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Esportes Individuais - Unidade II

O documento discute os fatores que influenciam o desempenho em esportes individuais, destacando a complexidade do treinamento devido às especificidades de cada modalidade. Aborda a importância da adaptação do atleta aos estímulos de treinamento e as variáveis que devem ser consideradas na preparação, como condições geográficas e apoio social. Além disso, enfatiza a necessidade de um planejamento de longo prazo para o desenvolvimento das qualidades físicas e a formação de atletas de alto nível.

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Kaique Lima
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Esportes Individuais - Unidade II

O documento discute os fatores que influenciam o desempenho em esportes individuais, destacando a complexidade do treinamento devido às especificidades de cada modalidade. Aborda a importância da adaptação do atleta aos estímulos de treinamento e as variáveis que devem ser consideradas na preparação, como condições geográficas e apoio social. Além disso, enfatiza a necessidade de um planejamento de longo prazo para o desenvolvimento das qualidades físicas e a formação de atletas de alto nível.

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ESPORTES INDIVIDUAIS

Unidade II
5 FATORES DE DESEMPENHO

Falar de fatores que possam influenciar o desempenho em uma modalidade esportiva individual não
é algo tão simples, pois deve‑se reconhecer que as variáveis envolvidas (especificidades esportivas) de
cada modalidade são fundamentais para se definir e sistematizar o treinamento.

Fato é que existem modalidades ditas combinadas, e podemos perceber que algumas modalidades
apresentam mais de um tipo de combinação. Nesse sentido, as combinações podem ser dadas pelo:

• Espaço de prática: espaços diversos de prática na mesma competição. Exemplos: pista, rua, meio
líquido (mar ou piscina).

• Nível de previsibilidade: atividades previsíveis e imprevisíveis. Exemplos: pentatlo moderno,


atividades cíclicas (corrida), hipismo, esgrima.

• Tipo de tarefa: atividades cíclicas, acíclicas, habilidades discretas, seriadas, contínuas.

• Tipo de qualidade física: por exemplo, o pentatlo moderno, que contém o tiro, além da esgrima,
da corrida e do hipismo.

• Tipo de atividade: por exemplo, decatlo, triatlo, pentatlo etc.

• Tipo de qualidade física requerida: força, velocidade, resistência etc.

A pergunta que fica é a seguinte: como realizar o processo de treinamento dessas modalidades?

De forma simples, é razoável considerar que apenas pelas estruturas de suas combinações fica difícil
pensar na importante variável da especificidade. Os modelos de preparo físico dessas modalidades
estão entre os mais difíceis de organizar e manter. Normalmente, as principais competições do ano
ocorrem em número reduzido, permitindo aos atletas um tempo de preparação maior do que o tempo
de competição.

Esse tempo maior de preparação permite que o planejamento seja focado nas diversas qualidades
físicas, sempre associado à realidade da competição. Dessa forma, o período de preparação desses
condicionantes gerais é maior do que o dos condicionantes específicos. As vias metabólicas, bem como
todo o corpo do atleta, são altamente exigidas nesse tipo de competição.

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Unidade II

Exige‑se do atleta um processo de preparação geral diferenciado, pois o princípio da modalidade é


não ter especialidades. Assim, os atletas precisam ter bem desenvolvidas todas as qualidades físicas, o
que demanda um processo de preparação bem complexo.

Saiba mais

O documento norteador dos conteúdos da Educação Física brasileira é


a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Nela, o esporte é dividido em
sete categorias, conforme as suas características, e dentro delas temos os
esportes individuais.

Confira, na Dica do Professor, como as modalidades individuais estão


inseridas nessas categorias propostas pela BNCC:

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação.


Base Nacional Comum Curricular (BNCC): Educação Física. Brasília, 2018a.
Disponível em: https://cutt.ly/n2RyjTZ. Acesso em: 6 jan. 2023.

5.1 O treinamento a longo prazo e as modalidades esportivas individuais

O treinamento físico para esportes é baseado nas capacidades adaptativas do atleta a ser treinado.
Afinal, o treinamento é uma ferramenta direta para sua adaptação.

Consequentemente, no treinamento esportivo em modalidades individuais, o objetivo é que o


atleta se adéque aos estímulos propostos e os transforme em ações motoras eficientes, econômicas e
produtivas na competição. Para isso, o técnico deve entender que adaptação é o processo de afinar o
corpo às condições que afetam sua zona de conforto, ou seja, o equilíbrio.

Nesse sentido, o perigo é que qualquer estímulo estressante imposto ao organismo durante um
determinado período pode fazer com que ele se adéque. Isso pode ser um problema para o profissional
de educação física que se encarrega de orientar os atletas da melhor forma possível; afinal, adaptação
diz respeito à capacidade de cada ser vivo se adequar às condições do meio ambiente. O problema
que assola os pesquisadores são as adaptações fenotípicas, as quais variam muito entre padrões ou
entre estímulos.

De modo genérico, ao considerar as reações das atividades competitivas de modalidades abertas,


como a luta livre, o processo adaptativo considera aspectos físicos e motores da tarefa. No entanto, a
imprevisibilidade de desportos de combate é tão grande que é impossível prever resultados apenas com
base na preparação do atleta, diferente das modalidades mais previsíveis, fechadas e estáveis, como
natação, ciclismo e corrida, nas quais é possível manter por muito tempo o estereótipo do movimento,
e as respostas adaptativas seguem uma orientação que raramente muda.

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ESPORTES INDIVIDUAIS

Avançando para a microestrutura, podemos integrar variáveis competitivas no complexo processo de


sistemas de treinamento. Com isso em mente, quais seriam os fatores relacionados às próprias partidas
que podem influir na atividade competitiva?

Numa perspectiva linear, alguns profissionais, treinadores, preparadores físicos e professores de


EF em geral ignoram as possíveis variáveis que emergem durante uma partida, deixando ao atleta a
responsabilidade de se adaptar ao momento. No entanto, o processo de preparação atlética deve levar
em conta o maior número possível de variáveis. Para isso, deve‑se respeitar o estudo do território e o
conhecimento do clima, bem como as particularidades culturais.

De acordo com Courneya e Carron (1991, 1992), cinco importantes variáveis relacionadas devem
ser assistidas no processo de preparação e, se possível, previstas com a maior precisão possível:

• a definição do local de realização da competição;

• o comportamento dos torcedores;

• as instalações e os equipamentos;

• as condições geográficas e climáticas;

• o caráter da arbitragem.

Autores como Zajonc (1965), Altman (1975), Geen (1989), Dunkel‑Schetter e Bennett (1990) e Lakey
e Drew (1997) tentaram elucidar o que são fatores de desempenho e territorialidade (SAMPAIO; JANEIRA,
2005). Suas contribuições se alinham a uma variedade de teorias, compreendendo:

• Teoria da Territorialidade: por essa visão, os indivíduos se identificam com determinados locais,
protegendo‑os contra qualquer intrusão.

• Teoria da Facilitação Social: essa abordagem foca as alterações de comportamento relacionadas


às tarefas provocadas pela presença de observadores. Nessa situação particular, pretende‑se
explicar a vantagem de competir em casa pelos efeitos provocados pela presença e participação
do público no jogo.

• Teoria da Percepção do Apoio Social: por essa perspectiva, as competições são analisadas com
base nas percepções generalizadas de apoio dos indivíduos. Isso se refere ao fato de que disputar
os jogos em casa produz nos jogadores, treinadores e comissão uma sensação de apoio social
extremamente positiva.

O processo de treinamento deve ser adaptado às especificidades da competição. Se o sistema de


treino é irrelevante ou pelo menos imita ao máximo as condições da competição, os atletas não podem
ser considerados totalmente competitivos, especialmente em termos de traços mentais.

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Unidade II

5.1.1 O processo de adaptação ao treinamento em esportes individuais

O ato de se adaptar a algo está relacionado a um estímulo estressante ou a um estímulo que quebra
a homeostase. Nesse sentido, o termo estresse foi utilizado pelo cientista canadense Hans Selye (1959),
considerado o precursor da Teoria da Adaptação Geral (TAG).

Selye (1959) mostrou que efeitos estressantes no organismo podem produzir dois tipos de resposta,
conforme registrado por Platonov (2008):

• se o estímulo for extremamente forte ou sua ação for prolongada, ocorrerá o estágio final da
síndrome do estresse, a exaustão;

• se o estímulo não está além das reservas adaptativas do organismo, ocorrem a mobilização e a
distribuição de energia e reservas da estrutura do organismo.

Gomes (2009) propõe a adaptação da Teoria Geral de Adaptação de Selye (1959) para aplicação ao
esporte. Segundo o autor, a síndrome de adaptação geral é caraterizada por três fases:

1 – Fase de alarme: ocorrerá a intensificação do metabolismo para o aumento da produção de


energia, o crescimento na velocidade de síntese hormonal e a aceleração dos processos de síntese
de substratos energéticos. Caso não diminua o fator estressante, os recursos de adaptação imediata
são reduzidos, engatilhando uma reação defensiva do organismo. Se houver repetição constante do
fator estressante, o organismo entrará em fase de resistência.

2 – Fase de resistência: nessa fase, substituem-se os mecanismos imediatos de adaptação por


conta de mudanças funcionais e estruturais de longo prazo, além de mobilização de recursos energéticos
e estruturais, que é o objetivo principal do treinamento esportivo. Caso o estímulo estressor permaneça,
o atleta entra na fase de esgotamento.

3 – Fase de esgotamento: momento em que a velocidade de síntese dos sistemas anteriores


não acompanha a continuidade do estímulo estressor. As estruturas celulares perdem a capacidade de
funcionar em regime normal, dando início ao estado patológico.

Nesse sentido, as reações de adaptação podem ocorrer de três formas (PLATONOV, 2008):

• Reações inatas em curto prazo: referem‑se às adaptações imediatas ao estímulo estressor,


como elevação da frequência cardíaca, intensificação da respiração, vasodilatação etc.

• Reações adquiridas em curto prazo: consistem na aquisição de habilidades técnico‑táticas


complexas.

• Adaptação em longo prazo: desenvolve‑se a partir da realização repetida de adaptações em


curto prazo e é caracterizada pelo fato de que, no final, a acumulação quantitativa e gradativa de
determinadas alterações as faz passar de não adaptativas a adaptativas.

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ESPORTES INDIVIDUAIS

A formação da adaptação em curto prazo pode ser dividida em três etapas:

1 – Aumento bruto da frequência cardíaca, ventilação pulmonar, consumo de oxigênio, acúmulo


de lactato.

2 – Estabilidade dos níveis altos do sistema funcional.

3 – Perturbação do equilíbrio devido à fadiga dos centros de controle nervoso e do esgotamento das
reservas de carboidratos.

Formações de reação de curto prazo podem ser medidas comparando praticantes treinados e não
treinados na mesma tarefa física. Quando expostos à mesma prática, esses praticantes exibem reações
completamente diferentes.

Por exemplo, consideremos dois praticantes de corrida de rua. O praticante A começou seus
treinamentos no dia anterior, e o praticante B tem anos de prática. Ao realizarem uma corrida de 5 km,
provavelmente as respostas do organismo de cada um serão diferentes. A frequência cardíaca de repouso
será maior no praticante destreinado, e a ventilação pulmonar, após a prática, será menor.

