Aula 9.
1 - Combate a Incëndio
Engenharia Civil p/ PETROBRAS (Engenheiro Civil) - Com videoaulas
Professor: Marcus Campiteli
Engenharia Civil Petrobras/2014
Teoria e Questões
Prof. Marcus Campiteli Aula 9.1
AULA 9.1: COMBATE A INCÊNDIO
SEGURANÇA DAS EDIFICAÇÕES
SUMÁRIO PÁGINA
CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 2
1. INTRODUÇÃO 2
2. CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS 3
3. NOMENCLATURA 4
4. VISTORIA E MANUTENÇÃO 7
5. SINALIZAÇÃO 13
6. QUESTÕES COMENTADAS 18
7. QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA 25
8. GABARITO 27
Olá pessoal, apresento este assunto, de Combate a Incêndio,
em complemento à aula de Manutenção, no assunto do edital
“Segurança e Manutenção das Edificações”, por haver algumas
questões cobradas pela Cesgranrio em provas anteriores da
Petrobras, aqui apresentadas.
A parte teórica inicial e os comentários das questões do Cespe
são de autoria do prof. Diego Carvalho de Souza, também auditor de
obras do TCU.
Bons estudos !
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COMBATE À INCÊNDIO
1 – Introdução
Inicia-se essa parte da aula com a figura do reservatório
superior de uma edificação com sistema de proteção contra incêndio.
Nessa figura, é possível observar a reserva técnica de incêndio, que
corresponde por norma a 20% do volume total do reservatório. Essa
parte sempre estará cheia, mesmo que acabe a água de distribuição.
A reserva não poderá ser utilizada. Para garantir esse nível mínimo
da reserva técnica, a tubulação que sai para o barrilete de
distribuição encontra-se acima desse nível. Assim, em caso de
incêndio, haverá esse volume da reserva mais o volume de água que
estava no reservatório para distribuição.
Esquema de reservatório Superior
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Um princípio desse tipo de sistema é, desde o barrilete até as
colunas e ramais de distribuição de água, a independência do sistema
de distribuição de água e o sistema de combate a incêndio.
Lembrando que por norma a tubulação do sistema de distribuição de
água deve ser pintada de verde e a tubulação do sistema de combate
a incêndio deve ser pintada de vermelho.
Na figura apresentada nota-se que após o barrilete de combate
a incêndio existe uma válvula de retenção e, no caso do barrilete de
distribuição, não existe essa válvula.
2 – Classificação dos Incêndios
Os incêndios classificam-se em três classes, segundo o Federal
Fire Conucil:
- Classe A: incêndios causados que deixam brasa, como os à
base de celulose (madeiras, lonas, papéis, palhas, serragens, lixos),
os materiais carbonáceos (carvão e coque), e os materiais a base de
nitrocelulose (filmes, material fotográfico).
- Classe B: incêndios causados por óleos minerais (petróleo,
gasolina, querosene, graxa, verniz, tinta), por óleos vegetais(alcoóis,
acetona, éter, óleo de linhaça), e por óleos de animais (banha, peixe,
etc).
- Classe C: incêndios em equipamentos elétricos (motor,
transformador, reator), quando eletrificados. Caso contrário serão
incêndios classe A.
Essa classificação é importante para combater o incêndio com o
agente extintor mais adequado. A água pode ser usada sem
restrições para incêndios Classe A e com restrições para as classes B
e C. No último caso, C, só deve ser utilizada água após o
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desligamento da energia. Além da água, pode-se utilizar Espuma
(Sulfato de alumínio) e Soda-ácido para incêndios classe A. Para as
classes B e C utilizam-se extintores de Anidrido carbônico (fumaça
branca, que expulsa o oxigênio da queima), Tetracloreto de carbono
(extingue o fogo por ser um vapor mais denso que o ar, abafando o
fogo por falta de oxigênio). Esse último é mais recomendado para os
incêndios da classe C, por ser um vapor não condutor.
