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Log Teoria

O capítulo aborda os logaritmos, definindo-os como a operação matemática que determina o expoente necessário para que uma base elevada a esse expoente resulte em um número específico. São apresentadas as condições de existência dos logaritmos, bem como suas propriedades operatórias, incluindo logaritmo de produtos, quocientes e potências. Exemplos práticos são fornecidos para ilustrar o cálculo de logaritmos e suas aplicações.
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Log Teoria

O capítulo aborda os logaritmos, definindo-os como a operação matemática que determina o expoente necessário para que uma base elevada a esse expoente resulte em um número específico. São apresentadas as condições de existência dos logaritmos, bem como suas propriedades operatórias, incluindo logaritmo de produtos, quocientes e potências. Exemplos práticos são fornecidos para ilustrar o cálculo de logaritmos e suas aplicações.
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CAPÍTULO IV: Logaritmos

Neste capítulo veremos outra operação com o conjunto dos números reais, os logaritmos.

1. CONCEITOS INICIAS

Da mesma forma que nos perguntamos o que é uma potência na operação de potenciação e o
que é uma raiz na operação de radiciação, perguntemo-nos inicialmente para este capítulo:

O que é um logaritmo???

De forma direta diremos que um logaritmo é um número ou um expoente, mais precisamente.


Para facilitar a compreensão dessa afirmação retomemos alguns conceitos vistos nos capítulos
anteriores sobre potenciação e radiciação. Analisemos a expressão a seguir:

“𝒏” é o expoente

𝑎𝑛 =b
“𝒃” é o resultado da
“𝒂” é a base da potenciação, ou ainda,
potenciação “𝒃” é a potência

As variáveis “n”, "𝒂" e “b” são respostas das operações:

POTENCIAÇÃO
Qual é o resultado (ou a potência)
de “𝑎” a elevado a “𝒏”?
Ou, matematicamente:
𝒏
𝒂 =?

RADICIAÇÃO LOGARITMO
Qual é a base (ou a raiz) Qual é o expoente
que elevada a “𝒏” tem como da base “𝒂” para que o
resultado “𝑏”? resultado seja “𝒃” ?
Ou, matematicamente: Ou, matematicamente:
𝒏
√𝒃 =? 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒃 = ?
Na POTENCIAÇÃO o resultado ou a potência de 𝒂𝒏 é “𝒃” . Na RADICIAÇÃO a raíz (ou a base
da potenciação que tem como resultado “𝒃” ) é “𝒂” . Contudo, note que para respondermos a pergunta :
“Qual é o expoente no qual a base “𝒂” deverá ser elevada para chegar ao resultado (ou potência) “𝒃”,
é que usaremos logaritmo, ou seja, a linguagem matemática usada para indicar que devemos obter o
expoente quando conhecemos os valores da base “𝒂” e do resultado (ou potência) “𝒃” é: 𝒍𝒐𝒈𝒂 𝒃.
O que precisamos agora é nos familiarizarmos com a linguagem matemática usada nos
logaritmos sem perder de vista que, ao calcular um logaritmo, estamos em busca de um expoente.
Vamos começar a relembrar como se calcula usando um exemplo numérico:
Calcule 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟗.
Resolução:
𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟗 = 𝒏 (𝒆𝒙𝒑𝒐𝒆𝒏𝒕𝒆)

O que significa calcular 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟗 ? Resposta: Significa determinar o expoente “n” da base 3
para que o resultado (ou potência) seja 9, ou matematicamente:
3𝑛 = 9
Escrevendo “9” na base “3” teremos:
3𝑛 = 32 𝑒 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜 "n" é 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑎 2.

Resposta: 𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟗 = 𝟐,
𝒑𝒐𝒊𝒔 𝟐 é 𝒐 𝒆𝒙𝒑𝒐𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒂 𝒃𝒂𝒔𝒆 𝟑 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒂 𝒑𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒐𝒖 𝒓𝒆𝒔𝒖𝒍𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒔𝒆𝒋𝒂 𝟗.

A figura abaixo busca sintetizar esta relação entre as operações de potenciação, radiciação e
logaritmo.