Por seu turno, a formação da adaptação de longo prazo se dá em quatro estágios:

1 – Manutenção constante dos recursos funcionais ao longo de um programa de treinamentos


adquirido pela soma dos efeitos de curto prazo.

2 – Transformações nos órgãos e tecidos do sistema funcional decorrentes da manutenção do


programa de treinamento.

3 – Estabilidade dos sistemas funcionais e estreitamento da inter‑relação dos órgãos reguladores


e executores.

4 – Estágio negativo. Uma sequência mal planejada de treinamentos excessivos, de alta intensidade,
pouco repouso e má alimentação gera desgaste dos componentes funcionais. É importante perceber
que não adianta uma construção bem planejada de treino se não houver o acompanhamento constante
do repouso e da alimentação.

Outros termos importantes para o tipo de adaptação ao exercício são adaptação aguda e
adaptação crônica. Chandler e Brown (2009) consideram que as modificações agudas do exercício
são imediatas, ou seja, figuram a resposta do organismo aos intervalos de exercício. A adaptação
crônica, por outro lado, faz com que o atleta se adapte aos desafios do esporte após meses ou anos
de treinamento.

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Unidade II

Assim, o treinamento físico “pode ser entendido como um processo organizado e sistemático de
aperfeiçoamento físico, em seus aspectos morfológicos e funcionais, que repercute diretamente na
capacidade de realizar tarefas motoras exigentes, atléticas ou não” (BARBANTI; TRICOLI; UGRINOWITSCH,
2004 apud ROSCHEL; TRICOLI; UGRINOWITSCH, 2011, p. 53). Consequentemente, o treinamento físico
é baseado em estímulos controlados com o auxílio de métodos, técnicas e ferramentas para atingir um
objetivo específico, seja estético, de saúde e/ou de desempenho.

Nesse ponto surge uma consideração importante: não é possível prescrever treinamentos sem saber
o que precisa ser aprimorado. Portanto, nenhum treinamento deve ser prescrito sem o monitoramento
dos indicadores e variáveis necessários. Para atingir um objetivo definido ou delegar treinamento sem
planejamento, exercícios que não contenham esses fatores relevantes não podem ser caracterizados
como treinamento.

5.2 Adaptações a longo prazo

Anteriormente foi destacada a importância de desenvolver qualidades físicas para conduzir


adaptações benéficas para o desempenho do atleta. Assim, a estimulação das qualidades físicas gerais e
específicas desempenha um papel importante no processo de orientação do planejamento.

Entretanto, a orientação de adaptação deve ser baseada em uma estrutura organizacional de


longo prazo. Isso significa que, ao planejar uma grande estrutura de treinamento, não se deve focar
exclusivamente nas partidas do calendário, mas em todas as outras partidas futuras. A pergunta a ser
feita aqui é a seguinte: como o programa anual de treinamento interfere nas condições de preparação
e continuidade da prática do atleta?

Para responder a isso, é necessário especificar como as adaptações são tratadas na construção das
macroestruturas de aprendizagem dos atletas e explicar como as cargas podem ser guiadas, além de
descrever como funciona o processo de acúmulo de cargas no corpo.

Uma estrutura de prontidão de longo prazo não significa apenas alguns anos de prontidão. Ao
contrário, requer um processo racional, sensível e interdisciplinar que acompanhe a vida de um futuro
atleta (na infância) até o final de sua carreira esportiva.

Sabemos que essa situação é rara no Brasil. A falta de interesse político e as dificuldades sociais
dificultam o processo de formação da política estadual de seleção e formação de quadros esportivos e
inevitavelmente dificultam a formação de uma cultura esportiva nacional, mas cabe a nós decidir o que
fazer para formar atletas de alto nível.

Segundo Gomes (2009), os ciclos de treinamento plurianuais variam de 8 a 12 anos, abrangendo de


dois a três ciclos olímpicos, ou seja, seguindo um treinamento simulado desde a qualificação até o alto
rendimento. Nesse sentido, não é possível aplicar cargas de treinamento de atletas adultos a atletas
jovens, principalmente com o mesmo nível de carga.

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ESPORTES INDIVIDUAIS

Platonov (2008) argumenta que o ímpeto dos jovens atletas pode prejudicar o alcance da maestria
no esporte. Em outras palavras, o desenvolvimento de um plano de longo prazo deve considerar os
estágios cognitivos, físicos e de mobilidade dos jovens atletas. Caso ocorra o contrário, há uma grande
chance de que essas crianças percam o desejo de praticar esportes e também o gosto pelo esporte e/ou
o interesse pelo exercício. Nesse caso, você corre o risco de perder seu talento atlético.

Na prática, os ajustes produtivos só são possíveis quando a organização da macroestrutura causa


dificuldades. A especialização precoce pode prejudicar permanentemente os jovens e a cultura esportiva
de sua cidade, estado e/ou país.

Além disso, é plausível dizer que um jovem que alcança altos resultados desde cedo também pode
sofrer uma queda prematura no desempenho ou até mesmo desistir de se exercitar devido ao estresse
excessivo em um corpo despreparado. Nesse sentido, segundo Gomes (2009, p. 152), “Somente os
atletas cujo treinamento de longa duração está estruturado de tal forma que a dinâmica das cargas de
treinamento garanta a obtenção de resultados acima da idade otimizada são capazes de alcançar esses
resultados ao máximo”.

5.2.1 Variáveis que determinam a adaptação de longo prazo

Em geral, adaptações de longo prazo só podem ocorrer a partir do momento em que o organismo
recebe os estímulos de forma racional, orientada para fins específicos e que correspondam ao modelo de
competição e ao calendário esportivo do atleta. Além disso, o sistema de treinamento esportivo de longa
duração em cada esporte deve levar em consideração o estado de saúde do atleta e o prolongamento
de sua vida útil no esporte.

Segundo Matveev (2001, p. 125, tradução nossa), o tempo de implementação das metas de longo
prazo depende de três variáveis:

• grau de dificuldade relacionado à implementação das metas;

• regularidades do treino em função da idade, maturação e posterior desenvolvimento do indivíduo


e especificidades individuais do seu desenvolvimento (especificidades em particular da dinâmica
dos períodos sensíveis e do desenvolvimento das suas qualidades físicas);

• experiência esportiva, qualificação do sistema de treinamento esportivo para participação em


partidas e um conjunto de condições sociais que afetam fundamentalmente as atividades
esportivas.

Nesse contexto, veja o quadro a seguir, sobre como lidar racionalmente com o desenvolvimento de
longo prazo durante o treinamento esportivo:

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Unidade II

Quadro 1 – Duração aproximada das grandes etapas da atividade


esportiva de longo prazo

Estágios e etapas Duração em anos


Estágios de preparação básica
I etapa – preparação básica inicial: etapa do início no esporte, da orientação 1‑3
esportiva inicial, da preparação básica geral
II etapa – preparação básica principal: etapa da especialização e do começo 2‑3
da especialização esportiva aprofundada, preparação básica especializada
Estágio de realização máxima das possibilidades esportivas individuais
III etapa – pré‑culminante: desenvolvimento da especialização esportiva
profunda com a plena ativação da atividade esportiva; nos atletas de alto 2‑4
rendimento, esta é a etapa da transferência para a profissionalização
IV etapa – culminante: etapa da atividade esportiva mais dinâmica, inerente 4‑5
aos ganhos máximos individuais
Estágio final – longevidade esportiva
V etapa – estabilização: etapa de manutenção do nível alcançado nos 4‑6
resultados esportivos
VI etapa – transição e condicionamento geral: excitação à atividade esportiva Sem limites temporais fixos
na forma de treinamento de condicionantes gerais

Adaptado de: Matveev (2001, p. 126).

Com base nisso, fica claro que forçar um jovem – de qualquer tipo – com habilidades motoras
deficientes, ou mesmo realizar a transição de um ambiente recreativo para um contexto de alto
desempenho, é no mínimo temerário.

5.2.2 Variáveis que determinam a adaptação anual

Também é necessário seguir as diretrizes anuais para garantir que os atletas alcancem os resultados
desejados na criação e obtenção de melhorias de desempenho. Neste caso, a macrociclagem, ou ciclos
anuais de treinamento, deve aderir a metodologias específicas que sigam os pré‑requisitos de formato
e modalidade de competição.

Platonov (2008) ressalta a necessidade de aplicar dificuldades progressivas, bem como o fato de que
elas devem ser orientadas da seguinte forma:

• aumentar a quantidade de treinamento e competição em um ano ou macrociclo;

• aumentar a intensidade do processo de treinamento;

• mudar a direção do processo de treinamento e aumentar a participação de recursos de execução


dedicados em toda a carga de trabalho de treinamento;

• usar fatores externos no treinamento e competição para aumentar as demandas do corpo.

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ESPORTES INDIVIDUAIS

Também é necessário reconhecer as propriedades físicas gerais e específicas do esporte para iniciar
uma preparação a longo prazo. Por exemplo, a literatura sobre preparação esportiva de longo prazo
afirma que muito treinamento aeróbico é essencial nos primeiros anos de vida. Como resultado,
“É estabelecida uma base suficiente para um treinamento especializado posterior” (PLATONOV, 2008,
p. 296). No entanto, o autor constatou que, nas modalidades de velocidade e velocidade e força, o
exercício aeróbico de alto volume nas fases iniciais do processo preparatório plurianual leva a uma má
adaptação e limita o processo de aumento da proficiência esportiva.

Então, como pensar na orientação das cargas? Ela deve ocorrer de maneira uniforme no que tange
ao volume e ao aumento gradual de intensidade ou deve se dar de maneira abrupta? Curiosamente, as
duas formas podem ser utilizadas.

A abordagem de aplicação denominada aumento abrupto começou a ser utilizada na década de


1970 com os nadadores da antiga União Soviética e Alemanha Oriental. Nos anos 1990, esse tipo de
gerenciamento de carga começou a se desenvolver nos corredores quenianos. A primeira abordagem –
aumento gradual –, embora exponha alguma lentidão no processo de obtenção do nível de adaptação
necessária, “permite o desenvolvimento de uma adaptação mais estável e a manutenção dos melhores
resultados desportivos” (PLATONOV, 2008, p. 300).

Consequentemente, a preparação de longo prazo deve incluir uma avaliação quantitativa do


volume total operando por meio de ciclos de larga escala e plurianuais. Assim, treinadores e atletas
precisam estar cientes do volume geral que desenvolvem a cada ano e a cada temporada e incentivar
o benchmarking, não apenas para definir seus próximos objetivos, mas também para conhecer as
limitações do atleta.

Platonov (2008) argumenta que o aumento da carga de trabalho aeróbica aumenta o VO2max.
No entanto, quando a carga de trabalho anual excede 800 horas, a taxa de crescimento ameniza
drasticamente e para. Nesse sentido, no que se refere à visualização das necessidades e inclinações do
atleta, recomenda‑se enfatizar a capacidade anaeróbica, principalmente na fase de preparação geral.

