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Informações Gerais.............................................................09
1. O eSocial foi criado com qual finalidade?
2. O eSocial está integrado aos demais sistemas que fazem parte do Sistema Público de
Escrituração Digital (SPED)?
3. Qual é a diferença entre eSocial e EFD Social?
4. Quais obrigações acessórias serão dispensadas devido à entrega do eSocial?
5. Como o empregador pode se preparar para não ter problemas na implantação do
eSocial?
6. Como será feito o controle de acesso no governo para garantia do sigilo fiscal das
operações de transmissão das informações?
7. Como serão efetuados os recolhimentos de competências anteriores à implemen-
tação do eSocial?
8. Qual é o prazo para uma empresa informar a ocorrência de um acidente de trabalho?
9. O eSocial contemplará as bases negativas de INSS e a possibilidade de compen-
sação?
10. Qual é o prazo legal de guarda do XML assinado dos arquivos enviados?
11. Por quanto tempo os empregadores precisarão manter em seus arquivos as infor-
mações anteriores à implantação do eSocial?
12. Ainda será necessário o arquivamento do recibo de férias do empregado pelo empre-
gador após a implantação do eSocial?
13. Quando serão substituídas a DIRF e a RAIS?
14. Enquanto não estiver disponível o envio de evento de processos trabalhistas, existirá
a necessidade de continuar gerando a GFIP e a DIRF para estes casos?
Conteúdo.............................................................................13
15. Quais trabalhadores deverão ser incluídos no eSocial?
16. Quais informações deverão ser incluídas no eSocial?
17. Além das informações trabalhistas e previdenciárias sobre folha de pagamento,
quais outras informações previdenciárias e fiscais serão apresentadas?
18. Há uma classificação das informações que deverão ser incluídas no eSocial?
19. Quando o eSocial passar a vigorar, terei que implantar, na base de dados do eSocial,
empregados que eram registrados pela empresa, mas que já tinham se desligado antes
da data inicial do eSocial?
20. O eSocial determina o envio de transmissão do arquivo (evento S-2200) em perío-
do anterior ao início de atividade. O empregador enviou um evento de admissão, mas ela
não se concretizou efetivamente. O que fazer?
21. O CAT e o afastamento temporário do empregado devem ser enviados no mesmo ar-
quivo?
22. Há eventos que serão informados e que atualmente não existem nas obrigações
acessórias? Quais?
23. As informações enviadas anteriormente através do eSocial ficarão disponíveis para
consulta posterior?
24. A tabela de suporte 3 – Natureza das Rubricas da folha de pagamento – é definitiva?
25. O que pode ser retificado no eSocial?
26. Qual é o procedimento para prestar informações dos encargos dos trabalhadores
autônomos?
27. No caso de mudança de lotação do empregado de uma filial para outra, qual é o pro-
cedimento a ser adotado?
28. Se a empresa estiver complementando valores de rescisão ocorrida antes da entra-
da em vigor do eSocial, a retificação e a guia de FGTS deverão ser realizadas através do
programa GRRF Eletrônica utilizado na época em que se deu a rescisão?
29. É obrigatório informar a jornada de trabalho para empregados isentos da marcação
de ponto?
30. No caso de admissões com contrato de experiência com prazo determinado, é
necessário enviar uma alteração contratual informando que o prazo passou a ser inde-
terminado?
31. Para o cadastramento de diretores não empregados e que são considerados con-
tribuintes individuais, com direito ao FGTS, qual é o procedimento?
32. É necessário traduzir a nomenclatura dos cargos, quando em outros idiomas
(ex: office boy), para informar no eSocial?
33. Qual rubrica de leiaute correspondente à prorrogação da licença-maternidade deverá
ser utilizada pela empresa?
34. Qual é a forma de informar o valor de pensão alimentícia pago diretamente pelo fun-
cionário ao beneficiário para fins de dedução da base do Imposto de Renda?
35. No mês em que forem pagos valores de 13° (adiantamento) que terão incidência de
FGTS, esta informação deverá constar junto com os valores da folha mensal ou devemos
enviar como folha de 13° salário?
36. Qual é o procedimento a se adotar para informar diferenças salariais decorrentes de
acordo coletivo assinado posteriormente à data-base?
37. Em qual natureza de rubrica deve ser lançada a base de FGTS para a multa
rescisória?
38. Como a empresa deve proceder quando o médico assistente não informar os dias de
afastamento no atestado médico ou quando esse atestado tiver prazo indeterminado?
39. Haverá necessidade de informar a CAT ao INSS e MTPS depois de já tê-la informado
através do eSocial ?
Obrigatoriedade...................................................................19
40. Quem estará obrigado ao envio do eSocial?
41. Todas as empresas estão obrigadas à entrega do eSocial na condição de
empregadoras?
42. Mesmo as empresas do Simples Nacional estão obrigadas ao cumprimento das
informações por meio do eSocial?
43. Já foi definido o cronograma de obrigatoriedade de entrega das informações do
eSocial?
Periodicidade.......................................................................21
44. Qual será a periodicidade para o envio das informações ao eSocial?
Identificação........................................................................23
45. Como será identificado o empregador no eSocial?
46. Como será identificado o empregado no eSocial?
47. O que fazer se o empregado é admitido, mas não possui registro no cadastro do PIS?
Leiaute.................................................................................24
48. Já foi definido o leiaute do eSocial?
49. Quais informações obrigatoriamente deverão constar do eSocial?
50. Quais informações não são obrigatórias?
51. Qual é o formato dos arquivos a serem enviados pelo eSocial?
52. Como as empresas vão enviar os dados de seus empregados?
53. Haverá um arquivo especial para tratar as informações das empresas inativas (sem
empregados e contribuintes individuais)?
54. Existe uma tabela de proventos e descontos de verbas salariais para associar às
rubricas?
Geração e Transmissão........................................................26
55. O eSocial também terá um programa validador, a exemplo de outros sistemas, como a
EFD ICMS/IPI, a EFD Contribuições e a ECD?
56. Existe uma ordem a ser seguida em relação à transmissão das informações para o
sistema eSocial?
57. Será necessária certificação digital para transmissão do eSocial?
58. Atualmente, a empresa efetua seus pagamentos de impostos eletronicamente e não
envia as guias DARF. Como tratar esta questão no eSocial?
59. Na SEFIP, o nome do empregado não pode conter caracteres especiais e acentuação.
Como ficará esta situação diante do eSocial?
60. Quando será disponibilizado o ambiente de testes e manual do XML?
61. As informações diárias deverão ser enviadas uma única vez, por uma única máquina
(computador), ou cada pessoa responsável por uma rotina enviará as informações que
produz?
Evento Folha de Pagamento Mensal......................................29
62. Em relação ao evento folha de pagamento mensal, se, durante a transmissão, envio
um arquivo com a mesma informação duas vezes, qual será considerado válido?
63. Posso enviar o evento folha de pagamento sem ter implantado as informações das
tabelas?
64. É possível importar a folha de pagamento dos empregados da empresa para o ambi-
ente do eSocial?
65. Ao enviar o arquivo de folha de pagamento, devo enviar um arquivo com as infor-
mações para cada trabalhador ou um arquivo com a informação de todos?
66. Como informar os afastamentos ocorridos após o fechamento do ponto nos casos
em que o período de fechamento do ponto nas empresas é diferente do mês de referência
da folha?
67. Como será o tratamento para as folhas nos casos em que o período de fechamento
do ponto nas empresas é diferente do mês de referência da folha?