Classificam-se também as áreas quanto ao perigo de incêndio:
- Classe I: pequeno risco, como escolas, residências e
escritórios;
- Classe II: risco médio ou normal, como oficinas, fábricas,
armazéns.
- Classe III: grande risco, como depósitos de combustíveis,
paióis de munição, refinarias de petróleo.
3 – Nomenclatura
Para as instalações de Combate a incêndio, a seguinte
nomenclatura de componentes de combate a incêndio pode ser útil
nas provas.
Abrigo: Compartimento, embutido ou aparente, dotado de
porta, destinado a armazenar mangueiras, esguichos, carretéis e
outros equipamentos de combate a incêndio, capaz de proteger
contra intempéries e danos diversos.
Altura da edificação: Medida, em metros, entre o ponto que
caracteriza a saída ao nível de descarga (de pessoas), sob a projeção
externa da parede do prédio, ao ponto mais alto do piso do último
pavimento.
Bombas de incêndio
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- bomba principal: Bomba hidráulica centrífuga destinada a
recalcar água para os sistemas de combate a incêndio.
- bomba de pressurização (Jockey): Bomba hidráulica
centrífuga destinada a manter o sistema pressurizado em uma faixa
preestabelecida.
- bomba de reforço: Bomba hidráulica centrífuga destinada a
fornecer água aos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis
hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos somente
pelo reservatório elevado.
Carretel axial: Dispositivo rígido destinado ao enrolamento de
mangueiras semi-rígidas.
Como construído: Documentos, desenhos ou plantas do
sistema, que correspondem exatamente ao que foi executado pelo
instalador.
Dispositivo de recalque: Dispositivo para uso do Corpo de
Bombeiros, que permite o recalque de água para o sistema, podendo
ser dentro da propriedade quando o acesso do Corpo de Bombeiros
estiver garantido.
Esguicho: Dispositivo adaptado na extremidade das
mangueiras, destinado a dar forma, direção e controle ao jato,
podendo ser do tipo regulável (neblina ou compacto) ou de jato
compacto.
Hidrante: Ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou
duas (duplo) saídas contendo válvulas angulares com seus
respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais
acessórios.
Inibidor de vórtice: Acessório de tubulação destinado a
eliminar o efeito do vórtice dentro de um reservatório.
Instalador: Pessoa física ou jurídica responsável pela execução
da instalação do sistema de proteção contra incêndio em uma
edificação.
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Jato compacto: Tipo de jato de água caracterizado por linhas
de corrente de escoamento paralelas, observado na extremidade de
descarga do esguicho.
Mangotinho: Ponto de tomada de água onde há uma (simples)
saída contendo válvula de abertura rápida, adaptador (se necessário),
mangueira semi-rígida, esguicho regulável e demais acessórios.
Memorial: Conceitos, premissas e etapas utilizados para
definir, localizar, caracterizar e detalhar o projeto do sistema de
hidrantes e mangotinhos de uma edificação, desde a concepção até a
sua implantação e manutenção. É composto de parte descritiva,
cálculos, ábacos e tabelas.
Poço de sucção: Aspecto construtivo do reservatório,
destinado a maximizar a utilização do volume de água acumulado,
bem como para evitar a entrada de impurezas no interior das
tubulações.
Projeto: Conjunto de peças gráficas e escritas, necessárias à
definição das características principais do sistema de hidrante ou
mangotinho, composto de plantas, seções, elevações, detalhes e
perspectivas isométricas e, inclusive, das especificações de materiais
e equipamentos.
Reserva de incêndio: Volume de água destinado
exclusivamente ao combate a incêndio.
Rota de fuga: Trajeto que deve ser percorrido pelos ocupantes
da edificação a partir de qualquer ponto, de qualquer pavimento, até
um local seguro completamente livre dos efeitos de um incêndio.