Isso significa que a orientação dos atributos na preparação a longo prazo está diretamente
relacionada à quantidade e intensidade dos atributos físicos desenvolvidos. Essa quantificação só pode
ser feita sob a estrita supervisão do treinador e do atleta, sendo imprescindível um diário de treino caso
seja inevitável. Afinal, essa é a única forma de lembrar, por exemplo, a distância percorrida na piscina
durante o treino de 1º de fevereiro de 2017, juntamente com as cargas externas e internas, e compará‑la
com o treino de 19 de fevereiro 2018. Somente esse recurso pode ser utilizado para verificar se houve
progresso ou declínio.

Em suma, o treinamento esportivo é determinado pelo processo de treinamento prévio. Ou seja,


para alcançar melhores resultados, é necessário promover uma preparação gradual, de longo prazo, que
respeite o indivíduo em todas as fases e em todas as áreas de seu desenvolvimento físico e psicológico.

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Unidade II

Na realidade brasileira, os professores de educação física, principalmente nas escolas, querem


trabalhar com modalidades não cíclicas e complexas sem antes desenvolver as aptidões físicas básicas
dos alunos. Em muitos clubes, o treinamento esportivo para iniciantes envolve modalidades específicas
sem uma base de preparação física geral.

No entanto, alguns talentos esportivos são obrigados a viver em países com cultura esportiva
estabelecida e, se avaliados, em muitos casos não conseguem superar as notas dos alunos locais, que já
têm preparação de longo prazo. Quando se encontram nesse cenário, podem ficar deprimidos e voltar
frustrados ao Brasil.

6 O AMBIENTE DE DESENVOLVIMENTO DO TALENTO ESPORTIVO NAS


MODALIDADES ESPORTIVAS INDIVIDUAIS

O sistema de competição esportiva é a base do esporte. Inclui um aparato totalmente operacional


que requer um número de profissionais e colaboradores que direta e indiretamente formam a estrutura –
afinal, sem partidas o próprio esporte deixa de existir (PLATONOV, 2008).

Ao abordar o sistema de competição, haverá alusões a eventos esportivos modernos. Esse


sistema inclui intervenção, comparação e medição dos resultados dos profissionais do esporte. Em
geral, ele desafia a seleção e o treinamento de treinadores e atletas e também o desenvolvimento
científico de modelos de treinamento e de materiais de treinamento e competição, bem como de
medicação e nutrição.

Lembrete

O ambiente esportivo envolve várias esferas sociais nas quais ocorre


a atividade esportiva e o campo das realizações em que se concretizam,
como os meios profissional, não profissional e escolar.

6.1 Tipos de competições de esportes individuais

O aluno atleta, ex‑atleta ou atleta recreativo certamente já se envolveu pelo menos uma vez em
uma situação competitiva na escola ou em um clube. Diferentes modelos de eventos esportivos exigem
preparações específicas, determinadas por fatores como:

• calendário esportivo;

• organização segundo o regulamento da competição oficial;

• regras oficiais asseguradas pela arbitragem.

Com base nessa realidade, não consideramos as partidas incluídas no sistema oficial de competição.
Todo o processo de preparação do atleta é determinado desde o início pelas datas dos calendários
78
ESPORTES INDIVIDUAIS

esportivos de suas modalidades, aprovados pelas federações que as organizam. Independentemente


do nível regional, nacional ou internacional, atletas, treinadores e outros membros da delegação
organizam suas vidas de acordo com o calendário esportivo. Além disso, o treinamento físico e a
movimentação necessários à prática estão diretamente relacionados às regras do esporte.

Nesse cenário, vemos a estreita relação entre o sistema de partidas esportivas e os determinantes
jurídicos e os aparatos burocráticos e políticos próprios do esporte. Não é coincidência que muitos jogos
oficiais de alta resposta sejam realizados em datas politicamente importantes em diferentes países ou
mesmo sejam determinados pelo clima ou sistema de crenças da região.

Os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, foram realizados durante o Ramadã. Tradicionalmente,


nesse período os muçulmanos não podem comer ou beber durante determinada parte do dia. Em
geral, é o atleta quem decide se segue a tradição ou não. No entanto, tal decisão deve ser feita com
antecedência, pois o processo de preparação também deve determinar se e quando o atleta ingere
ou omite uma substância. A este respeito, Chaouachi et al. (2009) efetuaram um estudo com judocas
e descobriram que os muçulmanos treinando durante o Ramadã devem alternar cuidadosamente
sua carga de treinamento e monitorar os níveis de ingestão e fatiga para evitar decréscimos
de desempenho.

Portanto, a preparação deve envolver não apenas as características do local, mas também,
preferencialmente, antecipar os eventos climáticos do período em que a competição acontecerá e
outras condições religiosas, sociais ou políticas previsíveis.

Outro controle importante diz respeito à seleção correta da competição principal: atletas com certo
grau de maturidade esportiva conhecem bem seus limites, ou seja, sabem quais marcas podem ser
vencidas e quais não. Dessa forma, a autoconsciência para reconhecer limites e capacidades define a
sinergia entre todos os componentes da preparação física, mental, técnica e tática.

De acordo com Platonov (2008), os critérios aplicados para rotular as partidas levando em
consideração metas, objetivos, estilo organizacional e características dos atletas são:

• significado (preparatórias, seletivas, principais etc.);

• proporções (municipais, regionais, continentais, olímpicas);

• tipo de tarefa (de controle, clássicas, seletivas etc.);

• caráter organizacional (abertas, fechadas, tradicionais);

• idade dos participantes (infantis, juvenis, adultas, de veteranos);

• gênero dos participantes (femininas ou masculinas);

• orientação profissional (estudantis, profissionais, amadoras).


79
Unidade II

Essa codificação segue uma estrutura organizacional que orienta a seleção da comissão técnica para
campeonatos e requisitos baseados em jogadores. No Brasil, existem diferentes formatos de competição,
tanto em esportes de participação quanto de alto rendimento ou educacionais. Cada formato de
competição é composto por diferentes conceitos e objetivos específicos.

Os tipos de partidas esportivas podem variar dependendo do número de participantes, do local e de


sua importância. Nesse sentido, Platonov (2008) considera três formas principais de competição:

• Forma seletivo‑circular: equipes separadas em grupos predeterminados enfrentam os integrantes


de seu grupo. Os melhores resultados passam ao torneio seguinte.
• Forma mista: todos os atletas participam antecipadamente de três fases. Os vencedores
da etapa preliminar se enfrentam em encontros determinados por sorteio e realizados como
eliminação direta.
• Forma de eliminação direta: o atleta que perde um torneio é automaticamente eliminado. Uma
variação consiste na adoção de um maior número de derrotas para eliminação, por exemplo.

No que se refere à quantidade de participantes, as competições podem ser individuais, mistas ou


em equipe. Em geral, no atletismo, na natação e em outros esportes individuais são duas etapas: a fase
classificatória e a final. Na primeira rodada, selecionam-se os atletas com melhores resultados, que
participarão da fase final.

6.1.1 Fundamentação das competições em esportes individuais

Na prática, todos os treinadores, atletas e membros da comissão técnica precisam estruturar a


competição em que os atletas irão participar. Isso significa que devem ser definidos objetivos para cada
partida, o que em muitos casos não necessariamente coincide com a vitória.

Nenhum atleta entra em uma competição sem querer vencê‑la. No entanto, as fases de periodização
para a maioria dos esportes individuais recomendam um período para atingir um ponto ótimo de
desempenho e eficiência física e motora (forma esportiva) que não pode ser alcançado, muito menos
mantido, durante todo o processo preparatório. Portanto, é irresponsável que treinadores e instrutores
de educação física exijam que os atletas compitam em alto nível sem uma condição atlética precoce.

Por ora, cabe a nós mostrar como o sistema de competição pode ser usado para delinear uma
orientação racional visando otimizar o desempenho. Existem cinco formas de competição que precisam
ser consideradas ao definir orientação:

• Competições preparatórias: referem‑se às partidas de aperfeiçoamento técnico e tático para


adaptação das funções corporais.
• Competições de controle: visam avaliar o nível de treinamento de um atleta. Além disso, em
uma situação competitiva, permitem avaliar as áreas física, motora, emocional e psicológica,
destacando seus pontos fortes e fracos.
80
ESPORTES INDIVIDUAIS

• Competições de ligação: têm o objetivo de aprontar os atletas para o evento principal dentro
do quadro macroestrutural de um determinado ano de treinamento. São geralmente classificadas
em calendários regulares.

• Competições seletivas: são muito importantes para determinados formatos, pois tendem
a selecionar atletas para competir em nível nacional e internacional. No entanto, o nível de
treinamento do atleta deve ser alto.

• Principais competições: referem‑se às principais partidas elaboradas em conjunto com o


treinador e a comissão especializada, para as quais o atleta deve atingir sua forma esportiva ideal.

Essa organização ajuda muito o treinador, pois a forma de estruturar a atividade competitiva muda
de acordo com os objetivos traçados em cada competição. Portanto, não há obrigação de ganhar
continuamente. Isso pode ser nocivo aos atletas tanto física quanto mentalmente. Note‑se que tal
estrutura se aplica à realidade dos esportes individuais, que, comparados aos esportes coletivos, têm
menos partidas por ano e estão sujeitos a um calendário que muda radicalmente seu perfil.

Desse ponto de vista, a determinação dos resultados da competição também faz parte da estrutura
do sistema de competição. Consequentemente, estar atento à formatação da obtenção de resultados
ajuda a definir estratégias de preparação, bem como de planejamento tático.

De acordo com Platonov (2008), a tramitação de resultados competitivos pode ser definida assim:

• Obtidos por sistema métrico. São divididos em:

— modalidades de condições fixas: atletismo, natação, halterofilismo, ciclismo em velódromo,


tiro, patinação (em locais padronizados como estádios, piscinas e quadras);

— modalidades desportivas de competições em condições variáveis: esqui, esqui alpino, vela,


ciclismo de estrada (em locais que apresentam condições específicas e mais complexas do que
as anteriores).

• Medidos por pontos ganhos: desportos cujos resultados são determinados por árbitros que
conferem pontuação ao atleta de acordo com critérios como precisão, complexidade e beleza.
Exemplos: ginásticas rítmica e artística, salto ornamental, nado sincronizado, patinação artística.

• Definidos pelo feito final ou pelo maior número de pontos na realização de uma atividade
em diversas situações:

— determinados pelo resultado alcançado em certo período, de acordo com regras específicas
(exemplos: futebol, hóquei, basquete, handebol);
— independentemente do tempo da competição, é possível chegar à vitória pela conclusão da
ação (exemplos: boxe, taekwondo, MMA, judô, caratê, esgrima) ou pelo acúmulo de pontos

81
Unidade II

(exemplos: karatê, taekwondo, esgrima, judô, boxe); geralmente, no caso dos esportes de
combate, os dois tipos podem ocorrer em praticamente todas as modalidades;

— determinados pelo resultado, mas sem limite de tempo (exemplos: tênis, tênis de mesa, vôlei).