68. As informações dos estagiários podem ser enviadas juntamente com as folhas de
pagamento dos funcionários?
69. A DCTF será obrigatória para encerramento da folha?
Recolhimentos e Guias.........................................................32
70. Através do eSocial, será possível emitir guias de recolhimento parciais?
71. Há previsão para que a guia do recolhimento do FGTS seja gerada pelo eSocial?
72. Qual será o procedimento para os recolhimentos referentes à NFGC – Notificação Fis-
cal para Recolhimento do Fundo de Garantia e da Contribuição Social (individualização,
contribuição social, entre outros)?
73. Qual será o procedimento para recolhimentos exclusivos de FGTS, como os recolhi-
mentos recursais, conversão de licença, entre outros?
74. Como, então, serão efetuados os depósitos recursais em ações trabalhistas que
atualmente utilizam a GFIP?
75. Qual será a data do pagamento da guia rescisória? O dia seguinte do envio do arqui-
vo? Ou será possível informar a data desejada, como é feito hoje na GRRF?
Retificação, Alteração e Cancelamento.................................34
76. Um dado cadastral de admissão que já tenha tido uma posterior alteração contratual
pode ser retificado?
77. Haverá impedimento para enviar uma alteração salarial retroativa?
78. Será permitido pelo sistema do eSocial a geração do evento de forma retroativa para
os casos em que o atestado médico é entregue pelo empregado no retorno do afasta-
mento?
79. Existirá a possibilidade de agrupar inúmeras alterações na semana e enviar apenas
uma vez?
80. Qual procedimento deve ser tomado quando o envio da admissão e demais eventos
vinculados a um empregado não for efetuado no prazo devido e cuja falha só foi percebi-
da posteriormente ao encerramento da folha da respectiva competência?
81. Existe penalidade para a entrega com atraso? Se existe, a penalidade ocorre ao retifi-
car valores, por exemplo?
82. Será possível o cancelamento das férias após o pagamento por motivo de falecimen-
to, pedido de demissão ou licença-maternidade?
83. Quando o empregado interrompe o cumprimento do aviso prévio por não querer mais
cumpri-lo, deve ser retificado o evento de aviso prévio alterando-se a data projetada de
afastamento, bem como seu motivo?
84. O que deve ser feito para cancelar a demissão de empregado em caso de reinte-
gração, inclusive por determinação judicial?
85. E qual é o procedimento a se adotar em caso de reversão da reintegração em decor-
rência de cassação da decisão judicial que originou a reintegração?
86. Quando ocorrer uma transformação de espécie de benefício previdenciário, será
necessário retificar ou alterar o evento inicial?
Penalidades..........................................................................37
87. Quais serão as penalidades pela falta de entrega do eSocial ou pela entrega com in-
formações incorretas?
1. O eSocial foi criado com qual finalidade?
O eSocial foi criado com o objetivo de atingir diversas finalidades, entre as quais
destacam-se:
– Abranger em um único aplicativo toda a escrituração da folha de pagamento com to-
dos os seus eventos, tais como admissão, folha de pagamento mensal, 13º salário,
férias, afastamentos, CAT etc., inclusive o registro de empregados, simplificando, assim,
a emissão e uniformizando as obrigações acessórias trabalhistas e tributárias dos em-
pregadores aos diversos órgãos envolvidos no sistema (CEF/INSS/RFB/MTPS);
– Garantia dos direitos trabalhistas na forma explicitada na legislação juslaboralista;
– Pleno controle por parte da fiscalização (trabalhista e RFB) de todas as obrigações e
débitos trabalhistas, previdenciários e fiscais.
2. O eSocial está integrado aos demais sistemas que fazem parte do
Sistema Público de Escrituração Digital (SPED)?
O eSocial é parte integrante do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), cria-
do através do Decreto n° 6.022/2007.
3.Qual é a diferença entre eSocial e EFD Social?
A sigla eSocial representa o Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações
Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, que já foi anteriormente chamado de SPED Social
ou de EFD Social. Não há diferença: são apelidos diferentes para o mesmo sistema.
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4. Quais obrigações acessórias serão dispensadas devido à entrega do
eSocial?
A legislação ainda não traz claramente quais obrigações acessórias serão substi-
tuídas pelo eSocial, mas, conforme estudos, e com base no leiaute já aprovado, pode-se
afirmar que tendem a ser extintas futuramente as seguintes obrigações acessórias:
Livro de Registro de Empregado; Folha de Pagamento; Sistema Empresa de Recolhimen-
to do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP); Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED); Relação Anual de Informações Sociais (RAIS); Declaração do
Imposto Retido na Fonte (DIRF); Comunicação Acidente de Trabalho (CAT); Perfil Profis-
siográfico Previdenciário (PPP); Manual Normativo de Arquivos Digitais (MANAD).
Com fulcro no artigo 2°, § 1° do Decreto n° 8.373, de 11 de dezembro de 2014, a extinção
se dará com base na regulamentação de cada órgão, conforme competência legal para
exigência dessas obrigações.
O Comitê Diretivo do eSocial, por meio de resolução, vai definir um prazo máximo para a
substituição das declarações e formulários que exigem as mesmas informações do
eSocial. Cada órgão dará publicidade da substituição de suas obrigações por meio de
ato normativo específico da autoridade competente, a ser expedido de acordo com a
oportunidade e conveniência administrativa, respeitando o prazo definido pelo Comitê
Diretivo (artigo 4° do Decreto n° 8.373/2014).
5. Como o empregador pode se preparar para não ter problemas na im-
plantação do eSocial?
Há diversas atitudes que podem ser tomadas com antecipação que contribuirão
para que o empregador esteja apto ao ingresso no sistema do eSocial sem maiores des-
gastes, entre as quais pode-se citar:
– Saneamento do banco de dados, principalmente através da verificação e atualização
dos cadastros de seus empregados, já que, se houverem informações diferentes nos ca-
dastros que estão sendo inseridos no eSocial e aqueles constantes no CNIS (Cadastro
Nacional de Informações Sociais), o sistema gerará inconsistência. Assim, o empregador
pode checar se não há divergências/duplicidades em números de inscrição, por exemplo,
do PIS dos empregados ou, até mesmo, a ausência de dados básicos, como data de
nascimento, nome completo, número do CPF etc.;
– Ajuste do sistema de folha de pagamento, que deverá estar em consonância com os
leiautes do eSocial;
– Esclarecimentos prévios aos empregadores em relação ao sistema, que não permitirá
procedimentos à margem da lei, não havendo mais qualquer possibilidade de práticas
como registros retroativos, avisos retroativos, notificação de férias retroativas etc.
Desta forma, o empregador deve estar ciente que deverá observar todas as obrigações
legais constantes na legislação juslaboralista, sob pena não somente de o arquivo não
ser transmitido, mas também de ser autuado pela prática de procedimentos ilegais;
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– Como o canal do eSocial abrange tanto informações trabalhistas quanto previ-
denciárias, fundiárias e fiscais, deverá existir um entrosamento bastante grande entre
as equipes do setor de Recursos Humanos com a equipe do setor Federal/Contábil para
que a parametrização das informações seja uniforme, em que pese a necessidade de se
observar as regras próprias de cada legislação.
6. Como será feito o controle de acesso no governo para garantia do
sigilo fiscal das operações de transmissão das informações
A Portaria RFB n° 1.384/2016 estabelece os dados não protegidos por sigilo fiscal e
que poderão ser compartilhados com órgãos e entidades da Administração Pública
Federal direta, autárquica e fundacional. Os dados não protegidos encontram-se no arti-
go 2° da Portaria RFB n° 1.384/2016.