Sistema de hidrantes ou de mangotinhos: Sistema de
combate a incêndio composto por reserva de incêndio, bombas de
incêndio (quando necessário), rede de tubulação, hidrantes ou
mangotinhos e outros acessórios.
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Tubulação: Conjunto de tubos, conexões e outros acessórios
destinados a conduzir a água, desde a reserva de incêndio até os
hidrantes ou mangotinhos
Válvula: Acessório de tubulação destinado a controlar ou
bloquear o fluxo de água no interior das tubulações.
4 – Vistoria e Manutenção
É obrigatório submeter o sistema da edificação à manutenção
preventiva periódica, de modo a assegurar que o sistema esteja
constantemente em condições ideais de funcionamento. Um plano de
manutenção deve ser elaborado pelo projetista, de forma a garantir a
preservação de todos os componentes do sistema.
O responsável pelo sistema deve produzir o relatório de vistoria
periódica do sistema, conforme o anexo C da NBR 13714, assinando-
o juntamente com o responsável operacional da área protegida pelo
sistema. Todas as ocorrências de manutenção corretiva também
devem ser relatadas e anexadas aos relatórios de vistoria e
manutenção do mesmo período.
a) Aceitação do sistema
Após todos os serviços de execução da instalação, a aceitação
do sistema é feita por profissional habilitado e se destina a verificar
os parâmetros principais de desempenho dos sistemas projetados
para a edificação. É composta de inspeção visual (verificação da
conformidade dos equipamentos e acessórios instalados), ensaio de
estanqueidade das tubulações dos sistemas e dos reservatórios, e
ensaio de funcionamento. Previamente, é preciso garantir que todos
os pontos de hidrantes e/ou mangotinhos estão instalados em
conformidade ao projeto e que as tubulações foram executadas
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conforme as indicações das plantas, bem como que todas as
modificações introduzidas pelo instalador sejam documentadas,
incluídas no projeto e aprovadas pelo projetista.
Na inspeção visual, os questionamentos a seguir devem ser
respondidos:
- o posicionamento dos pontos de hidrantes e/ou mangotinhos
corresponde às indicações das plantas?
- a reserva de incêndio está armazenada convenientemente e
no volume adequado?
- os pontos de hidrantes e/ou mangotinhos estão montados
com todos os materiais e acessórios previstos, e totalmente
desobstruídos?
- os pontos de hidrantes e/ou mangotinhos mais favoráveis e
mais desfavoráveis hidraulicamente correspondem àqueles indicados
no projeto?
- caso a edificação tenha dois ou mais sistemas, estes podem
ser prontamente identificados quanto às suas características de
funcionamento e finalidades?
No ensaio de estanqueidade o sistema deve ser ensaiado sob
pressão hidrostática equivalente a 1,5 vez a pressão máxima de
trabalho, ou 1 500 kPa no mínimo, durante 2 h. Não são tolerados
quaisquer vazamentos no sistema. Caso sejam observados
vazamentos, deve-se tomar as medidas corretivas indicadas a seguir,
ensaiando-se novamente todo o sistema:
- juntas: desmontagem da junta, com substituição das peças
comprovadamente danificadas, e remontagem, com aplicação do
vedante adequado;
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- tubos: substituição do trecho retilíneo do tubo danificado,
sendo que na remontagem é obrigatória a utilização de uniões
roscadas, flanges ou soldas adequadas ao tipo da tubulação;
- válvulas: substituição completa;
- acessórios (esguichos, mangueiras, uniões, etc.): substituição
completa;
- bombas, motores e outros equipamentos: qualquer
anormalidade no seu funcionamento deve ser corrigida em consulta
aos fabricantes envolvidos.
