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TDAH

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurodesenvolvimental que se caracteriza por desatenção, hiperatividade e impulsividade, afetando o funcionamento diário e o desenvolvimento desde a gestação. Os sintomas incluem dificuldades em manter o foco, seguir instruções e concluir tarefas, além de problemas de comportamento e dificuldades sociais, que podem levar a prejuízos acadêmicos e emocionais ao longo da vida. O TDAH também está associado a várias comorbidades, como transtornos de ansiedade, depressão e problemas de sono, e pode ser confundido com outras condições, exigindo um diagnóstico cuidadoso.
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O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurodesenvolvimental que se caracteriza por desatenção, hiperatividade e impulsividade, afetando o funcionamento diário e o desenvolvimento desde a gestação. Os sintomas incluem dificuldades em manter o foco, seguir instruções e concluir tarefas, além de problemas de comportamento e dificuldades sociais, que podem levar a prejuízos acadêmicos e emocionais ao longo da vida. O TDAH também está associado a várias comorbidades, como transtornos de ansiedade, depressão e problemas de sono, e pode ser confundido com outras condições, exigindo um diagnóstico cuidadoso.
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- O que é

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno


neurodesenvolvimental caracterizado por um padrão persistente de desatenção e/ou
hiperatividade e impulsividade que interfere no funcionamento diário ou no desenvolvimento.
Vem desde a gestação, ocorre um problema no cérebro ali na gestação. No TDAH os níveis de
dopamina são mais baixos, então o seu corpo precisa de dopamina, e ele vai distribuir essa
dopamina para as áreas que ele considera mais importante, no entanto, o córtex pré frontal
ele manda pouco, então o controle inibitório (responsável por frear os impulsos/desejos,
poderar decisões) não vai funcionar muito bem, a memória de trabalho também não. E por
não funcionar muito bem a memória de trabalho, eles tem dificuldade de entender o processo
como um todo, por exemplo se enxerga apenas entrando e saindo da faculdade sem
considerar as outras etapas que possivelmente irá passar. A dopamina também está
relacionada a motivação, no tdah temos um pico elevado no inicio e depois ele vai caindo e a
pessoa não consegue se manter motivada, por isso temos que quebrar metas maiores em
menores, pois ao conseguir, ele se sente mais motivado, se sente capaz. No tdah também
existe uma dificuldade com a percepção do tempo, por isso é comum esquecer datas, chegar
atrasado, não terminar os assuntos.

- Sintomas para diagnóstico de acordo com o DSM 5 TR e exemplos

Esses sintomas devem ser persistentes (por pelo menos 6 meses), ocorrer em mais de um
ambiente (escola, trabalho, casa) e causar impacto significativo na vida da pessoa.

Desatenção envolve dificuldades em manter o foco, seguir instruções ou concluir tarefas. A


pessoa pode parecer "desligada" ou facilmente distraída por estímulos externos ou por seus
próprios pensamentos.

Dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades

Exemplo: A pessoa começa a ler um livro, mas se perde constantemente em seus próprios
pensamentos ou precisa reler o mesmo parágrafo várias vezes.

Comete erros por descuido

Exemplo: Uma criança deixa de responder perguntas em uma prova porque não leu até o final
ou esquece de adicionar números ao resolver um cálculo.

Parece não ouvir quando falam diretamente com ela

Exemplo: Um adulto em uma reunião não percebe que foi solicitado a realizar uma tarefa
porque estava distraído, embora estivesse fisicamente presente.

Dificuldade em seguir instruções ou concluir tarefas

Exemplo: Uma criança começa a arrumar o quarto, mas rapidamente se perde, começando a
brincar com um brinquedo esquecido.

Dificuldade em organizar tarefas e atividades


Exemplo: Um adolescente esquece frequentemente prazos escolares ou deixa trabalhos
incompletos porque não consegue planejar o tempo adequadamente.