• Resultados de modalidades complexos: representam a possibilidade de uma interação


compensatória benéfica dos resultados alcançados em disciplinas individuais, que são então
classificados em um valor geral (exemplos: biatlo, decatlo, LPO).

6.1.2 Calendário esportivo

O calendário desportivo é o documento oficial criado pela confederação desportiva. Existe uma
estrutura hierárquica informal (internacional e nacional) que está conectada de alguma forma. Os
desenvolvimentos devem atender a padrões claros e universais para minimizar a possibilidade de datas
conflitantes.

No processo de desenvolvimento racional de um calendário esportivo, alguns fatores territoriais


e históricos ainda se misturam. Por exemplo, Correa (2012, p. 4) afirma que o calendário esportivo
do Sudoeste Africano é baseado em feriados religiosos. Nos feriados de Páscoa, Pentecostes e Natal
ocorriam, geralmente, as corridas de cavalos. Caça esportiva também tinha seu período mais propício
em conformidade com as estações do ano e do ciclo de reprodução de certos animas para a “caça
grossa”. Para a prática da ginástica, havia treinos semanais e torneios anuais. Para essas modalidades,
uma série de materiais era importada da Europa, especialmente da Alemanha.

Segundo Gomes (2009, p. 42), os calendários esportivos únicos podem ser seletivos ou combinados;
“em nível organizacional, selecionam os calendários das competições de diferentes desportos”. No
entanto, sua elaboração precisa:

• permitir que os atletas saiam do competitivo e longo processo de treinamento;

• incluir atletas de destaque de diferentes idades e sexos;

• distribuir os eventos de maior e menor importância (geralmente os menores precedem os


maiores), permitindo a organização da preparação inicial, o cumprimento das metas e o período
de transição;

• contribuir para a estabilidade do calendário, evitando mudanças bruscas que possam afetar todo
o sistema de treino e competição do atleta.

No Brasil, a Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (Snear) do Ministério do Esporte (ME) é
a responsável pela elaboração do Calendário Esportivo Nacional (CEN). Conforme o ME, a Secretaria
entende que a programação de eventos desportivos a serem promovidos – ou dos quais participam
as entidades nacionais de administração do desporto (associações/confederações e federações
82
ESPORTES INDIVIDUAIS

nacionais) – deve estar reunida em um único documento, denominado Calendário Esportivo


Nacional (CEN), para que não haja superposição de eventos importantes em datas e locais coincidentes.

No entanto, conflitos de agendas de competição podem acontecer. Nesse caso, como o calendário
esportivo é um documento que possibilita o avanço, a maturidade esportiva deve nortear a ação
individual, porque é importante definir metas para cada partida, evitando a preparação para amadores.
Nessa lógica, segundo Matveev (2001), é muito difícil, e em alguns casos impossível, conseguir uma
relação racional do calendário esportivo geral e do sistema individualizado das competições se as
competições principais, de alta responsabilidade, nas quais se objetiva a participação do mesmo grupo
de atletas, estiverem planificadas no calendário geral contrariamente às regularidades da aquisição e
conservação da forma esportiva.

Considere as modalidades de combate: como os atletas são solicitados a “dosar” seu desempenho
competitivo no início da temporada, o nível de exigência do treinador deve ser o diferencial, evitando
que o atleta exija demais de si mesmo. Além disso, é preciso saber trabalhar com a vaidade dos atletas.
Muitos não conseguem lidar com a derrota em partidas sem importância e, mesmo com níveis incipientes
de preparação atlética (início da temporada), fazem o possível para vencer, aumentando o risco de lesão
imediata ou ulterior.

6.1.3 Definição do local da competição

O local é uma variável intimamente relacionada ao processo competitivo e é tão importante


que geralmente é chamado de fator casa. No entanto, a literatura permanece limitada no estudo de
sua influência.

Courneya e Carron (1991), em estudo sobre a importância do lugar nas partidas esportivas,
analisaram 1.812 partidas de diferentes equipes e concluíram que 55,1% são vencidas em casa. Com
base em suas pesquisas, os autores construíram um modelo estrutural que se concentra nos benefícios
das corridas em casa.

O fator casa é uma ferramenta importante para a comissão técnica, pois permite adaptar as
necessidades dos atletas às necessidades do local de competição. Nesse sentido, um dos fatores
mais influentes no processo que pode determinar o desempenho é o chamado traço de ansiedade,
que é definido como “a tendência geral de uma pessoa de perceber as situações como ameaçadoras”
(SCHMIDT; WRISBERG, 2010, p. 62).

Embora o processo de preparação possa ser aplicado a vários atletas que formam a mesma equipe,
cada um reage ao fator casa de uma forma específica, justamente pela ansiedade das características
individuais. Assim, o treinador deve conhecer muito bem seus atletas para saber que tipo de ativação
cada um deve receber. Muitos respondem bem a comandos verbais mais intensos, enquanto com outros
ocorre o contrário.

83
Unidade II

Outro fator que pode influenciar é o comportamento dos torcedores. Isso está diretamente
relacionado ao local da competição e ao componente de ansiedade‑traço. Sabe‑se que a competição
é um ambiente estressante, e o comportamento da torcida adversária fanática e hostil causa estresse.

Do ponto de vista prático, o processo de preparação para cada esporte deve incluir, em particular,
no final do período de preparação específico, um formato de teste competitivo que imita o comportamento
dos fãs dos concorrentes. A competição‑teste consiste em campeonatos internos menores organizados em
associação com instituições de ensino e/ou clubes parceiros. Nesse cenário, os torcedores são motivados
a simular situações de estresse competitivo, como cantar, para aprontar os atletas para o que podem
vivenciar na competição oficial.

Lembrete

É importante buscar sempre o desenvolvimento integral do aluno/atleta


na escola, no clube ou em qualquer lugar onde se insere a prática.

7 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E MOTORAS PREDOMINANTES NAS DISTINTAS


MODALIDADES ESPORTIVAS INDIVIDUAIS

A nomenclatura dos esportes oferece uma perspectiva relacionada a cada modalidade. Um dos
elementos para a montagem de um treinamento é o conhecimento das especificidades físicas de cada
modalidade. Elementos determinantes físicos se vinculam aos determinantes motrizes, caracterizando o
que chamamos de gesto técnico ou técnica esportiva.

Para reconhecer essas características, é necessário recorrer a classificações que podem ser
unidimensionais ou bidimensionais.

7.1 Classificação unidimensional de habilidades

Classificar os esportes por suas modalidades é conhecer o fato de que cada um conta com uma
estrutura de habilidades específicas com seus elementos técnicos. É importante reconhecer as diferentes
demandas que cada modalidade requer, podendo ser fisiológicas, motoras, cognitivas ou volitivas. Cada
modalidade e competição requer um conjunto de questões a serem levadas em consideração.

Magill (2008) divide as habilidades motoras de características unidimensionais da seguinte maneira,


considerando as dimensões da musculatura envolvida:

• Habilidades motoras grossas/globais: em geral, exigem menor precisão. As habilidades motoras


fundamentais (arremessar, caminhar, correr, saltar) inserem‑se nessa categoria.

• Habilidades motoras finas: requerem maior controle de musculatura menor, como as envolvidas
na coordenação mãos‑olhos, que demanda alto grau de precisão (costurar, desenhar, pintar).

84
ESPORTES INDIVIDUAIS

É de extrema importância que o profissional de educação física compreenda essa classificação para
que tenha disponíveis ferramentas úteis e práticas que orientem suas intervenções, como no exemplo
do trabalho de reabilitação motora ou até mesmo na educação física escolar.

Em caso de esportes de rendimento, essa classificação pode atrapalhar em alguns momentos. Um


exemplo seria a classificação do backhand do tênis. Esse movimento tem uma demanda de habilidades
grossas/globais, envolve um grande conjunto de grupos musculares e exige muita coordenação
mãos‑olhos para uma boa execução. Assim, é difícil orientar uma intervenção em um treinamento de
backhand, pois o movimento em si não significa muita coisa sem muita precisão por parte do executor
(acertar a bola com a raquete e acertar o local correto do lado da quadra adversária).

É o mesmo caso do lançamento de dardo no atletismo, que necessita de muita coordenação para
ser arremessado na angulação correta. No salto com vara, exige‑se muita velocidade de corrida com a
associação da precisão para acertar a vara no ponto de encaixe e imprimir o movimento coordenado
para ultrapassar o sarrafo.

Observação

Em várias modalidades esportivas em que há o conjunto de grandes


grupamentos musculares associados à precisão essa classificação pode ter
limitações na elaboração do treinamento.

Segundo Magill (2008) e Schmidt e Wrisberg (2010), outra classificação para as habilidades pode se
referir à diferenciação do movimento ou ao tipo de tarefa:

• Habilidades motoras discretas: movimentos com início e fim bem definidos, como ligar e
desligar um interruptor, acionar o pedal de uma embreagem etc.

• Habilidades motoras seriais ou seriadas: consiste em uma sequência de habilidades discretas.


O ato de dar partida em um automóvel configura‑se como uma habilidade serial/seriada, uma
vez que exige uma quantidade de movimentos simples, como ligar o carro, pisar na embreagem,
engatar a marcha etc.

• Habilidades motoras contínuas: movimentos repetitivos, como correr, nadar etc.

Essa classificação pode ser útil na definição de elementos motores para as modalidades e perde a
validez quando classificamos a modalidade. Exemplo: o ato de correr envolve uma passada (habilidade
discreta), mas também exige associação de várias passadas (habilidade seriada); contudo, o ato de correr
é repetitivo e tem como objetivo alcançar um ponto de chegada (habilidade contínua).

Para os profissionais que trabalham com corrida de rua, triátlon ou atletismo, é possível segmentar
os movimentos da corrida, melhorando a coordenação motora das passadas, utilizando‑se de uma série
de movimentos repetitivos que simulem ou até mesmo exercícios que permitam um melhor posicionamento
85
Unidade II

de cintura escapular, evitando que o atleta se curve demais no ato da corrida, diminuindo o gasto
energético desnecessário.

De acordo com Magill (2008), certos fenômenos referentes à maneira como controlamos um
movimento podem ser aplicáveis às habilidades discretas, mas não às habilidades contínuas. Nem
sempre se desenvolve um treinamento específico para melhorar a força, o grau de amplitude articular
ou mesmo a coordenação de uma passada que pode ser aplicável ao ato da corrida em si. Vale entender
a proposição do autor quanto às habilidades classificadas pela importância relativa dos elementos
motores e cognitivos:

• Habilidades cognitivas: o sucesso no desempenho depende mais das ações cognitivas do que
das ações motrizes. Exemplo: xadrez.

• Habilidades motoras: o sucesso no desempenho depende mais das ações motoras do que das
ações cognitivas. Exemplo: levantamento de peso olímpico (LPO).

É de extrema importância essa classificação, pois pode orientar técnicos e professores, guiando o
volume de treinamento total aplicado para cada tipo de habilidade. Vale lembrar que não é possível
afirmar que determinada modalidade desportiva seja exclusivamente cognitiva ou motora. Por
exemplo, em modalidades de luta, o atleta precisa conduzir seus ataques de acordo com a estratégia
predeterminada. Porém, levando em consideração a imprevisibilidade da prática, ele pode conduzir suas
ações táticas de forma diferente no momento do embate. No tênis, por exemplo, as tomadas de decisão
devem ser precisas e imediatas.

