatura) e o que é Média Térmica (média da
temperatura ao longo de um período).

✓ UMIDADE – Esta se refere a quantidade de água (em estado gasoso) que está presente na atmosfera
em um determinado instante. Vai estar diretamente relacionada com a quantidade de chuva em determinado
local.

✓ PRESSÃO ATMOSFÉRICA – Esta se refere a pressão exercida pelo “peso” do ar.


Temos que saber que:

✓ Quanto MAIOR a altitude, MENOR será a pressão atmosférica.


✓ Quanto MENOR for a altitude, MAIOR será a pressão
atmosférica.

Em uma MESMA ALTITUDE, a PRESSÃO varia de acordo com a TEMPERATURA, sendo:

✓ Quanto MAIOR a temperatura, MENOR é a pressão


atmosférica.
✓ Quanto MENOR a temperatura, MAIOR é a pressão.

✓ PRECIPITAÇÕES (CHUVAS) – As precipitações sempre ocorrem em função do resfriamento de


uma nuvem, ou seja, as nuvens carregadas de umidade (em estado gasoso) necessitam resfriar-se para que a
água (gasosa) volte ao estado líquido e retorne a superfície. Devido ao modo de resfriamento dessas nuvens,
teremos três tipos de chuvas diferentes, que são:

Figura 15: Tipos de chuva no Brasil. Fonte: https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Clima/chuva1.jpg


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1 - CHUVAS CONVECTIVAS: este tipo de chuva ocorre em áreas onde a temperatura é bastante alta,
tendo uma grande evaporação de água ao longo do dia, formando
grandes nuvens que, pela sua espessura vão se resfriar e precipitar. Essa chuva normalmente é volumosa,
intensa e rápida – também chamada de chuva de verão ou chuvas equatoriais.
2 - CHUVAS FRONTAIS: este tipo de chuva ocorre devido ao encontro de duas massas de ar, ou seja,
uma nuvem quente e úmida se encontra com outra fria (e normalmente úmida também), logo, a que está
quente resfria e precipita. Estas chuvas são comuns
no inverno do RS e são chuvas que permanecem por 3 a 5 dias (garoas com chuvas).
3 - CHUVAS OROGRÁFICAS OU DE RELEVO: Este tipo de chuva ocorre devido a uma nuvem
quente e úmida estar em uma baixa altitude e subir uma barreira do relevo, quando ela sobe sua temperatura
diminui, resfriando, logo ela precipitará. Este tipo de
chuva ocorre no litoral nordestino (zona da mata), não deixando que a chuva chegue no sertão.

- VENTOS – correspondem ao deslocamento contínuo do ar na superfície terrestre. E estes também formarão


as massas de ar (que são grandes bolsões de ar que se deslocam levando características de seu ponto de
origem). É importante sabermos que os ventos sempre vão soprar de zonas de alta pressão (menor
temperatura) para zonas de baixa pressão (maior temperatura).

MASSAS DE AR ATUANTES NO BRASIL

As massas de ar são grandes bolsões de ar que transitam em diferentes direções na superfície terrestre, sempre
carregando características de seu local de origem. Elas podem ser: secas, úmidas, quentes, frias, densas, etc.
Se ela se origina em um lugar quente ela transportará ar quente e se o lugar de origem tiver umidade ela será
úmida. Este foi apenas um exemplo deste fator climático que influencia muito na distribuição dos climas
brasileiros.

Figura 16: Massas de ar que atuam no Brasil. Fonte:https://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Clima/massas2.jpg


46

DESCRIÇÃO DAS MASSAS ATUANTES NO BRASIL

Massa Equatorial Atlântica – mEa


Essa massa possui seu centro de origem no Oceano Atlântico Norte. Consiste em uma massa quente e úmida
que atua no litoral norte e nordeste, gerando chuvas nessas áreas. Ela é responsável pelos ventos alísio do
nordeste.

Massa Equatorial Continental - mEc


Esta massa de ar possui seu centro de origem na Amazônia Ocidental. Esta massa é quente e úmida, gerando
chuvas convectivas. Sua área de atuação no verão e no outono se estende por todo o território brasileiro,
causando chuvas e elevadas temperaturas. É importante ressaltar que ela é úmida, pois se forma na floresta
amazônica.

Massa Tropical Atlântica – mTa


Esta massa possui seu centro de origem no Atlântico Sul, bem próximo ao Trópico de Capricórnio. Sua
característica é quente e úmida, sendo que sua atuação se dá desde o Rio Grande do Sul até o Nordeste, em
toda a área litorânea. Esta é responsável por formar os ventos alísios de sudeste e também entra em choque
com a mPa no inverno gerando chuvas frontais no litoral do sudeste. E no verão forma chuvas orográficas.

Massa Tropical Continental – mTc


Esta massa de ar possui seu centro de origem na depressão do Chaco paraguaio, próximo ao Trópico de
Capricórnio. Sua característica é quente e seca, e permanece sempre em sua área de origem, não tem uma
atuação muito grande (restringe-se a região Centro-Oeste) causando a seca e o calor no inverno. Essa é a única
massa de ar seco que atua no território brasileiro e é a responsável pelo fenômeno do “vento norte” no RS.

Massa Polar Atlântica – mPa


O centro de origem desta massa de ar se localiza no Extremo sul do Oceano Atlântico. Sua característica é
fria, úmida e densa (única massa de ar frio atuante no Brasil). Esta tem a sua atuação restrita a região sul no
verão, porém no inverno se estende pelas outras regiões do território brasileiro, formando o fenômeno da
“friagem” na Região Norte e as chuvas frontais na Região Sudeste.

TIPOS CLIMÁTICOS DO BRASIL

Figura 17: Climas do Brasil. Fonte: encurtador.com.br/ABCX0


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Figura 18: Climogramas do Brasil. Fonte: https://www.proenem.com.br/enem/geografia/clima-climogramas/

Clima equatorial

✓ Possui altas temperaturas;


✓ Pequena amplitude térmica;
✓ Ausência de estação seca;
✓ Possui chuvas convectivas e abundantes com precipitação entre 2000 e 3000mm/ano;
✓ Temperaturas em torno de 24ºC a 30ºC; No inverno ocorre eventualmente a friagem; Domina
cerca de 5 mil Km².

Clima Tropical

✓ Domina a maior parte do território brasileiro;


✓ Abrange grande área do Centro-Oeste;
✓ É um clima característico quente
✓ Possui duas estações bem definidas, o verão quente e úmido e o inverno quente e seco.
✓ A umidade no verão ocorre pelo avanço da MEC e da mTa;
✓ Médias anuais em torno dos 22ºC e pluviosidade em torno dos 1.500mm/ano.

Clima tropical atlântico ou litorâneo úmido

✓ Atua na faixa litorânea que vai do Rio.Grande do Norte até o Rio Grande do Sul;
✓ Apresenta totais pluviométricos elevados, inverno chuvoso e verão mais seco.
✓ As temperaturas variam de 18ºC a 26ºC;
48

✓ A pluviosidade fica acima dos 1.500mm/ano;


✓ No litoral do nordeste as chuvas intensificam-se no outono e no inverno e mais ao sul são mais fortes
no verão.

Clima Semi-árido

✓ Este clima possui chuvas escassas e mal distribuídas;


✓ Clima que abrange a região conhecida como Sertão nordestino;
✓ Clima Brasileiro com menor índice pluviométrico anual (abaixo dos 800 mm/ano); As chuvas
concentram-se em um período muito curto (3 meses ao ano), sendo que este período não ocorre em alguns
anos;
✓ Média térmica em torno dos 27ºC, com amplitude térmica inferior a 5ºC;

Clima Tropical de altitude

✓ Está localizado nas áreas mais altas do relevo brasileiro, sendo esse o seu diferencial;
✓ Possui temperaturas mais amenas devido à altitude (em torno dos 20ºC);
✓ Possui também um regime de chuvas sazonal, concentradas no verão;
✓ No inverno, devido à atuação da massa polar, pode-se ter temperaturas negativas e geadas nessa região;

Clima Subtropical

✓ Ocorre na maior parte do Planalto Meridional;


✓ Ocorre na Zona Temperada do Sul (latitudes maiores que o Trópico de
Capricórnio), conhecido como clima de transição;
✓ Tipo Climático do Rio Grande do Sul;
✓ Médias térmicas inferiores a 18ºC e amplitude térmica alta (9º a 13ºC em média);
✓ Chuvas bem distribuídas (em torno de 1.500 a 2.000 mm/ano);
✓ Possui quatro estações bem definidas e invernos rigorosos;

FATORES ESTRAS DO CLIMA

Figura 19: Fatores extras do clima. Fonte: https://agrosmart.com.br/blog/el-nino-e-la-nina-entenda-seus-impactos-no-brasil/


49

Atividades

1 - (ESA) - Os climas predominantes no Brasil são:

a) Litorâneo Úmido e Subtropical


b) Equatorial e Tropical
c) Equatorial e Tropical Semi-Árido
d) Tropical e Subtropical
e) Litorâneo Úmido e Tropical Semi-Árido

2 - (ESA) - As cidades de Brasília – DF e Manaus – AM têm, respectivamente, os seguintes climas:

a) Tropical e Litorâneo Úmido.


b) Subtropical e Equatorial de Altitude.
c) Tropical e Equatorial.
d) Tropical Semi-árido e Tropical Continental.
e) Equatorial e Subtropical.

3 - (ESA) - No território brasileiro, o clima subtropical é predominante na região

a) Nordeste e trechos de maior altitude da região Norte.


b) Sudeste, além do extremo norte da Serra da Mantiqueira.
c) Sul, além de todo o extremo norte de Minas Gerais.
d) Sul, excluindo toda a parte serrana do Planalto Meridional.
e) Sul, além do extremo sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

4 - (ESA) - O clima que abrange as terras altas do sudeste, caracterizado por invernos mais
rigorosos sob influência da massa de ar Polar Atlântica, trata-se do clima

a) subtropical úmido.
b) tropical semiárido.
c) litorâneo úmido.
d) equatorial úmido.
e) tropical de altitude.

5 - (ESA) - No romance “O Tempo e o Vento”, o escritor Érico Veríssimo descreve a história do


Rio Grande do Sul e suas paisagens, que marcam a formação territorial da região. Identifique e
marque o clima predominante desse estado brasileiro:

a) Equatorial.
b) Tropical.
c) Subtropical.
d) Semiárido.
e) Temperado.
50

6 - (ESA) - Analisando a dinâmica relativa aos climas que atuam no Brasil, percebe-se que em
toda a região Sul ocorre o clima: )

a) tropical semiárido.
b) subtropical úmido.
c) litorâneo úmido.
d) equatorial úmido.
e) tropical.

7 - (ESA) - Os ventos alísios são correntes de ar que sopram constantemente das proximidades
dos trópicos para o Equador. Em razão do movimento da Terra, os ventos, que se deslocam em
linha reta, sofrem um desvio aparente na sua trajetória, chamado:

a) Efeito de Coriolis.
b) Massa de ar.
c) El Nino.
d) La Nina.
e) Doldrums

8 -(Cefet-ensino médio) O rio Amazonas banha uma imensa planície verde, cortada pela linha do Equador, o que lhe
garante características especiais de clima que são mostradas no climograma:

9 - Clima quente, com médias térmicas superiores a 24ºC e pequenas amplitudes térmicas
(menores que 3ºC). As chuvas são irregulares e mal distribuídas, fazendo surgir os polígonos
das secas. Estamos falando do clima:

a) Semi-árido
b) Subtropical
c) Tropical de altitude
d) Equatorial
e) Tropical
51

10 - (ESA Adaptado) - O clima semi-árido no brasil é encontrado na região:

a) Nordeste
b) Sul
c) Norte
d) Centro-Oeste
e) Sudeste

11 - (ESA Adaptado) - Podemos definir os climas de Santa Catarina e do Acre como sendo,
respectivamente:

a) subtropical e equatorial.
b) tropical com estação seca e semi-árido.
c) tropical de altitude e tropical com estação seca.
d) tropical úmido e tropical com estação seca.
e) subtropical e tropical.

12 - (ESA Adaptado) - Predomina na região Sudeste o clima:

a) tropical de altitude
b) semi-árido
c) subtropical
d) temperado
e) equatorial

13 - (ESA Adaptado) - Uma das características do clima que ocorre na região Norte é:

a) inverno frio e chuvoso


b) uma grande estação seca
c) uma estação seca e outra chuvosa
d) pequena amplitude térmica anual
e) grande amplitude térmica anual

14 - (ESA Adaptado) - O clima típico e predominante do Centro-Oeste brasileiro é:

a) tropical
b) subtropical
c) equatorial
d) tropical de altitude
e) semi-árido

15 - (ESA) - As precipitações de neve no Brasil ocorrem exclusivamente nas áreas em que


predomina o clima:

a) tropical de altitude
b) semi-árido
52

c) tropical
d) equatorial
e) subtropical

16 - (ESA) - Sobre o clima predominante na região Centro-Oeste, é correto dizer que:

a) o clima é tropical com duas estações: verão chuvoso e inverno seco.


b) o clima é tropical com chuvas no inverno.
c) o clima equatorial acarreta altos índices pluviométricos.
d) o clima quente motiva temperaturas médias anuais em torno de 35ºC.
e) o clima é subtropical na parte central e contrasta com o clima tropical ao sul da região.

17 - (ESA) - O clima do Brasil central caracteriza-se por apresentar:

a) grande amplitude térmica e chuvas concentradas no inverno.


b) queda de neve e chuvas concentradas no verão.
c) temperatura elevadas e chuvas concentradas no inverno.
d) temperaturas elevadas e chuvas concentradas no verão.
e) pequena amplitude térmica e chuvas bem distribuídas o ano todo.

18 - (ESA) - O clima Tropical de Altitude, no Brasil, aparece no(na):

a) Bacia do rio Uruguai;


b) Planalto Central;
c) Sul de Minas;
d) Agreste Nordestino
e) Bacia do rio Parnaíba.

19 - (ESA) - Os tipos de clima que apresentam os maiores e os menores índices pluviométricos


anuais são, respectivamente, os seguintes:

a) equatorial e tropical
b) tropical e equatorial;
c) equatorial e subtropical;
d) subtropical e equatorial;
e) equatorial e semi-árido.

20 - (ESA) - O clima semi-árido no interior do Nordeste do Brasil, com suas escassas e


irregulares chuvas, impõe o predomínio do intemperismo físico, que torna comum na paisagem
da área:

a) solos profundos, recobertos por vegetação com espécies latifoliadas;


b) solos rasos com vegetação de mangues;
c) relevo de meia – laranja, drenado por extensa rede de rios perenes;
d) vegetação com espécies xerófilas , revestindo um solo raso e pouco lixiviado;
e) relevo de “ mar de morro”.
53

21 - Clima quente e úmido, com temperaturas médias entre 24ºC e 26ºC, amplitudes térmicas
pequenas até 3ºC e chuvas abundantes superiores a 2.000 mm/ano:

a) Equatorial
b) Tropical
c) Tropical de altitude
d) Semi-árido
e) Subtropical

Gabarito:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
B C E E C B A B A A A A D A E A D C E D A

Referencias:

ALLGAYER, Antonio Anildo. Geografia 1: Préuniversitário Popular Alternativa / autoria: Antonio Anildo
Allgayer, Victor Machado Neto. – Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, Pró-reitora de
Extensão, 2015

ARAUJO, Regina; Guimarães, Raul Borges; TERRA, Lygia; Geografia – conexões: Estudos de Geografia
Geral e do Brasil. Volume Único, 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2010.

ARAUJO, Regina; Geografia, paisagem e território: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna,
2001.

Climas do Brasil; http://brasilescola.uol.com.br/brasil/os-climas-brasil.htm (acesso em 25/01/21 às 00:25h)

EQUIPE RIDEEL. Manual compacto de Geografia Geral: ensino médio /[Equipe Rideel]. – 1 ed. – São
Paulo: Rideel, 2010.

MOREIRA, IGOR e AURICCHIO, ELIZABETH. Geografia em Construção. V. 1. A construção do


espaço brasileiro. São Paulo: Ática, 2010.

- Schneeberger, Carlos Alberto Minimanual compacto de geografia do Brasil : teoria e prática / Carlos
Alberto Schneeberger, Luiz Antonio Farago. — 1. ed. — São Paulo : Rideel, 2003.
54

UNIDADE 6: VEGETAÇÃO DO BRASIL

A vegetação é um reflexo de um emaranhado de fatores que influenciam na dinâmica vegetais


diferentes. Os principais fatores que atuam no território brasileiro são: a extensão territorial (variação de
latitude e longitude), a umidade, a diferenciação dos solos, do relevo (altitudes) e do clima.
Estes fatores unidos geram no Brasil uma imensa biodiversidade, ou seja, uma variação de fauna
(animais) e flora (plantas) muito grande. Porém com a ocupação do ser humano com atividades econômicas,
essa rica biodiversidade vem sofrendo grandes alterações e sendo destruída em várias áreas do território.

Figura 20: Vegetação do Brasil. Fonte:https://www.pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/classificacoes-e-o-mapa-da-vegetacao-do-brasil/

FORMAÇÕES VEGETAIS BRASILEIRAS

Formações Florestais

Floresta Amazônica (cerca de 17% devastada)

Esta cobertura vegetal também é chamada de Floresta Equatorial, pois está localizada em baixas
latitudes. Esta consiste na maior floresta do mundo, sendo que a mesma não pertence apenas ao Brasil,
pertence também aos outros países da América do Sul. A mesma corresponde a cerca de 40% do território
brasileiro e apresenta as seguintes características: perene (suas folhas nunca caem e permanecem verde);
heterogênea (possui várias espécies); densa (também chamada de fechada); higrófila (suas espécies são
adaptadas a ambientes bastante úmidos), latifoliada (possui folhas grandes e largas). Esta formação
55

florestal de divide em três estratos que são: Igapó ou caigapó (permanece permanentemente alagada), várzea
(é alagada na época das chuvas), mata de terra firme (é úmida, porém não fica alagada, consiste em mais de
75% desta formação).