Resultado do LOGARITMO

Resultado da RADICIAÇÃO Resultado da POTENCIAÇÃO


As operações potenciação, radiciação e logaritmo relacionam sempre os termos: base (a),
potência ou resultado (b) e expoente (n). A potenciação tem como resultado (ou potência) “b”; a
radiciação tem como resultado a raiz “a”; e o logaritmo tem como resultado o expoente “n”.
Nesse contexto, é importante que você leitor perceba que o logaritmo difere das demais
operações matemáticas já estudadas (soma, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e
radiciação) por ser a única operação utilizada para determinar um expoente. Deste modo, a
necessidade do logaritmo sempre virá mediante a necessidade de determinar um expoente.
A seguir mais alguns exemplos de cálculo de logaritmos:

a) log 2 16 = 4, pois 24 = 16
b) log 3 27 = 3, pois 33 = 27
c) log 4 16 = 2, pois 42 = 16
d) log10 100 000 = 5, pois 105 = 100 000 DICA: Procure visualizar o triângulo
1 apresentado anteriormente para cada um
e) log 𝑒 𝑒 = 1, pois 𝑒 = 𝑒
dos exemplos ao lado, buscando relacionar
f) log1,5 3,375 = 3, pois 1,53 = 3,375
as operações de potenciação, radiciação e
g) log 5,68 1 = 0, pois 5,680 = 1 logaritmo em cada um dos casos.
1
h) log 2 0,5 = −1, pois 2−1 = 2 = 0,5
1 1
i) log 3 81 = −4, pois 3−4 = 81

2. DEFINIÇÃO DE LOGARITMO

O logaritmo é uma operação matemática utilizada para determinar o valor de uma expoente
numa igualdade matemática na forma 𝑎 𝑥 = 𝑏, sendo 𝑎 e 𝑏 números reais positivos e 𝑎 ≠ 1.
Matematicamente, o logaritmo será definido da seguinte forma:

𝑎 > 0e𝑎 ≠1
log 𝑎 𝑏 = 𝑥 ⇔ 𝑎 𝑥 = 𝑏, se, e somente se: {
𝑏>0
(Lê-se: O logaritmo de 𝑏 na base 𝑎 é igual a 𝑥)

sendo: Condições de
existência dos
- 𝑎 denominado de base do logaritmo;
logaritmos
- 𝑏 denominado de logaritmando;
- 𝑥 denominado de logaritmo.
Obs.: As restrições colocadas para a base “a” do logaritmo, ou seja, 𝑎 > 0 e 𝑎 ≠ 1, são
implicações da função exponencial e garantem que o logaritmo seja único e exista. Já a restrição
𝑏 > 0 colocada para o resultado ou (potência) “b” é uma implicação direta do fato de
𝑎 𝑥 𝑠𝑒𝑟 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 para todo x pertencente aos números reais. As restrições são para garantir que o
logaritmo sempre exista e seja único.

CONDIÇÕES DE EXISTÊNCIA: Basta aplicar a definição de logaritmo para valores de 𝑎 e 𝑏


que não atendem as condições dadas para verificar sua validade. Acompanhe:

 Para 𝑎 < 0:
Por exemplo para a = -2 e b = 8 o logaritmo não existirá.
log −2 8 = ∄
Pois, de acordo com a definição de potenciação se fizermos: log −2 8 = 𝑥, não existe, no
conjunto dos números reais, um valor para o expoente 𝑥 que satisfaça a igualdade (−2)𝑥 = 8.
Por este motivo, a base do logaritmo não pode ser um valor negativo.

 Para 𝑎 = 1:
Por exemplo para a = 1 e b = 5 o logaritmo não existirá.
log1 5 = ∄
Se fizermos log1 5 = 𝑥, também não há nenhum número real “x” que atenda à expressão 1𝑥 =
5, pois para qualquer expoente o resultado sempre será 1, por isso, a base do logaritmo deve ser
diferente de um!

 Para 𝑏 < 0:
Por exemplo para a = 2 e b = -8 o logaritmo não existirá.
log 2 −8 = ∄
Novamente se fizermos log 2 −8 = 𝑥, na igualdade 2𝑥 = −8, qualquer que seja o valor atribuído
para o expoente 𝑥 não resultará em uma potência negativa, por isso, o logaritmando deve ser
positivo!
Dica: Faça essa análise também para os valores de 𝑎 = 0 e 𝑏 = 0!!!
As restrições garantem que o logaritmo sempre exista e ganham mais sentido no estudo das funções
logarítmicas.

