Capítulo 1: Jonatham Oskövìcķt e a lenda da cobra
Em meados do seculo XVII na Holanda, um garoto
chamado Jonathan Oskövìcķt, filho de uma médica e de um
vendedor do vilarejo queria aprender mais sobre a medicina
de sua mãe, ele ao pegar o livro de sua estante, sem querer
se confunde e pega o livro de uma lenda antiga do vilarejo,
Jonathan se lembra de seus pais terem contado essa história
a eles mas não muito então ele lê o livro.
O livro era sobre uma antiga lenda do vilarejo, a lenda da
cobra celestial, ela conta sobre uma cobra de duas cabeças
que sempre vinha curar os moradores que possuíam doenças
terminais, mas as vezes a cobra matava esses moradores,
isso dependia dela. Dizem que uma das cabeças dessa cobra
era assassina e maligna com um veneno perigoso e a outra,
curandeira e benigna, com um veneno capaz de curar
qualquer doença. Os moradores do vilarejo hoje em dia
dizem que quem nasce com uma marca de cobra no corpo é
uma pessoa que reencarnou de seu ancestral que foi morto
pela cabeça maligna da cobra, e hoje renasceu pela parte
curandeira dela. Diz a lenda que quem nasce com essa
marca pode ter uma vida abençoada ou uma vida possuída.
Jonatham era um garoto muito novo, tinha apenas 8 anos de
idade, por isso, ele acreditava muito em tais histórias,
mesmo que fossem lendas.
O garoto Oskövìcķt tinha uma marca em seu pescoço e
sempre que olhava para ela, ele perguntava a sua mãe:
-“Mamãe, a senhora acha que essa marca é de uma cobra?
Será que meu caminho irá ser abençoado por ela?”
A mãe do garoto sempre tentava desviar o assunto por achar
isso muito besta, ela dizia ao garoto:
-“Oskövìcķt, te criei para ser um menino sério e não um em
que acredita em tais bobagens, mas sendo assim, espero que
sua vida seja abençoada.”
O garoto ficava em dúvida.
Alguns anos depois, o menino Jonatham, agora um pouco
mais velho, com 12 anos, começa a ir querer trabalhar
com o pai que é vendedor, seu pai começa a ensiná-lo
sobre vendas e como guardar seu dinheiro ou investir, o
garoto por ser meio novo acha meio chato, mas, mesmo
assim começa a estudar os conteúdos, pois seu pai diz
que será importante para o futuro.
Certo dia, Jonatham estava levando um saco de
ingredientes para a barraca de vendas de seu pai, ele
chama seu pai e pede um pouco de ajuda para carregar,
um cliente vem conversar com o pai de Jonatham
enquanto ele arruma a barraca, pouco tempo depois, o
garoto olha para o chão e vê algo se mexendo, ele
esquece e começa a achar que foi só o vento nas plantas,
o garoto olha de novo e vê a mesma coisa, então ele
pergunta ao pai:
-"Pai, o que é isso no mato se mexendo?"
Seu pai então responde:
-"Isto o que meu filho?"
Responde apreensivamente o filho.
Quando o pai de Jonatham percebe o que é, o cliente já
havia sido atacado. Todos em volta se juntam para ajudar
o homem que havia sido atacado e alguns perguntam:
-"O que aconteceu? Quem atacou"
-"Como ele está, está bem?"
Alguns moradores que viram o ataque começam a dizer
que foi uma cobra, quando Jonatham escuta isso ele se
pergunta:
-"Será que ele possuía uma doença? Será que ele tinha a
marca?"
O homem que fora atacado morreu, e a mulher que era, até
então esposa dele, vai à casa dos Oskövìcķt, por ser muito
amiga deles.
Durante uma conversa entre a mulher e a mãe de Jonatham,
o garoto que estava na cozinha escuta algumas coisa da
conversa, como:
-"Olá senhora Oskövìcķt, como vai?"
"Olá amiga, sinto pelo que aconteceu, como você está,
soube que foi uma cobra que atacou seu marido, é isto
mesmo?"
-“Estou melhorando, foi sim uma cobra, queria saber como
ninguém viu ela, seu marido diz que seu filho viu algo, mas
não deu tempo de avisar, naquele terreno, como ela pode ter
entrado no centro da cidade sem ninguém ver, como um
vulto?”
-"Também não sei como, mas isso acontece, sinto muito."
-“Algumas pessoas da família estão começando a dizer que
isto foi pela marca de cobra que havia nele, em seu braço
esquerdo, incrivelmente, foi neste lugar e nesta marca que
ele foi atacado, será que há algo haver com a lenda?”
Jonatham Oskövìcķt, após escutar isso fica curioso e de
novo começa a se perguntar:
-"Será que ele possuía algum ancestral que foi morto pela
cobra? Será que a vida dele foi amaldiçoada por ela? Será
que seu antepassado foi curado pela cobra e agora a outra
parte dela veio cumprir seu dever?"
O menino indagava tal assunto, até que a viúva do homem
que fora atacado vai embora, e o garoto tira suas dúvidas
com a mãe.
-"Mãe, você acha que a morte do cliente do papai tem haver
com a cobra?"
A mãe de Jonatham diz:
-"Filho, claro que não, isto é só uma lenda, o que você diz é
impossível."
O menino não gosta da resposta de sua mãe, então, ele vai
para seu quarto e começa a pensar sobre o assunto.
Uma semana se passa e o menino Jonatham, sem ter uma
resposta para o que aconteceu, começa a esquecer o assunto
de pouco em pouco.
Capítulo 2: Uma família supersticiosa
Em meados do século VIII, um grupo de vikings da
Normandia chegam de barco num pequeno vilarejo da
Holanda, o grupo invade o lugar com a intenção de
roubar suprimentos do vilarejo e roubar pertences
valiosos.
Durante a invasão, uma família com um pai vendedor e
uma mãe médica, tentam esconder alguns pertences
valiosos enquanto os guardas do vilarejo protegem a
cidade, o filho desse casal tem o sonho de ser um
adestrador de cobras, mas ele é muito novo, mesmo
assim, o garoto de 16 anos foge de casa sozinho para
adestrar as serpentes. O filho do casal, durante a invasão,
começa a caçar cobras e se aventurar pela floresta. Ele
acaba encontrando uma cobra que sofreu de uma doença
e acabou nascendo com duas cabeças, o menino acha que
isto seria uma benção de Deuses, mesmo sendo só uma
doença genética.
O garoto durante seu caminho pela floresta, acaba
encontrando um dos vikings e a cobra ataca ele, pelo
cheiro dele ela encontra outros do grupo dos invasores e
então começa a rastejar, o menino apenas segue a
serpente, restavam apenas cinco do grupo dos vikings e a
serpente de duas cabeças encontrou-os matando quatro
dos vikings invasores. Por ter um caminho muito longo
da ilha da Normandia à Holanda, o sobrevivente viking
que restou acabou pegando uma doença terminal durante
a viagem e por algum motivo a primeira cabeça da cobra
não deixou a outra parte matá-lo, pelo contrário, ela o
curou.
O menino que por acaso se chamava Jhon, ficou curioso
pelo acontecimento e decidiu estudar aquela cobra mais,
até que um dia, o menino foi picado por uma das cabeças
da cobra, em alguns minutos ele começou a se sentir
melhor e parou de entender o que havia acontecido.
Alguns anos depois, quando Jhon já tinha seus 35 anos de
idade e depois de ter estudado aquela cobra por tanto tempo,
ele decidiu escrever um livro sobre ela, o nome do livro
viria a ser "Levenendood a cobra de duas cabeças", pois
"Leven en dood" significa "Vida e morte" em holandês.
Jhon achava que a cobra possuía o poder da cura e da morte,
pois, sempre que havia uma pessoa doente a cobra a curava
e sempre que havia uma pessoa má, a cobra a matava,
embora, as vezes a cobra também matasse alguns pacientes
doentes e salvasse algumas pessoas más, Jhon achava que
isso dependia da cobra e de seus pensamentos sobre as
pessoas.
A serpente "divina" já havia morrido há alguns anos, então
Jhon parou tentar adestrar cobras por tudo o que ele já havia
visto e começou a escrever livros sobre serpentes e tudo o
que ele havia aprendido sobre elas. Algumas semanas após
Jhon ter publicado seu livro sobre aquela cobra mágica, os
moradores de sua vila começaram a repudiá-lo, pelos seus
pensamentos sobre a cobra ter poderes divinos e acharam
isso uma blasfêmia a seus deuses, eles começaram a se
juntar para exilar Jhon do vilarejo, isto deu certo, os
moradores do vilarejo, incluindo os pais de Jhon, o jogaram
em um barco que havia sido esquecido quando os vikings
invadiram a vila, e junto, jogaram cobras no barco para
mostrar que elas eram normais e não seres divinos.
Jhon, sobreviveu algumas semanas em paz no barco, mesmo
sem comida. Depois de algum tempo, ele começou a
conversar com as cobras, Jhon começou a ter algumas
doenças, como o escorbuto em sua boca por não ter
nutrientes, a cada doença que ele contraía, uma cobra o
mordia e, cada mordida de cobra era como uma cura para as
doenças.
Jhon, por estar sozinho a muito tempo, estava começando a
ter alucinações e começou a achar que as cobras de seu
barco eram como a de sua infância, divina ou não, Jhon já
estava maluco naquele momento e começou a ver coisas no
mar, ele sentia como se devesse ver essas coisas, mesmo
sendo alucinações, até que um momento Jhon se jogou no
mar com as cobras agarradas nele. E assim se enterrou uma
lenda sobre uma cobra divina, mesmo ainda tendo algumas
poucas histórias sobre a mesma, em alguns cantos da
Holanda.