No ensaio de funcionamento deve-se ensaiar a automatização
dos sistemas de hidrantes e/ou mangotinhos no cavalete de
automatização das bombas principal e de pressurização (Jockey),
verificando as pressões de regulagem dos pressostatos (liga e
desliga) da bomba de pressurização (Jockey) e (liga) da bomba
principal e o acionamento dos alarmes sonoros e/ou óticos. Também
deve ser ensaiada a partida automática das bombas acionadas por
grupo gerador de emergência, especificado para entrar em
funcionamento ou prontidão se ocorrer a falta de energia nos motores
principais. Ensaiar o funcionamento da bomba principal ou de reforço,
ligando-a através do acionamento manual e desligando-a no seu
próprio painel de comando. Caso a automatização da bomba principal
ou de reforço seja realizada através de chave de fluxo, também
deverá ser ensaiada a sua operação.
Deve-se também ensaiar os dois pontos de hidrantes e/ou
mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, medindo-se a
pressão dinâmica na ponta dos respectivos esguichos, com auxílio de
um tubo de Pitot ou outro equipamento adequado e,
consequentemente, determinando suas vazões. Ainda neste ensaio
deve ser determinada a pressão de descarga das bombas principal ou
de reforço e, caso esta esteja instalada em condição de sucção
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negativa, deverá também ser determinada a pressão na sua sucção,
utilizando-se, para tanto, um manômetro e um manovacuômetro
instalados para cada situação. As pressões obtidas nos esguichos e
junto à bomba devem ser iguais ou superiores às correspondentes
pressões teóricas apresentadas no projeto do sistema.
b) Vistoria periódica
Compõe o conjunto de atividades a serem desempenhadas, em
um período máximo de três meses, pelo pessoal da brigada da
edificação ou por pessoal especialmente treinado, e visa garantir que
o sistema esteja inteiramente ativo e em estado de prontidão para
imediata utilização. Nenhuma das tarefas pode afetar a capacidade
de extinção ou alcance de combate do sistema instalado, uma vez
que a vistoria é, em geral, uma inspeção visual, além da identificação
do pessoal envolvido com a preservação e a utilização do sistema.
Para a Brigada de Incêndio, devem-se relatar:
- número de elementos treinados;
- número de vigias diurnos;
- número de vigias noturnos;
- bombeiro(s) profissional(ais);
- data do último exercício da Brigada;
- número de operários (empregados) residentes na proximidade
do risco.
Para a instalação, deve-se efetuar o seguinte questionário:
- os hidrantes ou os mangotinhos estão desobstruídos e
sinalizados?
- as válvulas funcionam normalmente?
- os engates estão em condições de uso?
- as válvulas de controle seccional são mantidas abertas?
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- as válvulas angulares dos hidrantes e as válvulas de abertura
rápida dos mangotinhos são mantidas fechadas?
- as mangueiras estão acondicionadas adequadamente e
prontas para o uso?
- as mangueiras e demais pertences estão guardados em seus
abrigos?
- os esguichos reguláveis do sistema tipo 1 estão acoplados nas
mangueiras?
- os abrigos estão secos e desobstruídos?
- o nível da água está no máximo possível?
- o cavalete de automatização das bombas está em condições
de uso?
- a automatização do sistema está em conformidade com o
especificado?
As bombas de incêndio e todos os seus acessórios, bem como
os dispositivos de alarme, têm que ser postos em funcionamento
quinzenalmente, por um período mínimo de 15 min, exceto para os
alarmes sonoros que podem ser bloqueados logo após sua ativação.
c) Plano de manutenção
É o roteiro de inspeção e verificações a que deve ser submetido
o sistema, destinado a garantir a melhor preservação de todos os
componentes da instalação, constando também as providências a
serem tomadas para execução da manutenção preventiva naqueles
componentes que, sabidamente, estão sujeitos a apresentar
problemas de funcionamento.
O plano de manutenção prevê as tarefas que a Brigada tem que
executar, de forma que seja mínima a possibilidade de ocorrer
alguma falha de qualquer dos componentes do sistema da edificação,
uma vez colocado em funcionamento. O tempo necessário para a
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execução de um plano é dependente da característica dos
componentes utilizados na execução das instalações, das atividades
necessárias de cada componente para que se garanta a sua
preservação e dos prazos mínimos para manutenção preventiva dos
materiais e equipamentos instalados, assim como da corretiva, não
devendo ultrapassar o prazo máximo de um ano.
