MarceloHenriqueTrovao Revisada
MarceloHenriqueTrovao Revisada
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___
Métodos de contagem
We studied some numbers and procedures that facilitate the solution of problems in the field
of counting, these being: The Principle of Inclusion and Exclusion, Pascal's Triangle, Newton
binomial, binomial and multinomial numbers, numbers of functions, permutations, graphs,
Stirling numbers, slogans Kaplansky and the Fibonacci sequence.
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 9
2 PRINCÍPIO DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO .................................................................... 10
2.1 CONJUNTOS ............................................................................................................. 10
2.1.1 RELAÇÃO DE INCLUSÃO ENTRE CONJUNTOS .............................................. 10
2.1.2 UNIÃO ENTRE CONJUNTOS ................................................................................. 11
2.1.3 INTERSEÇÃO DE CONJUNTOS ............................................................................ 11
2.1.4 CONJUNTO COMPLEMENTAR ............................................................................ 12
2.1.5 DIFERENÇA ENTRE CONJUNTOS ....................................................................... 13
2.1.6 PRODUTO CARTESIANO ....................................................................................... 15
2.1.7 PARTIÇÃO DE CONJUNTO .................................................................................... 16
2.2 PRINCÍPIO DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO ............................................................. 16
2.3 FUNÇÃO TOTIENTE DE EULER E O PRINCÍPIO DE INCLUSÃO-EXCLUSÃO . 20
3 TRIÂNGULO DE PASCAL ............................................................................................... 22
3.1 RELAÇÃO DE STIFEL ............................................................................................. 22
3.2 REGRA DA SOMA DE UMA LINHA ....................................................................... 23
3.3 REGRA DA SOMA DE UMA COLUNA.................................................................... 24
3.4 REGRA DA SOMA DE UMA DIAGONAL ............................................................... 25
3.5 BINÔMIO DE NEWTON ........................................................................................... 26
3.6 SEQUÊNCIA DE FIBONACCI E O TRIÂNGULO DE PASCAL ............................. 28
4 RELAÇÃO BINÁRIA ........................................................................................................ 30
4.1 TIPOS DE RELAÇÕES BINÁRIAS........................................................................... 30
4.2 PROPRIEDADE DAS RELAÇÕES ........................................................................... 31
4.2.1 RELAÇÃO REFLEXIVA .......................................................................................... 31
4.2.2 RELAÇÃO SIMÉTRICA ........................................................................................... 32
4.3 NÚMERO DE FUNÇÕES .......................................................................................... 32
4.3.1 NÚMERO DE FUNÇÕES INJETORAS .................................................................. 33
4.3.2 NÚMERO DE FUNÇÕES BIJETORAS .................................................................. 33
4.3.3 NÚMERO DE FUNÇÕES SOBREJETORAS ......................................................... 33
5 PERMUTAÇÃO ................................................................................................................ 35
5.1 NÚMERO DE PERMUTAÇÕES SUJEITA A RESTRIÇÕES ................................... 36
5.2 NÚMERO DE FUNÇÕES CRESCENTES OU DECRESCENTES ............................ 39
5.3 PERMUTAÇÕES CAÓTICAS ................................................................................... 43
5.4 NÚMEROS DE FUNÇÕES COM RESTRIÇÕES ...................................................... 47
5.5 NÚMERO MULTINOMIAL ...................................................................................... 52
5.6 NÚMEROS DE STIRLING DE PRIMEIRA ESPÉCIE ............................................. 54
5.7 NÚMEROS DE STIRLING DE SEGUNDA ESPÉCIE .............................................. 57
5.8 OS LEMAS DE KAPLANSKY ................................................................................... 60
5.9 APLICAÇÕES PARA A SEQUÊNCIA DE FIBONACCI .......................................... 63
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 66
Referências ................................................................................................................................ 67
9
1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é expor aos alunos e professores do ensino médio alguns
números e procedimentos que são úteis na solução de problemas no campo da contagem, em
que tais procedimentos e números dificilmente são usados nas aulas de matemática. De
acordo com o documento dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), destaca-se a
importância do desenvolvimento do raciocínio combinatório com os alunos do ensino médio.
