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Material de Apoio - Curso LOCAL de CRIME - ONLINE - Dia 1

As Ciências Forenses são disciplinas técnico-científicas que auxiliam na elucidação de infrações penais, enquanto a criminalística se concentra na análise de vestígios para reconstruir eventos e identificar autores. O trabalho pericial envolve isolamento e preservação do local do crime, garantindo que a cena permaneça inalterada até a chegada dos peritos, a fim de obter informações precisas para a investigação. A legislação estabelece diretrizes para a atuação dos peritos e a preservação das evidências, assegurando a integridade do processo judicial.

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Material de Apoio - Curso LOCAL de CRIME - ONLINE - Dia 1

As Ciências Forenses são disciplinas técnico-científicas que auxiliam na elucidação de infrações penais, enquanto a criminalística se concentra na análise de vestígios para reconstruir eventos e identificar autores. O trabalho pericial envolve isolamento e preservação do local do crime, garantindo que a cena permaneça inalterada até a chegada dos peritos, a fim de obter informações precisas para a investigação. A legislação estabelece diretrizes para a atuação dos peritos e a preservação das evidências, assegurando a integridade do processo judicial.

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MATERIAL DE APOIO

As Ciências Forenses são multidisciplinares e foram conceituadas por Eraldo Rabello em 1947

como: ​“Disciplina técnico-cientifica por natureza e jurídico-penal por destinação, a qual concorre para a

elucidação e a prova das infrações penais e da identidade dos autores respectivos, por meio da pesquisa,

do adequado exame e da interpretação correta dos vestígios materiais dessas infrações.”

A palavra forense refere-se a foro que é relativo a tribunais e justiça. Por essa razão, quaisquer

modulo aplicado para finalidade jurídica é forense, exemplo: biologia forense, psicologia forense,

veterinária forense...

A criminalística é o principal módulo técnico aplicado em perícias, sejam elas quais forem,
independentemente de seu âmbito judicial.

Em 2013, Alberi Espindula conceituou a criminalística como:

Contato: [email protected] ou [email protected] – Profa Esp. Laís Ubaldo


Curso – Vestígios Biológicos: do Local de Crime ao Laboratório - ONLINE

Profa Esp. Laís Ubaldo – Perita Judicial e Consultora Técnica

CRBio 109592/01-D

“Ciência que se utiliza do conhecimento de outras ciências para poder realizar o seu mister, qual

seja, o de extrair informações de qualquer vestígio encontrado em local de infração penal, que propiciem

a obtenção de conclusões acerca deste fato ocorrido, reconstituindo os gestos do agente da infração e se

possível, identificando-o.”

O objetivo da criminalística é buscar a verdade através da prova técnico- científica, estabelecendo

vínculos entre pessoas, circunstâncias e o fato delituoso. Os princípios fundamentais são: observação,

análise, interpretação, descrição e documentação.

Ser perito é ser um expert em algo. Em âmbito judicial, classificamos as perícias criminais como

sendo de responsabilidade do perito criminal policial civil ou federal e perícias cíveis como sendo de

responsabilidade de peritos judiciais.

Há três maneiras de trabalhar com perícia investigativa:

• Perito Ad Hoc: Na falta de perito oficial, a perícia poderá ser realizada por dois peritos

criminais do tipo ad hoc, portadores de diploma de curso superior, preferencialmente na área

específica, dente as que tiverem habilitação técnica relacionada à natureza da perícia.

• Perito Judicial: é o técnico ou especialista que opina sobre questões que lhe são submetidas
pelas partes, ou pelo juiz, a fim de esclarecer fatos que auxiliem o julgador a formar sua

convicção. Não é funcionário público, trabalha em forma autônoma no auxílio da justiça.

• Perito Criminal: é o servidor público, policial ou não, pertencentes aos quadros dos Institutos

de Criminalística, Institutos de Perícias, Institutos de Identificação, e dos órgãos da Polícia

Científica e afins, que está devidamente investido por concurso público nos cargos de nível

superior.

Carlos Kehdy conceituou local de crime como “toda área onde tenha ocorrido qualquer fato que

reclame as providências da polícia.”

