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Confinamento

O projeto de confinamento apresentado por Michel Schio Zanatta na Universidade Estadual do Oeste do Paraná aborda a importância do manejo adequado de lotes de animais, especialmente da raça Angus, para maximizar o desempenho e minimizar perdas econômicas. O documento detalha a infraestrutura necessária para alimentação, manejo e coleta de esterco, além de enfatizar a relevância da nutrição e do balanceamento da ração no sucesso econômico do confinamento. A raça Angus é destacada por sua alta liquidez e qualidade de carne, com potencial de valorização no mercado nacional e internacional.

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Michel Zanatta
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Confinamento

O projeto de confinamento apresentado por Michel Schio Zanatta na Universidade Estadual do Oeste do Paraná aborda a importância do manejo adequado de lotes de animais, especialmente da raça Angus, para maximizar o desempenho e minimizar perdas econômicas. O documento detalha a infraestrutura necessária para alimentação, manejo e coleta de esterco, além de enfatizar a relevância da nutrição e do balanceamento da ração no sucesso econômico do confinamento. A raça Angus é destacada por sua alta liquidez e qualidade de carne, com potencial de valorização no mercado nacional e internacional.

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ

MARECHAL CÂNDIDO RONDON – PR

CURSO DE AGRONOMIA

Projeto Confinamento

Michel Schio Zanatta

2024
Projeto:
1. Descrição
1.1 Escolha da área: 5% declividade

O preparo dos diferentes lotes de animais para o período de terminação é


fundamental. Para que o máximo desempenho possa ser alcançado devemos
destacar que a condição de saúde física, a adaptação e a homogeneidade dos
lotes devem ser prioridades. Levantamos este aspecto, porque nem sempre os
animais tem como origem a propriedade onde está localizado o confinamento.
É muito comum os animais serem adquiridos de fazendas e regiões muito
diferentes e distantes. Esse fato nos obriga a observar detalhes, de
condicionamento, no sentido de evitarmos ao máximo o estresse produzido
pelo ambiente. Lotes e confinamentos onde esse cuidado não é observado
apresentam alto índice de morbidade nos animais. As perdas econômicas
decorrentes de mortes e descartes de animais, em função da transferência das
condições extensivas da pastagem, para a condição intensiva do confinamento
podem ser bastante significativas. Estes problemas são mais significativos
quanto mais jovens forem os animais a serem confinados. Os fatos explorados
acima deixam claro que a área de manejo tem participação destacada na
eficiência da atividade, e deve atender de forma adequada ao manejo geral dos
lotes como: recepção, embarque, seleção, marcação, aplicação de
medicamentos, pesagem, entre outras práticas. Nessa área devemos ter
mangueira com embarcadouro, seringa, brete, tronco de contenção, balança,
currais de apartação, enfermaria, bebedouros, cochos, além de uma área
destinada ao quarentenário.

1.2 Categoria de animais: raça Angus


Sendo o confinamento um sistema intensivo de produção de carne, é essencial
que o animal a ser confinado possua potencial para responder às condições de
alimentação e manejo ao qual será submetido. Animais altos e compridos
apresentam taxa mais rápida de ganho de peso e carcaças mais pesadas. As
vantagens do animal jovem sobre o animal com mais idade em relação à
velocidade de crescimento e à conversão alimentar. Essa diferença está
relacionada, basicamente, à forma de crescimento que ocorre nessas duas
faixas etárias: em animais jovens, o crescimento ocorre através do aumento e
formação de novas células na massa corporal (ossos e músculos), enquanto
em animais com mais idade, grande parte desse crescimento ocorre pela
simples deposição de gordura nos tecidos. A consequência é que a conversão
de nutrientes, em animais mais velhos, é menos eficiente em relação aos
animais mais jovens.
Número de animais: 18 cabeças.