Figura 21: Perfil da Amzônia. Fonte: https://www.estudokids.com.br/floresta-amazonica/

Mata Atlântica (cerca de 96% devastada)

Esta formação também pode ser chamada de Floresta Tropical, ela se localiza na área litorânea do Brasil, pois
nessa região o clima é tropical litorâneo e possui bastante umidade, logo, formará uma vegetação florestada.
É importante sabermos que esta floresta é bastante semelhante à Amazônica, porém, devido ao relevo e a sua
diferença latitudinal, a mesma vai apresentar a Maior Biodiversidade do Mundo (maior até que a floresta
amazônica).
Suas características são: perene, heterogênea, higrófila, possui um relevo montanhoso em algumas áreas
densa e devastada.
É importante sabermos que esta formação florestal apresenta um dos HOTSPOTS brasileiros. Devido
ao intenso processo de urbanização do litoral brasileiro.

Mata de Araucária (cerca de 97% devastada)

Esta vegetação também pode ser chamada de Mata dos Pinhais floresta Subtropical, pois é composta por
pinheiros (araucárias). Faz parte de formação da mata atlântica, sendo localizada nas maiores altitudes do
clima subtropical, onde o clima possui as temperaturas mais baixas. É a vegetação que compõe parte da Região
Sul (PR, SC, RS – partes do planalto meridional).
Suas características são: homogênea (não possui uma diversidade muito grande de espécies),
aciculifoliada (possui folhas finas e pontiagudas – agulhas).

Mata dos Cocais

Esta vegetação é uma formação secundária que se encontra na região do Meio Norte nordestino, sendo uma
transição entre a Caatinga e a Floresta Amazônica (vegetação ecótone). A mesma ocorre numa área de clima
tropical, tendo como características as palmeiras (sendo as principais o babaçu e a carnaúba – árvores
utilizadas na extração vegetal), sendo que a região também é local de expansão da agricultura.

FORMAÇÕES ARBUSTIVAS

Cerrado
56

Vegetação também conhecida como Savana brasileira. Consiste na segunda formação vegetal mais
extensa do Brasil, sendo superada apenas pela Amazônia. Está localizada na porção central do nosso território,
onde predomina o clima tropical típico (2 estações bem definidas), sendo por isso composta por arbustos.
Suas características principais são: raízes profundas, caules retorcidos e com casca grossa. Isso
tudo ocorre pela sazonalidade da estação seca, onde a vegetação não pode perder muita umidade e precisa
busca água em áreas profundas do solo. Esta formação vegetal se divide em dois estratos, um é o cerradão
(com árvores mais altas com alguns arbustos em áreas mais úmidas); e o outro é o cerrado propriamente dito
(com arbustos e vegetação mais rasteira em áreas mais secas). É importante ressaltar também que esta
formação possui solos bastante ácidos, com concentração de ferro e alumínio e uma fertilidade baixa, porém
com a ocupação agropecuária esses fatores vem sendo corrigidos, mas não deixam de ser uma marca desta
formação vegetal.
Esta vegetação já foi bastante devastada pela ocupação agropecuária, sendo que menos de 20% dela
permanece intacta e mais de 50% já foi totalmente destruído. Resumindo, esta formação é o segundo
HOTSPOT brasileiro, possuindo várias espécies endêmicas (que só existem naquele local).

Caatinga

Esta vegetação é típica do sertão nordestino (clima semi-árido), abrangendo mais de 70% da Região
Nordeste. Nesta formação é comum a presença de cactáceas, onde as folhas são atrofiadas e se transformaram
em espinhos, sendo que isso ocorre por causa da deficiência hídrica, sendo estas plantas chamadas de xerófilas.
Esta é uma vegetação arbustiva, com pequenas árvores espaçadas e alguns arbustos fixados por raízes
profundas e ramificadas fixadas em um solo pouco espesso, tendo como objetivo procurar água mais longe e
com folhas que caem na estação seca (caducifólias).

✓ FORMAÇÃO HERBÁCEA

Campos

Esta vegetação é chamada de herbácea por ser constituída de gramíneas e, ou seja, vegetação bem
rasteira, também chamada de pampa. Ocorre nas áreas planas do território gaúcho, sendo características de
clima subtropical. Esta vegetação é bastante propícia a atividade da pecuária. Nesta ocorrem também arbustos,
porém estes são espaçados entre o campo (chamados de capões de mato).

✓ Outras Formações

Figura 22: Perfil da vegetação. Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-2-Perfil-esquematico-mostrando-a-vegetacao-relevo-e-as-


classes-de-solos-em_fig2_262615939
57

Pantanal

Esta formação é conhecida como um complexo, pois não possui uma fauna e uma flora endêmica
(própria do local), no pantanal juntam-se partes de quase todas as outras formações brasileiras. Sendo assim,
isso se torna um complexo e não uma vegetação própria. Este se localiza na Região Centro-Oeste em um
relevo de planície inundável, possuindo uma vegetação bastante heterogênea.

Manguezais

Esta vegetação é constituída como litorânea, se localizando desde o litoral da Região Sul até o litoral
da Região Norte. A mesma ocorre no encontro das águas dos rios com o oceano, sendo esta em solos salinos
e as mesmas são denominadas de pneumatóforos (possuem raízes que respiram ar atmosférico). Consistem
em áreas permanentemente inundadas, ou seja, vegetação hidrófila.

DOMINIOS MORFOCLIMÁTICOS
BRASILEIROS

Esta classificação foi feita pelo Geógrafo


Aziz Ab’Saber, tendo em vista a
especificação melhorada de algumas áreas
do território brasileiro. Na classificação
dos domínios, foram levados em conta o
relevo, os solos, a hidrografia, o clima, a
fauna e a flora.
Nesta classificação também foram levadas
em conta as áreas de transição, onde
ocorrem fatores de outros domínios
também.

CORREDORES DE BIODIVERSIDADE
O corredor de biodiversidade e formado por uma rede de parques, reservas e áreas privadas de uso
menos intensivo, na qual um planejamento integrado das ações de conservação pode garantir a sobrevivência
do maior numero de espécies e o equilíbrio dos ecossistemas.
O corredor pode se estender por centenas de quilômetros e atravessar fronteiras nacionais para incluir
áreas protegidas, habitats naturais remanescentes e suas comunidades ecológicas.
[...] Nos hotspots, o desmatamento provocou uma intensa fragmentação dos habitats, isto e, as florestas
tornaram-se ilhas de vegetação, cercadas por cidades ou áreas agrícolas. A implementação de corredores de
biodiversidade contribui para que essas ilhas sejam novamente conectadas, com a proteção da vegetação ainda
remanescente e a recuperação de áreas degradadas. ”
58

Arco do desmatamento
O chamado arco do desmatamento é uma região em
que a grande diversidade de ocupação e de atividades vem
acarretando intenso processo de queimadas e
desflorestamentos. As finalidades são a extração de madeira,
a abertura de área para a pecuária ou para a agricultura (soja)
etc.
Trata-se de um grande cinturão que contorna a
floresta, principalmente no limite com o Cerrado. Também
conhecido como arco do fogo ou, mais recentemente, como
arco de povoamento adensado, estende-se desde a
desembocadura do Rio Amazonas até o oeste do Maranhão,
leste e sudeste do Pará, Tocantins, Mato Grosso.

Atividades:

1 - (ESA) - O segundo mais extenso domínio natural brasileiro caracteriza-se por estar associado ao clima
tropical, que possui estações bem definidas, com verões chuvosos e longas estiagens no inverno; quanto à
vegetação, predominam formações arbustivas que cobrem solos ácidos. O texto apresenta características do
seguinte domínio natural:

a) Mata de Araucária.
b) Caatinga.
c) Cerrado.
d) Mares de Morro.
e) Amazônico.

2 - (ESA) - Assinale a opção abaixo que apresenta um ambiente natural brasileiro que pode ser definido como
faixa de transição.

a) Mata de Araucária
b) Caatinga
c) Floresta amazônica
d) Pantanal
e) Mares de Morros

3 - (ESA) - Assinale a alternativa que apresenta uma região do Brasil que é recoberta por vegetação herbácea
ou campestre, em área de clima subtropical, e que tem sofrido grande impacto ambiental, tendo como
conseqüência a formação de extensos areais. Dentre as causas desse impacto, podemos citar a pecuária
extensiva e a agricultura monocultora.

a) Sertão Nordestino.
b) Pantanal.
c) Campanha Gaúcha.
d) Cerrado.
e) Amazônia.
59

4 - (ESA) - Marque a alternativa correspondente ao domínio vegetal que cobria vastas extensões dos Planaltos
e Serras da Região Sul e trechos da Região Sudeste do Brasil.

a) Floresta equatorial.
b) Mata de Araucária.
c) Pantanal.
d) Cerrado.
e) Caatinga

5 - (ESA) - Devido à relativa escassez de chuvas, o domínio em que quase todas as espécies são decíduas e
apresentam folhas de tamanho reduzido, e os solos são pouco profundos em virtude do baixo nível de
decomposição química das rochas é o do (a):

a) Caatinga
b) Cerrado
c) Amazônia
d) Araucária
e) Pradaria

6 - (ESA) - A formação vegetal na qual predominam espécies de palmeiras como a carnaúba, o babaçu e o
buriti, e que é considerada uma zona de transição entre os domínios da Amazônia e o da Caatinga é a(o)

a) Mata dos Cocais.


b) Pantanal.
c) Manguezal.
d) Restinga.
e)Pradaria.

7 - (ESA) - As cactáceas, tais como o xique-xique e o mandacaru , são espécies de vegetação brasileira que
apresentam folhas de tamanho reduzido para minimizar a perda de água pela transpiração. Tais espécies podem
ser encontradas na/no (s)

a) Mata Atlântica.
b) Manguezais.
c) Mata dos Cocais.
d) Araucária.
e) Caatinga.

8 - (ESA) - A carnaúba é uma árvore (palmeira) esguia, que se apresenta em formações espaçadas e atinge até
20 metros de altura. Indique a alternativa que apresenta três estados brasileiros onde esta espécie pode ser
encontrada.

a) Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte


b) Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná
c) Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina
d) São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro
e) Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo
60

9 - (ESA) - A vegetação brasileira, com espécie de conífera tipicamente sul-americana, é encontrada na(o)

a) Mata Atlântica.
b) Manguezais.
c) Mata dos Cocais.
d) Araucária.
e) Cerrado.

10 - (ESA) - O território brasileiro possui vários tipos de florestas e de vegetação arbustiva e herbácea. São
exemplos de formações arbustivas:

d) Mata dos Cocais e Mata de Araucárias


b) Mata de Cocais e Caatinga
c) Mata Atlântica e Floresta Amazônica
d) Cerrado e Caatinga
e) Campos e Mata de Araucárias

11 - (ESA) - Na faixa leste do Brasil, desde o século XVI, um domínio natural sofreu extensiva devastação,
provocada por extração de pau-brasil, plantio de cana e café, expansão urbana e implantação de eixos de
transporte. Atualmente, restam apenas 8% deste domínio natural denominado:

a) Pampas.
b) Mata Atlântica.
c) Complexo do Pantanal.
d) Cerrado.
e) Floresta Amazônica

12 - Em relação ao domínio morfoclimático das depressões interplanálticas semi-áridas do Nordeste,


podemos afirmar que caracteriza-se por:

a) vegetação de caatinga, afloramentos rochosos, solos rasos e pedregosos e drenagem intermitente.


b) vegetação de cerrado, interflúvios tabuliformes de vertentes suaves, solos lateríticos e drenagem perene.
c) vegetação de pradarias mistas, ondulações suaves, solos profundos e drenagem temporária.
d) vegetação de savanas, morros baixos e convexos, solos do tipo massapê e drenagem mista.
e) vegetação de cocais, alinhamentos de serras com encostas íngremes, solos podzólicos profundos e
drenagem densa do tipo dendrítica.

13 - (ESA) - No planalto Meridional, desde o sul de São Paulo até o norte do Rio Grande do Sul, vamos
encontrar nos seus trechos mais elevados a:

a) floresta tropical
b) mata das araucárias.
c) vegetação litorânea
d) mata dos cocais
e) mata atlântica
61

14 - (ESA) - A vegetação natural da região Centro-Oeste, que recobre maior área territorial, é o (a):

a) floresta tropical
b) campo limpo
c) floresta equatorial
d) cerrado
e) complexo do Pantanal

15 - (ESA) - Com relação ao cerrado, não é correto afirmar que:

a) se trata de uma vegetação típica de solos arenosos e pobres em elementos minerais.


b) Essas áreas apresentam clima semi-árido
c) Possui árvores de pequeno porte, distanciadas uma das outras.
d) Suas árvores têm troncos retorcidos e folhas geralmente grandes.
e) Entre as árvores aparecem gramíneas, que servem de pastagem ao gado.

16 - (ESA) - Vegetação típica do sertão da região Nordeste:

a) cerrado
b) floresta tropical
c) caatinga
d) campos limpos
e) pampas

Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
C E C B A A E A D D B A B D B C

Referências

ARAUJO, Regina; Guimarães, Raul Borges; TERRA, Lygia; Geografia – conexões: Estudos de Geografia
Geral e do Brasil. Volume Único, 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2010.

ARAUJO, Regina; Geografia, paisagem e território: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna,
2001.

EQUIPE RIDEEL. Manual compacto de Geografia Geral: ensino médio /[Equipe Rideel]. – 1 ed. – São
Paulo: Rideel, 2010.
62

Unidade 7: Bacias Hidrográficas

Quando falamos em água a nível mundial, devemos levar em conta que ela é pouca para todo o mundo.
Porém quando falamos em águas no Brasil, devemos saber que ela não é pouca, é sim MAL distribuída, pois
no Brasil está cerca de 12% da água potável do mundo.
Isso ocorre devido ao clima que predomina em nosso território, onde há uma grande disponibilidade
de água, estando aqui localizadas as maiores bacias hidrográficas do mundo, que são a AMAZÔNICA E A
PLATINA.

Os rios brasileiros possuem umas características próprias, que são:

✓ RIOS PERENES (exceto na Região Nordeste, onde há alguns rios intermitentes);


✓ RIOS CAUDULOSOS;
✓ PREDOMÍNIO DE FOZ EM ESTUÁRIO (exceto a do Rio Amazonas, que é mista);
✓ PREDOMÍNIO DE REGIME PLUVIAL (exceto a do Rio Amazonas, que é pluvionival);
✓ PREDOMÍNIO DE RIOS DE PLANALTO (grande potencial hidráulico);
✓ O BRASIL NÃO POSSUI LAGOS TECTÔNICOS (possui apenas algumas lagoas costeiras);
✓ OS RIOS BRASILEIROS SÃO EXORRÉICOS (correm para o oceano);

Figura 23; Ciclo da água. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/654359020832027317/


63

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS BACIAS


HIDROGRÁFICAS

BACIA DO RIO AMAZONAS: Esta é a maior bacia hidrográfica do mundo, sendo que é composta por rios
de planície, possuindo assim um extenso percurso navegável (principal meio de transporte da região). Porém,
é a bacia que apresenta o maior potencial hidrelétrico do nosso território.
Esta bacia hidrográfica possui um regime pluvio-nival, tendo uma foz mista (ao sul da Ilha de Marajó em
Estuário, e ao norte em Delta). Também é importante sabermos que esta bacia não é totalmente brasileira, pois
o mesmo nasce na Cordilheira dos Andes e depois que adentra o território brasileiro.
Algumas informações:
- Maior Bacia do Planeta.
- Rio Negro (afluente) e Solimões (Nome dado ao rio Amazonas quando chega no Brasil);
- Rio Amazonas: planície.
- Afluentes de planalto.
- Maior potencial hidrelétrico.
- Usina Belo Monte.

BACIA TOCANTINS-ARAGUAIA: Esta é a maior bacia hidrográfica totalmente brasileira, sendo que a
mesma percorre mais de uma região do Brasil e é composta por dois grandes rios brasileiros (Tocantis e
Araguaia). Por ter suas nascentes no Centro-Oeste é utilizada para escoar boa parte da produção em grãos da
região, visto que a mesma possui longos trechos navegáveis (porém em épocas de estiagens a mesma perde
parte de sua navegabilidade devido aos rios baixarem muito). Nesta bacia Hidrográfica foi construída a Usina
de Tucuruí, utilizada basicamente para a produção de energia para o Projeto Carajás no Pará.
Características:
- Maior bacia brasileira em território nacional.
- Rio Tocantins o principal
- Rio Araguaia o afluente
- maior ilha fluvial do mundo (ilha do Bananal)
- Hidrelétrica Tucuraí.
- Projeto Grande Carajás

BACIA PLATINA: Esta bacia hidrográfica é composta por três outras bacias hidrográficas menores que são:
Paraná, Uruguai e Paraguai. Possui este nome devido ao Rio do Prata, na divisa entre Argentina e Uruguai e
é formado pelos rios Paraguai, Paraná e Uruguai, que nascem no Brasil e depois drenam estes países.
64

É importante sabermos que esta bacia Hidrográfica é a que drena as áreas mais industrializadas do Brasil,
sendo que a energia ocupada nessas áreas é produzida nessa bacia também. Esta bacia é a que possui maior
produção hidrelétrica do Brasil (ou seja, maior potencial instalado de energia), onde a maior usina hidrelétrica
é a Usina de Itaipu (binacional, entre Brasil e Paraguai – onde todo o trabalho e toda a energia hidrelétrica
produzida são dividas entre os dois países, sendo que o Brasil compra uma boa parte da energia paraguaia a
preço de custo, devido ao seu consumo ser maior).

OBS: Essa bacia entra outras três bacias: Paraguai, Paraná e Uruguai.

- Maior potencial hidrelétrico instalado no Brasil;


- Usina Itaipu.
- Planície
- Pantanal
- Maior bacia inundável do Mundo.
- Afluentes: Parnaíba e Grande

BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO: Está é a segunda maior bacia hidrográfica totalmente brasileira, é
conhecida por seu rio principal que é o São Francisco e atravessa o sertão nordestino sem secar. Este é o
principal (único) rio perene do sertão e o mesmo só se mantém perene pois sua nascente é na Região Sudeste
(onde há bastante chuva). Este é um rio de planalto, possuindo diversas quedas d’água, que são aproveitadas
para a geração de energia. Tendo também várias áreas navegáveis.
Características:
- Três Biomas (cerrado, caatinga e mangues) e três regiões (sudeste, centro-oeste e nordeste);
- Nasce em Minas, serra da canastra e deságua Sergipe e Alagoas;
- Navegação (entre Pirapora MG e Juazeiro BA)
- Irrigação
- Abastecimento Hídrico
- Eletricidade – Sobradinho

Transposição do Rio São Francisco, para quem?


