E.
E DOM JOSÉ GASPAR
LARYSSA MENDES PIO FREITAS N°24 2°ANO B
A ÉTICA DE JEREMY BENTHAM E JOHN STUART MILL
RIBEIRÃO PIRES,SÃO PAULO
JULHO DE 2020
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Índice
• 3.Introdução
• 4.Utilitarismo
• “ A ética de Bentham
• “ A ética de Will
• 5.Conclusão
• “ Referências
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Introdução
Jeremy Bentham (1748-1832) foi um filósofo inglês e jurista teórico que chefiou um grupo de filósofos
radicais, conhecidos como “utilitaristas” que pregavam reformas políticas e sociais, entre elas uma nova
Constituição para o país.
Jeremy Bentham nasceu em Houndsditch, Londres, Inglaterra, no dia 15 de fevereiro de 1748. Filho e neto de
advogados que almejavam uma carreira jurídica e política para o jovem Bentham. Com quatro anos começou
a aprender latim e grego. Ingressou na escola de Westminster, onde era admirado por escrever versos em latim
e grego. Em 1760, com 13 anos, ingressou no Queen’s College, em Oxford. Após graduar-se, em 1764,
ingressou na Lincoln’s Inn com o objetivo de se qualificar para a prática do Direito. Exerceu a advocacia, mas
logo passou a se dedicar à filosofia.
John Stuart Mill (1806-1873) foi um filósofo inglês, um dos mais influentes pensadores do século XIX. É
reconhecido como um dos maiores propagadores do empirismo e do utilitarismo.
John Stuart Mill (1806-1873) nasceu em Pentónville, no subúrbio de Londres, Inglaterra, no dia 20 de maio
de 1806. Era o filho mais velho do escocês James Mill, seguidor da proposta política de Jeremy Bentham
(1748-1832), o utilitarismo, pensamento de grande popularidade no mundo anglo-saxão. Recebeu do pai, uma
grande influência na sua formação intelectual, seguida por uma rígida disciplina.
Com 14 anos, John Stuart já tinha lido os autores clássicos gregos e latinos. Tinha amplo domínio da
Matemática, Lógica e História. Com 15 anos, escreveu sua autobiografia e já declarava que queria trabalhar
para reformar o mundo.
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Utilitarismo
O utilitarismo foi uma doutrina ética fundada na Inglaterra por Bentham e Mill. Essa doutrina visa à finalidade
ou à consequência de uma ação moral, e não ao modo como ela foi praticada.
O utilitarismo é uma doutrina ética proposta primeiramente por Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart
Mill (1806-1873). Tal doutrina fundamenta-se no princípio de utilidade, que determina que a ética deve
basear-se sempre em contextos práticos, pois o agente moral deve analisar a situação antes de agir, e sua ação
deve ter por finalidade proporcionar a maior quantidade de prazer (bem-estar) ao maior número de pessoas
possível para que seja moralmente correta. Dessa maneira, o utilitarismo descarta por completo o imperativo
categórico kantiano, tirando toda a correção moral de uma razão universal e oferecendo-a ao sujeito
A ética de Bentham
O utilitarismo de Bentham foi uma tentativa de se criar uma ciência objetiva da sociedade e da política.
Pensava-se em se livrar do subjetivismo, tal como da influência religiosa e dos acidentes históricos. Interesse
e razão se combinavam e o ponto arquimediano (de equilíbrio) estaria na própria natureza: o princípio da
utilidade. Para Bentham, ética, moral e Direito eram a mesma coisa. Pretendia iniciar uma nova ciência do
Direito, tal como reformar a sociedade, tornando-a moderna e disciplinada. "Contrariamente aos juristas mais
destacados desse período, Bentham defendeu a ideia de que as leis são revogáveis e aperfeiçoáveis"
O Direito, então para Bentham, assume importância de destaque. O legislativo só deve elaborar e aprovar leis
segundo o princípio da utilidade. As leis devem ser produzidas para aumentar a felicidade do maior número
de pessoas. As leis poderiam ser principais (se dirigidas aos cidadãos), ou subsidiárias (para as autoridades
fazerem cumprir as primeiras)
A ética de Will
O utilitarismo é um tipo de ética consequencialista. O seu princípio básico, conhecido como o Princípio da
Utilidade ou da Maior Felicidade, é o seguinte: a ação moralmente certa é aquela que maximiza a felicidade
para o maior número. E deve fazê-lo de uma forma imparcial: a tua felicidade não conta mais do que a
felicidade de qualquer outra pessoa. Saber por quem se distribui a felicidade é indiferente. O que realmente
conta e não é indiferente é saber se uma determinada ação maximiza a felicidade. Saber se a avaliação moral
de uma ação a partir do Princípio da Maior Felicidade depende das consequências que de facto tem ou das
consequências esperadas é um aspecto da ética de Mill que permanece em aberto.Apesar de haver pessoas que
não o aceitam, o princípio básico dos utilitaristas é hoje central nas disputas morais
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Mill tem uma perspectiva hedonista de felicidade. Segundo esta perspectiva, a felicidade consiste no prazer e
na ausência de dor. O prazer pode ser mais ou menos intenso e mais ou menos duradouro. Mas a novidade de
Mill está em dizer que há prazeres superiores e inferiores, o que significa que há prazeres intrinsecamente
melhores do que outros. Mas o que quer isto dizer? Simplesmente que há prazeres que têm mais valor do que
outros devido à sua natureza. Mill defende que os tipos de prazer que têm mais valor são os prazeres do
pensamento, sentimento e imaginação; tais prazeres resultam da experiência de apreciar a beleza, a verdade,
o amor, a liberdade, o conhecimento, a criação artística. Qualquer prazer destes terá mais valor e fará as
pessoas mais felizes do que a maior quantidade imaginável de prazeres inferiores como necessidades físicas,
como beber, comer e sexo.
Diz-se que o hedonismo de Mill é sofisticado por ter em conta a qualidade dos prazeres na promoção da
felicidade para o maior número; a consequência disso é deixar em segundo plano a ideia de que o prazer é
algo que tem uma quantidade que se pode medir meramente em termos de duração e intensidade. É a qualidade
do prazer que é relevante e decisiva
Conclusão
O objetivo dos utilitaristas era propiciar o máximo de felicidade possível para o maior número de pessoas, e
o mínimo de dor para o menor número de pessoas. Desse modo a felicidade estava ligada ao prazer e a
infelicidade a dor. Era preciso então proceder ao cálculo dos prazeres de acordo com Bentham e saber
diferenciar entre prazeres superiores e inferiores para Stuart Mill. Enfim, os dois filósofos completam-se em
suas concepções éticas e contribuem para o desenvolvimento de uma sociedade mais solidária.
Referências
BRYCH, Fábio . Ética utilitarista de Jeremy Bentham. Âmbito jurídico. Disponível em:
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-23/etica-utilitarista-de-jeremy-bentham/
MOKO, Roger. Ética e Direito no utilitarismo de Jeremy Bentham. Jus.com. br. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/20642/etica-e-direito-no-utilitarismo-de-jeremy-bentham
PORFÍRIO, Francisco. "Utilitarismo"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/utilitarismo.htm