Evita ou se sente relutante com tarefas que exijam esforço mental sustentado

Exemplo: Um adulto procrastina para preencher documentos burocráticos ou relatórios do


trabalho porque acha a tarefa cansativa e difícil de manter o foco.

Perde objetos necessários para as atividades

Exemplo: Uma criança frequentemente esquece livros escolares, lápis ou mochila em casa ou
na escola.

Facilmente distraído por estímulos externos

Exemplo: Durante uma conversa, uma pessoa perde o foco ao ouvir um barulho na rua ou
notar algo ao longe.

Esquecimento em atividades diárias

Exemplo: Um adulto esquece compromissos importantes ou não paga contas no prazo.

Hiperatividade refere-se a comportamentos como inquietação, dificuldade em permanecer


sentado, falar excessivamente ou agir de forma constantemente "em movimento".

Impulsividade envolve agir sem pensar nas consequências, interromper outras pessoas ou
tomar decisões precipitadas.

Inquietação (fica se mexendo ou batendo os pés/mãos)

Exemplo: Uma criança fica balançando as pernas na cadeira ou mexendo constantemente em


objetos ao redor.

Dificuldade em permanecer sentado

Exemplo: Em uma sala de aula, a criança frequentemente se levanta e caminha sem permissão,
mesmo quando todos os outros estão sentados.

Corre ou escala em situações inadequadas

Exemplo: Uma criança pequena sobe em móveis ou sai correndo dentro de uma igreja ou sala
de espera.

Dificuldade em brincar ou realizar atividades de forma calma

Exemplo: Uma criança transforma uma brincadeira de colorir em algo caótico, como se fosse
uma "competição", falando alto e agitada.

Está "sempre em movimento" como se fosse movido por um motor


Exemplo: Um adulto não consegue ficar parado em um cinema, mexendo-se constantemente
na cadeira.

Fala excessivamente

Exemplo: Um adolescente interrompe a conversa continuamente ou fala sem parar, mesmo


quando os outros parecem não estar interessados.

Interrompe ou se intromete em conversas ou atividades alheias

Exemplo: Uma criança responde perguntas antes de serem concluídas ou corta uma conversa
para dar sua opinião sem ser convidada.

Dificuldade em esperar a sua vez

Exemplo: Em um jogo ou fila, uma criança frequentemente tenta "furar a fila" ou reclamar que
está demorando muito.

Responde ou age sem pensar

Exemplo: Um adulto toma decisões impulsivas, como fazer uma compra grande sem avaliar as
consequências financeiras.

- Prejuízos

Na Infância

Prejuízo acadêmico

Dificuldade em prestar atenção nas aulas, seguir instruções e completar tarefas escolares, o
que pode levar a desempenho abaixo do esperado.

Exemplo: A criança tem notas baixas ou deixa de entregar trabalhos devido à desorganização.

Problemas de comportamento

Hiperatividade e impulsividade podem levar a conflitos com professores e colegas, com risco
de punições frequentes ou isolamento.

Exemplo: É comum que crianças com TDAH sejam vistas como "desobedientes" ou "difíceis".

Dificuldade em formar e manter amizades

Impulsividade pode resultar em comportamentos como interromper colegas, não respeitar


turnos ou ser considerado "irritante".

Exemplo: A criança tenta liderar brincadeiras de forma desorganizada e acaba sendo rejeitada
por outros.

Baixa autoestima
Repreensões constantes por parte de adultos e dificuldades em acompanhar os colegas podem
levar à sensação de incompetência.

Na Adolescência

Aumento do risco de problemas acadêmicos graves

A carga escolar aumenta, e a dificuldade em gerenciar o tempo, organizar tarefas e manter o


foco pode levar à repetência ou evasão escolar.

Exemplo: O adolescente pode esquecer prazos de trabalhos importantes ou não estudar para
provas, apesar de ter boas intenções.

Conflitos familiares

Desafios no controle da impulsividade e na autorregulação emocional podem causar


discussões frequentes com pais e irmãos.