Capítulo 3: A morte do pai de Jonatham
8 anos se passaram após a morte do pai de Jonatham, que
agora possui 25 anos, o garoto que agora é um adulto, já
esqueceu sobre a lenda da cobra que ele tanto instigava
no passado e agora cuida da barraca de vendas de seu
falecido pai.
O garoto que agora mora sozinho com a mãe, está tendo
que aprender a aplicar alguns remédios para ela e está
tendo que aprender medicina, pois, agora a mãe de
Jonatham está doente e ele está lendo livros de medicina
para cuidar dela. Jonatham, tendo que cuidar de sua mãe
e a barraca de vendas de seu falecido pai, está muito
sobrecarregado e não consegue tirar nenhum tempo para
si, todo dia ele se lamenta e pensa:
-" Se meu pai estivesse aqui agora, tudo estaria dando
certo. Se ele não tive pego aquela doença estaria vivo
ainda."
Jonatham se pergunta todo dia porque isso aconteceu
com sua família e também, sempre que pensa em seu pai,
ele quer saber o que realmente aconteceu, pois, há 8 anos
o pai de Jonatham adquiriu uma doença incurável que
ainda se prolongaria por 2 anos, mas por algum motivo
ele morreu após 2 meses depois de contrair a doença,
todos dizem que a doença já poderia estar espalhada ou
que o corpo do pai de Jhon não estava preparado, apesar
do que eles diziam, Jonatham nunca acreditou nisso e
sempre achou que foi alguma outra coisa misteriosa
Algumas semanas após Jonatham ainda estar se
acostumando com seus deveres, ele procura um livro de
medicina em sua estante, mas, o garoto sem querer pega
um livro que não via a muito tempo, o nome era:
"Levenendood a cobra de duas cabeças".
Quando Jonatham lê o título deste livro ainda
empoeirado, ele sente saudades de quando era criança e
não tinha tantas responsabilidades. Por ter esquecido um
pouco da história e por ter saudade de sua infância ele
abre o livro e começa a ler.
Duas horas após ler o livro, Jonatham olha pela janela e
vê que já anoiteceu, ele vai ao quarto de sua mãe e da um
beijo na testa dela, depois disso, ele começa a olhar por
sua janela da sua cama e acaba dormindo. Já de manhã,
Jonatham se lembra rasamente de um sonho que teve a
noite sobre uma cobra, essa cobra vinha na cama de seu
pai que parecia que ainda estava sofrendo com a doença e
acaba mordendo ele, Jonatham só se lembra disso e após
essa lembrança recente ele se lembra também de acordar
de madrugada e ver que seu pai não estava se mexendo
em sua cama, isso o fez chorar, mas, ele superou e
começou a relembrar sobre a lenda da cobra de duas
cabeças e que agora não pensa muito nela.
Jonatham começa a pensar em seu sonho e nesta lenda que
tanto acreditava e começa a crer na história de novo, ele
levanta de sua cama para cuidar de sua mãe e ir para
barraca de vendas e segue confiante que a lenda que ele
lia quando criança tem algo haver com a morte de seu
pai.
Certo dia, a mãe de Jonatham ainda um pouco doente,
levanta e acorda o filho dando o alerta de que há uma
invasão no vilarejo, ele acorda desesperado e preocupado
com sua mãe por ela estar doente. A mãe de Jonatham
diz:
-"Filho, eu estou bem, prometo, qualquer coisa chamo
nossa vizinha que é próxima a mim para me ajudar, mas
agora, vá ajudar a vila, sei que você sempre foi forte, vá
logo."
Jhon diz:
-"Mãe, não quero ir, quero cuidar de ti, você está sozinha
aqui, mas tudo bem, vou ajudar a vila, tome cuidado."
Jonatham foi atacar os invasores, mesmo estando
preocupado com sua mãe, eram 15 invasores contra
alguns da vila, Jhon conseguiu abater junto de alguns
amigos que estavam lá, 6 dos invasores, após isso, os
invasores capturaram Jonatham e o usaram de refém,
todos os outros recuaram naquele momento e pediram
para soltar Jhon, eles não fizeram isso e foram embora de
barco.
Durante a viagem, Jonatham que estava como refém
amarrado no barco, tentou pensar em como sair de lá, o
homem que sempre gostou de ler conseguiu entender um
pouco do que os invasores da sua vila diziam. Eles diziam
ser da Normandia e que iriam voltar para lá e vender
Jonatham como um escravo. Jhon estava desesperado para
saber como sair de lá, mas, ele não tinha nenhuma ideia.
Após duas semanas preso de refém no barco, Jonatham
avista um pequeno bote vindo de longe, ele tenta gritar
pedindo ajuda, mas isso não funciona, em pouco tempo, os
invasores avistaram o barco, e como seus suprimentos
estavam acabando, eles decidem roubar o bote que vinha.
Havia apenas uma pessoa no bote e ela conseguiu avistar
Jonatham, que estava amarrado no barco, esta pessoa
possuía conhecimentos de artilharia e tinha um arco com
algumas flechas, ela por ser habilidosa, conseguiu derrotar
os piratas da Normandia.
A pessoa que apareceu milagrosamente para salvar
Jonatham, era uma mulher, ela possuía cabelos ruivos e
longos, usava roupas curtas, como shorts e camisas e era alta
e forte, possuindo uma beleza natural, ela logo que derrota
os piratas, vai desamarrar Jhon, que estava preso.
Quando Jonatham é desamarrado, ele tenta dizer mesmo
machucado aonde estavam os curativos e remédios, a moça
logo vai pegá-los e após remediar Jonatham, ela começa a
conversar com ele, dizendo:
-"Olá, como você está, está bem? Com este idioma e seu
sotaque, devo presumir que você seja da Holanda, estou
certa? Qual o seu nome?"
Jhon diz com certa dificuldade em sua fala:
-"Olá, eu estou bem sim, não precisa se preocupar. Você
acertou, sou da Holanda sim, meu nome e Jonatham, mas
pode me chamar de Jhon, qual seria o seu nome?" A moça
diz:
-"Que coincidência, sou da Holanda também, mas você esta
machucado então não se esforce muito. Meu nome é Maya,
Maya Decker, sou da costa oeste da Holanda, você é de
onde?"
Jonatham quando escuta o nome Decker se familiariza,
como se fosse conhecido, mas ele não diz nada sobre,
apenas:
-"Ah, sou da costa noroeste, um pouco acima, moro em um
pequena vila, o que você fazia aqui por estes cantos, não é
perigoso?"
Maya responde dizendo:
-"Eu que lhe pergunto, por que você estava amarrado em um
barco de piratas Normandos?"
Jonatham percebe que Maya é uma pessoa inteligente, por
saber um idioma tão diferente como o da Normandia, ele a
responde dizendo:
-"Vi que você é inteligente, conhece um idioma como esses,
mesmo sendo da Holanda, eu fui levado de refém do meu
vilarejo."
Após isso, eles discutem normalmente e firmam uma
amizade, Maya diz que vai levar Jonatham de volta para seu
vilarejo.
Após uma semana velejando pelo mar, Jhon avista algumas
tábua em volta, elas eram velhas, aquilo era normal perto de
ilhas, mas não no mar aberto, ele pede para chegar mais
perto delas. Quando os viajantes pegam a tábua, eles veem
que há uma escrita nela, era um holandês, só que antigo,
Jonatham pergunta a Maya se ela conseguiria ler e ela diz
que naquela tábua estava escrito:
-"Aqui jaz um louco, dono de uma lenda e que viveu uma
lenda."
Jhon logo se lembra da lenda das cobras e que todos o
achavam louco, mas aquilo ainda não fazia sentido.
Maya pergunta a Jonatham, você sabe de algo?
Jhon a responde com tal incerteza:
-"Não que eu saiba, mas isto me lembrou de uma lenda que
lia quando criança, mas seja o que for vamos focar no
caminho de volta."
Após Jonatham terminar sua fala, Maya se lembra da lenda
da cobra de duas cabeças e diz:
-"Você esta falando da lenda da cobra de duas cabeças?
Levenendood? Sempre fui fã de lendas, principalmente esta,
minha família não gosta dela, nunca entendi o motivo, mas
já ouvi uma história sobre que o homem deste livro acabou
se jogando no mar por todos acharem que ele era louco."
Jonatham concorda com ela, deixando escapar seu
sentimento de felicidade por não ser o único a conhecer tal
história.
Capítulo 4: De volta pra casa
Uma semana e meia após Jonatham ser resgatado por Maya,
eles conseguem avistar o vilarejo faltando apenas
algumas horas para chegar, isso faz Jonatham questionar
algo com Maya, ele pergunta com certa vergonha:
-“Então Maya, o que você fará após me deixar na ilha?”
Maya vê que o rosto de Jonatham está meio tímido e diz:
-“Ah Jhon, me desculpe perguntar, mas, posso ficar em
seu vilarejo? Não tenho família e já sai de casa a algum
tempo, seria bom conhecer novas pessoas.”
Sempre que Maya dizia coisas sobre aventuras, Jonatham
se lembrava que ela tinha apenas 22 anos e já havia se
aventurado muito no mundo, ele respondeu com gratidão
a pergunta de Maya.