7. Como serão efetuados os recolhimentos de competências anteriores
à implementação do eSocial?
Inicialmente, através de GFIP, GRRF e GPS, até que se tenha uma solução própria do
eSocial. Para o FGTS, a guia será gerada pelo SEFIP ou GRFWEB; para a contribuição
previdenciária, a guia será gerada manualmente, pelo sistema de folha de pagamento ou
através do site www.receita.fazenda.gov.br.
8. Qual é o prazo para uma empresa informar a ocorrência de um aciden-
te de trabalho?
De acordo com a Lei n° 8.213/91, em seu artigo 22, a empresa deverá comunicar o
acidente de trabalho à Previdência Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocor-
rência; em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa
variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, aumenta-
da nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. A falta de informação
no programa eSocial poderá gerar também outras multas, ainda não previstas objetiva-
mente.
9. O eSocial contemplará as bases negativas de INSS e a possibilidade
de compensação?
Sim, contemplará bases negativas. A compensação de contribuições previdenciárias
seguirá o mesmo rito dos demais tributos administrados pela RFB, possibilitando sua
restituição ou compensação por meio de mecanismo próprio no Programa Gerador do
Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação
PER-DCOMP. Esta mudança se concretizará apenas quando a GFIP for substituída para
cada grupo de empregadores.
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10. Qual é o prazo legal de guarda do XML assinado dos arquivos envia-
dos?
O recibo de entrega dos eventos serve para oficializar a remessa de determinada in-
formação ao eSocial e também para obter cópia, retificá-lo ou excluí-lo quando for o
caso. Cada evento enviado possui um recibo de entrega. Quando se pretende efetuar a
retificação de determinado evento, deve ser informado o número do recibo de entrega do
evento que se pretende retificar. Estes recibos serão mantidos no sistema por prazo in-
determinado, porém, por segurança, é importante que a empresa guarde seus
respectivos recibos, os quais comprovam a entrega e o cumprimento da obrigação. O
efetivo cumprimento da obrigação será atestado pelo recibo de entrega. É de suma im-
portância que a empresa tenha um controle para armazenamento dos números dos
recibos de entrega dos eventos.
11. Por quanto tempo os empregadores precisarão manter em seus ar-
quivos as informações anteriores à implantação do eSocial?
As obrigações relativas ao período anterior ao eSocial devem estar disponibiliza-
das para apresentação à fiscalização pelo período previsto na legislação, ou seja, por
5 anos para a Receita Federal (artigo 174 do Decreto-lei n° 5.172/66) e por 30 anos
para o Ministério do Trabalho e Previdência Social, quanto aos recibos do FGTS (Lei n°
8.036/90, artigo 23 e § 5°).
12. Ainda será necessário o arquivamento do recibo de férias do empre-
gado pelo empregador após a implantação do eSocial?
Sim, este documento comprova o cumprimento pelo empregador da exigência de co-
municar ao empregado suas férias com trinta dias de antecedência (artigo 135 da CLT).
13. Quando serão substituídas a DIRF e a RAIS?
Até o presente momento, o Comitê Diretivo do eSocial não abordou essa questão,
não sendo possível determinar quando tais declarações serão substituídas.
14. Enquanto não estiver disponível o envio de evento de processos tra-
balhistas, existirá a necessidade de continuar gerando a GFIP e a DIRF
para estes casos?
Sim.
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15. Quais trabalhadores deverão ser incluídos no eSocial?
O eSocial contempla as relações de emprego e de trabalho em sentido amplo. Assim,
deverão ser informados, além do s empregados, os contribuintes individuais (sócios,
autônomos, cooperativados), os avulsos, os dirigentes sindicais e os estagiários.
16. Quais informações deverão ser incluídas no eSocial?
Devem ser lançadas no eSocial informações sobre relações de trabalho em senti-
do amplo, ou seja, não serão só os dados pertinentes aos empregados informados, mas
também aos contribuintes individuais, avulsos e estagiários.
17. Além das informações trabalhistas e previdenciárias sobre folha de
pagamento, quais outras informações previdenciárias e fiscais serão
apresentadas?
Além das informações da folha de pagamento, deverão ser apresentadas infor-
mações sobre a comercialização da produção rural, bem como a informação fiscal sobre
o imposto de renda retido na fonte (IRRF).
18. Há uma classificação das informações que deverão ser incluídas no
eSocial?
Sim. As informações que serão lançadas no eSocial são classificadas em três tipos:
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19. Quando o eSocial passar a vigorar, terei que implantar, na base de
dados do eSocial, empregados que eram registrados pela empresa, mas
que já tinham se desligado antes da data inicial do eSocial?
Não. Os empregados cujos contratos de trabalho foram extintos antes da data inicial
e obrigatória de utilização do eSocial não precisarão ser cadastrados. Apenas deverão
ser cadastrados os vínculos trabalhistas existentes na empresa na data de implantação
do eSocial, e deverá ser gerado um arquivo correspondente, contendo as informações
cadastrais e contratuais atualizadas até a data-base.
20. O eSocial determina o envio de transmissão do arquivo (evento
S-2200) em período anterior ao início de atividade. O empregador enviou
um evento de admissão, mas ela não se concretizou efetivamente. O que
fazer?
O evento poderá ser excluído, desde que não tenham sido enviados eventos posteri-
ores para este vínculo e também não tenha sido enviado qualquer arquivo de folha de
pagamento relativo a período igual ou posterior à data de admissão informada no evento
original.
21. O CAT e o afastamento temporário do empregado devem ser envia-
dos no mesmo arquivo?
Não. O CAT deverá ser informado no evento S-2210 em um arquivo; se houver
afastamento temporário do empregado, este deverá enviar em seguida outro arquivo
constatando este afastamento, que será relatado no evento S-2230.
22. Há eventos que serão informados e que atualmente não existem nas
obrigações acessórias? Quais?
Sim, há eventos que são próprios do eSocial, não existindo informações nas
obrigações acessórias atuais.
Entre estes eventos que são novos, pode-se citar como os mais importantes:
– Evento de reintegração S-2298, que deverá ser enviado para restabelecer o vínculo
empregatício no caso de estabilidade de emprego;
– Evento de Admissão de Trabalhador – Registro Preliminar (evento S-2190). Este even-
to é opcional e só deve ser utilizado pelo empregador que admitir um empregado em
situação em que não disponha de todas as informações necessárias ao envio do evento
S-2200 – Admissão do Trabalhador.
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– Evento de Solicitação de Totalização de Eventos, Bases e Contribuições (S-4000), que
também é um evento opcional e utilizado para consultar as totalizações, bases de
cálculo, contribuições previdenciárias e outras entidades e fundos (terceiros) após a
transmissão do primeiro evento periódico de determinada competência de apuração.
23. As informações enviadas anteriormente através do eSocial ficarão
disponíveis para consulta posterior?
Sim. A qualquer momento após a transmissão do primeiro evento de determinado
período de apuração.
24. A tabela de suporte 3 – Natureza das Rubricas da folha de paga-
mento – é definitiva?
Esta tabela poderá sofrer várias alterações em seu leiaute ao longo do tempo.
Dependerá de reformas no âmbito do Direito do Trabalho que estão por vir, da natureza
do trabalho na empresa e dos direitos contidos no texto da convenção coletiva de tra-
balho da respectiva categoria (Constituição Federal de 1988, artigo 7°, inciso XXVI).