Risco de comportamentos de risco

Maior probabilidade de abusar de substâncias, dirigir de forma imprudente ou se envolver em


atividades perigosas devido à impulsividade.

Exemplo: Começar a usar álcool ou drogas como forma de lidar com a desorganização
emocional.

Problemas sociais

Adolescente pode ser visto como imaturo ou irritante, levando ao isolamento ou dificuldades
em manter grupos de amigos.

Baixa autoestima e risco de depressão

Sentir-se diferente ou incapaz de acompanhar as expectativas pode gerar frustrações


constantes, aumentando o risco de transtornos emocionais.

Na Vida Adulta

Dificuldades no trabalho

Problemas em gerenciar prazos, organizar tarefas e se concentrar podem impactar o


desempenho profissional, dificultando promoções ou até a manutenção de empregos.

Exemplo: Um adulto com TDAH pode mudar frequentemente de emprego por não conseguir
se adaptar à rotina.

Problemas financeiros

A impulsividade pode levar a compras excessivas ou decisões financeiras ruins, resultando em


dívidas ou dificuldades em poupar dinheiro.

Relações interpessoais conturbadas


Conflitos em relacionamentos amorosos, familiares e sociais devido à dificuldade de
comunicação, organização ou regulação emocional.

Exemplo: Casamentos podem sofrer com falta de comprometimento em tarefas ou decisões


impulsivas.

Risco de transtornos psiquiátricos

Adultos com TDAH têm maior probabilidade de desenvolver transtornos como ansiedade,
depressão ou abuso de substâncias.

Baixa qualidade de vida

Sem tratamento, os adultos podem se sentir constantemente sobrecarregados,


desorganizados e frustrados por não alcançar seus objetivos.

Problemas legais

Impulsividade e desatenção podem levar a problemas como infrações de trânsito ou


dificuldades com a justiça.

Impactos Gerais ao Longo da Vida

Se não tratado, o TDAH pode levar a uma cadeia de prejuízos:

A dificuldade inicial em habilidades básicas, como organização e atenção, pode escalar para
consequências maiores, como dificuldades em alcançar independência financeira e pessoal.

- Principais Comorbidades

1. Transtornos de Ansiedade

Prevalência: Cerca de 50% dos adultos com TDAH.

Características:

Preocupação constante.

Sensação de tensão ou nervosismo.

Medo de situações sociais (ansiedade social).

Impacto no TDAH:

Ansiedade pode piorar a desatenção e a impulsividade, criando dificuldades adicionais no


trabalho e nos relacionamentos.

Exemplos: Evitar reuniões no trabalho por medo de falar em público ou procrastinar tarefas
devido à insegurança.

2. Depressão
Prevalência: Entre 30-40% dos adultos com TDAH.

Características:

Sentimentos de inutilidade ou culpa.

Falta de energia e interesse em atividades.

Pensamentos negativos recorrentes.

Impacto no TDAH:

A baixa autoestima associada ao TDAH pode contribuir para o desenvolvimento de depressão,


especialmente em adultos que enfrentaram críticas constantes na infância ou dificuldade em
alcançar metas.

Exemplos: Sensação de frustração por não conseguir acompanhar prazos ou atingir objetivos
pessoais.

3. Transtorno de Uso de Substâncias

Prevalência: Adultos com TDAH têm 2-3 vezes mais probabilidade de desenvolver transtornos
relacionados ao uso de álcool, drogas ou tabaco.

Causa provável:

Uso de substâncias como forma de automedicação para lidar com sintomas de desatenção,
hiperatividade ou impulsividade.

Busca por recompensas rápidas devido à dificuldade em adiar gratificação.

Impacto no TDAH:

Substâncias podem mascarar os sintomas temporariamente, mas agravam o quadro geral a


longo prazo.

Exemplos: Uso de cafeína excessiva para melhorar o foco ou álcool para relaxar em situações
de estresse.