Assim, os elementos cognitivos e motores podem ser importantes para quase todos os tipos de
modalidades individuais, mas é importante compreender quais realmente são determinantes.

7.1.1 Características motoras: aquisição do comportamento motor ideal de acordo com


o tipo de modalidade

Os elementos físicos relacionados às habilidades no esporte definem a técnica esportiva, que deve
ser vista de forma dialética com todos os elementos envolvidos com a performance desportiva.

Para isso, é prescindível apresentar conceitos importantes. Não se deve confundir a técnica da
modalidade esportiva individual com a técnica do próprio atleta, pois “a noção de técnica da modalidade
desportiva ou técnica desportiva realmente não corresponde à noção de técnica de realização motora ou
preparação técnica”’ (PLATONOV, 2008, p. 354).

Já demostramos que o ensino da técnica desportiva é complexo, isto é, em associação com os fatores
volitivos, físicos e motores da tarefa a ser executada na situação de competição, a qual também pode
ser modificada e interferir na performance. Um exemplo disso são as modificações das regras do judô,
associadas às mudanças na cobrança da arbitragem, que interfere significativamente na apropriação da
técnica desportiva.

86
ESPORTES INDIVIDUAIS

Miarka (2016) mostrou que, nos campeonatos mundiais de luta greco‑romana entre 2009 e 2011,
os takedowns (técnica de projeção ao solo) foram os golpes mais aplicados. Com a mudança nas regras
em 2013, as ações ofensivas determinantes passaram a ser aplicadas em pé, em especial o gutwrenches
(técnica de submissão) e as variações do suplex (técnica em que o lutador levanta o oponente,
colocando‑o de pernas para o alto). Fica evidente que após a modificação das regras as ações motoras
ficaram mais rápidas e com maior variação.

Segundo Verkhoshansky (2001), alterações de ordem administrativa ou da base esportiva também


podem alterar o foco e/ou as metodologias de treinamento. Isso significa que as organizações racional
e científica também são decisivas na aquisição da técnica desportiva. Nessa perspectiva, consideremos
a evolução motora do gesto de movimento do salto em altura.

Em 1939, Semenovy apresentou a base biomecânica para uma posição mais razoável do corpo dos
saltadores em altura no livro Biomechanics of physical exercise. Mas foi só em 1968, nas Olimpíadas do
México, que um atleta – o americano Dick Fosbury – completou o salto usando as regras estabelecidas
em 1939 e ganhou uma medalha de ouro.

Na estrutura da preparação técnica, é necessário levar em conta não apenas movimentos


básicos, mas também movimentos complementares. A primeira refere‑se aos fundamentos dos
movimentos técnicos esportivos. Sem eles, não há postura atlética. Os movimentos complementares,
por sua vez, constituem elementos isolados e únicos, associados a características individuais.

Para adquirir os elementos motores dos gestos desportivos, há três níveis da preparação técnica:

• representações motoras dos procedimentos e das ações e tentativas de concretizá‑las;

• surgimento da perícia motora;

• formação da habilidade motora.

Nesse sentido, a perícia motora, bem como os resultados da técnica, sua eficácia, sua estabilidade e
sua variabilidade, é indicador preciso da preparação técnica (PLATONOV, 2008).

7.1.2 Características físicas: qualidades de base e especiais

Quando falamos de esportes individuais, estamos nos referindo à capacidade física máxima que um
indivíduo pode fornecer enquanto prática. Na competição, o atleta está contra seu adversário, contra
a natureza ou contra si mesmo. Portanto, as competências que são consideradas no recrutamento de
modelos individuais não são as mesmas que são valorizadas nos esportes coletivos.

Reconhecendo essa particularidade, dá‑se a necessidade de analisar as capacidades físicas gerais e


específicas e entender a sua aplicação aos esportes individuais.

87
Unidade II

Inicialmente, é necessário reconhecer as capacidades físicas diretamente como interações adaptativas


complexas no organismo humano, ou seja, seu desenvolvimento afeta estruturas morfológicas, órgãos
e outros componentes.

Para Gomes (2009), ao interagir com o meio ambiente, o organismo responde internamente por
meio de diferentes capacidades (propriedades). Isso significa que o corpo humano tem capacidades
físicas natas, as quais podem ser desenvolvidas. O autor ainda destaca cinco tipos de capacidades físicas:
“resistência, força, velocidade, flexibilidade e coordenação” (GOMES, 2009, p. 91).

Por seu turno, Bompa (2001) se refere às capacidades físicas como qualidades físicas e, pensando
na realidade esportiva, aponta a inter‑relação entre as cinco qualidades, as quais dão origem a outras,
definidas pelo autor como qualidades biomotoras.

Portanto, para facilitar na definição e possível orientação das qualidades esportivas de acordo com
sua necessidade e especificidade, é importante esclarecer as qualidades esportivas dominantes e não
dominantes, demonstrando suas possíveis combinações. Bompa (2001) propõe a seguinte classificação:

• Força + resistência = resistência muscular: capacidade para executar muitas repetições contra
determinada resistência por um período prolongado.

• Força máxima + velocidade = potência: capacidade para realizar um movimento explosivo no


menor tempo possível.

• Resistência + velocidade = resistência de velocidade: capacidade de manter‑se em alta


velocidade de movimento.

• Velocidade + coordenação + flexibilidade + força = agilidade: mudar o próprio corpo de


posição no menor tempo possível sem perder equilíbrio e coordenação.

• Agilidade + flexibilidade = mobilidade: capacidade para cobrir uma área rapidamente, com um
bom senso de oportunidade e coordenação.

Mesmo podendo analisar isoladamente todas as qualidades físicas, elas não se desenvolvem de
forma unilateral, pois mantêm entre si inter‑relações decisivas na performance esportiva.

Nesse sentido, Dantas (2003) afirma que as qualidades físicas podem ser divididas assim:

• De forma física: desenvolvidas seguindo os critérios científicos da preparação física.

• De habilidades motoras: concernentes às repetições dos gestos motores intervenientes


ao desporto.

Ou seja, o treinamento dessas qualidades não deve se limitar a direcionamentos baseados na


especificidade das qualidades vivenciadas na competição. Nesse sentido, Gomes (2009, p. 92) cita dois
níveis de objetivos para a preparação física:
88
ESPORTES INDIVIDUAIS

• A tarefa do primeiro nível é promover o desenvolvimento multilateral geral das capacidades


físicas, que se baseia na ideia do desenvolvimento harmonioso do ser humano e cria a base para
o aprimoramento da modalidade esportiva em que é praticado.
• A tarefa do segundo nível relaciona‑se às maiores demandas para o desenvolvimento da
capacidade física, destacando assim a especificidade de gênero da modalidade esportiva. Neste
caso, são utilizadas preparações físicas especiais.

Em resumo, o processo de preparação física obriga o atleta a priorizar o aprimoramento das


qualidades físicas básicas e depois transferi‑las para as qualidades físicas específicas da sua modalidade.

Essa consideração vai ao encontro de algumas propostas da Teoria Geral do Treino Desportivo,
segundo a qual, para maximizar a eficácia da preparação física e desportiva, os exercícios devem
aproximar‑se o mais possível, a nível físico e motor, da modalidade desportiva.

Chandler e Brown (2009, p. 284) analisam o conceito de transferência, definido como o

grau em que um exercício de treinamento promove adaptação no desempenho.


Para maximizar o potencial do “efeito de transferência do treinamento”, um
exercício de treinamento deve utilizar níveis aceitáveis de especificidade e
sobrecarga relacionados ao padrão de movimento.

Ampliando esse raciocínio, além de considerar a especificidade dos parâmetros físicos e motores, é
necessário, na preparação física anual para esportes individuais, desenvolver qualidades físicas básicas e
entrelaçadas/específicas das modalidades treinadas.

Para melhor ilustrar esse processo de transferência, daremos o exemplo de atletas que, em seu
processo de preparação anual, no início de sua estrutura de treinamento, utilizam exercícios que em
nada se aproximam do trabalho motor de sua prática. É o caso de nadadores e lutadores, por exemplo,
que usam treinamento de força e resistência para melhorar essas qualidades e a coordenação geral.

8 ESTRUTURA FÍSICA E MATERIAIS PARA A PRÁTICA DAS DISTINTAS


MODALIDADES ESPORTIVAS INDIVIDUAIS

Quanto às modalidades individuais, temos uma grande variedade de práticas, cada uma com suas
particularidades e peculiaridades – portanto, com processos pedagógicos diferentes –, sendo mais
difícil fazer as generalizações. Dentre as mais tradicionais temos o atletismo, o judô, a natação e a
ginástica artística.

Podemos destacar alguns aspectos como:

• não ter necessidade de ações cooperativas;


• possuir características mais previsíveis do comportamento motor, dependendo da modalidade;
• realizar pouca interação entre os sujeitos competidores.
89
Unidade II

O foco das modalidades individuais é o desempenho individual. Elas se concentram em técnicas


únicas, possuem características estruturais e funcionais, e requerem habilidades motoras especiais
(técnicas), assim como, dependendo da modalidade, movimentos técnicos de alto grau de dificuldade.
Muitas vezes a sua prática envolve implementos específicos e exige capacidades motoras específicas e
alto grau de aperfeiçoamento técnico.

O treinamento esportivo não se limita ao uso de técnicas motoras porque ação é produto. A tática e
o lúdico devem ter a mesma prioridade que a técnica para que os processos cognitivos também sejam
enfatizados durante o jogo e tenham significado para o jogador. Esse modelo de pensamento sobre o
desportivismo vem sendo discutido desde o final do século passado em todo o mundo.

Exemplo de aplicação

Entre os conteúdos mais explorados dentro da aula de educação física estão os esportes. Entre
eles, por exercerem maior fascínio e por possibilitarem a prática de uma maior quantidade de alunos,
os esportes coletivos vêm se sobressaindo nessas aulas. No entanto, documentos oficiais da educação
brasileira, como a BNCC e os PCNs, referenciam a importância da prática dos esportes individuais para
conhecimento técnico do aluno, além de trabalharem demais questões como autonomia, autocontrole
e concentração.

Partindo desse pressuposto, veja a seguinte situação:

Você é professor de educação física, e o contudo programático a ser trabalhado é o badminton,


porém você possui apenas duas raquetes e duas petecas para isso. Como você deve aplicar essa aula
utilizando esses poucos materiais de modo a contemplar todos os alunos da turma?

8.1 Modalidades esportivas

Os esportes individuais possuem algumas classificações, conforme podemos ver no quadro a seguir:

Quadro 2

São esportes nos quais os participantes competem comparando suas marcas.