Técnicas e raciocínios estatísticos e probabilísticos são, sem dúvida, instrumentos
tanto das ciências da Natureza quanto das Ciências Humanas. Isto mostra como será
importante uma cuidadosa abordagem dos conteúdos de contagem, estatística e
probabilidades no Ensino Médio, ampliando a interface entre o aprendizado da
Matemática e das demais ciências e áreas (BRASIL, 2000).
Fig. 1.1
11
Se ou então .
* +
por exemplo, * +, * +e * +.
Fig. 1.2
* +
Fig.1.3
Fig. 1.4
* +
Fig. 1.5
* +
Fig. 1.6
Teorema 1.
Por definição:
( ) * ( )+.
( ) * +, logo:
( ) * + ( )
5. ( ) ( ) (Associativa).
Por definição:
( ) * ( )+.
( ) * +, logo:
( ) * + ( )
6. ( ) ( ) ( ) (distributiva).
Por definição:
( ) * ( )+.
Então, ou e , ou e , dessa forma:
( ) ( ) ( )
7. ( ) ( ) ( ) (distributiva).
Por definição:
( ) * ( )+.
( ) * +, assim:
( ) * ( ) ( )+ ( ) ( )
8. .
9. ( ) , se e somente se, .
Leis de Augustus De Morgan
10. ( ) .
Por definição:
* +.
Dessa forma ( ) * +
15
Fig. 1.7
11. ( ) .
Por definição:
* +.
Dessa forma ( ) * +
Fig. 1.8
*( ) +
Exemplo: * +e * +
*( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )+
16
1)
2) , ou seja, disjuntos dois a dois.
Exemplo 1: Se * +, então, * +, em que * +, * +e
* +, é uma partição de .
| | | | | | | |
| |
| | | | | | | | ( ) ( )
17
Fig. 1.9
Assim,|( ) | | | ,| | | | | |
| | | | | | | | | | | | | | | |
| | | ( )| | | | | | ( )|
| | | | | | | | | ( )|
| | | | | | | | ,| | | |-
| | | | | | | | ,| | | | | |-
| | | | | | | | | | | | | |
Dessa forma:
| | | | | |
| | ,| | | | | |- ,| | | | | |- | |
| | | | ,| | | |- | |
| | | | | |
18
| | |( ) | | | | | |( ) |
| | | | | | | | | | | | | | | |
,| | | | | |-
| | | | | | | | | | | | | | | |
,| | | | | | |( ) ( )|
|( ) ( )| |( ) ( )|
|( ) ( ) ( )|-
| | | | | | | | | | | | | | | | | | | |
| | | | | | | |
| |
|⋃ | ∑| | ∑ | | ∑ | |
( ) | |
Em que:
∑ | |( )
∑ | |( )e
assim por diante.
Exemplo 1. Um exame, composto por três questões, foi aplicado a uma turma de 25
alunos. Os resultados obtidos estão apresentados na tabela a seguir:
Sejam:
19
| | | | | | | | | | | | | | | |
logo
|( ) |
Exemplo 2. Quantos são os inteiros compreendidos entre 3001 e 7001 que são
divisíveis por 3 ou 7?
Assim | |
Assim | |
Assim | |
( ) |* +|
Consideremos também
* | +
Temos | |
| | |* | | +|
Assim
( ) | |
( ) ( ) ( ) ( )
[ ( ) ( ) ( ) ]
( )( ) ( )
Exemplo 3.
Calcular ( ) para .
