Centro de Ensino em Período Integral (CEPI) – Gomes de Souza Ramos
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ÁREA – CIÊNCIAS
Disciplina: Geografia Docente: Weverton de Oliveira
HUMANAS
Série: 2ª Data: 2º Anos
Discente:
Estudo dirigido- Mundo do trabalho
A Técnica como Ferramenta de Transformação do Espaço Geográfico
A técnica, compreendida como o conjunto de conhecimentos e habilidades utilizados
para transformar a natureza e criar objetos e processos, desempenha um papel fundamental
na moldagem do espaço geográfico. Ao longo da história, o desenvolvimento tecnológico tem
sido o principal motor das mudanças na paisagem e nas relações sociais. A relação entre a
natureza, o trabalho e o espaço geográfico tornam-se um dos pilares da Geografia. Ao longo
da história, a humanidade tem moldado o espaço ao seu redor através do trabalho,
transformando a natureza para atender às suas necessidades e desejos. Essa interação
constante resulta em uma complexa rede de relações, onde o espaço geográfico se torna um
reflexo das atividades humanas e das condições naturais.
Capital, força de trabalho
A relação entre capital, força de trabalho e tecnologia é fundamental para entender
como o espaço geográfico se transforma ao longo do tempo. Essa interação molda a
economia, a sociedade e a cultura, mas também gera desigualdades.
Capital: É o recurso que permite produzir bens e serviços. A busca por mais capital impulsiona
a inovação e a concentração de riqueza em determinadas áreas, criando desigualdades.
Força de trabalho: É a mão de obra que transforma matérias-primas em produtos. A
divisão do trabalho e as relações entre empregadores e empregados influenciam as condições
de vida e a organização do espaço. Tecnologia: Permite produzir de forma mais eficiente e
criar produtos, mas também pode gerar desemprego e aumentar a desigualdade.
Tecnologia e desemprego estrutural.
A tecnologia está transformando o mercado de trabalho de forma rápida e profunda. A
automação, a inteligência artificial e a robotização estão substituindo cada vez mais a mão de
obra humana em diversos setores da economia. Essa mudança, por sua vez, está gerando um
problema conhecido como desemprego estrutural. O desemprego estrutural ocorre quando há
um desalinhamento entre as habilidades dos trabalhadores e as demandas do mercado de
trabalho. Ou seja, quando as pessoas não possuem as qualificações necessárias para os
novos empregos que surgem com a evolução tecnológica.
A relação entre trabalho e tecnologia evoluiu ao longo da história, marcada por
exploração. Desde a escravidão e a servidão até a era industrial, o trabalho foi explorado.
Atualmente, a globalização e a tecnologia intensificam essa exploração com práticas como
terceirização e uberização, precarizando as condições de trabalho.
A tecnologia pode tanto gerar desemprego quanto melhorar as condições de trabalho,
dependendo de como é utilizada. A vigilância eletrônica, por exemplo, pode ser opressiva. A
exploração do trabalho é resultado de relações de poder desiguais e da busca por lucro. Para
combatê-la, é preciso fortalecer os direitos trabalhistas e promover a justiça social.
Revolução industrial e suas fases
A Primeira Revolução Industrial, que teve início no século XVIII, foi impulsionada por
invenções como a máquina a vapor, a tecelagem mecânica e o alto-forno. Essas inovações
permitiram a mecanização da produção, substituindo o trabalho manual por máquinas. As
condições de trabalho, no entanto, eram precárias, com longas jornadas, baixos salários,
trabalho infantil e ambientes insalubres.
A Segunda Revolução Industrial, que se estendeu pelo final do século XIX e início do
século XX, intensificou a industrialização com o surgimento de novas tecnologias como a
eletricidade, o motor a combustão interna e a produção em massa. A produção em larga
escala e a especialização do trabalho se tornaram características marcantes desse período.
Apesar dos avanços, a exploração do trabalho persistiu, com jornadas exaustivas e baixos
salários.
A Terceira Revolução Industrial, que teve início na segunda metade do século XX, foi
marcada pela eletrônica, informática, telecomunicações, robótica e biotecnologia. Essa
revolução trouxe a automação dos processos produtivos, com a crescente utilização de robôs
e computadores. A economia da informação e dos serviços se tornou cada vez mais
importante, demandando trabalhadores com maior qualificação. As relações de trabalho se
tornaram mais flexíveis, com a intensificação do trabalho temporário e a terceirização.
Fatores que contribuem para o processo desigual de industrialização
Fatores históricos: A Inglaterra foi pioneira na Revolução Industrial, mas outros países
iniciaram seus processos em momentos diferentes, influenciados por fatores como recursos
naturais, políticas governamentais e conflitos geopolíticos.
Nível de desenvolvimento: Países desenvolvidos tendem a ter setores industriais mais
diversificados e tecnologicamente avançados. Já os países em desenvolvimento, em geral,
possuem indústrias menos complexas e mais voltadas para a exportação de produtos básicos.
Globalização: A globalização intensificou a interdependência entre os países, mas também
aprofundou as desigualdades, concentrando a produção industrial em determinadas regiões do
mundo.
A modernização da indústria e a alienação do trabalho
A introdução de novas tecnologias e de novos métodos de organização da produção
levaram o trabalhador das fábricas a executar tarefas cada vez mais específicas dentro do
processo produtivo, operando máquinas e instrumentos com precisão cada vez maior, Essa
especialização das tarefas, característica da atividade industrial que se estenderia
posteriormente a outras atividades econômicas, não permite que os operários tenham
domínio sobre todas as etapas de produção de uma mercadoria. Além disso, nesse modo de
produção os trabalhadores têm o produto final de seu trabalho apropriado pelos industriais. No
início do século XX, o processo de alienação do trabalho intensificou-se devido a uma
mudança radical na organização da produção fabril. Criada pelo industrial norte-americano
Henry Ford e por isso denominada fordismo, essa nova forma de organização introduziu nas
fábricas as chamadas linhas de montagem ou de produção.
A partir de então, os trabalhadores passaram a operar de maneira fixa: por esteiras
rolantes se deslocavam as peças a serem montadas ou confeccionadas, exigindo que o
trabalho humano se adaptasse ao ritmo das máquinas, tornando-o ainda mais mecânico e
repetitivo. As linhas de montagem criadas pelo fordismo possibilitaram o maior
aproveitamento possível do esforço físico e mental dos trabalhadores, assim como permitiram
um controle maior do tempo gasto na fabricação de um produto. Esse modelo de organização
do trabalho ampliou a produção em larga escala consequentemente, a obtenção de lucros
pelos industriais.