-"Claro Maya, pode sim, seria uma honra, tem um quarto
sobrando na minha casa, eu também posso te apresentar
as pessoas de lá."
Maya abre um sorriso meio tímido em seu rosto.
Depois de chegar em terra firme, todos que estavam em
volta correram para Jonatham, para perguntar como ele
estava, mas, ele só queria saber as condições de sua mãe.
Quando Jhon junto de Maya chegam perto de sua casa,
ele avista sua mãe abrindo a porta e logo corre para saber
se ela está bem, a mãe de Jonatham diz:
-"Ah Jhon, meu querido, como você está? Todos da vila
se preocuparam, quem é a moça ai?"
Maya nesta situação se sente meio envergonhada mas
cumprimenta a mãe de Jhon mesmo assim. Jonatham
tenta perguntar como sua mãe está mas ela o corta
dizendo:
-"Isto não importa filho, eu já melhorei, vocês parecem
cansados, venham descansar aqui."
Eles apenas concordaram, quando a mãe de Jhon
perguntou o que aconteceu, eles responderam, contando
toda a história. Quando a mãe de Jonatham terminou de
ouvir, ela agradeceu Maya por ter salvado seu filho, a
garota agradece de volta com certa timidez, por ainda ser
nova no vilarejo.
Um mês e meio após Jonatham e Maya ter chegado na
cidade, Jhon se lembra de Maya ter dito que gostava da
lenda da cobra de duas cabeças, então ele pega o livro
novamente e mostra para Maya, convidando-a para lê-lo
juntos e ela aceita, em certa parte do livro, Jonatham vê
que o nome inteiro de Jhon, o adestrador das cobras, na
verdade era Jhon Decker, ele lembra que este nome é o
mesmo de Maya e então pergunta com muita curiosidade
a ela:
-"Maya, sua família tem alguma ligação com Jhon?
Ambos são holandeses, aventureiros e possuem o mesmo
sobrenome."
Maya responde criando certa curiosidade.
-"Jonatham, na verdade eu não sei, este nome vem da
minha mãe e eu nunca a conheci, mas pode ser que sim,
mas veja bem, seu nome é Jonatham e seu apelido Jhon,
como o homem do livro, será uma coincidência
também?"
Os amigos se olham ao mesmo tempo e começam a rir
dessa situação, a mãe de Jhon que estava na cozinha olha
para os dois e se lembra de seu marido quando ainda
estava vivo e na flor da idade.
De manhã, na hora do café, Jonatham começa a pensar sobre
a conversa que teve com Maya sobre ela ter alguma relação
com o autor do livro das cobras e acha que pode ter algo
haver. Jhon questiona Maya:
-"Maya, estava pensando na conversa de ontem e acho que
você pode ter alguma relação com o autor da lenda, você
disse que sua família não gostava da história, Por quê?"
Maya responde com calma:
-"Então Jhon, pelo que eu me lembre, minha família nunca
gostou dessa história, pois, o autor dela é um antepassado
nosso, eu sempre quis descobrir mais sobre esta lenda,
quando nós encontramos aquela tábua no mar, fiquei com
muita esperança de ter algo haver e realmente acho que
tem."
Jonatham diz para Maya para eles estudarem mais sobre tal
assunto, ele também queria saber mais sobre o que havia
acontecido com seu pai.
Certo dia, de tarde, uma visita inesperada aparece na casa de
Jonatham, era a amiga de sua mãe, a que teve seu marido
por uma cobra a anos atrás, ela dizia que precisava de um
lugar para dormir, pois teve que vender sua casa para pagar
algumas contas, a mãe de Jhon aceitou isso e o garoto
também, ele ofereceu um emprego na antiga barraca de
vendas de seu pai, a moça aceitou, mas assim, Maya não
teria um lugar para dormir. De noite, Jonatham perguntou a
Maya se ela iria querer dormir em sua cama, ela aceitou,
pouco antes de deitar, Jhon viu nas costas de Maya, uma
marca que parecia de cobra, ele logo perguntou a ela:
-"Maya, o que é esta marca em sua costas?"
Maya respondeu rapidamente:
-"Que marca? A que parece uma picada de cobra? Todos os
membros da minha família tem essa marca, isso tem
gerações."
Jonatham responde Maya com muita curiosidade:
-"Você não acha que isso tem algo haver com a lenda, é
meio curioso."
Maya respondeu bocejando:
-"Pode ser que sim, vamos dormir logo, depois resolvemos
isso."
Eles foram dormir e Jonatham apenas deitou pensando
curiosamente sobre o assunto, demorando para dormir.
Uma semana após a amiga da mãe de Jonatham começar a
frequentar a casa deles, ela pega uma doença e tem que ficar
de cama, durante essa semana, ninguém comentou sobre a
lenda, mas Jhon ainda estava curioso, como a mãe de
Jonatham era médica, ela examinou sua amiga e descobriu
que ela havia uma doença incurável e que morreria em
alguns anos ou meses. Jonatham após descobrir isso
começou a pensar que todos que chegam perto dele sofrem e
ficou com medo de acontecer o mesmo com Maya.
Um mês após a mulher ter pego a doença ela morreu
inesperadamente, a mãe de Jonatham ficou sem entender por
que ela morreu tão rápido, Jhon começou a sentir certa culpa
por isso, mas, teve certeza que isso aconteceu pelas cobras,
inclusive a morte de seu pai e ele ainda estava curioso para
saber porque a cobra sempre amaldiçoava a vida das pessoas
que ficavam perto dele.
Capítulo 5: A exploração
Certo dia, Jhon decidiu explorar uma floresta que havia
perto de seu vilarejo, ele avisou Maya, mas ela não quis ir e
decidiu ficar em casa com a mãe de Jonatham. Nesta
Pequena viagem ele levou alguns suprimentos suficiente
para uns dois dias. Ele havia montado uma pequena barraca
nessa floresta e isso já longe de seu vilarejo, após isso,
cansado de seu dia, ele foi dormir. De madrugada, Jhon
acorda com alguns barulhos e se assusta, ele abre a barraca
para ver o que era e se depara com alguns lobos a sua frente,
eles não haviam visto Jhon ainda, mas ele estava com medo,
sabia que não iria conseguir detê-los apenas com uma faca,
sendo assim, ele volta para sua barraca e pensa em dormir
novamente, na esperança de os lobos saírem. Ele ficou
deitado por alguns minutos sem conseguir dormir então
começou a olhar para a sombra de sua barraca, ele via os
lobos pela sombra que a lua fazia com sua luz refletida.
Em certo momento, os lobos começaram a se aproximar da
barraca de Jhon, ele começou a ficar com mais medo ainda
por não saber que naquela floresta havia lobos. Jonatham
Oskövìcķt começou a orar para seus deuses para ele se livrar
desta situação, logo após a oração, ele vê uma sombra fina
sendo projetada pela barraca, a sombra começou a atacar os
lobos e de repente então eles sumiram de sua visão, o garoto
foi abrir a barraca para ver o que havia acontecido mas não
tinha nada lá, fora os resquícios da alcateia que estavam o
assustando. Após isso, ele acendeu uma fogueira pois já
estava sem sono e então começou a assar aquela carne e
conservá-la em sal para não estragar até o outro dia, após
comer a carne, ele a guardou e foi dormir, agora sem o peso
de ter uma alcateia próxima a ele.
No outro dia, Jonatham desmontou a barraca e começou a
andar pela floresta, ele avistou alguns animais e comidas
que nunca tinha visto, talvez por ser meio perigoso para os
moradores do vilarejo aquela floresta, ele decidiu levar
algumas dessas coisas para vender em sua barraca de
mercadorias, ele sabia que aquilo iria ser bom para os
negócios da família.
Jhon ficou o dia inteiro explorando a floresta, ele tinha ido
para esta floresta para fazer algumas pesquisas sobre cobras,
mas acabou não encontrando nenhuma, sendo assim, ele
voltou para seu vilarejo, e mostrou as novas mercadorias
para sua mãe, que ficou muito animada e orgulhosa de seu
filho.
Capítulo 6:A sombra pela barraca
Certa noite, ao ir dormir, agora sozinho por não ter mais
visitas em casa, Jhon começa a pensar sobre aquela sombra
que ele havia visto quando foi explorar a floresta, ele se
perguntava o que poderia ser e por que havia salvado ele,
como o garoto pensava muito naquela lenda das cobras, ele
começou a achar que era uma cobra aquela sombra, mas por
que ela salvaria ele de uma alcateia, essa era a dúvida de
Jhon. Depois de chegar a essa conclusão ele foi dormir.
No outro dia, Jonatham decidiu contar a Maya sobre sua
exploração e o que havia acontecido naquela floresta, ela
ignorou os pensamentos de Jonatham sobre a cobra e
começou a se desculpar por não ter ido junto, ela disse que
ele poderia ter até morrido nessa exploração mas ele não
ligou para isso e disse que se acontecesse algo não seria
culpa dela, sendo assim, Maya começou a questionar sobre a
sombra na barraca de Jhon, ambos discutiram por horas o
que poderia ter acontecido e chegaram na conclusão que
realmente foi uma cobra, mas eles continuavam se
perguntando o por que disso.
Depois de muitos dias com aquilo na cabeça, Jonatham
chegou a conclusão de que a sombra na verdade era a parte
maligna da cobra e que ela tinha ido naquele lugar e naquele
momento para salvá-lo e protegê-lo do que poderia
acontecer.