Em julho de 2007 começaram as obras do eixo norte
para resolver as crises que assolam o nordeste brasileiro
durante o período de estiagem. A intenção era levar
água para as famílias que mais sofrem com a estiagem,
as quais vivem em condições de estrema pobreza, pois
sem água, não é possível desenvolver a agricultura e
saciar necessidades básicas. Passados cinco anos do
inicio da transposição, nenhuma família teve o direito
de pegar água dos dutos, os quais são vigiados pelo
exercito. Mas se a população não pode usufruir de algo
que esta sendo construído para ela, então, para quem é
esta transposição? Eis que temos a noticia da
despolarização das indústrias do sudeste para o
nordeste, instalando-se próximas aos dutos, acho que
temos a resposta.


65

BACIAS SECUNDÁRIAS: Estas são pequenas bacias que possuem rios correm praticamente direto para o
Oceano Atlântico. As Bacias secundárias brasileiras são três: NORDESTE, LESTE E SUDESTE.

AQUÍFEROS NO BRASIL

ATIVIDADES:

1- (ESA) - Em relação às bacias hidrográficas no Brasil, assinale a assertiva correta.

a) A região hidrográfica do Paraná é a bacia hidrográfica com maior capacidade instalada de geração de
energia hidrelétrica.
b) A região hidrográfica do São Francisco é a terceira em volume de escoamento superficial.
c) A região hidrográfica do Uruguai é a segunda mais importante da Região Nordeste.
d) Na região hidrográfica do Atlântico leste, situa-se o Aquífero Guarani.
e) A região hidrográfica do Parnaíba é formada por córregos que nascem nas vertentes da Serra do Mar.

2 - (ESA) - Assinale a alternativa que apresenta a segunda maior bacia hidrográfica brasileira em termos de
volume de vazão e que possui uma imensa bacia sedimentar onde está localizada a maior ilha fluvial do
mundo.

a) Bacia Amazônica.
b) Bacia do Paraná.
c) Bacia do Tocantins-Araguaia.
d) Bacia do São Francisco.
e) Bacia do Paraguai.

3 - (ESA) - O Aquífero Guarani constitui-se num grande reservatório subterrâneo de água doce e distribui-se
por oito estados brasileiros. Dentre eles encontra-se o estado do(a)

a) do Rio de Janeiro.
b) da Bahia.
c) do Amazonas.
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d) de Minas Gerais.
e) do Pará.

4 - (ESA) - Sendo um dos principais rios que cortam o território brasileiro, o rio Paraná é formado por meio
da confluência dos rios:

a) Tietê e Paraíba do sul


b) Tietê e Iguaçu
c) Paranaíba e Grande
d) Parnaíba e Araguaia
e) Tietê e Paranapanema

5 - (UCS – 2010) Os recursos hídricos compõem um complexo sistema, que auxilia na manutenção da vida
na Terra. Observando esse sistema, verifica-se que as porções mais altas do relevo funcionam
como_______________ que ajudam a delimitar as _______________, também chamadas de bacias de
captação, pois toda a água converge para seu interior, ou seja, no sentido _______________. Assinale a
alternativa que preenche, adequada e respectivamente, as lacunas acima.
a) bacias hidrográficas, redes de drenagem, jusante.
b) fontes, redes de drenagem, exorréico.
c) divisores de água, bacias hidrográficas, montante.
d) bacias hidrográficas, redes de drenagem, exorréico.
e) divisores de água, bacias hidrográficas, jusante.

6 - (UFRGS) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo, na ordem quem
que aprecem. Nas áreas de declividade acentuada, os solos são mais ____________ por que a ____________
velocidade de escoamento das águas ______________ a infiltração: sendo assim, a água fica pouco tempo em
contato com as rochas, _____________ a intensidade do intemperismo.

a) Profundos – alta – aumenta – diminuindo


b) Rasos – alta – aumenta – aumentando
c) Profundos – baixa – diminui- diminuindo
d) Rasos – alta – diminui – diminuindo
Profundos – baixa – aumenta– aumentando

7 - (UFRGS – 2010) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na
ordem em que aparecem. A urbanização promove alterações no ciclo hidrológico, por reduzir a infiltração no
solo. O volume de água que deixa de infiltrar permanece na superfície,__________ o escoamento superficial.
As vazões máximas ___________. Com a redução da infiltração,______o nível do lençol freático.

a) aumentando – aumentam- diminui.


b) aumentando – aumentam – aumenta.
c) diminuindo – diminuem – diminui.
d) diminuindo – aumentam – diminui.
e) aumentando - diminuem – aumenta.

8 - (FGV – 2009) Observe a imagem de satélite de um trecho do rio Verde, afluente do rio São Francisco, e
responda assinalando a alternativa correta.
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a) Pelo padrão meândrico da drenagem, pode-se afirmar que este trecho do rio percorre um modelado de
relevo dissecado, com alguns falhamentos geológicos.
b) As formas geométricas e retilíneas que a imagem apresenta representam áreas urbanizadas ao longo
das planícies fluviais.
c) O tom escuro das águas indica a presença de poluentes advindos da descarga de esgotos,
provavelmente das cidades que aparecem ao longo do rio.
d) O padrão de drenagem, predominantemente anastomosado, indica que este trecho do rio Verde
atravessa uma área de falhamentos geológicos.
e) A textura predominante na imagem e o padrão de drenagem indicam que se trata de uma superfície
aplanada, provavelmente recoberta de vegetação pouco densa.

9 - (UFRGS – 2011) A figura abaixo representa uma bacia hidrográfica e sua rede de drenagem. Os elementos
destacados com as letras A, B e C indicam, respectivamente:

a) afluente, foz e efluente.


b) nascente, exutório e divisor de águas.
c) nascente, afluente e divisor de águas.
d) divisor de águas, exutório e afluente.
e) efluente, divisor de águas e foz

GABARITO DA UNIDADE:
1 2 3 4 5 6 7 8 9
A C D C E D A E B

Referencias:
ARAUJO, Regina; Guimarães, Raul Borges; TERRA, Lygia; Geografia – conexões: Estudos de Geografia
Geral e do Brasil. Volume Único, 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2010.

ARAUJO, Regina; Geografia, paisagem e território: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Moderna,
2001.

EQUIPE RIDEEL. Manual compacto de Geografia Geral: ensino médio /[Equipe Rideel]. – 1 ed. – São
Paulo: Rideel, 2010.
68

UNIDADE 8: POPULAÇÃO BRASILEIRA

✓ População total: É o numero total de habitantes de uma área (cidade, estado, país). É dado como
número inteiro, ou seja, a cidade Santa Maria tem X hab. PAÍSES POPULOSOS
São países que tem uma população absoluta elevada.
Ex: Índia e China.
Os estados Brasileiros:

Figura 24: População absoluta do Brasil. Fonte: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao.html

✓ População relativa: Também chamada de Densidade Demográfica. É expressa pela relação entre a
população e a superfície ocupada por ela, ou seja, é o número de habitantes por km². PAÍSES POVOADOS
São países onde a relação hab. por km² é grande.
Ex: Mônaco, Índia e Japão
A população encontra-se mal distribuída pelo planeta. Isso é consequência de vários fatores que podem ser
físicos ou naturais como o clima e relevo que formam áreas ecúmenas (propícias) ou ecúmenas
(inapropriadas).
Além disse existem fatores históricos, culturais e socioeconômicos que tornam algumas áreas densamente
ocupadas.
✓ Áreas fracamente povoadas: possuem baixas densidades demográficas. Ex. Amazônia e Patagônia.
✓ Áreas densamente povoadas: possuem densidade demográfica elevada. Ex. São Paulo, Nordeste dos
EUA.
✓ Superpovoamento: não faz referencia apenas a densidade demográfica. O local é considerado
superpovoado quando abriga uma população maior do que teria capacidade de sustentar.

Figura 25:População relativa do Brasil. Fonte: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao.html


69

Figura 26:População absoluta X População Relativa do Brasil. Fonte: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao.html

✓ Taxa de natalidade: É uma taxa pode ser expressa em %o (por mil) ou em % (por cento), sendo esta
o quociente entre o número de nascidos vivos em um ano e a população absoluta.
Taxa de Nat. = nasc./ano x 1000 BR= 14,16%
Pop. Absoluta

✓ Taxa de mortalidade: Também pode ser expressa em %. Sendo ela o quociente entre o número de
óbitos em um ano e a população absoluta.
Taxa de Mort. = mortes/ano x 1000 BR= 6,08%
Pop. Absoluta
✓ Taxa de fecundidade: É a média de quantos filhos uma mulher tem em seu período fértil. Sendo
considerado como período fértil toda mulher entre 15 e 49 anos.
Nos países desenvolvidos essa taxa é baixa, representando assim baixas taxas de natalidade, nos países
subdesenvolvidos essa taxa é alta, gerando altas taxas de Natalidade.
NO BRASIL A MÉDIA É DE 1,74 FILHOS POR MULHER.

✓ “Taxa” de fertilidade: capacidade ou não de ter filhos


Crescimento demográfico ou populacional:É a variação do número de indivíduos de uma população em um
período de tempo, ou seja, (POP. FINAL – POP. INICIAL = CRESC. DEMOGRÁFICO)
É importante ressaltar que o CRESCIMENTO POPULACIONAL OU DEMOGRÁFICO pode ocorrer de dois
modos, sendo através do crescimento vegetativo e da taxa de migrações.

• CRESCIMENTO VEGETATIVO: se refere na diferença entre as Taxas de Natalidade e de


Mortalidade em um determinado período e em uma dada região, ou seja, é a diferença entre os nascimentos e
óbitos em um determinado lugar. Esse crescimento é alto em países subdesenvolvidos, baixo ou até negativo
em países desenvolvidos.
70

Figura 27: Crescimento Vegetativo. Fonte: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao.html

• TAXA DE MIGRAÇÃO: É a diferença entre a entrada e a saída de população de uma determinada


região em um determinado tempo. É importante ressaltar que a população que sai de um país são os
EMIGRANTES e a população que chega a um país são os IMIGRANTES, e a população que se movimenta
dentro do mesmo país são os MIGRANTES.

O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO

✓ Desde a década de 1970, a população brasileira vem crescendo em ritmos cada vez mais lentos. A
diminuição do crescimento vegetativo, registrado nas ultimas décadas, é resultado da queda da taxa de
fecundidade que vem ocorrendo em todas as regiões do país, ainda que em ritmos diferentes. Nos anos 1960,
cada brasileiro tinha, em média, seis filhos. Atualmente o numero de filhos por mulher gira em torno de 2,2
(no Brasil).
✓ A queda da taxa de natalidade registrada no Brasil é uma das mais rápidas da história mundial, apenas
comparável a dois países que aplicaram políticas rigorosas de controle de natalidade (tais como China e Índia).
Estima-se que o Brasil Atingirá a estabilidade populacional entre 2045 e 2050, quando contará com 250
milhões de habitantes (o que equivale a população dos EUA em 1990). A mudança do padrão demográfico é
uma das mais importantes transformações estruturais da sociedade brasileira, com grandes impactos sobre a
composição do mercado de trabalho e sobre as demandas de emprego e saúde da população.
✓ No início do século XXI, a população brasileira ainda ser distribuía irregularmente pelo território. O
Brasil conta com uma população de 190.732.69 habitantes, dados do IBGE senso 2010. Contudo, por se tratar
de uma média, há áreas muito povoadas, bem como áreas pouco povoadas.
✓ A concentração das maiores cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Porto Alegre etc.) e
das principais atividades econômicas (agricultura e industria) na porção leste do país são responsáveis por esta
distribuição irregular.
✓ Na maior parte do estado do Rio de Janeiro, a densidade demográfica é superior a 280 hab/Km²; em
contrapartida, no norte, em vastas extensões do território dos estados de Roraima, Amazonas e Amapá a
densidade não chega a 1 hab/Km². No Brasil, o estado menos populoso é Roraima, e o mais populoso é São
Paulo.
A atual distribuição da população brasileira se deu principalmente por fatores históricos. Cerca de 80% da
população brasileira encontra-se numa faixa de até 150 Km de distância do litoral. As maiores concentrações
populacionais brasileiras ocorrem na Região Sudeste, Zona da Mata, Recôncavo Baiano, Região Sul.
71

ESTRUTURA ETÁRIA: A estrutura etária (por idade) é dividida em três partes para ser melhor
compreendida e estudada, sendo elas:
✓ Os jovens, desde o nascimento até os 19 anos de idade;
✓ Os adultos, compreendidos entre 20 e 59 anos; Os idosos, dos 60 anos de idade em diante;

Pirâmide brasileira:

✓ BASE em redução (declínio da natalidade)


✓ TOPO em crescimento (crescimento da longevidade)

BRASIL: nos últimos 50 anos ocorrem mudanças na pirâmide etária. Há redução da base (menor fecundidade)
e crescimento do topo (maior expectativa de vida). Hoje predomina a população adulta (corpo da pirâmide).

Medidas de Desenvolvimento de uma População - (PIB –IDH-IPH – INDICE DE GINI)

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi criado em 1990 pelos


economistas Mahbud ul Haq e Amartya Sem, indiano que ganhou o Prêmio Nobel
de Economia em 1998. O IDH varia de zero a um. Quanto mais próximo a um,
maior o desenvolvimento humano.
Os índices a serem medidos são:

➢ A esperança de vida ao nascer;


➢ Índice de alfabetização.
➢ Renda per capita;
72
73

MIGRAÇÕES OU MOVIMENTOS MIGRATÓRIOS

Com o passar do tempo, houve grandes evoluções nos meios de transportes e de comunicações, sendo assim,
houve voluntariamente e involuntariamente grande incentivos à migrações, de todos os tipos e em todos os
lugares. Sendo que estas sempre ocorrem na esperança de uma melhora na qualidade de vida da população
que migra.
✓ EMIGRANTE: é a pessoa (ou massa populacional) que sai de seu território (país) de origem,
buscando outros lugares.
✓ IMIGRANTE: é a pessoa (ou massa populacional) que chega a um território
(país) diferente.
✓ MIGRANTE: é a pessoa (ou massa populacional) que muda de lugar, porém permanecendo dentro
do seu país de origem.

OS TIPOS DE MIGRAÇÕES

✓ Migrações definitivas: Ocorre quando os migrantes pretendem não voltar ao seu território de origem,
ou seja, pretendem se fixar no seu território de destino (Ex: imigração alemã e italiana no Brasil).
✓ Migrações temporárias: Estas podem ser diárias (pendular); sazonais (migram em busca de trabalho
em certas estações do ano); podem ser também por tempo indeterminado, sendo estas pessoas que migram
para outros lugares sem tempo previsto para o retorno.
✓ Migrações internas: Podendo ser Intrarregionais (ocorrendo dentro de uma mesma região do país.
Ex: êxodo-rural), ou Inter-regionais (ocorrendo de uma região para outra do país. Ex: Nordestinos para São
Paulo ou Gaúchos para o Centro-Oeste). Também são consideradas migrações internas as seguintes: migração
rural-rural / rural-urbana / urbana-urbana. Outro movimento migratório que pode ser considerado interno é
migração sazonal ou transumância (ocorrem em determinadas estações do ano, motivadas por fatores
econômicos).
✓ Migrações externas: São migrações geradas por áreas de atração populacional mundialmente
conhecidas (países desenvolvidos) e áreas de repulsão populacional também mundialmente conhecidas (países
subdesenvolvidos).
74

As migrações internas no Brasil, por muito tempo


sempre foi predominante das pessoas saindo do Nordeste para o
Sudeste, como podemos ver nas décadas de 50 até os anos 90.
Nesse mesmo período a maquinação e agricultura valorizada no
sul, fez as pessoas iniciarem o que chamamos de fronteira
agrícola, as pessoas saindo do sul para a região do Centro-oeste.
Na década de 90 e principalmente dos anos 2000,
começa a desindustrialização do país, dessa forma os
movimentos migratórios mudam de direção, ou seja, aumenta
do Sudeste para o Nordeste. Sem contar o aumento do turismo
da região nordestina. E também a formação do MATOPIBA,
continuação do avanço da fronteira agrícola.

Atividades:

1 - (ESA) - As migrações _________________ são realizadas temporariamente, em uma determinada época


do ano. É o caso de trabalhadores rurais que se deslocam em certas épocas do ano (por exemplo na colheita
de algum produto) e retornam após alguns meses, com o término do trabalho. O termo (deslocamento
populacional) que completa corretamente o texto acima é:

a) pendulares
b) sazonais
c) de êxodo rural
d) intrarregionais
e) inter-regionais
75

2 - (ESA) - Sobre a atual dinâmica demográfica brasileira, assinale a afirmativa correta:

a) O Brasil está deixando de ser um país jovem.


b) A participação relativa dos idosos vem declinando desde a década de 1980.
c) O crescimento vegetativo compreendido entre 1940 e 1970, não foi afetado pela redução da mortalidade.
d) A migração é um dos fatores de maior impacto na composição atual da estrutura etária do Brasil.
e) A Taxa de mortalidade infantil equipara-se a dos padrões do conjunto dos países desenvolvidos.

3 - (ESA) - O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é utilizado como referência em estudos


comparativos das condições de vida das populações. Seus três grandes indicadores são:

a) Expectativa de vida ao nascer, nível de instrução e quantidade de trabalhadores abaixo da linha da pobreza.
b) Nível de instrução, PIB per capta e número de empregos com carteira assinada.
c) Expectativa de vida ao nascer, PIB per capta e a quantidade de trabalhadores domésticos.
d) PIB per capta, nível de instrução e taxa de fecundidade.
e) Expectativa de vida ao nascer, nível de instrução e PIB per capta.