Pela fórmula:
( ) ( )( )( )
* + * + * +
* + * + * +
* +
( ) ( ) ( ) ( )
22
3 TRIÂNGULO DE PASCAL
. /
( )
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( ) ( )
( ) ( )( ) ( ( ))( )
( ) ( ) ( )( ) ( )
( )
. /
( )
Se olharmos para uma das linhas do triângulo, podemos perceber que há simetria entre
seus elementos, isso se deve ao fato de que na linha , começada por e terminada por
se deslocarmos unidades a partir do inicio ( ) e voltarmos p unidades a partir do fim
( ) temos que , esse números são iguais e são chamados de combinações
complementares. Por exemplo, a complementar de é . Em outras palavras,
elementos de uma mesma linha, equidistantes dos extremos, são iguais.
Justificativa:
. / . /
( ) ( ( )) ( )
Assim temos que a soma dos elementos da n-ésima linha será , ou seja:
. / . / . / . / . /
24
entanto para formar um subconjunto de devemos marcar cada elemento em com o símbolo
(indicando que o elemento foi escolhido para o subconjunto) ou (indicando que o
elemento não foi escolhido para o subconjunto). Sendo assim, como para cada elemento há
duas possibilidades ( , ou ), temos .
. / ( ) ( ) . / ( )
Veja o esquema.
Justificativa:
Coluna :
25
( ) . / ( ) ( ) . /
. / . / . / . / ( )
Justificativa:
. / . / . / . / . / . / . / . /
. / ( )
26
( ) . / . / . / . / . /
valida para .
Suponhamos agora, por hipótese de indução, que a fórmula seja válida para
, isto é,
( ) . / . / . / . / . /
Segue que ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
. / . / . / . / . / . /
. / . / . / . /
( ) . / . / . / . /
. /
Exemplo 4. A cor da pele humana é determinada por, no mínimo, dois pares de genes
alelos.
Em que,
27
Geração
Gametas
Mulato escuro ou
Mulato médio , ou
Mulato claro ou
Branco
28
( )
Exemplo 5. Um sitiante possui uma coelha que está prenha e que terá seis filhotes.
Qual a probabilidade de ela ter três casais, sem importar a ordem?
Solução:
( )
( ) ( )
Justificativa:
Se olharmos para três diagonais quaisquer que sejam consecutivas, percebermos que é
decorrente da relação de Stifel, pois cada termo é obtido a partir da soma do número que está
acima com o número à sua direita.
30
4 RELAÇÃO BINÁRIA
A relação binária ou 2-ária é uma relação que forma um conjunto de pares ordenados.
Definição
Em outras palavras, uma relação binária R sobre dois universos A e B pode ser
representada simbolicamente por:
Exemplo 6.
* +
*( )( )( )( )+
( ) ( )
total
( )( )
Ou seja, todo elemento de A se relaciona com algum elemento de B.
31
sobrejetora
( )( )
É o inverso da total, todo elemento de B é relacionado com algum elemento de A.
funcional
( )( ) ( )
Ou seja, um elemento de A não pode se relacionar com mais de um elemento de B.
injetora
( )( )( ) ( )
Um elemento de B não pode se relacionar com dois ou mais elementos distintos de A.
*( )( )( )( )( )( )( )( )+
*( )( )( )( )( )+
*( )( )+
, a relação universal.
( )(( ) )
( )(( ) )
32
Em com conjunto finito com n elementos existem relações, das quais, reflexivas
ou irreflexivas, são .
Uma relação é simétrica se para qualquer que se relacione com implicar ser
relacionado com .
( )(( ) ( ) )
( )(( ) ( ) )
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( )
( ) ( )
( ) ( ) ( )
( )
. / . /( ) ( ) . / ∑( ) . / ( )
* * + * ++
* + * + * +
34
Note que | | | | | | | | ,| | | | | |
,e| | .
. / . / . / . / funções sobrejetoras
Exemplo 7.
O cartão nacional de saúde (CNS) possui 15 dígitos que são escolhidos do conjunto
* +. Quantos são os CNS que apresentam todos os dígitos?