Jhon achava que a cobra havia salvado ele justamente por
ter matado seu pai, a amiga de sua mãe e até o marido dela,
a muitos anos atrás, ele pensava que talvez isso fosse uma
redenção dela ou um pedido de desculpas para Jonatham.
O garoto, quando chegou nessa conclusão decidiu contar
para Maya e para sua mãe, ele levou certo tempo para
explicar sua teoria e quando terminou de falar, a mãe de
Jhon disse: “Jonatham meu querido, a muitos anos desde
que você era criança, você sempre acreditou nessas histórias
e sempre as levou muito a sério, não acha que já é hora de
parar com isso e aceitar o destino, aceitar que isso aconteceu
por que deveria acontecer, que seu pai morreu de uma
doença que não havia cura, que minha amiga também
morreu de uma doença, que o ex-marido dela foi atacado, é
difícil de aceitar isso?”
Jhon inspirou triste e quase desabando em lágrimas, ele
sabia que o que sua mãe havia dito era verdade e que talvez
ele apenas estivesse se prendendo ao seu passado, mas antes
de dizer qualquer coisa, Maya começou a falar.
-“Senhora Heidi, me desculpe te interromper, mas acho que
você está passando dos limites, eu sou uma Decker e meu
nome é muito odiado de onde eu venho, você pode não
acreditar nisso, mas, na minha opinião isso é verdade, afinal,
minha família não seria caçada por tanto tempo assim atoa,
também acho que deveria se desculpar com seu filho, ele
está contando sua história e você começa a falar deste
assunto assim, sendo verdade ou não, cada um leva a sua
vida de forma própria, ele lida com a morte de seu pai assim
e talvez assim ele descubra o que realmente aconteceu com
ele.”
Após essa conversa, Heidi, a mãe de Jhon, se desculpou
com ele e ambos foram para seus quartos pois já estava
anoitecendo.
Capítulo 7: O livro de Jhon
Jonatam após aquela briga, foi para seu quarto dormir, ele
estava pensativo sobre o assunto e sobre o que a mãe dele
havia dito, logo após fechar a porta, Jhon escuta um toque
nela, ele abre e vê Maya, ele abraça ela logo em seguida e a
agradece por tê-lo defendido, ela retribui e pergunta se
poderiam dormir juntos, ele aceita envergonhado. Durante a
noite, ainda acordada, Maya pergunta se Jhon estava
dormindo, ele diz que não e então ela começa a ter uma
ideia e diz para ele:
-”Então Jhon, como você sabe, eu sou da família do homem
que escreveu o livro das cobras e você também tem certa
ligação com isso, sei que pode parecer loucura, mas e se nós
criássemos uma continuação para aquele livro?”
Jhon responde animado e em dúvida: “Como assim, você
está dizendo para nós continuarmos a história de Jhon
Decker, o homem que foi caçado e jogado num barco para
morrer, acho que terei que aceitar, mas você terá que me
ajudar.”
Após essa conversa, eles ficaram se olhando por algum
tempo, como se houvesse alguma coisa ali, Maya se sentiu
envergonhada, então ela virou para o lado e foi dormir, Jhon
ficou abraçado nela e eles dormiram assim.
No outro dia, quando eles levantaram e foram a cozinha, a
mâe de Jonatham se desculpou com ele pelo outro dia, o
garoto aceitou e sente que ela estava apenas soltando seus
sentimentos. Maya contou sua ideia de continuar o livro das
cobras com Jhon e Heidi aceitou, ela nunca havia lido o
livro e sabia poucas coisas fora o que seu filho falava, a
mulher achou que isso seria bom para os garotos, pois eles
não faziam muitas coisas juntos no ponto de vista dela.
Após o café da manhã, Jhon foi trabalhar em sua barraca e
Maya quis ir junto em vez de ficar em casa com Heidi, eles
dividiam o trabalho na barraca indo um em cada dia.
Maya estava muito ansiosa e queria escrever logo, Jhon
tentou acalmá-la mas não conseguiu, eles seguiram o dia
trabalhando juntos.
Perto de anoitecer, Jhon e Maya voltaram para a casa, Jhon
falou que iria arrumar um lugar para eles escreverem o tal
livro enquanto Maya conversava com Heidi.
Após arrumar as coisas para escrever, Jhon chamou Maya e
ela deu boa noite para Heidi, ela foi para o quarto e
empolgada já começou a escrever. Eles ficaram a noite
inteira conversando e tendo ideias para o livro.
Havia se passado um mês desde que Maya e Jhon haviam
começado a escrever o livro, Jhon tinha ido para sua barraca
para trabalhar, em certo momento, um amigo de Jhon de
longa data apareceu em sua barraca, eles se conversavam ás
vezes, o garoto se chamava Derik, como fazia um certo
tempo que eles não se viam, os garotos se abraçaram e
começaram a contar um pouco de suas vidas, enquanto isso
Maya estava escrevendo animada o livro, Derik perguntou
sobre Maya para Jhon e sobre a relação deles, Jhon
respondeu: “Sinceramente, acho que nós somos apenas
amigos, ou você acha que tem alguma coisa a mais?” Derik
disse que eles pareciam um casal, talvez pela forma como se
conheceram, após a conversa deles, Derik foi embora,
brincando com Jonatham ele disse: “Boa sorte com a sua
suposta amiga Jhon, boa sorte.” Jhon tentou entender o que
significava aquilo, sem entender ele apenas deu risada.
Após Derik ir embora Jonatham começou a ficar pensativo
sobre aquilo, quando ele percebeu que já estava anoitecendo
ele começou a se arrumar para ir para sua casa. Chegando
em casa, Jhon foi a mesa com sua mãe e Maya, a garota
falou bastante sobre o livro pois estava muito animada, ela
sabia exatamente como escrever, Jhon não disse nada sobre
o que ele estava pensando e decidiu guardar para si. Após a
janta, a mãe de Jonatham se despediu e eles foram para o
quarto, Jhon sentou-se ao lado de Maya que já estava o dia
inteiro escrevendo, como ela estava cansada, acabou
dormindo, para não deitar na tinta Jhon a deitou em sua
perna, como ela estava dizendo o que iria escrever, o garoto
apenas seguiu o raciocínio de Maya, depois de algumas
horas escrevendo Jhon decidiu se deitar e levou Maya
silenciosamente para a cama e apagou a vela, Heidi havia
acordado para tomar água e viu a porta aberta, ela viu Jhon
carregando Maya e sentiu saudades de seu passado com o
pai de Jonatham que agora estava descansando.
Jhon e Maya já estavam escrevendo o livro por um total de 1
ano e meio, eles deram uma revisada no livro e como estava
perto do aniversário do pai de Jonatham, ele decidiu
publicá-lo no dia do aniversário de seu pai, o nome do livro
era “Levenendood – Capítulo II”. Eles esperaram até o
aniversário do pai de Jhon e publicaram o livro, em menos
de uma semana o livro já tinha sido publicado em toda a
holanda e Maya estava muito feliz por ter conseguido tal
feito, Jhon ainda pensava na relação dos dois.
Capítulo 8:A barraca de vendas
Certo dia, Jhon foi montar a barraca de vendas, Maya tinha
ido junto, era o primeiro dia que eles estavam abrindo a
barraca, Jhon nunca havia visto ela tão cheia desde o dia que
o marido da amiga de sua mãe foi atacado, como muitos
moradores do vilarejo já conheciam Jhon desde criança e
Maya desde que ela chegou, eles queriam saber o que o
garoto havia publicado, como ele também tinha novas
mercadorias nunca antes vistas no vilarejo, os moradores
vieram aos montes para saber o que eram aquelas coisas
estranhas, Maya estava assustada e Jhon feliz, até então
ninguém havia contado sobre o livro, aquele dia e aquela
semana foi a mais cheia dos últimos anos para a família de
Jhon, quando Heidi olhou pela janela ela se orgulhou de seu
filho.
Algumas semanas após a publicação do livro e após
algumas pessoas terem lido ele, as pessoas começaram a
aparecer na barraca de Jhon o elogiando pela ótima leitura
que eles tiveram, o garoto também deu créditos para Maya
que havia sido a grande inventora da história, alguns
senhores de idade chegaram em Jhon falando que o livro
havia sido ótimo para seus netos e que aquela havia sido
uma ótima ficção, as pessoas achavam que aquilo era um
livro de histórias de ficção, pois, quando Jonatham ainda era
criança, o garoto amava histórias imaginárias, sendo assim,
os moradores, começaram a achar que aquela também seria
uma história infantil e de ficção, ele aceitou isso, até por que
era apenas um livro e como as pessoas estavam comprando
e gostando, ele não se importou.
Certo dia, Maya tinha ido fazer compras para a casa, ela viu
que tinham muitas pessoas na rua então decidiu subir
encima de uma pedra e gritou para todos muito revoltada:
“Olá, espero que todos estejam escutando o que vou falar, o
livro que eu fiz junta de Jonatham é baseado em fatos reais,
eu sou da família do homem que escreveu o livro original e
todas as histórias que possuem naquele livro são
verdadeiras.” As pessoas que estavam em volta se
impressionaram e até Jonatham e Heidi viram o que estava
acontecendo de suas janelas, eles foram em direção a Maya
para parar a garota mas ela já havia descido da pedra.