Esportes de marca Nas corridas, por exemplo, vence quem completar o percurso no menor tempo.
O objetivo é alcançar a maior distância
Têm como objetivo acertar ou se aproximar de alvos estacionários ou em
movimento. O objeto que deve atingir o alvo pode ser lançado de diferentes
Esportes de precisão maneiras dependendo da modalidade. Semelhante ao tiro ou tiro com arco,
você pode projetar suas armas
Os esportes de rede têm o objetivo geral de jogar a bola por cima de uma
rede na quadra do adversário para dificultar a devolução. Alguns esportes em
rede permitem que a bola quique pela quadra, como tênis e padel. Em outras
modalidades, constitui um ponto onde a bola ou objeto disputado toca a
Esportes de rede e parede quadra de jogo, como no caso do vôlei. Já os esportes de parede são aqueles em
que os participantes atacam alternadamente a bola e batem nela contra uma
parede reflexa. O ponto ocorre quando um dos jogadores não responde aos
ataques do oponente

90
ESPORTES INDIVIDUAIS

Trata‑se das lutas e das artes marciais. Cada estilo de luta tem suas próprias
regras e ataques predefinidos, podendo ser realizados em combate corpo
Esportes de combate a corpo ou com itens, assim como na esgrima. O objetivo é marcar pontos
atacando, dominando ou nocauteando seu oponente
Visam proteger sua base e rebater a bola de forma que a equipe adversária
Esportes de campo e taco demore a assumir o seu controle
São aqueles em que atletas cumprem uma rotina de movimentos e são
Esportes técnico‑combinatórios avaliados por uma banca de juízes que julgam o grau de dificuldade da
execução e a precisão dos movimentos

8.1.1 Pontos importantes a serem levados em consideração

Há pouca preocupação de técnicos e atletas quanto às instalações e aos equipamentos utilizados


nas provas e competições. No entanto, esta é uma das variáveis mais relevantes que podem afetar o
desempenho e, neste contexto, merecem especial atenção:

• a qualidade de revestimento ou o tipo de piso (quadra sintética, natural etc.);

• o período do dia em que as provas serão realizadas;

• o cronograma (comum, incomum);

• o tipo de iluminação (natural ou artificial, intensidade e distribuição);

• a qualidade dos equipamentos (novos, antigos, padronizados, não padronizados);

• os alojamentos (confortáveis, desconfortáveis, distância do local de competição).

Saber prever essas condições permite ao treinador afinar o processo de treino com o objetivo de
evitar situações que surpreendam o atleta no dia da competição.

Muitos atletas, durante determinado período de treinamento, tendem a se adaptar a determinada


geografia, como altitude e clima. O desempenho em grandes altitudes está diretamente relacionado a
fatores fisiológicos que requerem processos adaptativos.

Se a altitude estiver acima do nível do mar, a pressão do ar cairá. Ao contrário do que geralmente
é recomendado, é importante notar que o teor de O2 não muda em altitude (20,93%), e a pressão
atmosférica dificulta a captura de O2. Sendo a difusão desse gás condicionada por gradientes de
pressão, quanto menor a pressão atmosférica, mais fraca é a difusão de O2 nos alvéolos, reduzindo a
porcentagem de saturação da hemoglobina e o transporte de O2.

Algumas pesquisas sugerem que a adaptação por ferramentas que mimetizam hipóxia pode melhorar o
desempenho em partidas em que essa variável se apresenta como condição. No entanto, tais estudos
são muitas vezes contraditórios. Nesse sentido, importantes considerações têm sido feitas a respeito do
método de treinamento live high/train low, no qual os atletas vivem em grandes altitudes e treinam
91
Unidade II

em baixas altitudes, geralmente com o objetivo de melhorar o desempenho ao nível do mar. A ideia
principal é colher os benefícios da aclimatação em alta altitude, mantendo a intensidade do treinamento
em baixa altitude. Sob essa ótica, Carvalho (2015) evidenciou que esse tipo de treinamento se mostra
eficiente para a melhora do condicionamento físico de atletas de alto rendimento. Porcari et al. (2016)
consideraram que um treinamento de cicloergômetro ao longo de seis semanas com a máscara não
parece atuar como um simulador de altitude, mas como um dispositivo de treinamento muscular
respiratório. Já Zagatto, Cavalcante e Moraes (2007) sinalizaram que não há mudanças significativas
em variáveis anaeróbias. Por sua vez, Geller (2005), ao examinar atletas em treinamento hipóxico
intermitente (THI), encontrou algumas adaptações sobre parâmetros hematológicos, capacidade
aeróbica e o desempenho de corrida em condições de hipóxia e normóxia, indicando que o método
pode ser usado, ao nível do mar, como alternativa de preparação para competições em altitude.

Observação

A previsão das condições meteorológicas da cidade ou estado em que


decorre a competição, tendo em conta a previsão para o dia do evento, é
também uma vantagem em termos de desempenho.

Pallotta, Herdies e Gonçalves (2015) estudaram a relação entre clima, desempenho térmico e conforto
para a maratona do Rio de Janeiro usando previsões meteorológicas aplicadas aos esportes. Segundo
os autores, a avaliação das condições meteorológicas e de conforto térmico em pontos específicos da
maratona mostrou diferenças significativas entre as etapas da prova e que a relação entre a situação
termicamente mais confortável/desconfortável e o melhor/pior tempo é válida nessa competição.

8.2 Estrutura de jogo

Embora menos importantes nas aulas de educação física, esportes individuais são um importante
componente do campo, pois promovem os principais benefícios do praticante, como autonomia, melhora
da concentração e crescimento pessoal. Como esses esportes são diversos e possuem características
distintas, requerem atenção especial do professor no processo de ensino‑aprendizagem, a partir de uma
metodologia adequada que possibilite vivências em sala de aula que possam proporcionar ao aluno
uma ferramenta importante para a cultura física do movimento.

8.2.1 Programas de desenvolvimento das modalidades esportivas individuais

Como vimos anteriormente, os esportes individuais possuem estruturas muito diferentes, podendo
ser classificados de acordo com suas interações e/ou seus objetivos, características que, segundo Vancini
et al. (2015), particularizam o processo pedagógico e metodológico de ensino-aprendizagem, dada a
dificuldade de se ter um método generalizador que possa abranger todos esses esportes.

92
ESPORTES INDIVIDUAIS

Sobre as características que devem ser consideradas na hora da aprendizagem, os autores ainda
afirmam:

No que tange às características das modalidades individuais temos, em geral,


que elas não exigem ações cooperativas. Além disso, são centradas em provas,
podem ter um caráter mais previsível das ações motoras dependendo da
modalidade, proporcionam pouca interação entre sujeitos, apresentam
uma diversidade de perspectivas e contextos e possuem particularidades e
especificidades técnicas (VANCINI et al., 2015, p. 148).

Nesses esportes a ideia de cooperação, interação e trabalho em equipe é diminuída, assim como
outra característica comum das modalidades coletivas: a imprevisibilidade das ações.

A partir desses padrões, o foco no ensino do esporte individual está no desempenho do aluno/
atleta com base na técnica, enfatizando os gestos motores relacionados aos fundamentos e habilidades
motoras específicas do esporte em questão. No entanto, isso não significa que essas modalidades não
precisem de estratégia e tática, mas sim que elas assumem menos importância do que a técnica.

Como foi visto até aqui, não existe uma única maneira de ensinar esses formatos, pois eles têm
propriedades diferentes. Isso nos deixa abordar cada um dos dois métodos de ensino esportivo com
movimentos básicos para todos os outros esportes: atletismo e ginástica.

Segundo Vancini et al. (2015), a base motora da ginástica são os elementos corporais denominados
movimentos, saltos, giros, rolos, balanços, suspensões, equilíbrios e apoios, que se originam tanto
da ginástica artística quanto da rítmica, além dos esportes acrobáticos e da ginástica de trampolim,
aeróbica e geral. Esses sintomas dependem do tipo de aparelho utilizado, de a música ser ou não tocada
durante a atividade e da disposição do praticante.

O ensino nessa modalidade pode ocorrer tanto na educação quanto no esporte. Na primeira
modalidade, os exercícios são mais formativos, com o intuito de que todos possam praticar com o
curso desenvolvido durante o período de educação física como preparação corporal, sem exigir um
alto nível técnico em movimento (VANCINI et al., 2015). No caso da ginástica para fins esportivos,
os exercícios buscam o caráter competitivo de atletas devidamente selecionados com as turmas,
visando a um treinamento específico para cada modalidade de acordo com as regras que exigem
movimentação perfeita.

Quanto à metodologia de ensino, Nista‑Picollo (2004, p. 32) propõe, a partir do método de


desenvolvimento:

A GA é composta por elementos considerados fundamentais para o


desenvolvimento motor do ser humano, tais como o rolar, o equilibrar‑se,
o saltar, o girar, entre muitos outros. Aprender a executá‑los, combinando‑os
em sequência de movimentos, facilita o aprimoramento das capacidades
físicas mais complexas e amplia as possibilidades de desempenho de
habilidades motoras.
93
Unidade II

O autor destaca, ainda, que o professor deve atentar para o que o aluno já sabe sobre movimento,
saber o que ele faz com mais facilidade e seu nível de motivação para realizar a tarefa, proporcionar
um ambiente favorável e conhecer os métodos facilitadores do ensino do movimento no aprendizado
técnico – a capacitância de usar o brincar (NISTA‑PICOLLO, 2004). Também é importante que, depois de
aprender um movimento, o aluno seja capaz de associá‑lo a um novo.

Vancini et al. (2015) sugerem que os padrões básicos de movimento são uma excelente maneira de
ensinar calistenia, pois ajudam a desenvolver outras habilidades motoras no esporte e na vida cotidiana,
promovendo o aprendizado do próprio corpo. Dessa forma, o conteúdo é dividido em desembarques,
movimentos, tacões e balanços. Os autores recomendam que as atividades mais difíceis sejam
ensinadas em partes por questões de segurança, incentivando o aluno a se aprontar psicologicamente
para a tarefa.

Por sua vez, o atletismo compreende uma modalidade que, durante o ensino‑aprendizagem, precisa
ser adequada pelo professor, pois são raras as pistas para a sua realização no Brasil, o que não deve,
entretanto, desestimular a sua prática.

Entre as possibilidades de metodologia para o ensino do atletismo, Matthiesen (2005) apresenta


a proposta da divisão por provas, em que o professor de educação física começaria pelas corridas rasas, de
meio fundo e de fundo, seguindo com as barreiras, os saltos (em distância, triplo, com vara e em altura),
os lançamentos (de dardo, martelo e disco) e o arremesso de peso. O autor afirma ainda que o professor
também pode trabalhar a partir de atividades de tempo livre, conhecimentos gerais de motricidade e
conhecimentos específicos de provas oficiais.

Adaptando‑se à idade dos alunos, Pieri e Huber (2013) enfatizam que o atletismo deve ser praticado
de forma lúdica dentro da escola, inserindo e dominando a modalidade que contribui para a aquisição de
gestos e movimento motor, aptidões essenciais para o desenvolvimento das crianças.

Oliveira (2006) sugere que uma das formas de ensinar esportes desde as primeiras séries se dá por
jogos adaptados, que promovem a compreensão do esporte, com possibilidade de adaptação de materiais,
modificação de regras, redução de distância e de altura, alteração de pesos e utilização de partidas para
permitir que o atletismo seja jogado por todas as faixas etárias. O autor sugere ainda que, se o professor
não tiver os materiais necessários, deve edificar materiais alternativos, tendo como matéria‑prima
produtos recicláveis e a natureza: dardos podem ser feitos com vassouras; blocos de partida, com tocos
de madeira; peso das bolas, com areia; discos, com tampas de panela; tacões podem ser transformados
em colchões etc.