4 – (ESA) - O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) serve para aferir as condições de vida de uma
população. Assim, o Brasil que, em 2011, obteve 0,718 de IDH, ficou na 84ª posição no ranking de 187 países,
deve promover ações para melhorar sobretudo os seguintes indicadores socioeconômicos:

a) expectativa de vida e nível de instrução.


b) renda per capita e taxa de mortalidade infantil.
c) taxa de alfabetização e taxa de fecundidade.
d) índice de desemprego e esperança de vida.
e) dívida externa e PIB per capita.

5 - (ESA) - Aos deslocamentos populacionais temporários relacionados às estações do ano ou às atividades


econômicas, aplicamos o conceito de:

a) Movimento Diurno.
b) Movimento Noturno.
c) Nomadismo.
d) Transumância.
e) Sedentarismo.

6 - (ESA) - Os últimos censos demográficos do Brasil têm registrado inúmeras mudanças na dinâmica e no
comportamento da população brasileira. Todas as afirmações abaixo são exemplos destas alterações com
exceção da(o):

a) declínio das taxas de natalidade, fecundidade e mortalidade geral.


b) aumento da população idosa no conjunto da população.
c) crescimento da população e ameaça de explosão demográfica.
d) elevação do número de pessoas empregadas no setor terciário.
e) aumento da expectativa de vida.
76

7- O Brasil é um país de intensa “miscigenação”. No contexto populacional, isso significa que há aqui:
a) pureza racial
b) uma cultura predominante
c) mestiçagem
d) diversidade linguística
e) influência emigratória

8 - Atualmente, as migrações pendulares ou diárias nos grandes e médios centros urbanos têm colocado para
os trabalhadores o problema:
a) dos transportes
b) do abastecimento de água
c) do fornecimento de energia elétrica
d) das relações de vizinhança

9 - O setor formal da economia de um país relacionado às atividades do comércio e prestação de serviços


denomina-se:
a) setor primário.
b) setor terciário.
c) setor secundário.
d) setor industrial.
e) setor quaternário.

10- O crescimento desordenado das cidades, a ocupação operária dos subúrbios, as cidades dormitórios, a
especulação imobiliária e o êxodo rural são componentes articulados da realidade populacional do Brasil
que implica o movimento migratório conhecido como:
a) pendular
b) transumância
c) inter-regional
d) sazonal
e) urbano-rural

11 -(EsSA) A população brasileira sempre teve um histórico de grande mobilidade desde a colonização.
Cerca de um terço da população brasileira não reside onde nasceu. Entre as características da mobilidade da
população nacional na década de 90, está a(o)
a) queda do movimento migratório interno em direção ao Sudeste.
b) aumento do crescimento populacional de São Paulo, principal região atratora.
c) redução drástica da corrente migratória em direção à Amazônia.
d) involução dos municípios de médio e pequeno porte que tiveram suas populações atraídas pelas
metrópoles.
e) grande onda migratória de sulistas em direção ao Nordeste.

12 - (EsSA) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) serve para aferir as condições de vida de uma
população. Assim, o Brasil que, em 2011, obteve 0,718 de IDH, ficou na 84ª posição no ranking de 187
países, deve promover ações para melhorar sobretudo os seguintes indicadores socioeconômicos:
a) expectativa de vida e nível de instrução.
b) renda per capita e taxa de mortalidade infantil.
c) taxa de alfabetização e taxa de fecundidade.
d) índice de desemprego e esperança de vida.
e) dívida externa e PIB per capita.
77

13 - (EsPECx) Os países desenvolvidos, de uma maneira geral, apresentam baixas taxas de crescimento
demográfico, sobretudo em função do reduzido crescimento natural que desconsidera o saldo migratório.
Com relação a esses países, é possível afirmar que
a) apresentam taxas de fecundidade similares à da maioria dos países subdesenvolvidos.
b) permanecem na primeira fase da transição demográfica, com baixas taxas de mortalidade e de natalidade.
c) apresentam taxas de fecundidade acima da taxa de reposição, ou seja, acima de 2 filhos por mulher.
d) vivem o auge da transição demográfica, com elevadas taxas de mortalidade e de natalidade que justificam
o baixo crescimento.
e) a maior parte deles apresenta taxas de crescimento populacional muito baixas (geralmente inferior a 1%),
nulas ou até negativas.

GABARITO:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
B A E A D C C A B C A A E

Referências bibliográficas:

IBGE. Censo Populacional. Disponível em: < https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao.html>


Acessado em janeiro de 2021.

GIRARDI, G; ROSA, J.V. Novo Atlas Geográfico do Estudante. São Paulo, FDT.

SENE, E; MOREIRA, J.C; Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo:
Scipione, 2007.

TAMDJIAN, J.O; Geografia geral e do Brasil: estudo para compreensão do espaço. Volume Único. São
Paulo: FDT, 2004.
78

UNIDADE 9: URBANIZAÇÃO DO BRASIL

A industrialização brasileira por volta de 1940 trouxe uma série de benefícios ao trabalhador urbano,
como salário mínimo, férias remuneradas, aposentadoria, entre outros que não foram estabelecidos ao
trabalhador rural.
No Brasil desenvolveu-se uma urbanização concentrada, isto é, com a formação de ainda se encontra
nas grandes cidades e nas metrópoles. Esta realidade tem mudado há poucos anos devido ao grande índice de
violência que concentra estes grandes centros, porém as ofertas de emprego são muito atrativas para uma boa
parcela da população a qual está, cada vez mais ocupando os grandes centros, enquanto as famílias com maior
nível aquisitivo procuram residências retiradas do caos das grandes cidades.
Segundo dados do IBGE, a grande maioria da população brasileira reside no meio urbano (81,23%).
Este aumento decorre do crescimento vegetativo nestas áreas, do êxodo rural e da incorporação de áreas, antes
classificadas como rurais que passaram a ser consideradas urbanas. Com isso, o Brasil apresenta grau de
urbanização semelhante ao dos países europeus, da América do Norte e do Japão, superior a 75%.

Figura 28: Urbanização. Fonte: https://enem.estuda.com/questoes/?id=157404

CAUSAS DA RÁPIDA URBANIZAÇÃO NO BRASIL:

✓ Maior disponibilidade de serviços no meio urbano (melhor “qualidade de vida”): saúde, educação,
saneamento básico, transportes, comércio.
✓ Início do processo de industrialização (multinacionais) na década de 1950 –
campanhas do Governo Federal para atrair mão de obra para os setores secundário e terciário.
✓ Subordinação do meio rural ao meio urbano (subordinação do campo em relação a
cidade - mecanização) e formação das agroindústrias.
✓ Inserção da mulher no mercado de trabalho (principalmente no setor terciário).

CUIDADO: há menor crescimento das metrópoles. Hoje há maior crescimento das cidades de pequeno e
médio porte localizados juntos aos grandes centros urbanos.
79

CONSEQUÊNCIA DA RÁPIDA URBANIZAÇÃO DO BRASIL E DO MUNDO:


✓ Macrocefalia urbana ou carência na infraestrutura (crescimento exagerado das
cidades);
✓ Segregação espacial (favelas e condomínios fechados);
✓ Lixo urbano, enchentes, trânsito conturbado;
✓ Mudanças climáticas locais (ilhas de calor e inversão
térmica);
✓ Acelerada verticalização
(mudanças nos ventos – direção e intensidade);
✓ Poder paralelo (milícias e tráfico de drogas – PCC em SP).

METRÓPOLE: grande conurbação na qual uma cidade central polariza – política, econômica e culturalmente
– uma região constituída de várias outras cidades.
REGIÃO METROPOLITANA / AGLOMERAÇÃO URBANA: é a expansão da periferia em direção à
outras cidades. É também um termo genérico que designa a junção de cidades próximas, a partir de sua
expansão progressiva. As aglomerações urbanas podem ser classificadas da seguinte forma:
CONURBAÇÃO: caracteriza-se pela existência de uma cidade central e comunidades vizinhas ligadas a ela
por meio de áreas edificadas contínuas.
MEGALÓPOLE: grande espaço, polarizado por duas ou mais metrópoles, que abrange inúmeras
aglomerações. É uma conurbação de metrópoles. É característica de nações desenvolvidas, pois está
intimamente relacionada ao processo de industrialização (setor secundário da economia).
MEGACIDADES: aglomeração que possui mais de 10 milhões de habitantes. Antes eram características das
nações desenvolvidas, agora é cada vez mais um fenômeno de países subdesenvolvidos ou em
desenvolvimento (19 no mundo – 4 em países desenvolvidos e 15 nos países subdesenvolvidos). É
característico de países subdesenvolvidos por estar relacionado ao setor terciário da economia (informalidade).
CIDADES GLOBAIS: algumas cidades funcionam como grandes centros de decisão, com influencia não
apenas regional, mas internacional. São determinantes como pólos de comunicação e de trocas. Essas cidades
especializadas no setor financeiro ou de tecnologia da informação, formando uma rede urbana. Abrigam bolsas
de valores corporações bancárias, redes de informação, sistemas de telefonia celular e de comunicação a cabo.
TECNOPÓLOS: são as cidades cientificas próximos dos grandes centros industriais e econômicos.
Concentram grande tecnologia (fábricas e comércio), elevada infra estrutura, mão de obra qualificada e
incentivos fiscais. São industrias da terceira Revolução Industrial. Ex: Vale do Silício nos EUA; Tsukuba no
Japão; São José dos Campos e Campinas em São Paulo no Brasil.
GENTRIFICAÇÃO: Mudança do perfil social das pessoas, devido a iniciativa privada e do estado. Exemplo:
moro do maré.
ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA: Valorização dos terrenos imobiliários, nos grandes centros urbanos,
fazendo os terrenos valorizar.
80

A hierarquia Urbana, por muito tempo era dado com um modelo único, da metrópole nacional até
chegar a vila. Porém com a globalização e o acesso a internet, fez com que se alterassem o esquema clássico,
no qual qualquer centro urbano possa se relacionar com qualquer centro urbano como podemos perceber no
esquema abaixo.

ATIVIDADES:

1 - (ESA) - Processo de integração física das manchas urbanas de duas ou mais cidades que cresceram
horizontalmente até os seus limites municipais, podendo ser também uma integração funcional com intensos
fluxos pendulares diários de trabalhadores. Este processo é denominado:

a) segregação sócio-espacial.
b) hierarquia urbana.
c) gentrificação.
d) conurbação.
e) aglomerado subnormal.

2 - (UFRN) “[...] Há algumas décadas, a pobreza no Brasil se concentrava no campo e em pequenas e médias
cidades desprovidas de iniciativas empresarias. Atualmente, ela se concentra em grandes cidades, onde se
acentuaram os contrastes sociais.” O texto apresenta uma das faces do processo de urbanização brasileiro.
Sobre esse processo, é correto afirmar que:
a) promoveu a redução do comércio e dos serviços devido à absorção de mão-de-obra no setor industrial.
b) iniciou a partir de núcleos urbanos localizados nas áreas interioranas do país.
c) acentuou a elevação das taxas de natalidade ao favorecer a concentração de pessoas nas cidades.
d) decorreu da industrialização e modernização do campo que acelerou a migração rural urbana.
3 - Nas grandes cidades brasileiras, a falta de moradia e o aumento do desemprego estão diretamente
relacionados à existência de que tipos de habitação?
a) Favelas e condomínios.
b) Favelas e cortiços.
c) Mansões e vilas.
d) Vilas e bairros.
e) Lugarejos e condomínios
81

4 - (Uft) Dentre vários aspectos, pode-se dizer que a urbanização brasileira ocorreu em níveis de intensidade
e rapidez significativos, que se diferenciam regionalmente. Quanto ao processo de urbanização no Brasil é
CORRETO afirmar que:
a) No Nordeste a rede urbana apresenta maior densidade na zona litorânea.
b) A cidade de São Paulo sempre comandou a rede urbana brasileira.
c) A megalópole brasileira é constituída por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
d) A porção centro-ocidental do país iniciou os primeiros passos de uma acelerada urbanização, inclusive com
grande densidade demográfica.

5 - (Ufg) A polarização que os centros urbanos exercem uns sobre os outros determina a hierarquia urbana,
em escala nacional. Nessa perspectiva, a concepção de metrópole regional abrange
a) extensas regiões, com influências que ultrapassam o limite estadual.
b) cidades menores e vilas dentro de um limite determinado pelo centro regional.
c) distritos, povoados, comunidades rurais e áreas vizinhas, no limite municipal.
d) todo o território nacional, direcionando a vida econômica e social.
e) centros regionais menores, com raio de ação inferior à esfera estadual.

6 - Com uma modernização industrial tardia, o espaço geográfico brasileiro conheceu profundas
transformações ao longo dos últimos cem anos, sendo algumas delas a urbanização acelerada e a concentração
espacial da população em metrópoles. Um dos efeitos dessas ocorrências foi:
a) a formação de núcleos urbanos avançados em todo o país.
b) a difusão de políticas de controle habitacional.
c) a expansão e crescimento de áreas de preservação e áreas urbanizadas.
d) a diminuição dos problemas sociais no campo.
e) a proliferação de áreas periféricas e favelas em grandes cidades.

7 - (CEFET-PR) Um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente à uma cidade


central, com serviços públicos e infraestrutura comuns, define a:
a) metropolização
b) área metropolitana
c) rede urbana
d) megalópole
e) hierarquia urbana

GABARITO
1 2 3 4 5 6 7
D D B A A E B

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

IBGE. Censo Populacional. Disponível em: < https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao.html>


Acessado em janeiro de 2021.

GIRARDI, G; ROSA, J.V. Novo Atlas Geográfico do Estudante. São Paulo, FDT.

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Scipione, 2007.

TAMDJIAN, J.O; Geografia geral e do Brasil: estudo para compreensão do espaço. Volume Único. São
Paulo: FDT, 2004.
82

UNIDADE 10: INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL.

A classificação mais difundida, baseada na natureza dos bens produzidos, distingue três tipos de indústrias:
• De bens de produção, ou de base: produz bens essenciais a outras produções, como a metalúrgica
(redução do minério e mineral metálico), a siderurgia (produção de ferro e aço),a petroquímica e a de cimento;
também é chamada de industria pesada, pois movimenta grandes quantidades de matérias primas e consome
muita energia;
• De base de capital ou intermediários: produz os instrumentos necessários à outras fabricações e aos
transportes; também chamada de industria de máquinas-ferramentas, ou de equipamentos – já que tem o papel
de equipar outras industrias mediante a produção de prensas, formas, guindastes, etc. – é, por isso
fundamental para o desenvolvimento industrial;
• De bens de consumo ou finais: produz bens prontos para serem desfrutados diretamente pela
população; também conhecida como indústria leve, pode ser de bens duráveis, como móveis, eletrodomésticos
e automóveis, ou de bens não – duráveis, como alimentos, bebidas e vestuário.

OS PERÍODOS INDUSTRIAIS DO BRASIL

Década de 1930 – 1950 – Era Vargas


✓ 1929: quebra da Bolsa de Nova York;
✓ Falência do modelo agroexportador; e início da Política de substituição das importação (produzir
internamente o que antes era importado);
✓ “Política desenvolvimentista” – intervenção do Estado através da criação das empresas estatais: criação
das indústrias de base nacionais;
✓ CSN (Cia siderúrgica nacional), USIMINAS, COSIPA, CVRD (Cia Vale do Rio Doce), Usina Paulo
Afonso, Petrobras.

Década de 1950 – 1990 – as transnacionais e o estado nacional

✓ Início da economia urbano industrial: modernização agrícola + atração de mão de obra do campo para
as cidades devido a industrialização.
✓ Execução das obras faraônicas: Brasília, Transamazônica, Itaipu, Balbina, Tucurui, Zona Franca de
Manaus, Rodovia Belém-Brasília;
✓ Era JK (1956-1961): abertura para investimentos externos: indústria de bens de consumo duráveis
(parque automobilístico)
✓ Tripé econômico;
✓ “Plano de metas: 50 anos em 5” – construção de Brasília;
✓ Pesados investimentos no setor de transporte e energia;
✓ ERA MILITAR: manutenção da política do JK;
✓ Milagre brasileiro (1968 – 1973): rápido crescimento do PIB;
✓ 1980: década perdida – vultuosos empréstimos internacionais (divida externa elevada) com retração
dos investimentos externos (lucro para o exterior);
✓ Tríplice aliança: capital estatal (bens de produção), conglomerados transnacionais (bens de consumo
duráveis) e o capital privado nacional (bens de consumo não duráveis)
83

Década de 1990 – A Era Neoliberal

✓ Privatização das empresas estatais criadas na Era Vargas;


✓ 1991 – 1993: Cias Siderúrgicas e polos petroquímicos ; 1994 – 1998: Rede Ferroviária Federal,
Embraer, CVRD; 1998: abertura do capital da Petrobras,
1998 – 2000: empresas de telecomunicação;
✓ Investimentos oriundos do capital privado Nacional e capital Externo (multinacionais);
✓ Redução da participação do Estado na economia com posterior aumento das exportações de bens
manufaturados de baixa industrialização.

CARACTERÍSTICAS INDUSTRIAIS DO BRASIL:

✓ Industrialização tardia (após a década de 1930), periférica


(recebe indústria de países desenvolvidos), incompleta
(carência de indústrias de base e Bens de capital ou intermediárias);
✓ Indústrias concentradas na região sudeste (devido ao capital
oriundo do café, mão de obra, matéria prima, incentivos estatais,
mercado consumidor, energia, ferrovias);
✓ HOJE: região sudeste do Brasil sofre com a
desindustrialização por causa dos elevados custos
produtivos. As outras regiões do Brasil passam a ser receptoras destas
mudanças e destes novos incentivos.