Chegando em casa, Jhon perguntou o que tinha acontecido
com Maya para ela agir daquele jeito, ela disse que não
aceitaria aquilo, até porque tudo o que ela viveu e passou e
até o que Jhon passou não foi à toa, ela arriscou a vida dela
em muitos momentos para as pessoas acharem que era uma
mentira. Jonatham entendia como ela se sentia mas não
havia muito o que fazer, ele tentou acalmá-la dizendo que
suas histórias eram tão incríveis a ponto de parecerem
mentira, ela deu um sorriso mas começou a chorar. Maya
sabia que o único que a entendia era Jhon, ela foi para o
quarto dele e começou a chorar, Jonatham a seguiu para
consolar a garota, ela ficou horas desabafando e falando
sobre seu sonho, que era escrever um livro, ainda mais
aquele, que possuía a história de seus antepassados, o garoto
foi um bom ouvinte, e a ajudou com o que precisava, ela se
sentiu feliz e ainda chorando começou a olhar o garoto com
amor, eles se beijaram e foram dormir, Jonatham estava se
sentindo feliz com aquilo mas também estava com pena da
garota, ela estava confusa e sem saber o que pensar.
Um dia depois, muitas pessoas começaram a gritar com
Jonatham e bater na porta de Heidi, eles não gostaram do
jeito que a garota agiu, ainda mais por ter falado da história
de Jhon Decker e que era de sua família, Jhon foi correndo
para sua casa e entrou nela por trás sem ninguém, era como
um inchame, ele subiu para o segundo andar e pela janela de
seu quarto ele começou a defender Maya e suas histórias,
isso até alguém jogar uma pedra e acertar Jonatham, Heidi
vê isso e vai para a janela de Jhon, todos do vilarejo
conheciam a mulher e seu ex-marido, ela deu um grito que
calou a todos, dizendo em voz alta: “Calem a boca, estou
descendo.” Todos se assustaram com o poderoso grito da
mulher, Heidi desceu as escadas e abriu a porta de sua casa,
todos se afastaram e deram espaço para ela falar, ela
começou a dizer para os moradores terem respeito, que
aquilo que havia no livro era um fato e que quem não
quisesse acreditar não precisava, ela foi fria em suas
palavras e chegou assustar algumas, depois de alguns
minutos falando, todos foram embora e se desculparam com
a mulher.
Algumas horas depois, Jhon já estava bem, ele havia sofrido
um leve desmaio mas já estava recuperado, Maya neste
tempo todo ficou apenas escutando o que estava
acontecendo, ela chamou Jonatham e Heidi para se
desculpar, ela sentia culpa pelos ferimentos de Jhon mas
Heidi a perdoou como se fosse uma filha, o garoto também a
perdoou por gostar da garota, eles achavam que seriam
levados de barco assim como Jhon Decker, passaram-se
alguns minutos e os dois amigos já estavam rindo da
situação.
Já de noite, Jhon chama Maya e com calma ele acende
algumas velas e se ajoelha diante de Maya, dizendo: “Maya,
você quer se casar comigo?” A garota estava assustada mas
aceitou, ela sentia algo por ele desde ela a curou no barco
quando Jhon estava capturado, Jonatham decidiu perguntar
isso a ela pois sabia que a amava, eles sorriram em silêncio
e se beijaram, o casal foi dormir mas nenhum dos dois
estavam prontos para descansar após esse acontecimento.
Capítulo 9: O sequestro
Na mesma noite em que Jonatham pediu Maya em
casamento, de madrugada, um grupo de rebeldes que não
apoiavam o livro de Decker invadiram a casa de Heidi e do
casal e raptaram o casal, eles usaram um spray que tinha
desmaiado o casal e o levaram para a floresta.
De manhã, após algumas horas caminhando, o grupo
encontrou um lugar propício para deixar o casal, eles sabiam
que a partir dali eles não conseguiriam voltar e assim
morreriam de fome ou por algum animal, como o grupo
havia caminhado por muito tempo, eles decidiram fazer uma
fogueira e comer ali, Maya estava despertando mas não
estava muito acordada, apenas o suficiente para perceber o
que estava acontecendo, ela tentou acordar Jhon em silêncio
mas ele acordou muito feliz e animado, o grupo percebeu
isso rapidamente, Jonatham estava dizendo em voz baixa:
“Onde eu estou? Quem são vocês? Você me parece
familiar?” o grupo perceveu e começou a falar que eles não
aceitavam a história e o livro de Jhon e Maya e então
deixariam eles ali para morrer, Maya viu que teria que fazer
algo então se levantou, Jhon não estava muito acordado e
nem entendendo o que estava acontecendo, a garota tentou
desviar e atacar um dos rebeldes mas não conseguiu, eles a
capturaram, o garoto viu o que estava acontecendo e logo
despertou, ele disse: “O que vocês estão fazendo, soltem
minha noiva.” um dos integrantes retirou sua mascara e
disse: “Então você me escutou e deu um passo a frente Jhon,
vocês vão se casar então, parabéns.” Jhon quando
reconheceu quem era disse assustado: “Derik, é você?” O
homem respondeu que sim e Jonatham se viu decepcionado
e sem chão, eles estavam perto de uma cachoeira e o garoto
não pensava em nada além de que era seu fim e que não
poderia se casar com a mulher que ele amava. Naquele
momento, todos ficaram quietos e o único barulho que se
escutava era o da cachoeira que havia atrás de Jhon, o garoto
estava em choque e Maya olhava para seu noivo com medo
e desespero, até que de repente, Jonatham e Maya começam
a escutar um barulho, em alguns segundos começaram a
surgir cobras de toda parte em volta da cachoeira, elas
começaram a atacar os rebeldes, o grupo não conseguiu se
mover a tempo.
As cobras que apareciam atrás de Jhon formavam uma cena
linda aos olhos de Maya, ela se sentiu mais segura e o seu
medo acabou.
Após as cobras atacarem os rebeldes, uma delas foi em
direção a Maya, o garoto se assustou mas não deu tempo de
segurá-la, ela sentiu uma leve mordida que passou em algum
tempo, em poucos segundos seus ferimentos causados pelos
rebeldes haviam sumido e ela já estava bem, Jonatham
agradeceu a seus deuses, mas apenas em seus pensamentos.
De alguma forma, as cobras sabiam o caminho da casa e do
vilarejo, elas guiaram o casal de volta para casa em
segurança e o grupo de rebeldes ficou jogado lá, Jhon e
Maya chegaram em casa já de noite. Quando Heidi os viu
ela se preocupou, queria saber o que havia acontecido, o
casal disse o que aconteceu e a mãe de Jhon ficou assustada,
ela achava que eles apenas tinham acordado mais cedo e
saído de casa, mas ela estava errada.
Um pouco mais tarde, ainda no mesmo dia, Maya disse a
Jonatham que estava com algumas dores e que teria que
dormir em outro quarto, Jonatham disse para ela procurar
sua mãe que poderia remediá-la, ela já sentia aquela dor
desde cedo mas, mesmo a mordida das cobras que haviam
curado ela não fizeram essa dor parar, Heidi deu alguns
remédios para Maya e ela disse que poderia estar grávida,
elas ficaram algumas horas conversando sobre isso, Jhon
queria saber o que havia acontecido, ele estava perto de sua
porta escutando o que estava acontecendo, ele estava com
medo de ser pai mas ao mesmo tempo estava feliz, Heidi
não sabia que eles iriam se casar então perguntou o que
aconteceria, ela sabia que ambos estavam prontos para ter
um filho, ela achava que isso poderia explicar a troca de
emoções que deixou Maya com raiva sobre o livro, a garota
disse que eles iriam se casar em breve.
Capítulo 10:Os nove meses do bebê
Após aquela noite, Maya e Heidi decidiram não contar para
Jonatham sobre a possível gravidez por alguns meses, elas
acharam melhor esperar para poder criar uma surpresa e não
ter tanto desespero da parte de Jhon, naquele momento,
todos do vilarejo estavam do lado de Jhonatham e sua
família, os únicos que estavam contra eles era o grupo de
rebeldes, que foi delatado para a cidade, eles foram presos e
portanto não conseguiriam causar mais nenhum problema
para a vila naquele momento.
Enquanto isso, o garoto Oskövìcķt estava trabalhando em
sua barraca, neste momento Heidi e Maya estavam
discutindo sobre qual poderia ser o nome do bebê, as duas
estavam muito animadas pois virariam mãe e avó, Heidi
queria ter uma neta enquanto Maya queria ter uma garota,
elas conversavam muito felizes com isso.
Maya dizia animada: “Olha se o bebê for um garoto gostaria
que seu nome fosse ‘Aiden’ ou ‘Noah’, é tão bonito, será
que Jhon concordaria.”
Heidi a respondeu positivamente: “Olha, acho que ele
aceitaria sim, um nome feminino bonito poderia ser ‘Moon’,
tem um significado.”
Maya concordou e escutou alguns barulhos na porta, era
Jonatham que estava cansado e com fome, Heidi logo foi
preparar a comida, o garoto disse: “Maya, terei que ir para a
floresta de novo eu acho, o público gostou muito dos novos
produtos e já está acabando, você vem comigo.”
Maya disse que não poderia ir e que ainda estava com
algumas dores, Heidi logo cortou a fala de Jhon e disse:
“Jonatham, meu garoto, eu poderia ir com você, uma
viagem de mãe e filho, faz tanto tempo que não fazemos
isso.”
Jhon achou estranho ela dizer isso por sua idade e por ser
perigoso mas aceitou mesmo assim, quando era criança, os
dois juntos de seu pai sempre saiam para a floresta acampar,
Jhon apenas disse para Heidi se cuidar, aquele dia foi calmo
e não aconteceu muitas coisas mas mesmo assim Maya
estava com o seu coração animado, ela não se sentia assim
desde suas viagens pelo mar, ela sentia animação por não
saber o que iria acontecer, por ser uma aventura e agora ela
sente o mesmo.