Com base na definição de logaritmo dada anteriormente, algumas conclusões podem ser
tomadas:

 Sempre que o logaritmando for igual a um (𝑏 = 1), o valor do logaritmo será zero,
independente de qual for a sua base, desde que o valor de 𝑎 atenda as condições de existência
de logaritmos.

Exemplos:
 log 5 1 = 0, pois 50 = 1
 log 87 1 = 0, pois 870 = 1
Lembre-se: Todo número real, exceto o número zero, elevado ao expoente zero resulta em um!!!

 Sempre que o logaritmando e a base do logaritmo forem iguais (𝑎 = 𝑏), o valor do


logaritmo será um, desde que os valores de 𝑎 e 𝑏 atendam as condições de existência de
logaritmos.

Exemplos:
 log 4 4 = 1, pois 41 = 4
 log13 13 = 1, pois 131 = 13

 Sempre que tivermos uma potência cujo expoente for um logaritmo com a mesma base da
potência (𝑎log𝑎 𝑏 ), ela será igual ao logaritmando, desde que os valores de 𝑎 e 𝑏 atendam
as condições de existência de logaritmos.
Exemplos:
 2log2 8 = 8, pois log 2 8 = 3 e portanto 23 = 8
 10log10 100 = 100, pois log10 100 = 2 e portanto 10² = 100
 𝑒 log𝑒 1 = 1, pois log 𝑒 1 = 0 e portanto 𝑒 0 = 1

Da mesma forma que na potenciação o expoente 1 pode ser omitido (41 = 4) e na radiciação
2
o índice 2 pode ser omitido ( √4 = √4), nos logaritmos a base 10 também pode ser omitida, de modo
que log10 12 = log 12.
No Cálculo Diferencial e Integral é comum o cálculo de logaritmos na base 𝑒 (𝑒 =
2,7182 … ). Estes também possuem uma notação especial e são denominados de logaritmos naturais,
de modo que " 𝐥𝐧 6 " é equivalente ao 𝐥𝐨𝐠 𝒆 6, portanto ln=log 𝑒 .

IMPORTANTE: Verifique que em sua calculadora científica o logaritmo na base 10 pode ser
calculado através da tecla log e o logaritmo natural pode ser calculado utilizando a tecla “ln”.

Na seção a seguir será apresentada uma propriedade que permite converter um logaritmo de
base qualquer para base 10 ou base 𝑒, para que posteriormente possam ser calculados por meio de
uma calculadora que contenha as funções log e ln.

Exercícios – Resolva os logaritmos:


a) log 5 25 =
b) log 1000 =
c) ln e =
d) 5log5 625 =
e) log 7 1=
f) log10 =

3. PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS

Para os valores de 𝑎, 𝑋 e 𝑌 reais e positivos e 𝑎 ≠ 1, são definidas três propriedades


operatórias dos logaritmos:

PROPRIEDADE I – Logaritmo de um produto: aplicada quando existe a operação de


multiplicação no logaritmando. Matematicamente:

log 𝑎 (𝑋 ∙ 𝑌) = log 𝑎 (𝑋) + log 𝑎 (𝑌)

Exemplos:
 log 2 (2 ∙ 16) = log 2 (2) + log 2 (16). Verifique!!!
 log(3 ∙ 42) = log(3) + log(42). Utilize uma calculadora científica para conferir!!!
 ln(4 ∙ 3) = ln 4 + ln 3. Utilize uma calculadora científica para conferir!!!

PROPRIEDADE II – Logaritmo de um quociente: aplicada quando existe a operação de divisão


no logaritmando. Matematicamente:

log 𝑎 (𝑋/𝑌) = log 𝑎 (𝑋) − log 𝑎 (𝑌)


Exemplos:
 log 2 (2/16) = log 2 (2) − log 2 (16). Verifique!!!
 log(3/42) = log(3) − log(42). Utilize uma calculadora científica para conferir!!!
 ln(4/3) = ln 4 − ln 3. Utilize uma calculadora científica para conferir!!!

PROPRIEDADE III – Logaritmo da potência: aplicada quando existe a operação de potenciação


no logaritmando. Matematicamente:
log 𝑎 𝑏 ∝ = ∝. log 𝑎 𝑏

Exemplos:
 log 2 43 = 3 log 2 4 . Verifique a igualdade!!!
 log 57 = 7 log 5. Utilize uma calculadora científica para conferir!!!
 ln 43 = 3 ln 4. Utilize uma calculadora científica para conferir!!!
 log 2 32 = log 2 25

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