1.3 Área de produção de alimentos:


A área de alimentação compreende todas as instalações e os equipamentos
utilizados para armazenamento, preparo e distribuição dos alimentos, bem
como, as áreas destinadas ao plantio de forrageiras, como milho, sorgo,
milheto, cana ou capim elefante, entre outras forrageiras, e que podem ser
utilizados para confecção de silagem ou fornecimento verde. A infraestrutura
mínima para que possamos ter condições adequadas para alimentação dos
animais deve conter: • Silos. • Galpão para armazenamento de alimentos,
suplementos e preparo de rações, com balança, triturador, misturadores e
carretas. • Galpão para máquinas e equipamentos, com depósito de
ferramentas e utensílios. • Trator, colhedeira de forragem, carretas, vagão
forrageiro, arado, grades, plantadeiras e outros implementos e máquinas. •
Farmácia veterinária. • Escritório.
A alimentação, sem considerar o preço dos animais, é responsável por 70% a
80% dos custos operacionais do confinamento. Assim, o balanceamento da
ração é o fator-chave no sucesso econômico do confinamento, e sua
formulação implica na integração de conhecimentos relacionados às
características nutricionais dos alimentos e às exigências nutricionais dos
animais. Este último aspecto diz respeito à idade, sexo, raça e peso vivo médio
inicial. O processo matemático envolvido na formulação de uma dieta é
relativamente simples e consiste unicamente em adequar o consumo diário de
nutrientes às exigências diárias do animal para um determinado ganho de
peso.
No período da seca, a planta forrageira apresenta baixa taxa de
desenvolvimento e alta de senescência (<6 a 7% de proteína bruta – PB), alta
proporção de fibra indigestível, reduzindo tanto o consumo quanto o ganho de
peso do animal. O planejamento da suplementação durante a seca deve
aumentar a massa de forragem e suprir as exigências do animal. É necessário
que o acúmulo de forragem seja feito por meio da separação da pastagem.
Consiste em selecionar um pasto entre 40 e 70 dias antes da seca, para que a
forragem cresça e tenha quantidade suficiente para o animal. Para suprir as
exigências dos animais, podem ser utilizados suplementos proteicos de baixo
consumo (1 a 2 g/kg de peso corporal). Com esse tipo de suplementação, em
geral se conseguem ganhos de peso entre 300 a 350g por dia no período da
seca. Diferentemente, no período das águas, observa-se maior acúmulo de
forragem com alto valor nutritivo, baixo teor de fibra indigestível e alta proteína
(10 a 12% de proteína bruta), possibilitando, assim, atingir a meta de
desempenho somente com a suplementação mineral, associada ao bom
manejo do pasto.
2. Dimensionamento:

2.1 Silos trincheira:


1m³ corresponde a 650kg de silagem

V= (B+b/2)h X comp (m3) = 36kg de silagem por animal.

2.2 Estrutura para coleto de esterco:

Canais coletores para drenagem devem ser construídos externamente às


cercas dos fundos dos currais visando captar as águas servidas para os
tanques de retenção. Tais canais devem ser projetados para conduzir sólidos
em suspensão. Após tempo suficiente de sedimentação, o conteúdo residual
líquido dos tanques ou lagoas deve ser retirado e espalhado em outro local. O
esterco acumulado nos currais deve ser raspado e amontoado, reservando-se
áreas secas para o descanso dos animais. Terminada a operação, todo o
esterco acumulado deverá ser transportado para as esterqueiras ou para as
áreas de cultura. Os drenos para captação de efluentes líquidos devem ser
localizados fora do curral no sentido oposto aos cochos, e a drenagem é
fundamental para manter as boas condições dos currais.

2.3 Currais de manejo:

Apartador: É uma área ou sistema de divisão utilizado para separar o gado em


grupos diferentes de acordo com critérios específicos, como idade, sexo,
tamanho ou condição de saúde. Pode consistir em cercas móveis, portões ou
corredores que direcionam os animais para áreas separadas. Essa separação
é útil em diversas situações, como alimentação, reprodução, tratamento
veterinário ou venda.

Brete: É uma área restrita e geralmente em forma de corredor onde o gado é


contido para realizar diversos procedimentos, como exames de saúde,
marcação, vacinação ou inseminação artificial. Pode ser feito de madeira, metal
ou outros materiais resistentes, e é projetado para permitir o acesso seguro ao
animal e ao veterinário ou tratador.