No outro dia, de manhã, a mãe de Jonatham o acordou bem
cedo e o fez se arrumar para ir para a floresta, Maya estava
dormindo em outro cômodo naquele momento, eles saíram
de casa sem nem acordar Maya, Heidi estava feliz por estar
com seu filho depois de tanto tempo e o garoto também,
aquele foi um dia calmo e eles exploraram bastante a
floresta e voltaram ao fim do dia, aquele foi um ótimo dia
para os Oskövìcķt e para Maya também, que conseguiu
organizar seus sentimentos sobre o que estava acontecendo.
Certo dia, em que Jhon havia ido para a barraca, Maya e
Heidi decidiram ir para uma parteira médica para saber se
Maya estava realmente grávida, como Heidi não era
parteira, não entendia sobre esse assunto mas a mulher disse
que Maya estava realmente grávida e que estava de alguns
meses ou semanas e que ainda demoraria para o bebê nascer.
Alguns meses depois, mais precisamente 3 meses, Maya já
estava com sua barriga grande e decidiu ir à parteira de
novo, dessa vez ela foi sem a companhia de Heidi, Maya
sabia que naquela consulta ela descobriria o gênero do bebê
e estava ansiosa para ser um garoto, ela também amaria se
fosse uma garota, chegando na médica. Ela disse que talvez
ainda estivesse cedo para saber o gênero do bebê mas que
em uns 5 meses daria para ter certeza, ela tentou examinar
Maya mas não conseguiu ter certeza, sendo assim, Decker
agradeceu a consulta e foi embora.
Já de noite, Maya quis ir dormir com Jhon novamente, ele
estava com dúvida sobre suas dores, o garoto iria perguntar
o que estava acontecendo e estava na dúvida se a sua noiva
estava grávida, Maya não deixou Jhon falar e quase gritou
que estava grávida e por isso tinha dores, ela estava muito
animada por isso e Jhon ficou sem reação, ele não tinha o
que dizer e começou a ficar avermelhado, Maya
interrompeu seu noivo novamente dizendo que o casamento
deles poderia ser quando o bebê nascesse, quando o garoto
escutou isso, ele pensou no que falar, ele concordou com
Maya e também perguntou quando o bebê nasceria e se já
tinha nomes em mente. Decker disse que tinha ido na
parteira naquele mesmo dia e que Heidi já sabia disso, ela
disse que o bebê nasceria em uns quatro ou cinco meses, a
garota disse os nomes que tinha em mente junto com Heidi e
ele simplesmente aceitou, o garoto ficou muito feliz com sua
noiva e a abraçou, após isso eles foram dormir.
Os meses passaram muito rápido e todos da família estavam
animados, aquele já era o mês oito do bebê, Maya decidiu ir
com Jhon e Heidi para a parteira para ter mais detalhes.
Chegando lá, a mulher disse que o bebê nasceria em uma
semana, ela ficou espantada quando estava examinando a
barriga de Maya, pois, sentiu dois toques nela, a médica
chegou a conclusão de que seriam gêmeos, um garoto e uma
garota, a família ficou muito feliz e animada, eles
agradeceram a parteira e foram embora. Ela sabia que Jhon
e Maya haviam escrito o livro das cobras então pediu uma
cópia a eles para presentear seu filho pequeno, ela disse que
as histórias que ouviu do livro são incríveis e que seu filho
amaria, a garota então deu uma cópia do livro para a parteira
pelo seu ótimo trabalho nos últimos meses.
Naquela última semana, Maya estava indo à parteira todo
dia para ter mais cuidados, até que um dia ela começou a
sentir dores, Heidi gritou pelo nome de Jhon e levou ambos
para a médica, ela estava sofrendo muito até chegar lá,
quando eles chegaram na parteira, ela se animou pois sabia
que o bebê estava nascendo, o processo de retirada do bebê
foi de uma hora, o garoto Oskövìcķt nunca havia visto
aquilo então não sabia o que pensar, ele apenas se animou
pois sabia que estava virando pai.
Os bebês nasceram e a decisão dos nomes ficou com Jhon,
ele decidiu que o garoto se chamaria “Aiden Oskövìcķt” em
homenagem a seu pai e a garota se chamaria “Moon
Decker” em homenagem a sua mãe que havia escolhido e a
Maya pelo sobrenome.
Capítulo 11:O casamento
Alguns meses após os bebês terem nascido, já com uns 6
meses de idade, Jonatham decidiu festejar e declarar o
casamento com Maya, como o vilarejo não era tão grande e
todos lá conheciam Jonatham, eles fizeram uma grande festa
com todos da vila, todo mundo levou presentes e Heidi a
mãe de Jhon estava muito orgulhosa, Maya ficou muito feliz
e recebeu muitos elogios pelo seu vestido de noiva, ele
possuía um grande véu e vários detalhes que relembravam-
na de sua vida de aventuras.
Aquele foi um dia incrível para todos da vila,
principalmente para o casal, após essa festa, todos foram
para casa e como Jhon e Maya estavam cansados, Heidi
decidiu cuidar dos bebês, ela se sentiu muito confortável
cuidando deles pois fazia muito tempo que ela não via ou
segurava um bebê no colo e naquela ocasião haviam dois,
ela estava muito feliz por seu filho e a esposa dele.
Jonatham com tudo o que havia acontecido nos últimos
meses estava quase se esquecendo sobre a história das
cobras mas, por algum motivo, aquilo sempre voltava para
ele. Certo dia, uns dois meses após o casamento, Maya foi a
barraca para trabalhar pois aquele era o dia dela, Jonatham
se convidou para ir com ela e a garota aceitou, o garoto
disse que precisava arrumar alguns detalhes na barraca para
deixá-la mais bonita para os clientes que sempre apareciam
lá pelos seus itens diferentes dos demais, Jhon levou alguns
baldes de tintas e pintou na barraca a frase “Loja dos
Oskövìcķt”, ele achava que deveria marcar um nome na
barraca para se diferenciar mais ainda dos outros. Durante a
tarde, uma garotinha apareceu na loja para comprar carne,
ela dizia: “Olá sr. e sra. Oskövìcķt, minha mãe me pediu
para comprar carne aqui, ela falou que a carne daqui é a
melhor da vila, quanto vai ficar?” Maya se emocionou por
ser chamada de Oskövìcķt, algo que ainda não havia
acontecido, eles venderam a carne para a garotinha e Maya
começou a pensar se sua filha seria assim também, ela se
importava muito com pequenos detalhes de gentileza e sabia
que tinha que ensinar aquilo a seus filhos.
Aquele dia tinha sido bom para Maya e para Jhon também
pois ele conseguiu deixar uma marca em sua barraca, ele
acreditava que aquilo traria mais clientes.
Os meses se passaram e os bebês cresciam, o casal se
impressionava no quão rápido eles cresciam. Certo dia, um
homem chegou a vila e algumas pessoas o receberam, ele
falava que estava ali para encontrar uma pessoa, o homem
estava em um pequeno barco de madeira que estava aos
pedaços, suas roupas também estavam sujas e velhas, as
pessoas do vilarejo logo foram acolhê-lo pois estavam
preocupadas com sua situação, a garotinha que havia
chamado Maya de “senhora Oskövìcķt” o levou até sua mãe
pois ela era uma das médicas da vila, quando a garota
chegou com o homem em casa a mãe dela se assustou, o
homem explicou o havia acontecido.
O homem estranho e com roupas acabadas dizia se chamar
Jake, ele disse que era da costa oeste da Holanda e também
que tinha 24 anos ou 25, mas não sabia ao certo pois não
tinha um calendário a algum tempo, a moça que o acolheu
se chamava Joanne, ela tinha 29 anos e era viúva, ela
mostrou o calendário e deu algumas roupas para ele, Jake
ficou alegre e agradeceu pelas roupas. O caso de Jake
chamou atenção do vilarejo, Maya e Jonatham também
ficaram sabendo, eles não quiseram se meter nesse assunto
pois já tinham filhos para cuidar, aquilo poderia atrapalhar o
casal, Jhon também tinha certo medo disso machucar seus
filhos, ele estava tentando ser menos aventureiro e mais
cuidadoso.
Alguns dias após o furdúncio passar, Jake bateu à porta de
Heidi, ele disse que precisava encontrar Maya, Heidi
perguntou o porquê disso, ele não respondeu e apenas disse
que era importante, quando Maya estava passando pela
cozinha, Jake viu e foi em direção a ela, Jhon estava perto
dela e viu o que aconteceria, ele pulou encima de Jake que
estava correndo para cima de Decker, eles se derrubaram e
começaram a brigar, nenhum dos dois queriam aquilo, mas,
ao mesmo tempo, ambos achavam que estavam fazendo o
certo. Depois de algum tempo, eles foram separados,
nenhum dos dois estavam muito machucados, apenas
algumas marcas, Jake demorou um pouco para explicar o
que estava acontecendo, o marido de Decker estava com
raiva do homem que estava ali por ter avançado em sua
mulher, ele nunca havia atacado alguém daquela forma,
ainda mais para defender alguém. Maya ficou apenas
observando aquilo, muito confusa e assustada, ela apenas
esperou para saber o que aconteceria.