4. Transtornos do Humor Bipolar

Prevalência: Cerca de 10-20% dos adultos com TDAH.

Características:

Episódios de humor elevado (euforia, aumento da energia).

Alternância com períodos de depressão intensa.

Impacto no TDAH:

É comum confundir sintomas de impulsividade do TDAH com episódios maníacos do


transtorno bipolar.
Exemplos: Gastos impulsivos em períodos de euforia ou dificuldade em cumprir
responsabilidades durante episódios depressivos.

5. Transtornos do Sono

Prevalência: Cerca de 50-70% dos adultos com TDAH relatam distúrbios do sono.

Características:

Insônia (dificuldade em iniciar ou manter o sono).

Sonolência diurna excessiva.

Ritmo circadiano desregulado (tendência a dormir e acordar tarde).

Impacto no TDAH:

A privação de sono agrava a desatenção, irritabilidade e dificuldade de concentração, criando


um ciclo de exaustão.

Exemplos: Chegar atrasado ao trabalho devido à dificuldade de acordar ou sensação constante


de fadiga.

6. Transtorno de Personalidade Borderline (TPB)

Prevalência: Cerca de 25% dos adultos com TDAH podem apresentar traços de TPB.

Características:

Instabilidade emocional intensa.

Relacionamentos interpessoais turbulentos.

Impulsividade marcante, especialmente em decisões importantes.

Impacto no TDAH:

A impulsividade e a dificuldade em regular emoções do TDAH podem ser confundidas ou


intensificadas pelo TPB.

Exemplos: Discussões frequentes com parceiros ou decisões abruptas como largar o emprego.

7. Transtornos de Controle de Impulsos

Prevalência: Frequente em adultos com TDAH.

Características:

Comportamentos impulsivos, como jogos de azar, compras excessivas ou explosões de raiva.

Impacto no TDAH:

Esses comportamentos podem resultar em problemas financeiros, legais ou sociais.


Exemplos: Gastar além do orçamento ou tomar decisões precipitadas sem considerar
consequências.

8. Transtorno de Compulsão Alimentar

Prevalência: Mais comum em mulheres adultas com TDAH.

Características:

Comer em excesso em um curto período de tempo, frequentemente associado a falta de


controle.

Impacto no TDAH:

A impulsividade pode levar a escolhas alimentares pouco saudáveis e ciclos de culpa.

Exemplos: Comer compulsivamente à noite como forma de lidar com o estresse ou frustração.

- Como fazer o diagnóstico diferencial com outras condições como ansiedade, bipolaridade,
uso de substâncias

Muitos transtornos compartilham sintomas com o TDAH. É fundamental analisar as diferenças.

a) Transtornos de Ansiedade

Semelhanças:

Dificuldade em concentrar-se.

Inquietação.

Diferenças:

Na ansiedade, a desatenção é secundária a preocupações excessivas e melhora quando a


ansiedade é tratada.

No TDAH, a desatenção é difusa, mesmo sem preocupações.

b) Depressão

Semelhanças:

Baixa energia e dificuldade de concentração.

Diferenças:

Na depressão, a desatenção e falta de energia são episódicas e relacionadas ao humor.

No TDAH, são persistentes e presentes desde a infância.

c) Transtorno Bipolar

Semelhanças:
Impulsividade, hiperatividade e dificuldade de concentração em fases maníacas.

Diferenças:

O transtorno bipolar apresenta episódios de mania e depressão bem definidos.

No TDAH, os sintomas são consistentes e crônicos.

d) Transtornos de Aprendizagem

Semelhanças:

Dificuldades acadêmicas e de desempenho.

Diferenças:

Nos transtornos de aprendizagem, a dificuldade está focada em áreas específicas (ex.: leitura,
cálculo).

No TDAH, a dificuldade é mais ampla, afetando diversas tarefas.

e) Transtornos do Espectro Autista (TEA)

Semelhanças:

Déficits de atenção e comportamento impulsivo.