25. O que pode ser retificado no eSocial?
Quase tudo pode ser alterado. Por exemplo, se a empresa informar que o empregado
foi contratado pelo salário de R$ 1.000,00 e, na verdade, o salário seria de R$ 1.200,00,
deve ser enviado um arquivo de alteração. Cada trabalhador é tratado individualmente,
de forma que a retificação da remuneração de um trabalhador não afeta os demais. As
modificações nas informações transmitidas são tratadas pelo eSocial como procedi-
mentos de retificação ou mesmo de exclusão.
26. Qual é o procedimento para prestar informações dos encargos dos
trabalhadores autônomos?
As informações referentes aos contribuintes individuais (prestadores de serviço
autônomos) deverão ser prestadas pelo tomador de serviço, com o correto enquadra-
mento na tabela de leiaute de categoria de trabalhadores, informando-se o evento de re-
muneração e pagamentos diversos com as validações nos termos definidos no leiaute
do eSocial.
Para os trabalhadores autônomos, não é necessário haver registro prévio da con-
tratação, mas há exceções, como os cooperados (informados pela cooperativa da qual
façam parte). Essas cooperativas devem informar os eventos de cadastramento dos tra-
balhadores sem vínculo.
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27. No caso de mudança de lotação do empregado de uma filial para
outra, qual é o procedimento a ser adotado?
A alteração de estabelecimento do empregado deverá ser informada através do en-
vio de um evento de alteração contratual comunicando a mudança.
28. Se a empresa estiver complementando valores de rescisão ocorrida
antes da entrada em vigor do eSocial, a retificação e a guia de FGTS de-
verão ser realizadas através do programa GRRF Eletrônica utilizado na
época em que se deu a rescisão?
O tratamento de competências anteriores à obrigatoriedade da prestação de infor-
mações no modelo eSocial ocorrerá com a utilização das funcionalidades e proces-
sos hoje existentes ou novos que vierem a ser implementados pela CAIXA. E, em tempo
hábil, a CAIXA deverá expedir novas orientações/normas necessárias para as situações
exclusivas do FGTS.
29. É obrigatório informar a jornada de trabalho para empregados isen-
tos da marcação de ponto?
As informações relativas à jornada contratual de trabalho devem ser enviadas, inde-
pendente do controle de jornada existir ou não.
30. No caso de admissões com contrato de experiência com prazo de-
terminado, é necessário enviar uma alteração contratual informando
que o prazo passou a ser indeterminado?
Não há necessidade de alteração contratual. Na expiração do prazo, se não houver
informação acerca do encerramento do contrato, o sistema presumirá que ele passou a
ser por prazo indeterminado.
Contudo, no caso de prorrogação de contrato de trabalho temporário, com prazo total
superior a três meses, a empresa de trabalho deverá informar a justificativa para a
prorrogação no campo próprio.
31. Para o cadastramento de diretores não empregados e que são con-
siderados contribuintes individuais, com direito ao FGTS, qual é o pro-
cedimento?
O cadastramento dar-se-á pelo evento Trabalhador Sem Vínculo (Contribuinte
Individual). Para o diretor não empregado no campo Optante do FGTS, deve-se observar
que a data de opção deve ser igual ou posterior a 02/06/1981. Os cargos e as funções
informados pela empresa, para contribuinte individual (diretor não empregado), devem
ser compatíveis com as respectivas tabelas criadas nos eventos iniciais. A informação
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de função não é obrigatória, mas é obrigatória a informação relativa ao FGTS para o
diretor não empregado com FGTS.
32. É necessário traduzir a nomenclatura dos cargos, quando em outros
idiomas (ex: office boy), para informar no eSocial?
Não. Basta apenas vincular os cargos em outros idiomas ao CBO para a informação
no eSocial. O código CBO deve ser informado no nível Ocupação existente na tabela de
CBO, com 6 (seis) dígitos, e corresponder à principal atividade do trabalhador.
33. Qual rubrica de leiaute correspondente à prorrogação da
licença-maternidade deverá ser utilizada pela empresa?
Não há necessidade de rubrica específica, podendo ser utilizada a classificação na
tabela de natureza com a rubrica de salário (1000), já que essa verba não dá direito à
compensação do benefício do salário-maternidade que já se extinguiu com 120 dias.
A descrição da rubrica na empresa está livre e pode receber a denominação de acordo
com o melhor controle gerencial a ser adotado. Exemplo: o empregador pode nominar
a rubrica em sua tabela de “prorrogação da licença-maternidade” e classificá-la como
natureza de rubrica – 1000 Salário.
34. Qual é a forma de informar o valor de pensão alimentícia pago dire-
tamente pelo funcionário ao beneficiário para fins de dedução da base
do Imposto de Renda?
Neste caso, para que ocorra a dedução da base do IRRF, o valor referente à pensão
alimentícia deve ser registrado na folha de pagamento da empresa.
35. No mês em que forem pagos valores de 13° (adiantamento) que
terão incidência de FGTS, esta informação deverá constar junto com os
valores da folha mensal ou devemos enviar como folha de 13° salário?
O valor pago de adiantamento da 1ª parcela do 13º salário (sujeito à incidência de
FGTS) deverá ser informado na folha mensal, identificando a rubrica específica. Existem
três períodos de apuração distintos: um é para a folha mensal (aditamento da primei-
ra parcela do 13º salário sujeito à incidência do FGTS), outro para a “competência 13”
e, por fim, outro para a complementação do 13º salário, relativas a diferenças apuradas
após o dia 20 de dezembro.
Como regra, nas situações em que não houver indicação expressa do formato do campo
data, esta deverá ser registrada no formato: AAAA-MM-DD. No caso de “competência”
(Indicativo de período de referência: 1 – Folha de Pagamento Mensal), deve-se registrar
AAAA-MM; para o 13° Salário (Indicativo de período de referência: 2 - Folha do Décimo
Terceiro Salário), registrar AAAA. Também para Período de Apuração deve ser informado
o ano/mês (formato AAAA-MM) de referência das informações.
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36. Qual é o procedimento a se adotar para informar diferenças salariais
decorrentes de acordo coletivo assinado posteriormente à data-base?
As diferenças salariais, provenientes de sentenças normativas, convenções ou acor-
dos coletivos de trabalho e participação de lucros e resultados, devidas após o envio do
evento “Desligamento”, devem ser informadas em campos próprios no evento “Remu-
neração”.
37. Em qual natureza de rubrica deve ser lançada a base de FGTS para a
multa rescisória?
O valor da Base de Cálculo para a multa rescisória deve ser informado na tabela da
Natureza das Rubricas (tabela 03), em total da base de cálculo do FGTS rescisório.
38. Como a empresa deve proceder quando o médico-assistente não in-
formar os dias de afastamento no atestado médico ou quando esse
atestado tiver prazo indeterminado?
De acordo com a Resolução CFM n° 1.851/2008, a empresa deverá especificar o
tempo necessário para a recuperação – ou o médico do trabalho da empresa pode fixar
a data.
39. Haverá necessidade de informar a CAT ao INSS e MTPS depois de já
tê-la informado através do eSocial ?
O objetivo da existência da CAT dentro do eSocial é que este seja o canal único de
comunicação dessa informação pelas empresas. Assim, a tendência é de que a CAT in-
formada ao eSocial passe a ser a única e suficiente exigência do INSS e do MTPS para
esse evento.
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40. Quem estará obrigado ao envio do eSocial?