Embarcadouro: É uma estrutura localizada em áreas de carga e descarga,


como fazendas, frigoríficos ou centros de leilão, onde o gado é carregado ou
descarregado de veículos de transporte, como caminhões, trailers ou vagões
de trem. Geralmente, possui rampas, corredores e portões que facilitam o
acesso do gado ao veículo de transporte, garantindo sua segurança e
minimizando o estresse durante o processo de embarque e desembarque
Seringa: É um dispositivo usado para administrar medicamentos, vacinas ou
outros produtos diretamente no gado. Geralmente, as seringas são projetadas
para serem seguras e precisas, permitindo a dosagem correta dos
medicamentos. Podem variar em tamanho e tipo, desde seringas manuais até
sistemas automatizados.

Tronco: Também conhecido como "tronco de contenção" ou "manga de


contenção", o tronco é uma estrutura robusta onde o gado é fixado para
procedimentos que requerem imobilização, como castração, exames
veterinários, corte de cascos ou aplicação de tratamentos. Pode ter
mecanismos ajustáveis para se adaptar ao tamanho e à forma do animal,
garantindo sua segurança e a do operador.
2.4 Curral de engorda:

Área total a ser utilizada: 374m²


Cochos: é recomendado dentro desse sistema, uma área de cocho de 50 a 70
cm por cabeça. 0,6 m x 18 animais = 11 metros de cocho.
Para evitar que os animais caiam dentro do cocho, devem ser colocadas
barras de proteção de 80 em 80 cm. Um cocho duplo é composto de dois
cochos simples, cada um com as mesmas dimensões separados por uma
parede
Bebedouros: cada animal em média consome 20 litros de água por dia então
em um confinamento de 18 animais é preciso de bebedores com capacidade
de no mínimo 360 litros.
Para manter constante o nível de água, deve ser instalada um bóia no ponto
de água do bebedouro. O bebedouro geralmente é construído em alvenaria,
devendo ter os cantos arredondados. O revestimento deve ser em material
lavável, sendo a barra lisa o mais indicado. Quando o bebedouro estiver
situado em área não pavimentada, pode ser construída, pode ser construída
uma calçada em volta do bebedouro, com largura de 1 m, para evitar a
formação de lama.
As cercas devem ter em média 1,80m de altura, com este tipo de raça angus
são poucos os problemas de fuga se compararmos com a raça nelore.

Cochos para minerais: 0,04 m/CAB – 0,04 x 18 = 72cm.

60-100g/CAB – 80 x 18 = 1440g

3. Período de terminação:
Vária entre o peso que o animal entra no sistema, mas em média de 90 a 120
dias para ele ser terminado, Como resultado, vemos um ganho médio de 1,8kg
de carcaça por animal.

4. Hall de terminação:

A raça Angus tem uma das maiores taxas de oportunidade da pecuária


nacional, com qualidade que geram oportunidades dentro e fora da porteira. Os
rebanhos têm alta liquidez, com aproveitamento de animais para abate ou para
reprodução, com desempenho financeiro acima da média de outros bois.
A raça também proporciona uma valorização extra quando é certificada, com
bônus de até 12% para criadores que entregam carcaças de alto desempenho
para os frigoríficos. O programa de certificação gera o abate de 500 mil
cabeças por ano, com a produção de mais de 270 mil toneladas de carne que
são vendidas no Brasil e mais 15 países.

Esses animais, ainda, têm uma alta qualidade de carne, sendo facilmente
negociada tanto no mercado doméstico, quanto no internacional. Seus cortes
têm propensão genética de deposição de marmoreio, o que garante maciez e
sabor únicos. Isso ainda é ressaltado pela idade jovem de abate e ao
acabamento mínimo de 3 mm nas carcaças.
O animal tem um alto rendimento. As fêmeas têm um período curto entre os
partos, com alta fertilidade, tanto pelo número de bezerros nascidos quanto
pela quantidade de quilos obtidos por hectare. Os animais da raça Angus têm
uma puberdade precoce e podem ser abatidos em 18 meses em
confinamentos, e 24 meses em pastagens.

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