Diferenças:

No TEA, há dificuldade significativa na comunicação e interação social, além de interesses


restritos.

No TDAH, os déficits sociais são mais sutis e resultam de impulsividade ou desatenção.

f) Transtornos de Personalidade (Borderline)

Semelhanças:

Impulsividade e instabilidade emocional.

Diferenças:

No transtorno borderline, a impulsividade está associada a instabilidade relacional e crises


emocionais intensas.

No TDAH, a impulsividade é mais generalizada e não necessariamente ligada a crises


emocionais.

4. Avaliar Condições Médicas e Fatores Situacionais

Algumas condições médicas podem causar sintomas semelhantes ao TDAH:

Hipotireoidismo: Pode causar fadiga e dificuldade de concentração.


Apneia do sono: Prejudica atenção e memória.

Déficit de ferro: Pode afetar o funcionamento cognitivo.

Fatores externos a serem considerados:

Estressores ambientais: Problemas familiares ou profissionais podem mimetizar sintomas de


TDAH.

Privação de sono: Causa desatenção e irritabilidade.

- Fatores que podem piorar o problema

1. Estresse Crônico

O estresse pode intensificar a dificuldade de concentração, exacerbar a impulsividade e


aumentar a sensação de sobrecarga.

Exemplos: pressão no trabalho, problemas familiares, ou eventos de vida estressantes


(divórcio, perdas financeiras).

2. Privação ou Má Qualidade do Sono

Pessoas com TDAH frequentemente têm problemas de sono, como insônia ou sono
fragmentado, que podem agravar os sintomas de desatenção e irritabilidade.

A falta de sono também afeta o controle emocional, aumentando a impulsividade e a


dificuldade em regular comportamentos.

3. Alimentação Inadequada

Dietas com excesso de açúcares ou pobre em nutrientes essenciais, como ferro, magnésio ou
ômega-3, podem piorar a função cognitiva e a regulação do humor.

Exemplo: pular refeições ou consumir alimentos ultraprocessados.

4. Uso de Substâncias Psicoativas

Álcool: Pode amplificar a impulsividade e dificultar o controle emocional.

Drogas recreativas: Como a maconha ou estimulantes ilegais, que podem interferir ainda mais
na atenção e no autocontrole.

Cafeína em excesso: Embora ajude algumas pessoas a se sentirem mais focadas, pode gerar
ansiedade e aumentar a impulsividade.

5. Falta de Estrutura e Rotina

A ausência de uma rotina clara e previsível pode levar a dificuldades para organizar tarefas,
cumprir prazos e gerenciar o tempo.
Exemplo: horários irregulares para trabalho, estudo ou lazer podem criar um senso de caos e
piorar a desatenção.

6. Ambientes Disfuncionais

Conflitos familiares, relacionamentos tóxicos ou ambientes de trabalho hostis podem


exacerbar o estresse emocional e os sintomas de desregulação emocional no TDAH.

Crianças em lares com alta crítica ou falta de suporte também podem apresentar piora nos
sintomas.

7. Comorbidades Não Tratadas

A presença de outros transtornos pode agravar o quadro de TDAH:

Ansiedade: Intensifica a preocupação e a dificuldade de focar.

Depressão: Diminui a motivação e pode aumentar a sensação de sobrecarga.

Transtorno de Uso de Substâncias: Amplifica os prejuízos funcionais e cognitivos.

8. Sobrecarga de Estímulos

Ambientes muito barulhentos, caóticos ou com excesso de estímulos visuais podem aumentar
a distração.

Exemplo: trabalhar em um escritório movimentado ou com multitarefas frequentes.

9. Procrastinação e Acúmulo de Tarefas

Adiar tarefas cria um ciclo de estresse e aumenta a dificuldade de começar ou concluir


atividades. Isso pode gerar sentimentos de culpa e baixa autoestima, agravando o quadro.