DIFERENTES INDUSTRIALIZAÇÕES

• CLÁSSICA: Foi a pioneira e aconteceu nos países que hoje


são considerados industrializados e desenvolvidos, pois neles ocorreu
a Revolução Industrial original, representando uma nova maneira de
organizar o espaço geográfico, através da integração entre o homem
e o meio ambiente.
• PLANIFICADA: Embora os países socialistas
estejam introduzindo mecanismos de mercado
com suas economias, o fato industrial foi montado num
sistema planificado, deixando assim, sua marca no espaço, com
distribuição no território e o predomínio da indústria pesada. Hoje, a
industrialização planificada parece ser uma experiência esgotada,
pois foram substituídas pelas formas capitalistas de planejamento.
• TARDIA: Etapa relativa à industrialização dos países
subdesenvolvidos, que ocorreu após a Segunda Guerra Mundial.
Inicialmente os países se apoiaram nas industrias de bens de consumo
não- duráveis. A industrialização tardia subdividese em dois
modelos: plataformas de exportação e substituição das importações.
84

ATIVIDADES

1 - O ponto de partida do processo de industrialização no Brasil esteve vinculado:


a) à produção açucareira
b) à produção mineral
c) à produção cafeeira
d) ao trabalho escravo
e) ao sistema de latifúndios

2. O ambiente onde a sociedade humana desenvolve as suas relações, chamado meio geográfico, inclui tanto os
aspectos naturais como as modificações que os seres humanos introduzem na natureza com a utilização das técnicas.
Sob o ponto de vista histórico, o meio geográfico pode ser dividido em três períodos. Cada um desses períodos
corresponde a uma etapa da evolução técnica pela qual passou a sociedade humana.
Atualmente, a sociedade vive um período caracterizado pela utilização de tecnologias da informação e comunicações.
Outros segmentos tecnológicos deram suporte para as tecnologias da informação e comunicações: a microeletrônica, os
cabos de fibra óptica e os satélites de comunicação. A informação corresponde ao elemento fundamental do período
atual, os fluxos de informação ocorrem de modo instantâneo por uma rede mundial de computadores.

Com base no texto, assinale a alternativa que expressa corretamente o período vivido pela sociedade atual e descrito no
texto acima:
a) Meio técnico-científico-informacional
b) Meio natural-agrícola
c) Meio natural - industrial-agrícola
d) Meio técnico-industrial
e) Meio natural-científico-industrial

3. Uma das características incorporadas recentemente pela indústria moderna é:


a) basear-se apenas na relação de trabalho com parcerias.
b) produzir apenas para o mercado interno.
c) a inexistência de divisão do trabalho.
d) fazer fusão de empresas.
e) produzir em baixa escala, usando tecnologias de ponta em todos os seus segmentos.

4. A “terceirização” se constitui num importante fator de funcionamento da economia globalizada.


Essa nova forma de relacionamento profissional gera múltiplos efeitos no contexto da economia de um país.
A EXCEÇÃO é:
a) a redução de custos e a diversificação da produção.
b) a redução de impostos e encargos para as empresas.
c) o fortalecimento dos movimentos sindicais com garantia de mais direitos trabalhistas.
d) a redução significativa do número de postos de trabalho.
e) o aumento do número de empresas no mercado produtivo.

5. No que se refere aos bens produzidos pela indústria, os eletrodomésticos e os automóveis se classificam como:
a) bens de capital
b) bens de consumo não duráveis
c) bens de equipamento
d) bens de consumo duráveis
e) bens intermediários
85

6. (EsSA) Assinale a alternativa que contém a segunda região mais industrializada do país e que, historicamente,
teve importante participação do capital local na implantação de novas indústrias, inicialmente, voltadas para o mercado
regional.
a) Norte.
b) Nordeste.
c) Centro-Oeste.
d) Sudeste.
e) Sul.

Gabarito
1 2 3 4 5 6
C A D B D E

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

IBGE. Censo Populacional. Disponível em: < https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao.html>


Acessado em janeiro de 2021.

GIRARDI, G; ROSA, J.V. Novo Atlas Geográfico do Estudante. São Paulo, FDT.

SENE, E; MOREIRA, J.C; Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo:
Scipione, 2007.

TAMDJIAN, J.O; Geografia geral e do Brasil: estudo para compreensão do espaço. Volume Único. São
Paulo: FDT, 2004.
86

UNIDADE 11: AGRICULTURA DO BRASIL

A agricultura foi o sustentáculo da economia brasileira ate os anos de 1930, quando se iniciou a nossa
industrialização. Nessa época começa a se romper o modelo agroexportador monocultor que foi introduzido
desde o inicio da ocupação da colônia e se exauriu quatro séculos depois. Mas isso não significou a
substituição total das atividades agropecuárias. Ainda hoje elas tem importância na composição do PIB,
representando 7,8% dele. A pauta da exportação brasileira tem nos produtos agropecuários um peso
importante.

Séc XVI: lavoura de cana-de-açúcar; Solo: massapé; mão de obra escrava


Séc XIX: lavoura de café; Solo: terra-roxa; mão de obra assalariada livre imigrantes). Séc XX antes da
década de 1930: modelo agrícola tradicional; grandes propriedades, mão de obra numerosa.
Séc. XX após a década de 1930: inicio da economia urbano industrial, produção agrícola elevada com
modernização; mão de obra assalariada; PRODUÇÃO: mercado exterior.

É importante saber:

1500: criação das capitanias hereditárias e doação de sesmarias – inicio da grande concentração fundiária;
1850: lei de Terras: as terras devolutas pertenciam ao Estado (surge a grilagem);
1964: Reformas de Base: (reforma tributária urbana e agrícola) no governo João Goulart;
1964: Golpe Militar e criação do Estatuto da terra – manutenção da concentração fundiária. Criação das
medidas agrárias padrão: nasce o módulo fiscal ou módulo rural.

Módulo rural: unidade de medida agrária que define a dimensão de cada propriedade rural de acordo com as
especificações, ou seja, o modulo fiscal de cada município.

Módulo Fiscal: unidade de medida em hectares, fixada em cada município considerando fatores locais como
tipo de solo, tipo de clima, tipo de cultivo, entre outros. Tendo por base o conceito de módulo rural, utilizou-
se o conceito derivado deste, de módulo fiscal para definir os imóveis rurais segundo a dimensão. Assim,
passou-se a entender por:

MINIFÚNDIO: todo imóvel rural cuja dimensão é inferior ao módulo fiscal fixado para o município;
PEQUENA PROPRIEDADE: o imóvel rural, cuja dimensão esteja compreendida entre 1 e de 4 módulos
fiscais.
MÉDIA PROPRIEDADE: o imóvel rural cuja dimensão esteja compreendida entre mais de 4 e 15 módulos
fiscais.
GRANDE PROPRIEDADE: o imóvel rural cuja dimensão é superior a 15 módulos fiscais.

Importante: a extensa concentração de propriedades rurais é um traço estrutural da sociedade brasileira.


Os pequenos estabelecimentos rurais (com menos de 100 hectares) representam quase 90% dos
estabelecimentos, mas ocupam menos de 20% da área agropecuária total. Por outro lado, os grandes
estabelecimentos rurais (com mais de 1000 hectares) perfazem cerca de 1% do numero total de
estabelecimentos, mas ocupa cerca de 45% da área agropecuária.

CAUSAS DA CONCENTRAÇÃO FUNDIÁRIA:


Modelo de exploração do Brasil (colônia de exploração);
Ausência de políticas para aplicação da Reforma Agrária;
Carência de investimentos (financiamentos) para as pequenas e médias propriedades a fim de ampliar a
produtividade e minimizar o êxodo rural.
87

AS RELAÇÕES DE TRABALHO NA ZONA RURAL

Trabalho familiar: agricultura de subsistência, pequena propriedade e mão de obra familiar;


Trabalho temporário (boias frias): trabalhadores diaristas sem vinculo empregatício;
Trabalho assalariado: são aqueles que possuem registro em carteira de trabalho remunerado conforme
as leis, ou seja, a partir de um salário mínimo.

FORMA DE OCUPAÇÃO DA TERRA

Grileiros: são os proprietários que costumam por meio de falsas escrituras vender diversas vezes a mesma
área. Os documentos são guardados em locais sujos para dar a impressão de autenticidade inclusive chegando
a ser roídos por grilos.
Posseiros: são os trabalhadores que de forma ilegal invadem apossando-se das terras;
Parcerias e arrendamento: são aqueles que alugam a terra de maneira que a Parceria é paga em espécie
e o Arrendamento é pago em moeda corrente.

Figura 29: Maquina x trabalho familiar. Fonte: https://www.agrofy.com.br/colheitadeira-john-deere-s700-s770-2020-01.html


88

ATUALIDADES:
Na década de 70, foi intensificado no Brasil o modelo de geração de energia a partir de grandes
barragens. Usinas Hidrelétricas são construídas em todo o país, grandes projetos são levados adiante com o
objetivo principal de gerar eletricidade para as industrias que consomem muita energia chamadas de eletro-
intensivas e para a crescente economia nacional, que passava pelo chamada “milagre brasileiro”, durante a
ditadura militar.
Estas grandes obras desalojaram milhares de pessoas de suas terras, uma enorme massa de camponeses,
trabalhadores que perdem suas casas, terras e seu trabalho. Muitos acabaram sem terra, outros tantos foram
morar nas periferias das grandes cidades. Desta realidade surge a necessidade da organização e da luta dos
atingidos por barragens no Brasil, como forma de resistir ao modelo imposto.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) é um modelo popular cujo objetivo é reunir,
discutir, esclarecer e organizar os atingidos direta ou indiretamente pelas barragens, obras pré-construídas ou
projetadas, para defesa de seus direitos, sem fronteira de países, cor, sexo, religião ou opção político-partidária.

A MODERNIZAÇÃO DA AGROPECUÁRIA

A atividade agropecuária moderna interliga-se a uma rede de estabelecimentos, como cooperativas,


indústrias e centros de distribuição, que utilizam matéria-prima animal ou vegetal transformado-as em
produtos de maior valor agregado, como ocorre com a cana e o café, com os modernos sistemas de moagem
e torrefação.
Embora a exportação de café funcionasse como importante fonte de receitas para o Brasil - o que
repercutiu na deflagração da industrialização brasileira -, até meados do século XX a organização da cadeia
produtiva cafeeira não era considerada uma prioridade no país. A partir da década de 1970, a atuação da
Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) teve papel fundamental na reversão desse quadro, atuando
na criação de medidas de organização da produção, como a criação de um selo de qualidade, que conferiu
credibilidade ao café brasileiro, e do Comitê Brasileiro do Café, congregando pela primeira vez na história do
país os produtores, as empresas do setor de torrefação e moagem e a indústria de café solúvel e de exportação.
Atualmente, o cerrado mineiro destaca-se na produção brasileira de café, em razão das condições
naturais da região e, principalmente, do emprego de modernas tecnologias agrícolas, que incluem o uso de
sementes selecionadas e controle rigoroso sobre todas as etapas de crescimento das mudas.
No caso da cana-de-açúcar, a incorporação de tecnologias agroindustriais inovadoras garantiu um
grande diferencial de produtividade nas lavouras paulistas, que hoje respondem por cerca de 57% da produção
nacional. A expansão da cultura de soja no país ocorreu nas décadas de 1960 a 1980, por meio de incentivos
governamentais repassados aos produtores na forma de linhas de crédito.
Até o início da década de 1970, a produção brasileira de soja era concentrada na Região Sul, que
reunia as condições naturais para esse tipo de lavoura. Nessa época, porém, a Empresa Brasileira de
Agropecuária (Embrapa} desenvolveu a primeira semente de soja adaptada às condições tropicais, ao mesmo
tempo que criava um produto à base de calcário capaz de neutralizar a acidez natural do solo dos cerrados.
89

Com isso, os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, que dispunham de terra abundante
e barata, transformaram-se na nova fronteira agrícola do país, atraindo principalmente fazendeiros do Sudeste
e do Sul.
Em menos de 30 anos, o Centro-Oeste desbancou o Sul como principal região produtora de soja do
país, e o Brasil tornou-se um dos maiores exportadores mundiais de soja em grãos, óleo de soja e farelo (usado
principalmente na alimentação dos rebanhos).
A prática de exportar produtos industrializados derivados dos agrícolas, conseguindo melhor preço no
mercado mundial - em vez de vender o produto agrícola in natura -, é bastante vantajosa para o país. Assim,
óleo de soja, suco de laranja e café solúvel, por exemplo, tornaram-se muito mais lucrativos no mercado
externo do que as matérias-primas usadas para fabricá-los. Além disso a crescente produção no campo
beneficia também o segmento de máquinas e equipamentos, adubos, defensivos agrícolas, bancos, empresas
de investimentos, entre outros.
90

Com isso, houve significativo crescimento da participação de produtos com valor agregado no valor
das exportações brasileiras, como os produtos de couro, os preparados de farinhas e dos complexos de soja e
do setor sucroalcooleiro, destacandose a carne brasileira, que subiu de 8 para 20% em apenas dez anos!
Essa mudança resultou na diversificação da pauta brasileira de exportações. Atualmente, o setor agropecuário
destaca-se com a soja, que responde por 9% das exportações brasileiras, seguido pelas carnes (5,2%) e açúcar
e álcool (4,1%). O café é responsável por 2,2% das exportações brasileiras Pecuária no Brasil
Os principais rebanhos são o bovino e o suíno, embora também sejam criados caprinos, equinos, ovinos
e bubalinos. A avicultura que faz parte do complexo das carnes tem como destaque a produção de carne de
frango.

Bovinos: o rebanho nacional de bovinos atingiu a marca de 205,292 milhões de cabeças em 2009,
apresentando uma alta de 1,5% em comparação com o ano anterior.
Quanto à distribuição regional, o Centro-Oeste, respondeu por 34,4% das cabeças de gado, seguido
pelo Norte, com 19,7%, e o Sudeste com 18,5%.
No âmbito estadual, o Mato Grosso destacou-se com 13,3% do efetivo desses animais, seguido por
Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, com 10,9% cada. A pesquisa mostrou que Corumbá (MS) ocupou a
primeira posição entre os municípios, com 1,973 milhões de cabeças (1%do total), na sequência têm-se São
Félix do Xingu (PA) e Ribas do Rio Pardo (MS), com 0,9% e 0,6%, respectivamente.
Desde 2004, o Brasil assumiu a liderança nas exportações, com um quinto da carne comercializada
internacionalmente e vendas em mais de 180 países.O rebanho bovino brasileiro proporciona o
desenvolvimento de dois segmentos lucrativos. As cadeias produtivas da carne e leite. O valor bruto da
produção desses dois segmentos, estimado em R$ 67 bilhões, aliado a presença da atividade em todos os
estados brasileiros, evidenciam a importância econômica e social da bovinocultura em nosso país.

Bubalinos: Embora ainda mais tímida, a bubalinocultura está se desenvolvendo no país como uma
alternativa rentável e saudável. Isso porque o búfalo se adapta facilmente em qualquer ambiente. O rebanho
brasileiro está estimado em torno de 1,15 milhão de bubalinos, sendo a região Norte, com 720 mil animais, a
maior produtora do País, com destaque para o Pará, que responde por 39% do rebanho nacional. Em seguida
aparecem o Nordeste e o Sudeste, com 135 e 104 mil cabeças, respectivamente.

Suínos: a região Sul possui o maior número de cabeças, sendo que este efetivo está ligado a existência
de uma ativa indústria de carnes suínas, principalmente em Santa Catarina, maior produtor da região. No oeste
deste estado, encontram-se grandes abatedouros e frigoríficos, instalados em Concórdia. Destacam-se também
Rio Grande do Sul e Paraná além do estado de Minas Gerais.
Atualmente, o Brasil representa 10% do volume exportado de carne suína no mundo, chegando a
lucrar mais de US$ 1 bilhão por ano.

Ovinos e Caprinos: A caprinocultura e a ovinocultura têm se destacado no agronegócio brasileiro. A


criação de caprinos, com rebanho estimado em 14 milhões de animais, distribuído em 436 mil
estabelecimentos agropecuários, colocou o Brasil em 18º lugar do ranking mundial de exportações.
Grande parte do rebanho caprino encontra-se no Nordeste, com ênfase para Bahia, Pernambuco, Piauí
e Ceará. A ovinocultura tem representatividade na região Nordeste e no estado do Rio Grande do Sul. Carne,
pele e lã estão entre os principais produtos. A produção de leite de cabra é de cerca de 21 milhões de litros e
envolve, em grande parte, empresas de pequeno porte.
A ovinocultura tem maior representatividade nos estados da Bahia, Ceará, Piauí e Pernambuco, Rio
grande do Norte, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul.A produção anual alcança 11 milhões de
toneladas de lã, principalmente no Rio Grande do Sul, com cadeia produtiva formada por 35 mil
estabelecimentos agropecuários.A ovinocultura leiteira no País apresenta potencial para a produção de queijos
finos, muito valorizados no mercado.
91

Aves: Nas últimas três décadas, a avicultura brasileira tem apresentado altos índices de crescimento.
Seu bem principal, o frango, conquistou os mais exigentes mercados. O País se tornou o terceiro produtor
mundial e líder em exportação. Atualmente, a carne nacional chega a 142 países. Outras aves, como peru e
avestruz, também têm se destacado nos últimos anos, contribuindo para diversificar a pauta de exportação do
agronegócio brasileiro.
Presente em todo território nacional, a carne de frango tem destaque na região Sul, sendo os estados
do Paraná e Rio Grande do Sul os principais fornecedores. A região Centro-Oeste, por ser grande produtora
de grãos, vem crescendo no setor e recebendo novos investimentos.

ALIMENTOS NO MUNDO

Quando falamos em alimentos no mundo, ou melhor, em distribuição dos alimentos no mundo, muitas
pessoas pensam que o problema está na produção, porém a grande realidade é que o grande problema está na
distribuição dos alimentos na superfície terrestre, ou seja, a quantidade de alimentos produzida no mundo é
suficiente para toda a população, porém, uma boa parte destes alimentos é jogada fora, pois em alguns lugares
a população não tem dinheiro para pagar pelos alimentos, sendo assim, temos a grande quantidade de
desnutridos e subnutridos que vimos nos meios de comunicação.