O plano de manutenção tem como objetivo garantir que:
- todas as válvulas angulares e de abertura rápida tenham sido
abertas totalmente, de forma normal e manualmente, e, ao serem
fechadas, tenha sido verificada a vedação completa, garantindo o
bom estado do corpo da válvula com relação à corrosão;
- todas as válvulas de controle seccional tenham sido
manobradas sem nenhuma anormalidade, inclusive com relação a
vazamentos no corpo, castelo ou juntas;
- todas as mangueiras de incêndio tenham sido inspecionadas,
mantidas e acondicionadas conforme a NBR 12779;
- todos os esguichos tenham sido usados e sua capacidade de
manobra verificada;
- a integridade física dos abrigos tenha sido garantida;
- todas as tubulações estejam pintadas sem qualquer dano,
inclusive com relação aos suportes empregados;
- a sinalização utilizada nos pontos de hidrantes e/ou
mangotinhos esteja conforme o especificado;
- os dispositivos de controle da pressão usados no interior das
tubulações tenham sido verificados quanto à sua eficácia e ao seu
funcionamento;
- o funcionamento de todos os instrumentos e medidores
instalados tenham sido verificados;
- todas as interligações elétricas tenham sido inspecionadas e
limpas, removendo oxidações;
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- as gaxetas dos motores/bombas tenham sido verificadas,
reguladas ou substituídas, recebendo lubrificação adequada e demais
cuidados, conforme instruções dos fabricantes;
- o(s) quadro(s) de comando e de alarme tenha(m) sido
totalmente inspecionado(s), atestando seu pleno funcionamento.
5 – Sinalização
a) Definições
Cor de contraste: Aquela que contrasta com a cor de
segurança, a fim de fazer com que a última se sobressaia.
Cor de segurança: Aquela para qual é atribuída uma
finalidade ou um significado específico de segurança.
Sinalização de segurança: Sinalização que fornece uma
mensagem de segurança, obtida por uma combinação de cor e forma
geométrica, à qual é atribuída uma mensagem específica de
segurança pela adição de um símbolo gráfico executado com cor de
contraste.
Sinalização básica: Conjunto mínimo de sinalização que uma
edificação deve apresentar, constituído por quatro categorias, de
acordo com a sua função: proibição, alerta, orientação e salvamento
e equipamentos.
Sinalização complementar: Conjunto de sinalização
composto por faixas de cor ou mensagens complementares à
sinalização básica, porém, das quais esta última não é dependente.
Sinalização de alerta: Sinalização que visa alertar para áreas
e materiais com potencial risco de incêndio ou explosão.
Sinalização de equipamentos: Sinalização que visa indicar a
localização e os tipos de equipamentos de combate a incêndio e
alarme disponíveis no local.
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Sinalização de orientação e salvamento: Sinalização que
visa indicar as rotas de saída e as ações necessárias para o seu
acesso e uso adequado.
Sinalização de proibição: Sinalização que visa proibir e coibir
ações capazes de conduzir ao início do incêndio ou ao seu
agravamento.
b) Dimensões
Deve ser observada a relação A > L2/2000, onde A é a área e
m2 e L é a distância do observador à placa, em metros. Essa relação
é válida para L ≤ 50 m, observada a distância mínima de 4 m.
No caso de emprego de letras, elas devem ser grafadas
obedecendo à relação h > L/125, onde h é a altura da letra em
metros.
Todas as palavras e sentenças devem apresentar letras em
caixa alta, fonte Univers 65 ou Helvetica Bold.
c) Formas da sinalização
Circular: Utilizada para implantar símbolos de proibição e ação
de comando.
Triangular: Utilizada para implantar símbolos de alerta.