Solução:
. / . / . / . / . / . / . / . / . /
35
5 PERMUTAÇÃO
Por exemplo,
Representação Notação
sequencial
respectiva
o qual é decomposto em
cujo polinômio-torre
( ) ( )
( )
( )
( )
( )
colocação de duas peças que não se situem sobre a mesma linha e a mesma coluna de , cujo
coeficiente em é o número de colunas de três peças sobre quadradinhos hachurados de
, de modo que as três peças não estejam situadas sobre a mesma linha e a mesma coluna de
e assim por diante.
38
( ) ( )
( ) ( ) ( )
e o cálculo é justificado pelo teorema da inclusão e exclusão tendo em vista que pelo teorema,
o conjunto é o conjunto de todas as funções injetivas e sobrejetivas com ( ) ( )
* +.
39
e assim
| | | | | |
| | | |
| |
| |
| | |( ) |
| | | |
| | ,| | | | | |- ,| | | | | |- | |
que é igual ao número de sequências binárias de comprimento 4 (quatro) com três dígitos
iguais a um e um digito igual a zero: por exemplo,
Basta calcular o número de sequências binárias com comprimento 9 (nove) com sete
dígitos iguais a um e dois dígitos iguais a zero: por exemplo,
e o número de tais sequências é igual a . / . / tendo em vista que dos nove dígitos há de
se fazer a escolha da posição dos dois dígitos iguais a zero. Portanto, o número de soluções
inteiras não negativas de
∑. /
( )
e então como
∑. /
( )
∑. /
( )
42
Exemplo 8.
que é igual a . /
Exemplo 9.
que é igual a . /.
Existe uma correspondência biunívoca canônica entre o conjunto das soluções inteiras
não negativas de
. / . / .
43
. /.
Exemplo 10.
Um concurso de dança composto por seis casais tem o improviso como um dos
critérios a serem avaliados. Para evitar ensaios, ficou estabelecido que não será permitida a
formação de duplas de dançarinos que sejam marido e esposa. De quantas maneiras pode-se
organizar esse concurso?
Para , temos : .
Como os casos são disjuntos, temos que, com na primeira posição, podemos
permutar as demais letras de modos, mas como há formas de ocupar a
primeira posição, temos que:
( )( )
Fazendo , temos:
( )
( ) ( )
( )
( )
( )
( )
45
( ( ) )
( )( ) ( )
( ) ( )( ) ( ( ) )
( ) ( )
( ) ( )
( )
( )
Observe que:
( )
ou seja, . /
( ( ) )
( )
( ) ( ( ) )
( )
( ) ( ( ) )
( )
Como
( ) ( )
logo,
( ) ( ) ( ( ) )
( )
isto é,
( ) ( ( ) ) ( )
( )
( ( ) )
( ( ) )
Voltemos ao exemplo
( )
não é permitida, pois a mulher ( ) está com seu marido (1) e o homem (6) está com sua
esposa ( ). Dessa forma, a solução para o problema é:
( )
47
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
em que ( ) * + * +, isto é, ( ) * +.
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
48
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
isto é,
ou
49
Exemplo 11.
(OBMEP-2013) Paulo tem tintas de quatro cores diferentes. De quantas maneiras ele
pode pintar as regiões da bandeira da figura, cada uma com uma única cor, de modo que cada
cor apareça pelo menos uma vez e que regiões adjacentes sejam pintadas com cores
diferentes?
A) 336
B) 420
C) 576
D) 864
E) 972
Solução:
ou seja, ( ) ( ) ( ) ( ) .
( ) ( )
Alternativa A.
51
Exemplo 12.
( ) * + ( ) * +
Supondo que
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Quando , ( ) .