ATIVIDADES:

1. O sistema agrícola que obtém o máximo de produção com aproveitamento integral do solo, denomina-se:
a. extensivo
b. roça
c. intensivo
d. primitivo
e. itinerante

2. O modo de exploração da terra em que há a sua cedência a terceiros em troca de parte da produção caracteriza o
sistema de meia ou terça. Como se denomina essa prática?
a. arrendamento
b. compra e venda
c. ocupação
d. parceria
e. grilagem
92

3. Segundo o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), o imóvel rural que, direta e pessoalmente,
é explorado pelo agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a subsistência e o progresso
social e econômico, com área máxima fixada para cada região e tipo de exploração, e eventual trabalho com ajuda de terceiros,
caracteriza:
a. o minifúndio
b. o latifúndio por dimensão
c. o latifúndio por exploração
d. a empresa rural
e. o módulo rural

4. A agropecuária sofreu uma revolução com a utilização de tecnologias de ponta oriundas da integração entre indústria
e pesquisa. No século XX, desenvolveu-se a transgenia, manipulação dos ciclos biológicos que permite a transferência e a
modificação controlada de genes. Esse novo organismo, chamado organismo transgênico ou organismo geneticamente
modificado (OGM), só é utilizado após passar por uma série de testes.
Com relação ao cultivo de OGMs, analise as afirmativas a seguir:

I) A plantação de transgênicos é uma realidade no mundo, desde a década de 1920. Em 1925, 8 milhões de fazendeiros em
26 países já possuíam culturas geneticamente modificadas.
II) Os OGMs proporcionam aumento de produtividade, desenvolvimento de espécies resistentes a ervas daninhas, pragas ou
insetos e plantas adaptadas a vários ambientes.
III) Entre os problemas causados pelo cultivo de OGMs estão os riscos ao meio ambiente. Também não há estudos
suficientes a respeito dos efeitos sobre a saúde dos eventuais consumidores desses produtos e dos agricultores que manipulam
os mesmos.
IV) A eficácia dos OGMs não é suficiente para legitimar eticamente seu uso disseminado, pois requer que os mesmos
não causem riscos sérios à saúde humana, ao meio ambiente e às relações sociais.
V) O cultivo de produtos transgênicos erradicou o problema da fome em praticamente todos os países subdesenvolvidos,
especialmente nos países africanos.

Na sequência das afirmações apresentadas, estão corretas:


a) I, II e III
b) II, III e V
c) III, IV e V
d) I, IV e V
e) II, III e IV

5. A tecnologia se inseriu no espaço rural dos países subdesenvolvidos a partir da década de 1960, iniciando a Revolução
Verde ou Revolução Agrícola. Essa Revolução teve como principais consequências:

I) O aumento da produtividade pautado no uso de fertilizantes e adubos químicos, herbicidas, inseticidas, melhoramento
genético das sementes e mecanização da agricultura.
II) O êxodo rural impulsionado pela intensa mecanização, fazendo com que a força de trabalho que estava empregada
no campo fosse para as cidades em busca de novas oportunidades de trabalho.
III) O equilíbrio entre economia e meio ambiente, através da utilização racional da tecnologia empregada na agricultura,
sem causar danos ecológicos.
IV) A reorganização geográfica da produção, através da diversificação da produção agrícola mundial, voltada à
alimentação da população.
Considere “V” para verdadeira e “F” para falsa. Na sequência das afirmações apresentadas, a alternativa correta é:
a) V, F, V, V.
b) F, F, V, F.
c) V, F, F, V.
d) V, V, V, F.
e) V, V, F, F.

6. Quanto à estrutura fundiária no Brasil é Incorreto afirmar:

a) Outra forma de concentração de terras no Brasil é proveniente também da expropriação, isso significa a venda de
pequenas propriedades rurais para grandes latifundiários com intuito de pagar dívidas geralmente geradas em empréstimos
93

bancários, como são muito pequenas e o nível tecnológico é restrito diversas vezes não alcançam uma boa produtividade e os
custos são elevados, dessa forma, não conseguem competir no mercado, ou seja, não obtêm lucros. Esse processo favorece o
sistema migratório do campo para a cidade, chamado de êxodo rural.
b) A desigualdade estrutural fundiária brasileira configura como um dos principais problemas do meio rural, isso por
que interfere diretamente na quantidade de postos de trabalho, valor de salários e, automaticamente, nas condições de trabalho
e o modo de vida dos trabalhadores rurais.
c) No caso específico do Brasil, uma grande parte das terras do país se encontra nas mãos de uma pequena parcela da
população, essas pessoas são conhecidas como latifundiários. Já os minifundiários são proprietários de milhares de pequenas
propriedades rurais espalhadas pelo país, algumas são tão pequenas que muitas vezes não conseguem produzir renda e a
própria subsistência familiar.
d) No Brasil é evidente que ocorre uma discrepância em relação à distribuição de terras, uma vez que alguns detêm uma
elevada quantidade de terras e outros possuem pouca ou nenhuma, esses aspectos caracterizam a concentração fundiária
brasileira.
e) A problemática referente à distribuição da terra no Brasil é produto recente e remete ao século XIX, quando houve a
redistribuição das terras durante a instalação da república. É resultado do modo como ocorreu a posse de terras ou como foram
concedidas nesse período. A divisão de terras foi desigual e os reflexos são percebidos na atualidade, sendo uma questão
extremamente polêmica e que divide opiniões.

7. Entre os principais sistemas agrícolas mundiais podemos mencionar: agricultura itinerante, plantation, agricultura de
jardinagem e agricultura moderna. Todos eles possuem três fatores em comum: o capital, a terra e o trabalho.

Observe as afirmativas abaixo e relacione-as com os sistemas agrícolas a seguir listados:


I – agricultura itinerante.
II – plantation.
III – agricultura de jardinagem.
IV – agricultura moderna.

( )Praticada na Ásia, principalmente no Japão, Indonésia e Tailândia. Dentre suas características podemos mencionar: escassez
de espaço para plantio, utilização de numerosa mão de obra e sistema de irrigação.
( )Praticada por famílias que não possuem capital para melhorar sua produção. Utiliza mão de obra familiar e técnicas
rudimentares; como o uso da enxada ou a queimada, em pequenas e médias propriedades, resultando na degradação do solo
e posterior abandono da propriedade.
( ) Caracteriza-se pelo uso de sementes selecionadas, utilização de mão de obra qualificada, uso intensivo de máquinas e
caráter empresarial. É encontrada principalmente em países da Europa Ocidental e dos Estados Unidos.
( )Caracteriza-se pela grande propriedade, a monocultura, a mão de obra barata e sem qualificação, voltada para a exportação.
Foi bastante utilizada durante a colonização européia na África, América e Ásia.

A sequência que preenche corretamente as lacunas é:


a) IV, III, I, II;
b) I, II, IV, III;
c) III, IV, II, I;
d) II, I, III, IV;
e) III, I, IV, II.

8. “A perda anual de milhares de toneladas de solos agricultáveis, sobretudo em conseqüência da erosão, é um dos mais
graves problemas ambientais e o que abrange as maiores extensões terrestres. A principal causa da erosão, notadamente, em
países de clima tropical, é a retirada total da vegetação para a implantação das culturas agrícolas e das pastagens”.
MOREIRA, J.C.; SENE, Eustáquio de,. “Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalizado”. Ed. Scipione.

Com base no texto e em seus conhecimentos sobre o processo de perda e conservação dos solos, assinale a alternativa
INCORRETA:

a) Toda atividade agrícola provoca a degradação dos solos, mas a intensidade varia, dependendo do tipo de cultura e
das técnicas utilizadas.
b) O cultivo em curvas de nível consiste em arar o solo e depois semeá-lo seguindo as cotas altimétricas do relevo para
reduzir a velocidade do escoamento superficial da água da chuva.
c) A intensidade da erosão hídrica está diretamente ligada à velocidade e ao volume do escoamento superficial da água,
sendo que a declividade do terreno pouco ou nada influencia nesse processo.
94

d) Voçorocas são caracterizadas por sulcos de enormes dimensões, que podem atingir dezenas de metros de largura e
profundidade, impossibilitando as áreas de ocorrência tanto para o uso agrícola como urbano.

9. Nos estudos sobre agricultura brasileira, surgem questões como aumento da mecanização agrícola, redução da mão-
de-obra ocupada no campo, reconcentração fundiária e intensificação do uso de capital.

Essas problemáticas caracterizam amplamente os estudos a respeito do tema:


a) Financiamento agrícola
b) Comercialização agrícola
c) Reforma agrária
d) Modernização agrícola
e) Sistemas agrícolas

Gabarito:
1 2 3 4 5 6 7 8 9
C A E B E E E C D

Referências Bibliográficas.

GIRARDI, G; ROSA, J.V. Novo Atlas Geográfico do Estudante. São Paulo, FDT.

SENE, E; MOREIRA, J.C; Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo:
Scipione, 2007.

TAMDJIAN, J.O; Geografia geral e do Brasil: estudo para compreensão do espaço. Volume Único. São
Paulo: FDT, 2004.
95

UNIDADE 12: MEIOS DE TRANSPORTE DO BRASIL

Uma das principais características dos transportes na época da globalização é a rapidez que reduziu
bastante o tempo de deslocamento de pessoas e mercadorias. Parece que as distâncias diminuíram e com isso
os lugares ficaram mais acessíveis. Mas, na verdade, são os meios de transporte que facilitaram a integração
de lugares distantes. Mas nem todos os países contam com um sistema de transportes equipado, o que é quase
exclusividade das nações desenvolvidas.
Aeroportos, aviões, ferrovias, trens, rodovias, automóveis, hidrovias, navios são alguns dos
componentes dos sistemas de transportes que permitem o deslocamento de pessoas e mercadorias. A
organização do sistema é estabelecida por empresas públicas ou privadas, e a legislação que rege este sistema
geralmente é elaborada pelo Estado. O planejamento e a instalação que possibilitem contar com meios de
transportes eficientes são medidas essenciais para atrair investimentos, uma vez que contribui para redução
dos custos de produção.

Entre os principais elementos dos sistemas de transporte


podemos destacar:

- os veículos: automóveis, caminhões, trens, navios e


aviões, que se deslocam por terra, mar e ar.
- a infraestrutura: que compreende:
- as vias de transporte: ruas, rodovias, ferrovias, hidrovias,
dutos, pontes, túneis, etc.;
- pontos de chegada e partida: rodoviárias, estações
ferroviárias, portos, aeroportos, etc.

Principais modais de transporte:

Aquaviários: reúnem sistemas que usam mares e oceanos


(transportes marítimos), rios e lagos (transportes hidroviários)
como vias de transporte. Têm grande capacidade de carga
porém com custo elevado, além da construções de instalações
portarias é necessário para esse tipo de transporte um série de
obras como a construção de canais e dragagens periódicas
para manter a profundidade destes.
Terrestres: abrangem os transportes rodoviários, ferroviários e dutoviários (cargas líquidas, sólidas e gasosas.
O investimento para montar a infraestrutura deste tipo de transporte é alto, principalmente no caso das
ferrovias.
96

Aéreos: incluem os deslocamentos por avião. Sua principal vantagem é a rapidez e a redução de tempo de
deslocamento. Mas seu funcionamento requer um investimento muito alto em infraestrutura, além de ser o
modal de transporte mais caro.

PRINCIPAIS FORMAS DE TRANSPORTE

Unimodal: o transporte é feito com um único veículo e com


o mesmo contrato de serviço até o destino final.
Sucessivo: utiliza veículos diferentes de um mesmo modal.
Segmentado: a carga é transportada por diferentes veículos
de diferentes modais e com contratos diversos.
Multimodal: utiliza diferentes veículos de diferentes modais,
porém com um único contrato de serviços.

Tudo isso faz parte da logística que é o “conjunto de


atividades direcionadas a agregar valor, otimizando o fluxo de
materiais, desde a fonte produtora até o consumidor final,
garantindo o suprimento na quantidade certa, de maneira
adequada, e assegurando sua integridade, a um custo razoável,
no menor tempo possível”.
Corredor de exportação: estágio avançado da integração dos
transportes com a economia. Áreas que englobam transporte,
armazenamento, comércio, integrando áreas produtoras aos
portos.

TRANSPORTES NO BRASIL

São responsáveis pela integração nacional, conexão entre os pontos e regiões do país. Como a economia do
Brasil passou por ciclos, os transportes acompanharam estes ciclos. Inicialmente com a cana-de-açúcar e o
pau-brasil concentrados nas regiões litorâneas existiam apenas pequenos caminhos, estradas e rotas que
levavam os produtos até os portos. Depois, nos ciclos da mineração e do café, iniciou maior integração do
território, pois as áreas econômicas deixaram o litoral. O café foi um dos principais responsáveis pela difusão
da infraestrutura no país, porém a rede de transportes é enormemente mal distribuída e desenvolvida pelo país.
97

DINÂMICA DOS TRANSPORTES NO BRASIL


Modais 1985 1999 2006
Rodoviário 57,6% 61,8% 60,0%
Ferroviário 23,6% 19,5% 20,1%
Hidroviário 14,3% 13,8% 14,3%
Outros 4,5% 4,9% 5,6%
Fonte: Ministério dos Transportes, 2006

BRASIL – MATRIZ DO TRANSPORTE DE CARGAS


Modal Milhões de TKU* Participação (em Km)
Rodoviário 485.625 61,7
Ferroviário 164.809 20,7
Aquaviário 108.000 13,6
Dutoviário 33.300 4,2
Aéreo 3.169 0,4
Total 794.903 100
*TKU: toneladas transportadas por km útil.
Fonte: Boletim Estatístico CNT 2009

Transporte ferroviário: foi impulsionado pelo café entre os anos de 1870 e 1920, passando de inicias 745
km para 28.535 km. Com a crise do café da década de 30 inicia uma grande decadência no transporte
ferroviário com apenas 30 mil km de trilhos
Concentrado na região sul-sudeste, apresenta grande crise, em 2000 o transporte ferroviário escoava apenas
21% da produção de grãos. Dentre os principais fatores para essa crise e desuso, estão a falta de investimento,
tecnologia obsoleta, administração ineficiente e concorrência com as rodovias. No final do século XX a malha
ferroviária brasileira foi privatizada e hoje é operada por empresas privadas.

Transporte rodoviário: o transporte rodoviário veio a


suceder as ferrovias em volume e importância. A via Dutra
entre Rio de Janeiro e São Paulo, inaugurada em 1920
tornou-se a primeira rodovia do país. Com a quebra do café
e com o surgimento da indústria nacional a partir dos anos
1930 as rodovias assumiram grande destaque.

Com a finalidade principal de transportar as


matérias-primas para a indústria e os produtos para o
consumidor final as rodovias também contemplaram os
interesses da indústria automobilística e o setor do petróleo,
os maiores interessados na manutenção e desenvolvimento
deste modal de transporte em todo o mundo.
No início do século XXI as rodovias recebiam 96% dos fluxos de pessoas e 61% dos fluxos de
mercadorias do país. A estrutura rodoviária de maneira integrada se considerado apenas o contexto nacional
ganhou força a partir da mudança da capital brasileira para Brasília em 1960.
Concentrada no litoral e no interior das regiões sul e sudeste a malha rodoviária brasileira passou por
algumas políticas de interligação e integração em 1964 e 1985. As rodovias se expandem para a região norte
e impulsionam a ocupação e expansão econômica em conseqüência disso aumenta o desmatamento da floresta
Amazônica.
O Brasil possui a 3ª maior malha rodoviária do mundo, perdendo apenas para EUA e Índia, no entanto,
apenas 12% desta está pavimentada. Obras inacabadas como a rodovia Transamazônica são o reflexo do setor
no país. Com a privatização e início dos pedágios em 2004, algumas melhorias foram concedidas, mas os
custos de transporte tanto de pessoas como de mercadorias encareceram. Os principais problemas são de
98

ordem natural como os deslizamentos e os problemas com a violência no trânsito como os milhares de mortos
em acidentes e os roubos de cargas e veículos.

MALHA RODOVIÁRIA (extensão em Km) – 2018


Pavimentada Não Pavimentada Total
Federal 61.304 13.636 74.940
Estadual 123.704 119.816 242.520
Municipal 26.770 1.288.941 1.315.711
Total 211.678 1.422.393 1.634.071

Transporte Aquaviário: compreende os transportes que utilizam os recursos hídricos (mares, rios e
lagos). Apesar de possuir um dos maiores litorais do mundo o transporte marítimo é pouco utilizado em nosso
país, tanto para passageiros como para carga. Em 2008 o transporte de cargas por esse modal representou
apenas 13,8%, os principais portos estão nas regiões de maior concentração populacional, sudeste, nordeste e
sul respectivamente. A frota marítima brasileira tem cerca de 140 navios de cabotagem (que fazem o
transportes entre os portos nacionais) e de longo curso. Os portos de Santos (SP), Vitória e Tubarão (ES) e
Rio de Janeiro (RJ) são os mais movimentados do país.
A navegação fluvial (rios) consome cinco vezes menos energia que o transporte rodoviário e três vezes
menos que o ferroviário, além de ser mais barata também é menos nociva ao meio ambiente. Mesmo com
tantos rios navegáveis esse modal de transporte é muito pouco utilizado no país, isso por que esses rios não
atravessam as mais expressivas regiões econômicas do país.
Os portos brasileiros são de grande importância para as
exportações, porém a infraestrutura é precária, falta
informatização e tecnologia, mão-de-obra qualificada o que
torna nossos portos pouco competitivos no mundo.
Recentemente o Brasil tem se transformado em um dos maiores
pólos navais com a fabricação de plataformas para petróleo, onde
o maior destaque é Rio Grande (RS).
As hidrovias nacionais sãosubaproveitadas embora
tenham uma grande importância econômica para a região norte
onde é responsável pela maioria dos transportes de pessoas e
produtos. Destaca-se ainda os rios Paraná-Paraguai e TietêParaná que formam a Hidromercosul, que tem por
objetivo integrar o bloco.

Transporte Aéreo: esse modal integra o Brasil com todos os continentes, mas é pouco utilizado por
grande parte da população em função do preço elevado, o baixo pode aquisitivo da maior parte dos brasileiros
elitiza o transporte. Explorado por empresas privadas, a infraestrutura é deficiente, os aeroportos não
comportam a demanda, são cercados por áreas urbanas o que aumenta o risco de tragédias além de nosso
sistema de radares não abrangem todo o território possuindo inúmeros pontos cegos, principalmente na região
norte.
Com os jogos da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016 espera-se uma modernização desta
modalidade de transporte com vistas a se adequar com as normas internacionais em função dos turistas que
para cá virão.