O eSocial abrangerá todos os empregadores, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas,
bem como os órgãos públicos, cooperativas, OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra) e
empregadores domésticos.
41. Todas as empresas estão obrigadas à entrega do eSocial na
condição de empregadoras?
Sim, estarão obrigados ao envio do eSocial todas as empresas, equiparados a em-
presa (CAEPF), órgãos da administração pública, CNO – Cadastro Nacional de Obras,
OGMO – Órgão Gestor de Mão de Obra, Cooperativas de Trabalho e Entidades de Fins
Filantrópicos, desde que tenham fatos geradores de FGTS, IRRF e contribuição previ-
denciária.
Será exigido envio de arquivo com a informação “Sem Movimento” para empresas com
CNPJ ativo, porém sem movimento. Caso a situação sem movimento persista nos anos
seguintes, o empregador/contribuinte deverá repetir este procedimento na competência
janeiro de cada ano.
Mesmo que o empregador/contribuinte, pessoa jurídica, nunca tenha remunerado
qualquer trabalhador, uma vez por ano – competência janeiro – deve informar sem
movimento no evento Fechamento dos Eventos Periódicos.
42. Mesmo as empresas do Simples Nacional estão obrigadas ao
cumprimento das informações por meio do eSocial?
Sim. Micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional com até 7 empre-
gados. Contudo, a legislação acerca da obrigatoriedade pode se modificar ao
longo do tempo e trazer nuances diferentes quanto à obrigação.
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43. Já foi definido o cronograma de obrigatoriedade de entrega das in-
formações do eSocial?
De acordo com a Resolução CDES (Comitê Diretivo do eSocial) n° 002, de 30 de agos-
to de 2016, o início da obrigatoriedade de utilização do eSocial dar-se-á:
I – em 1° de janeiro de 2018, para os empregadores e contribuintes com faturamento no
ano de 2016 acima de R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais); e
II – em 1° de julho de 2018, para os demais empregadores e contribuintes.
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44. Qual será a periodicidade para o envio das informações ao eSocial?
Os prazos para o envio das informações e eventos no eSocial, de acordo com o
Manual de Orientação do eSocial versão 2.1, seguem as orientações abaixo:
EVENTOS INICIAIS
Para envio dos Eventos Iniciais e Tabelas do Empregador, deve-se observar o que se
segue:
a) As informações relativas à identificação do empregador, de seus estabelecimentos e
obras de construção civil deverão ser enviadas previamente à transmissão de outras in-
formações;
b) As informações relativas às tabelas do empregador que representam um conjunto de
regras específicas necessárias para validação dos eventos do eSocial, como as rubricas
da folha de pagamento, informações de processos administrativos e judiciais, lotações,
relação de cargos e funções, jornada de trabalho, horário contratual, ambientes de tra-
balho e outras necessárias para verificação da integridade dos eventos periódicos e não
periódicos, deverão ser enviadas previamente à transmissão de qualquer evento que re-
queira essas informações.
O evento S-2100 – Cadastramento Inicial do Vínculo será enviado pela empresa no
início da implantação do eSocial, com todos os vínculos ativos e seus dados cadastrais
atualizados, servindo de base para construção do “Registro de Eventos Trabalhistas”,
que será utilizado para validação dos eventos de folha de pagamento e demais eventos
enviados posteriormente. É o retrato dos vínculos empregatícios existentes na data da
implantação do eSocial naquele empregador. Deverá ser transmitido até a data de início
da obrigatoriedade do eSocial para aquele empregador/contribuinte e antes do envio de
qualquer evento periódico ou não periódico.
EVENTOS NÃO PERIÓDICOS
São aqueles que não têm uma data pré-fixada para ocorrer, pois dependem de
acontecimentos na relação entre a empresa e o trabalhador que influenciam no reconhe-
cimento de direitos e no cumprimento de deveres trabalhistas, previdenciários e fiscais,
como a admissão de um empregado, a alteração de salário, a exposição do trabalhador a
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agentes nocivos e o desligamento, entre outros.
Como regra geral, a definição dos prazos de envio dos eventos não periódicos respeita
regras que asseguram os direitos dos trabalhadores, caso da admissão e do acidente de
trabalho, ou possibilitam recolhimentos de encargos que tenham prazos diferenciados,
caso do desligamento. Como estes fatos/eventos passam a ter prazo específico para
sua transmissão ao eSocial, vinculados à sua efetiva ocorrência, o manual apresenta
em cada descrição dos eventos não periódicos seu respectivo prazo de envio. Os even-
tos não periódicos sem prazo diferenciado devem ser enviados, quando ocorrerem, antes
dos eventos mensais da folha de pagamento, com o objetivo de se evitar inconsistências
entre a folha de pagamento e os eventos de tabelas e os não periódicos. O melhor mo-
mento para se transmitir os eventos não periódicos e os de tabela é imediatamente após
a sua ocorrência. Este procedimento, além de impedir possíveis inconsistências, evita
tanto o represamento desnecessário de eventos a serem transmitidos quanto o conges-
tionamento de redes pela transmissão de última hora.
EVENTOS PERIÓDICOS
São aqueles cujas ocorrências têm periodicidade previamente definida, compostos por
informações de folha de pagamento, de apuração de outros fatos geradores de con-
tribuições previdenciárias, como os incidentes sobre pagamentos efetuados às pessoas
físicas quando da aquisição da sua produção rural, e do imposto sobre a renda retido na
fonte sobre pagamentos a pessoa física, feito pelo contribuinte. Saliente-se que o
eSocial recepciona e registra os fatos geradores relativos aos eventos periódicos S-1200
– Remuneração do Trabalhador utilizando-se do regime de competência, enquanto o
evento periódico S-1210 – Pagamentos de Rendimentos do Trabalho se submete ao re-
gime de Caixa.
Os eventos periódicos devem ser transmitidos até o dia 7 do mês seguinte, antecipan-
do-se o vencimento para o dia útil imediatamente anterior, em caso de não haver expedi-
ente bancário
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45. Como será identificado o empregador no eSocial?
O empregador será identificado:
– Se pessoa jurídica, pelo número da inscrição no CNPJ;
– Se pessoa física, pelo CAEPF (que é ligado ao CPF), mas, até o presente momento, ain-
da não foi disponibilizado aos contribuintes;
– Se for obra de construção civil, pelo CNO (que será ligado a um CNPJ se a construção
for de pessoa jurídica ou CPF se a obra for efetuada por pessoa física). Até a implan-
tação do Cadastro Nacional de Obras, deverá ser usado o CEI da obra no lugar do CNO
no eSocial.
46. Como será identificado o empregado no eSocial?
O empregado será identificado no sistema pelo CPF e pelo NIS (PIS, PASEP, NIT), sen-
do que tais dados devem estar coincidentes com aqueles constantes no CNIS (Cadastro
Nacional de Informações Sociais).
47. O que fazer se o empregado é admitido, mas não possui registro no
cadastro do PIS?
Não será possível a admissão do trabalhador que não tiver o número de NIS (seja
PIS, PASEP ou NIT). A CAIXA disponibilizará ferramenta para a inscrição online do tra-
balhador no cadastro PIS.
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48. Já foi definido o leiaute do eSocial?
O leiaute do eSocial já foi alterado várias vezes desde a sua implementação. Certa-
mente sofrerá outras modificações conforme surgirem novas versões do programa.
49. Quais informações obrigatoriamente deverão constar do eSocial?
No leiaute do eSocial, se, na coluna Condição, constar a letra “O”, significa que o
registro é sempre obrigatório.