Quadrada e retangular: Utilizadas para implantar símbolos de
orientação, socorro, emergência e identificação de equipamentos
utilizados no combate a incêndio e alarme.
d) Cores de sinalização
Cores de segurança: A cor da segurança deve cobrir no
mínimo 50% da área do símbolo, exceto no símbolo de proibição,
onde este valor deve ser no mínimo de 35%.
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- Vermelha: Utilizada para símbolos de proibição e
identificação de equipamentos de combate a incêndio e alarme.
- Verde: Utilizada para símbolos de orientação e socorro.
- Preta: Utilizadas para símbolos de alerta e sinais de
perigo.
Cores de contraste: As cores de contraste são a branca ou a
amarela, para sinalização de proibição e alerta, respectivamente. As
cores de contraste devem ser fotoluminescentes para a sinalização de
orientação e de equipamentos.
d) Sinalizações Básicas
As formas geométricas e as cores de segurança e de contraste
devem ser utilizadas somente nas combinações descritas a seguir, a
fim de obter quatro tipos básicos de sinalização de segurança.
A sinalização de proibição deve ser conforme indicado
abaixo:
- forma: circular;
- cor de contraste: branca;
- barra diametral e faixa circular (cor de segurança): vermelha;
- cor do símbolo: preta;
- margem (opcional): branca.
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A sinalização de alerta deve ser conforme indicado abaixo:
- forma: triangular;
- cor do fundo (cor de contraste): amarela;
- moldura: preta;
- cor do símbolo (cor de segurança): preta;
- margem (opcional): amarela.
Exemplo:
A sinalização de orientação deve ser conforme indicado
abaixo:
- forma: quadrada ou retangular;
- cor do fundo (cor de segurança): verde;
- cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
- margem (opcional): fotoluminescente.
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A sinalização de emergência e de equipamento de
combate a incêndio deve ser conforme indicado abaixo:
- forma: quadrada ou retangular;
- cor de fundo (cor de segurança): vermelha;
- cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
- margem (opcional): fotoluminescente.
Exemplos:
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A sinalização de emergência e de equipamento de combate a
incêndio deve ser conforme indicado abaixo:
- forma: quadrada ou retangular;
- cor de fundo (cor de segurança): vermelha;
- cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
- margem (opcional): fotoluminescente.
6 - QUESTÕES COMENTADAS
1) (31 – SEAD/PA – 2005 - Cespe) Julgue os itens a seguir,
relativos a componentes de projetos de instalações de
proteção contra incêndios.
I Em um prédio com 10 pavimentos, o barrilete de incêndio
deve ser separado do barrilete normal do prédio.
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II O registro de manobra é o registro destinado à abertura e
ao fechamento do hidrante.
III O registro de paragem é o dispositivo hidráulico destinado
a permitir a introdução de água na instalação hidráulica de
prevenção e combate a incêndios.
IV O aspersor é um dispositivo utilizado nos chuveiros
automáticos ou sob comando.
V No que se refere à classificação das áreas quanto ao perigo
de incêndios, as classificadas na classe I são aquelas de
grande risco, como, por exemplo, depósitos de combustíveis.
Estão certos apenas os itens
A I, II e IV.
B I, III e V.
C I, IV e V.
D II, III e IV.
E II, III e V.
Resposta:
I -Segundo consta na bibliografia – Hélio Creder para edifícios com
quatro ou mais pavimentos é obrigatório um barrilete de incêndio
inteiramente separado do barrilete normal do prédio.
II – O registro de manobra é destinado a abrir e fechar o hidrante.
Ele situa-se no passeio enterrado, junto a base do hidrante de
passeio.
III- O registro de paragem é um dispositivo hidráulico destinado a
interromper o fluxo de água nas instalações hidráulicas de proteção
contra incêndios.
IV Aspersor — Dispositivo utilizado nos chuveiros automáticos ou sob
comando para formação de neblina.