O homem disse para Heidi e para o casal tentando se
explicar: “Opa, me desculpem pelo inconveniente que
aconteceu aqui, meu nome é Jake Decker e eu sou um
possível irmão gêmeo de Maya Decker, após vocês
lançarem o livro de vocês eu tive mais certeza sobre isso
mas tinha que ter certeza e então apareci aqui, desde que eu
era bebê eu vivi com minha mãe, achava que eu não tinha
nenhuma irmã até ver este livro, minha, ou melhor, nossa
mãe, ela se foi tem uns dois ou três anos.”
Maya se impressionou com o que o garoto havia dito, ela
achava que sua mãe havia morrido a muito tempo e que não
tinha ninguém de sua família viva, ela se negou a acreditar
naquilo. Após algumas horas falando desta situação, Jake
conseguiu provar a verdade, ele dizia também que havia ido
de barco para muitos outros países, esperando encontrar
Maya, pois, pouco antes de morrer, a mãe de Jake disse que
ele tinha uma irmã que havia ido se aventurar em outros
lugares, ele não sabia como ela tinha essas informações mas
apenas aceitou, ele disse que ela morreu de uma doença
inesperada, o irmão de Maya falou que apenas seguiu um
caminho esperando encontrar sua irmã, até que naquele
momento ele realmente encontrou.
Capítulo 12:O irmão de Maya
Alguns dias se passaram depois do acontecido e Jonatham
ainda estava muito confuso e suspeitando de Jake, sua
esposa disse para ele se acalmar, Maya não queria
preocupações, ainda mais com as crianças perto, ela apenas
se deixou levar pelo que acontecia.
Jonatham não queria que o convidado dormisse lá, ele tinha
medo de algo acontecer e então mandou ele procurar outro
lugar, Heidi e Maya concordaram pois já não havia muitos
lugares disponíveis em casa. Jake aceitou essa decisão e
entendeu os motivos, ele decidiu perguntar a Joanne, a
médica da vila, se ele poderia ficar lá algum tempo, a moça
aceitou.
Joanne era uma viúva de 29 anos, ela era ruiva, com
algumas sardas no rosto, perdeu seu marido alguns anos
depois do parto de sua filha, que possuí 6 anos, ela teve que
se virar sozinha por muito tempo e conseguiu sustentar sua
família, um dos motivos é que ela era bem influente no
vilarejo por ser médica.
Já havia quase uma semana e meia que Jake havia chegado
na vila e não estava tendo muito contato com sua suposta
irmã pois não sabia o que falar e não queria outra briga, ele
já estava quase se adaptando ao lugar, ao longo dos dias em
que ele passou na casa de Joanne, eles fortaleceram uma boa
amizade.
Certo dia, umas duas semanas após Jake chegar no vilarejo,
Ana, a filha de Joanne, pediu para Jake ir com ela até a
barraca de vendas, que ele não sabia, mas era de Jhon, ele
encontrou o garoto lá, ele estava com seus filhos e sua
esposa que estavam passando por lá e resolveram ficar.
Quando Jonatham avistou Jake, ele ficou com certo
sentimento de raiva, mas não fez nada por sua família e Ana
estarem ali perto.
Quando Jake se aproximou, disse a Jhon: “Olá, como vai?
Desculpe-me pelo inconveniente do outro dia, eu só queria
resolver as coisas, mas me precipitei demais, posso
conversar com Maya sobre isso? Sem causar nenhum
problema desta vez.”
Jonatham, com certo receio, o respondeu: “Boa tarde, tudo
bem, acho que me precipitei também, acho que nós
deveríamos resolver isto sim, mas estou trabalhando agora,
vocês podem ir lá pra casa resolverem o que for necessário,
as crianças ficam aqui comigo, sei que é algo pessoal e
minha mulher pediu que eu confiasse em você, vão lá, boa
sorte.”
Após esse diálogo, Jake apenas terminou as compras com
Ana e a levou para casa em segurança, depois disso ele foi
até a casa de Jhon para conversar com Maya, ele sentia que
tinha que dizer tudo o que sabia sobre sua família, pois sua
irmã não cresceu com ela e era necessário que ela soubesse
de seu passado.
Já em casa, Maya perguntou a Jake qual era verdade e o que
ele realmente queria saber ou falar, ele disse que falar
algumas coisas sobre a família deles, Maya disse que
realmente queria saber o que era e então aceitou escutar.
Jake disse com bastante seriedade e um pouco de
familiaridade em seu rosto: “Maya, eu realmente sou seu
irmão, quando você era bem pequena foi levada para adoção
pois nossa família não tinha condições e como eu era o
homem, fui escolhido. Realmente nossos pais partiram cedo,
pelo menos o nosso pai, ele se foi quando eu tinha uns 4
anos de idade, assim, ficando apenas eu e nossa mãe.”
Maya interrompeu Jake muito curiosa e cheia de dúvidas,
dizendo: “Espera, você disse que era da Holanda, da costa
oeste, certo? Como nós nunca se encontramos?”
Jake pediu que Maya se acalmasse e começou explicar:
“Maya, se acalme que vou explicar tudo, depois da morte de
nosso pai, Emma, a nossa mãe, decidiu se aventurar pelo
mundo, descobrir coisas novas e ocupar sua cabeça, ela
sempre me levava pois não tinha onde eu ficar, sendo assim
nós explorávamos toda essa costa e alguns outros países.
Emma pediu que a família que te adotasse nunca falasse
sobre ela, nossa mãe não queria que você soubesse dela,
tanto por medo de você se machucar tentando nos achar,
quanto por decepção de não ter conseguido cuidar de você.
Pelo visto essa coisa de aventureira estava no sangue.”
Maya demorou entender que foi adotada, sua família morreu
muito cedo devido a uma doença em seu vilarejo, ela tinha
apenas 8 anos, Jake dicou meio triste ouvindo isso pois
sabia que tinha uma irmã que passou tanto tempo com
dificuldades e não pôde ajudar antes, ela apenas agradeceu a
preocupação. Desde os 8 anos, Maya, teve que se virar,
nessa época sua mãe já estava muito longe do vilarejo e por
isso nunca a conheceu, ela se virou sempre sozinha e por
isso é tão estudada, Jake disse que se orgulhava de ter uma
irmã inteligente e que seguia os passos da mãe, A garota
Decker também ser orgulhou quando soube que Jake tinha
vindo por causa do livro, isso significava que ele estava
sendo um sucesso pelo país.
O irmão de Maya disse que leu seu livro, pois em algumas
de suas viagens com Emma, ela lia algumas histórias para
ele, e como viajavam muito, ele sempre escutava histórias
assim, este livro o trouxe lembranças e dúvidas, ainda mais
depois das histórias contadas nele, depois de dizer isso, Jake
é que estava confuso na situação, querendo saber o que
Maya fez em todo esse tempo se aventurando.
Maya contou algumas de suas aventuras e histórias para
Jake, ela ficou até tarde contando, a mulher com o tempo
começou a sentir mais confiança e familiaridade com Jake,
eles conversaram até Jhon chegar. Quando Jhon chegou, eles
explicaram um pouco da situação e ele entendeu e se sentiu
feliz por sua esposa ter encontrado alguém de sua família.
Algumas horas depois, Jake se despediu, todo o conflito
havia sido resolvido, o irmão de Maya foi para casa de
Joanne, como ele estava lá a um bom tempo, ela já sabia o
que estrava acontecendo, sendo assim, ela perguntou como
tinha sido sua conversa e seu dia e ele respondeu e contou o
que aconteceu.
Já estava um pouco tarde e Jake nem havia jantado, mas se
preocupou em incomodar Joanne e apenas agradeceu a
família pela estadia que estava tendo, Ana perguntou se ele
estava conseguindo dormir bem, pois ele dormia no sofá da
casa, ele disse que sim com vergonha e Joanne logo o
convidou para dormirem no mesmo quarto, ele aceitou com
um pouco de timidez, assim, eles foram dormir.
Já no outro dia, Joanne acordou bem cedo e preparou o café
da manhã, ela até o trouxe na cama para Jake que estava
bem cansado, ela parecia começar a sentir algo pelo garoto
aventureiro, ele acordou e agradeceu, mas ainda sentia um
pouco de vergonha por estar naquela casa sem conhecer
ninguém, mas conseguiu se soltar aos poucos.
No passado, Jake se aventurava muito com sua mãe, isso o
fez aprender algumas coisas básicas de sobrevivência, como
medicina ou caça. Pouco antes de Joanne sair para trabalhar,
ele pergunta se poderia ajudar no trabalho, falando sobre
suas habilidades, ela se impressiona por ele saber certas
coisas e deixa, ao longo do dia, Jake procura saber sobre
algumas coisas e até pede um livro de medicina, pois já que
iria trabalhar com Joanne, ele necessitária de mais
conhecimento. Como Joanne era médica, coonhecia Heidi,
que também era uma enfermeira, ela a recomendou para
Jake, pois sabia que já a conhecia.
Após sair do trabalho com Joanne, ele se direcionou para
casa de Jhonatam, a própria mãe de Jhon o atende, pois o
casal estava desmontando a barraca de vendas e indo para
casa, Jake pede alguns livros emprestados e fala que Joanne
recomendou, ele também pede alguns conhecimentos e até
treinamentos se possível, Heidi aceita sem remorso algum.