10. Falta de Exercício Físico

O sedentarismo reduz a liberação de neurotransmissores como dopamina e norepinefrina, que


estão associados à regulação da atenção e da impulsividade.

A atividade física regular é um fator protetor que pode ajudar a mitigar os sintomas.

11. Pressão Social e Estigma

Pessoas com TDAH muitas vezes enfrentam incompreensão ou julgamento, o que pode
prejudicar sua autoestima e aumentar o estresse.

Exemplo: críticas frequentes por “falta de esforço” ou “irresponsabilidade”.

12. Falta de Tratamento ou Tratamento Inadequado

A ausência de acompanhamento psicológico e/ou farmacológico pode permitir que os


sintomas permaneçam fora de controle.
O uso inadequado de medicamentos (doses erradas ou falta de adesão) também pode piorar o
quadro.

13. Mudanças Significativas na Vida

Transições importantes, como mudar de escola, emprego ou ter filhos, podem causar
instabilidade e agravar os sintomas.

Exemplo: a chegada de um bebê pode desorganizar ainda mais a rotina de um adulto com
TDAH.

14. Baixa Habilidade de Regulação Emocional

A dificuldade em gerenciar emoções amplifica reações impulsivas e prejudica os


relacionamentos interpessoais, aumentando o estresse e os conflitos.

15. Uso Excessivo de Tecnologias

Passar muitas horas em dispositivos eletrônicos pode aumentar a distração e dificultar o foco
em atividades importantes.

Exemplo: redes sociais ou videogames que promovem estímulos constantes podem criar
dificuldade em atividades mais lineares.

Resumo:

Os sintomas do TDAH podem ser amplificados por uma combinação de fatores internos (como
má qualidade do sono ou comorbidades não tratadas) e externos (como ambientes caóticos ou
relacionamentos tóxicos). Identificar e intervir nesses fatores é fundamental para reduzir os
prejuízos funcionais e melhorar a qualidade de vida. Se precisar de mais detalhes sobre como
gerenciar esses fatores, posso aprofundar!

- Modelo cognitivo

Núcleo do modelo cognitivo no TDAH

No TDAH, os problemas centrais estão relacionados a déficits nas funções executivas, que
incluem:

Planejamento e organização.

Controle inibitório (capacidade de controlar impulsos).

Gerenciamento do tempo.

Atenção sustentada e alternada.

Regulação emocional.
Essas dificuldades podem levar a padrões cognitivos que perpetuam os sintomas e os prejuízos
funcionais.

2. Ciclo cognitivo do TDAH

O modelo cognitivo do TDAH pode ser explicado como um ciclo entre pensamentos, emoções
e comportamentos:

Pensamentos automáticos disfuncionais:

Pessoas com TDAH muitas vezes desenvolvem pensamentos como:

"Eu não consigo me concentrar, então nem adianta tentar."

"Eu sou desorganizado, nunca vou conseguir fazer isso direito."

"Estou sempre atrasado, os outros acham que sou incompetente."

Emoções associadas:

Esses pensamentos geram emoções como:

Ansiedade (por antecipar falhas ou julgamentos).

Frustração (por não atender às expectativas).

Baixa autoestima (por sentir que não são tão "capazes" quanto os outros).

Comportamentos desadaptativos:

As emoções negativas e os pensamentos automáticos disfuncionais levam a comportamentos


como:

Evitar tarefas difíceis ou demoradas (procrastinação).

Iniciar várias atividades sem concluir nenhuma.

Reagir impulsivamente em situações emocionais ou sociais.

Esses comportamentos reforçam os pensamentos disfuncionais e perpetuam o ciclo.

3. Principais distorções cognitivas no TDAH


Pessoas com TDAH frequentemente apresentam distorções cognitivas que agravam o quadro.
Exemplos comuns incluem:

Pensamento de tudo ou nada: "Se eu não fizer perfeitamente, nem adianta começar."