Exemplos: informações de identificação do empregador, informações de contato, CNAE
preponderante, alíquota RAT, informações da jornada de trabalho, FPAS.
50. Quais informações não são obrigatórias?
Se, no leiaute do eSocial, a ser aplicado nas colunas “Obrigatoriedade do Evento” e
“Obrigatoriedade do Requisito”, constar as letras “OC”, significa que o registro somente
será obrigatório se houver informação a ser prestada. Se o registro for “O”, quer dizer
que a informação é obrigatória.
51. Qual é o formato dos arquivos a serem enviados pelo eSocial?
Os arquivos deverão ter o formato XML.
52. Como as empresas vão enviar os dados de seus empregados?
O arquivo pode ser gerado de duas formas:
a) Pelo sistema de propriedade do empregador/contribuinte ou contratado de terceiros,
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assinado digitalmente e transmitido ao eSocial por meio de webservice, gerando um
recibo de entrega (comprovante);
b) Diretamente no Portal do eSocial na internet (http://www.esocial.gov.br/), cujo preen-
chimento e salvamento dos campos e telas já operam a geração e transmissão do even-
to, módulo simplificado.
53. Haverá um arquivo especial para tratar as informações das empre-
sas inativas (sem empregados e contribuintes individuais)?
Na primeira entrega do arquivo eSocial sem empregados e contribuintes individuais
ativos, não se faz necessário o envio da mesma informação sem movimento nos meses
seguintes. Posteriormente, ao enviar a primeira movimentação de empregados ativos,
volta-se ao procedimento normal de envio das informações.
54. Existe uma tabela de proventos e descontos de verbas salariais para
associar às rubricas?
Há a tabela de “Natureza de Rubricas de Folha de Pagamento”, que deverá ser asso-
ciada às rubricas utilizadas pela empresa. Quem classifica a rubrica de folha como pro-
vento, desconto ou informativa é o próprio empregador.
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55. O eSocial também terá um programa validador, a exemplo de outros
sistemas, como a EFD ICMS/IPI, a EFD Contribuições e a ECD?
O eSocial não funciona por meio de um Programa offline Gerador de Declaração –
PGD ou Validador e Assinador – PVA, ou seja, não possui um aplicativo para download
no ambiente do empregador/contribuinte que importe o arquivo e faça as validações an-
tes de transmitir.
56. Existe uma ordem a ser seguida em relação à transmissão das infor-
mações para o sistema eSocial?
O empregador/contribuinte, ao transmitir suas informações relativas ao eSocial, deve
considerar uma sequência lógica, pois as informações constantes nos primeiros
arquivos são necessárias ao processamento das informações constantes nos arquivos a
serem transmitidos posteriormente.
As informações relativas à identificação do empregador/contribuinte, que fazem parte
dos eventos iniciais, devem ser enviadas previamente à transmissão de todas as demais
informações.
Considerando que as informações integrantes dos eventos de tabelas são utilizadas nos
demais eventos iniciais e, também, nos eventos periódicos e não periódicos, elas
precisam ser enviadas logo após a transmissão das informações relativas à identifi-
cação do empregador/contribuinte.
Em seguida devem ser enviadas, caso existam, as informações previstas nos eventos
não periódicos e, por último, as informações previstas nos eventos periódicos.
57. Será necessária certificação digital para transmissão do eSocial?
O certificado digital utilizado no sistema eSocial deverá ser emitido por Autoridade
Certificadora credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil.
O certificado digital deverá ser do tipo A1 ou A3, e esses documentos serão exigidos em
dois momentos:
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a) Antes de ser iniciada a transmissão de solicitações ao sistema eSocial, o certificado
digital do solicitante é utilizado para garantir a segurança do tráfego das informações na
internet. Para que um certificado seja aceito na função de transmissor de solicitações,
ele deverá ser do tipo e-CPF (e-PF) ou e-CNPJ (e-PJ).
b) Para os empregadores pessoas jurídicas, os eventos poderão ser gerados por
qualquer estabelecimento da empresa ou seu procurador, mas o certificado digital as-
sinante deles deverá pertencer à matriz, ao representante legal desta ou ao procurador/
substabelecido, outorgado por meio de procuração eletrônica e não eletrônica. Para os
empregadores pessoas físicas, os eventos deverão ser gerados pelo próprio empre-
gador ou seu procurador e assinados com o certificado digital pertencente a este ou ao
procurador/substabelecido, outorgado por meio de procuração eletrônica e não eletrôni-
ca. Os certificados digitais utilizados para assinar os eventos enviados ao eSocial de-
verão estar habilitados para a função de assinatura digital, respeitando a Política do Cer-
tificado. Está previsto para o projeto o uso de Procuração Eletrônica da RFB ou da Caixa.
Podem utilizar o código de acesso, como alternativa ao certificado digital:
a) O Microempreendedor Individual – MEI com empregado, o segurado especial e o em-
pregador doméstico;
b) A micro e pequena empresa optante pelo Simples Nacional que possua até 3 empre-
gados, não incluídos os empregados afastados em razão de aposentadoria por invalidez;
e
c) O contribuinte individual equiparado à empresa e o produtor rural pessoa física que
possua até 7 empregados, não incluídos os empregados afastados em razão de aposen-
tadoria por invalidez.
Observação: os órgãos públicos estão obrigados a utilizar certificação digital, ainda que
optem pelo uso do portal para o envio das informações.
58. Atualmente, a empresa efetua seus pagamentos de impostos
eletronicamente e não envia as guias DARF. Como tratar esta questão no
eSocial?
A RFB poderia cogitar a elaboração de um novo modelo de DARF que, futuramente,
seria de uso obrigatório por meio do eSocial.
59. Na SEFIP, o nome do empregado não pode conter caracteres espe-
ciais e acentuação. Como ficará esta situação diante do eSocial?
Alguns caracteres especiais devem ser evitados para não gerar erros quanto à codifi-
cação do documento enviado ao sistema eSocial. Para isso, será necessário substituir
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os caracteres pelas sequências de caracteres X escape adequadas.
60. Quando será disponibilizado o ambiente de testes e manual do XML?
Até 1º de julho de 2017, será disponibilizado aos empregadores e contribuintes am-
biente de produção restrito com vistas ao aperfeiçoamento do sistema eSocial (artigo 3°
da Resolução CDES n° 002, de 30 de agosto de 2016).
O Manual de Orientação do Desenvolvedor do eSocial foi publicado até a versão 2.2. Os
contribuintes permanecem no aguardo da divulgação de versões mais recentes.
61. As informações diárias deverão ser enviadas uma única vez, por uma
única máquina (computador), ou cada pessoa responsável por uma roti-
na enviará as informações que produz?
O envio das informações será controlado pela empresa e feito da maneira desejada,
podendo ser a partir de uma única máquina (computador) ou de várias. Assim, há
possibilidade de vários departamentos, como o Contábil e o de Recursos Humanos, tra-
balharem em conjunto para a transmissão do eSocial, cada qual com suas responsabili-
dades quanto às matérias envolvidas (contábil e trabalhista).
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62. Em relação ao evento folha de pagamento mensal, se, durante a
transmissão, envio um arquivo com a mesma informação duas vezes,
qual será considerado válido?
Ficará valendo o arquivo mais recente, e o outro será sobreposto.
63. Posso enviar o evento folha de pagamento sem ter implantado as in-
formações das tabelas?