Quando Jake foi pegar alguns livros, Jhon chegou e não
entendeu o que estava acontecendo, ele achou que não veria
mais Jake por enquanto, o garoto explicou o motivo de ter
ido à casa dele, Jonatham entendeu e aceitou, ele já estava
em paz com a situação, Heidi até aceitou ensinar alguns
conhecimentos para Jake quando ele quisesse, ela também
disse que ajudou bastante Joanne no começo de sua carreira,
disse que a garota precisava de ajuda e concordou em
ensinar algumas coisas da medicina para ela poder
sobreviver e sustentar sua filha. Depois de tudo o que
aconteceu, Jake chegou em casa feliz, e já estava sentindo
que possuía um lar de novo.
Pouco antes de dormir, Joanne agradeceu a Jake por ter
ajudado ela em seu trabalho e por nos últimos dias ter
ajudado a cuidar também de Ana. O garoto estava feliz,
tinha concluído seu objetivo e estava se sentindo bem por
ajudar a família que havia lhe acolhido.
Capítulo 13: Tragédia atrás de Tragédia
Alguns dias se passaram e Heidi continuava ensinando a
Jake algumas coisas sobre medicina, Jhon e Maya
continuavam trabalhando em sua barraca e Aiden e Moon,
os filhos do casal continuavam crescendo sem parar.
Aiden Oskövìcķt e Moon Decker eram irmãos gêmeos, e
sempre estavam juntos, em hipótese alguma se separavam,
eles sempre ajudavam um ao outro e possuíam amor imenso
pelos pais, Moon era uma criança de cabelos ondulados,
meio ruivo e meio castanho, de certa forma um tom
alaranjado, Aiden já tinha uma personalidade diferente, o
cabelo dele era ralo e liso, bem preto e escuro, de um jeito
bem formal, mas uma coisa os gêmeos tinham em comum,
os dois tinham sangue de aventureiros nas veias, e também
tinha algo peculiar, os dois tinham uma marca no braço,
Aiden tinha uma marca de nascença no braço esquerdo e
Moon no direito, mas é algo comum, ainda mais em quem
dividiu o mesmo lugar por muito tempo, as condições eram
as mesmas e ambos estavam sempre nos mesmos lugares.
Ana, a filha de Joanne, era mais velha que os filhos do casal
Oskövìcķt, ela era uma garotinha muito esperta, tinhas
cabelos completamente lisos e bem ruivos, num tom forte,
diferente de Aiden e Moon, Ana não se aventurava muito,
pelo contrário, preferia ficar com sua mãe, era a pessoa que
ela mais tinha convivido e que tinha mais carinho também.
Certo dia, Ana saiu para comprar algumas coisas para casa,
ela queria fazer comida, para que quando Joanne e Jake
chegassem, tudo estivesse pronto, ela já sabia se virar,
aprendeu com sua mãe desde bem cedo, sendo assim ela
saiu e foi para loja de Jonatham. Quando chega na loja, Jhon
pergunta o motivo da garota estar sozinha, ela diz que queria
fazer uma surpresa para sua mãe e Jake, recepcioná-los
melhor na hora do almoço, pois Jake ficava cuidando dela
de tarde, ele fazia isso por bom grado e sentia que precisava.
Na volta, Ana tropeça em uma pedra e cai no chão, ela não
carregava muito peso, não era um grande problema, mas não
havia ninguém por perto e o ferimento em sua perna se
estendeu até o joelho, ela tentou ir mais rápido para casa e
passar alguma coisa, chegando lá ela logo usou algumas das
pomadas de sua mãe, mesmo assim a garotinha não havia
desistido de fazer o almoço.
Mais ou menos uma hora depois, Joanne e Jake chegam em
casa e se surpreendem com Ana, a mãe da garota fica
confusa e orgulhosa, mas queria saber o porquê de seus
equipamentos estarem desorganizados, a garota explica o
motivo e Joanne pergunta se ela esterilizou o machucado
antes de passar algo, a criança diz que não, naquele
momento o ferimento já estava infeccionado e não era
possível perceber muito, Joanne e Jake se preocuparam e a
mãe da criança passou alguns remédios para ela, tudo
ocorreu normalmente e Jake começou a se preocupar ainda
mais com a família, queria cuidar a todo custo da criança e
de Joanne.
Com o passar do tempo, o ferimento de Ana estava
cicatrizando, isso até que em um dia, no horário de almoço,
todos na casa de Joanne já estavam lá, ela não teria mais o
que fazer no resto do dia e então levou Ana para passear,
Jake foi junto, eles estavam em uma parte do vilarejo repleta
por água, era o litoral. Tinham muitas pessoas por lá,
nadando, pescando ou apenas conversando, era uma parte
calma, por coincidência, a família de Jonatham também
estava lá, o garoto queria pescar algumas coisas para o
jantar ou até para vender e decidiu chamar sua família, para
todos se divertirem e passarem juntos.
As duas famílias logo foram se cumprimentar e Heidi com
muita felicidade foi abraçar Joanne, fazia um bom tempo
que elas não se encontravam, as duas ficaram conversando
por um bom tempo, assim como o casal Oskövìcķt e Jake,
eles falaram de tudo um pouco, assim, as crianças, Aiden,
Moon e Ana foram brincar.
Depois de um tempo juntos, Moon que adorava se aventurar
decidiu ir para água, o começo era raso, então não era
perigoso, Ana viu a criancinha ir e queria ir também, eles
estavam sendo observados por todos em volta, mas em um
certo momento, Aiden tentou mergulhar e acabou se
enroscando em algo, Ana percebeu pois ele estava
demorando para voltar, ela tentou se abaixar na água, era
maior e conseguia alcançar, mas ela não sabia nadar muito,
a garota puxou Aiden, que saiu são e salvo mas arranhou sua
perna em algo, ela se machucou, abrindo o ferimento que já
estava infeccionado desde alguns dias, Jhon quando
percebeu que seu filho estava meio ofegante e depois do que
aconteceu foi ver se eles estavam bem, todos se juntaram ali.
Ana não sentiu muita dor, devia ter certa adrenalina, a
mistura da água em seu ferimento, os adultos pediram que
as crianças saíssem da água pois poderia ser perigoso,
quando viram, Ana estava com um ferimento exposto em
sua perna, era bem grande, Heidi e Joanne se acalmaram e
passaram tudo o que tinham e que era possível para curar o
machucado, Ana começou a sentir dor, ela disse que sentiu
uma fisgada na água, algo que nunca tinha sentido antes.
Ana disse com poucas palavras que na hora de salvar Aiden
sentiu uma mordida em sua perna, parecia ser uma pedra,
mas ao mesmo tempo não.
Todos já estavam na casa de Jonatham nessa hora, Heidi
disse que faria um remédio especial para Ana, eles
concordaram. Alguns dias depois, tomando o remédio, Ana
estava bem e saudável, com uma cicatriz enorme, mas sem
dores ou possíveis riscos. Jhon em sua casa queria saber o
que significava aquilo que Ana quis dizer, aquela “fisgada”,
ela era uma criança bem nova, mas era bem experiente em
questões médicas, ele tentou deixar pra lá, se focando em
seus filhos.
De noite, Jake, Ana e Joanne juntos em casa foram jantar,
Joanne deu um sermão em sua filha, para ela ter mais
cuidado a partir daquele momento, ela pediu desculpas e
tudo ocorreu bem até o fim da noite. Depois do jantar,
Joanne chamou Jake para o quarto e acendeu algumas velas,
ela disse a Jake: “Jake, já tem um tempo que você está aqui,
você cuida de mim e Ana, desde algum tempo eu quero
dizer isso, quero que você se case comigo, você é a pessoa
que eu procuro aqui, o homem gentil que eu sonho, eu amo
você.”
Jake depois de ouvir isso, como era muito tímido ficou
vermelho como um tomate, mas aceitou, ele também tinha
um sonho de ter uma família, o garoto se declarou para
Joanne e percebeu que também sentia algo.
Capítulo 14: Tentando viver em paz
Algumas semanas e meses se passaram desde o dia em que a
família de Jonatham encontrou a de Joanne na parte
litorânea da cidade, os Oskövìcķt tentavam viver em paz,
cuidar de Aiden e Moon era o que eles queriam agora, tudo
parecia ter acontecido tão rápido, os últimos anos tinham
sido uma loucura, Jake também tinha concluído seu
objetivo, encontrado sua irmã e agora trabalha como médico
junto de Joanne, sua esposa, o casamento deles havia sido
lindo, os Oskövìcķt e mais algumas pessoas do vilarejo se
juntaram para comemorar, Ana se sentiu segura, pois Jake
sempre cuidou dela, ela via alguns dos traços de seu pai
nele, o casamento ocorreu uma semana após aquela noite na
casa de Joanne, Jake fez de tudo para criar uma incrível
surpresa, ele queria ter iniciativa também. Todos estavam
felizes naquele momento e sem problemas ou desafios
relacionados a quaisquer coisas que poderiam os colocar em
perigo.
Dois anos após todos esses acontecimentos, Aiden e Moon
já tinham cinco anos, Ana tinha nove anos, Joanne e Jake
viviam muito bem e estavam totalmente adaptados ao lugar
em que moravam. Jonatham e Maya cuidavam de seus
filhos, que agora já estudavam e iam no mesmo lugar que
Ana, eles viviam contando as histórias de seus pais para ela,
quase não prestavam atenção nas aulas, mas iam bem. Heidi
continuava ensinando algumas coisas para Jake e até para
Joanne, ela começou a vender algumas receitas e livros
médicos na loja dos Oskövìcķt, ganhava uma certa
porcentagem disso e tentava incentivar com que as pessoas
também seguissem esse ramo de enfermagem, existiam
poucos médicos na cidade.