Rotulação negativa: "Eu sou um desastre, sempre bagunçado."

Generalização excessiva: "Eu nunca consigo terminar nada, então sou inútil."

Catastrofização: "Se eu me atrasar de novo, vão pensar que sou incompetente e perder meu
emprego."

4. Impacto nas funções executivas e no modelo cognitivo

As deficiências nas funções executivas exacerbam os processos do modelo cognitivo:

Memória de trabalho prejudicada: Esquecimento frequente leva a pensamentos automáticos


como "Eu nunca lembro de nada importante."

Dificuldade em planejar: Problemas para organizar tarefas podem gerar desmotivação e


pensamentos como "Eu nem sei por onde começar."

Regulação emocional disfuncional: A dificuldade de regular emoções pode levar a explosões de


raiva ou desistência rápida, reforçando a autocrítica negativa.

5. Exemplo prático do modelo cognitivo no TDAH

Imagine um adulto com TDAH que precisa concluir um projeto no trabalho, mas sente
dificuldade para começar.

Situação: O prazo do projeto está chegando, mas ele se sente sobrecarregado.

Pensamento automático: "Eu nunca consigo me organizar, não vou dar conta."

Emoção: Ansiedade e frustração.

Comportamento: Evita começar o projeto (procrastina) e se distrai com redes sociais.

Consequência: O prazo chega mais perto, e o ciclo se repete, aumentando a sensação de


incapacidade.

6. Estratégias baseadas no modelo cognitivo

Para intervir no TDAH, é importante trabalhar as crenças disfuncionais e implementar


estratégias práticas. Algumas abordagens incluem:
Reestruturação cognitiva: Identificar e substituir pensamentos automáticos como "Eu sou
incapaz" por "Eu posso tentar uma coisa de cada vez."

Divisão de tarefas: Ensinar a dividir tarefas grandes em pequenas etapas, tornando-as mais
gerenciáveis.

Organização visual: Uso de calendários, listas de tarefas e lembretes para compensar a


dificuldade de planejamento.

Treinamento de mindfulness: Ajudar a pessoa a desenvolver maior consciência do momento


presente e a regular as emoções.

Recompensas e reforços: Implementar sistemas de recompensas para aumentar a motivação.

Resumo:

O modelo cognitivo do TDAH é fundamentado na interação entre déficits nas funções


executivas e padrões de pensamento disfuncionais. Esses padrões levam a comportamentos
desadaptativos que, por sua vez, reforçam crenças negativas e emoções negativas,
perpetuando os sintomas. Intervenções baseadas no modelo cognitivo são altamente eficazes
para quebrar esse ciclo e ajudar a pessoa a lidar melhor com o transtorno. Se precisar de
exemplos práticos ou mais detalhes, posso ajudar!

- Tratamento

PSICOEDUCAÇÃO

- TREINO DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

- FRACIONAR TAREFAS

- AUTOMONITORAMENTO E AUTOCONTROLE

- TREINO DE AUTO INSTRUÇÃO

- PLANEJAMENTO (CRONOGRAMAS, ALARMES)

- RDPD

- REESTRUTURAÇÃO DE CRENÇAS (INCAPACIDADE = BAIXA AUTOESTIMA)

- ADIAMENTO DE DECISÕES ( REGULAÇÃO EMOCIONAL)

- Anamnese

- Lista de Problemas e Metas

- Psicoeducação sobre TDAH e Comorbidades

- Modelo Cognitivo do TDAH

- Escala de sintomas TDAH


- Organização e Planejamento

- Tendência à distração

- Ansiedade e depressão associadas

- Procrastinação

- Elaboração de Agenda e Checklist

- Método SQ4R - S (Survey) Pesquisa, Q (questions) Perguntas, R (Read) Ler, R (recall) recordar,
R, (repeat) Repetir, R (review) Revisar.

- Fragmentação do tempo (Técnica Pomodoro)

- Entrevista Motivacional

- Consequências do não tratamento

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