Cabe ressaltar que o atletismo pode ser treinado com jogos como corridas de revezamento, pega‑pega
e histórias que incentivem os alunos a pular e arremessar.

94
ESPORTES INDIVIDUAIS

Saiba mais
A prefeitura da cidade de São Paulo, juntamente com a Secretaria
de Esportes, Lazer e Recreação, traz um guia didático de esportes
individuais terrestres:
SÃO PAULO (cidade). Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação. Guia
didático: modalidades esportivas individuais terrestres (versão preliminar).
São Paulo, 2013. Disponível em: https://cutt.ly/B2UvZY3. Acesso em:
6 jan. 2023.

8.2.2 Implicações pedagógicas e formação esportiva: iniciação e especialização

O ensino fomenta a aprendizagem como algo valioso no processo formativo do aprendiz, pressuposto
a partir do qual a personalidade e as perspectivas de compreensão do mundo são desenvolvidas. Todas as
práticas desportivas podem melhorar a qualidade de vida em qualquer idade, além de promover melhor
condicionamento físico e aptidão motora, integração social, satisfação pessoal e consciência cultural
(TANI; BENTO; PETERSEN, 2006).

No desporto, o ensino pode ter lugar em escolas, clubes desportivos e de lazer, bem como em
academias ou qualquer outro local onde o seu “coração” seja determinado pela forma como são
promovidos os benefícios pretendidos.

O nível de qualidade das propostas esportivas está diretamente ligado à organização do conteúdo
do treinamento com bases atualizadas e à viabilidade do programa, que deve ser coerente, levando em
consideração sua própria estrutura e as pessoas atendidas (TANI; BENTO; PETERSEN, 2006).

É necessária uma proposta de ensino que priorize modelos analíticos no ensino de esportes coletivos,
mesmo que sejam substituídos por outras ofertas voltadas ao treinamento esportivo para desenvolver
o conhecimento tático e técnico. Nesse contexto, destaca‑se a aprendizagem situacional, composta
por jogos e brincadeiras resultantes da associação de diversos condicionantes e que enfatiza a relação
pessoa‑ambiente‑tarefa. A metodologia desse perfil foca na aprendizagem não intencional/intencional
(TANI; BENTO; PETERSEN, 2006).

As regras táticas na aprendizagem situacional são postuladas de forma que o ato de brincar leve
ao aprendizado, o qual, por sua vez, é realizado por meio do brincar. Assim, em idades precoces, deve
prevalecer a aprendizagem acidental, em que as habilidades são realizadas de forma implícita, ou seja,
o aprendiz tem pouco ou nenhum conhecimento (conhecimento explícito ou declarativo) em relação
às habilidades tecnológicas que exerce, o que representa um tipo de metodologia que promova o
aprendizado da técnica em uma situação real de jogo (TANI; BENTO; PETERSEN, 2006).

Os modelos analíticos devem ser retidos, principalmente nas iniciações, pois a coordenação e o
desenvolvimento de aptidões tecnológicas no processo de ensino-aprendizagem são necessários
e urgentes.
95
Unidade II

Os processos de ensino‑aprendizagem‑treinamento voltados ao aprimoramento das habilidades de


jogo devem coincidir com a aprendizagem motora. Isso corresponde ao ensino‑aprendizagem‑formação
dos elementos de coordenação e técnicos (ROTH; KRÖGER; MEMMERT, 2002). Assim, o jogo potencializa a
aprendizagem tática e a logística interna, sem os desgastes das propostas analíticas, que exigem muitas
repetições das técnicas, como se fossem um pré‑requisito para a iniciação no jogo.

8.2.3 Ensino por meio dos jogos

A categorização dos jogos esportivos de acordo com o processo de aprendizagem por meio de jogos
leva em consideração a evolução da aprendizagem e o contexto em que os jogos esportivos devem ser
desenvolvidos com os devidos ajustes. A progressão global inicial, que antecede aspectos específicos,
começa em cada jogo e vai para o jogo como um todo (MURCIA et al., 2008).

Jogos individuais devem ser oferecidos antes dos jogos coletivos, embora, vale ressaltar, a tática deva
evoluir gradativamente, sem privilegiar a técnica que no momento pode ser utilizada, mas como elemento
reduzido. Essa sequência metodológica pode ser manipulada pelo professor, respeitando a individualidade
dos alunos e incluindo vários jogos ao mesmo tempo (MURCIA et al., 2008).

No planejamento de um jogo esportivo modificado é importante organizar mudanças nas


características do jogo, como espaço, tempo, número de jogadores, materiais e estratégias utilizadas, e
as regras e técnicas devem aparecer na hora em que o jogador quiser ir para o avanço da aprendizagem
(MURCIA et al., 2008).

A partir da figura a seguir, podemos fazer algumas reflexões sobre os jogos individuais e coletivos:

Jogos esportivos

Individuais
1 • De meio fixo
2 • De meio variável
3 • Com presença de companheiros alternadamente
4 • Com presença de companheiros simultaneamente
5 • De adversário:
6 —De derrubar
7 — De tocar
8 — De golpe

Coletivos
9 • De cooperação
10 • De cooperação-oposição

Domínio dos jogos esportivos

Figura 38 – Progressão do ensino nos jogos esportivos modificados

Adaptada de: Murcia et al. (2008, p. 152).

96
ESPORTES INDIVIDUAIS

Além da aprendizagem situacional – portanto, em situações de jogo –, outros métodos podem


ser aplicados para o ensino‑aprendizagem‑treinamento do esporte em modalidades coletivas, como
exercícios analíticos, exercícios sincronizados e jogos e brincadeiras (PAES; BALBINO, 2005; TANI; BENTO;
PETERSEN, 2006; TEODORESCU, 1984).

Os exercícios analíticos referem‑se à fase de aperfeiçoamento dos técnicos e são realizados na


maioria dos casos a partir de uma fragmentação das situações de jogo. Ações individuais que envolvem
apenas um arremesso são frequentemente sugeridas, como o arremesso e o lance livre no basquetebol,
o chute no futebol e o lance livre no handebol. Já os exercícios sincronizados combinam dois ou mais
elementos básicos para fins de melhoria. É uma técnica semelhante ao treinamento analítico, embora
envolva vários esportes principais e mais de um jogador. Por meio das brincadeiras que favorecem o
trabalho rigoroso dos elementos técnicos dos gestos esportivos e enfatizam a ludicidade do esporte, é
possível simular situações de jogo, aprender e/ou treinar aptidões motoras gerais (PAES; BALBINO, 2005;
TANI; BENTO; PETERSEN, 2006; TEODORESCU, 1984).

Em suas diversas possibilidades, o jogo sempre deve estar incluído nas modalidades esportivas,
tendo em vista o seu perfil de facilitação pedagógica, que favorece a aplicação lúdica da vivência real
e estimula a criatividade individual e coletiva. Principalmente, o jogo promove a participação, a alegria,
a cooperação e, ainda, estimula a motivação geral, aprimorando a compreensão da técnica e da tática,
com suas imprevisibilidades e desafios (TEODORESCU, 1984).

8.2.4 Papéis do professor e do aluno no processo ensino‑aprendizagem‑treinamento


dos esportes

A aprendizagem é o processo de mudança de comportamento por meio da experiência baseada em


fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais que resulta da interação entre as estruturas
mentais e ambientais, e o professor é coautor do processo de aprendizagem do aluno. Nessa abordagem
centrada na aprendizagem, o conhecimento está sendo continuamente construído e reconstruído.

Trata‑se de uma identidade docente comprometida com o ensino do esporte, no intuito de


qualificar seus saberes, tornando‑os amplos. O planejamento ocorre para atender de forma mais
abrangente as necessidades de cada indivíduo dentro das modalidades esportivas durante o processo
de ensino‑aprendizagem e nortear as etapas do treinamento desportivo.

Deve‑se ter coerência na sua atuação, ainda mais se estiver atuando em grupo, compreendendo
assim o seu papel e cumprindo suas metas. Também é necessário identificar, reconhecer e compreender
o aluno de forma integral, reconhecendo as suas necessidades de desenvolvimento (físico, mental,
emocional etc.).

Sempre que possível, deve‑se trabalhar de forma colaborativa com outros profissionais, trocando
aprendizados, compartilhando desafios e até propondo estratégias articuladas que respondam às
demandas de treinamento. Também é importante analisar a infraestrutura do local de treinamento,
propor condições minimamente possíveis para sua realização, apontar necessidades de infraestrutura,

97
Unidade II

apresentar projetos e ações inovadoras e se envolver com atividades do programa que extrapolem a
sala de aula.

Nesse processo, é importante o papel do aluno. Ele deve participar desse envolvimento não somente
como alguém que irá receber o conhecimento, mas também em sua construção, pois é extremamente
importante nessa relação ensino‑aprendizado. O professor não deve se colocar no papel centralizador,
como aquele que detém todo o conhecimento, mas como alguém que vai orientar os percursos de
pesquisa e de descoberta do conhecimento do aluno.

98
ESPORTES INDIVIDUAIS

Resumo

Nesta unidade, estudamos as chamadas modalidades combinadas e


pudemos observar que algumas modalidades possuem mais de um tipo
de combinação. A questão que fica é a seguinte: Como realizar o processo
formativo para essas modalidades? Simplificando, é difícil pensar na
importante variável da especificidade. Os modelos de preparação física para
essas modalidades estão entre os mais difíceis de organizar e manter.

As principais competições do ano são em número reduzido, permitindo


aos atletas tempo de preparação maior do que o tempo de competição. As
vias metabólicas, assim como todo o corpo do atleta, são muito exigidas
neste tipo de competição. Com isso, eles precisam ter todas as suas qualidades
físicas bem desenvolvidas.

A adaptação é o processo de ajuste do corpo às condições que afetam


sua zona de conforto. O perigo é que qualquer estímulo estressante
imposto ao organismo durante determinado período pode fazer com que
ele se adapte. Ao considerar as reações das atividades competitivas em
esportes abertos, o processo adaptativo leva em consideração os aspectos
físicos e motores da tarefa.

O processo de orientação da adaptação deve ser baseado em uma


estrutura organizacional de longo prazo. Isso significa que, ao planejar
uma grande estrutura de treinamento, não se deve focar apenas nas partidas
do calendário, mas em todas as partidas futuras. Para responder a isso, é
necessário especificar como as adaptações são tratadas na construção das
macroestruturas de aprendizagem dos atletas e explicar como as cargas
podem ser direcionadas.

O desinteresse político e as dificuldades sociais dificultam a formação


de uma política estadual de seleção e formação de quadros esportivos.
Os ciclos de treinamento plurianuais variam de 8 a 12 anos, abrangendo de
2 a 3 ciclos olímpicos. O planejamento de longo prazo deve levar em conta
as fases cognitiva, física e de mobilidade dos jovens atletas.