COMUNICAÇÃO

Os meios de comunicação diferem quanto à capacidade e à velocidade de transmissão, quanto ao custo


e à segurança. Podem atuar através do meio físico (par trançado, coaxial e fibra ótica) e através do espaço
(micro-ondas, satélites, rádios, celulares, infravermelho).
99

Também denominados transportes invisíveis, permitem a comunicação imediata da sede das empresas
transnacionais com suas filiais espalhadas pelo mundo. Essa velocidade de transmissão de informações só foi
possível com o aperfeiçoamento das ligações telefônicas e a utilização de satélites nas telecomunicações.
Essas novas formas de comunicação a distância deram caráter instantâneo às conexões em qualquer lugar da
Terra. A internet revolucionou as formas de comunicação e acesso a informação. Organismos internacionais,
jornais, revistas, governos locais mantêm sites que permitem o acesso a notícias de maneira muito rápida e
ágil. Pelo correio eletrônico é possível se comunicar e realizar negócios com pessoas ou empresas em qualquer
lugar do mundo.
Os países ricos dominam o mercado das telecomunicações, vendendo seus produtos e implantando sua
tecnologia no mundo. Também está nos países ricos a maior parte dos usuários das tecnologias da informação.
O desenvolvimento das comunicações permite ampliar os serviços, mas gera, a curto ou a longo prazo,, um
desnível tecnológico entre os países e, dentro deles, entre os setores da população com níveis socioeconômicos
diferentes.

OS MAIORES USUÁRIOS DE INTERNET EM TERMOS ABSOLUTOS – 2019


Total de usuários (em Porcentagem dos usuários e relação a
Posição/ país
milhões) população do país.
1. China 298.0 22.4
2. Estados Unidos 222.7 73.2
3. Japão 94.0 73.8
4. Índia 81.0 7,1
5. Brasil 67.5 34.4
6. Alemanha 55.2 67.0
7. Reino Unido 43.7 71.8
Mundo 1.59 23.8

Comunicação no Brasil

Hoje o Brasil conta com produtos de vanguarda no campo das telecomunicações: centrais de
comutação de telefonia digital, fibra-óptica, sistema de comunicação de dados e textos, permitindo a ligação
de terminais e computadores à rede telefônica. O Brasil alcançou em 2009, 166 milhões de aparelhos celulares,
o 5º maior contingente mundial. Até 1998 as telecomunicações eram propriedade do Estado, a partir de julho
deste ano o Estado passou apenas agir como órgão regulador deste sistema através da Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações).
100

Atividades

1. (EsSA) O Brasil apresenta estações intermodais que tornam as transferências de cargas mais eficientes e menos
custosas. As estações intermodais se referem a(às)
A) trens de alta velocidade que são especializados no transporte de mercadorias de alto valor agregado.
B) transportes que transferem as mercadorias apenas de um país para outro.
C) mercadorias estocadas de diversos modos, evitando a sua deterioração e o seu desperdício.
D) transferências de mercadorias entre modos de transportes distintos.
E) formas de manuseio de cargas frágeis que possuem alto valor agregado.

Gabarito
1–D

Referências Bibliográficas.

GIRARDI, G; ROSA, J.V. Novo Atlas Geográfico do Estudante. São Paulo, FDT.

SENE, E; MOREIRA, J.C; Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo:
Scipione, 2007.

TAMDJIAN, J.O; Geografia geral e do Brasil: estudo para compreensão do espaço. Volume Único. São
Paulo: FDT, 2004.
101

UNIDADE 13: FONTES DE ENERGIA E RECURSOS NATURAIS

Os recursos minerais e as fontes de energia são indispensáveis para o funcionamento das atividades
humanas. Os primeiros como matéria-prima para a indústria e as segundas favorecendo a energia para o
funcionamento das fábricas, usinas, cidades, mineradoras e propriedades rurais.
Os minerais são importantes matérias-primas usadas principalmente pela indústria siderúrgica, pela
indústria da construção ou pela metalurgia em geral. Também são empregados na área da saúde, nos
tratamentos de câncer e de reposição de sais minerais. Por causa das diferenças de estrutura geológica
encontradas na crosta terrestre esses recursos estão desigualmente distribuídos pelo mundo.
Nem sempre os países industrializados, maiores consumidores, dispõem dessas riquezas em seus
territórios. Na maioria das vezes, esses recursos são encontrados em países subdesenvolvidos, onde a
disponibilidades de mão-de-obra barata torna os custos da exploração de minérios mais baixos.
A extração e beneficiamento de produtos minerais são atividades que demandam de grandes
investimentos. Por esse motivo, muitos países criam empresas estatais para esse tipo de atividade, existem
também empresas transnacionais que operam neste setor, como por exemplo, a brasileira Vale.

Principais recursos minerais


De acordo com o volume extraído, o mais importante minério é o ferro, que alimenta a indústria siderúrgica.
Outros minerais metálicos explorados são a bauxita (alumínio), manganês, cobre, chumbo, cassiterita, nióbio,
ouro e zinco.

FONTES DE ENERGIA

Desde que o homem passou a usar outros tipo de energia, que não a dos animais e da força humana, os
combustíveis fósseis e outras fontes mais modernas tornaram-se imprescindíveis, sendo responsáveis pelo
progresso da economia e do bem-estar da humanidade. Países favorecidos pela natureza com essas
“maravilhas” passaram a ser privilegiados na economia industrial e pós-industrial.

CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DE ENERGIA

Renováveis: que não esgotam como a energia solar, energia dos vegetais (biomassa), da correnteza
dos rios (hidráulica), dos ventos (eólica), do calor interno da Terra (geotérmica), entre outras. As fontes de
energia renováveis são consideradas também fontes de energia alternativas por que contribuem para diminuir
a dependência de fontes de energia não renováveis, como o petróleo.

Não-renováveis: que esgotarão e não serão repostas, como o petróleo, o gás natural, o urânio, o carvão
mineral, entre outras. O petróleo é a fonte de energia mais consumida em todo o mundo.

Recursos minerais no Brasil

Grandes problemas afetam o setor mineral brasileiro. Entre eles, podemos destacar a falta de
conhecimento do subsolo, as sucessivas crises econômicas internacionais que diminuem a demanda no
mercado internacional e a necessidade de investimentos estrangeiros no setor. A balança comercial da
mineração é tradicionalmente deficitária, principalmente por causa da importação de petróleo, carvão e cobre.
102

Alguns minerais são abundantes em nosso país como minério de ferro, manganês, bauxita, cassiterita;
outros são mais escassos como cobre, prata, urânio,
chumbo. No conjunto o Brasil dispõe de uma grande
variedade e quantidade de minerais, mas o
aproveitamento desses recursos é prejudicado pela
falta de conhecimento das nossas reservas e pela falta
de capital para sua exploração. A falta de capital e a
política de privatização têm propiciado a participação
cada vez maior de grupos estrangeiros no setor mineral
do país.

Os principais minérios produzidos no Brasil


são ferro, manganês, bauxita,cassiterita, nióbio,
cobre, tungstênio, zinco, níquel, minerais radioativos,
caulim e outros. As atividades ligadas à exploração
mineral representam 52% do saldo do comércio exterior.

Minério de ferro: mineral metálico encontrado em rochas muito antigas, os escudos cristalinos, tem
o Brasil como um dos principais exploradores e detentores de reservas, estando entre os cinco principais itens
exportados pelo Brasil. Os estados de Minas Gerais (Quadrilátero Ferrífero, responsável por aproximadamente
80% da produção nacional, sendo que de 60% a 70% do minério é destinado para a exportação) e Pará (serra
dos Carajás possui a maior reserva de minério de ferro do mundo, além desse minério que vai 15% para o
Japão, Carajás também explora manganês, cobre, ouro, cassiterita e tungstênio) possuem as maiores e
principais reservas, outra área em potencial é o maciço de Urucum no Mato Grosso do Sul. Em 2008 o Brasil
exportou 282 milhões de toneladas de minério de ferro no valor de 16,5 bilhões de dólares.

Minério de manganês: como o ferro, é elemento é elemento básico nas ligas de aço. O Brasil possui a sexta
maior reserva deste mineral em todo o mundo, durante 50 anos a partir de 1960 somente o estado do Amapá
correspondeu a 80% de toda a produção de manganês do país. Com o esgotamento das reservas neste estado,
resta a exploração na serra dos Carajás (PA), no Quadrilátero Ferrífero (MG) e no maciço de Urucum (MS).
103

Bauxita (minério de alumínio): o Brasil é o terceiro


maior produtor e como também o terceiro maior detentor de
reservas. Da bauxita é extraído o alumínio que tem sua
principal jazida no vale dos rio Trombetas (afluente do
Amazonas) no estado do Pará. A maior parte da bauxita
extraída é exportada para o Canadá e a menor parte fica para
o mercado interno.
Cassiterita: dela é extraído o estanho, muito
importante nas ligas de chumbo usadas nas soldas de
eletrônicos. O Brasil é o sexto maior produtor mundial e
possui a quinta maior reserva, localizadas na região
amazônica. O principal destino das exportações de estanho são
os Estados Unidos, tendo São Paulo como maior consumidor
interno.
Ouro: durante o ciclo da mineração ou do ouro, o
Brasil foi o maior produtor mundial. Com a decadência dessa
atividade, a produção só voltou a crescer depois de 1980 com
a exploração dos garimpos como Serra Pelada. O Brasil é o
13º colocado na lista dos maiores produtores que tem a China
no topo, com 2,3% do total da produção mundial as reservas
brasileiras representam 4,5% das reservas de todo o mundo. Em 1996 foi descoberta ao lado de Serra Pelada
uma nova jazida, em Serra Leste e esta sob exploração da Vale.
Nióbio: o Brasil é responsável
pela produção de 96% de metal utilizado
na fabricação de fios supercondutores e
turbinas de aviões entre outros. Mas de
60% do nióbio brasileiro é produzido em
Minas Gerais, destacam-se também
Goiás (21%) e Amazonas (12%). A maior
parte do nióbio é utilizada na produção da
liga ferro nióbio, usado na indústria
aeroespacial e em reatores nucleares. A
parte que não é utilizada internamente é
exportada para Holanda, China, EUA,
Japão, Cingapura e Coréia do Sul.

A MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

No Brasil são privilegiadas as fontes de energia não-renováveis. Em quatro décadas, o Brasil diminuiu
o uso do carvão vegetal, fonte agressiva a meio ambiente, por destruir matas e ser extremamente poluente.
Construiu grandes hidrelétricas, adotou a energia nuclear e começa a investir em energias alternativas. Além
disso, multiplicou a rede de transmissão de energia e cerca de 99% dos lares brasileiros têm energia elétrica.
104

Petróleo
Apesar de 64% da superfície brasileira, ser
formada por terrenos sedimentares, o Brasil não
garantiu a presença de grandes jazidas de petróleo em
sua parte continental. A maior parte das reservas está na
plataforma continental. Em 2008 nossas reservas
alcançaram 12,8 bilhões de barris e ocupam a 16ª
posição mundial, somos também o 12º maior produtor
de petróleo.
O estado do Rio de Janeiro concentra 86,7%
das reservas provadas offshore (reservas no oceano) e
80,6% das reservas provadas nacionais. O campo de
Tupi e o pré-sal: As últimas prospecções e
descobertas no mar territorial brasileiro abrem
perspectivas para o futuro da produção de petróleo. É chamada de présal por que esta localizada de 5
mil a 7 mil metros abaixo do nível do mar, sob uma camada de 2 km de sal. A origem desse depósito
está ligada à deriva dos continentes e à formação do Atlântico sul, na separação da América do Sul e
da África.

O reservatório de petróleo e gás estende-se pelo litoral brasileiro, uma extensão de 800 km, do Espírito
Santo a Santa Catarina. A primeira extração aconteceu em setembro de 2008 no campo Jubarte, na bacia de
Campos. Os grandes problemas são o capital e tecnologia para exploração em grande escala.
Dependência externa: a autossuficiência foi alcançada em 2006, mesmo assim o Brasil continua a importar
petróleo e gás natural. O total importado de petróleo foi de 159,6 milhões de barris, somando 12 bilhões de
dólares. Mais de 70% dessas importações têm origem africana, principalmente da Nigéria e Argélia.

Gás natural: é mais barato que o petróleo e bem menos poluente, as reservas nacionais, localizadas
principalmente no mar territorial, ocupam a 39ª colocação mundial. O primeiro lugar é do estado do Rio de
Janeiro (46%), com depósitos marinhos, seguido do Amazonas (14,5%), com jazidas terrestres. Quanto a
produção, o Brasil ocupa a 35% posição, com uma produção de 18,2 bilhões de m³ em 2007. Em 2007 as
importações brasileiras de gás natural totalizaram 10,3 bilhões de m³, sendo 98,4% proveniente da Bolívia.
Em 2006, houve a nacionalização do gás e petróleo na Bolívia, as instalações de exploração foram
tomadas pelas forças armadas, inclusive as da Petrobrás, depois de muita negociação o confisco foi retirado e
os preços reajustados.
Carvão mineral: o Brasil possui poucas jazidas carboníferas e de teor calorífero mais baixo do que o
carvão do hemisfério norte, o consumo também é superior à produção interna, o país importa essa matéria-
prima. As principais origens são dos Estados Unidos, da Ucrânia, Austrália, China e Polônia.
105

No Brasil as jazidas de carvão são encontradas nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e
Paraná, as maiores reservas estão no Rio Grande do Sul, já a maior produção está em Santa Catarina, este
estado inclusive tem o carvão de melhor qualidade.

OUTRAS FONTES DE ENERGIA

As usinas hidrelétricas predominam na produção de energia elétrica no país, mas o Brasil investe
também em projetos de energia alternativos, como o Proácool, desde 1975, e, mais recentemente, no
aproveitamento de energia eólica (do vento), no Ceará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Energia elétrica: no Brasil há um predomínio da energia hidrelétrica, a matriz brasileira é bem diferente da
mundial, onde predominam as centrais termelétricas e a carvão mineral.

Usinas Hidrelétricas: embora a construção de usinas hidrelétricas seja uma das poucas fontes para a produção
de energia pelo fato da água ser renovável e a produção não contribuir para o aquecimento global, o principal
problema está relacionado ao impacto ambiental causado pela construção desses centrais hidrelétricas, cujo o
processo é bastante complicado. Em todo o mundo o Brasil é o pais que possui o maior potencial hidrelétrico
pela formação do relevo, coma maioria dos rios de planalto e a grande disponibilidade de recursos hídricos.
As dez maiores hidrelétricas localizam-se predominante nas regiões sudeste e nordeste, nas bacias dos rios
Paraná e São Francisco. Já os mais importantes projetos de hidrelétricas, para os próximos anos, estão na bacia
Amazônica. São projetos com grande impacto ambiental, como o caso de Belo Monte, no rio Xingu. Destaca-
se ainda a Usina de Itaipú, como a segunda maior no mundo, porém com a maior produção de energia.

Usinas termelétricas: a maior desvantagem das usinas que


empregam combustíveis fósseis é a emissão de gás carbônico
que agrava o efeito estufa e, consequentemente, o
aquecimento global. No Brasil temos usinas que utilizam
óleo, gás natural e carvão. As usinas que utilizam gás natural
como combustível têm aumentado bastante, já as usinas que
utilizam o carvão se concentram na região sul, próximo às
áreas de extração, a maior delas é a Usina Médice A, B, e C,
em Candiota, RS. Com produção de 796 kW, destinada ao
consumo na região de São Paulo.
106

Usinas nucleares ou atômicas: utilizando como


fonte principal o urânio, plutônio e tório, o
programa nuclear brasileiro é um dos assuntos
mais polêmicos da história recente desse país. A
produção de eletricidade nuclear no Brasil não
chega a 2% do total nacional. Inaugurada em 1981
com custo final de 2 bilhões de dólares a usina
Angra I passou por inúmeros
problemas de funcionamento. Angra II foi
concluída em 200 e desde então realizam-se testes
que alcançam até 80% da potência máxima
prevista. O Brasil domina a tecnologia e produz o
combustível para abastecer suas usinas.

No Brasil a energia solar, eólica, a biomassa e o biodiesel ainda têm pouca participação na matriz
energética brasileira, sendo apenas o álcool (etanol), utilizado em larga escala.

Pró-álcool: programa criado em 1975, com o objetivo de encontrar uma fonte de energia alternativa ao
petróleo que teve os preços disparados no mercado mundial naquele ano.
➢ Aspecto positivo: o Brasil desenvolveu tecnologia própria e o álcool combustível é bem menos poluente que
a gasolina.
➢ Aspecto negativo: grandes áreas rurais são usadas apenas para o cultivo da cana com a finalidade de
transformá-la em álcool etílico.

Energia eólica: o Brasil dispõe das condições naturais e de tecnologia para instalar os aerogeradores, quase
todo território nacional possui boas condições de vento, mas as áreas mais favorecidas estão no litoral
nordestino, especialmente Ceará e Rio Grande do Norte. Com potencial maior que o hidrelétrico possuímos,
poucas usinas eólicas. Destaca-se o parque eólico de Osório, no Rio Grande do Sul com capacidade instalada
de 150MW, com 75 torres de aerogeradors.

Energia solar: o Brasil possui bom potencial energético solar, um dos grandes problemas é a falta de
informações solarimétricas confiáveis em alguns locais do país. Utilizada principalmente em aquecedores
solares para residência, hospitais e hotéis, com os coletores solares que usam a energia fototérmica. Existe
também a energia solar fotovoltaica, onde ocorre a conversão da energia solar em emergia elétrica, atualmente
muito utilizado em regiões afastadas das redes servidas de energia elétrica.
107

ATIVIDADES:

1. As fontes de energia dividem-se em renováveis e não-renováveis. As fontes renováveis não se esgotam,


já as não-renováveis tendem ao esgotamento. Pode-se considerar fonte de energia não- renovável:
a) petróleo.
b) biomassa.
c) energia solar.
d) energia eólica.
e) energia geotérmica.

2. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma, 2009), os investimentos em
energia renováveis no mundo em 2008 aumentaram cerca de 5% em relação a 2007. A notícia, de fato, deve
ser comemorada, mas esta longe do ideal, pois ainda é grande o uso de combustíveis fósseis no mundo.
Acredita-se que uma maior adesão as fontes alternativas de energia só será possível se ocorrerem maiores
investimentos em infraestrutura, pesquisa e educação. Sobre este aspecto, assinale a alternativa que contenha
somente fontes renováveis de energia.
a) Solar, eólica e geotérmica.
b) Petróleo, maremotriz e solar.
c) Carvão mineral, gás natural e eólica.
d) Lenha, petróleo e geotérmica.
e) Petróleo, gás natural e biomassa.

3. O Proálcool foi um programa muito polêmico na sua implementação. Assinale a alternativa que
corresponde ao argumento favorável à utilização dessa fonte de energia.

a) Utilização de mão-de-obra volante, que foi paulatinamente substituída por máquinas.


b) O álcool substituiu a gasolina, mas não o diesel, já que a frota de transporte nacional é composta na
sua maioria de caminhões.
c) A cana-de-açúcar ocupou áreas em que antes eram cultivados alimentos destinados ao mercado interno.
d) Foi desenvolvido por uma tecnologia nacional, que permitiu a sensível redução das importações de
petróleo.
e) O Proálcool privilegiou o transporte rodoviário e individual em detrimento do ferroviário e do
hidroviário, muito mais econômicos.

4. Esse recurso natural foi fundamental para a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, no século
XVIII. Usado como fonte de energia básica para o desenvolvimento de diversos setores industriais, influiu
principalmente na indústria siderúrgica e têxtil. As indústrias passaram a se concentrar, por essa razão, pertos
das áreas onde era extraído.‖
(Castellar e Maestro. ―Geografia‖. Livro didático. Quinteto Editorial).

Assinale a alternativa que indica, CORRETAMENTE, o recurso natural e o tipo de fonte (renovável ou não-
renovável) tratados no texto:
a) Carvão-mineral – fonte renovável.
b) Petróleo – fonte não-renovável.
c) Xisto betuminoso – fonte renovável.
d) Carvão-mineral – fonte não-renovável.
108

5. Biocombustíveis são fontes de energia renováveis, derivados de matérias agrícolas como plantas
oleaginosas, biomassa florestal, cana-de-açúcar e outras matérias orgânicas. As opções abaixo apresentam
exemplos de bicombustíveis, EXCETO:
a) Etanol
b) Biodiesel
c) Biomassa
d) GLP ou gás de cozinha

6. (EsSA) Assinale a alternativa que apresenta o Estado brasileiro que concentra as maiores jazidas de
minério de ferro conhecidas e medidas. anulada
A) Minas Gerais
B) Rio Grande do Sul
C) Rio de Janeiro
D) Goiás
E) Pará

7. (EsSA) Nas últimas décadas, o crescimento populacional e econômico resultou em contínuo aumento da
demanda por energia no Brasil . O grande destaque no consumo final de energia no País tem sido o setor:
A) de transporte
B) industrial
C) agropecuário
D) residencial
E) comercial

Gabarito:
1 2 3 4 5 6 7
A A D D D A B

Referências Bibliográficas.

GIRARDI, G; ROSA, J.V. Novo Atlas Geográfico do Estudante. São Paulo, FDT.

SENE, E; MOREIRA, J.C; Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo:
Scipione, 2007.

TAMDJIAN, J.O; Geografia geral e do Brasil: estudo para compreensão do espaço. Volume Único. São
Paulo: FDT, 2004.
109

UNIDADE 14: BRASIL E A GLOBALIZAÇÃO.

Para iniciarmos os estudos deste capitulo, descreveremos como marco histórico a segunda guerra
mundial (1939-1945), sendo este um dos principais acontecimentos do século XX. Logo com o fim da Segunda
G.M. temos o inicio da disputa entre dois sistemas econômicos, o Capitalismo (EUA) e o Socialismo (União
Soviética- URSS).

O CAPITALISMO
Este sistema surgiu na Europa após o Feudalismo, e após se espalhou pelo mundo inteiro, tendo
passado por diversos estágios. No inicio de tudo a acumulação de capital era fruto da atividade comercial,
sendo que nesta época o papel do estado era de grande importância, pois este tinha a responsabilidade de
regular a economia. Esta época pode ser descrita ou chamada de Mercantilismo (política que norteava as ações
estatais), sendo que aqui a riqueza de cada país era medida pela quantidade de ouro que este possuía.
O capitalismo atual É importante sabermos que a partir do Séc.XX quem “puxa a frente” do sistema
Capitalista são os Estados Unidos e parte da Europa (porção Ocidental), sendo que o mesmo é caracterizado
pelas grandes corporações empresariais, ou seja, os chamados monopólios empresariais, marcando esta época
pelo início da extinção das pequenas empresas, devido ao fato do maior controle de mercado pelas grandes
empresas.
A partir dos monopólios empresariais, começam a ocorrer grandes fusões de empresas multinacionais,
tendo como objetivo principal a obtenção de maiores mercados. Sendo que ao invés das grandes corporações
concorrerem uma com a outra, as duas unemse acabando com qualquer outra forma de concorrência
(extinguem-se os mercados e empresas locais) sendo esta a fase que vivemos do capitalismo
Isto ocorre, pois as empresas maiores (multinacionais) conseguem benefícios bancários mais
facilmente aumentando também a circulação de capitais e gerando também uma falsa esperança na população.
É importante sabermos que o estágio atual do capitalismo está diretamente ligado a tecnologia, a internet, a
robótica etc.
110

Falsa esperança na população


As grandes multinacionais propagam a
idéia de que levam empregos aos países
subdesenvolvidos,que levam o desenvolvimento
para estes. Porém, isto é uma falsa ilusão, pois,
que elas trazem é parte da produção para os
países subdesenvolvidos com o objetivo de
pagar menos pela mão-de-obra.
Logo, as mesmas propagam a ideia de que levam
desenvolvimento e empregos para os países
pobres, porem na verdade estes são explorados
e a maior parte do lucro gerado por estas
empresas, vai para os países desenvolvidos onde
estão alocadas as sedes (matrizes) das grandes corporações industriais. Restando uma pequena parcela do
montante de capital gerado com a produção a baixo custo ao país subdesenvolvido.

GLOBALIZAÇÃO

É marcada pela mundialização da produção,


da circulação e do consumo, ou seja, todo o ciclo de
reprodução do capital.
É nome que se dá à atual fase da
mundialização capitalista. A globalização é um
fenômeno multidimensional, apresenta uma faceta
econômica, a mais evidente e perceptível, mas
também possui outras dimensões: social, cultural,
política.
A globalização esta diretamente ligada a
extinção das fronteiras. Consiste na integração
mundial dos mercados, a fim de formar uma Aldeia
Global (redes de conexões que deixam as distâncias
cada vez mais curtas, facilitando as relações
econômicas e culturais de forma rápida e eficiente).
Está diretamente ligada às grandes corporações empresariais espalhadas pelo mundo. Tende a extinguir
as formas locais de cultura, ou seja, tende a gerar um padrão único de cultura. Comércio internacional todo
interligado através de ferramentas digitais. Uniformização e grande popularização de canais de TV por
assinatura e internet, levando a uma homogeneização cultural.
Com a globalização os povos ficam cada vez mais interdependentes, levando os países ricos a ficarem
cada vez mais ricos e os países pobres a ficarem cada vez mais pobres. Na globalização, a ação do DUMPING
é praticamente normal (Dumping tem por finalidade a conquista de mercado, baseado na venda de produtos a
preços baixos, eliminando assim os mercados locais). Ex: produtos chineses que chegam ao mercado brasileiro
com preços mais baixos que os produzidos aqui.

Os fatores citados acima produzem diversos resultados, dentre eles é importante destacar:
✓ Aproximações Econômicas vão gerar diferentes blocos econômicos.
111

✓ Através da homogeneização cultural, intensificam-se as manifestações regionais, culturais e territoriais


gerando assim diversos conflitos em diferentes partes do mundo.

O que é neoliberalismo?
Foi criado após a Guerra Fria, têm como base
determi nar a regulação econômica através das leis do
mercado consumidor, normas criadas pelo Consenso
de Washington. Consiste na mínima intervenção do
Estado na economia, ou seja , cada um é responsável
por si.
Características neoliberais: perda na participação do
Estado, empréstimos internacionais FMI/BIRD,
ajustes físicos e flexibilização das leis trabalhistas,
controle da inflação, desvalorização a moeda
nacional e agências reguladoras.
Os resultados deste são: abertura econômica,
investimentos externos, reduçã o dos gastos
com a população e privatizações .
112

MERCOSUL (Mercado Comum do Sul)

Um fator que devemos estar ligados é que não há um crescimento


maior deste bloco devido a constantes instabilidades entre Brasil e
Argentina, sendo que as duas nações as vezes apresentam ideais
econômicos muito diferenciados, somando isso a crises que
ocorrem nesses dois países, que são as maiores economias do bloco.
É importante saber que este bloco conta também com benefícios
naturais, sendo este representado pela Bacia do Prata (Rios
Uruguai, Paraguai e Paraná) tendo atuação importante no
transporte hidroviário e também na geração de energia
hidrelétrica. Não podendo esquecer também que, sob o território
do MERCOSUL está localizado o Aquífero Guarani.

O cenário que se encontravam Brasil e Argentina na década de 1980 era muito complicado, pois os
dois países estavam com dívidas externas muito altas e permaneciam com parques industriais sucateados e
tecnologia atrasada. Logo, encontravam muitas e grandes dificuldades econômicas.
Nesta mesma época começaram a ser realizados tratados comerciais entre esses dois países, a fim de melhorar
este cenário, e ao mesmo tempo gerar mais competitividade nesses dois países, a fim de melhorá-los em
relação a economia mundial.

MERCOSUL – 2016
População (milhões PNB (bilhões de dólares) Exportações (bilhões de
Membro
de habitantes) dólares)
Brasil 192 1.122 160.6
Argentina 40 239 55,9
Uruguai 3 21 4,5
Paraguai 6 11 2,8
Total 241 1.393 223,8
MERCOSUL – 2016
População (milhões PNB (bilhões de dólares) Exportações (bilhões de
Membro
de habitantes) dólares)
Brasil 192 1.122 160.6
Argentina 40 239 55,9
Uruguai 3 21 4,5
Paraguai 6 11 2,8
Total 241 1.393 223,8

O surgimento do MERCOSUL ocorreu a partir do Tratado de Assunção, tendo como países membros
o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o ideal deste bloco, embora ainda não concretizado estabelecer um
mercado comum entre os países pertencentes ao mesmo. Pois a abrangência destes países que pertencem a
este bloco é bastante grande, são países com extensa área e com considerável contingente populacional.
Somando as dimensões dos países pertencentes ao MERCOSUL, tem-se uma área de 11 milhões de Km², e
uma população de mais de 230 milhões de pessoas, chegando ao PIB acumulado de mais de 3 trilhões de
dólares. Podemos assim dizer que este bloco esta entre as maiores economias do mundo atual. Porém, se foi
instituída a ALCA a tendência é pela decadência e até quem sabe extinção do bloco. Entre as relações
internacionais entre outros blocos o MERCOSUL prioriza relações com a União Européia.
113

Nos dias atuais, além de seus quatro membros, o MERCOSUL possui mais duas nações associadas
(Chile e Bolívia), sendo por isso gerados benefícios econômicos para estas nações, há também a tentativa de
entrada da Venezuela no bloco, porém ainda não sabemos muito sobre essa relação, apenas o que se sabe é
que este é um processo difícil devido a fatores político-ideológicos e também de localização.

ATIVIDADES:

1. Com a expansão do modo


de produção capitalista nas últimas
décadas, intensificaram-se o
comércio, as operações financeiras,
a disseminação de novas
tecnologias e a circulação de
pessoas e informações, processos
que vêm aproximando até os mais
distantes lugares do mundo. Tal
fenômeno é denominado de
Globalização.

Com base nas informações do texto sobre a Globalização e na charge, assinale a alternativa correta:
a) A globalização é definida pela minimização de trocas econômicas, de intercâmbio cultural e de avanços
tecnológicos e informacionais entre os países do mundo.
b) Diversos estudiosos têm atribuído o atual estágio de consolidação do espaço mundial, economicamente
globalizado, aos avanços científicos alcançados com a Primeira Revolução Industrial, desencadeada no século XIX.
c) Os países subdesenvolvidos detêm a maior parte da produção técnico-científica mundial. Nesses países, as
inovações tecnológicas surgem todos os dias e estão disponíveis para a totalidade da população aí residente.
d) O atual estágio de desenvolvimento científico e tecnológico, ou seja, de pesquisa e de produção de recursos não
ocorre de forma homogênea em todos os países do mundo.

2. Dentre os conjuntos de países enumerados abaixo, faz parte da realidade típica daqueles considerados
desenvolvidos o conjunto formado pelos países:
a) Alemanha, Suécia, Suíça, EUA e Itália.
b) Japão, Canadá, França, Argentina e Bolívia.
c) Grã-Bretanha, Espanha, Peru, Austrália e Portugal.
d) Paraguai, México, Brasil, Argentina e Colômbia.
e) China, Índia, Israel, Islândia e Egito.

3. O setor formal da economia de um país relacionado às atividades do comércio e prestação de serviços denomina-se:
a) setor primário.
b) setor terciário.
c) setor secundário.
d) setor industrial.
e) setor quaternário.

4. Sobre o processo de globalização, pode-se afirmar que ocorreu:

I. O aumento das diferenças entre países ricos e pobres.


II. O fortalecimento dos Estados Nacionais em relação às multinacionais.
III. A redução dos gastos no processo produtivo pelas indústrias, utilizando-se mão-de-obra barata.
IV. A diminuição do desemprego e a promoção de benefícios sociais aos trabalhadores.

Estão corretas as alternativas:


a) II, III e IV.
b) III e IV.
114

c) II e III.
d) I e IV.
e) I e III.

5. BRIC é a sigla formada a partir dos nomes dos países que, segundo alguns analistas, vão se transformar em gigantes
econômicos até 2050, por conta da sua potencialidade produtiva. Calcula-se que em 2020, os BRIC contarão com cerca
de 3,14 bilhões de habitantes, aproximadamente 40% da população do planeta, e que suas economias deverão apresentar
taxas de crescimento bem superiores às dos países ricos.

Assinale a alternativa que corresponde aos países integrantes do BRIC.

a) Brasil, Rússia, Índia e China


b) Bolívia, Rússia, Índia e Chile
c) Brasil, Romênia, Índia e Canadá
d) Brasil, México, Irã e China
e) Bolívia, México, Índia e Chile

6. Uma das mudanças recentes, que o mundo vem apresentando, é a formação de blocos econômicos ou blocos regionais.
Sobre eles, assinale a alternativa correta:
a) Os países-membros da União Européia tornaram-se autosuficientes, inexistindo, dessa forma, relações
comerciais com outros países.
b) O Nafta é composto por três países que apresentam o mesmo nível socioeconômico.
c) O bloco econômico o qual o Brasil faz parte já completou todas as etapas da formação de um bloco, pois já
possui uma livre circulação de mercadorias, capitais e pessoas, além da união monetária.
d) Dentre os países que compõem o Mercosul, o Brasil e a Argentina são os que apresentam o melhor nível
socioeconômico quando comparado aos outros dois países membros.
e) Em zonas de livre comércio, como no Nafta, o objetivo é bastante evidente. Busca-se a gradativa liberalização
do fluxo de mercadorias e capitais entre os países membros, ou seja, Estados Unidos, México, Inglaterra e Canadá.

7. Marque a alternativa que NÂO corresponde à globalização.


a) Os avanços tecnológicos como transporte, comunicação e informática.
b) O fortalecimento do Estado-Nação
c) Aprofundamento da divisão internacional do trabalho ou da produção
d) A ampliação das desigualdades socioeconômicas norte-sul.
e) O aumento das migrações internacionais.

8. Todas as alternativas abaixo apresentam características ou indicadores do processo de globalização das


atividades econômicas ocorrido no final do século XX, EXCETO:

a) A aceleração das transformações demográficas


b) A revolução ocasionada pelos avanços na informática
c) O aperfeiçoamento dos meios de transporte e das comunicações
d) O desenvolvimento tecnológico e científico

9. A rede Mc Donald’s tornou-se um símbolo das principais mudanças ocorridas em diversos países no últimos 50
anos. Sua história se confunde com a das relações econômicas internacionais. Atualmente cerca de 50 milhões de pessoas
por dia comem em um Mc Donald’s em mais de 12º países, uma mudança que pode ser representada pela expansão
dessa rede e sua respectiva causa histórica,, são:

a) Mundialização da cultura/ extinção da dualidade local/global


b) Padronização do consumo – expansão de empresas transnacionais
115

c) Americanização dos costumes – internacionalização tecnológica do setor internacional


d) Uniformização dos hábitos alimentares – integração mundial dos mercados nacionais

10. (EsSA) “Em abril de 2007, durante a Cúpula Energética Sul Americana, foi criado(a) o(a) ___________,
integrado(a) por vários países da América do Sul, tendo o Panamá e o México como observadores.” (TERRA, Lygia;
ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia do Brasil). O texto refere-se ao(à)
A) Mercosul.
B) Banco da América do Sul.
C) Unasul.
D) Conesul.
E) Alca.

11. (EsSA) Assinale a alternativa que NÃO foi um efeito apresentado pelo “Plano Real” durante os governos do
presidente Fernando Henrique Cardoso.
A) Diminuição drástica da inflação
B) Instituiu a estabilidade monetária.
C) Aumento das exportações para a China.
D) Aumento das taxas de juros.
E) Redução dos investimentos em infra-estrutura..

Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
D A B E A D B A B D E

Referências Bibliográficas.

GIRARDI, G; ROSA, J.V. Novo Atlas Geográfico do Estudante. São Paulo, FDT.

SENE, E; MOREIRA, J.C; Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo:
Scipione, 2007.

TAMDJIAN, J.O; Geografia geral e do Brasil: estudo para compreensão do espaço. Volume Único. São
Paulo: FDT, 2004.

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