V- Classe I : pequeno risco, como escolas, residências, escritórios,
etc
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Gabarito: A
2) (180 – TCU/2005 - Cespe) Em tubulação que sai de
reservatório elevado para abastecimento de hidrantes em
instalações de combate a incêndios, não deve ser instalada
válvula de retenção, para garantir menor perda de carga.
Resposta: Pessoal segundo a NBR 13714/2003 – Sistema de
hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio, o tubo de
descida do reservatório elevado para abastecer os sistemas de
hidrantes ou de mangotinhos deve ser provido de: uma válvula de
gaveta e uma válvula de retenção considerando-se o sentido
reservatório-sistema. A válvula de retenção deve ter passagem livre,
sentido reservatório-sistema.
A utilização dessa válvula de retenção visa impedir o retorno da água
ao reservatório quando os bombeiros reabastecerem as colunas de
água de combate a incêndio do edifício, pois a tubulação de incêndio
dos edifícios é ligada em uma válvula no passeio do edifício e em
caso de incêndio, os bombeiros podem ligar um caminhão tanque
com bomba que vai recalcar mais água na coluna dos hidrantes.
Gabarito: Errada
3) (60 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) Como parte do
programa de manutenção de determinada edificação, deve ser
feita a vistoria do sistema de combate a incêndio, formado por
sistema de mangotinhos. Com base na NBR 13714:2000
(Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a
incêndio), na vistoria, devem ser verificados, dentre outros, os
seguintes elementos:
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(A) válvula angular, mangueira semirrígida e tampões
(B) válvula angular, mangueira de incêndio e esguicho
regulável
(C) válvula angular, mangueira rígida e esguicho regulável
(D) válvula de abertura rápida, mangueira de incêndio e
tampões
(E) válvula de abertura rápida, mangueira semirrígida e
esguicho regulável
De acordo com a NBR 13714, o plano de manutenção tem como
objetivo garantir que:
- todas as válvulas angulares e de abertura rápida tenham
sido abertas totalmente, de forma normal e manualmente, e, ao
serem fechadas, tenha sido verificada a vedação completa,
garantindo o bom estado do corpo da válvula com relação à corrosão;
- todas as válvulas de controle seccional tenham sido
manobradas sem nenhuma anormalidade, inclusive com relação a
vazamentos no corpo, castelo ou juntas;
- todas as mangueiras de incêndio tenham sido
inspecionadas, mantidas e acondicionadas conforme a NBR 12779;
- todos os esguichos tenham sido usados e sua capacidade de
manobra verificada;
- a integridade física dos abrigos tenha sido garantida;
- todas as tubulações estejam pintadas sem qualquer dano,
inclusive com relação aos suportes empregados;
- a sinalização utilizada nos pontos de hidrantes e/ou
mangotinhos esteja conforme o especificado;
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- os dispositivos de controle da pressão usados no interior
das tubulações tenham sido verificados quanto à sua eficácia e ao seu
funcionamento;
- o funcionamento de todos os instrumentos e medidores
instalados tenham sido verificados;
- todas as interligações elétricas tenham sido inspecionadas
e limpas, removendo oxidações;
- as gaxetas dos motores/bombas tenham sido verificadas,
reguladas ou substituídas, recebendo lubrificação adequada e demais
cuidados, conforme instruções dos fabricantes;
- o(s) quadro(s) de comando e de alarme tenha(m) sido
totalmente inspecionado(s), atestando seu pleno funcionamento.
A banca considerou a letra E como gabarito, mas de acordo
com a referida norma, a letra B estaria de acordo com a sua
literalidade.