A especialização precoce pode prejudicar permanentemente os jovens


e a cultura esportiva de sua cidade, estado e/ou país. É plausível dizer que
um jovem que alcança altos resultados desde cedo também pode sofrer
uma queda prematura de desempenho. Na prática, os ajustes produtivos só
são possíveis quando a organização da macroestrutura causa dificuldades.

99
Unidade II

O aluno atleta, ex‑atleta ou atleta recreativo certamente já se envolveu


pelo menos uma vez em situação competitiva na escola ou clube.
Diferentes modelos de evento esportivo requerem preparações específicas,
determinadas por fatores como calendário esportivo, organização de acordo
com os regulamentos oficiais da competição e regras oficiais asseguradas
pela arbitragem.

No Brasil há diferentes formatos de competição, tanto em esportes


de participação quanto em esportes de alto rendimento ou educacionais.
Os tipos de jogos esportivos podem variar dependendo do número de
participantes, do local e da importância deles. Segundo Platonov (2008),
os critérios aplicados para rotular as partidas levam em consideração as
metas, os objetivos, o estilo organizacional e as características dos atletas.

Em geral, no atletismo, na natação e em outros esportes individuais


existem duas etapas: a fase classificatória e a final. Na primeira fase, serão
selecionados os atletas com os melhores resultados, que eventualmente
participarão da fase final. No que diz respeito ao número de participantes,
as competições podem ser individuais, mistas ou por equipe.

A nomenclatura dos esportes oferece uma perspectiva relacionada a


cada modalidade. Para reconhecer essas características, é necessário recorrer
a classificações que podem ser unidimensionais ou bidimensionais. Os
elementos determinantes físicos se ligam aos determinantes motores,
caracterizando o que chamamos de gesto técnico ou técnica esportiva.

Os elementos físicos relacionados às habilidades esportivas definem a


técnica esportiva e devem ser vistos dialeticamente com todos os elementos
envolvidos no desempenho esportivo. É importante não confundir a técnica
da modalidade esportiva individual com as técnicas do próprio atleta.
O ensino da técnica esportiva é complexo, ou seja, em associação com os
fatores volitivos, físicos e motores da tarefa a ser realizada.

O treinamento esportivo não se limita ao uso de técnicas motoras.


A tática e o entretenimento devem ter a mesma prioridade que a técnica
para que os processos cognitivos também sejam enfatizados durante o
jogo. Esse modelo de pensar o espírito esportivo vem sendo discutido em
todo o mundo desde o final do século passado.

Esportes individuais são um importante componente da modalidade,


pois promovem os principais benefícios para o praticante, como autonomia,
melhora da concentração e crescimento pessoal. Como esses esportes
possuem características distintas, requerem atenção especial do professor no
processo de ensino‑aprendizagem, com base em uma metodologia adequada.
100
ESPORTES INDIVIDUAIS

Esportes individuais têm estruturas muito diferentes e podem ser


classificados de acordo com suas interações e/ou objetivos; neles, a ideia de
cooperação, interação e trabalho em equipe é diminuída. Com base nesses
padrões, o foco no ensino de esportes individuais é o desempenho do aluno
atleta com base na técnica.

Não existe um padrão para ensinar esses formatos, porque eles têm
propriedades diferentes. Isso não significa que essas modalidades não
precisam de estratégia e tática, mas sim que assumem menos importância
do que a técnica. Isso nos permite cobrir cada um dos dois métodos de
ensino de esportes.

Aprender a executá‑los, combinando‑os em uma sequência de


movimentos, facilita o aprimoramento de habilidades físicas mais complexas.
Vancini et al. (2015) sugerem que os padrões básicos de movimento são
uma excelente maneira de ensinar calistenia, pois ajudam a desenvolver
outras habilidades motoras.

O atletismo compreende uma modalidade que, durante o


ensino‑aprendizagem, precisa ser adaptada pelo professor. Há poucas pistas
para sua realização no Brasil, o que não deve desestimular sua prática.
Dessa forma, o conteúdo é dividido em movimento, saltos e balanços.

Oliveira (2006) sugere que uma das formas de ensinar o esporte desde
as séries iniciais se dá por jogos adaptados. Dardos podem ser feitos com
vassouras; blocos de partida, com tocos de madeira; pesos das bolas,
com areia; discos, com tampas de panela; tacões podem ser transformados
em colchões etc.

Todas as práticas esportivas podem melhorar a qualidade de vida


em qualquer idade, além de promover melhor condicionamento físico e
aptidão motora. O ensino pode decorrer em escolas, clubes desportivos e de
lazer, bem como em ginásios. O nível de qualidade das propostas esportivas
está diretamente ligado à organização do conteúdo do treinamento com
bases atualizadas.

Esse perfil se concentra na aprendizagem não intencional/intencional.


As regras táticas na aprendizagem situacional são postuladas de tal
forma que o ato de brincar leva à aprendizagem. Os modelos analíticos
devem ser mantidos, especialmente nas iniciações. Os processos de
ensino‑aprendizagem‑treinamento voltados para o aprimoramento das
habilidades lúdicas devem coincidir com a aprendizagem motora.

101
Unidade II

A categorização dos jogos esportivos de acordo com o processo


de aprendizagem por meio de jogos leva em consideração a evolução da
aprendizagem, portanto jogos individuais devem ser oferecidos antes dos
jogos coletivos, embora, vale ressaltar, a tática deva evoluir gradativamente.
Essa sequência metodológica pode ser manipulada pelo professor
respeitando a individualidade dos alunos ao incluir vários jogos ao mesmo
tempo (MURCIA et al., 2008).

Além da aprendizagem situacional e, portanto, em situações de jogo, outros


métodos podem ser aplicados para o ensino‑aprendizagem‑treinamento
do esporte em modalidades coletivas. Eles incluem exercícios analíticos,
exercícios sincronizados e jogos. Os exercícios analíticos referem‑se à fase
de aperfeiçoamento dos treinadores e são realizados na maioria das vezes
a partir de uma fragmentação das situações de jogo.

102
ESPORTES INDIVIDUAIS

Exercícios

Questão 1. Algumas das teorias abordadas no livro‑texto são as citadas a seguir:

— Teoria da Territorialidade.

— Teoria da Facilitação Social.

— Teoria da Percepção do Apoio Social.

Em relação a essas teorias, avalie as descrições I, II e III.

• Descrição I: o foco está nas alterações de comportamento relacionadas às tarefas provocadas pela
presença de observadores.

• Descrição II: os indivíduos identificam‑se com certos locais, protegendo‑os contra quaisquer
intrusões.

• Descrição III: as competições são analisadas com base nas percepções generalizadas de apoio
dos indivíduos.

As descrições I, II e III referem‑se, respectivamente,

A) à Teoria da Territorialidade, à Teoria da Facilitação Social e à Teoria da Percepção do Apoio Social.

B) à Teoria da Territorialidade, à Teoria da Percepção do Apoio Social e à Teoria da Facilitação Social.

C) à Teoria da Facilitação Social, à Teoria da Territorialidade e à Teoria da Percepção do Apoio Social.

D) à Teoria da Facilitação Social, à Teoria da Percepção do Apoio Social e à Teoria da Territorialidade.

E) à Teoria da Percepção do Apoio Social, à Teoria da Facilitação Social e à Teoria da Territorialidade.

Resposta correta: alternativa C.

Análise da questão

Conforme visto no livro‑texto, as teorias citadas na questão têm estas descrições:

• Teoria da Territorialidade: segundo essa teoria, os indivíduos identificam‑se com certos locais,
protegendo‑os contra quaisquer intrusões.

103
Unidade II

• Teoria da Facilitação Social: essa teoria tem como foco as alterações de comportamento
relacionadas às tarefas provocadas pela presença de observadores. Nessa situação, “pretende‑se
explicar a vantagem de competir em casa pelos efeitos provocados pela presença e participação
do público no jogo”.

• Teoria da Percepção do Apoio Social: as competições são analisadas com base nas percepções
generalizadas de apoio dos indivíduos. Se as equipes disputam os jogos em casa, isso produz
nos jogadores, nos treinadores e na comissão uma sensação de apoio social positiva (SAMPAIO;
JANEIRA, 2005).

Questão 2. No que se refere aos esportes individuais, em relação à formação da adaptação em curto
prazo, assinale a alternativa que mostra, correta e ordenadamente, as etapas envolvidas:

A) Manutenção constante dos recursos funcionais ao longo de um programa de treinamentos,


adquirido pela soma dos efeitos de curto prazo; transformações nos órgãos e nos tecidos do sistema
funcional decorrentes da manutenção do programa de treinamento; e estabilidade dos sistemas
funcionais e estreitamento da inter‑relação dos órgãos reguladores e executores.

B) Transformações nos órgãos e nos tecidos do sistema funcional decorrentes da manutenção do


programa de treinamento; manutenção constante dos recursos funcionais ao longo de um programa de
treinamentos, adquirido pela soma dos efeitos de curto prazo; e estabilidade dos sistemas funcionais e
estreitamento da inter‑relação dos órgãos reguladores e executores.

C) Estabilidade dos níveis altos do sistema funcional; aumento bruto da frequência cardíaca,
ventilação pulmonar, consumo de oxigênio e acúmulo de lactato; e perturbação do equilíbrio em virtude
da fadiga dos centros de controle nervoso e do esgotamento das reservas de carboidratos.

D) Perturbação do equilíbrio em virtude da fadiga dos centros de controle nervoso e do esgotamento


das reservas de carboidratos; aumento bruto da frequência cardíaca, ventilação pulmonar, consumo de
oxigênio e acúmulo de lactato; e estabilidade dos níveis altos do sistema funcional.

E) Aumento bruto da frequência cardíaca, ventilação pulmonar, consumo de oxigênio e acúmulo de


lactato; estabilidade dos níveis altos do sistema funcional; e perturbação do equilíbrio em virtude da
fadiga dos centros de controle nervoso e do esgotamento das reservas de carboidratos.

Resposta correta: alternativa E.

104
ESPORTES INDIVIDUAIS

Análise da questão

Vimos, no livro‑texto, que a formação da adaptação em curto prazo pode ser dividida nas três etapas
apresentadas a seguir:

• Etapa 1: aumento bruto da frequência cardíaca, ventilação pulmonar, consumo de oxigênio e


acúmulo de lactato.

• Etapa 2: estabilidade dos níveis altos do sistema funcional.

• Etapa 3: perturbação do equilíbrio em virtude da fadiga dos centros de controle nervoso e do


esgotamento das reservas de carboidratos.

105
REFERÊNCIAS

Textuais

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AMADIO, A. C. (org.) Esporte e atividade física: interação entre o rendimento e qualidade de vida.
Barueri: Manole, 2002.

BANDURA, A. Social learning theory. Londres: Prentice Hall, 1977.

BARROS, J. A. História comparada: um novo modo de ver e fazer a história. Revista de História
Comparada, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 1‑30, jun. 2007.

BENTO, J. O. Pedagogia do desporte: definições, conceitos e orientações. In: TANI, G.; BENTO, J. O.;
PETERSEN, R. D. S. (org.). Pedagogia do desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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