Não. As informações relativas às tabelas do empregador, que representam um con-
junto de regras específicas necessárias para validação dos eventos do eSocial, como as
rubricas da folha de pagamento, informações de processos administrativos e judiciais,
lotações, relação de cargos e funções, jornada de trabalho, horário contratual, ambientes
de trabalho e outras necessárias para verificação da integridade dos eventos periódicos
e não periódicos, deverão ser enviadas previamente à transmissão de qualquer evento
que requeira essas informações.
64. É possível importar a folha de pagamento dos empregados da em-
presa para o ambiente do eSocial?
O eSocial foi desenvolvido para aderir ao sistema operacional de folha de pagamento
da empresa. A folha de pagamento é composta por um conjunto de eventos, que serão
enviados um a um. O sistema corporativo da empresa deve fazer a geração e envio dos
arquivos no formato exigido para o usuário do sistema. Os controles de acesso e de po-
deres para geração das informações dos eventos devem ser controlados pelos sistemas
ERP (Enterprise Resource Planning), que, traduzido ao pé da letra, significa “Planejamen-
to dos recursos da empresa”. ERPs são softwares que integram todos os dados e pro-
cessos de uma organização em um único sistema.
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65. Ao enviar o arquivo de folha de pagamento, devo enviar um arquivo
com as informações para cada trabalhador ou um arquivo com a infor-
mação de todos?
Um arquivo (denominado no eSocial de evento) para cada trabalhador.
66. Como informar os afastamentos ocorridos após o fechamento do
ponto nos casos em que o período de fechamento do ponto nas empre-
sas é diferente do mês de referência da folha?
A folha de pagamentos controla o regime de caixa (pagamentos) e também o regime
de competência (total da remuneração devida durante o mês), que vai do primeiro ao úl-
timo dia do mês. Se a empresa tem outra forma de apuração, deverá encontrar um jeito
de atender à legislação, reajustando a maneira de apurar os fatos geradores. O fecha-
mento da folha antes do dia 30 de cada mês deve gerar diferenças de base de cálculo na
apuração das contribuições previdenciárias e do FGTS.
Saliente-se que o eSocial recepciona e registra os fatos geradores relativos aos even-
tos periódicos S-1200 – Remuneração do Trabalhador utilizando-se do regime de com-
petência, enquanto o evento periódico S-1210 – Pagamentos de Rendimentos do Tra-
balho se submete ao regime de Caixa.
67. Como será o tratamento para as folhas nos casos em que o período
de fechamento do ponto nas empresas é diferente do mês de referência
da folha?
As empresas devem rever seus processos internos, pois vários erros decorrem desse
fechamento antecipado, entre eles o cálculo do DSR, pagamento de horas extras fora
do prazo etc. O prazo para pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade do
trabalho, não deve ser estipulado por prazo superior a 1 mês, salvo no que concerne a
comissões, percentagens e gratificações (artigo 459 da CLT).
68. As informações dos estagiários podem ser enviadas juntamente com
as folhas de pagamento dos funcionários?
Não há problema. As informações referentes aos estagiários também devem ser en-
viadas ao eSocial. Os TSV (Trabalhadores sem Vínculo) incluem obrigatoriamente os tra-
balhadores avulsos, os dirigentes sindicais, os estagiários e algumas categorias de con-
tribuintes individuais, como diretores não empregados e cooperados.
30
69. A DCTF será obrigatória para encerramento da folha?
Os eventos do eSocial servirão para compor os débitos relativos à contribuição
previdenciária, a outras entidades e fundos e ao Imposto de Renda Retido na Fonte a
serem recolhidos à Receita Federal do Brasil - RFB, a qual, em ambiente próprio, pos-
sibilitará ao contribuinte a geração da respectiva Declaração de Débitos e Créditos
Tributários – DCTFWeb. Na DCTFWeb, serão disponibilizadas as formas de liquidação
dos débitos tributários. Maiores informações relativas a esse assunto deverão ser obti-
das no Manual da DCTFWeb, a ser disponibilizado tão logo esteja em vigor.
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70. Através do eSocial, será possível emitir guias de recolhimento parci-
ais?
Com as devidas adaptações em versões futuras do programa eSocial, será providen-
cial a emissão de guias parciais de recolhimento DARF, ressaltando que somente após
a transmissão e totalização dos eventos periódicos do eSocial, na competência, e con-
sequente realização da apuração das contribuições previdenciárias, mesmo antes da
transmissão da DCTF-Web.
O contribuinte poderá selecionar os débitos que serão recolhidos, bem como os valores.
Por padrão da aplicação, todos os débitos estarão incluídos no DARF, mas este padrão
pode ser alterado pelo usuário.
71. Há previsão para que a guia do recolhimento do FGTS seja gerada
pelo eSocial?
Para as informações enviadas anteriormente à entrada em vigor do eSocial, por meio
de procedimentos que foram por ele substituídos, por exemplo GFIP, as eventuais retifi-
cações devem ser encaminhadas por meio do mesmo procedimento utilizado para en-
caminhar a informação original.
Só devem ser enviadas ao eSocial as retificações de informações que originalmente
foram encaminhadas já na vigência do mesmo.
72. Qual será o procedimento para os recolhimentos referentes à NFGC
– Notificação Fiscal para Recolhimento do Fundo de Garantia e da Con-
tribuição Social (individualização, contribuição social, entre outros)?
Há evento próprio a ser informado: Tabelas de Processos Administrativos/Judiciais,
do empregador/contribuinte, utilizado para inclusão que tenha influência no cálculo das
contribuições relativas ao FGTS. As informações consolidadas desta tabela são utiliza-
das para validação de outros eventos do eSocial e influenciam na forma e no
32
cálculo dos tributos devidos e FGTS. Está obrigado a informar o empregador/contribu-
inte quando houver decisão em processo administrativo/judicial que tenha como par-
te um dos órgãos partícipes do eSocial e que tenha influência na apuração das con-
tribuições, dos impostos ou do FGTS. Não devem ser cadastrados neste evento os
processos trabalhistas do empregado contra o empregador/contribuinte.
73. Qual será o procedimento para recolhimentos exclusivos de FGTS,
como os recolhimentos recursais, conversão de licença, entre outros?
As informações prestadas através do eSocial substituirão as informações constan-
tes da Guia de Informações à Previdência e Recolhimento do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço – GFIP, conforme disposto no § 3°, do artigo 2°, do Decreto n° 8.373,
de 11 de dezembro de 2014, de acordo com a regulamentação específica da Secretar-
ia da Receita Federal do Brasil e do Conselho Curador do FGTS, representado pela Caixa
Econômica Federal na qualidade de agente operador do FGTS. Operações exclusivas do
FGTS não são escopo, ainda, do programa eSocial.
74. Como, então, serão efetuados os depósitos recursais em ações tra-
balhistas que atualmente utilizam a GFIP?
Enquanto o programa eSocial não entrar em operação, serão feitos por meio de guia
própria da CAIXA com base nas informações encaminhadas ao eSocial no evento de
desligamento.
75. Qual será a data do pagamento da guia rescisória? O dia seguinte
do envio do arquivo? Ou será possível informar a data desejada, como é
feito hoje na GRRF?