De acordo com Eraldo Rabello, “local de crime é a porção do espaço compreendida num raio que,

tendo por origem o ponto no qual é constatado o fato, se estenda de modo a abranger todos os lugares em

que, aparente, necessária ou presumivelmente, hajam sido praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os

atos materiais, preliminares ou posteriores, à consumação do delito, e com este diretamente relacionados.”

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A classificação de local de crime é realizada de acordo com o ambiente (imediato, mediato ou

relacionado) e área (interno ou externo; aberto, fechado ou misto; ermo ou concorrido; público ou

particular) da ocorrência e quanto a preservação (idôneo ou inidôneo) e natureza (crimes ambientais,

suicídio, furto...) do local.

Quanto aos procedimentos técnicos de análise de local de crime, podemos destacar:


Então, podemos resumir o trabalho do perito em local de crime em:

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Trabalho do perito em local de crime. Fonte: conhecimentopolicial.com, 2014.

Para que o trabalho da perícia seja realizado de maneira fidedigna aos acontecimentos dos fatos e que

a justiça seja feita, é necessário que o isolamento e a preservação do local de crime sejam realizados

corretamente, onde isolamento quer dizer colocar barreiras físicas para evitar que pessoas e/ou animais

entrem no local, entenda-se que após isolado, somente a equipe pericial poderá entrar no local, e

preservação quer dizer evitar que os vestígios sofram qualquer tipo de modificação ou intervenção, quer

humana, animal ou ambiental, antes da ação do perito criminal no local do crime.

Quanto ao amparo legal relacionado a preservação de local de crime está alicerçado na lei 8862/94:

• Art. 6o do C.P.P. - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá: ​I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até

a chegada dos peritos criminais;

II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais.

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O isolamento e a consequente preservação de locais de infrações penais é uma garantia de que o perito

encontrará a cena do crime conforme fora deixada pelo(s) infrator(es) e vítima(s) e, com isso, ter condições

técnicas de analisar todos os vestígios e não somente os remanescentes, o que poderia causar uma

deficiência de análise, podendo inclusive tornar inconclusiva a perícia.

Com a totalidade dos vestígios, se garante a maior possibilidade de dar informações úteis para a

investigação como um todo, pois o perito terá muito mais elementos a analisar para incorporar ao inquérito

e consequentemente enriquecer o processo criminal.

• Art. 169. - Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a

autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos,

que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.

Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e discutirão, no

relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.

LEI N o 5.970, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1973.

• Art 1o Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar

conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame do local, a imediata remoção das

pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele envolvidos, se estiverem no leito da via

pública e prejudicarem o tráfego.


Parágrafo único. Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente policial lavrará boletim da

ocorrência, nele consignado o fato, as testemunhas que o presenciaram e todas as demais circunstâncias

necessárias ao esclarecimento da verdade.

Alvarenga em 1930 já dizia: "Cumpre-nos salientar, aqui, a necessidade imperiosa de serem melhor

guardados os locaes de sangue, obedecidos os mais rudimentares preceitos da technica policial. Breves

instruções deveriam ser dadas, neste sentido, aos nossos inspectores de quarteirão, inspectores de

segurança, guardas civis e, até mesmo, por meio da imprensa, a pessôas estranhas ao serviço policial. É

uma providência que se impõe. Não são em pequeno número os casos que poderíamos citar em que,

precisamente por terem sido mal guardados taes locaes, grandemente prejudicada foi a nossa actuação.”

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Referências Bibliográficas

Dias Filho CR, Francez PAC. Introdução À Biologia Forense. Millennium. 2017.

Dias Filho CR, Rodrigues EL, Malaghini M, Francez PAC, Garrido RG. Introdução À Genética
Forense. Millennium. 2019.

Espindula, A. Perícia Criminal e Cívil. Terceira edição. Campinas: Millennium, 2009.


Velho JA, Costa KA, Damasceno CTM. Locais De Crimes - Dos Vestígios À Dinâmica Criminosa.
Millennium. 2013.

Velhor JA, Geiser GC, Espindula A. Ciências Forenses - Uma Introdução Às Principais Áreas Da
Criminalístca. Millennium. 2013.

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