. /
| | | | | |
é dado por
. /
A expansão multinominal de
( )
é dada por
( ) ∑ . /
( )
4
. /
6
. /
4
. /
1 . /
( )
em
. /
1
. /
1
. /
1
3
. /
54
. /
3
. /
3
. /
3
. /
3
. /
3
. /
6
( )
Exemplo 13.
. /
ou ainda, por
55
equivalente a
( )( )( )
De quantas maneiras quatro pessoas podem ocupar duas mesas sem que nenhuma
fique vazia? E se forem três mesas?
( ) 0 1 ( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
n
0 1
1 0 1
2 0 1 1
3 0 2 3 1
4 0 6 11 6 1
5 0 24 50 35 10 1
6 0 120 274 225 85 15 1
7 0 720 1764 1624 735 175 21 1
8 0 5040 13068 13132 6769 1960 322 28 1
( ) ( ) ( )
58
( ) 2 3 ( ) ( )
( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
1
0 1
0 1 1
0 1 3 1
0 1 7 6 1
0 1 15 25 10 1
0 1 31 90 65 15 1
0 1 63 301 350 140 21 1
0 1 127 966 1701 1050 266 28 1
Note que para completar a linha é simples, pois já avaliamos a linha , veja
o esquema a seguir.
59
Exemplo 14.
Solução:
( ) ∑ ( )
Relação de recorrência
( ) ∑. / ( )
Para obter os números de Bell, basta tomar o último número de cada linha. Considere
( ) ( )
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Número
de 1 1 2 5 15 52 203 877 4140
partições
Exemplo 15.
Ao formar um subconjunto marcamos com 0 (zero) o elemento que não fará parte do
subconjunto e com 1 (um) para o que fará parte, respeitando sua respectiva posição.
Dos exemplos anteriores, apenas o último não satisfaz as condições do problema, pois
nesse os elementos 1 e 2 aparecem no mesmo subconjunto. Dessa forma, queremos encontrar
locais para inserir o algarismo 1 entre os zeros.
Observe que podemos inserir o algarismo 1 em seis locais diferentes. Sendo assim, a
solução do problema é escolher 4 dos 6 lugares para a ocupação do algarismo 1, ou seja,
. / ( )
maneiras para formar 4-subconjuntos de * + sem
elementos consecutivos.
( ) ( )
( )
( ) ( ) ( )
( ) ( ) ( ) . /
( ) ( )
( ) ( ) ( )
( ) ( )
( )
( ) ( )
( )
( ) ( )
( )
. /
( )
( ) . /
Exemplo 16.
* + * + * + * + * + * + * +
Hipótese de indução:
Tese de indução:
Caso 1:
* + e o número de subconjuntos é
Caso 2:
* + * + número de subconjuntos
Total ( )
64
Exemplo 17.
Supondo que uma pessoa, ao subir uma escada, consiga, no máximo, pular um degrau
por vez. Dessa forma de quantas maneiras pode-se subir uma escada com degraus?
Para , há 2 formas.
Para , há 3 formas.
Para , há 5 formas.
65
Provemos que a sequência está definida sobre a mesma recorrência que os números
de Fibonacci. Dividindo o problema em dois casos, temos,
Primeiro caso: O primeiro degrau é usado, então restam degraus, logo, por
definição existem formas de usá-los.
Segundo caso: A subida parte do segundo degrau, então restam degraus, logo,
por definição existem formas de usá-los.
Por não haver outra maneira de iniciar a subida temos que , ou seja, a
sequência respeita a recorrência de Fibonacci. Porém, como , é necessário antecipar
um elemento da sequência de Fibonacci para termos a identidade. Assim:
66
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos, por meio das abordagens expostas, que o tema Análise Combinatória não
se limita apenas ao estudo de arranjos, permutações e combinações. Cabe aos professores e
alunos explorarem o tema ampliando o conhecimento, adquirindo novas técnicas e
procedimentos para que, dessa forma, seja possível proporcionar soluções a uma maior
variedade de contextos ou problemas.
Referências