A geração da guia rescisória é considerada operação exclusiva do FGTS. O tratamen-
to das operações exclusivas do FGTS ocorrerá com a utilização das funcionalidades e
processos hoje existentes ou novos que vierem a ser implementados pela CAIXA. A data
de pagamento da guia continuará condicionada ao tipo de aviso prévio informado, isto é,
trabalhado ou indenizado, respectivamente d+1 ou d+10. Ou seja, tomando-se por base
a GRRF atual, os prazos são:
– Aviso prévio cumprido ou término de contrato a termo: 1º dia útil imediatamente pos-
terior ao último dia trabalhado;
– Aviso Prévio Indenizado ou Ausência/Dispensa de Aviso Prévio: o prazo para
recolhimento do mês da rescisão, aviso prévio indenizado e multa rescisória é até o 10º
dia corrido a contar do dia imediatamente posterior ao desligamento. Entretanto, o prazo
para recolhimento do mês anterior à rescisão é até o dia 7 do mês da rescisão.
As informações prestadas no evento do eSocial denominado “Desligamento” também
serão utilizadas pela CAIXA/FGTS para geração da guia de recolhimento. Futuramente,
a CAIXA expedirá as orientações/normas necessárias para as situações exclusivas do
FGTS.
33
76. Um dado cadastral de admissão que já tenha tido uma posterior al-
teração contratual pode ser retificado?
Sim. Alteração não deve ser confundida com retificação. O evento de retificação tem
como finalidade a correção de um erro desde do primeiro dado da informação.
77. Haverá impedimento para enviar uma alteração salarial retroativa?
Não haverá impedimento para enviar alteração contratual com a alteração salarial
retroativa. No entanto, isso vai gerar a inconsistência das folhas de pagamento se-
guintes, que seriam afetadas pela alteração salarial, bem como gerará a necessidade de
retificação.
78. Será permitido pelo sistema do eSocial a geração do evento de for-
ma retroativa para os casos em que o atestado médico é entregue pelo
empregado no retorno do afastamento?
Sim. Se houver eventos que forem afetados pela informação em atraso, eles deverão
ser retificados.
79. Existirá a possibilidade de agrupar inúmeras alterações na semana e
enviar apenas uma vez?
Sim, isso poderá ocorrer, desde que sejam observados os prazos de transmissão
previstos na legislação vigente dentro da última versão do programa vigente do eSocial.
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80. Qual procedimento deve ser tomado quando o envio da admissão e
demais eventos vinculados a um empregado não for efetuado no prazo
devido e cuja falha só foi percebida posteriormente ao encerramento da
folha da respectiva competência?
Será necessária a retificação dessa folha. A folha deve ser reaberta, e o evento de
remuneração e/ou pagamento do empregado é transmitido. A folha será recalculada e
os novos débitos são apurados e declarados. Em casos de retificação, em que haja mu-
dança para mais no valor a recolher a título de contribuição previdenciária, será possível
a geração de novo DARF e de uma nova Guia de Recolhimento do FGTS. Poderá ser uma
guia completa ou poderá ser uma guia complementar.
81. Existe penalidade para a entrega com atraso? Se existe, a penalidade
ocorre ao retificar valores, por exemplo?
Haverá penalidade para entrega em atraso de informações apenas nos casos já pre-
vistos em lei, inclusive com relação às retificações, e nos valores nela estipulado. A retifi-
cação durante a denúncia espontânea (sem procedimento de ofício regularmente
instaurado) não gera penalidades tributárias, excluídas as de caráter moratório sobre os
débitos não recolhidos em época própria.
82. Será possível o cancelamento das férias após o pagamento por mo-
tivo de falecimento, pedido de demissão ou licença-maternidade?
O afastamento, depois de concedido, pode ser alterado ou interrompido, mediante a
informação da data do retorno. O pedido de demissão não pode ocorrer enquanto o con-
trato estiver suspenso ou interrompido. Isso só poderá ocorrer depois do retorno. Quan-
to à licença-maternidade, deve ser enviada a informação do término do afastamento
anterior e depois enviada a informação da licença-maternidade. Para o falecimento, o
retorno das férias se dá na data do óbito, não sendo necessária a informação de retorno
do afastamento.
83. Quando o empregado interrompe o cumprimento do aviso prévio por
não querer mais cumpri-lo, deve ser retificado o evento de aviso prévio
alterando-se a data projetada de afastamento, bem como seu motivo?
Não. O aviso prévio, quando não cumprido, enseja o desconto dos dias nos quais o
empregado deixou de comparecer. A data de término continua a mesma, salvo se ocor-
rer o previsto na Súmula 276 do TST (Novo emprego) e Precedente Normativo n° 24 da
(SDC) Seção de Dissídios Coletivos do TST.
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84. O que deve ser feito para cancelar a demissão de empregado em
caso de reintegração, inclusive por determinação judicial?
A empresa deverá transmitir um evento de reintegração.
85. E qual é o procedimento a se adotar em caso de reversão da reinte-
gração em decorrência de cassação da decisão judicial que originou a
reintegração?
Se houver a reversão da reintegração, haverá um novo evento de desligamento. A re-
integração restaura o contrato do empregado na sua plenitude.
86. Quando ocorrer uma transformação de espécie de benefício previ-
denciário, será necessário retificar ou alterar o evento inicial?
Nesse caso, deverá ser alterado o motivo do afastamento dentro do evento “Afasta-
mento Temporário”. Não é o caso de retificação do evento de afastamento já informado
anteriormente, pois até então ele estava correto. A retificação só deve ser utilizada nos
casos em que a empresa informou o motivo errado e deseja retificar – e não nos casos
em que realmente houve a alteração do motivo a partir daquela nova informação.
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87. Quais serão as penalidades pela falta de entrega do eSocial ou pela
entrega com informações incorretas?
Quanto à aplicação de penalidades, não obstante ainda não haja legislação espe-
cífica acerca do tema, em que pese o poder discricionário no qual são investidas as
autoridades fiscalizadoras, a tendência é de que sejam as mesmas multas pelo des-
cumprimento de outras obrigações que exigem preenchimento, armazenamento de in-
formações e entrega de arquivos eletrônicos.
Assim, se considerarmos, por analogia, o teor do artigo 32, inciso IV, da Lei n° 8.212/91
(Lei do Custeio da Previdência Social), o empregador atualmente deve declarar à RFB
(Receita Federal do Brasil) e ao Conselho Curador do FGTS, através da SEFIP, até o dia 7
do mês seguinte, todas as informações relacionadas a fatos geradores, base de cálculo
e valores devidos da contribuição previdenciária e outras informações de
interesse do INSS ou do Conselho Curador do FGTS.
Caso o empregador não apresente as informações na forma e prazo da legislação, ou a
apresente com incorreções ou omissões, será intimado pela RFB a apresentá-la ou
prestar esclarecimentos e pode estar sujeito às seguintes multas:
– De R$ 20,00 para cada grupo de 10 informações incorretas ou omitidas;
– 2% ao mês-calendário ou fração, incidentes sobre o montante das contribuições infor-
madas, mesmo que integralmente pagas, no caso de falta de entrega da declaração ou
entrega após o prazo, limitada a 20%, observada multa mínima de R$ 200,00, tratando-se
de omissão de declaração sem ocorrência de fatos geradores de contribuição previ-
denciária, ou R$ 500,00, nos demais casos.
No caso do eSocial, a RFB pode aplicar, por analogia, a mesma multa, desde que altere a
legislação previdenciária, ou poderá criar uma nova regra e valor de penalidade. Portan-
to, deve-se aguardar novas disposições a respeito do tema.
No que tange às obrigações trabalhistas a serem informadas no eSocial, a inclinação é
a de que possam ser aplicadas as mesmas multas definidas na CLT e na legislação tra-
balhista de modo geral (Portaria MTE n° 290/97 e demais legislações esparsas), desde
que compatíveis com a matéria.
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