Gabarito Oficial: E
Gabarito Proposto: B
4) (67 – Petrobras/2011 – Cesgranrio) Em relação à
segurança nas edificações, um dos aspectos a ser observado
refere-se à prevenção contra incêndio. A NBR 13434-2:2004
(Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2:
Símbolos e suas formas, dimensões e cores) estabelece que,
no caso de sinalização de proibição, a forma circular e a barra
diametral são na cor
(A) branca
(B) verde
(C) preta
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(D) vermelha
(E) amarela
De acordo com a NBR 13434-2, a sinalização de proibição deve
ser conforme indicado abaixo:
- forma: circular;
- cor de contraste: branca;
- barra diametral e faixa circular (cor de segurança):
vermelha;
- cor do símbolo: preta;
- margem (opcional): branca.
Exemplo:
Gabarito: D
5) (55 – Transpetro/2011 – Cesgranrio) Na sinalização de
segurança contra incêndio e pânico, a indicação de saída de
emergência, fixada acima da porta de emergência, deve ter
qual cor de fundo?
(A) Amarela
(B) Branca
(C) Preta
(D) Vermelha
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(E) Verde
De acordo com a NBR 13434-2, a sinalização de orientação
deve ser conforme indicado abaixo:
- forma: quadrada ou retangular;
- cor do fundo (cor de segurança): verde;
- cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente;
- margem (opcional): fotoluminescente.
Exemplo:
Gabarito: E
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7 - QUESTÕES APRESENTADAS NESSA AULA
1) (31 – SEAD/PA – 2005 - Cespe) Julgue os itens a seguir,
relativos a componentes de projetos de instalações de
proteção contra incêndios.
I Em um prédio com 10 pavimentos, o barrilete de incêndio
deve ser separado do barrilete normal do prédio.
II O registro de manobra é o registro destinado à abertura e
ao fechamento do hidrante.
III O registro de paragem é o dispositivo hidráulico destinado
a permitir a introdução de água na instalação hidráulica de
prevenção e combate a incêndios.
IV O aspersor é um dispositivo utilizado nos chuveiros
automáticos ou sob comando.
V No que se refere à classificação das áreas quanto ao perigo
de incêndios, as classificadas na classe I são aquelas de
grande risco, como, por exemplo, depósitos de combustíveis.
Estão certos apenas os itens
A I, II e IV.
B I, III e V.
C I, IV e V.
D II, III e IV.
E II, III e V.
2) (180 – TCU/2005 - Cespe) Em tubulação que sai de
reservatório elevado para abastecimento de hidrantes em
instalações de combate a incêndios, não deve ser instalada
válvula de retenção, para garantir menor perda de carga.
3) (60 – Petrobras/2012 – Cesgranrio) Como parte do
programa de manutenção de determinada edificação, deve ser
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feita a vistoria do sistema de combate a incêndio, formado por
sistema de mangotinhos. Com base na NBR 13714:2000
(Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a
incêndio), na vistoria, devem ser verificados, dentre outros, os
seguintes elementos:
(A) válvula angular, mangueira semirrígida e tampões
(B) válvula angular, mangueira de incêndio e esguicho
regulável
(C) válvula angular, mangueira rígida e esguicho regulável
(D) válvula de abertura rápida, mangueira de incêndio e
tampões
(E) válvula de abertura rápida, mangueira semirrígida e
esguicho regulável
4) (67 – Petrobras/2011 – Cesgranrio) Em relação à
segurança nas edificações, um dos aspectos a ser observado
refere-se à prevenção contra incêndio. A NBR 13434-2:2004
(Sinalização de segurança contra incêndio e pânico – Parte 2:
Símbolos e suas formas, dimensões e cores) estabelece que,
no caso de sinalização de proibição, a forma circular e a barra
diametral são na cor
(A) branca
(B) verde
(C) preta
(D) vermelha
(E) amarela
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5) (55 – Transpetro/2011 – Cesgranrio) Na sinalização de
segurança contra incêndio e pânico, a indicação de saída de
emergência, fixada acima da porta de emergência, deve ter
qual cor de fundo?
(A) Amarela
(B) Branca
(C) Preta
(D) Vermelha
(E) Verde
8 - GABARITO
1) A 2) Errada 3) E* 4) D
5) E
*Gabarito Proposto: B
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